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A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse que além do "projeto da abstinência sexual" lançado pela pasta, pretende criar também uma condição para beneficiários do programa Bolsa Família que irá "ensinar uma mãe a ser mãe". 

Em entrevista concedida ao Valor Econômico, publicada nesta sexta-feira (7), Damares Alves respondeu que as pessoas que quiserem continuar a receber o benefício, terão que comparecer ao Conselho Tutelar. "Esse pessoal terá que ter pelo menos três encontros por ano com o Conselho Tutelar. Vamos ensinar uma mãe a ser mãe", apresentou.

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A ministra, no entanto, não deu mais detalhes de como funcionará esse método. Ela reiterou que outra política pública a ser lançada para dar apoio às crianças e adolescentes infratoras diz respeito as novas unidades de reeducação que devem oferecer uma nova chance aos jovens, investindo em esportes, qualificação e educação. “Tem menino que eu tiro da rua para salvar-lhe a vida. Senão, ele vai morrer ou em uma briga de facções ou trocando tiros com a polícia. O presidente Bolsonaro e eu queremos é dar a eles uma chance de viver”, explicou.

Sobre a polêmica campanha de abstinência sexual originalmente chamada de Tudo Tem seu Tempo, Damares conta que o objetivo é orientar aos meninos e meninas para que entendam que "quem não tem relações sexuais não é careta".

"Dizem que eu prego a abstinência. Mas, me diga, que dano eu vou causar dizendo a eles que não comecem a transar aos 12 anos e que pensem duas vezes, que segurem a onda?", indagou. 

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Nesta sexta-feira (15), o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), órgão instituído por Lei Federal, informou que teve negada autorização de viagem para inspeção em unidades do sistema prisional e do sistema socioeducativo do Ceará, além de audiências de custódia. A negativa foi dada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal (MPF), deu prazo de cinco dias para o ministério prestar informações acerca da garantia das prerrogativas legais que regem o funcionamento do MNPCT.

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Segundo o MPF, desde o início do ano, o Mecanismo vem recebendo graves denúncias de maus tratos, tratamentos degradantes, desumanos, cruéis e tortura em estabelecimentos do Ceará. Para a PFDC, a negativa para inspeção impede o cumprimento da função primordial do MNPCT, violando a legislação vigente e desrespeitando os preceitos legais que orientam o funcionamento do órgão.

O Mecanismo é composto por 11 especialistas independentes, que têm como prerrogativa a visita e identificação de violações de direitos humanos em instituições de privação de liberdade, tais como centros de detenção, estabelecimentos penais, hospitais psiquiátricos, abrigos para idosos, unidades socioeducativas ou centros militares de detenção disciplinar. Em conjunto com o Comitê Nacional de Combate à Tortura, o órgão atende a compromisso internacional assumido pelo Estado brasileiro em 2007, com a ratificação do Protocolo Facultativo à Convenção Contra Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes da Organização das Nações Unidas (ONU).

No ofício encaminhado à ministra Damares Alves, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, ressalta que a Lei 12.847/2013 assegura aos membros do MNPCT independência de atuação. O órgão do Ministério Público Federal esclarece também que, de acordo com a recente organização administrativa promovida pela MP 870/2019, compete ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos garantir “o apoio técnico, financeiro e administrativo necessários ao funcionamento do SNPCT, do CNPCT e do MNPCT, em especial à realização das visitas periódicas e regulares previstas no inciso I do caput do art. 9º por parte do MNPCT, em todas as unidades da Federação”. Caso o ministério não responda sobre o caso, o MPF ameaça adotar medidas cabíveis nos planos judicial e extrajudicial.

 

O senador Magno Malta (PR-ES), afirmou que está garantido no governo de Jair Bolsonaro. Cotado para o que vem sendo chamado de “Ministério da Família”, que agregará as pastas de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Magno afirmou em entrevista ao jornal O Globo: “Vou ser ministro, sim!”. 

Reforçando a ideia ao falar que o próprio Bolsonaro vai anunciar qual ministério ficará sob o comando do senador. “Onde eu estiver, eu estarei perto dele. Ele vai anunciar”, disse Malta, que esteve na companhia do presidente eleito na última quinta-feira (1º), para discutir o lugar do até então senador no novo governo.

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O futuro político de Magno Malta, que é aliado de Bolsonaro há alguns anos mas há fotos ao lado de Dilma, Lula e Temer circulando nas redes sociais com duras críticas a este fato. Magno é questionado e visto com incerteza por muitos, uma vez que ele não conseguiu se reeleger. Há também comentários sobre Magno supostamente ter perdido o posto de vice na chapa de Bolsonaro para o general Hamilton Mourão, que há pouco tempo o chamou de “caso a ser resolvido” no governo.  

“Ele deve estar à procura [de um ministério]. É aquela história, ele desistiu de ser vice do Bolsonaro para dizer que ia ganhar a eleição para senador lá no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, é preciso arrumar um deserto para esse camelo”, disse o general eleito vice-presidente.

“Quem decidiu isso de não ser vice não fui eu sozinho, fomos nós dois [ele e Bolsonaro]. Então, eu não quero responder ninguém em jornal, quem chegou no ‘ônibus’ depois”, revidou Magno. Ele também reafirmou que está com Bolsonaro há anos, que foi o primeiro aliado a iniciar a corrida rumo ao planalto e atribuiu sua derrota eleitoral a ter se dedicado mais à campanha de Bolsonaro do que à sua própria candidatura no Espírito Santo. 

“Era muito mais importante eu no Senado, mas nós não contávamos com uma facada no meio do caminho. Depois da facada, quem foi cumprir o papel dele (Bolsonaro) pelo Brasil. Eu tive que assumir. Não podia ser ninguém, tinha que ser eu. É isso que as pessoas não conseguem entender. Quem dirige a história é Deus. Se não tivesse facada no meio do caminho, eu também tinha ganho no meu estado", completou ele.

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Eleito vice de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB) disse que um dos considerados membros da linha de frente política do novo governo, o senador Magno Malta (PR-ES), é um “elefante no meio da sala” e ainda não foi definido qual será o papel dele na gestão. “Olha eu não vi nada para o Magno Malta. Eu acho que ainda estão discutindo”, afirmou em conversa com jornalistas, nessa quarta-feira (31), de acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo.

Mourão é contra Magno Malta assumir o comando do ministério que vai tratar da área social - que vem sendo chamado de Ministério da Família. O vice prefere que seja uma mulher a ocupar o posto.

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“Tem que resolver esse caso. É aquela história, ele desistiu de ser vice de Bolsonaro para dizer que ia ganhar a eleição para senador lá no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, e tem que arrumar um deserto para esse camelo”, ironizou Mourão.

O vice eleito também afirmou que na reforma ministerial que vem sendo protagonizada pelo “núcleo duro” de Bolsonaro, a ideia é de ter, no máximo, 17 ministérios.

Salário do presidente

O general Hamilton Mourão ainda fez uma análise sobre o salário que recebe um presidente e disse que o que se paga é uma “palhaçada”. Ele defendeu um novo patamar de salário para o cargo.

“O salário do presidente, para mim, é uma palhaçada. Quanto ganha o melhor executivo por aí? Ganha R$ 100 mil por mês? O presidente deveria ganhar R$ 100 mil por mês. Agora, banca tudo. O que acontece hoje é que ele não paga nada. Você vai ter que ir no mercado, fazer as compras da sua casa”, frisou.

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