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O presidente Emmanuel Macron venceu a eleição presidencial da França e foi reeleito nesse domingo (24). Após uma campanha acirrada, o progressista derrotou a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, durante o segundo turno, por 58,5% (18.779.641) contra 41,5% (13.297.760). Macron foi o primeiro líder francês a ser reeleito em 20 anos. 

A vitória do presidente francês foi amplamente comemorada pela ala progressista brasileira, que vê a derrota da direita europeia como um avanço positivo no cenário que molda as eleições presidenciais no Brasil, em outubro deste ano. Macron e Le Pen avançaram para o segundo turno depois de terminarem em primeiro e segundo lugar, respectivamente, entre 12 candidatos que concorreram no primeiro turno em 10 de abril. 

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Embora o discurso de Macron para os eleitores de uma França globalizada e economicamente liberal à frente da União Europeia tenha vencido, a visão de Le Pen, de uma mudança radical para o país, representada por 41,5% dos votos, colocaram a extrema direita francesa mais perto da presidência. O cenário é similar, em circunstâncias, ao visto no Brasil, cujo Palácio do Planalto já é ocupado por um líder conservador associado aos políticos de centro.

Do governador Rui Costa ao presidenciável Ciro Gomes, confira a repercussão entre os líderes da esquerda brasileira: 

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Os franceses confiaram neste domingo (24) um novo mandato de cinco anos ao centrista Emmanuel Macron contra Marine Le Pen, que apesar de perder conseguiu o melhor resultado da extrema-direita em uma eleição presidencial na França.

Segundo estimativas iniciais, o candidato de La República en Marcha (LREM), de 44 anos, obteve entre 57,6% e 58,2% dos votos, uma diferença menor do que em 2017, quando derrotou sua adversária do Reagrupamento Nacional (RN) com 66,1% dos votos.

A França optou por continuar com um líder pró-europeu, que também se tornou o primeiro a conseguir a reeleição desde 2002, quando o conservador Jacques Chirac venceu o pai de sua rival deste domingo, o ultradireitista Jean-Marie Le Pen.

A vitória de Macron distancia o projeto de ruptura da candidata do RN, de 53 anos, que defendia a exclusão de estrangeiros dos benefícios sociais, inscrevendo a "prioridade nacional" na Constituição, e o abandono do comando integrado da Otan.

Porém, apesar das advertências sobre o "perigo" extremista, a extrema-direita tem feito avanços constantes a cada eleição desde 2002. Com 41,8% a 42,4% dos votos, segundo estimativas, Le Pen alcançou seu melhor resultado.

"O resultado por si só representa uma brilhante vitória", disse a herdeira da Frente Nacional (FN) a seguidores desapontados em seu quartel-general. "Vou seguir meu compromisso com a França e os franceses (...) Vou lutar esta batalha", acrescentou.

Comemorações explodiram entre a população presente no Campo de Marte, ao pé da Torre Eiffel, onde Macron deve se dirigir a seus apoiadores, após a divulgação das primeiras estimativas.

Mas "quando vemos uma extrema-direita acima de 40%, temos que continuar trabalhando, unir o país, ter um projeto político e uma maioria parlamentar", disse o ministro de Assuntos Europeus, Clément Beaune.

- "Terceiro turno" -

Com o nome do inquilino do Palácio do Eliseu claro, a segunda economia da União Europeia (UE) entra agora na campanha para as eleições legislativas de 12 e 19 de junho, que desta vez tem ares de um “terceiro turno”.

A reeleição de Macron ocorreu em um cenário de descontentamento entre os jovens e entre os eleitores desiludidos do esquerdista Jean-Luc Mélenchon, que recebeu quase 22% dos votos no primeiro turno.

"Entre a peste e a cólera, devemos tomar a decisão certa", disse Pierre Charollais, um aposentado de 67 anos em Rennes, no oeste do país, defendendo um "voto responsável" em um contexto "particular" devido à guerra na Ucrânia.

A abstenção, entre 27,8% e 29,8% segundo as estimativas, atingiu assim o seu nível mais elevado em um segundo turno desde 1969 (31,3%).

Macron é "o presidente mais mal eleito" desde o início da Quinta República em 1958, observou Mélenchon, que reiterou seu apelo aos eleitores para torná-lo um "primeiro-ministro" após as eleições legislativas.

De acordo com uma pesquisa BVA na sexta-feira, 66% querem que Macron perca sua maioria parlamentar. A última "coabitação" remonta ao período de 1997 a 2002, quando Chirac nomeou o socialista Lionel Jospin como primeiro-ministro.

- "Renascimento" -

O primeiro mandato de Emmanuel Macron foi marcado por crises – protestos sociais, uma pandemia com milhões de pessoas confinadas e o retorno da guerra na Europa com a invasão russa da Ucrânia – e a França não é o mesmo país de 2017.

Suas promessas de transformar a França incluem o "renascimento" da energia nuclear, alcançar a neutralidade de carbono até 2050 e sua impopular proposta de aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 65 anos.

Embora ele já tenha dito que está disposto a ir só até os 64 anos, essa medida, contra a qual milhares de pessoas já se manifestaram no início de 2020, anuncia novos protestos massivos, como os que abalaram seu primeiro mandato, especialmente o dos “coletes amarelos”.

A guerra às portas da UE sobrevoou a campanha, mas a principal preocupação dos franceses era seu poder de compra, num contexto de alta dos preços da energia e dos alimentos.

Embora Marine Le Pen fosse percebida pelos eleitores como a que melhor entendia os problemas da população, no fim, optaram pela experiência e competência de Macron para lidar com crises, segundo observadores.

Emmanuel Macron e Marine Le Pen iniciam a última semana de campanha nesta segunda-feira (18), marcada por um debate televisivo de alto risco entre os dois candidatos no segundo turno das eleições presidenciais da França em 24 de abril.

Uma semana após a votação, nada foi decidido. As pesquisas oferecem uma vantagem estreita de 53 a 55,5% para o presidente em final de mandato sobre sua adversária de extrema-direita.

A margem é bem menor do que em 2017, quando Macron venceu com 66% dos votos. O desafio do segundo turno é convencer os indecisos e os abstencionistas, que no primeiro turno ultrapassaram 26% do censo.

Será especialmente importante mobilizar o eleitorado de esquerda, o árbitro desta corrida acirrada. Desde o encerramento do primeiro turno, em 10 de abril, os dois finalistas continuam a fazer promessas ecológicas e sociais ao eleitorado do líder esquerdista radical Jean-Luc Mélenchon, que ficou em terceiro lugar com quase 22% dos votos.

Desde a divulgação dos resultados do primeiro turno, vencido por Macron (27,8%) à frente de Le Pen (23,1%), os dois candidatos retomaram sua campanha, multiplicando os deslocamentos, os encontros com multidões e participações no rádio e na televisão.

- Um debate crucial -

A uma semana do segundo turno, em um contexto de campanha tenso e com a extrema-direita mais perto do poder do que nunca, o debate televisionado de quarta-feira parece ser decisivo.

O tradicional duelo realizado desde 1974 nos dois turnos de todas as eleições presidenciais na França será moderado por um jornalista do canal público France 2 e outro do privado TF1.

Marine Le Pen e Emmanuel Macron "têm muito em jogo", estima o sociólogo e especialista em comunicação política Philippe Riutort.

Em 2017, o debate foi desastroso para Le Pen, que foi agressiva e despreparada contra a líder centrista, o que, segundo muitos analistas, causou em grande parte sua derrota.

Cinco anos depois, a líder de extrema-direita amenizou sua imagem, trabalhou em seu programa e implantou uma campanha de proximidade, conquistando um perfil mais "presidencial".

"Estou preparada porque tenho experiência, trabalhei muito no projeto, ajustei meu projeto com eles (os franceses), aproximei-o de suas realidades, de suas esperanças, um projeto sério, equilibrado, orçado projeto", disse a candidata na sexta-feira.

Já Macron não subestima um debate "extremamente apertado", admite sua comitiva.

Macron, que não tem mais o frescor de cinco anos atrás, deve tentar desmantelar o programa de sua adversária, apontando os aspectos radicais que tentou encobrir na campanha em questões como imigração ou instituições.

Ele também tentará corrigir sua imagem às vezes percebida como sendo muito à direita entre os eleitores da esquerda.

Os franceses votavam neste domingo (10) para eleger seu presidente, com o atual mandatário, o centrista Emmanuel Macron, e a candidata da extrema direita, Marine Le Pen, como favoritos de um disputado primeiro turno após uma campanha atípica.

O início da ofensiva russa na Ucrânia em 24 de fevereiro ofuscou a campanha eleitoral, mas o efeito nos preços da energia a devolveu ao primeiro plano, sobretudo pela inquietação sobre o poder aquisitivo.

O início da guerra impulsionou Macron, mas na reta final da campanha, sua principal adversária, Le Pen, avançou nas pesquisas, até encostar em Macron, ameaçando seu favoritismo se os dois passarem ao segundo turno em 24 de abril.

No âmbito internacional, ante Macron e seus esforços de mediação entre Kiev e Moscou, Le Pen propõe, entre outros, abandonar o comando integrado da Otan, órgão da Aliança Atlântica que estabelece a estratégia militar.

Por isso, o resultado será acompanhado de perto em todo no mundo porque uma eventual vitória da ultradireitista poderia representar um novo revés para a União Europeia (UE) e as alianças internacionais desta potência econômica e nuclear.

Dos dez candidatos restantes, o esquerdista Jean-Luc Mélenchon é o único com alguma chance de impedir neste domingo que ambos consigam passar para o segundo turno, reforçado por sua imagem de "voto útil" de uma esquerda pulverizada.

Em nível internacional, este neto de espanhóis e que foi apresentado pelo jornal conservador Le Figaro como um "Chávez francês", propõe sair da Otan em prol de "alianças altermundialistas" e quer que a França seja um país "não alinhado".

- Dúvidas sobre a participação -

Cerca de 48,7 milhões de eleitores são habilitados a eleger entre 12 candidatos à Presidência.

As seções de votação abriram às 08H00 locais (03H00 de Brasília) na França metropolitana para um pleito iniciado na véspera nos territórios ultramarinos e no exterior.

Os resultados serão conhecidos às 20H00 locais (15H00 de Brasília), quando as últimas seções vão fechar.

Se nenhum candidato tiver a maioria absoluta no primeiro turno, os dois mais votados se enfrentarão no segundo turno em 24 de abril.

A participação era uma das principais preocupações nos últimos dias de campanha.

Segundo dados do Ministério do Interior, a participação no meio da jornada deste primeiro turno foi de 25,48%, três pontos a menos do que em 2017 (28,54%).

A participação às 10H00 GMT (07H00 de Brasília) foi, no entanto, quatro pontos maior do que em 21 de abril de 2002 (21,39%), ano em que se alcançou um recorde de abstenção no primeiro turno das eleições presidenciais.

Em Pantin, perto de Paris, Michèle Monnier, de 77 anos, agora aposentada e que foi vigia de uma escola, votou cedo.

"As mulheres da minha época lutaram para votar, sendo assim, sejam quais forem as eleições, eu votarei", disse ao sair de uma padaria.

O primeiro turno não está isento de surpresas como em 2002, quando o ultradireitista Jean-Marie Le Pen, pai de Marine, se habilitou, contrariando todos os prognósticos, ao segundo tuno contra o conservador Jacques Chirac, que acabou se reelegendo.

A abstenção do primeiro turno então alcançou o recorde de 28,4% em uma eleição presidencial. Outra das incógnitas é saber se este percentual será superado, como acreditam muitos cientistas políticos. Em 2017, 22,2% dos eleitores não votaram no primeiro turno.

- "Frente republicana" -

Marine Le Pen, de 53 anos, e Emmanuel Macron, de 44, já disputaram as chaves do Palácio do Eliseu em 2017, que o centrista conseguiu com dois terços dos votos. Mas embora o cenário pareça se repetir cinco anos depois, o país não é o mesmo.

O coronavírus irrompeu na França no começo de 2020, confinou milhões de pessoas e deixou para trás uma primeira metade de mandato de Macron marcada por protestos sociais. A guerra na Ucrânia emergiu quando os franceses começavam a respirar.

Macron jogou, assim, a cartada de um presidente estável em tempos de crise e reformista; Le Pen se apresentou como uma defensora do poder aquisitivo, com uma imagem menos radical, evitando dar ênfase em seus temas prediletos: migrantes, islã, segurança.

Sem mudar os fundamentos da extrema direita, segundo os observadores, a candidata do Reagrupamento Nacional (RN) preferiu tentar capitalizar o descontentamento das classes populares com a política de seu adversário do A República em Marcha (LREM).

Os temas mais radicais da extrema direita ficaram nas mãos do polêmico Eric Zemmour, que com suas declarações explosivas contra os imigrantes e os muçulmanos dominou parte da campanha, pondo em dificuldades Le Pen e a candidata da direita, Valérie Pécresse.

O presidente, que entrou tarde na campanha pela gestão da pandemia e sua tentativa de mediação entre Kiev e Moscou, alertou na reta final contra o "perigo extremista". Os especialistas duvidam que o cordão sanitário em torno da extrema direita vá funcionar em 2022 como ocorreu em 2017.

Para o diretor da Fundação Jean-Jaurès, Gilles Finchelstein, a tradicional "frente republicana" de partidos não bastará para isolar Le Pen no segundo turno, já que, embora este sistema não tenha desaparecido, está desgastado.

Os candidatos socialista Anne Hidalgo, ecologista Yannick Jadot, e comunista Fabien Roussel já disseram que vão pedir votos contra a extrema direita se Le Pen passar para o segundo turno. Já Valérie Pécresse, do partido Os Republicanos (LR), não indicará voto.

Na França, as atenções também se voltarão para o alcance do aguardado fiasco dos partidos tradicionais: a direita ex-presidentes Chirac (1995-2007) e Nicolas Sarkozy (2007-2012) e os socialistas de François Hollande (2012-2017) e François Mitterrand (1981-1995).

A candidata francesa de extrema-direita Marine Le Pen defendeu, nesta quinta-feira (7), a proibição do uso do véu islâmico em público, caso os franceses a elejam como presidente nas eleições de abril, e a "multa" para mulheres que o usam.

"Serão multadas da mesma forma quando se proíbe o cinto de segurança. E me parece que a polícia consegue fazer cumprir essa medida muito bem", disse Le Pen à rádio RTL.

A candidata presidencial do Agrupamento Nacional (RN), partido herdeiro da Frente Nacional, assegurou que "os islamitas usaram o véu nos últimos 20 anos como uniforme e como sinal de progresso" de suas ideias.

Le Pen, que não proibiria o uso da kipá judaica em público, ameaça uma vitória para o presidente centrista, Emmanuel Macron, na votação de 24 de abril, de acordo com as pesquisas, que apontam os dois como vencedores do primeiro turno no domingo.

Em janeiro de 2021, Le Pen apresentou seu plano para combater as "ideologias islâmicas", que na sua opinião são "totalitárias" e estão "em todos os lugares". Sua proposta é apagá-las da esfera pública, como acontece com o véu.

"Não se trata de atacar a liberdade de consciência", disse então o deputado Jean-Paul Garraud, que Le Pen nomearia ministro da Justiça se for eleita.

Para este ex-magistrado, o objetivo é "proibir externamente qualquer forma de expressão pública de opiniões que, por si só, constituam uma grave perturbação da ordem pública", como já acontece "com o nazismo".

A França, um país laico, proibiu o uso de sinais religiosos visíveis, como véus, nas escolas desde 2004, e os funcionários públicos estão sujeitos ao princípio da "neutralidade".

A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, foi reeleita, sem surpresa, neste domingo (4) para um quarto mandato como presidente de seu partido, Reagrupamento Nacional (RN), durante um Congresso no qual busca ganhar impulso para as eleições presidenciais de 2022.

O RN parecia destinado a ganhar terreno nas eleições regionais do mês passado, mas não conseguiu vencer em nenhuma das 13 regiões da França continental.

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Esse resultado levantou dúvidas sobre a estratégia de Le Pen de limpar a imagem da formação e se posicionar mais como um partido convencional de direita.

A atual presidente, porém, não encontrou oposição no congresso de seu partido em Perpignan (sul) e foi a única candidata ao cargo, que deverá deixar temporariamente no final deste ano para se dedicar às eleições presidenciais francesas de 2022.

De acordo com o resultado da votação apurada na quinta-feira e anunciada hoje, a dirigente de extrema-direita, que comanda a formação desde 2011, foi eleita com 98,35% dos votos dos afiliados.

Os militantes também votaram na composição do chamado Conselho Nacional (uma espécie de parlamento partidário) e o candidato eleito com mais votos foi o número dois da formação, Jordan Bardella.

Será este jovem de 25 anos, um protegido de Le Pen, que a substituirá temporariamente por doze meses, enquanto ela se dedicar às presidenciais de abril de 2022.

No sábado, os militantes aprovaram uma reforma dos estatutos permitindo, justamente, a presidência temporária do RN por 12 meses em caso de campanha presidencial.

Em declarações à imprensa, Le Pen, de 52 anos, disse que se sentia "extremamente combativa" para sua terceira candidatura à presidência francesa.

"Não tenho dúvidas sobre o que deve ser feito pela França", disse.

As pesquisas apontam um novo duelo entre a direitista e o presidente de centro Emmanuel Macron, que a superou com folga no segundo turno das eleições de 2017.

Mas as regionais abalaram esse cenário.

As aspirações de Le Pen foram frustradas, mas também as de Macron, cujo partido República em Marcha colheu os piores resultados entre as principais formações.

Os vencedores das eleições regionais foram os partidos tradicionais de direita e de esquerda, Os Republicanos e os Socialistas, que haviam sido esmagados pelo fenômeno Macron em 2017 e que agora parecem recuperar terreno.

Tanto o presidente quanto Le Pen minimizaram esse revés, argumentando que as eleições regionais não servem para prever os resultados nacionais.

As últimas pesquisas mostram que ambos passariam para o segundo turno das eleições presidenciais, nas quais Macron venceria por uma boa margem sobre Le Pen.

Ainda assim, o surgimento de um candidato forte na direita tradicional poderia ser uma dor de cabeça tanto para o presidente de centro quanto para os esperançosos da extrema-direita.

A derrota sofrida no domingo (20) pela extrema direita de Marine Le Pen e pela maioria presidencial centrista de Emmanuel Macron, no primeiro turno das eleições regionais francesas, parece lançar dúvidas sobre o anunciado duelo para a presidencial de 2022.

Nem um único candidato do jovem partido presidencial República em Marcha (LREM), nem seus aliados centristas lideraram a votação em nenhuma das 13 regiões da França metropolitana.

O fracasso da estratégia presidencial foi ainda mais severo na região Provença-Alpes-Costa Azul, para onde o chefe de Estado enviou nada menos que cinco de seus ministros para a batalha.

A derrota do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, também foi avassaladora, com um resultado bem inferior ao previsto pelas pesquisas.

O RN ficou em primeiro lugar em uma única região contra seis nas regionais de 2015.

"É claro que estamos nos questionando", disse o vice-presidente do RN, Jordan Bardella, à rádio RMC.

"Há um segundo turno e os eleitores terão outra oportunidade de se expressar", acrescentou, ao destacar que as eleições ainda não acabaram.

Em contrapartida, para surpresa de muitos, a direita tradicional prevaleceu em seis regiões, com o partido Os Republicanos (LR) sendo a força dominante em nível nacional, enquanto a esquerda tradicional, liderada pelos socialistas, ficou em primeiro em cinco regiões.

"Tal como nas eleições municipais (de 2020), o velho mundo mostra que ainda está de pé", avaliou o cientista político Bruno Cautrès.

Trampolim para a direita tradicional?

Embora a participação historicamente baixa complique qualquer interpretação dos resultados, a boa posição no primeiro turno da direita e da esquerda tradicionais soa como um desafio ao cenário pré-traçado de um duelo Macron-Le Pen no segundo turno da eleição presidencial de 2022.

Duas figuras da direita, Xavier Bertrand e Valérie Pécresse, atuais presidentes de suas respectivas regiões e potenciais adversários da dupla Macron-Le Pen, têm uma clara vantagem em seus redutos.

E os resultados podem servir de trampolim para o próximo ano.

"É um tapa na cara de Emmanuel Macron e do Executivo", analisa o cientista político Philippe Moreau-Chevrolet, para quem a estratégia de "destruir a direita tradicional para instalar um duelo Macron-Le Pen em 2022 é um fracasso".

Depois de sua "viagem pela França" para se encontrar novamente com os franceses após a pandemia, o presidente planeja apresentar até meados de julho uma reorientação do seu mandato de cinco anos, para um projeto que vai além de 2022, segundo seu círculo próximo.

A taxa de abstenção (mais de 60%) - a mais elevada desde pelo menos 1958 - surpreendeu os observadores e levou a especulações sobre as causas.

A falta de campanha pública devido às restrições da Covid-19 parece ter desempenhado um papel, assim como o clima quente de verão que afastou as pessoas das urnas após meses de confinamento.

"São eleições marcadas pela saída da pandemia e pela indiferença dos franceses em relação ao que está em jogo nessas eleições", comentou Brice Teinturier, diretor do departamento eleitoral da Ipsos, à rádio France Inter.

"Para os franceses, o evento importante será a eleição presidencial", disse ele, contrastando o humor do país com as últimas eleições regionais de 2015, quando o país estava no auge da tensão dos ataques terroristas.

No entanto, a tendência de aumento da abstenção é evidente há anos, mesmo nas últimas eleições parlamentares e presidenciais de 2017.

A líder da extrema direita na França, Marine Le Pen, criticou nesta quinta-feira (11) o candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmando que ele diz coisas "extremamente desagradáveis".

A declaração foi dada em entrevista ao canal "France 2", na qual Le Pen foi convidada a opinar sobre a ascensão do capitão reformado na política brasileira.

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A presidente do partido Reunião Nacional (RN) reconheceu que a "criminalidade endêmica" catapultou Bolsonaro e que sua votação é uma "reação" da população à "insegurança", mas criticou suas declarações sobre homossexuais e mulheres.

"Certamente ele tem dito coisas que são extremamente desagradáveis, que não podem ser transferidas para nosso país, é uma cultura diferente", afirmou Le Pen. "De qualquer maneira, a partir do momento em que alguém diz coisas desagradáveis, ele passa a ser de extrema direita na imprensa francesa. Eu não vejo Bolsonaro como um candidato de extrema direita", reforçou.

No entanto, ela ressaltou que os povos têm "diferentes histórias e culturas". "Ainda estamos tentando julgar o que está acontecendo no exterior com base em nossa própria cultura e em nossa própria história?", questionou.

Com uma plataforma anti-imigração e contra a União Europeia, Le Pen chegou ao segundo turno das eleições presidenciais na França em 2017, mas acabou derrotada pelo centrista liberal Emmanuel Macron, por um placar de 66,1% a 33,9%.

Da Ansa

O neoconservadorismo tem pautado as disputas pelo comando de países da Europa - entre eles França, Holanda e Alemanha - e ampliado a defesa de pautas como o nacionalismo ultra radical, o ataque às minorias e práticas xenófobas. Esta nova onda de um pensamento surgido no século 18, de acordo com o cientista político Elton Gomes é de “dupla natureza” e “não deve atingir o Brasil” durante as eleições de 2018, uma vez que entre os nomes já postos no cenário nenhum se apresenta na defesa de ideias característicos do conservadorismo.   

Fazendo um panorama da conjuntura internacional, o estudioso salientou que o “neoconservadorismo em alguns momentos advoga em favor da lógica tradicional, contra as utopias políticas, e em outros se apresenta como uma espécie de ultra nacionalismo radical, xenófobo, contrário a determinadas inovações importantes”. Segundo ele, isso ocorre principalmente na Europa Ocidental, sobretudo na França com Marine Le Pen e a questão dos imigrantes, mas também na Holanda e na Alemanha. 

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Já quanto às posturas do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, cuja eleição trouxe à tona uma discussão mais intensa sobre o conservadorismo, o cientista político pontuou que não representam o pensamento em sua literalidade. “Ele é muito mais um populista de direita do que um conservador padrão, com a lógica tradicional”, classificou. 

Argumentando sobre a perspectiva conservadora internacional diante da conjuntura política brasileira e um processo eleitoral à vista, Elton Gomes observou que o país “não tem alguém que represente o verdadeiro conservadorismo”, o que faz com que ele descarte um possível peso do aspecto na corrida presidencial em 2018, mesmo com a recém ascensão de lideranças como o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

“Temos algumas alternativas com a retórica de força que, sobretudo, defendem pontos sobre a segurança pública, uma intervenção do Estado para questões consideradas importantes para a manutenção de valores tradicionais, como a igualdade de gênero, mas não é conservadorismo político no espectro liberal conservador”, frisou. “Temos um populista de direita isso sim. Jair Bolsonaro vem crescendo a partir da crise de segurança pública e do colapso moral [dos casos de corrupção]. Como ele, apesar de ter essa retórica confrontacionista, não foi arrolado em escândalos acaba conquistando um capital político interessante”, complementou.

Com seus discursos, Bolsonaro vem aparecendo em segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos, variando entre 19% e 30%. Para o estudioso, entretanto, o eventual presidenciável não tem “recursos políticos que lhe permita ser competitivo”.  “Ele não tem um governador, um prefeito que lhe apoie e um tempo de TV pequeno. O que ele pode é fazer capital político para uma eleição seguinte”, observou.

Candidato conservador beneficiaria o país

O Brasil em si é conservador e isso não é novidade, mas um candidato a presidente da República que defendesse tais teses seria benéfico para o país, sob a ótica do cientista político Elton Gomes. 

“Seria benéfico que tivéssemos uma força política de esquerda bem libertária e uma de direita bastante conservadora. Isso ajudaria a saber que tipo de ideia os políticos defendem. No Brasil, os atores políticos são muito acomodativos, os princípios que eles defendem são alacarte. Quando convém defende a intervenção do Estado na economia, quando não o livre mercado. Uma hora são favoráveis as família tradicionais, na outra são defensores das minorias. Essas questões são difíceis de ser percebidas pelo eleitor médio que colocam todos em um patamar único”, argumentou. 

Para justificar o pensamento, o estudioso destacou ainda a diferença entre conservadorismo e reacionarismo. “Conservador é alguém que acha que existe uma experiência societária comprovada e precisa ser preservado. Reacionário é contrário a toda forma de mudança, principalmente aquele que está numa posição de poder e quer manter seu privilégio. O Brasil tem muito disso e acaba sendo confundido como conservador”, afirmou. 

Com a "Ode à Alegria" de Beethoven ao fundo, Emmanuel Macron foi recebido por milhares de franceses, que gritavam seu nome em frente à pirâmide do museu do Louvre, em Paris, onde ele jurou servir à França com amor.

A pirâmide de vidro e alumínio na esplanada do mítico museu parisiense foi iluminada por luzes douradas quando o presidente eleito, de 39 anos, chegou ao cenário previsto para a ocasião.

"Esta noite a França venceu", clamou, entre aplausos e gritos de alegria ao centrista pró-UE, que se tornará o presidente mais jovem da França, depois de ter derrotado no domingo, com mais de 65% dos votos, a candidata ultradireitista Marine Le Pen no segundo turno das presidenciais.

"Todo mundo nos disse que era impossível, mas não conhecem a França", acrescentou com a pirâmide ao fundo este jovem que até três anos atrás era um total desconhecido, antes de jurar ao país: "Vou te servir com amor".

Pouco depois, sua esposa, Brigitte, uma elegante loira de olhos azuis 24 anos mais velha, uniu-se a ele no estrado, sem conseguir conter as lágrimas. Ambos, junto aos filhos e netos dela, aos quais considera seus, cantaram a Marselhesa.

"É um símbolo de esperança. É como Obama oito anos atrás. É a juventude, a oportunidade. Vejam sua equipe, tem gente de todos os horizontes", disse, exultante, Jean-Luc Songtia, um taxista de 36 anos.

Apesar da queda da noite e da temperatura, centenas de pessoas continuavam chegando à Esplanada do mítico museu, no coração de Paris, para ver em carne e osso seu presidente. Segundo a equipe de Macron, 40.000 pessoas estavam no lugar.

Os "helpers", voluntários da equipe do presidente eleito, distribuíam entre a multidão, a sua maioria na casa dos 20 anos, bandeiras nas cores nacionais (branca, azul e vermelha), e camisetas com o nome do movimento "nem de esquerda, nem de direita" de Macron, o Em Marcha!

Em pleno estado de emergência, as medidas de segurança para entrar na esplanada foram excepcionais. Um falso alerta teria obrigado, horas antes, a evacuação do local, onde estavam credenciados 1.800 jornalistas. Uma festa de rua improvisada perto do Louvre, onde se ouvia música ao vivo, continuava animando centenas de pessoas passada a meia-noite.

A avenida Champs Elysées, a mais famosa do mundo, também virou uma festa com a divulgação dos resultados. Motoristas faziam buzinaços, agitavam bandeiras nacionais e imortalizavam o momento com selfies.

"Simplesmente a aniquilou", disse, entusiasmado, Abdel Ukil, de 31 anos. "Estava certo de que não superaria 40%" dos votos, acrescentou, em alusão a Le Pen, que em Paris conquistou apenas 10% do eleitorado com seu programa anti-imigração e antieuropeu.

Seu resultado "mostra que a Frente Nacional, embora com uma nova chapa, não pode vencer na França", comemorou Johanna, uma jurista de 32 anos, que junto com seu marido e seus dois filhos pequenos se reuniram em frente ao quartel-general de Macron.

A alta taxa de abstenção, a mais elevada na França desde 1969, preocupa alguns dos partidários do novo presidente. "O povo não se sente representado, se sente esquecido", avaliou Sylvie Semet, de 58 anos. "Macron terá que trabalhar duro", concluiu.

A Procuradoria de Paris abriu uma investigação contra candidata da Frente Nacional à Presidência, Marine Le Pen, após denúncia apresentada por seu rival na disputa eleitoral, Emmanuel Macron.

O caso remete-se ao debate entre os dois na noite desta quarta-feira (3), quando Le Pen insinuou que Macron teria uma conta secreta ou uma offshore nas Bahamas. De acordo com a denúncia, a candidata "usou uma notícia falsa" para "orientar os votos presidenciais".

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O movimento conservador francês contrário ao casamento homossexual pediu nesta quarta-feira (26) que não se vote no centrista Emmanuel Macron, que disputará o segundo turno das presidenciais, em 7 de maio, contra a candidata da extrema-direita, Marine Le pen.

Segundo a organização "La Manif pour tous", próxima do movimento Sens Commun (Senso Comum), que apoiou François Fillon, o candidato conservador derrotado no primeiro turno, Macron "é um candidato abertamente anti-família".

O centrista "prepara uma política anti-família". "Pelas famílias, pelas crianças, pelo futuro, diremos 'não' a Macron em 7 de maio", afirma em um comunicado a presidente do movimento, Ludovine de la Rochère, sem dar maiores informações.

"Emmanuel Macron quer continuar o quinquênio que termina e prolongar a transformação da civilização. Candidato abertamente anti-família, para ele, o dinheiro está acima do humano", denuncia.

"Rejeitamos essa transformação de civilização que acarreta novas injustiças e desigualdades para as mulheres e as crianças. Com base nestes temas fundamentais, que correspondem ao bem comum, finalidade própria da política, convidamos que cada qual decida seu voto".

No domingo, o Sens Commun se negou a escolher entre o candidato de centro e sua adversária da extrema-direita, Marine Le Pen, os dois classificados para o segundo turno eleitoral. François Fillon, que ficou em terceiro, anunciou que votará em Emmanuel Macron.

A "Manif pour tous" se opôs em vão à lei sobre o casamento gay, adotada em 2013, mobilizando dezenas de milhares de pessoas nas ruas.

Este movimento denuncia, ainda, a procriação assistida para pessoas do mesmo sexo, a regularização dos filhos nascidos no exterior de barrigas de aluguel e uma política fiscal que, segundo eles, penaliza as famílias.

A poucas horas do início da votação, o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais na França ainda é totalmente incerto. No entanto, teme-se que a possível vitória de candidatos antissistema possa influenciar diretamente a vida de milhares de imigrantes, incluindo brasileiros que moram no país europeu.

Em um ano recorde de candidaturas, os eleitores deverão escolher entre 11 postulantes - um a mais do que em 2012. Contudo, há quatro favoritos que atualmente lideram as intenções de voto: a líder da ultranacionalista Frente Nacional, Marine Le Pen; o representante da direita, François Fillon; o candidato centrista do movimento Em Marcha!, Emmanuel Macron; e Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical.

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Uma das principais promessas de campanha de Le Pen é o combate à imigração, retomando o controle das fronteiras do país. Recentemente, ela prometeu, caso seja eleita, suspender toda a imigração ilegal e impor limites à legal, a fim de conter "uma situação louca e descontrolada". Além disso, a candidata da extrema direita ainda quer aumentar os impostos sobre empresas que contratem trabalhadores estrangeiros.

"Teremos atitudes mais severas do governo francês. Os quatro principais candidatos já se pronunciaram com preocupação em relação aos ataques terroristas provocados por estrangeiros, mas que não têm ligação com brasileiros", explicou à ANSA Clayton Lopes Pegoraro, professor de direito internacional da Universidade Mackenzie.

Segundo ele, em curto prazo, o resultado das eleições "não deve provocar nenhuma mudança referente ao processo e ao tratamento de brasileiros"."O brasileiro, de modo geral, não encontra grandes problemas no exterior para entrada, saída e permanência por causa da própria relação diplomática entre os países", acrescentou.

Independentemente de qual candidato vencer, a mudança no conjunto de regras migratórias da França dependerá da situação econômica do país nos próximos anos, o que poderá resultar em uma redução da mão de obra pesada, que emprega majoritariamente imigrantes.

"As obras em que a gente trabalha têm umas 300 pessoas: dois chefes são franceses, e os outros são todos imigrantes. Essa mulher [Marine Le Pen] não é a favor da imigração legal nem ilegal. Mas, e aí, como vamos fazer? Todos teremos de sair daqui? Francês não trabalha pesado", disse à ANSA o brasileiro Adalberto da Silva Lopes, que mora há 10 anos no país e é responsável por retirar amianto de construções.

Para ele, se os franceses elegerem um candidato com ideologias contra o sistema, haverá grandes problemas para todos que tentam ingressar na nação europeia. "Temos que esperar o resultado porque a gente não pode sofrer antes", acrescentou.

"Nos anos em que estou aqui, o melhor presidente que eu já vi foi o Sarkozy [2007-2012]. Ele diminuiu os impostos, porque aqui o valor é muito alto, mas a vantagem é que a gente paga e vê refletido na saúde, educação, transporte, em avenidas", ressaltou o operário.

Mesmo não havendo dados oficiais precisos sobre o número de imigrantes que moram na França, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que há mais de 28,5 mil brasileiros vivendo no país europeu.

De acordo com o consulado do Brasil em Paris, ainda há um grande número de cidadãos com dupla cidadania, que não aparecem nos registros franceses como estrangeiros. Em entrevista à ANSA, a estudante brasileira Shirley Paiva disse que "não gostava muito de política". "Não acompanhava no Brasil, mas aqui acaba sendo diferente porque não é nosso país", ressaltou ela, que está em Paris há quase um ano e "tem medo do que pode acontecer com os imigrantes brasileiros" caso Le Pen seja eleita.

"Eu fico um pouco apreensiva porque a gente nunca sabe o que pode acontecer. Você sai do Brasil para tentar uma vida melhor, e quando chega a época das eleições aqui dá um pouco de receio.

Nem todos os candidatos são a favor de imigrantes", reforçou a assistente comercial Elizabeth Roche, que mora em Toulouse há cinco anos.

Para o professor Pegoraro, os candidatos de centro seriam os mais adequados, "pelo momento que a França vive e para a manutenção das relações internacionais que o país sempre buscou preservar". Mas a vitória da extrema direita não é vista por ele como prejudicial. "Atualmente, é difícil um país cortar relações com outros. Direita, esquerda, centro, como for. Se fechar o país, todos perdem", finalizou. 

Um ex-dirigente da organização racista americana Ku Klux Klan (KKK) manifestou apoio à candidata de extrema-direita à presidência francesa, Marine Le Pen, ao prestar uma homenagem especial a seu pai Jean-Marie Le Pen.

"Seu pai é um grande homem, um verdadeiro patriota. Criou uma mulher inteligente e forte que sabe como fazer política no século XXI", escreveu David Duke, ex-líder do KKK, um movimento de quase 150 anos que defende a supremacia branca e se converteu em sinônimo de linchamentos e assassinatos.

Duke, de 66 anos, que foi candidato a diversos cargos políticos entre 1980 e 1990, e durante três anos manteve um cargo na assembleia local de Louisiana (1989-1992), também declarou ter votado no atual presidente americano republicano Donald Trump, ainda que a equipe do novo chefe de Estado negue qualquer vínculo com ele.

Segundo as pesquisas, Le Pen lidera o primeiro turno da eleição presidencial francesa, que acontecerá no fim de abril.

A pop star Madonna disse, nesta segunda-feira (2), que gostaria de sentar e tomar um drinque com a líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, para conhecer sua visão sobre direitos humanos. Na mesma entrevista, concedida em um programa do Canal +, a cantora manifestou seu apoio à revista satírica "Charlie Hebdo".

"Talvez eu não tenha entendido Marine Le Pen. Não tenho certeza, e não quero, acima de tudo, começar uma guerra", minimizou.

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"Comigo, as pessoas têm uma ideia do que eu sou, daquilo com que eu me envolvo, em que eu acredito e, com muita frequência, quando sentam para beber comigo, e conversam comigo, compartilham uma perspectiva diferente", acrescentou a cantora.

"O que eu quero é a paz no mundo. Então, meu primeiro pensamento quando eu penso em Marine Le Pen é que eu adoraria encontrá-la, falar com ela e adoraria poder ouvir, de sua boca, diretamente no meu ouvido, aquilo em que ela acredita que sejam os direitos humanos. Não apenas na França, mas no mundo inteiro. Isso é muito importante para mim", convidou Madonna.

A cantora então deu um demorado e apertado abraço em Luz, cartunista do "Charlie Hebdo", que também participou do programa do Canal +. "Acho que suas vidas não foram perdidas em vão", disse Madonna a Luz, com lágrimas nos olhos, referindo-se às vítimas do letal ataque ao veículo, em 7 de janeiro passado.

Em sua última turnê, em 2012, a rainha do pop apresentou um vídeo, no qual Marine Le Pen aparecia com uma suástica na testa. Em julho de 2012, no Olympia, a cantora não mostrou no palco a polêmica montagem, mas prestou uma homenagem à "tolerância" da França.

A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, poderá perder a imunidade no Parlamento Europeu por comentários feitos durante um comício em 2010, quando comparou as orações de rua de muçulmanos a uma ocupação do território francês. Jaume Duch Guillot, porta-voz do Parlamento, confirmou neste sábado que o comitê da União Europeia votou preliminarmente sobre o assunto e disse que uma votação final foi marcada para o próximo dia 11.

Se de fato perder a imunidade, a líder da Frente Nacional poderá ser acusada de racismo na França, onde um procurador abriu uma investigação sobre os comentários. O partido de Marine, que se opõe à imigração, ficou em terceiro lugar nas eleições francesas do ano passado, impulsionado em parte por eleitores preocupados com a expansão da minoria muçulmana no país. As informações são da Associated Press.

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O candidato socialista François Hollande venceu o primeiro turno das eleições presidenciais na França, com 28,63% da preferência do eleitorado. O atual presidente Nicolas Sarkozy, que busca a reeleição, obteve 27,18% dos votos, apurada a totalidade das urnas, informou nesta segunda-feira o Ministério do Interior francês.

No total, 36,5 milhões dos 46 milhões de franceses registrados para votar foram às urnas - a abstenção ficou em 20,53% do eleitorado, superior à eleição de 2007, quando foi de 16,23%. Tanto Hollande quanto Sarkozy retomaram suas campanhas nesta segunda-feira e tentaram atrair eleitores da extrema direita e também da extrema esquerda.

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A candidata de extrema direita Marine Le Pen ficou em terceiro, com 17,90% dos votos, à frente do candidato de extrema esquerda, Jean-Luc Mélenchon, com 11,1%. O centrista François Bayrou foi o quinto mais votado, com 9,13% da preferência do eleitorado, e outros cinco candidatos receberam porcentagem menor dos votos, informa o Ministério. Marine Le Pen disse que só anunciará em 1º de maio apoio a um dos dois candidatos que irão ao segundo turno.

A frustração dos eleitores com o status quo e com a União Europeia (UE) alimentaram um crescimento no voto em partidos radicais no cenário político tanto de direita quanto de esquerda. Marine Le Pen conquistou um sólido terceiro lugar e em um departamento, o de Gard, no sul, chegou em primeiro lugar. Em número de votos, Marine Le Pen obteve o melhor resultado para a Frente Nacional, quase o dobro das eleições presidenciais de 2007 - quando seu país Jean-Marie Le Pen obteve 10,44% e ficou em terceiro lugar.

Segundo dados do Ministério do Interior da França e publicados no jornal Libération, em 2007 Sarkozy foi para o segundo turno em primeiro lugar, com 31,18% dos 37,2 milhões de votos, enquanto sua rival socialista de então, Ségolène Royal, que passou para o segundo turno, obteve 25,87% dos votos.

Os dados de 2012 mostram que o Partido Socialista avançou em grande parte do território francês - venceu na área metropolitana de Paris, no oeste e no centro da França e também em departamentos que nas últimas eleições votaram na direita - Pas de Calais e Somme, na Normandia, Loire, Haute-Loire e Isère, no centro.

Em seu primeiro discurso após os resultados, Hollande aludiu aos eleitores que podem ter votado na extrema direita porque se sentiram ignorados pelo sistema. "Nós temos que procurar os eleitores", disse Hollande em um discurso em uma praça em Quimper, na região oeste da Bretanha. "Mulheres e homens que não sabem para onde ir, vão para os extremos", disse o candidato socialista. Se Hollande vencer as eleições, será o primeiro socialista a ocupar a presidência desde 1995, quando François Mitterrand deixou o Palácio do Eliseu. Quase todas as pesquisas publicadas até o final da semana passada davam a Hollande uma vantagem entre oito e dez pontos porcentuais sobre Sarkozy para o segundo turno.

Sarkozy também retomou hoje a campanha na cidade de Tours, no departamento de Indre et Loire, um dos poucos no oeste da França onde venceu o primeiro turno. Ele tentou atrair eleitores com um discurso de direita. "A Europa precisa defender seus interesses e fronteiras", disse Sarkozy. "A questão da nação e a questão das fronteiras são inseparáveis e precisam estar no centro do debate público", afirmou o mandatário.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente francês Nicolas Sarkozy, que disputa a reeleição, mantém a liderança na intenção de voto sobre seu rival socialista François Hollande, indica uma pesquisa feita pelo Instituto Ifop e publicada nesta quarta-feira. O primeiro turno das eleições presidenciais francesas ocorrerá em 22 de abril. A pesquisa Ifop indica que Sarkozy está com 28,5% das intenções de voto, enquanto Hollande está com 27%. A intenção de voto nos dois candidatos líderes não mudou em comparação à última sondagem feita pelo instituto há duas semanas.

Se nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos, o que deverá acontecer, haverá segundo turno em 6 de maio. A pesquisa Ifop mostra que, no segundo turno, Hollande teria 53% dos votos, enquanto Sarkozy teria 47%.

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A pesquisa foi conduzida entre 5 e 7 de abril e entrevistou 1.869 pessoas com 18 anos ou mais. A sondagem indica que a candidata da extrema direita, Marine Le Pen, conquistou um ponto porcentual e está com 16,5% das intenções de voto, enquanto o candidato da extrema esquerda, Jean-Luc Mélenchon, também conquistou um ponto e está com 14% das intenções de voto. O candidato centrista François Bayrou perdeu dois pontos e está com 9,5%.

As informações são da Dow Jones.

O candidato do Partido Socialista nas eleições presidenciais francesas, François Hollande, ampliou sua vantagem em uma pesquisa de intenção de voto sobre seu maior rival, o presidente Nicolas Sarkozy, da União por um Movimento Popular (UMP), mas ambos conseguiram deixar mais distantes dois outros possíveis concorrentes - o centrista François Bayrou e a líder da extrema direita, Marine Le Pen. Hollande ganhou três pontos porcentuais e está com 32% das intenções de voto, enquanto Sarkozy está com 25%, mostrou a pesquisas do Instituto Ipsos, conduzida entre 2 e 7 de fevereiro. Sarkozy avançou dois pontos porcentuais em comparação à última pesquisa, feita em 13 e 14 de janeiro.

A pesquisa foi conduzida antes de Sarkozy anunciar sua candidatura à presidência, o que aconteceu ontem. A candidata de extrema direita, Marine Le Pen, perdeu dois pontos porcentuais e está com 16% das intenções de voto, enquanto o centrista François Bayrou perdeu 1,5 ponto porcentual e está com 12,5%. A Ipsos entrevistou 4.756 pessoas com idades iguais ou superiores a 18 anos. Se nenhum candidato obtiver 50% mais um dos votos em 22 de abril, um segundo turno será realizado em 6 de maio entre os dois primeiros colocados.

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As informações são da Dow Jones.

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