Pesquisa feita com 312 empresários e executivos que participaram nesta segunda-feira da palestra do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, apontou que caiu a parcela dos que apontam uma situação atual "melhor" para os negócios. Na pesquisa, feita pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 36% estão otimistas. Mas, no levantamento anterior, feito em março, 49% tinham essa perspectiva.
Em novembro de 2010, esse porcentual chegou ao recorde, com 82% acreditando numa situação melhor dos negócios. A pesquisa Lide-FGV mostrou ainda que 49% dos empresários e executivos ouvidos entendem que a situação atual é "igual" para os negócios e que 15% veem um momento "pior".
##RECOMENDA##O porcentual de empresários e executivos que pretende empregar caiu de 48% no levantamento de março para 34% na pesquisa atual. Outros 51% dos entrevistados apontaram a expectativa de manter os empregos e 15% preveem demissões.
Por outro lado, 61% dos entrevistados esperam, ao final do ano, um aumento na receita neste ano em comparação com 2011, mas apenas 36% apontaram que esse aumento já ocorre neste momento. "Há um clima de pessimismo atual, mas uma perspectiva otimista para até o final do ano", disse o coordenador da pesquisa, Fernando Meirelles, da FGV.
Já o índice de clima empresarial ficou em 5,6 (de 0 a 10), ante 6,3 no levantamento anterior. O pico, de 7,5, foi registrado em novembro de 2010.
A carga tributária segue como principal fator inibidor de crescimento de acordo com os empresários e executivos, com 70% das respostas, seguida pela demanda em queda, com 18%.
Os empresários deram ainda nota 4,9 (também de 0 a 10) para a eficiência do governo federal, ante 4,5 em março. Para o governo estadual, a nota foi 5,9 ante 6,1 na pesquisa anterior. Já o governo municipal recebeu nota 4,2, ante 4,4 no levantamento de março.