Tópicos | quadros

Um homem em um bar no bairro de Santa Teresa, no centro do Rio, arrancou um quadro com a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e destruiu uma placa alusiva à vereadora Marielle Franco, que foi executada na cidade em março de 2018. O vandalismo foi gravado por um frequentador do local.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, um homem de camiseta listrada verde e branca dá um soco em um quadro com a imagem de Lula, enquanto outro, de blusa social branca, tenta impedir a ação. O indivíduo também destrói uma placa em homenagem a Marielle, arrancando metade da sinalização da parede.

##RECOMENDA##

A ação ocorreu na última quinta-feira, 11, no Armazém Pousada São Joaquim, que fica na Rua Almirante Alexandrino. Nas redes sociais, o estabelecimento afirmou que o homem seria um "cliente embriagado e insatisfeito com a posição política representada pelos objetos expostos nas paredes".

O estabelecimento também informou que registrou boletim de ocorrência contra o vândalo: "Respeitamos e acolhemos todas as opiniões, mas não admitimos qualquer forma de violência e violações nesta casa".

Em outra postagem, o bar mostrou como ficou o quadro com a imagem do presidente. O vidro da moldura foi despedaçado, mas o desenho ficou intacto. Segundo os responsáveis pelo local, a peça foi dada de presente por uma artista.

Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o caso está sendo investigado pela 7ª Delegacia do Estado e foi encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim). O homem responsável pelo vandalismo ainda não foi identificado.

O Estadão procurou o Armazém São Joaquim, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

Placa com nome de Marielle foi destruída por em 2018

Durante a campanha eleitoral de 2018, o deputado estadual Rodrigo Amorim (PRD-RJ) e o ex-deputado Daniel Silveira (sem partido-RJ) destruíram uma placa em homenagem a Marielle similar ao que foi vandalizada na semana passada. Silveira está preso desde fevereiro por descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais, no processo em que ele foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por ataques antidemocráticos.

A placa foi colocada em uma das esquinas da Praça Floriano, onde se localiza a Câmara Municipal do Rio, por aliados da vereadora assassinada. Na época, Amorim afirmou que a sinalização foi colocada em uma suposta violação ao patrimônio público. "Cumprindo nosso dever cívico, removemos a depredação e restauramos a placa em homenagem ao grande marechal (em referência a Floriano Peixoto, segundo presidente do Brasil entre 1891 e 1894)", disse o deputado estadual.

Em março de 2021, quando a execução da vereadora completou três anos, a Prefeitura do Rio inaugurou uma nova placa com o nome de Marielle no local onde ficava a antiga. Além do nome da vereadora, a nova sinalização incluiu a inscrição: "Brutalmente assassinada em 14 de março de 2018 por lutar por uma sociedade mais justa".

Uma brasileira de apenas nove anos de idade, Maya Veronese Marçal, terá as suas telas expostas no Museu do Louvre, o museu mais importante e visitado de Paris, França. Nascida em Nova Friburgo, município do Rio de Janeiro, ela foi selecionada para participar do Salão Internacional de Arte Contemporânea do Carrousel Du Louvre.  

Em outubro deste ano a artista plástica mirim terá duas de suas pinturas expostas em um museu ícone, assim como as obras de seu pintor favorito: o francês Claude Monet (1840-1926). Nas redes sociais, Maya comentou a conquista. “Esse ano foi um ano muito especial para mim, eu estou realizando o que eu mais queria: expor minhas obras em um museu. Eu disse uma vez que queria muito ter um quadro onde Monet tem, cheguei pertinho disso, cheguei no Carrousel Du Louvre”.

##RECOMENDA##

Também neste ano ela também jpá foi convidada para participar no livro da assessoria artística “Vivemos Arte”. Essa assessoria é especializada no mercado nacional e internacional de artes, no qual promove exposições e artistas em todo o mundo.  

Nesta quinta-feira (15), diversas pessoas usaram as redes sociais para celebrar o Dia Internacional da Arte. Como forma de homenagear a data, as candidatas do Miss Bumbum Brasil 2021 decidiram compartilhar seus dotes artísticos, pintando quadros com os glúteos. No Instagram, no perfil oficial do concurso de beleza, as imagens das beldades prenderam as atenções dos internautas.

Andressa Urach, que anunciou no início do ano seu retorno ao projeto, mas como sócia, dividiu com os seus seguidores as imagens das beldades concentradas em suas pinturas: "Nossas candidatas ao Miss Bumbum Brasil decidiram inovar, deixaram o pincel de lado e pintaram quadros com o bumbum. Imagina se essa moda pega? Quem aí compraria?".

##RECOMENDA##

Confira:

[@#galeria#@]

O Ministério Público Federal recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região contra decisão do juízo da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro que, a pedido da União, determinou a alienação de dez telas de Di Cavalcanti, uma de Djanira e uma de Emerie Marcier que pertenciam a Dario Messer, o 'doleiro dos doleiros'. A Procuradoria defende que as obras que foram renunciadas por Messer no âmbito de delação premiada na Operação 'Câmbio, Desligo' sejam doadas ao Museu Nacional de Belas Artes, para que sejam expostas em benefício de toda a sociedade.

Na avaliação do MPF do Rio, a doação das obras ao acervo existente no MNBA é uma forma de 'reparação com valor inestimável ao patrimônio imaterial nacional que certamente supera o valor econômico passível de ser revertido aos cofres públicos com a sua venda em leilão'. A opção pelo museu tem justificativa técnica por ter lastro numa política pública, fixada no Código de Processo Penal, de constituir acervo próprio a museus públicos brasileiros, devido ao valor cultural que poderá agregar ao acervo já em exposição, informou a Procuradoria.

##RECOMENDA##

Além disso, no recurso que será analisado pela 1ª Turma do TRF-2, a força-tarefa da Lava Jato questionou a decisão de alienação das obras por avaliar que não há prejuízos à União, destinatária final dos quadros. O MPF destacou ainda que o mesmo acordo já reverteu R$ 270 milhões a seus cofres, além de cerca de R$ 90 milhões em imóveis e outros bens a serem leiloados.

"Há interesse museológico além de cada obra, pois, por exemplo, as obras de Di Cavalcanti integrarão um acervo de 25 obras do mesmo artista já existente nesse museu, ampliando o valor cultural do conjunto, tendo em vista possuírem técnica de pintura e período diversos das constantes do acervo do MNBA. Da mesma forma, as outras integrarão acervos já existentes, ampliando seu valor cultural", frisaram os procuradores regionais Mônica de Ré, Andrea Bayão, Carlos Aguiar e Rogério Nascimento, do Núcleo Criminal de Combate à Corrupção (NCCC) do MPF.

Professores de um vilarejo rural da Índia, cuja escola fechou por conta do coronavírus que assola o país, encontraram uma forma de ensinar seus alunos trancados em casa, sem computador ou celular: escrever as lições nas paredes.

Em março, o vírus forçou o fechamento da escola pública Asha Marathi Vidyalaya em Nilamnagar, com 30.000 habitantes, perto da cidade de Solapur, no estado de Maharashtra.

##RECOMENDA##

Os professores se perguntaram como seus alunos, de famílias pobres que mal têm o que comer, poderiam acompanhar as aulas online.

"Como a maioria das famílias não tem meios para educar seus filhos com ferramentas digitais, tivemos que encontrar um método inovador para evitar o fracasso escolar", explicou à AFP Ram Gaikwad, professor de 47 anos.

Ele e seus colegas observaram que a maioria de seus alunos passa o dia brincando na rua. E decidiram pedir aos moradores que usassem as paredes de suas casas como quadros.

O projeto começou há um mês e um artista local já pintou 250 paredes com cursos ilustrados de matemática, ciências, inglês ou marata.

As aulas ao ar livre são destinadas a um total de 1.700 alunos, entre seis e 16 anos, que vêm em pequenos grupos a essas paredes todos os dias.

Sentados ou em pé, fazem anotações.

Em um muro ressecado pelo sol aparecem imagens de objetos que começam com a letra "s", sob a frase "olhe, ouça e repita".

"Quando minha mãe me manda comprar leite, atravesso o vilarejo e vejo as aulas nas paredes", explica Yashwant Anjalakar, de 13 anos.

O adolescente, cujos pais trabalham em uma fábrica, não tem acesso à internet e é a única chance de continuar estudando.

- Continuar estudando -

"Sinto falta da minha escola e dos meus amigos. Ficar em casa é chato e essas paredes são uma ótima maneira de revisar e estudar", diz ele. "Quero continuar estudando mesmo durante a pandemia", insiste.

De acordo com a diretora da escola Tasleem Pathan, "toda a cidade está trabalhando muito para garantir que as crianças continuem a escolarização durante a pandemia".

Todos os dias os professores vão ao povoado para responder às dúvidas dos alunos de sua turma, respeitando as regras de distanciamento físico.

A escola espera adicionar outras 200 paredes-quadro na aldeia. O projeto representa, segundo a diretora, um custo de 150.000 rúpias (cerca de 2.000 dólares), financiado com contribuições da direção da escola e dos pais dos alunos.

A Índia é o terceiro país do mundo em número de casos de coronavírus, atrás dos Estados Unidos e do Brasil, com mais de 3,7 milhões de infectados.

A pandemia, que já matou 66,3 mil pessoas no país, não dá sinais de desaceleração e, depois das grandes cidades, está se espalhando por áreas rurais do interior.

Nesta segunda-feira (4), na Biblioteca Pública de Olinda, foi realizada a abertura da exposição em homenagem ao pintor Manoel Bandeira. O caruaruense Fernando Florêncio, que também é pintor, decidiu doar para a biblioteca obras que reproduzem o trabalho de Bandeira.

Fernando Florêncio disponibilizou 28 quadros, com ilustrações a base de óleo. Segundo o pintor, a ideia de expor as obras surgiu recentemente. Admirador do trabalho de Manoel Bandeira, ele afirmou que teve prazer em desenvolver o projeto. Para Lívia Álvaro, gestora do espaço, a homenagem de Florêncio para Bandeira é mais uma contribuição importante para a história da cultura e ao povo pernambucano.

##RECOMENDA##

Morador de Olinda há quase 57 anos, Fernando Florêncio já exerceu a função de bancário. Formado em jornalismo, ele lançou em 2012 o livro Figuras e Cores do meu tempo. A mostra que homenageia Manoel Bandeira ficará na Biblioteca Pública de Olinda até o dia 16 de novembro.

Cerca de oito quadros de renomados artistas nordestinos, equivalentes a R$ 40 mil, foram recuperados pela Polícia Civil paraibana (PC), nessa quinta-feira (29), em João Pessoa. Dentre as obras estavam exemplares de Clóvis Jr. e Flávio Tavares.

A Operação Artis Opus investigou as obras negociadas de forma fraudulenta. Os quadros foram apreendidos na residência de Jorge Luis Jabour de Paula, de 50 anos. O suspeito os adquiriu através de cheques que não foram compensados por divergência de assinatura.

##RECOMENDA##

Jorge Luis complementou o pagamento com uma suposta moeda de ouro e um relógio, no qual afirmava valer aproximadamente R$ 10 mil, segundo a PC. As obras recuperadas estão em perfeito estado e já estão à disposição dos reais proprietários para devolução.

Cinco quadros atribuídos a Adolf Hitler serão leiloados neste sábado (9), na Alemanha, onde o mercado de antiguidades hitlerianas continua sendo lucrativo, apesar das polêmicas e da descoberta de várias obras supostamente falsificadas do ditador nazista.

Ulrich May, prefeito de Nuremberg, antigo bastião do Reich e cidade onde o leilão será realizado, denunciou, em entrevista ao "Süddeutsche Zeitung", a iniciativa de "mau gosto".

##RECOMENDA##

Bucólicas paisagens, as cinco obras supostamente pintadas por Hitler serão vendidas na casa Weidler. Os preços de saída oscilam entre 19.000 e 45.000 euros.

Na quarta-feira, o catálogo do leilão incluía outros 26 quadros. Essas telas tiveram de ser retiradas da venda, depois que a Justiça alemã as confiscou, com outras 37 obras assinadas "A. H.", ou "A. Hitler", por dúvidas sobre sua autenticidade.

As pinturas pertencem a 23 proprietários diferentes, segundo a casa de leilões, que nega qualquer irregularidade e diz cooperar com a polícia e com a Justiça.

"Estamos investigando na Procuradoria de Nuremberg sobre suspeitas de falsificação e tentativa de fraude", afirmou a procuradora-geral Antje Gabriels-Gorsolke.

Algumas obras são acompanhadas de certificados de autenticidade, mas estes também podem ter sido falsificados.

A casa Weidler destacou que o fato de estarem investigando as 63 obras "não significa automaticamente que sejam falsas".

Além dos cinco quadros, o leilão deste sábado oferece outros objetos que pertenceram a Hitler, como uma cadeira de vime com uma suástica, ou uma jarra de porcelana de Meissen, que representa um navio-escola da Marinha alemã.

Os leilões de obras artísticas de Hitler costumam criar polêmica na Alemanha, um país que fez da penitência pelo nazismo uma parte central de sua identidade.

As vendas buscam satisfazer a demanda de colecionadores, em geral estrangeiros, dispostos a desembolsar vultosas quantias para ter um artefato do ditador, ou de outras figuras-chave do regime que exterminou seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

A casa Weidler já vendeu telas atribuídas a Hitler, incluindo um par de aquarelas por 32.000 euros (36.000 dólares) em 2009.

Os especialistas consideram que os quadros de Hitler são difíceis de autenticar, seja porque não há um catálogo preciso, seja por sua baixa qualidade. E o estudo grafológico da assinatura é considerado uma prova insuficiente.

"Há, porém, uma longa tradição para este comércio de devoção para com o nazismo", explicou à AFP Stephan Klingen, do Instituto Central de História da Arte de Munique.

"Toda a vez [...] tem um ruído midiático [...] e os preços que conseguem sobem continuamente", afirmou. "É o que me incomoda", completou Klingen.

Samuel d'Saboia, de 20 anos, é um artista plástico de Pernambuco que sonha em levar suas obras para outros lugares. Conhecido como Sarmurr, o jovem levantou um movimento na internet para custear suas despesas em Atlanta e Nova York, onde foi convidado para expor as pinturas.

Batizado de "afropresentismo", termo que fala sobre a vida do negro vivida em ascensão no futuro, o trabalho de Sarmurr está disponível para venda através de pedidos feitos pelo Instagram.

##RECOMENDA##

"As encomendas são feitas após um orçamento, podendo definir tamanho, se será tela aberta ou fechada, e uma conversa que combine o pensamento do cliente e minha liberdade criativa", comunicou o pernambucano, através de um aviso fixo nos Stories da rede social.

Na última quinta-feira (28), o cantor paulista Thiago Pethit entrou na corrente para divulgar o trabalho de Sarmurr, fazendo com que o rapaz consiga rapidamente o valor de R$ 20 mil para levar o seu talento aos norte-americanos.

Na entrada da sala de aula, a professora de matemática Linda Bragg escreveu o "pensamento do dia" em um pequeno quadro branco, uma ferramenta educativa que também pode servir como escudo à prova de balas se houver um ataque a tiros na escola.

Os quadros de fibra de polietileno, de 45cm por 50cm e pesando apenas 1,5 quilo integram desde 2013 as salas de aula do Colégio preparatório Worcester, uma instituição privada de pré-escola, ensino fundamental e médio da cidade histórica de Berlin (Maryland), 200km a leste de Washington DC.

Berlin, que tem uma população de 5.000 habitantes e fica perto de praias muito populares da costa atlântica, se autointitula "a cidade pequena com mais ondas dos Estados Unidos".

Nada diferencia os quadros do colégio Worcester de muitos usados em todo o país, a não ser pelas manivelas que tem no verso, que permitem que uma pessoa o tire para se proteger de eventuais disparos.

São fabricados por uma pequena empresa da região, a Hardwire, que se tornou líder mundial em equipamentos à prova de balas e dispositivos blindados, tanto para a Polícia quanto para o Exército americanos.

Seu diretor, George Tunis, viu uma forma de ajudar e também um nicho de mercado na área de segurança em salas de aula após o tiroteio de 2012 na escola de ensino fundamental Sandy Hook em Newtown (Connecticut), na qual um jovem matou 26 pessoas, inclusive 20 crianças de seis e sete anos de idade.

- "As vendas dispararam" -

No último grande ataque a tiros nos Estados Unidos, que deixou 17 mortos em 14 de fevereiro, Dia de São Valentim, na escola de ensino médio de Parkland (Flórida), o treinador de futebol assistente Aaron Feis foi uma das primeiras vítimas. Ele morreu tentando proteger os alunos.

"Se houvesse este escudo, teria feito a diferença", disse Tunis à AFP.

Além dos quadros protetores, a Hardwire fabrica porta-papéis e outros acessórios blindados. Também faz placas do tamanho de um caderno, que podem ser colocadas na mochila de um estudante.

A companhia equipa escolas nos estados de Maryland, Minnesota e Delaware, e também exporta seus produtos. Tunis se nega a revelar sua receita, mas diz que desde o ataque a tiros em Parkland, "as vendas dispararam".

Os preços variam de 75 dólares por uma placa blindada para mochila até US$ 1.000 por um quadro capaz de deter a munição de um fuzil de assalto.

"É o que há de mais recente em proteção pessoal", disse Tunis.

No Colégio Worcester, onde estudam 500 crianças e adolescentes, os administradores, os professores e os pais estão encantados com os quadros brancos.

"Dão grande conforto aos nossos professores", disse Barry Tull, de 72 anos, há 33 como diretor de Worcester.

Inicialmente, alguns docentes "não se sentiam cômodos" com a ideia, mas "quando treinaram para usá-los como uma peça extra de segurança, se sentiram muito de acordo", disse.

Muitos moradores de Berlin também se animaram com a existência destes quadros à prova de balas.

"É um bom começo", disse Jessica Collins, policial local de 34 anos. "Estão tomando muito boas medidas de proteção".

- Armar os professores? "Uma loucura" -

Para Gretchen Spraul, mãe de um aluno do ensino fundamental, os quadros brancos representam "um grande nível de conforto para todos os pais".

Alguns nesta cidade rural também dizem que prefeririam que os professores fossem armados, como sugeriu o presidente Donald Trump.

Tull, que se aposentará no fim do ano letivo, em junho, não é muito favorável a armar os professores. "Ao mesmo tempo, não me oponho totalmente se feito da forma correta... Não rejeito nenhuma ideia".

Bragg, ao contrário, opõe-se taxativamente. "Eu, pessoalmente, não quero disparar uma arma", disse. "Não sou uma pessoa muito grande. Peso 45 quilos, alguém poderia facilmente tomar a arma de mim. Faria mais mal do que bem". Spraul sugeriu que poderia apoiar um plano cuidadosamente pensado para armar alguns professores.

"Até onde temos que chegar?", questionou-se, pensativa, antes de acrescentar: "Nunca diga nunca". "Seria maravilhoso se os professores soubessem como se defender", disse Spraul. "Mas que não distribuam pistolas!"

Mas para Tunis, o chefe da Hardwire, levar armas às escolas seria "uma loucura". "Apenas imagine: sou um professor, atiro no agressor, erro e acerto um estudante. Em que estado mental fico? O que faço?"

Na entrada do primeiro ambiente já era possível ver os traços do modernista Alberto da Veiga Guignard. Nos outros cômodos do imóvel, outras dez peças do artista fluminense, que ficou famoso por pintar as paisagens mineiras, inundavam a cobertura duplex avaliada em R$ 4,5 milhões do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque. A cena é do dia 16 de março de 2015 quando a Polícia Federal bateu na sua casa na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Duque foi preso e 131 obras de artes apreendidas.

É sobre o acervo de Duque que o juiz Sérgio Moro começa a decidir este ano o futuro definitivo das obras de arte apreendidas pela Lava Jato em quase quatro anos de operação. No total, são 220 obras de artistas como Amilcar de Castro, Di Cavalcanti, Heitor dos Prazeres, Salvador Dalí, Cícero Dias, Antonio Bandeira, Claudio Tozzi, Nelson Leirner, Adriana Varejão, Vik Muniz, Miguel Rio Branco guardadas provisoriamente no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.

##RECOMENDA##

O Ministério Público Federal, autor das acusações na Justiça, já se manifestou no processo pela destinação dos quadros em definitivo para o acervo do MON para que eles fiquem em exposição. O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa de Curitiba, defende que os quadros "sejam ressarcidos ao povo". No crime de lavagem, segundo ele, a vítima é o Estado, e consequentemente a sociedade. "No caso de obras de arte, ao invés de elas voltarem para mãos de particulares e o dinheiro ir para o cofre genérico da Petrobrás, elas devem ressarcir o público. É um destino mais efetivo e simbólico se conseguirmos que elas permaneçam no MON ou em outro museu."

A Petrobrás se diz ser a principal vítima do esquema de corrupção e quer fazer das obras uma forma de rever o prejuízo. Por meio dos advogados René Ariel Dotti e Alexandre Knopfholz, que atuam como assistentes da acusação, quis saber nos processos o tamanho do acervo de artes, seu valor e solicitou o direito sobre um primeiro lote de quadros, para ressarcimento do prejuízo aos cofres. Eles pediram que parte do lote de Duque seja revertido em favor da estatal - o pedido engloba oito das 13 telas.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Petrobrás disse que segue "buscando integral ressarcimento." E cita que a "atuação articulada com as autoridades públicas já garantiu a devolução" de cerca de R$ 1,5 bilhão aos cofres da estatal.

Destino. A compra de obras de arte, como quadros, é um método de lavagem, lembra o delegado da Polícia Federal que iniciou a Lava Jato, Márcio Adriano Anselmo - atual chefe da Divisão de Repressão aos Crimes Financeiros (DFIN). Foi ele que em 2014 pediu à Justiça autorização para que o MON ficasse com as obras sob custódia, com direito de expô-las ao público, durante a guarda provisória.

Apesar de ser um método tradicional de esconder uma transação ilícita, só recentemente o Brasil passou a tratar judicialmente a ocultação patrimonial por meio de obras de arte. Pioneiro na destinação das obras para museus foi o juiz federal Fausto de Sanctis, atual desembargador do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3), em São Paulo, que defende a manutenção em acervos públicos.

"Obra de arte, eu proibi a venda. Como proibi que nos laudos constassem o valor", afirma o desembargador. Segundo ele, o Estado não pode quantificar arte em valor econômico. "Há imperatividade de proteção dessa arte para o futuro e futuras gerações, é o que está na convenção da Unesco de 1970, que fundamentou muito das minhas decisões, a arte para as gerações futuras e não para um grupo fechado."

Em duas ações, que não envolviam diretores da Petrobrás, Moro decidiu que 16 quadros dos doleiros Nelma Kodama e Raul Srour deveriam ficar no MON. Agora, com a requisição da Petrobrás, o juiz terá de decidir o que será feito com os seis lotes de obras apreendidos em 48 fases da operação.

Para a diretora-presidente do museu, Juliana Vellozo Almeida Vosnika, as obras trazem inspiração. "A exposição (das obras da Lava Jato) talvez inspirou algumas pessoas que nunca entrariam em um museu a virem, nem que fosse pela curiosidade de ver as obras da Lava Jato", diz ela, completando que o acervo será bem-vindo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

É tanto tempo vivendo fora do País que o artista plástico Romero Britto tem sotaque até por escrito. "Nunca imaginava (sic) que os retratos que eu presenteei fossem um dia ser motivo de tristeza para mim. Eu nunca quis criar obras tristes. Sempre quis criar obras alegres", escreveu, ao ser perguntado sobre um suposto arrependimento por ter pintado algum político - especialmente os quadros que estavam na casa do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, em Mangaratiba, apreendidos na Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato, em novembro de 2016.

A Polícia Federal apreendeu três obras, retratos do governador e de sua mulher, Adriana Ancelmo (sorridentes com um coraçãozinho pintado no rosto) e um clássico abstrato e multicolorido do artista. A perícia apontou que, juntos, os quadros valem quase R$ 150 mil. Perto do que o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro já diz ter recuperado de propinas pagas ao ex-governador, cerca de R$ 270 milhões, os "Brittos" na parede de Cabral têm um valor quase simbólico.

##RECOMENDA##

Aliás, simbolismo é um artista, conhecido pela "utopia da alegria" e por sua total falta de compromisso com temas sociais, estar entre os preferidos da classe política. "Por ter nascido e crescido no Brasil, todos sempre imaginam o otimismo, o colorido e a alegria dos brasileiros na minha arte", afirmou.

Britto já homenageou outros políticos. O quadro da ex-presidente cassada Dilma Rousseff, por exemplo, foi pintado em 2011 - e apresentado ao mundo em um anúncio pago pelo próprio artista nas páginas da revista dominical do The New York Times. Na imagem, o mesmo coração colorido no rosto. Em 2008, Britto também presenteou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com um quadro sobre os 450 anos da cidade de São Paulo.

A pintura voltou ao noticiário em 2016, quando Britto presenteou o prefeito de São Paulo João Doria com uma obra parecida - a diferença eram os números 450 espalhados pela tela. Doria, que não criou caso com a semelhança das obras, é, dentre os políticos brasileiros, aquele que parece ter mais identificação com o artista. O prefeito tem obras de Britto em sua casa (uma delas com a família inteira retratada) e em seu gabinete na Prefeitura.

Britto não faz distinção ideológica. Perguntado sobre o assunto, esquivou-se e escreveu "não ter entendido a pergunta". Já quando questionado especificamente sobre Lula, o artista usa tintas mais fortes: "Como poderia admirar a situação que a administração do presidente Lula e seu partido deixou o Brasil..." E suaviza: "Mas tudo que se passou no Brasil não é só do partido do Lula, mas também de outros partidos".

Na lista de políticos que ainda não entristeceram o pintor estão personalidades americanas. "O ex-senador Teddy Kennedy, por exemplo, prometeu me fazer um omelete. Fui para um café da manhã na residência de amigos e ele preparou um omelete para mim. Foi uma grande honra." Britto também cita a família Obama e os Bush como políticos que acredita.

E no Brasil? "Acho que o João Doria será a salvação para este momento tão complicado brasileiro. Acho isso por ele não ter uma história na política suja brasileira, que está quase que todos os dias nos jornais, um escândalo atrás do outro...", escreveu. "Acho que ele poderá trazer esperança e credibilidade para o Brasil - e em particular para a economia e aos investidores nacionais e internacionais que estão com muito cuidado com tanta instabilidade. Acho que o João Doria é muito preparado para representar o Brasil."

Romero Britto será homenageado pela Casa da Moeda do Brasil com o lançamento de uma medalha comemorativa. Serão 10 mil medalhas - 8 mil em bronze, 600 em prata e 1.400 em bronze dourado. Os preços vão variar entre R$ 70 e R$ 245. A data do lançamento depende da agenda do artista e de uma vinda dele ao Brasil.

Visitas rápidas e pontuais não são problema para o artista. Isso não significa que voltar a morar no País esteja em seus planos. "Já moro nos Estados Unidos há mais de 30 anos. Tenho saudade e adoro o Brasil, mas viver no Brasil como artista é difícil, especialmente pelo fato que o mercado de arte quase não existe - e em particular o de pop arte. No Brasil, poucos apoiam e valorizam as artes."

Britto começou sua carreira vendendo quadros nas ruas do Recife. Aos 23 anos, foi tentar a sorte nos Estados Unidos. Antes de vender seu primeiro quadro, trabalhou como lavador de carros e entregador de pizza. Suas obras começaram a ser expostas em uma pequena galeria - onde sua primeira venda teria sido forjada. O artista deu US$ 300 nas mãos da namorada para que ela comprasse um quadro dele e impressionasse o dono da galeria.

A sorte mudou em 1989, quando o presidente da marca de vodca Absolut conheceu seu trabalho e montou uma campanha publicitária com as cores do artista brasileiro. A marca já tinha trabalhado com artistas como Andy Warhol e Roy Linchenstein. O mercado publicitário abraçou então o brasileiro.

A arte de Britto parecia estar conectada com o que Miami gostaria de vender como imagem. Não demorou para que o artista se tornasse um ícone oficial da cidade. Assim, as celebridades e políticos não demoraram a grudar sua imagem na dele. Em sua terra natal, ele conseguiu passar a imagem do brasileiro vencedor e de otimismo.

Nos últimos anos, principalmente por meio das redes sociais, o artista tem sido contestado e seu trabalho considerado "menor" ou "cafona". Britto nunca se deixou abalar e responde esse tipo de crítica comparando-se ao pintor espanhol Picasso.

Políticos das mais diversas cores e partidos viram na arte de Britto algo positivo (e inofensivo) para suas próprias imagens. Por outro lado, o artista não cobra os retratos que faz dos políticos e sempre os retrata como figuras sorridentes e confiáveis - reflexo, talvez, dos muitos anos longe do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em adaptação do livro da escritora alemã Hannelore Brenner, a exposição internacional “As meninas do Quarto 28” está aberta para visitação no Recife. A mostra retrata através de desenhos e colagens parte do dia-a-dia de crianças judias aprisionadas no quarto 28, da fortaleza de Theresienstadt, localizada na antiga Tchecoslováquia, durante a Segunda Guerra Mundial.

Das cerca de 15 mil meninas, com idades entre 12 e 14 anos, que habitaram o gueto de Theresienstad entre os anos de 1942 e 1944, apenas 93 sobreviveram - 15 delas estavam abrigadas no Quarto 28. Todas as obras produzidas pelas vítimas foram resultado de incentivos da professora Friedl Dicker-Brandeis, que deu aulas de artes e desenho enquanto esteve prisioneira no mesmo campo de concentração das meninas. 

##RECOMENDA##

Confira no vídeo os detalhes sobre a exposição:

[@#video#@]

Serviço

“As meninas do Quarto 28”

Galeria Janete Costa - Parque Dona Lindu, Boa Viagem

Quarta à Sexta, das 12h às 20h; Sábados, das 14h às 20h; Domingos, das 15h às 19h 

Até dia 29 de Outubro

Entrada franca

 

LeiJá também

--> Exposição mostra cotidiano de meninas durante 2ª Guerra

A Polícia espanhola recuperou três dos cinco quadros roubados em 2015 do artista britânico Francis Bacon, avaliados em 25 milhões de euros.

"Posso confirmar que três quadros foram recuperados", disse nesta quinta-feira (20) à AFP uma porta-voz da Polícia Nacional, sem dar detalhes, alegando que há "uma operação aberta" para reaver o restante das obras.

##RECOMENDA##

As cinco telas do pintor, um dos mais importantes retratistas contemporâneos, foram levadas em julho de 2015 da casa de um colecionador particular que, naquele momento, estava em Londres.

Até agora, dez pessoas foram presas pela Polícia espanhola em dois anos de investigação sobre o roubo. Os ladrões também conseguiram levar um cofre com coleções de moedas e joias.

Em maio de 2016, as autoridades disseram ter identificado e detido um dos suspeitos de planejar o roubo, além de cinco atravessadores, graças a fotografias fornecidas por uma empresa britânica dedicada à busca de obras de arte roubadas.

Uma pessoa que vivia perto de Barcelona havia enviado as imagens para a empresa para saber se a obra que aparecia nelas estava na lista de pinturas roubadas.

O estudo do material fotográfico permitiu à Polícia descobrir a empresa que alugou os equipamentos, com os quais as imagens foram feitas, e chegar ao cliente - um dos supostos autores do roubo.

Por intermédio dele, também foram detidos um marchand de Madri e seu filho, que seriam atravessadores.

Segundo o jornal "El País", os ladrões tentaram vender os quadros duas vezes.

A Polícia Federal encontrou 1200 quadros nesta quinta-feira, 16, em endereços do filho do senador Edison Lobão (PMDB/MA), Márcio Lobão.

Alvo da Operação Leviatã - desdobramento da Lava Jato -, deflagrada por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, Lobão foi citado na delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Ele teria recebido propinas em contrato das obras da usina de Belo Monte.

##RECOMENDA##

A informação foi divulgada com exclusividade pela reportagem da Globo News. Durante as buscas autorizadas por Fachin os agentes não levaram os quadros, mas catalogaram peça por peça. A PF comunicou a Lobão que os quadros não podem ser retirados até o fim da investigação.

Os agentes também acharam dinheiro vivo na residência e no escritório de Márcio Lobão, num total de R$ 40 mil em várias moedas.

Na residência do ex-senador Luiz Otávio, que também é alvo da Operação Leviatã, a PF encontrou R$ 135 mil em espécie.

A defesa de Márcio Lobão afirma que ele não praticou nenhum ato ilícito. Ressalvou que não teve acesso aos fundamentos do mandado de busca que alcançou os endereços do filho do senador Lobão.

Dois quadros de Van Gogh roubados há 14 anos na Holanda, "Congregação Deixando a Igreja Reformada de Nuenen" (1884) e "Vista do Mar em Scheveningen (tormenta)" (1882), foram encontrados na Itália, anunciou nesta sexta-feira o Museu Van Gogh de Amsterdã.

"São as pinturas verdadeiras", afirmou a instituição em um comunicado, depois de autenticar as obras a pedido da promotoria italiana.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

As duas obras do primeiro período do artista, avaliadas em vários milhões de euros, eram objeto de uma ordem de busca internacional desde que foram roubadas em 7 de dezembro de 2002 no museu.

Os quadros foram encontrados na região de Nápoles, ao fim de uma investigação sobre o crime organizado.

"Depois de tantos anos, não nos atrevíamos a esperar um retorno das obras", confessou o diretor do Museu Van Gogh, Axel Rüger, presente em Nápoles.

Os investigadores não sabiam do paradeiro dos quadros desde o dia do roubo, quando, de acordo com a polícia, ladrões usaram uma escada para subir no teto do museu e retirar as duas obras, antes de fugir com o auxílio de uma corda.

O Museu Van Gogh, aberto em 1973, exibe centenas de quadros, desenhos e esboços do pintor, desde seu primeiro período holandês até o fim trágico em Auvers-sur-Oise (França) em 1890.

Vincent Van Gogh nasceu em 1853 em Zundert (centro da Holanda) em uma família liderada por um austero pastor protestante. Pintou mais 800 obras, mas durante sua curta vida só conseguiu vender um quadro. Hoje, suas obras são negociadas a preço de ouro.

O trânsito caótico vivido pelos recifenses foi a inspiração para a exposição Autos Retratos, do arquiteto, urbanista e artista plástico Luiz Rangel. O conjunto de quadros será exposto no Museu da Cidade do Recife, nesta quinta-feira (22). A data foi escolhida propositalmente, já que é quando será celebrado do Dia Mundial Sem Carro.

No total, são nove trabalhos em tela em formato quadrado. As obras rodeiam a temática da mobilidade e da dependência da sociedade por seus carros. “A reflexão me trouxe um questionamento: precisamos mesmo estar dentro de um veículo?”, indagou Luiz Rangel, segundo informações da assessoria de imprensa.

##RECOMENDA##

A abertura da exposição será às 19h, com um debate com o artista, o curador Plinio Santos e o militante da mobilidade a pé Francisco Cunha. O evento é gratuito e aberto ao público, no Forte das Cinco Pontas, localizado no bairro de São José, no Centro do Recife, até o dia 2 de outubro.

Serviço

Exposição Autos Retratos

22 de setembro a 3 de outubro 

terça-feira a domingo, das 9h às 17h

Museu da Cidade do Recife - Forte das Cinco Pontas (Praça das Cinco Pontas, S/N - Bairro de São José)

Entrada Franca

Durou 53 dias o convívio do presidente argentino, Mauricio Macri, com os quadros de Néstor Kirchner e Hugo Chávez, entre os quais sua antecessora, Cristina Kirchner, costumava discursar para jovens militantes que lotavam a Casa Rosada. As duas pinturas doadas pelo governo venezuelano foram retiradas no fim da tarde dessa segunda-feira, 1º, e levadas para o Museu do Bicentenário, nos fundos da sede presidencial.

Elas haviam sido apresentadas com pompa por Cristina em maio e instaladas em duas colunas destacadas sobre o Pátio dos Heróis Latino-Americanos, espaço em que estão as figuras de Tiradentes e Getúlio Vargas, entre outras. Néstor e Chávez emprestaram o nome a movimentos cujos seguidores começaram trocar ofensas com macristas nas redes sociais tão logo as paredes vazias ganharam as manchetes locais. Os primeiros insinuavam que Macri os substituiria por figuras da última ditadura argentina (1976-1983), enquanto os governistas celebravam o fim simbólico de uma era que associam ao autoritarismo. Segundo funcionários da Casa Rosada, as paredes ficarão vazias.

##RECOMENDA##

Kirchner governou a Argentina de 2003 a 2007 e tornou-se aliado de Chávez, que comandou a Venezuela de 1999 a 2013. A posse de Macri marcou uma reviravolta na relação entre os dois países. Enquanto Cristina apoiava o governo do venezuelano Nicolás Maduro, o novo líder passou a cobrar a libertação de presos políticos e chegou a ameaçar pedir a suspensão de Caracas do Mercosul. (Rodrigo Cavalheiro)

A técnica pictórica argentina do "filete portenho" foi inscrita nesta terça-feira (1º) na lista do Patrimônio Imaterial da Unesco pelo Comitê para a Preservação do Patrimônio Cultural Imaterial, reunido em Windhoek (Namíbia), anunciou a organização com sede em Paris. "O filete portenho de Buenos Aires é uma técnica pictórica tradicional que combina as cores vivas com estilos tipográficos específicos. Suas realizações podem ser contempladas em ônibus urbanos, caminhões e tabuletas de lojas e armazéns, e são cada vez mais frequentes em objetos de decoração de casa", afirmou a Unesco.

"Suas imagens incorporam elementos de caráter social ou religioso e a temática popular compreende, entre outras, representações de santos e personalidades políticas admiradas, assim como estrelas da música e ídolos dos esportes. Às vezes, as imagens vem acompanhadas de dizeres e refrões", agregou. Segundo o Comitê, "esta prática cultural chegou a ser parte integrante do patrimônio cultural da cidade".

##RECOMENDA##

Algumas das obras de arte moderna e contemporânea mais caras e menos vistas no mundo, principalmente quadros dos americanos Jackson Pollock, Andy Warhol e Mark Rothko, estão em exposição a partir deste sábado (21) em Teerã, por três meses. Esta grande exposição, que acontece no Museu de Arte Contemporânea, inclui 42 obras de artistas ocidentais, entre elas "Mural on Indian Red Ground" (1950), quadro de Pollock considerado uma obra-prima e que especialistas da casa de leilões Christie's avaliaram em 2010 em 250 milhões de dólares.

As obras apresentadas em Teerã fazem parte de uma coleção formada, em grande parte, sob o regime do xá do Irã, derrubado em 1979, e composta por 300 quadros de grandes pintores dos séculos XIX e XX, como Paul Gauguin, Pablo Picasso, Joan Miró e Francis Bacon. Algumas obras, que mostram homens ou mulheres nus, não podem ser exibidas no país, devido às leis islâmicas.

##RECOMENDA##

O ministro iraniano da Cultura, Ali Janati, que presidiu a cerimônia de inauguração, declarou à AFP que o recente acordo nuclear entre o Irã e as grandes potências abriu caminho para uma cooperação mais importante em matéria cultural e artística entre o Irã e o restante do mundo. "É um primeiro passo. No futuro, esperamos exibir mais obras de artistas iranianos ao lado dos artistas estrangeiros da nossa coleção", acrescentou.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando