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Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, criaram um aparelho especial que pode transcrever palavras que o usuário verbaliza internamente em seu cérebro. Chamado AlterEgo, o headset se prende na mandíbula e no rosto, onde os eletrodos captam sinais neuromusculares desencadeados quando alguém pensa algo.

Os sinais são enviados a um sistema de aprendizado de máquina que foi treinado para correlacionar sinais específicos com suas respectivas palavras associadas. O dispositivo também inclui fones de condução óssea, que transmitem vibrações através dos ossos da face até o ouvido interno.

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Como eles não obstruem o canal auditivo, os fones de ouvido permitem que o sistema transmita informações ao usuário sem interromper uma conversa com outra pessoa, por exemplo. Em um dos experimentos, os pesquisadores usaram o aparelho para receber silenciosamente respostas sobre o horário local.

Os pesquisadores testaram o dispositivo em um estudo envolvendo 10 participantes e descobriram que ele transcreveu vocalizações internas com uma precisão de 92%, em média. Os pesquisadores agora estão trabalhando na coleta de dados para possibilitar a expansão do vocabulário que o sistema pode compreender. O AlterEgo ainda está em fase de desenvolvimento e nada garante que ele seja lançado.

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Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram um peixe robótico que pode dar aos cientistas um vislumbre pessoal e próximo da vida marinha, sem muitos dos riscos tipicamente associados à observação do oceano. O equipamento, chamado SoFi, é tão parecido com um peixe real que os animais nem parecem perceber sua presença.

Como o MIT News descreve, o robô usa câmaras infláveis ​​em sua cauda que imitam o movimento da cauda de um peixe real. Este sistema flexível pode ser ajustado rapidamente para alterar a velocidade do equipamento e ajudar nas manobras.

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Toda a metade traseira do peixe é feita de borracha de silicone e plástico flexível, e várias partes são impressas em 3D, incluindo a cabeça, que contém todos os componentes eletrônicos. Para reduzir a possibilidade de vazamento de água no maquinário, a equipe encheu a cabeça dele com uma pequena quantidade de óleo para bebês.

Em seus testes, os pesquisadores dizem que a vida aquática não parece incomodada pelo robô, o que contrasta com muitos sistemas de câmeras subaquáticas que os cientistas usam para observação. Diminuir o estresse sobre os animais é de suma importância, segundo o MIT.

A equipe do MIT agora está trabalhando em várias melhorias no SoFi. Os pesquisadores planejam aumentar a velocidade do peixe robótico melhorando o sistema de bombeamento e aprimorando o design de seu corpo e cauda. Eles dizem que podem usar uma câmera para permitir que ele siga automaticamente os animais marinhos.

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A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) abre inscrições para seleção de 29 bolsistas. As inscrições seguem até quinta-feira (23). As bolsas são voltadas para estudantes de graduação, pesquisadores e profissionais de nível superior em diversas áreas.

Os interessados devem realizar a inscrição, exclusivamente, pela internet no site da Funceme.

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De acordo com o edital, os selecionados atuarão no apoio ao desenvolvimento de projetos da Funceme.

O valor da bolsa varia de acordo com o nível e experiência do candidato. Detalhes podem ser conferidos no endereço da inscrição.

Sobre o processo

O processo seletivo será dividido em duas etapas, avaliação curricular e prova escrita.

A bolsa terá vigência de 12 meses podendo ter até duas renovações.

Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos EUA, criaram uma pele eletrônica que pode ser completamente reciclada. A chamada e-skin também é capaz de se regenerar automaticamente se for cortada. O dispositivo é basicamente um filme fino equipado com sensores que podem medir pressão, temperatura, umidade e fluxo de ar.

A pele é feita de três compostos comercialmente disponíveis misturados em uma matriz e encadernados com nanopartículas de prata. Quando é cortada ao meio, ela consegue recriar as ligações entre os produtos químicos e se regenerar. Segundo os cientistas, a expectativa é que um dia a descoberta possa ser utilizada em próteses, robôs e tecidos inteligentes.

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A descoberta, porém, ainda não pode ser comercializada. Apesar de ser macia, ela não é tão elástica quanto a pele humana. Mesmo assim, os pesquisadores estão animados pois o material pode ser totalmente reciclado caso seja gravemente danificado.

Para fazer isso, os cientistas usam uma solução específica que dissolve a matriz da pele sintética em várias moléculas, permitindo que todos os materiais sejam reutilizados para criar outro pedaço. Segundo os pesquisadores, esse processo leva cerca de 30 minutos a 60 graus celcius ou 10 horas à temperatura ambiente.

O processo de cicatrização, porém, é mais ágil e leva de uma a meia hora em temperatura ambiente. Mas essa não é a primeira pele eletrônica criada. Uma feita na Europa permite aos usuários manipular objetos virtuais sem tocá-los, usando ímãs. Outra desenvolvida no Japão pode transformar uma camisa inteligente em um controle para videogames.

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Pesquisadores de segurança da Academia Naval dos EUA e da Universidade de Maryland publicaram recentemente um estudo que mostra como um xereta pode reproduzir facilmente o desbloqueio padrão do Android, aquele em que desenhamos uma sequência com os dedos na tela, com relativa facilidade. As informações são do site WIRED.

Em seus testes, os pesquisadores descobriram que os padrões de seis pontos do Android podem ser recriados por duas de cada três pessoas que observam um usuário desbloquear seu smartphone a cinco ou seis metros de distância.

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Por outro lado, recriar um PIN de seis dígitos usado na maioria dos iPhones se provou ser surpreendente difícil. Apenas um em cada dez observadores no estudo conseguiu reproduzi-lo depois de apenas um olhar.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores recrutaram 1.173 voluntários. Cada uma deles foi exposto a vídeos retratando pessoas desbloqueando seus celulares. Os participantes então precisaram reproduzir os padrões de bloqueio.Cerca de 64% das pessoas conseguiram o feito com sucesso após uma única olhada.

Para usuários de Android que se sentem apegados ao desbloqueio por padrão, o estudo encontrou um consolo. Desligar as linhas que rastreiam o caminho do seu dedo enquanto ele desliza pela tela ajuda significativamente a reduzir o potencial de espionagem.

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Estão abertas as inscrições para duas expedições marítimas do International Ocean Discovery Program (IODP) que pretendem realizar estudos perto do continente antártico. As informações sobre as oportunidades foram divulgadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); as candidaturas podem ser feitas até 15 de outubro pela internet.

Uma das expedições, a IODP 379 – Amundsen Sea West Antarctic Ice Sheet History, será realizada de 18 de janeiro a 20 de março de 2019, com o objetivo de pesquisar o Manto de Gelo da Antártida Ocidental. Já IODP 382 – Iceberg Alley Paleoceanography & South Falkland Slope Drift percorrerá trechos entre as Ilhas Malvinas e a Antártida, no período de 20 de março a 20 de maio.   

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“Candidatos devem ser pesquisadores em nível de doutorado, pós-doutorado ou pesquisador pleno (mais de 8 anos de título de doutor), de diversas especialidades de Biologia e Geologia. O selecionado contará com auxílio deslocamento para aquisição das passagens internacionais e auxílio para aquisição de seguro saúde. Durante sua permanência no navio JOIDES Resolution, as despesas de acomodação e alimentação serão custeadas pelo International Ocean Discovery Program (IODP). Candidaturas serão avaliadas pelo Comitê Científico do Programa no Brasil e, posteriormente, homologadas pelo próprio IODP”, informou a CAPES. 

Mais detalhes informativos sobre as pesquisas podem ser obtidos no site da Coordenação. Os interessados ainda podem acessar a página eletrônica das expedições

Os cientistas identificaram a parte do cérebro onde as "vozes" atormentam os pacientes que sofrem de esquizofrenia, e conseguiram silenciá-la parcialmente com um tratamento com pulsos magnéticos.

Segundo um estudo apresentado nesta terça-feira, mais de um terço dos pacientes tratados com pulsos magnéticos em um experimento clínico disseram sentir um alívio "significativo" das "vozes".

"Agora podemos dizer com alguma certeza que encontramos uma área anatômica específica do cérebro associada com as alucinações auditivas na esquizofrenia", declarou a equipe. "Em segundo lugar, mostramos que o tratamento de alta frequência TMS (Estimulação Magnética Transcraniana) faz diferença, pelo menos, para alguns pacientes".

No entanto, mais pesquisas precisam ser feitas para confirmar a utilidade da TMS como um tratamento no longo prazo. Os resultados dos testes, ainda não publicados em revistas científicas, foram apresentados em Paris em uma conferência do European College of Neuropsychopharmacology.

O experimento comparou 26 pacientes que sofrem de esquizofrenia e receberam o tratamento ativo TMS com 33 pacientes que receberam um tratamento placebo. O primeiro grupo recebeu uma série de pulsos magnéticos em duas sessões ao dia, por dois dias, no lobo temporal associado com a linguagem.

Duas semanas depois, os participantes avaliaram as "vozes" que costumavam ouvir. Cerca de 35% dos pacientes que experimentaram o tratamento TMS relataram uma melhora "significativa".

"Ouvir vozes" pode ser um dos sintomas mais perturbadores para os sofrem de esquizofrenia e para as pessoas próximas a eles. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a esquizofrenia afeta mais de 21 milhões de pessoas ao redor do mundo.

Trabalhadores da construção civil descobriram em Thornton, cidade do estado do Colorado, um raro fóssil de uma parte do esqueleto de um tricerátops, um dinossauro herbívoro de três chifres.

A descoberta ocorreu em 25 de agosto, detalhou um comunicado desta cidade, localizada nos arredores de Denver, no centro dos Estados Unidos. O encarregado do local acreditou que poderia se tratar de um fóssil e avisou ao Museu de História Natural de Denver. O curador, Joseph Sertich, foi rapidamente ao local.

O especialista determinou que eram esqueletos e um chifre de um tricerátops que viveu há 66 milhões de anos, período em que desapareceram os dinossauros. "É provavelmente um dos três crânios encontrados até agora nas montanhas rochosas", disse o paleontólogo em um vídeo postado no Facebook.

O curador destacou que esse fóssil de tricerátops é aproximadamente duas vezes menor do que os outros encontrados na Dakota do Norte e Dakota do Sul, assim como em Montana, onde foi descoberta a maior parte dos fósseis de dinossauros.

"Não sabemos a razão", reconheceu o cientista ao falar desta diferença de tamanho. "Esse fóssil de triceratops pode estar melhor preservado, o que se pode explicar porque estes dinossauros de chifres que se encontram em Denver são menores do que seus primos em outros lugares", disse Joseph Sertich.

A escavação continuará durante as próximas duas semanas para tentar recuperar a maior quantidade do esqueleto que for possível, acrescentou.

Carregar o celular tornou-se um hábito da sociedade moderna. Mas uma nova tecnologia pode permitir que você só precise fazer isso apenas uma vez a cada três meses. Cientistas das Universidades de Michigan e Cornell criaram um novo material que permite aos processadores de smartphones funcionar com a mesma potência usando 100 vezes menos energia.

O novo material magnetoelétrico multiferroico é formado por finas camadas de átomos que compõem um filme magneticamente polar. Este princípio pode ser usado para transmitir fluxos de energia nos quais nossos computadores operam, tudo com uma pequena fração de eletricidade.

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Atualmente, os processadores são construídos usando sistemas baseados em semicondutores que precisam de um fluxo constante de eletricidade. Mas os componentes construídos usando este novo sistema só precisam de pulsos curtos, usando muito menos energia.

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Os pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) descobriram uma planta que poderá ser usada contra o mosquito Aedes aegypti. Denominada "Aninga", a planta será utilizada para criar um larvicida, produto que destrói larvas, e um repelente.

A pesquisa começou há dez anos, após a constatação de ribeirinhos de que não havia mosquitos transmissores da malária nos locais onde era encontrada a Montrichardia linifera, nome científico da aninga.

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"Isso nos motivou a levar ao laboratório, estudar a composição química e fazer ensaios com a aninga. Vimos que, realmente, os extratos dessa planta inibiram o crescimento dos ovos do Plasmodium falciparum, que é o parasita causador da malária. Repetimos os testes e começamos a ter resultados positivos", relata uma das pesquisadoras, Cristine Bastos. 

De acordo com informações do Ministério da Saúde, em 2016, pelo menos 794 pessoas morreram no País em consequência de doenças transmitidas como dengue, zika e chikungunya.

O VI Colóquio Internacional de Estudos sobre Homens e Masculinidades foi aberto na manhã desta segunda-feira (3) no Recife e traz como tema "Masculinidades frente às dinâmicas de poder/resistência contemporâneas: pressupostos éticos, ideológicos e políticos das diversas vozes, práticas e intervenções no trabalho com homens e masculinidades”.

O evento, que já foi realizado duas vezes no México, Colômbia, Uruguai e Chile, conta com a presença de pesquisadores de 13 países debatendo o tema em grupos de trabalho, mesas redondas elançamento de livros, entre outras atividades até a quarta-feira (5).

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O colóquio é organizado pelo Grupo de Estudos sobre Masculinidades da Universidade Federal de Pernambuco (Gema/UFPE), IFF/Fiocruz, MenEngage Brasil, Instituto Papai e Instituto Promundo, com o objetivo de promover intercâmbio de experiências, estudos, pesquisas e diálogo sobre princípios e efeitos éticos, políticos e estéticos da produção de práticas e de conhecimentos. 

Confira a programação completa do evento.

Um estudo publicado pela revista Trends Neuroscience comprovou a eficácia no uso da maconha para auxiliar no tratamento de dependentes químicos de heroína. A pesquisa-piloto foi feita com humanos e animais. 

De acordo com informações de O Estado de S.Paulo, a neurocientista Yasmin Hurd, da Escola de Medicina Mount Sinai, explica que os canabinois - substância presenta na marijuana - atuam de forma a amenizar os efeitos devastadores dos opioides (substância da heroína).

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Ambas substâncias interferem na percepção de dor das pessoas, mas os canabinoides "têm uma margem maior de benefícios terapêuticos sem causar uma overdose", assegurou Hurd. 

Pesquisadores brasileiros acreditam que os elementos existentes na maconha possam ser utilizados, medicinalmente, para tratar a dependência de usuários de crack. 

Com informações de O Estado de S.Paulo

 

Uma boa noite de sono pode reforçar lembranças negativas no cérebro, disseram pesquisadores na terça-feira, dando credibilidade científica ao velho conselho de evitar ir para a cama com raiva.

Cair no sono enquanto a mente está concentrada em uma memória ruim recém-formada ajuda a gravá-la no cérebro, tornando mais difícil se livrar dela mais tarde, relatou uma equipe de pesquisadores da China e dos Estados Unidos em um artigo publicado na revista científica Nature Communications.

"Este estudo sugere que há certo mérito neste antigo conselho: 'Não vá para a cama com raiva'", disse à AFP Yunzhe Liu, coautor do estudo, que conduziu a pesquisa na Universidade Normal de Pequim. "Nós sugerimos que primeiro se resolva a briga, antes de ir dormir", acrescentou.

Liu e colegas testaram o impacto do sono na memória de 73 estudantes universitários. Os participantes, todos homens, foram treinados durante dois dias para associar imagens específicas com memórias negativas. Mais tarde, eles olhavam para as fotos novamente e eram instruídos a recordar as associações negativas, ou a lutar contra elas e não deixar a memória ficar na sua mente.

O teste foi feito duas vezes - uma vez depois de que os participantes tiveram uma noite de sono, e uma vez apenas meia hora depois de uma sessão de treinamento. Durante todo esse tempo, os cientistas examinaram a atividade cerebral dos participantes. Os participantes acharam muito mais difícil suprimir as memórias negativas depois de dormir, segundo a equipe.

E os exames revelaram que as lembranças provavelmente estavam sendo armazenadas em uma parte do cérebro com conexões de memória de longo prazo. Sabe-se que o sono afeta a forma como a informação recém-adquirida é armazenada e processada no cérebro, passando de redes de curto prazo para redes de longo prazo.

Memórias de eventos negativos ou traumáticos muitas vezes duram mais do que as lembranças positivas ou neutras, disseram os pesquisadores. Mas elas podem, até certo ponto, ser conscientemente controladas. A incapacidade de suprimir memórias ruins já foi associada a uma série de problemas psiquiátricos, incluindo depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Antes deste estudo, "não sabíamos se era melhor ou pior suprimir memórias (negativas) antes ou depois do sono", disse Liu. Uma melhor compreensão desses processos pode ajudar a aperfeiçoar o tratamento de condições como o TEPT.

"Por exemplo, a privação de sono imediatamente após experiências traumáticas pode impedir que memórias traumáticas se consolidem, e assim proporcionar a oportunidade de bloquear a formação de memórias traumáticas", escreveram os autores do estudo.

Uma nova espécie de dinossauro, maior do que o um cão, com uma crista na cabeça, penas e queixo saliente, foi identificada na China, de acordo com um estudo publicado na quinta-feira na revista Scientific Reports, do grupo Nature.

O estranho animal, batizado "Tongtianlong limosus", viveu no sul da China no final do período Cretáceo, pouco antes de um asteroide cair na Terra provocando a extinção desses animais pré-históricos. Com 70 cm de comprimento, incluindo a cauda, o "Tongtianlong" pertence à família Oviraptorosauria, terópodes próximos às aves que viveram na América do Norte e na Ásia.

Com um tamanho que varia entre o de um elefante e o de um peru, estes dinossauros com penas não tinham dentes e se alimentavam provavelmente de ovos, crustáceos, plantas ou avelãs. No total, mais de 35 espécies de Oviraptorosauria já foram registradas.

Os pesquisadores encontraram o fóssil da nova espécie em uma posição incomum: deitado de barriga para baixo com os braços estendidos para os lados do corpo, com o pescoço arqueado e a cabeça erguida.

Uma das hipóteses que explica essa posição é que o animal tenha morrido após ficar atolado na lama e lutar, sem sucesso, para sair. Daí o seu nome: "Tongtianlong limosus", que significa "dragão enlameado a caminho do céu".

Os restos fossilizados, bem preservados, foram encontrados por trabalhadores da construção em um canteiro de obras na cidade de Ganzhou, na província de Jiangxi, no sul da China, região onde outras cinco espécies de Oviraptorosauria foram descobertas nos últimos cinco anos.

Segundo a equipe de pesquisa, liderada por Junchang Lü, da Academia Chinesa de Ciências Geológicas, a descoberta do "Tongtianlong" mostra a grande diversidade de Oviraptorosauria na Ásia no final do Cretáceo (há 72 milhões de anos) e ajuda a construir uma imagem mais completa dos últimos dinossauros que povoaram o planeta.

Ação online a ser realizada pela empresa Editage no dia 28 de julho, às 15h, tem a missão de orientar autores para evitar comentários e feedbacks negativos por parte de revisores em manuscritos redigidos em inglês. A sessão se chamará “Evite erros de escrita que prejudicam a revisão de um artigo” e o público alvo é composto de pesquisadores que desejam entender o que os revisores normalmente esperam de um manuscrito em inglês. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia do evento através do site Bright Talk.

O conteúdo exposto será ministrado pela doutora Karin Hoch Fehlauer Ale - pesquisadora em nível pós-doutorado, tradutora e instrutora – e tem duração de 1 hora e 20 minutos. As apresentações são gravadas para que os pesquisadores possam assistir quantas vezes quiserem.

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Uma das maiores inseguranças dos autores é de que os seus artigos sejam rejeitados devido a qualidade do inglês. O seminário visa esclarecer quais problemas comuns na escrita são os mais óbvios aos editores e revisores, assim como a razão pelo qual ocorrem. O objetivo é minimizar essas ocorrências problemáticas através de exemplos práticos. 

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Para analisar o quadro atual das arboviroses no Brasil, a microcefalia em Pernambuco e o zika vírus como emergência mundial de saúde, estudiosos e pesquisadores se reúnem no Seminário Estadual de Vigilância e Resposta às Arboviroses e suas Complicações. O evento é promovido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), instituição vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS). O encontro será realizado no Hotel Mercure, em Boa Viagem, nesta segunda-feira (20) e terça-feira (21), a partir das 9h.

A reunião é direcionada para profissionais de vigilância em saúde e profissionais de saúde que atuam em serviços municipais e estaduais. A principal pauta do evento é o compartilhamento de experiência entre as diversas áreas, além de atualizações técnico científicas em relação a microcefalia e as arboviroses. Os gestores prometem apresentar durante o encontro algumas experiências bem sucedidas no combate às arboviroses e o Aedes aegypti.

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De acordo com a programação do evento, a mesa de abertura contará com a presença do secretário estadual de Saúde, Iran Costa; do secretário de Saúde do Recife, Jaílson Correia; da presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de Pernambuco (Cosems/PE), Gessyanne Paulino, além da consultora da Opas, Adriana Bacelar; e do diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.

Dados

No período de 1º de agosto de 2015 a 11 de junho de 2016, por meio da Plataforma CIEVS-PE, foram notificados à Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco 1.999 casos de microcefalia. Desses 1.159 foram descartados e 366 confirmados.

Já no período de 3 de janeiro a 11 de junho, Pernambuco notificou 80.711 casos de dengue (17.791 confirmados),  35.538 de chikungunya (8.144 confirmados) e 10.319 de zika (23 confirmações). 

Pesquisadores americanos anunciaram nesta quinta-feira (2) um projeto para criar um genoma humano sintético que poderá revolucionar a biotecnologia, mas que já provoca inquietação no plano ético.

A descrição do projeto - batizado "Human Genome Project–Write" ou "HGP-write" - foi publicada na revista Science e já provocou críticas de vários cientistas sobre sua ética e seu potencial para gerar crianças sem pais biológicos.

Alguns pesquisadores também criticaram o segredo em torno da reunião mantida por cientistas no mês passado, na faculdade de Medicina de Harvard, para discutir o projeto.

Segundo os 25 promotores do HGP-write, entre eles George Church, professor de genética da faculdade de Medicina de Harvard, e Jef Boeke, do centro médico Langone da Universidade de Nova York, a iniciativa deve permitir numerosos avanços médicos, abrindo a possibilidade de se fabricar material genético a baixo custo.

"As potenciais aplicações dos resultados do HGP-write são principalmente a possibilidade de se criar órgãos humanos para transplantes e produzir células resistentes a todos os vírus e cânceres", escreveram os pesquisadores.

Drew Endy, bioengenheiro da Universidade de Stanford (Califórnia), e a professora de religião Laurie Zoloth, da Northwestern University (Illinois), avaliaram nesta quinta-feira que as implicações éticas do projeto deveriam ter sido analisadas antes de sua apresentação.

"Antes de lançar um projeto com este, com implicações éticas e teológicas tão grandes, é preciso estabelecer questões fundamentais, começando por saber em quais circunstâncias deveríamos tornar realidade estas tecnologias", escreveram os dois catedráticos, citados pelo New York Times.

Cientistas conseguiram detectar, pela primeira vez, em um cometa a presença de dois ingredientes fundamentais para a vida: a glicina - um aminoácido - e o fósforo, segundo estudo de pesquisadores europeus, divulgado nesta sexta-feira.

O achado foi realizado no 67P/Churyumov-Gerasimenko (ou simplesmente 'Chury'), um cometa descoberto no fim dos anos 1960 por cientistas ucranianos, e que é investigado pela sonda europeia Rosetta. Ainda que tenha sido detectada a presença de mais de 140 moléculas orgânicas diferentes no espaço, é a primeira vez estes que são encontrados estes elementos, essenciais para o desenvolvimento do DNA e das membranas celulares.

Os resultados desta investigação, obtidos graças a Rosina, espectrômetro da sonda Rosetta, foram publicados na revista americana Science Advances. Traços de glicina, necessários para formar proteínas, já haviam sido encontrados nos restos da cauda do cometa Wild 2, que a Nasa conseguiu obter em 2004. Mas naquele momento, os cientistas não puderam descartar por completo a possibilidade de as amostras terem se contaminado de alguma maneira durante a análise feita na Terra.

O achado agora permite confirmar a existência de glicina e fósforo nos cometas. "Trata-se da primeira detecção com total certeza de glicina na atmosfera de um cometa", assinalou Kathrin Altwegg, da Universidade de Berna (Suíça), chefe do projeto Rosina e autora do trabalho.

É muito difícil detectar a glicina, pois ela passa do estado sólido ao gasoso abaixo dos 150 graus Celsius, o que significa que este aminoácido se decompõe na forma gasosa na fria superfície do cometa. Diferentemente de outros aminoácidos, a glicina é a única que pode se formar sem a necessidade da presença de água em estado líquido, assinalaram os cientistas. A origem do fósforo detectado na fina atmosfera do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko não foi determinada, acrescentou a investigação.

"Demonstrar que os cometas são reservatórios de materiais primitivos do sistema solar e que eles podem transportar esses ingredientes-chave para a vida na Terra é um dos principais objetivos da Rosetta", assinalou o cientista encarregado desta missão da Agência Espacial Europeia, Matt Taylor.

A geleira Totten, que derrete rapidamente no lado leste da Antártica, poderá elevar os oceanos em até dois metros e é possível que ultrapasse, em breve, um "ponto crítico" sem retorno - alertaram pesquisadores nesta quarta-feira (18).

Até agora, os cientistas se preocupavam, principalmente, com as plataformas de gelo da Groenlândia e do oeste da Antártica como perigosos gatilhos da elevação do nível dos oceanos. Esse novo estudo, que se segue a outro já feito pela mesma equipe, identificou uma terceira grande ameaça a centenas de milhões de pessoas que vivem em áreas costeiras ao redor do mundo.

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"Eu prevejo que, antes do final do século, as grandes cidades globais do nosso planeta perto do mar terão proteção contra o mar de 2 a 3 metros de altura a seu redor", afirmou o codiretor do Grantham Institute e do Departamento de Engenharia e Ciências da Terra na Imperial College London, Martin Siegert, autor sênior do estudo.

No último ano, Siegert e seus colegas revelaram que uma parte da geleira Totten está sendo erodida pela aquecida água do mar, que chega ao local após percorrer centenas de quilômetros.

Publicado na Nature, esse novo estudo usou dados de satélite para mapear contornos geológicos escondidos da região. Os especialistas encontraram evidências de que a Totten também derreteu em um outro período de aquecimento global natural há alguns milhões de anos - um possível teste para o que está acontecendo hoje.

"No Plioceno, as temperaturas eram 2ºC mais altas do que são agora, e os níveis de CO2 na atmosfera eram de 400 ppm (partes por milhão)", lembrou Siegert. Nesse período, os níveis do mar atingiram picos de mais de 20 metros de elevação, em relação aos dias atuais.

"Estamos em 400 ppm agora e, se não fizermos nada sobre a mudança climática, também vamos ter um aquecimento de mais 2ºC também", acrescentou. "Essas são questões que temos de resolver na nossa sociedade hoje", declarou Siegert por telefone, insistindo em que "elas são urgentes agora".

Um grupo de pesquisadores americanos criou um clone do zika vírus que poderia acelerar os estudos em andamento para lançar uma vacina e um antiviral, segundo um artigo publicado na segunda-feira (16) na revista científica americana Cell Host and Microbe.

Este avanço potencial pode também ajudar os virólogos a determinarem se as variedades atuais do zika registram mutações que lhes permitem propagar-se mais rapidamente e provocar sintomas mais severos.

"O novo clone do zika, que se soma à confecção de um modelo matemático das infecções transmitidas por mosquitos e de um modelo animal de pesquisa, representa um avanço importante para determinar porque este vírus é responsável por malformações graves como a microcefalia", afirma Pei-Yong Shi, professor de medicina da Universidade do Texas e um dos principais autores do trabalho.

"Este novo clone representa uma etapa crucial para produzir uma vacina e um antiviral contra o zika", acrescentou.

O Instituto Americano de Alergias e Doenças Infecciosas (NAID) iniciará um ensaio clínico de fase 1 em setembro com uma vacina experimental contra o zika para testar sua inocuidade.

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