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A Justiça do Rio concedeu liberdade provisória a Sabine Boghici, presa em agosto no ano passado após ser acusada de participação em um golpe milionário contra a própria mãe. Na ocasião, ela e mais cinco pessoas, incluindo suspeitas que se diziam videntes, foram alvo de uma operação da polícia que apurou desvios de dinheiro e de obras de arte estimados em mais de R$ 720 milhões.

A decisão é do juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 23ª Vara Criminal. O magistrado considerou que Sabine não é "pessoa de alto grau de periculosidade". Entre os crimes pelo quais ela e os demais acusados respondem estão estelionato, extorsão, roubo majorado, sequestro e cárcere privado - todos eles considerados "crimes continuados", alguns por até 40 vezes.

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Sabine havia sido presa em agosto do ano passado e teve a preventiva confirmada no mês seguinte. A decisão que concede liberdade provisória é de terça-feira, 14. A atriz terá que cumprir medidas cautelares. Elas incluem comparecimento mensal em juízo, proibição de deixar o Rio por mais de dez dias e de manter contato com a vítima e demais testemunhas. Ela também está proibida de se aproximar da mãe - deverá manter distância de pelo menos 500 metros - e terá de entregar o passaporte.

Outra envolvida no caso, Rosa Stanesco Nicolau - uma das falsas videntes - teve a liberdade provisória negada pela Justiça. Segundo o juiz, Rosa "ostenta várias outras anotações (criminais), demonstrando possuir habitualidade em cometer crimes, razão pela qual sua custódia cautelar se mostra necessária como garantia da ordem pública, evitando-se a reiteração delituosa".

A operação que levou Sabine e os demais à prisão foi realizada pela Polícia Civil em 10 de agosto do ano passado. Sabine foi acusada de subtrair 16 obras de arte da própria mãe, que incluíam peças de Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti. Só um dos quadros, Sol Poente, de Tarsila, foi avaliado em R$ 250 milhões.

O Senado terminou a recuperação de uma das 14 obras de arte que foram danificadas durante os atos golpistas de 8 de janeiro. A primeira obra restaurada é o quadro Trigal na Serra, produzido em 1967 pelo pintor brasileiro Guido Mondin. A tela será reposta na recepção da presidência da Casa.

Após a retomada do controle do Congresso pelas forças de segurança, o quadro foi encontrado no chão, separado da moldura. A obra estava encharcada de água e tinha sofrido arranhões provocados por estilhaços de vidro.

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O trabalho de recuperação foi feito pelo laboratório de restauração do Senado. Foram retirados fungos provocados pela umidade e fragmentos de vidro. Uma prensa foi utilizada para planificar a tela, que também ficou empenada.

Guido Mondin produziu cerca de 4 mil telas, que estão expostas no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa.  Além de pintor, ele atuou como deputado federal e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Mondin morreu em 2000, aos 88 anos.

De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), até o momento, os prejuízos causados pela depredação às instalações do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) chegaram a R$ 18,5 milhões. O valor está sendo cobrado na Justiça pelo órgão para garantir o ressarcimento aos cofres públicos.

Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito em segundo turno, no final de outubro de 2022, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no país, para depor o governo eleito democraticamente. As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

A arte e a solidariedade adentram o Shopping Costa Dourada, no Cabo de Santo Agostinho, nesta quarta-feira (20), com um leilão beneficente. A ação foi idealizada pelo artista Luzarcus, que utilizou a verba recebida pela lei Aldir Blanc para convidar artistas plásticos a pintarem obras de arte e leiloarem em prol dos artistas do Cabo que foram afetados financeiramente pela Covid-19. O evento é gratuito e acontecerá às 19h no restaurante Parma Deli.

"Foi assim que em maio fiz o encontro de pintura com a participação de 24 artistas plásticos de vários lugares, inclusive daqui do Cabo de Santo Agostinho. As telas produzidas serão leiloadas e os lances serão em cestas básicas, que serão distribuídas aos artistas que estão em dificuldades financeiras na cidade", detalha o artista. Maraçane, Sintia Alves, Lalita, Marcos Medeiros, Guimarães e Alexandre Almeida são alguns dos artistas que criaram e disponibilizaram suas obras para o leilão.

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Atual embaixador da cultura cabense, Luzarcus teve como exemplo na arte o seu pai, o artista caligráfico Edson Tavares. "Eu comecei a trabalhar com a arte aos 11 anos fazendo parte do Grupo Natureza de teatro. Aos 15 anos, frequentando a cerâmica de um amigo nosso, mestre uruda, eu tomei gosto por trabalhar com o barro e comecei a modelar as peças, que viriam a ser minhas primeiras esculturas, desde então não parei mais", relata o artista.

O leilão foi inspirado no projeto Aulão Artístico Beneficente, evento criado por Luzarcus em 2012 que, já na sua 22ª edição, visa ensinar pessoas que não tem acesso à pintura a ter esse contato e produzir arte, sendo a peça final leiloada e vendida com o intuito de ajudar uma entidade social.

Para a realização do leilão, o Costa Dourada continua seguindo os protocolos de segurança da Covid-19, com sinalização de distanciamento, aferição de temperatura na entrada, álcool em gel disponibilizado ao longo do mall e uso obrigatório de máscara.

*Da assessoria

Agentes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal cumprem nesta terça-feira (12) 11 mandados de busca e apreensão, na 79ª fase da Lava Jato, chamada de Operação Vernissage. Os mandados são em Brasília, São Luís, São Paulo, Rio de Janeiro e no município fluminense de Angra dos Reis.

A Operação Vernissage investiga pagamentos de propina em contratos da Transpetro e da Petrobras e lavagem de dinheiro por meio da compra de imóveis e de obras de arte. Entre 2008 e 2014 foram desviados, segundo as investigações, mais de R$ 12 milhões. Os mandados judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba/PR.

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De acordo com as investigações, a propina muitas vezes era paga em espécie. A partir daí, eram realizadas várias operações de lavagem de dinheiro para ocultar e dissimular sua origem ilícita, especialmente, por meio da aquisição de obras de arte e transações imobiliárias. Os investigados chegaram a comprar um apartamento de alto padrão por R$ 1 milhão em 2007, pago em espécie por intermédio de empresa dos fraudadores e vendido por R$ 3 milhões, em menos de dois anos.

As fraudes também aconteciam com a compra de obras de arte. As investigações mostraram que a diferença chegava a 529% entre os valores declarados à Receita Federal e os praticados em leilões em galerias de artes.

 

Quando Georges Keller começou a doar quadros de grandes mestres, como Henri Matisse e Salvador Dalí, para o museu Kunstmuseum, de Berna, na Suíça, ninguém questionava sua reputação.

Este cidadão franco-suíço-brasileiro era um marchand de arte respeitado que doou 116 obras ao museu entre os anos 1950 e 1981.

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Contudo, há alguns meses, o diretor do Kunstmuseum encarregado de verificar a procedência das obras de arte se deparou com um documento que relaciona Keller a Etienne Bignou - um francês considerado um marchand de arte "escandaloso", que negociou com os alemães durante a ocupação de Paris.

Não é a primeira vez que o nome do museu de Berna é associado a obras de arte que teriam sido roubadas pelos nazistas.

O Kuntsmuseum herdou centenas de obras de Cornelius Gurlitt, morto em 2014, cujo pai, Hilderbrand, foi encarregado pelos nazistas de vender obras de arte roubadas de judeus ou confiscadas por "decadência".

O caso provocou grande comoção e ainda está sendo investigado para tentar encontrar os proprietários legítimos do patrimônio de Gurlitt.

Ainda assim, ele reabriu o debate sobre a neutralidade da Suíça na Segunda Guerra Mundial.

"Vejo claramente um antes e um depois do caso Gurlitt", afirmou à AFP a diretora do museu, Nina Zimmer.

"A atmosfera mudou, o tom mudou, as perguntas mudaram, e acho que todo mundo concorda em reconhecer que uma das tarefas do museu é tentar saber de onde vêm as coleções e oferecer respostas", acrescentou.

- Quem era Georges Keller? -

Keller e Bignou trabalharam em Paris na galeria de Georges Petit, especializada nos pintores impressionistas, até seu fechamento, em 1933, segundo arquivos da Frick Collection Reference Library.

Etienne Bignou abriu, mais tarde, sua própria galeria na capital francesa, associado com Keller. Este último abriu, em seguida, a sucursal da Galeria Bignou em Nova York, segundo os arquivos.

De acordo com Amelie Ebbinghaus, pesquisadora do banco de dados Art Loss Register, existem documentos do Estado francês e das Potências Aliadas indicando que Bignou negociava com compradores alemães em Paris e era considerado, à época, um "colaborador" dos nazistas.

"Isso, é claro, não quer dizer que as obras são provenientes de fontes duvidosas, mas não podemos descartar isso", avaliou.

Zimmer admitiu que ela já tinha dúvidas sobre Keller antes de as revelações sobre Bignou virem à tona, pois nenhuma de suas doações a vários museus suíços acompanhava documentação.

"Sempre me deixou curioso", admitiu. "Não temos praticamente nenhuma prova sobre a procedência dessas obras até o momento em que ele nos doa".

Desde que o vínculo entre Keller e Bignou foi confirmado, tornou-se evidente "imediatamente que deveríamos saber mais sobre essas obras", acrescentou.

- Mudança de atitude -

O museu de Berna solicitou verbas públicas para executar uma investigação profunda sobre as doações de Georges Keller, e o governo decidiu investir nisso. Isso denota uma mudança de atitude em um país outrora ambíguo acerca de obras roubadas pelos nazistas.

"A Suíça tinha por posição que era um país neutro, livre, e que qualquer atividade comercial entre 1933 e 1945 em seu território não tinha nada a ver com os nazistas", explicou Ebbinghaus.

Mas outros países não compartilham essa opinião sobre o papel exato da Suíça no comércio de obras de arte nesta época - particularmente quando judeus, desesperados para deixar o Terceiro Reich, vendiam tesouros por pouquíssimo dinheiro, lembrou.

Identificar o proprietário de uma obra roubada, ou encontrar seus herdeiros, é muito complicado, como ilustra o processo que opõe uma americana, descendente de vítimas do Holocausto, e o museu austríaco de Belvedere por quadros de Gustav Klimt - que virou um filme em 2015, "A Dama Dourada".

Esculturas, pinturas, relógios, objetos religioso: a coleção do ator americano Robin Williams, que morreu em 2014, e de sua segunda esposa, Marsha, será posta à venda no dia 4 de outubro pela casa de leilões Sotheby's em Nova York.

Entre as dezenas de lotes que serão oferecidos estão artigos do mundo do cinema, como uma toga usada por Daniel Radcliff na saga "Harry Potter" (cuja venda está estimada entre 10 mil e 15 mil dólares) e outros acessórios de filmagens e figurinos, além de prêmios e roteiros autografados.

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A coleção também inclui obras de arte moderna e contemporânea, como uma escultura de Niki de Saint Phalle, além de outras obras de grandes artistas de rua, como Banksy, Shepard Fairey e o francês Invader.

Uma parte dos lucros será destinada a organizações sem fins lucrativos, como o Wounded Warrior Project, que trabalha com feridos em conflitos armados, e a Juilliard School, uma prestigiada escola de música, teatro e dança sediada em Nova York.

Williams ganhou um Oscar em 1998 por seu papel coadjuvante em "Gênio Indomável". Pai de três filhos, ele era conhecido por sua enorme energia e capacidade de improvisar piadas e estrelou filmes de sucesso como "Bom dia, Vietnã" e "Uma babá quase perfeita".

Marsha, produtora de filmes e filantropa, foi sua segunda esposa. Eles foram casados de 1989 a 2010 e tiveram dois filhos. Williams cometeu suicídio aos 63 anos.

Sua viúva e terceira esposa, Susan Schneider, revelou mais tarde que ele sofria de Demência de Corpos de Lewy, uma doença neurodegenerativa que altera o humor e os movimentos e causa alucinações.

Na entrada do primeiro ambiente já era possível ver os traços do modernista Alberto da Veiga Guignard. Nos outros cômodos do imóvel, outras dez peças do artista fluminense, que ficou famoso por pintar as paisagens mineiras, inundavam a cobertura duplex avaliada em R$ 4,5 milhões do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque. A cena é do dia 16 de março de 2015 quando a Polícia Federal bateu na sua casa na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Duque foi preso e 131 obras de artes apreendidas.

É sobre o acervo de Duque que o juiz Sérgio Moro começa a decidir este ano o futuro definitivo das obras de arte apreendidas pela Lava Jato em quase quatro anos de operação. No total, são 220 obras de artistas como Amilcar de Castro, Di Cavalcanti, Heitor dos Prazeres, Salvador Dalí, Cícero Dias, Antonio Bandeira, Claudio Tozzi, Nelson Leirner, Adriana Varejão, Vik Muniz, Miguel Rio Branco guardadas provisoriamente no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.

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O Ministério Público Federal, autor das acusações na Justiça, já se manifestou no processo pela destinação dos quadros em definitivo para o acervo do MON para que eles fiquem em exposição. O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa de Curitiba, defende que os quadros "sejam ressarcidos ao povo". No crime de lavagem, segundo ele, a vítima é o Estado, e consequentemente a sociedade. "No caso de obras de arte, ao invés de elas voltarem para mãos de particulares e o dinheiro ir para o cofre genérico da Petrobrás, elas devem ressarcir o público. É um destino mais efetivo e simbólico se conseguirmos que elas permaneçam no MON ou em outro museu."

A Petrobrás se diz ser a principal vítima do esquema de corrupção e quer fazer das obras uma forma de rever o prejuízo. Por meio dos advogados René Ariel Dotti e Alexandre Knopfholz, que atuam como assistentes da acusação, quis saber nos processos o tamanho do acervo de artes, seu valor e solicitou o direito sobre um primeiro lote de quadros, para ressarcimento do prejuízo aos cofres. Eles pediram que parte do lote de Duque seja revertido em favor da estatal - o pedido engloba oito das 13 telas.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Petrobrás disse que segue "buscando integral ressarcimento." E cita que a "atuação articulada com as autoridades públicas já garantiu a devolução" de cerca de R$ 1,5 bilhão aos cofres da estatal.

Destino. A compra de obras de arte, como quadros, é um método de lavagem, lembra o delegado da Polícia Federal que iniciou a Lava Jato, Márcio Adriano Anselmo - atual chefe da Divisão de Repressão aos Crimes Financeiros (DFIN). Foi ele que em 2014 pediu à Justiça autorização para que o MON ficasse com as obras sob custódia, com direito de expô-las ao público, durante a guarda provisória.

Apesar de ser um método tradicional de esconder uma transação ilícita, só recentemente o Brasil passou a tratar judicialmente a ocultação patrimonial por meio de obras de arte. Pioneiro na destinação das obras para museus foi o juiz federal Fausto de Sanctis, atual desembargador do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3), em São Paulo, que defende a manutenção em acervos públicos.

"Obra de arte, eu proibi a venda. Como proibi que nos laudos constassem o valor", afirma o desembargador. Segundo ele, o Estado não pode quantificar arte em valor econômico. "Há imperatividade de proteção dessa arte para o futuro e futuras gerações, é o que está na convenção da Unesco de 1970, que fundamentou muito das minhas decisões, a arte para as gerações futuras e não para um grupo fechado."

Em duas ações, que não envolviam diretores da Petrobrás, Moro decidiu que 16 quadros dos doleiros Nelma Kodama e Raul Srour deveriam ficar no MON. Agora, com a requisição da Petrobrás, o juiz terá de decidir o que será feito com os seis lotes de obras apreendidos em 48 fases da operação.

Para a diretora-presidente do museu, Juliana Vellozo Almeida Vosnika, as obras trazem inspiração. "A exposição (das obras da Lava Jato) talvez inspirou algumas pessoas que nunca entrariam em um museu a virem, nem que fosse pela curiosidade de ver as obras da Lava Jato", diz ela, completando que o acervo será bem-vindo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um busto de Adolf Hitler e uma águia imperial do Terceiro Reich foram achados entre muitas outras peças de arte nazistas durante uma operação de busca e apreensão na periferia norte de Buenos Aires, segundo o ministério argentino de Segurança.

Inúmeros objetos esculpidos e artesanais, muitos deles de origem alemã, foram confiscados em operações realizadas em dois pontos comerciais e uma residência, mas ninguém foi detido, de acordo com o relatório oficial.

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"Essa investigação é uma verdadeira contribuição à missão institucional de lutar contra o antissemitismo e todas as formas de discriminação, trabalhando diariamente por uma sociedade inclusiva e plural, na qual o ódio não seja tolerado", disse em um comunicado a Delegação de Associações Israelitas Argentinas (DAIA), entidade política da comunidade judaico-argentina, que conta com mais de 300.000 membros.

A Argentina foi um santuário de criminosos nazistas após a Segunda Guerra Mundial. O caso mais chocante foi o do responsável pela intitulada "solução final" e extermínio de judeus, o tenente-coronel Adolf Eichmann.

Eichmann foi sequestrado por um comando israelense em 1960, em um subúrbio de Buenos Aires, e julgado em Jerusalém, onde foi condenado a morrer na forca por crimes contra a humanidade.

Outros altos funcionários nazistas que viveram na Argentina foram Alois Brunner, Joseph Mengele, Josef Schwammberger, Walter Kutschmann, Eric Priebke e Eduard Roschmann.

Todas as peças de arte serão levadas ao Museu do Holocausto em Buenos Aires, de acordo com as autoridades.

Durante as operações, foram encontradas também antiguidades de origem japonesa, chinesa e egípcia, incluindo peças da "Lista Vermelha de Objetos Culturais Chineses" emitida pela Unesco.

A Unesco ordenou a proteção dos objetos que constam nessa Lista Vermelha devido ao interesse internacional e ao seu valor histórico.

O ministério informou que "foram recuperados também objetos paleontológicos como amonites polidos, âmbar, animais mumificados e fragmentos de uma carapaça de um gliptodonte, junto com vasilhas e utensílios típicos da pré-história".

"O material, de origem ilegal, estava escondido atrás de uma parede falsa", em um dos locais inspecionados, ressalta o comunicado oficial.

Carta escrita por uma testemunha anônima e endereçada em outubro de 2015 ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, abriu caminho para uma investigação sobre o "acervo" mantido pelo senador Fernando Collor (PTC-AL). A testemunha indicou uma galeria, um escritório e um restaurador.

A partir dessas informações, a Procuradoria-Geral da República, com autorização do Supremo Tribunal Federal, deflagrou a Operação Catilinárias - desdobramento da Lava Jato -, em dezembro do ano passado. A carta apócrifa havia sido enviada dois meses antes. Ao STF, Janot relatou que, "de posse desses dados, o Ministério Público realizou diligências preliminares para confirmar a veracidade das informações anônimas".

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"Ilmo. Senhor Procurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Há cerca de 2 meses estou para escrever a V. Exa depois que foi difundido nos meios de comunicação social sobre a apreensão de bens nomeadamente carros do senador Fernando Collor de Mello", escreveu a testemunha, em 36 linhas datilografadas.

Para fazer chegar sua correspondência às mãos de Janot, em Brasília, o denunciante identificou-se com nome e endereço fictícios. "O senador não é só colecionador de carros, mas também de obras de arte, sobretudo peças raras e importantes de alto colecionismo, que vai desde pinturas modernistas a pratas, baixelas, tapetes persas, joias, móveis, porcelanas, a esculturas art deco de Fernand Preiss a Chiparus, entre outras raridades adquiridas em leilão."

A testemunha afirmou a Janot, na carta, que Collor adquiria suas obras de arte em leilões, mediante a intermediação de um restaurador de nome Roberto Mitsuuchi, e os pagamentos ocorreriam em espécie.

"Como é óbvio o senador não dava a cara nem aparecia, então para as compras tinha um 'laranja', de nome Roberto Mitsuuchi, com a profissão de restaurador em São Paulo, que realizava as compras, muitas in loco ao telefone com o senador para dar os lances, os pagamentos sempre em espécie com quantias que variavam entre 200 e 300 mil reais em prestações, bem como a retirada das mesmas e era este que realizava as entregas na casa de Brasília no Lago Norte, conhecida como Casa da Dinda", diz a carta.

Di Cavalcanti

A carta cita a compra de uma obra de Di Cavalcanti. "Eu chamo a atenção do senhor procurador, para antes de atuar, chamar os agentes da PF que fizeram buscas nas casas do senador, e lhes pergunte como estas estavam decoradas, com certeza que lhe vão confirmar com obras de arte e antiguidades diversas. Inclusive junto cópia do catálogo da obra de Di Cavalcanti adquirida por cerca de R$ 2 milhões.

A citação chamou a atenção dos investigadores. Durante outra operação, em julho do ano passado, na Casa da Dinda, a Polícia Federal havia apreendido carros de luxo e obras de arte, entre elas, um quadro de Di Cavalcanti. Segundo o procurador, "no mesmo local foi apreendido um quadro de Di Cavalcanti cuja descrição é compatível com a reprodução anexada à representação apócrifa".

A ofensiva da Procuradoria-Geral da República sobre a coleção de obras de arte do senador Fernando Collor (PTC-AL) levou à descoberta de uma rotina de compras de luxo do parlamentar. Leiloeiros entregaram aos investigadores notas fiscais que somam mais de R$ 1,5 milhão gastos em antiguidades, porcelanas e joias.

A investigação sobre as raridades de Collor avançou após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, receber uma carta escrita por uma testemunha anônima em outubro de 2015. A testemunha indicou uma galeria, um escritório e um restaurador por meio dos quais o parlamentar teria desembolsado uma fortuna. O Ministério

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Público Federal enviou, então, ofícios de requisição de informações aos leiloeiros.

Collor é investigado em seis inquéritos na Operação Lava Jato. Além de inquérito envolvendo carros de luxo, o senador foi denunciado em outro processo, acusado de participar de esquema na BR Distribuidora.

Em julho do ano passado, durante uma das etapas da Lava Jato, a Polícia Federal apreendeu na Casa da Dinda, residência do senador, carros de luxo - três exemplares das marcas Porsche e Ferrari, além de um modelo quase exclusivo da Lamborghini. Segundo a PF, os veículos podem ter sido pagos com recursos de propina.

"O leiloeiro Emerson Curi encaminhou notas fiscais de vendas de antiguidades e obras de arte a Fernando Affonso Collor de Mello nos anos de 2010, 2011 e 2013, tendo cada uma dessas operações atingido os valores de R$ 651.840, R$ 198.660, R$ 90.195, R$ 215.500, R$ 242.800 e R$ 135.200. Enviou-se ainda uma nota de venda a Roberto Mitsuuchi em 2014 no valor de R$ 276.832", diz a Procuradoria.

As seis notas entregues por Emerson Curi estão em nome de Fernando Collor de Mello. O documento de número 000031, datado de 5 de setembro de 2013, aponta que o senador gastou R$ 215.500 em 11 peças, entre elas uma sopeira de prata (R$ 21 mil), jogo de copos de cristal veneziano (R$ 17.500) e um faqueiro de prata inglesa com 202 peças (R$ 46 mil).

No recibo 000030, de mesma data, outras 11 peças custaram R$ 242.800. Na lista estão fruteira de bronze e porcelana (R$ 4 mil), jarra para água de prata francesa (R$ 30 mil) e par de poltronas Luís XVI (R$ 135 mil).

Entre os documentos há também um recibo de "compra ainda pendente de acerto". O papel tem duas datas, novembro de 2014 e 10 de novembro de 2015, e faz referência a Roberto Mitsuuchi. "Recebemos de Roberto Mitsuuchi a importância de R$ 276.832, referente a compras realizadas em leilão, conforme relacionado acima", diz a nota, que não tem assinatura.

"Ilação"

Collor afirmou que a participação em leilões mediante representante, procurador ou broker é prática comum para assegurar o preço justo e a não inflação dos lances em razão da identidade do comprador. "Todas as obras adquiridas foram pagas com recursos próprios, de origem lícita, com emissão de notas fiscais em seu nome. A ilação de prática de lavagem a partir de denúncia anônima sem qualquer comprovação é conduta absolutamente irresponsável e temerária, não merecendo qualquer credibilidade."

Roberto Mitsuuchi afirmou que representou Collor em leilões de arte, "sempre dentro da legalidade". "Os pagamentos das obras adquiridas sempre foram feitos diretamente por ele, inclusive em seu nome foram emitidas as devidas notas fiscais. Jamais me prestaria a ser laranja de qualquer pessoa", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Milhares de objetos de coleções com valor incalculável do British Museum estão disponíveis na internet graças a uma associação com o Google, que também permitirá aos usuários fazer um passeio virtual por suas galerias.

O acordo com o Instituto Cultural do Google, que tem 800 sócios de mais de 60 países, permite aos internautas observar nos mínimos detalhes os objetos, resultado de uma tecnologia de alta definição.

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As peças que podem ser observadas incluem a famosa pedra Rosetta, que ajudou na compreensão dos hieróglifos do Egito, e as esculturas do Partenon de Atenas.

"O mundo de hoje mudou, a forma como acessamos a informação sofreu uma revolução com a tecnologia digital", disse o diretor do Museu Britânico, Neil MacGregor.

"Agora é possível tornar a coleção acessível, explorável e agradável não apenas para aqueles que a visitam fisicamente, mas a todos com um computador ou um dispositivo móvel", disse.

O British Museum e o Google revelaram que as coleções constituem "o maior espaço fechado capturado pelo Street View", programa que permite observar as ruas de muitas cidades do mundo.

O Google anunciou uma iniciativa similar no mês passado que permitirá aos usuários observar 500.000 obras das coleções dos museus franceses.

A Justiça Federal decidiu que os quadros e as esculturas apreendidas na residência do lobista Milton Pascowitch, alvo da Operação Lava Jato, devem permanecer sob guarda do Museu Oscar Niemeyer, no Paraná. A decisão é da juíza Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Criminal Federal em Curitiba. Ela negou pedido de Pascowitch, que pretendia reaver o acervo e manter as obras de arte sob custódia em sua própria casa. O lobista indicou como fiel depositária Mara Barbedo Pascowitch. Um irmão dele, José Adolfo, fez o mesmo pedido, também rejeitado.

As esculturas e os quadros foram apreendidos pela Polícia Federal no mesmo dia da prisão de Milton Pascowitch. A PF quer que as obras fiquem sob proteção provisória do Oscar Niemeyer. Os investigadores suspeitam que obras de arte são comumente usadas para lavagem de dinheiro de origem ilícita.

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A juíza apontou para provas de que os irmãos Pascowitch, enquanto sócios da empresa Jamp Engenheiros, "teriam participado do esquema de fraude a licitações e corrupção desvelado no âmbito da Petrobras, atuando como intermediadores de propina".

Milton e José Adolfo teriam intermediado pagamentos ilícitos 'oriundos de contratos milionários firmados com a Petrobrás'. "É provável que as obras apreendidas tenham sido adquiridas com produto de crimes, estando sujeitas, portanto, ao confisco em eventual processo e condenação criminal", destacou Gabriela Hardt. "Ainda que assim não seja, poderão servir para eventual indenização da vítima."

Contratada por várias empreiteiras investigadas na Lava Jato e apontada como empresa de fachada pela força-tarefa da operação, a Jamp Engenheiros Associados, de Milton Pascowitch e seu irmão José Adolfo Pascowitch, recebeu R$ 80,5 milhões, entre 2003 e 2004, da Engevix - empresa na mira da grande investigação por suspeita de pagamento de propinas a diretores da estatal petrolífera.

O volume de recursos movimentado e a falta de informações sobre a estrutura da Jamp levantaram suspeitas da força-tarefa da Lava Jato e motivaram o pedido de prisão de Milton Pascowitch, detido na 13ª fase da operação, em maio.

A juíza da 13.ª Vara Criminal Federal decidiu que é "inviável devolvê-las (as obras de arte) aos investigados, Milton porquanto preso, e porque é possível que se trate de produto de crime, sendo evidente o risco de dissipação dada a mobilidade de obras de artes".

"Inviável igualmente mantê-las com a Polícia Federal que não tem condições de conservá-las adequadamente."

Para Gabriela Hardt, "a entrega (dos quadros e esculturas) e depósito no Museu Oscar Niemeyer afiguram-se bastante apropriados".

"Lá as obras ficarão guardadas e será garantida a sua conservação", assinalou a juíza. Ela indicou como fiel depositário das obras o diretor administrativo e financeiro do museu, Cristiano Augusto Solis de Figueiredo Morrissy.

A Polícia Federal apreendeu nesta quinta-feira (21) obras de arte na residência do suposto operador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobras, Milton Pascowitch, e também em poder de outros dois alvos da nova fase da Operação Lava Jato: José Adolfo Pascowitch, irmão de Milton, e do empresário Henry Hoyer. Os quadros serão levados à sede da PF em Curitiba, base da investigação.

Foram encontradas 40 obras de arte na casa de José Adolfo e 22 com Milton, sendo duas esculturas. Investigadores suspeitam que a organização que montou um esquema de corrupção e propinas na estatal petrolífera lavou dinheiro ilícito por meio da aquisição de obras de arte. No Museu Oscar Niemeyer estão expostas obras de arte apreendidas em outras fases da Lava Jato.

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A Polícia Federal suspeita que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque pode ter recebido obras de arte como pagamento de propina. A PF tem indícios de que pelo menos três quadros entre os 131 apreendidos em sua residência, no Rio, na Operação 'Que País é esse', deflagrada segunda feira, 16, tenham sido pagos por um lobista, apontado como um dos 11 operadores de propina que atuavam em nome de empreiteiras do cartel na área que era controlada pelo PT.

O lobista seria Milton Pascowitch. "Obras de arte são habitualmente pagas com dinheiro em espécie. É um mercado não muito rígido e muito fértil para lavagem de dinheiro", afirmou o delegado da Polícia Federal, Igor Romário de Paulo.

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"Pelo menos três casos já foram identificados em que ele (Duque) escolheu quadro, comprou e solicitou que fosse pago pelo operador", disse o delegado.

O comprador seria Milton Pascowitch, dono da Jamp Engenheiro Associados. Ele e sua empresa são peças-chave nas investigações que envolvem o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) e sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria.

A empresa de Dirceu está sob suspeita de ter recebido dinheiro do cartel por consultorias frias. Ele prestou serviços de "lobby internacional" para a Engevix Engenharia, uma das empreiteiras do cartel na Petrobrás, de quem recebeu R$ 1,1 milhão.

Nesta quinta-feira, 19, a PF entregou no Museu Oscar Niemeyer 139 quadros apreendidos na Operação.

São 131 quadros e esculturas apreendidos na casa de Duque e oito telas recolhidas na casa do lobista Adir Assad, preso também na segunda-feira, em São Paulo.

A Operação Lava Jato apreendeu um acervo total de 203 quadros. Nos primeiros pacotes já entregues ao museu, apenas uma tela - da doleira Nelma Kodama - era réplica.

O ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, um dos presos preventivamente na 10ª fase da Operação Lava Jato - deflagrada nesta segunda-feira, 16 -, chegou por volta de 12h30 à sede da Polícia Federal, na zona portuária do Rio de Janeiro. De acordo com o advogado de Renato Duque, Alexandre Lopes, o ex-diretor deixou sua casa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, por volta de 12h.

A defesa criticou a prisão preventiva de Duque. "A prisão é indevida mais uma vez, o juiz antecipa uma pena que ele pode aplicar ao final do processo", declarou Lopes. Ele disse ainda que as 131 obras de arte apreendidas na casa do ex-diretor pela PF "não tinham relação com a Petrobras" e são "obras, pinturas, fotografias e esculturas". "São muitos quadros muito antigos que ele tem, eles não têm nenhuma relação com a Petrobras", disse.

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Ainda segundo o advogado, que não estava na residência de Duque no momento da prisão, o mandado de busca e apreensão contra o ex-diretor foi expedido nesta segunda-feira. Já o mandado de prisão foi expedido no último sábado, 12. Duque será transferido para a Polícia Federal de Curitiba ainda na tarde nesta segunda-feira, em um voo de carreira.

A prisão de Duque, decisão do Juiz Sérgio Moro, foi decretada com base em investigação do Ministério Público Federal que aponta que o ex-diretor da estatal tinha contas secretas na Suíça, no valor de 20 milhões de euros, transferidos posteriormente para o Principado de Mônaco. O dinheiro está bloqueado pelas autoridades europeias por não ter sido declarado à Receita Federal.

Em novembro do ano passado, Duque chegou a ficar preso por 20 dias, após ter sido detido na 7ª fase da Lava Jato. Segundo delatores da Lava Jato, ele teria participado do esquema de corrupção instalado na estatal.

Outro preso

Preso temporariamente nesta segunda-feira, também na 10ª fase da operação, Lucélio Góes, filho do empresário Mário Góes, detido na 9ª fase da Lava Jato, também será transferido para Curitiba ainda hoje. De acordo com seu advogado de defesa, James Walker, o único motivo pelo qual seu cliente foi preso é ser filho de Góes. "Nesse momento ele não tem absolutamente nada a dizer. Ele foi pego de surpresa. Ele está sendo preso única e exclusivamente pelo fato de ser filho do Mário Góes".

Segundo Walker, a prisão tem caráter temporário de cinco dias, e pode ser renovada por mais cinco. Um advogado vai acompanhar Góes até Curitiba, para onde será transferido ainda nesta segunda-feira. Não sabe se ele fará exame de corpo de delito no Rio de Janeiro ou já em Curitiba.

Ainda segundo Walker, a defesa vai entrar com Habeas Corpus em favor de Góes. O advogado afirmou também que seu cliente não conhece os demais presos na 10ª fase da Lava Jato.

Uma das obras de arte roubadas mais procuradas do mundo foi devolvida hoje à Índia. Trata-se da escultura "Vishnu e Lakshmi", uma peça em arenito de 160kg roubada de um templo hindu. Número 6 na lista das 10 obras de arte roubadas mais procuradas pela Interpol, a escultura foi entregue por autoridades norte-americanas a diplomatas indianos durante cerimônia no Consulado da Índia em Manhattan.

Mais duas peças foram devolvidas junto com a escultura. Estima-se que o valor somado das três obras de arte juntas seja de pelo menos US$ 1,5 milhão. Depois de roubadas, as esculturas passaram por diversos países antes de chegarem aos Estados Unidos. A agência norte-americana de imigração e alfândega não revelou a identidade dos negociantes de arte e dos cúmplices envolvidos.

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A devolução das obras de arte ocorre em um momento de tensão diplomática entre Índia e EUA. Em dezembro, a vice-consulesa indiana em Nova York, Devyani Khobragade, foi presa sob a acusação de ter apresentado documentos falsos para obter um visto de trabalho para uma empregada doméstica em sua casa de Manhattan. Os promotores também disseram que a remuneração da funcionária não estava de acordo com a lei. A situação agravou-se depois que a diplomata denunciou ter sido submetida a revista íntima por autoridades norte-americanas. Fonte: Associated Press.

A Polícia Civil prendeu uma quadrilha especializada em roubos de obras de arte e de peças de colecionadores. Três homens e uma mulher são acusados de ter roubado em outubro 7 mil gibis raros de um colecionador, na zona sul de São Paulo. A quadrilha é acusada também pelo roubo, em agosto, de livros e obras raras, incluindo cartas enviadas ao ex-presidente Campos Sales (1898- 1902), do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA), de Campinas, interior paulista.

O grupo foi descoberto, depois que um dos homens com a mulher foram presos em flagrante, na quarta-feira (6), quando tentavam roubar quadros de um padre, em uma casa paroquial, em Piracicaba. Os outros dois membros da quadrilha tiveram a prisão autorizada pela Justiça e foram detido nesta quinta-feira, 7, em São Paulo. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo, outros quatro integrantes da quadrilha foram identificados e são procurados. Em nota, a secretaria informou que a polícia recuperou 39 quadros roubados.

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Uma Oficina de Grafite será realizada pelo Instituto Shopping Recife (ISR), a partir desta quarta-feira (2), para jovens de Entra Apulso em parceria com o voluntário, arte-educador e grafiteiro, Antônio Marcos (Cajú). 

Jovens com idades entre 14 e 24 anos poderão participar. O objetivo do curso é oferecer alternativas de linguagens visuais que promovam o design consciente e a preservação dos patrimônios públicos e culturais da cidade. 

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De acordo com a coordenadora do ISR, Sully Freire, a iniciativa quer ampliar o conhecimento dos jovens em torno da arte. “Queremos dar voz às expressões e aos olhares dos jovens de Entra Apulso. A comunidade está cheia de talentos e pretendemos potencializá-los”, destaca.

Em novembro, as obras produzidas durante a oficina serão expostas na segunda edição da exposição “Nossa Comunidade: Um novo olhar sobre Entra Apulso”, que acontece no Shopping Recife. 

Com informações da assessoria

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A Galeria Ranulpho, fundada por Carlos Ranulpho, completou neste mês de março 45 anos de existência. A criação da galeria de arte aconteceu por coincidência, pois o marchand não tinha a ideia proposital de trabalhar com arte. Ranulpho, filho de desenhista e caricaturista, conviveu com o mundo da arte desde cedo. Inicialmente, trabalhou com joias, atividade com a qual obteve sucesso.

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Ligada ao comércio, a profissão se tornou seu meio de sobrevivência em uma época difícil:"Comecei a vida muito cedo, exatamente por meu pai ser de origem modesta, não tinha grandes recursos financeiros e eu precisava ajudar a família e comecei a trabalhar com 15 anos. O início de vida foi muito duro.", lembra Ranupho.

Na década de 1960, Carlos abriu uma galeria de joias na rua da Aurora, próximo ao Cinema São Luiz. A galeria recebeu a visita de Aldemir Martins, que tinha um atelier em São Paulo e trabalha com pintura, gravura, tapeçaria e outros. Martins propôs a Ranulpho expor alguns desenhos de joias que ainda não tinham repercussão na galeria, despertando o início de uma virada na história de Ranulpho e de sua galeria.

A primeira exposição, ainda que não tivesse nem convite, nem catálogo, foi um sucesso. As joias comercializadas por Ranulpho e os quadros pintados pelo artista Aldemir Martins, dedicados à exposição, chamaram a atenção dos jornais locais. Carlos Ranulpho percebeu que Recife comportava uma galeria para expor obras de vários artistas, algo inexistente na época. "Me chamou atenção que Recife comportava uma galeria para eu trabalhar com obras de arte. Algumas pessoas na época expunham trabalhos em movelarias. Haviam algumas movelarias na rua Imperatriz", conta Ranulpho.

Artistas de outros Estados foram convidados para expor na época, pois artistas locais não acreditavam ainda na proposta da galeria. Os artistas recifenses, segundo Ranulpho, conheciam os aristas de fora através de revistas e jornais que eram divulgados na capital pernambucana. Após um período, artistas locais despertaram para expor obras na galeria. O marchand, então abandonou as joias e ficou apenas com o comércio dos quadros.

A Galeria Ranulpho, que atualmente funciona no bairro do Recife Antigo, anteriormente funcionou em uma casa grande localizada no bairro de Boa Viagem, a qual permaneceu durante vinte anos, mas que com o tempo não comportou as obras expostas. Neste mesmo período, a galeria possuia uma filial em São Paulo. Seu público é generalizado, do exterior e de vários estados do Brasil, amantes da arte. A maioria dos quadros é de artistas conhecidos.

A galeria, ao longo dos anos, fidelizou gerações. Filhos de clientes que compravam na galeria, a procuram nos dias atuais. "Hoje eu tenho uma geração nova de pessoas que compram quadros, geralmente são filhos de cilentes meus, que já foram clientes meus anteriormente.” declara o marchand.

A comemoraçao dos 45 anos da galeria foi marcado pelo lançamento do livro sobre Vicente do Rego Monteiro, Vicente do Rego Monteiro: olhar sobre a década de 1960, amigo de Ranulpho e artista consagrado. A galeria expôs, ao longo desses 45 anos, obras de artistas como Cícero Dias, Lula Cardoso Ayres, Reynaldo Fonseca, Virgolino (que pintava com exclusividade para a galeria), Brennand e muitos outros.

 

O Festival Gastronômico Fome de Arte, que homenageia dez artistas plásticos pernambucanos, entra em seu último final de semana. Quem ainda não provou dos pratos feitos por chefs de cozinha renomados do Estado, inspirados nas obras de artistas como Abelardo da Hora, Francisco Brennand e Romero Britto, tem até este domingo (2) para correr atrás do prejuízo.

Promovido pela Revista Engenho de Gastronomia, o festival oferece entradas, pratos principais e sobremesas transformados em verdadeiras obras de arte, que estão sendo servidos em dez restaurantes da cidade, entre eles, Club du Vin, Nez Bistrô, Mingus, Oficina do Sabor e Beijupirá. Os clientes que forem conferir o cardápio ainda tem sugestões de pratos e vinhos para harmonizar com os pratos preparados pelos chefs.

Serviço

Beijupirá
Rua Saldanha Marinha, S/N, Cidade Alta (ao lado da Igreja da Misericórdia) – Olinda/PE
Fone: + 55 (81) 3439.6691
www.beijupiraolinda.com.br

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Club du Vin
Rua Solidônio Leite, 26 (esquina com a Av. Conselheiro Aguiar), Boa Viagem – Reicfe/PE
Fone: + 55 (81) 3326.5719
Rua Albino Meira, 58, Parnamirim – Recife/PE
Fone: + 55 (81) 3267.3667
www.clubduvin.com.br

É
Rua Atlântico, 147, Pina – Recife/PE
Fone: + 55 (81) 3325.9323
Just Madá
Av. Conselheiro Aguiar, 1360, Galeria Centro Sul, loja 31, Boa Viagem – Recife/PE
Fone: + 55 (81) 3467.4618

Leite
Praça Joaquim Nabuco, 147, Santo Antônio – Recife/PE
Fone: + 55 (81) 3224.7977
www.restauranteleite.com.br

Mingus
Rua do Atlântico, 102, Pina – Recife/PE
Fone: + 55 (81) 3465.4000
www.mingus.com.br

Nez Bistrô
Rua Amazonas, 40, Pina – Recife/PE
Fone: + 55 (81) 3032.0848
www.nezbistro.com.br

Oficina do Sabor
Rua do Amparo, 335, Cidade Alta – Olinda/PE
Fone: + 55 (81) 3429.3331
www.oficinadosabor.com

Pomodor Café
Rua Capitão Rebelinho, 418, Pina – Recife/PE
Fone: + 55 (81) 3326.6023
www.pomodorocafe.com.br

Ponte Nova
Rua do Cupim, 171, Graças – Recife/PE
Fone: + 55 (81) 3327.7226
www.restaurantepontenova.com.br

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