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A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas-PE) se reuniu com o Comitê de Monitoramento, nessa segunda-feira (29), para traçar ações na contenção das manchas de óleo nas praias do estado. Após três anos da tragédia ambiental na costa brasileira, resíduos voltaram a aparecer em seis cidades do litoral de Pernambuco. 

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A reunião na sede da Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH) contou com a participaram do O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Capitania dos Portos, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Conforme a Semas-PE, foram definidas as seguintes medidas: 

1. Ampliação das equipes de monitoramento já nessa segunda (29); 

2. Provisão de estrutura para a eventual necessidade de contenção de manchas óleo, com mantas e barreiras; 

3. Reforço no estoque de EPIs; 

4. Reunião com os municípios litorâneos para reforçar as orientações de limpeza das praias (coleta e destinação correta dos resíduos); 

5. Reforço na comunicação dos informes de utilidade pública e do telefone de emergência ambiental da CPRH: (81) 99488-4453.  

Uma nova reunião do Comitê de Monitoramento foi marcada para esta quinta (1º). Até o momento, vestígios de óleo foram encontrados nos municípios de Paulista, Tamandaré, São José da Coroa Grande, Goiana, Jaboatão dos Guararapes e Recife.

As amostras do material foram enviadas para análise no Laboratório de Compostos Orgânicos em Ecossistemas Costeiros e Marinhos (OrganoMAR), da UFPE. Parte do resíduo recolhido pela Marinha foi levado para o Instituto de Estudos Almirante Paulo Moreira (IEAPM).  

As manchas de óleo ressurgiram no litoral de Pernambuco após três anos do desastre ambiental. Com o novo registro na quinta-feira (25), a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas-PE) passou a monitorar as praias e constatou que o resíduo também apareceu na Paraíba. Uma nova reunião para tratar do tema foi marcada para esta segunda-feira (29). 

A pasta coordena o trabalho com apoio da Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH), da Marinha do Brasil e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que garantiu o suporte aéreo na costa e no alto mar. As vistorias também estão mantidas nas faixas de areia do litoral norte e sul do estado. 

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Até o momento, pedaços de óleo já foram encontrados em Sirinhaém, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Recife, Olinda, Paulista, Igarassu, Itamaracá e Goiana. As amostras do material seguiram para análise no Laboratório de Compostos Orgânicos em Ecossistemas Costeiros e Marinhos (OrganoMAR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 

A Semas-PE pede que os populares que se depararem com as manchas, tirem fotos e acionem a CPRH. A pasta ainda orienta as prefeituras da faixa litorânea a intensificar suas equipes de limpeza nas praias. Todo resíduo encontrado deve ser encaminhado para um aterro sanitário industrial. 

Após o surgimento de manchas de óleo em vários pontos do litoral cearense nos últimos dias, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) anunciou uma série de medidas para mitigar a situação.

Segundo órgão, nesta sexta-feira (28), professores do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Ceará (UECE) farão uma inspeção técnica para saber se as manchas são da mesma origem das surgidas em 2019, no litoral da Região Nordeste.

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Outra medida anunciada é que, por intermédio da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), a Companhia de Cimento Apodi vai receber o óleo e a areia que serão retirados em limpeza das praias.

“Estamos articulando uma reunião virtual para segunda-feira (31), às 14h30, com todas as instituições envolvidas no combate às manchas: municípios, Marinha do Brasil, ONGS, universidades, pescadores, polícia ambiental, dentre outras, para planejar ações articuladas”, adiantou a Secretaria em nota.

A Sema acrescentou ainda que permanecerá atenta, de forma a “antecipar qualquer ação necessária para, na medida do possível, buscar um controle das ocorrências de manchas, o mapeamento e entendimento dessas fontes poluidoras”.

As manchas de óleo começaram a apareceram na última terça-feira (25) na praia de Canoa Quebrada, em Aracati, no Ceará. Elas também foram encontradas em outras 11 praias do litoral cearense, nas últimas 72 horas.

Há registros nas praias de Quixaba, Cumbe e Majorlândia, em Aracati; Prainha, Iguape e Porto das Dunas, em Aquiraz; Canto da Barra, em Fortim; e Prainha do Canto Verde, em Beberibe. Os vestígios de óleo também foram encontrados na Praia do Futuro, nas praias da Sabiaguaba e Abreulândia.

Novas manchas de óleo foram encontradas, na última sexta-feira (31), nas praias de Areia Dourada, Camboinha, Formosa e Ponta de Campina, todas localizadas em Cabedelo, na Paraíba. Os vestígios são semelhantes aos resíduos achados, em 2019, em praias do litoral nordestino.

No sábado (1º), a Marinha realizou coleta e uma nova investigação foi programada para este domingo (2). Informações preliminares da Capitania dos Portos da Paraíba apontam que a origem das manchas ainda é desconhecida e que parte do material coletado seguirá para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), Rio de Janeiro.

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Investigações das manchas de óleo em 2019 concluídas

Em dezembro de 2021, a Polícia Federal (PF) concluiu as investigações das manchas de óleo encontradas em várias praias do Nordeste em 2019. No inquérito, a PF afirma que um navio petroleiro, de origem graga, foi o responsável por espalhar a substância. 

A Marinha informou, nessa sexta-feira (7), que três navios são suspeitos pelo derramamento de óleo no litoral brasileiro em 2019. As informações foram divulgadas após a retirada do sigilo do relatório da investigação, que foi entregue à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF) em agosto do ano passado. As conclusões são utilizadas pela PF em um inquérito criminal sobre o caso. 

“Com o apoio de instituições técnicas e científicas, públicas e privadas, brasileiras e estrangeiras, três navios foram apontados como principais suspeitos: Navio-Tanque (NT) BOUBOULINA; NT VL NICHIOH (em maio de 2020, o navio alterou seu nome para NT CITY OF TOKYO); e NT AMORE MIO (em março de 2020, o navio alterou seu nome para NT GODAM)”, informou a Marinha. 

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Na época dos fatos, as manchas iniciais de óleo apareceram a 700 km da costa brasileira (em águas internacionais) e atingiram mais de 250 praias do Nordeste. 

No comunicado, a Marinha também defendeu investimentos no monitoramento de navios. “Esse evento, inédito e sem precedentes na nossa história, traz ensinamentos, como a necessidade de se investir no aprimoramento do monitoramento dos navios que transitam nas águas jurisdicionais brasileiras e nas suas proximidades, destacando o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz)”. 

Na manhã desta quarta-feira (21), um ano depois do aparecimento das manchas de óleo no litoral do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, representantes da Marinha - acompanhados da equipe técnica da Secretaria Executiva de Meio Ambiente da cidade - realizaram uma vistoria nas praias de Xaréu e Itapuama.

A praia de Itapuama foi a mais atingida pelas manchas, com mais de 500 toneladas de resíduos retirados. Segundo a Secretaria de Comunicação do Cabo, a vistoria aconteceu para verificar a situação atual e estudar cenários que possam servir como protocolos futuros em caso de nova eventualidade.

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Com mais de mil toneladas de petróleo cru removidos, as praias do Cabo foram as mais atingidas, segundo a Secretaria de Comunicação. " Os efeitos no ambiente ainda são tratados como indefinidos, mas as sequelas no ecossistema marinho, saúde e economia local são uma certeza constatada", analisa Cleidiane de Lemos, Secretária Executiva de Meio Ambiente.

A Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) liberou em Maragogi-AL, na tarde da sexta-feira (17), uma tartaruga-marinha que havia sido encontrada com 90% do corpo coberto por óleo no dia 17 de outubro de 2019. Quando resgatado, o animal apresentava ingestão de óleo e infecção pulmonar. As informações são do portal de notícias Infonet.

Após o resgate, a tartaruga foi encaminhada ao Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre da Fundação Mamíferos Aquáticos na cidade de São Cristóvão, região metropolitana de Aracaju-SE. O réptil, da espécie Caretta, passou 91 dias em processo de reabilitação. 

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Durante o tratamento, a tartaruga recebeu medicações, fluidoterapia e suplementações vitamínicas, além de banhos para despetrolização.  

Segundo a Fundação Mamíferos Aquáticos, o réptil ganhou peso e se alimenta bem. A soltura da tartaruga ocorreu às 14h30 na praia do Aruana, em Aracaju-SE.

As manchas de óleo foram registradas desde o final de agosto no Nordeste. Os fragmentos também alcançaram os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Segundo o Ibama, 130 municípios de 11 estados foram afetados. A origem do óleo ainda é investigada.

Manchas de óleo voltaram a aparecer em praia do litoral do Ceará entre a noite de ontem (29) e a manhã de hoje (30). A informação foi confirmada pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), que acompanha o vazamento de óleo nas praias do Nordeste e Sudeste desde o fim de agosto. De acordo com o GAA, foram encontrados resíduos de óleo na praia de Caetanos de Cima, no município de Amontada, e na praia de Apiques, localizada em Itapipoca, ambas no litoral Oeste do Ceará.

Desde outubro a ocorrência de manchas não era registrada no litoral cearense. De acordo com o GAA, formado pela Marinha, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Agência Nacional de Petróleo (ANP), amostras do material estão sendo enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) a fim de identificar o tipo de óleo.

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"Participam do recolhimento dos vestígios de óleo militares da MB [Marinha do Brasil], membros do Ibama, da Defesa Civil e voluntários, sob coordenação do GAA. Mais militares estão sendo mobilizados para limpeza das áreas não habitadas das praias", informou o grupo em nota.

O mais recente levantamento do Ibama, divulgado na última sexta-feira (27), mostra que o óleo atingiu 980 pontos, em todos os nove estados do Nordeste, além de praias nos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo continua aumentando e chegou a 779, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (26), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 124 municípios de todos os nove Estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto.

O balanço também indica que 23 localidades ainda estão com manchas de óleo, outras 446 têm fragmentos da substância e 310 são consideradas "limpas". Os pontos com mais de 10% de contaminação estão exclusivamente em Alagoas (6), na Bahia (13), no Piauí (1) e no Sergipe (3).

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Dentre os locais ainda com óleo, ao menos 33 ficam na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, com cerca de 120 quilômetros de praias e mangues em Pernambuco e Alagoas.

Por unidade federativa, as localidades ainda oleadas se distribuem da seguinte forma: Bahia (214), Sergipe (60), Alagoas (50), Pernambuco (21), Rio Grande do Norte (12), Espírito Santo (83), Ceará (7), Maranhão (9), Paraíba (1), Piauí (11) e Rio de Janeiro (1).

Segundo o Ibama, o conceito de "localidade" utilizado no mapeamento "se restringe a uma área de 1 quilômetro ao longo da costa", isto é, uma praia com 10 quilômetros de extensão possui 10 localidades.

"Há 16 dias não são encontradas manchas de óleo no mar e, na última semana, 99% das ocorrências correspondem a vestígios de óleo nas praias atingidas", diz nota divulgada pela Marinha na segunda-feira, 25.

Em relação à fauna, ao menos 143 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas marinhas (98) e aves (31). Nas redes sociais, a Fundação Mamíferos Aquáticos chegou a compartilhar imagens da recuperação de uma ave oleada encontrada em Maragogi (AL).

Na Praia do Janga, em Paulista (PE), o Estado chegou a encontrar algumas dezenas de peixes mortos junto a uma grande mancha em outubro. Além disso, o material já foi encontrado em regiões de corais.

Pesquisadores apontam que o petróleo também foi encontrado no organismo de animais diversas, como mariscos e peixes. Eles também ressaltam que o impacto ambiental do óleo pode persistir por décadas.

A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado no segundo Estado, Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a receber óleo, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos são encontrados no Espírito Santo, desde 7 de novembro, e no Rio de Janeiro, desde 22 de novembro.

Ao todo, foram retiradas mais de 4,5 mil toneladas de petróleo e itens contaminadas com o óleo, tais como baldes e equipamentos de proteção.

Para localizar possíveis manchas de óleo na costa do Espírito Santo, a Marinha deslocou, em caráter preventivo, 30 fuzileiros navais para Conceição da Barra e São Mateus, de modo a facilitar a atuação caso o óleo chegue ao estado. Uma equipe de profissionais da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e da Secretaria da Agricultura do Estado, com o apoio da Marinha, coletou amostras de água, sedimentos e fauna em dois municípios sergipanos: na praia do Viral e no Rio Vaza-Barris. As análises químicas servirão para determinar o grau de contaminação por óleo nas amostras.

O Grupo de Acompanhamento e Avaliação, formado pela Marinha, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que as praias dos estados do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Pernambuco estão limpas, sem vestígios de óleo.

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As praias que estão com equipes de limpeza em andamento, devido ao aparecimento de óleo, são: Japaratinga, Barra de São Miguel, Coruripe, Feliz Deserto e Piaçabuçu, em Alagoas. Cumbuco e Barra do Cauípe, no Ceará, além de Coroa do Meio, em Sergipe e Cairu, na Bahia.

De acordo com o Ibama, foram contabilizadas aproximadamente, até agora, 4,3 mil toneladas de resíduos de óleo retirados das praias nordestinas. O Ibama informou que a contagem do material não inclui somente óleo, mas também areia, equipamentos de proteção individual utilizados na coleta, lonas, entre outros. O descarte vem sendo feito pelas secretarias de Meio Ambiente dos estados.

Dois porta-aviões e uma fragata da Marinha partiram do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (4) para atuar em ações humanitárias relacionadas ao meio ambiente, na recuperação de áreas atingidas pelo óleo e no monitoramento das praias da região.

Com previsão de chegada no próximo domingo (10), os porta-aviões Atlântico e Bahia e a fragata Liberal levam mais de 2 mil militares, entre os quais 725 fuzileiros navais. Também estão sendo transportados oito helicópteros, que atuarão em conjunto com a Força Aérea Brasileira (FAB).

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Até agora, mais de 3.370 militares da Marinha, com apoio de 23 navios da esquadra, além de mais quatro da Petrobras, estão trabalhando para reverter a situação no litoral do Nordeste, atingido há mais de dois meses por resíduos de óleo cru. As ações contam também com o apoio de 5 mil militares do Exército, que dispõem de 140 viaturas e equipamentos. Também auxiliam os trabalhos 15 aeronaves da Marinha, da Força Aérea Brasileira (FAB), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Petrobras.

O Grupo de Acompanhamento e Avaliação do governo informou hoje que as praias dos estados do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Pernambuco não apresentam, no momento, resíduos de óleo.

Em Alagoas, as praias de Maragogi, Japaratinga, Barra de São Miguel e Coruripe estão com vestígios de óleo. Em Sergipe, as praias atingidas são: Artistas, Aruana, Mosqueiro e Náufragos. Na Bahia, as Forças Armadas e equipes de voluntários trabalham na limpeza das praias em Jacuípe, Itacimirim, Flamengo, Barra Grande e Cairu.

De acordo com levantamento feito pelo Ibama, até o dia de hoje foram contabilizadas cerca de 4.200 toneladas de resíduos de óleo retirados das praias nordestinas. O descarte do material é feito pelas secretarias de Meio Ambiente dos estados.

A Marinha e o Ibama trabalham em conjunto com o Laboratório de Biologia Pesqueira da Universidade Estadual de Feira de Santana e o Laboratório de Gestão Territorial e Educação Popular da Universidade Federal da Bahia, além de pescadores e gestores de áreas de proteção ambiental do Estado, com a finalidade de elaborar procedimentos para a prevenção da contaminação dos estuários e costa.

O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) disponibilizou à Marinha diversas redes de pesca apreendidas em operações que foram distribuídas às colônias de pescadores de Caravelas, Alcobaça, Prado, Nova Viçosa e Mucuripe, na Bahia, com objetivo de serem empregadas para a contenção de resíduos oleosos.

Após atingir nove estados da região Nordeste, Pará (na região Norte) e Espírito Santo (região Sudeste) se preparam para a possibilidade de contaminação pelo derramamento de óleo de origem ainda desconhecida.

O governo paraense montou, preventivamente, equipes para monitorar os municípios da costa. O Espírito Santo também já conta com um comitê de emergência ambiental para lidar com a chegada do óleo. Em ambos os estados, as secretarias de Meio Ambiente e a Defesa Civil já foram acionadas.

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De acordo com a secretaria de Meio Ambiente do Espírito Santo, não é possível determinar a chegada do óleo às praias capixabas, porém o monitoramento é contínuo.

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A UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau instalou três pontos de coleta de doação de materiais destinados à limpeza do óleo que atinge as praias dos Estados do Nordeste do Brasil e, recentemente, voltou a aparecer no litoral pernambucano. Quem quiser ajudar pode doar luvas, pás, peneiras grandes, ciscadores, galochas, sacos de lixo 100L, carrinhos de mão e óleo de cozinha. 

O material está sendo recolhido em três locais espalhados pelo Recife, nos bairros de Boa Viagem (Igreja Mosaico - Rua José Moreira Leal, n° 214), Santana (Colégio Cognitivo - Rua Santana, n° 213) e no Recife Antigo (Igreja A Ponte - Rua Cais do Apolo, n° 594). 

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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, cumpriu uma rápida agenda em Pernambuco nesta terça-feira (22). Ele sobrevoou o litoral sul atingido pelo óleo, andou pela praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, por cerca de dez minutos e participou de uma reunião que durou ainda menos tempo na Capitania dos Portos de Pernambuco, na presença do secretário de Meio Ambiente do estado.

"Esse não é o momento de polemizar ou politizar. É o momento de unir esforços e resolver o problema", disse o ministro. Na segunda-feira (21), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, disse que o problema do óleo era tratado de forma improvisada pelo governo federal. O secretário de Meio Ambiente, José Bertotti, também já alegou que a União foi absolutamente lenta.

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O ministro voltou a afirmar que o Governo Federal tem atuado desde o início de setembro. "O Governo Federal não deixou de adotar nenhuma medida, muito pelo contrário."

"Nós não estamos perdendo tempo com discussões que não são efetivamente para concluir o problema, para resolver, recolher, destinar e continuar monitorando as causas do incidente", acrescentou.

Venezuela

O ministro também destacou que o óleo é de origem venezuelana, segundo laudos da Petrobras e de outros laboratórios. "Inclusive de dois ou três poços que são as potenciais origens desse óleo. Isso não significa que o óleo veio vazando da Venezuela", disse. A forma como o resíduo chegou ao litoral brasileiro ainda é desconhecido. 

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Em relação às críticas de omissão feitas pela população, Ministério Público Federal (MPF) e parte dos governadores do Nordeste recebidas pelo Governo Federal sobre a contenção do óleo que contamina a costa brasileira, o presidente em exercício Hamilton Mourão (PRB) minimizou as reclamações: “nada de mais”. Nessa segunda-feira (21), o general anunciou que cerca de cinco mil soldados seriam destinados para conter as manchas e “botar mais visibilidade” no apoio oferecido. As informações são do Metrópoles.

“Reclamar faz parte da política. Isso é política também. Nada de mais”, declarou Mourão sobre as críticas de gestores nordestinos. Ele está na Presidência interinamente enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PSL) segue com a agenda no Oriente Médio.

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O vice também destacou que a participação da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, no Recife, é uma forma de expor as ações promovidas pelo Governo Federal. "A gente está fazendo o trabalho e não está tendo visibilidade. Então, vamos botar mais visibilidade nisso aí", disse.

Na manhã desta terça-feira (22), o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles chegou ao Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, e sobrevoa as áreas atingidas ao lado de representantes municipais. A agenda também está preenchida com uma coletiva à imprensa ainda na manhã de hoje.

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Desde sábado (19), as manchas de óleo cru retornaram às praias da Região Metropolitana do Recife (RMR) e aumentam a possibilidade de atingir a capital pernambucana. Na manhã desta segunda-feira (21), um helicóptero acionado pela Prefeitura do Recife sobrevoa a costa na tentativa de antever de onde o resíduo tóxico pode vir.

"Eu estou com muita fé que venha um vento bom e não mande esse óleo para aqui", relata o secretário de Meio Ambiente do Recife José Neves Filho. Ele acredita que o material não chegue ao município, mas garante que a gestão está preparada.

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O secretário também informou que possui cerca de 130 kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) - luva, bota e máscara - para suprir a necessidade de possíveis voluntários. Neves Filho ainda revelou que já solicitou mais 500 kits ao Governo do Estado e espera recebê-los ainda nesta manhã.

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Praias do município do Cabo de Santo Agostinho, no Litoral Sul de Pernambuco, voltaram a ser atingidas por óleo nesta segunda-feira (21). De acordo com a prefeitura, há registro de óleo na Reserva do Paiva, Enseada dos Corais, Pedra do Xaréu e Itapuama.

A substância já havia alcançado o município no domingo (20). As praias atingidas foram Suape, Gaibu, Calhetas, Itapuama, Pedra do Xaréu, além da Ilha de Tatuoca.

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Nesta manhã, assim como no domingo, voluntários trabalham na limpeza da praia. Grupos pedem que mais voluntários compareçam e materiais sejam entregues.

Segundo a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, máquinas realizarão a remoção de materiais. Equipes da prefeitura também estão nas praias. Há quatro pontos de apoio: um em Suape, na Vila Galé; Gaibu, próximo às pedras; Itapuama, próximo ao Samu; e no Paiva, na associação de moradores.

A gestão aguarda a maré baixar para que seja feita uma melhor análise do impacto. De acordo com a prefeitura,  a área de arrecifes foi atingida.

Como ontem, o município estará com as máquinas para remoção dos materiais, incluindo caminhões para o transporte. Voluntários e equipes da Prefeitura estão desde cedo trabalhando nessas áreas. Temos quatros pontos de apoio: um em Suape, no Vila Galé; Gaibu, próximo às pedras; Iapuama, na base do Samu e outro no Paiva, na associação de moradores.

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Mais de 525 toneladas de resíduos foram retiradas das praias do litoral dos estados da Região Nordeste atingidas por manchas de óleo, desde o início dos trabalhos de limpeza, afirmou hoje (20) a Marinha por meio de nota. Voluntários, funcionários de governos estaduais, municipais, de órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e militares trabalham na remoção desse óleo que começou a aparecer no litoral nordestino no final de agosto.

“O esforço coordenado desses órgãos, a despeito das dificuldades, e a ação de voluntários já recuperaram a maioria das praias, coletando mais 525 toneladas de resíduos, os quais precisarão ser adequadamente destinados, conforme a orientação técnica da Autoridade Ambiental”, diz a nota.

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No sábado (19) uma ação conjunta conseguiu retirar mais de 30 toneladas de óleo de sete praias de Pernambuco. Na tarde deste domingo, durante entrevista coletiva, o almirante Leonardo Puntel, comandante de Operações Navais e que coordena as operações relacionadas ao desastre ambiental, disse que as manchas estão restritas agora ao litoral de Pernambuco, na região de Cabo de Santo Agostinho.

“Pelo desconhecimento da origem do incidente, não se pode determinar por quanto tempo ainda persistirão as ocorrências de manchas no litoral do Nordeste, apesar de todo o esforço desenvolvido nesse sentido. Por isso, é fundamental que as equipes mobilizadas permaneçam alertas, para a pronta atuação”, disse a Marinha.

O comandante voltou a reiterar que o óleo encontrado nas praias não é de origem brasileira e que as investigações para apurar as responsabilidades pelo desastre ambiental, que atingiu cerca de 2.250 km de extensão do litoral, seguem.

“O óleo cru, que sabemos não ser produzido ou processado no Brasil, causa grande impacto em nossa biodiversidade e traz prejuízos socioeconômicos às localidades atingidas”, disse a Marinha.

O último balanço, divulgado nesse sábado pelo Ibama, diz que o óleo já atingiu 201 localidades de 74 municípios no litoral do Nordeste. Até o momento, 35 animais foram conhecidamente afetados: 17 tartarugas marinhas morreram, 11 vivas; duas aves com óbito e duas vivas; e um peixe morto.

O deputado estadual João Paulo Costa (Avante) vai propor na Assembleia Legislativa de Pernambuco a criação de uma Comissão Especial para debater os impactos provocados pelas manchas de óleo que atingem as praias pernambucanas. 

Para o político, neste momento "é muito importante estabelecer um diálogo com o Governo do Estado e com as entidades civis ambientais". As manchas de petróleo começaram a aparecer no litoral nordestino em 30 de agosto deste ano. De acordo com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), desde o dia 25 de setembro que o óleo não atingiam as praias do litoral pernambucano.

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Na manhã desta sexta-feira (18), uma extensa mancha de petróleo foi encontrado em São José da Coroa Grande e na Praia dos Carneiros, em Tamandaré, ambos no litoral sul de Pernambuco. 

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O secretário de meio ambiente do governo de Pernambuco, José Bertotti, classificou o Governo Federal como “absolutamente lento” nas ações para conter e investigar o petróleo na costa do Nordeste. Na manhã desta sexta-feira (18), o secretário confirmou fragmentos de manchas de óleo na Praia dos Carneiros, em Tamandaré, no Litoral Sul do estado. Na quinta-feira (17), uma força-tarefa coletou 1,2 mil litro de óleo em Alagoas, na divisa com o município pernambucano de São José da Coroa Grande.

“O governo federal foi absolutamente lento. Quando a gente fez o primeiro contato com o Ibama aqui em Pernambuco no dia 1º de setembro, a primeira tese era de uma mancha órfã”. Considerando a resposta insuficiente, o governo procurou a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “No dia 1º de outubro ainda não tinha uma equipe organizada para identificação da fonte de vazamento”, critica o secretário.

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Ele acrescenta: “O governo federal ficou fazendo algumas ilações sobre de onde veio, de onde podia vir, mas não colocou a Polícia Federal para trabalhar”. O secretário destaca que foram as agências ambientais do Nordeste que se reuniram no dia 1º de outubro e decidiram acionar a Polícia Federal. “Só no dia 7 de outubro que o presidente da República criou uma portaria. Já fazia 38 dias que o óleo tinha tocado a praia em João Pessoa”.

Bertotti também chama a atenção para a ausência da convocação de universidades e institutos de pesquisa na portaria. “São aqueles que podem dar uma notícia mais abalizada, com informações de satélites, movimentação de maré e correntes marítimas.”. Nesta manhã, o secretário realiza novo voo de helicóptero no Litoral Sul de Pernambuco.

Pernambuco tem priorizado o fechamento dos estuários do Litoral Sul. As barreiras de contenção foram entregues à Marinha pela Petrobras, mas são consideradas insuficientes pelo governo estadual. Na quinta-feira (17), Pernambuco requisitou por ofício que o Ministério do Meio Ambiente disponibilize mais material “para que a gente não tenha o problema de ter condições de trabalho e não ter equipamento”, explica o secretário.

O petróleo tocou a costa do Nordeste no dia 30 de agosto. Segundo o último relatório do Ibama, da quinta-feira, 77 municípios de nove estados foram afetados. Foram identificados 29 animais afetados, sendo duas aves com óbito, uma ave viva, 11 tartarugas marinhas vivas e 15 tartarugas marinhas com óbito. Houve a captura preventiva de 486 filhotes de tartarugas marinhas.

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