Tópicos | Orientação Sexual

O podcast de Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank, o Quem Pode, Pod, recebe diversos famosos que falam sobre muitos assuntos diferentes e a mais nova convidada a participar de uma entrevista por lá foi Camila Pitanga. No bate-papo, a atriz contou sobre a relação com seu pai, Antônio Pitanga, como um parente e colega de trabalho ao mesmo tempo.

"Meu pai me deu uma educação muito saudável nesse sentido de troca, de conversa. Meu pai é amigo até hoje. Ele tem 83 anos, mas tem alma jovem. Ele é bom de conversa, divertido, gaiato. Claro que também brigamos, mas não dura cinco minutos... às vezes, como filha, a gente está muito próxima e não enxerga a grandeza, o tamanho como artista. Fica uma coisa meio visada, até como filha, rabugenta", disse.

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Caso você não saiba, o Globoplay gravou um documentário sobre o pai de Camila e ela deu mais detalhes das descobertas que fez enquanto trabalhava firmemente nesta produção.

"A gente fez uma lista para ter as pessoas com quem conversar. Na hora, no set, eu descobria que a maioria era ex-namorada. No set, ele estava tocando o barco, com alegria e encantamento de toda a equipe. Nos últimos dois anos, meu pai fez três filmes, três séries. Meu pai não para! Ele joga futebol. É mais jovem que nós", contou.

Vida amorosa

Ainda durante o bate-papo super descontraído, Camila Pitanga relembrou o momento que foi noticiado sobre o romance que ela manteve com Beatriz Coelho, ao todo elas ficaram dois anos juntas e apenas no último ano é que foi noticiado publicamente a união.

"A gente vive ainda num país que tem dificuldade de entender que as pessoas possam ser livres e amar do jeito que quiserem. Diria que sempre fui uma heterossexual convicta. Não via essa possibilidade, não estava no meu radar. Não como um problema, mas no desejo. Já tinha dado uns beijos, bi festinha, mas não era um desejo. Libido é algo em construção, não é algo que nasce com você, formatado, e acabou. Você pode se desenvolver para o lado que quiser. Acho que foi um lance de expansão. Primeiramente, de afeto, porque eu vivi um amor, e não uma sexualidade. Isso não era para ser uma missão, um panfleto. Claro que com a compreensão de que isso significava para muitas pessoas. Mas o dilema era que eu entendi uma responsabilidade sobre isso. Para sustentar isso, você tem que ter vivência. Acho que isso estava atropelando um pouco a gente", detalhou.

E mesmo após essa relação longa homoafetiva, a artista crava não ter uma orientação sexual definida.

"Se me cobrarem agora um nome, uma caixinha, eu não me daria nome como bissexual. Estou em movimento, estou vivendo. Mas, politicamente, entendo a importância de dizer isso. Minha libido é aberta, adoro gozar e não vou abrir mão da minha liberdade porque as pessoas estranham", afirmou.

Mas vale citar que atualmente Camila Pitanga está namorando um rapaz e ela aproveitou para se derreter por ele.

"Estou namorando seriamente, apaixonada. Um amor maduro. Está bonito. Ele é lindo, um gato. Ele é um homem muito íntegro. Ele come pitanga todo dia há um ano e meio, e nem vou falar a quantidade. Que gostoso! Eu fico até nervosa. A manhã é bem animada, de manhã é o certo. Tá todo mundo relaxado, às cinco ou seis horas", contou.

A artista fez questão de levar um presentinho para as apresentadoras e revelou que eram vibradores.

"Minha primavera da sexualidade foi bem mais velha. Até um certo momento, não ligava para sexo. Estaria na oitava posição de prioridades. Sexo era algo que falava do amor, mas também tinha outras maneiras de falar do amor. Na real, eu sou bem monogâmica e de histórias longevas. Sou amiga de todos os ex. Eu não era a saidinha do rolê e só fui transar com 19 anos [de idade]... tive um longo período de frustração porque queria penetração e não rolava. Na verdade, já rolava sexo, já tinha peitinho, chupada, gostosura e gozo. Bem simples, verdade seja dita, já tinha prazer. Mas eu tinha essa fixação da virgindade, da penetração. Me machucava, achava difícil", revelou.

A partir de março, os homoafetivos poderão doar sangue na França sem condições, anunciou nesta terça-feira (11) o governo do país europeu, que decidiu que a orientação sexual não será mais um critério na hora de doar sangue.

Na ampliação da lei sobre bioética, e atendendo a uma "vontade política" do ministro da Saúde, hoje será firmada uma ordem para que a doação de sangue seja acessível a todas as pessoas com base nos mesmos critérios, tanto para homossexuais como para heterossexuais.

A partir de 16 de março, já não haverá "nenhuma referência à orientação sexual" nos questionários prévios à doação de sangue, explicou aos jornalistas Jérôme Salomon, diretor-geral de Saúde. "Qualquer pessoa constituirá um indivíduo doador", acrescentou.

Desde julho de 2016, os homens homoafetivos podem teoricamente doar sangue, um ato que estava proibido desde 1983 por causa dos riscos de transmissão do vírus HIV.

Contudo, essa possibilidade estava sujeita a um período de abstinência sexual - primeiramente de um ano e, desde 2019, de quatro meses - que deveria ser declarado durante uma entrevista anterior à doação.

"A extrema vigilância das autoridades sanitárias torna possível uma evolução das condições de acesso à doação de sangue", explicou o diretor-geral de Saúde, que não espera que o risco, residual, de transmissão do HIV por transfusão aumente após a nova medida.

"O nível de risco vem caindo regularmente há décadas", frisou.

Ao questionário prévio à doação de sangue será acrescido um novo critério: o doador terá que declarar se está em tratamento de profilaxia antes ou após exposição ao HIV. Em tal caso, a doação deverá ser adiada em quatro meses.

Diversas perguntas buscarão detectar eventuais condutas individuais de risco - como manter relações sexuais com várias pessoas, uso de drogas, etc. - mas a orientação sexual já não estará presente. "São perguntas às quais os doadores já estão acostumados", detalhou Salomon.

Antes da França, outros países como Espanha, Itália, Israel e Brasil (após decisão do STF em 2020) modificaram nesse sentido as condições de acesso à doação de sangue.

O Senado aprovou, nesta quinta-feira (4), o projeto de lei que proíbe a discriminação de doadores de sangue com base na orientação sexual. A matéria segue para apreciação da Câmara dos Deputados.

O PL 2.353/2021 é de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) e foi relatado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), que apresentou voto favorável à aprovação do projeto, que altera a Lei 10.205, de 2001, que dispõe sobre a captação, distribuição e transfusão de sangue.

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O autor do projeto alega que o impedimento de doação de sangue, seus componentes e derivados por homens que se relacionam sexualmente com outros homens é uma grave manifestação homofóbica, em vigor em inúmeros países. Segundo ele, trata-se de uma restrição absolutamente injustificada que não se baseia em critérios técnicos, mas na discriminação por orientação sexual.

Fabiano Contarato aponta que o Brasil avançou consideravelmente nesta temática quando o Supremo Tribunal Federal (STF), na Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.543/DF, impetrada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e outros, declarou inconstitucional a Portaria 158/2016, do Ministério da Saúde, e da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 34/2014, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esses instrumentos normativos determinavam que homens que tivessem tido relações sexuais com outros homens (e suas eventuais parceiras sexuais) fossem submetidos à quarentena de 12 meses para que pudessem doar sangue, sendo considerados inaptos para doação neste período.

Apesar da inconstitucionalidade da restrição, Fabiano Contarato ressalta que é preciso proibi-la em lei, para evitar que a decisão do STF seja revertida ou desrespeitada.

“Em se tratando de uma decisão judicial tomada por apertada maioria (7 votos contra 4), há inegável risco de que, com modificações na composição da Suprema Corte, esta venha a ser revertida, reestabelecendo-se dispositivos que consagram o cenário de discriminação indevida contra homens gays, bissexuais e transexuais”, defende o autor do projeto.

Fabiano Contarato ressalta ainda que o projeto não pretende interferir nos critérios técnicos e científicos utilizados no tratamento do material coletado, mas impedir que se utilizem regras sem fundamentos científicos e que resultam em clara discriminação social. A lei resultante da aprovação do projeto passará a vigorar a partir de sua publicação.

Discussão

Ao proferir seu parecer em Plenário, Humberto Costa destacou que o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária agiram por anos na contramão do que a legislação vigente trazia como diretriz da Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados. Ao invés de estimular a doação de sangue como um ato relevante de solidariedade humana e compromisso social, criavam um estigma social e estimulavam um preconceito que já está enraizado na sociedade brasileira: a discriminação contra orientação sexual.

"O governo brasileiro estabeleceu critérios para doação de sangue com base em grupos e não a partir de condutas de risco que podem ser praticadas por qualquer cidadão brasileiro. Esta lamentável decisão é um flagrante ato discriminatório que viola princípios e fundamentos constitucionais básicos, a dignidade da pessoa humana e o direito à igualdade. Ainda que de forma não intencional, a portaria do Ministério da Saúde e a RDC da Anvisa imputaram aos homens homossexuais e bissexuais e/ou seus parceiros e suas parceiras a proibição da fruição livre da própria sexualidade no momento em que exigiram uma quarentena de doze meses para que estas pessoas pudessem praticar o ato empático e solidário de doar sangue", afirmou.

Humberto Costa disse ainda que o governo não pode tratar a comunidade LGBTQIA+ como um grupo formado por pessoas que representam perigo à saúde pública.

"Não se pode restringir a qualquer grupo o direito de ser solidário, o direito de participar ativamente da sociedade, o direito de ser como se é. Não podemos deixar que atos como este continuem vigendo em nosso país. É inconcebível imaginar que agentes governamentais determinem que cidadãos brasileiros, por si só, representem um grupo de risco, sem sequer se debruçar em questões verdadeiramente relevantes que possam impedir a doação de sangue. Doar sangue é, antes de qualquer coisa, um ato pela vida. As restrições e os critérios técnicos e científicos para doação de hemoderivados devem ser aplicados igualmente a todos, sem que haja qualquer tipo de discriminação, avaliando-se de forma justificada e individualmente as condutas que possam colocar em risco a saúde pública. Orientação Sexual não contamina ninguém. Condutas de risco e preconceito, sim", afirmou.

Humberto Costa frisou que Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em consonância com a decisão da Corte Suprema, atualizou, em agosto de 2020, o guia com os critérios para a triagem clínica e epidemiológica de candidatos a doação de sangue, com base na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 399/2020, que eliminou a restrição. A agência promoveu, ainda, a publicação de um material destinado à sociedade com informações sobre a doação e a transfusão de sangue. A produção do material contou com a participação de representantes da hemorrede nacional e da comunidade LGBTQIA+.

Ataque homofóbico

Após a aprovação do projeto, Fabiano Contarato agradeceu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por ter pautado o projeto. Ele lembrou que, após ter sofrido ataque homofóbico na CPI da Pandemia, provocou os senadores de todas as siglas partidárias que lhe manifestaram apoio a transformar a solidariedade em atos concretos a favor da população LGBTQIA+.

"O pedido de perdão ou ato de solidariedade não tem valor nenhum se não vier acompanhado de comportamento, de ação. Os atos falam mais que as palavras. Não basta estar na Constituição Federal, desde 5 de outubro de 1988, que um dos fundamentos da República Federativa do Brasil é promover o bem estar de todos e abolir toda e qualquer forma de discriminação. Será que no Brasil todos efetivamente somos iguais?", questionou.

Fabiano Contarato pontuou que a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1990, baniu a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID). E que, em 1999, o Conselho Federal de Psicologia, pela Resolução número um, declarou que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio, nem perversão.

"Mas é necessário que esse Senado e a Câmara façam uma meia culpa ou ela inteira, porque não basta nós vivermos sob o império de uma Constituição cidadã, se esta Casa sistematicamente fecha as portas para a comunidade LGBTQIA+. Direito ao casamento, direito à adoção, direito à declaração do Imposto de Renda em conjunto, direito de recebimento de pensão em caso de óbito, direito à redesignação sexual, direito ao nome social, direito à união estável, direito à criminalização da homofobia, equiparando-a ao racismo e, mais recentemente, em 2020, o direito de doar sangue. Todos os direitos que citei aqui deram-se pela via do Poder Judiciário. E isso tem que nos dizer alguma coisa. Porque estamos em pleno século vinte e um, mas parece que estamos discutindo pautas do período medieval. Nós não podemos perder a capacidade de indignação. Toda doação de sangue se submete ao mesmo rito de testagem rigorosa para assegurar a prevenção a infecções. Não há sangue de segunda categoria, pois não deve existir ser humano de segunda categoria. Excluir alguém a priori da possibilidade de doar, apenas pela orientação sexual,  é mais uma forma perversa de exclusão e de violação da dignidade dos LGBTQIA+, dentre outras violências simbólicas e estruturais ocultadas a pretexto da falsa ciência. O Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo. Cabe ao Congresso fazer o seu dever de casa, ainda que tardiamente", concluiu.

*Da Agência Senado

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), negou, neste domingo (4), qualquer cálculo político-eleitoral em sua decisão de declarar publicamente ser gay e afirmou que precisava se apresentar "na integralidade, e não pela metade" a seu partido, pelo qual tenta concorrer à Presidência da República em 2022. Ele afirmou ainda que o voto em Jair Bolsonaro em 2018 é um "erro" que deve ser analisado para não se repetir no futuro.

"Não tem nada de errado, nem é algo que mereça ficar escondido. Outros políticos têm, sim, a esconder e escondem... Rachadinha, mensalão, petrolão, superfaturamento em compra de vacinas", disse Leite, que participou de uma série de reuniões do partido em Brasília.

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"Entendi que era o momento de falar. Não tem qualquer cálculo do ponto de vista político-eleitoral. Aliás, nem sei quais serão os efeitos que isso terá do ponto de vista eleitoral. Talvez não sejam os efeitos positivos que muita gente possa esperar, mas tenha efeito positivo ou negativo, é o que sou, do jeito que sou, apresentado como sou. Se a população entender que eu posso apresentar um caminho, tem que ser na minha integralidade, sem esconder qualquer coisa", afirmou.

O tucano também voltou a dizer que a eleição do presidente Jair Bolsonaro em 2018 foi um "erro", mas negou que tenha apoiado a candidatura do atual chefe do Planalto porque não pediu votos em favor do atual presidente, nem fez "campanha casada" ou "misturou nome ao do candidato" - em alusão ao BolsoDoria empreendido pelo atual governador de São Paulo durante a campanha de 2018.

Em 2018, Leite declarou voto em Bolsonaro. Hoje, ele foi questionado sobre essa decisão, sobretudo pelo histórico de declarações homofóbicas do presidente.

"As declarações de intolerância do presidente no passado me pareciam naquele momento que teriam, embora preocupantes, menos espaço para se apresentarem de forma prejudicial ao País à medida que temos instituições fortes que garantiriam que a posição homofóbica dele não significasse política pública contrária a gays, lésbicas, bissexuais, ou qualquer público homossexual", disse Leite. "A gente tem que analisar esse erro, aprender com ele para não cometer mais esse erro no futuro", afirmou.

Segundo ele, essa análise inclui trabalhar em uma "terceira via" para evitar um segundo turno entre Bolsonaro e o PT, que deve ter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato.

Reeleição

Leite disse ainda que qualquer candidato da "terceira via" à Presidência da República deveria, se eleito, se abster de buscar a reeleição em 2026. Segundo ele, o momento de extrema polarização requer "volta para o bom-senso e para o equilíbrio". "Isso envolve desapego, desprendimento", disse.

"Se o próximo presidente da República, viabilizado por uma terceira via, como a gente espera, for candidato à reeleição, passa no primeiro dia a ser atacado pelas duas correntes políticas que querem voltar ao governo, seja o bolsonarismo, seja o lulopetismo. É importante que a gente tenha a visão sobre serenar os ânimos", afirmou Leite.

O tucano participou de uma reunião com o diretório do PSDB no Distrito Federal e pretende ele mesmo concorrer nas prévias do partido para decidir o candidato à Presidência da República em 2022. Após explicitar suas pretensões eleitorais, Leite deve intensificar a agenda em outros Estados nos finais de semana para se tornar mais conhecido fora de seu reduto atual, ouvir propostas e angariar apoio dentro da legenda. Ele também iniciou conversas com representantes de PSB, PSD, Cidadania, MDB, PL, PP e DEM, já de olho em possíveis alianças.

Além de Leite, também devem concorrer nas prévias o governador de São Paulo, João Doria, o senador Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgilio.

O governador do Rio Grande do Sul adiantou que, se for o candidato do PSDB ao Planalto e for eleito, não concorrerá à reeleição. A postura é semelhante à adotada por ele na prefeitura de Pelotas e no governo do Estado - para o qual ele reafirmou que não buscará novo mandato, mesmo que seja derrotado nas prévias do PSDB.

"Eu sou crítico da reeleição. No nosso sistema político, acabou se transformando num problema pelas negociações que se impõem dentro dos governos pela sucessão", disse Leite. "Não concorrerei à reeleição como governador, como já anunciei, e se um dia tiver o privilégio e a honra de ocupar a Presidência da República, digo também desde já que não concorrerei à reeleição", acrescentou.

Aos 36 anos e disposto a concorrer à Presidência da República ano que vem, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), foi parabenizado por aliados políticos e opositores nas redes sociais após se declarar gay em entrevista ao programa Conversa com o Bial, da TV Globo. 

Durante o programa, Leite disse que "nesse Brasil com pouca integridade a gente precisa debater o que se é". O gaúcho afirmou ainda nunca ter falado abertamente sobre o assunto porque sempre considerou que o tema tinha a ver apenas com a sua vida privada, mas que, atualmente, é preciso debatê-lo.

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Leite também contou que namora um médico do Espírito Santo, a quem ama e admira por seu trabalho durante a pandemia de Covid-19 em hospitais de campanha. E disse que o companheiro, sim, tem coragem para atuar na linha de frente. "Coragem tem mesmo quem vai pra um hospital de campanha. Gente que tá fazendo tanto pra superar esse quadro de pandemia. Tem tantos outros exemplos de coragem que a minha fica pequenininha."

As declarações foram conhecidas antes mesmo de o programa ir ao ar, na madrugada desta sexta (2), por meio de trechos divulgados pelo canal, o que já rendeu repercussões e agradecimentos por parte de Leite.

Outros possíveis adversários de Leite na corrida presidencial também se posicionaram após sua fala, como os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), que estiveram com o tucano no debate promovido nessa quinta (1º), pela parceria CLP/Estadão.

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Nem todos

Mas nem todos no mundo político aplaudiram. O ex-deputado federal Jean Wyllys, recém-filiado ao PT, acusou o tucano de não ter criticado as posturas preconceituosas do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018 - na ocasião, então candidato a governador, Leite declarou voto em Bolsonaro.

Ainda durante a entrevista a Bial, o governador comentou uma declaração recente do presidente que teria duplo sentido. Bolsonaro questionou onde Leite teria "enfiado a grana (repasses federais)". E comentou: "Eu não vou responder pra ele, né? Mas eu acho que é feio onde ele botou essa grana toda aí. Não botou na saúde."

Após a fala, Leite interpelou Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) para se explicar e cogita apresentar uma queixa-crime contra o presidente. Sem citá-lo nominalmente, o tucano disse que, no momento em que sua participação no debate nacional começa a despertar maiores ataques por conta de adversários, "alguns vem com piadas como se tivesse algo a esconder". "Pois bem, não tenho nada a esconder. Tenho orgulho dessa integridade de poder dizer sobre minha orientação sexual, embora devêssemos viver num País em que isso não fosse uma questão."

Bolsonaro, por sua vez, ironizou o governador do Rio Grande do Sul após a revelação. "O cara está se achando o máximo. Bateu no peito. 'Assumi!'. É o cartão de visita para a candidatura dele", disse o presidente a apoiadores nesta sexta-feira na saída do Palácio da Alvorada.

O presidente Jair Bolsonaro ironizou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) por este ter revelado ser homossexual, na madrugada desta sexta-feira (2), em entrevista ao jornalista Pedro Bial, da TV Globo. "O cara está se achando o máximo. Bateu no peito. 'Assumi!'. É o cartão de visita para a candidatura dele", disse o presidente a apoiadores nesta sexta na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro afirmou não ter "nada contra a vida pessoal" de Leite, mas reprovou o que chamou de tentativa de "impor o seu comportamento para os outros". O tucano foi cumprimentado por figuras de diferentes matizes político-ideológicas, como o governador de São Paulo João Doria (PSDB) e a vice da chapa de Fernando Haddad à Presidência da República em 2018, Manuela d' Ávila.

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Em outro momento da conversa com apoiadores, o presidente rechaçou a possibilidade de demarcar terras indígenas em seu governo e alegou que a medida "isola áreas produtivas". "Nossos irmãos índios já tem 14% de terras demarcadas. É mais que Rio e São Paulo juntos", disse.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), assumiu pela primeira vez em público sua orientação sexual, durante entrevista ao programa Entrevista com Bial, da TV Globo. O programa divulgou um vídeo em suas redes sociais com o trecho da entrevista, na qual Leite justifica que é necessário debater identidade no atual momento político do País.

"Nesse Brasil, com pouca integridade nesse momento, a gente precisa debater o que se é, para que fique claro e não se tenha nada a esconder", diz Leite no vídeo. "Eu sou gay, e sou um governador gay. Não sou um 'gay governador', tanto quanto Obama nos Estados Unidos não foi um 'negro presidente'. Foi um presidente negro. E tenho orgulho disso."

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Leite foi eleito no Rio Grande do Sul em 2018 com 53,6% dos votos. Ele tem 36 anos, o que o torna o governador mais jovem em exercício hoje no País. Antes, foi prefeito de Pelotas entre 2013 e 2016 e, antes disso, foi secretário municipal, vereador e presidente da Câmara Municipal na mesma cidade.

Ele participou nesta quinta-feira, 1º, de um debate do Estadão e do Centro de Liderança Política (CLP) com os ex-ministros e presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), em São Paulo, para debater os desafios do País na saída da pandemia do coronavírus e na retomada econômica.

O ator Leonardo Vieira, que atuou pela última vez na novela da Record Dez Mandamentos, disse em entrevista a Patrícia Kogut que não consegue emprego desde 2017 por conta de ter assumido sua orientação sexual. Na época, ele teve fotos beijando amigos vazadas na internet, gerando, segundo ele, efeitos negativos em sua carreira e vida pessoal.

Leonardo disse que chegou a sofrer ameaças de morte após ter sua orientação sexual revelada. "Fui arrancado do armário contra a minha vontade e depois disso a minha vida virou de cabeça para baixo. Passei a sofrer ameaças de morte e desde então nunca mais fui chamado para um trabalho”, iniciou o ator.

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Leonardo hoje mora em Portugal e disse que as razões foram a falta de emprego e a eleição de Jair Bolsonaro, a quem não aprova o governo. "Eu sou cidadão português e já tinha planos de morar no país algum dia. Acabei, então, tomando a decisão. Mas não tenho feito trabalhos como ator por aqui. Não é algo que eu esteja procurando", explicou.

O ator chegou a citar o pernambucano Gil do Vigor para falar sobre como o Brasil tem evoluído no debate de assuntos antes polêmicos, como a homossexualidade. “Vou voltar sempre (para o Brasil) para visitar e para fazer trabalhos pontuais, mas morar não é algo que eu tenha vontade agora. Eu sei que muita coisa está avançando desde que eu saí. A homossexualidade vem sendo discutida e aceita por uma parte da sociedade e até das emissoras. Tivemos, por exemplo, o Gil do Vigor, que faz sucesso com a sua cachorrada. Isso é muito significativo”, concluiu.

Um homem foi intimado pela Polícia Civil por ter espancado a filha de 16 anos. A adolescente contou que foi espancada pelo pai por ser lésbica. O crime ocorreu em Ipiaú-BA na quarta-feira (9).

A denúncia foi feita pela avó materna da jovem. Segundo informações da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), a idosa procurou a delegacia logo após a agressão.

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A avó informou que a neta era constantemente agredida por ser lésbica. Os policiais estiveram na casa da adolescente, mas não encontraram o pai. A jovem foi levada para a delegacia, onde reforçou que a violência sofrida era motivada pela sua orientação sexual.

A vítima também relatou ter sido agredida na segunda-feira (7) com uma bainha de facão. O suspeito recebeu uma intimação para comparecer à delegacia. Uma medida protetiva foi solicitada para a adolescente.

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL) pediu que polícia apure crime de homofobia no caso do pai que espancou o filho adolescente. O jovem de 14 anos foi agredido violentamente pelo pai após assumir que era homossexual. O caso ocorreu na segunda-feira (24) no bairro de Bebedouro, em Maceió-AL.

O promotor de Justiça Antônio Jorge Sodré encaminhou ofício ao delegado-geral da Polícia Civil pedindo imediata instauração de inquérito policial. "Não entendemos que possa ser visto apenas como uma lesão, já que a mesma foi em decorrência da não aceitação da opção sexual da vítima", disse o promotor.

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Sodré também encaminhou ofício ao Conselho Tutelar para que envie relatório sobre o atual estado do menor, de sua genitora e demais familiares. A Secretaria da Mulher e Direitos Humanos foi notificada para que se pronuncia sobre as providências já adotadas.

O pai e o irmão do adolescente, que é acusado de participar das agressões, prestaram depoimento na sexta-feira (28) na Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DCCA). O pai disse que o jovem chegou na casa dele sob efeitos de drogas e que a pancada que deu foi para se defender. O homem também afirmou que já sabia que o filho era homossexual e que o ocorrido não está relacionado a isso.

De acordo com a Polícia Civil, o menor mora com a mãe, com quem conversou primeiro sobre sua sexualidade. Eles foram juntos na casa do pai para falar sobre o mesmo assunto. Após ser espancado, o jovem levou mais de 10 pontos na cabeça.

No Brasil, a homofobia passou a ser considerada crime em 2019, após o Supremo Tribunal Federal (STF) entender que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no crime de racismo.

Em uma parceria com a Associação da Parada do Orgulho LGBT, o Tinder - aplicativo de paquera - deve incluir mais opções de identificação de gênero e orientação sexual. A partir de julho, os usuários brasileiros poderão compartilhar ainda mais informações sobre si, uma forma que a plataforma encontrou de tornar-se mais inclusiva.

Atualmente, as pessoas só podem escolher entre duas opções de gênero no Tinder: homem e mulher. De acordo com a plataforma, pessoas trans e não binárias, por exemplo, acabam sendo as mais impactadas com essas limitações de identificação. Com a atualização será possível selecionar o gênero entre mais de 26 opções ou escrever o termo que melhor descreve o usuário. Ela pode ser exibida ou não no perfil do aplicativo. 

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Orientações Sexuais

Outra mudança é que, pela primeira vez, será possível compartilhar mais informações sobre a orientação sexual. O app permitirá  que o usuário escolha até três termos para descrevê-la. Entre as opções estão heterossexual, gay, lésbica, bissexual, assexual, demissexual, panssexual, queer e curiose. Essa informação também poder ser ou não exibida no perfil. Além disso, será possível habilitar o app para que pessoas com a mesma orientação apareçam primeiro quando se arrasta para cá ou para lá. 

A mudança foi decidida após um estudo recente conduzido pelo app no país. Os dados baseados em pesquisa realizada pela YouGov, foram realizadas de 30 de abril a 6 de maio de 2020, e mostraram que a maioria dos jovens de 18 e 25 anos, tem nos aplicativos de relacionamento um grande apoio em suas jornadas de autoconhecimento. Os lançamentos também chegam à França, Alemanha, Espanha, Itália, Suécia, Taiwan, Vietnã e Tailândia.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou nesta terça-feira (10) a anulação ato do governo de São Paulo de mandar recolher todas as apostilas didáticas das escolas da rede estadual de ensino. Segundo o governador João Doria, o material faria apologia à 'ideologia de gênero'. O governo tem até 48 horas para cumprir a liminar e estará sujeito a multa se não o fizer.

O recolhimento do material foi determinado no último dia 3 de setembro, quando o governador justificou via Twitter: “Fomos alertados de um erro inaceitável no material escolar dos alunos do 8º ano da rede estadual. Solicitei ao Secretário de Educação o imediato recolhimento do material e apuração dos responsáveis. Não concordamos e nem aceitamos apologia à ideologia de gênero”, escreveu.

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Com o anúncio de Doria, profissionais da área da educação entraram nesta terça-feira (10) com uma ação popular na Justiça, alegando censura por parte do Estado. Com professores e pesquisadores da Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia e São Paulo (IFSP) e Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), o coletivo motivou a decisão da juíza Paula Fernanda de Souza.

A apostila em questão trata, de forma explicativa, dos conceitos de sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual, a partir de um texto sobre “Diversidade de manifestações e expressões da identidade humana”. Assim como para João Doria, a possível proibição de assuntos ligados à 'ideologia de gênero' nas escolas também é ponto defendido pelo governo federal. Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro solicitou ao Ministério da Educação (MEC) a criação de um projeto de lei que proíbe abordagens de questões de gênero no ensino fundamental.

O LeiaJá contactou a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, mas até a publicação desta matéria, não obteve resposta.

Silvio Santos fez alguns comentários indiscretos durante o seu programa no último domingo, dia 28. O apresentador recebeu Dudu Camargo e Marcão do Povo no quadro Jogo das 3 Pistas e fez piada com os rumores sobre a orientação sexual do jornalista do Primeiro Impacto.

- Já me disseram que você não gosta de galinha, gosta mais de pinto, disparou Silvio.

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- A gente pode comprar um pintinho, deixar ele crescendo, conforme ele for virando galo a gente deixa ele aí, respondeu Dudu, tentando falar sobre animais e não sobre sua sexualidade.

- Ninguém tem culpa da sua preferência por pinto grande, pinto crescido, insistiu o dono do Baú.

 

Após lançar o álbum Kisses, na última sexta-feira (5), Anitta resolveu falar abertamente sobre sua orientação sexual. Em entrevista ao site espanhol Shangay, divulgada nesta quinta-feira (11), a estrela brasileira abriu o coração e se pronunciou sobre sua bisexualidade.

"A bissexualidade é uma realidade para mim há muito tempo, há mais de dez anos. Escolhi a maneira correta de compartilhar isso, porque não queria contar diretamente à imprensa. Poderiam ter utilizado isso como quisessem. Os meios de comunicação estão sempre buscando cliques e polêmicas. Talvez tivessem tratado o tema de uma maneira que não fosse respeitosa”, revela.

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A orientação da cantora se tornou pública no final de 2018, quando lançou o clipe ‘Não Perco Meu tempo’, onde aparece beijando 29 pessoas. Na entrevista, Anitta também contou que a família a apoia e que há muito respeito.

"Meus pais e meu irmão sabem desde que tenho 13 ou 14 anos. Todos vivem tranquilo, com normalidade. Tive muita sorte com minha família. Não é como se minha mãe adorasse isso, mas sempre me amou como sou e me respeita. Meu irmão não encarou tão bem na adolescência, porque às vezes eu roubava algumas de suas pretendentes ", brincou ela.

A cantora ainda falou sobre o governo atual do Brasil e a violência contra os LGBTs. “Meus amigos gays no Brasil têm medo do que pode acontecer, mas sabemos que somos muito fortes. As pessoas que votaram em Bolsonaro votaram pensando nas mudanças que poderia fazer na economia, na educação e na luta contra a violência. O problema existe quando vemos que temos um presidente com preconceitos. Também me preocupa muito o meio ambiente – que não se cuide das florestas amazônicas. Temos que cuidar do nosso mundo, seja gay, rico, pobre, religioso ou não", ressaltou.

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A atriz Bruna Linzmeyer falou a respeito da sua orientação sexual no programa ' Amor & Sexo', exibido na pela TV Globo na noite desta terça-feira (9). Bruna disse que não se limita a ser ‘lésbica, sapatão’ e afirmou que é uma pessoa livre.

Ao ser questionada pela apresentadora Fernanda Lima se considerava assumir, publicamente, sua orientação sexual como ato político, a atriz disse “Eu acho que é um ato político. Porque eu, como mulher e dentro da caixinha que assumo eventualmente como mulher lésbica, como mulher sapatão... eu não sou só isso. Eu sou uma pessoa livre e, às vezes, nem tão mulher, eu sou o que eu quiser. Mas usar a palavra lésbica, a palavra sapatão, soa muito mais como incômodo do que a palavra gay, que já está naturalizada. Eu acho que é isso, falar sobre as caixinhas e depois sumir com elas”.

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Bruna, que levanta a bandeira do feminismo nas redes sociais, namora com Priscila Visman. Em entrevista ao Purepeople, ela já havia afirmado: "Eu sempre segui meu coração. Eu me apaixono por uma pessoa. Um dia me apaixonei por uma pessoa e era uma mulher. Eu tive o coração aberto para saber de onde vinha o desejo".

Por Lídia Dias

A população de presos LGBT da Penitenciária Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), do Complexo do Curado, passou por uma formação sobre direitos e respeito a identidades de gênero na última segunda-feira (8). A ação é uma parceria da Secretaria Executiva de Direitos Humanos (SEDH) com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres).

A palestra foi ministrada por uma advogada e um assistente social do Centro Estadual de Combate à Homofobia (CECH). Durante a formação, foi abordado o conceito de cada letra da sigla LGBT e explicado sobre identidade de gênero, orientação sexual, sexo biológico, além de esclarecer dúvidas do público.

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"A equipe ensinou coisas que a gente não sabia, como o que é mulher trans e homem trans", avaliou um reeducando que se declara como Beijinho. A advogada do programa, Natalia Yumi, destacou que esses momentos são importantes para o empoderamento desta população. “É importante para que essas pessoas saibam seus direitos, além de conhecer o Centro Estadual de Combate à Homofobia, onde podem fazer denúncias, procurar ajuda e garantir seus direitos", disse.

CECH

CECH é um programa da Secretaria Executiva de Direitos Humanos (SEDH), órgão da Secretaria de Justiça e Direito Humanos (SJDH), que atua na garantia dos direitos e do respeito à livre orientação afetivo/sexual e identidades de gênero em Pernambuco. O Centro, que conta com equipe multidisciplinar formada por advogados, psicólogos, assistente social, presta assistência e acompanhamento psicossocial e jurídico. Outras informações podem ser obtidas através do telefone (81) 3182-7665 ou centrolgbtpe@gmail.com. O CECH está localizado na Rua Santo Elias, nº 535, Espinheiro – Recife, com atendimento das 8h às 17h.

Com informações da assessoria

Que Fernanda Gentil é uma das jornalistas mais bem humoradas e com um ótimo timing nos dias de hoje na televisão brasileira, isso não tem como negar. E a sua participação na Copa do Mundo da Rússia certamente está memorável. Na manhã desta quinta-feira, dia 5, ela fez mais uma brincadeira para ficar para a história.

Antes de sua entrada ao vivo no programa Mais Você, Ana maria Braga mostrava para o Louro José uma bolsa em homenagem ao Brasil. O fato curioso é que o modelo era de um sapatão. Por isso, Fernanda não deixou quieto e brincou logo que foi chamada:

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- Pega essa bolsa, fazendo todo mundo cair na gargalhada. A jornalista disse entender a indireta de Ana Maria - tudo no maior bom humor, é claro!

É claro que a internet não deixou o fato passar e já começaram os comentários sobre a fala de Gentil:

Gente, Fernanda Gentil sem dúvida é a melhor pessoa. Ri muito de você falando com a Ana Maria Braga. #pegaessabolsa, comentou um usuário, que teve como resposta da loira:

Hahahaaha quase não consegui concentrar de novo.

Até Fernanda Paes Leme entrou na história:

Hahahaha @Fernanda_Gentil maravilhosa no + você!

Ela é realmente muito rápida nas piadas, né?

Os policiais venezuelanos têm o direito de serem homossexuais, mas apenas se esconderem sua orientação sexual, declarou nesta quarta-feira o comissário para a Reforma Policial, Freddy Bernal, entrevistado pela rede de televisão privada Globovisión.

"Um homossexual pode ser funcionário policial, desde que não manifeste publicamente sua orientação sexual, porque imagine um oficial da polícia que queira usar uma camisa rosa, ou pintar os lábios", disse Bernal entrevistado pelo jornalista Vladimir Villegas.

O comissário, encarregado da modernização policial no país que tem a segunda maior taxa de homicídios do mundo, também falou sobre os aspirantes à polícia que tenham tatuagens, utilizem brincos e piercings ou se considerem hippies.

"Os que vão entrar nos corpos da polícia têm que ser jovens com idoneidade, com ética, com desprendimento, têm que ser garotos saudáveis (...) Um garoto com uma tatuagem não pode entrar na Polícia Nacional Bolivariana; um garoto com um brinco não pode entrar na PNB. Eu já disse isso. Podemos mandá-lo ao ministério da Cultura", disse Bernal.

"Como nós vamos formar oficiais de polícia com um brinco? E não tenho nada contra os que usam brincos! Ou como vamos formar oficiais da polícia... um hippie?", acrescentou o comissário.

Na polícia da Venezuela "pode haver alguma pessoa que seja gay e é direito de cada um sê-lo. Mas não pode manifestar isso publicamente porque vai contra a estrutura da formação do que deve ser um oficial de polícia", disse Bernal.

A Constituição venezuelana proíbe a discriminação de qualquer tipo, incluindo por orientação sexual, mas na vida cotidiana a sociedade mantém múltiplos tabus sobre a homossexualidade.

Na Venezuela, cujo governo se define como socialista, não há nenhum projeto legislativo em estado avançado de discussão sobre o casamento ou uniões civis entre homossexuais - como ocorre em outros países da América Latina - e ainda menos de adoção por parte de casais do mesmo sexo.

“Sempre fui muito humilhado na escola. Quando me assumi gay, passei a ser humilhado em casa também”. O relato é do estudante recifense Humberto*, de 27 anos, que há três se assumiu homossexual e não teve apoio dos pais. A situação ilustra bem a realidade de homens e mulheres que decidiram expressar sua opção sexual livremente. E Humberto não é apenas um na estatística. De acordo com levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), 53,5% dos moradores da capital pernambucana não aceitariam com naturalidade que um filho começasse um relacionamento com alguém do mesmo sexo.

Apesar do alto número de rejeição, quando os entrevistados foram questionados em relação a homofobia, 83,3% afirmou não ter nenhum tipo de preconceito. Para a psicóloga e sexóloga Sandra Medeiros, os indicadores são preocupantes. “É muito fácil aceitar o filho do vizinho, mas quando a situação ocorre em casa, a história é diferente. Em qualquer âmbito, seja ele profissional ou sexual, o apoio da família é extremamente importante para que o filho consiga se entender melhor”, complementa.

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Anteriormente citado nesta reportagem, Humberto, de 27 anos, explica que o apoio sobre sua opção sexual sempre veio da avó. “Demorei muito para entender minha sexualidade, minha avó me ajudou nisso. No fundo, ela sempre soube que eu era gay”, explica. No entanto, os pais do estudante foram de contramão a este pensamento.

“Acho que eles sempre souberam, mas nunca chegaram a conversar sobre isso. Homossexualidade na minha casa sempre foi tabu. A rejeição deles chegou a afetar minha vida profissional. Hoje, moro com uns amigos, mas sinto falta do afago da minha mãe. Às vezes ela me liga, mas sei que isso só acontece quando meu pai não está em casa”, lamenta.  

Diferentemente de Humberto, os pais da professora Ana Amélia Medeiros, de 32 anos, entenderam a opção sexual da filha. “Quando contei que tinha uma namorada, minha mãe levou um susto e demorou para entender. Para a minha surpresa, a reação dela foi melhor do que eu esperava”, diz. “No começo senti vergonha, mas depois entendi. Eu não iria fazer minha filha sofrer por escolher amar e ser amada por quem ela quisesse”, complementa Conceição Medeiros, mãe de Ana Amélia.  

Como tocar no assunto?

Para a psicóloga e sexóloga Sandra Medeiros, a aceitação geralmente leva tempo, já que o preconceito está presente em todos os meios sociais. “O preconceito vem do trabalho, da escola, da academia, de qualquer lugar. Ser gay, hoje, é um direito de qualquer ser humano, mas isso não quer dizer que é amplamente aceito”.

O conselho da profissional para os pais e filhos é conversar abertamente sobre o assunto. “Informação é a chave para um bom relacionamento. É preciso ler e conversar com outras pessoas para abrir a mente. Ninguém escolhe ser homossexual, as pessoas nascem homossexuais. Portanto, é preciso respeitar cada indivíduo”, pontua a especialista.

Já Ana Amélia, aconselha a busca por apoio na comunidade gay. “Ninguém precisa passar por isso sozinho. Ter amigos homossexuais facilita a troca de experiências. Antes de me assumir homossexual, procurei ajuda de uma tia, caso minha mãe não absorvesse bem a ideia. Se a reação dos pais for negativa, existem grupos de ajuda e em redes sociais para discussão do tema. O importante, acima de qualquer coisa, é lutar pelo direito de amar”, destaca. 

*Foi utilizado um nome fictício para preservar a identidade do entrevistado

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Com base na pesquisa encomendada pelo Portal LeiaJá ao Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), que fez uma análise sobre a relação entre a orientação sexual e a opinião do recifense, o programa Opinião Brasil fomenta o debate sobre o tema com dois representantes do movimento LGBT. Para falar sobre o assunto, o apresentador Thiago Graf recebe a fundadora do movimento Mães pela igualdade, Eleonora Pereira, representante do grupo nacional de mulheres que combatem a homofobia e defendem o direito dos filhos. O outro convidado é Ricardo Omena, Coordenador do Centro Municipal de Referência em Cidadania LGBT, entidade que promove uma assessoria jurídica, psicológica e de assistência social para o público.

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Uma das indagações da pesquisa foi sobre o fato de o entrevistado se considerar ou não homofóbico. Sobre isso, mais de 86% da amostra respondeu que não se considerava. Segundo Eleonora Pereira, um dos motivos que leva a este número é a falta de um conceito.

“A sociedade ainda não tem um conceito específico do que é homofobia. Então, a sociedade não se vê como homofóbica. Culturalmente, as piadas com o homossexual foram naturalizadas. Eu posso ser amiga de um homossexual, mas dentro da minha casa não. Eu não aceito, eu não respeito, eu isolo aquela pessoa, e a partir do momento em que você isola aquela pessoa, isso já é um ato homofóbico”, aponta Eleonora.

Ainda segundo os entrevistados, essa falta de conceituação termina tendo como consequência a falta de punição, uma vez que os crimes cometidos contra o público LGBT, mesmo com todos os indícios de ser um ato discriminatório, não recebe a devida punição.

“Existe toda uma luta diária nossa para que um dia vire realmente um crime homofóbico. Sentimos muita falta, porque há uma maquiagem nos crimes, que terminam não sendo considerados como atos de homofobia, mesmo você tendo todas as características”, opina Ricardo Omena.

A produção do Opinião Brasil também foi às ruas e conversou com a população sobre a temática. Confira todos os detalhes desta edição do programa no vídeo.

O Opinião Brasil é exibido toda segunda-feira no Portal LeiaJá.

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