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O presidente eleito, Lula (PT), vai ter direito a indicar dois ministros para compor o Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de 2023, primeiro ano do seu terceiro mandato no Palácio do Planalto. As vagas serão abertas com a aposentadoria da presidente da Corte, Rosa Weber, e de Ricardo Lewandowski.

Weber se aposenta em 2 de outubro e Lewandowski, em 11 de maio, datas que completam 75 anos, idade que a aposentadoria dos ministros é compulsória. 

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Atualmente o STF tem três ministros indicados por Lula: Dias Toffoli (2009), Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski (2006). Bolsonaro, por sua vez, indicou dois ministros: Nunes Marques (2020) e André Mendonça  (2021), com 50 e 49 anos, respectivamente.

O ex-presidente Lula (PT) disse, durante debate da TV Globo desta sexta-feira (28), que Bolsonaro não deu aumento no salário mínimo, apenas acompanhou a inflação. O petista informou, ainda, que aumentou o salário mínimo em 74% durante o seu governo. 

“O salário mínimo dele hoje é menor do que quando ele entrou. A verdade é que, durante o meu governo, eu aumentei o salário mínimo em 74%, e ele não aumentou, ele apenas concedeu a inflação. Alguns anos, menos do que a inflação. Agora, é muito fácil chegar perto das eleições e prometer”, afirmou Lula, ao questionar o motivo que o salário mínimo não aumentou. 

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Em resposta, Bolsonaro justificou o não-aumento pela pandemia da Covid-19 e reconheceu. “Nós concedemos reajuste ao salário mínimo no mínimo, igual à inflação. Agora, tivemos uma pandemia pela frente, uma crise mundial. Fizemos o possível”. 

O petista aproveitou para falar sobre o valor da merenda escolar concedida pelo atual presidente. “Esse homem governou durante quatro anos e não deu 1% de aumento do salário mínimo. Não deu um aumento para a merenda escolar, que hoje é de apenas 0,36 centavos, e isso o povo sabe. Sabe porque está sentindo na carne. O povo sabe que está passando fome, sabe que está desempregado. Não houve aumento nenhum, houve reposição inflacionária. E não houve aumento da merenda escolar”. 

Após o presidente Bolsonaro (PL) ter dito que “pintou um clima” com uma garota de 14 anos, a senadora Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições à Presidência da República, afirmou que “lugar de pedófilo é na cadeia”. 

“Mas eu quero dizer para Cláudia, que a Cláudia foi muito delicada quando ela disse que pintou um clima é crime. É mais do que isso: é pedofilia. Eu não tenho medo, já chamei o presidente de covarde. Não tenho medo de dizer que ele cometeu um crime”, apontou a senadora, durante ato político ao lado do ex-presidente Lula (PT), em Teófilo Otoni, Minas Gerais. 

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Tebet também fez questão de mencionar a intenção de Lula, se eleito, de revogar os 100 anos de sigilo para tudo o que Bolsonaro colocou. “Quando tirarem ele e a faixa dele, e o povo brasileiro vai tirar, nós veremos as rachadinhas, compra de mansões com dinheiro vivo. Queremos os escândalos de corrupção deste governo”, disse. 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o ex-presidente Lula (PT) de vagabundo nesta sexta-feira (7), no Twitter, após o ex-presidente publicar “o Bolsonaro anda nervoso, anda me xingando”. 

Na rede social, o petista anunciou que irá viajar o Brasil e visitar todos os Estados que vão ter segundo turno nas eleições e fazer debates. “Mas ele [Bolsonaro] precisa saber que quem quer ser um chefe de Estado não pode ficar nervoso”, publicou. 

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Em resposta, Bolsonaro atacou: “O que um chefe de Estado não pode fazer é roubar, seu vagabundo!”.

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Na pesquisa do Ipec divulgada nesta quarta-feira (5), encomendada pela Globo, o ex-presidente Lula (PT) aparece com 51% das intenções de votos no segundo turno, enquanto o presidente Bolsonaro (PL) aparece com 43%. A margem de erro é de dois percentuais para mais ou para menos. 

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De acordo com o levantamento, que não mensura o apoio de Simone Tebet (MDB) a Lula (PT), o petista tem 55% dos votos válidos, e Bolsonaro, 45%. O cálculo dos votos válidos é feito sem os brancos, nulos e indecisos - mesmo procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. 

Nos votos espontâneos, o qual os entrevistadores não apresentam o nome de nenhum dos candidatos, Lula aparece com 50% e Bolsonaro, com 40%.

Foram entrevistadas 2.000 pessoas entre segunda (3) e quarta-feira (5) em 129 municípios brasileiros para esta pesquisa. 

Nas simulações anteriores para um possível segundo turno, Lula tinha 52% das intenções de votos e Bolsonaro, 37%.

A ex-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB), declarou apoio à candidatura de Lula (PT) à Presidência, após almoço com o petista na tarde desta quarta-feira (5). Tebet criticou a condução do Brasil feita pelo presidente Bolsonaro (PL) que substituiu "o conceito de humanidade pelo desamor". Ela lembrou, ainda, que o Brasil voltou ao Mapa da Fome e ressaltou o orçamento secreto. 

"Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, especial nos últimos dias de campanha, quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, que é legítimo, mas sem apresentar as suas propostas reais para o Brasil, depositarei nele o meu voto. Reconheço seu compromisso com a democracia e Constituição, que desconheço no atual presidente. Repito: reconheço o seu compromisso com a democracia e Constituição, o que desconheço do atual presidente", declarou Tebet. 

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A senadora fez questão de destacar que o seu apoio não é por adesão, "é por um Brasil que sonho ser de todos". "É por um Brasil sem fome, sem miséria, com reformas estruturantes e que respeite a livre iniciativa. Meu apoio é por projetos que defendo e ideias que espero ver acolhidas dentre tantas que julgo importantes". 

Simone destacou cinco propostas, como: (1) Educação; (2) Saúde, zerar filas de exames, consultas e cirurgias atrasadas do SUS; (3) Resolver o problema do endividamento das famílias, especialmente para quem ganha até três salários mínimos; (4) Sancionar lei que iguale salários entre homens e mulheres que desempenham as mesmas funções; (5) Um ministério plural, com homens, mulheres, negros, pessoas com deficiência.

Com um páreo apertado à Presidência da República, Lula (PT) vai para o 2º turno com Bolsonaro (PL), com 47,85% e 43,70%respectivamente cada. As brasileiras e brasileiros devem saber quem será o presidente da República no dia 30 de outubro, no último domingo do mês. 

O cientista político e professor da UFPE, Arthur Leandro, falou que o ponto marcante desta eleição é que o atual mandatário se posiciona mal nas pesquisas e que pode vir a contestar o resultado da eleição. “Bolsonaro disse diversas vezes, baseado no feedback que ele tem dos atos de campanha e comícios, de que qualquer resultado diferente da sua vitória é um resultado fraudado. Ou seja, é um tipo de manifestação claramente populista, anti-institucional e que sinaliza com uma ignorância real ou intencional de desconhecimento de como a democracia opera. Neste sentido, temos uma eleição atípica, incomum”. 

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Questionado sobre a possibilidade de uma reviravolta do atual chefe do Executivo neste segundo turno, o especialista afirmou que a possibilidade é baixa, “considerando a série histórica de quem vai na frente no 1º turno tende a ganhar a eleição”. E, neste caso, Bolsonaro obteve 43,70%, e Lula 47,85%. “As estruturas de apoio já são forjadas no sentido de viabilizar a eleição de quem passou na frente, que tem mais poder político, mais capacidade de mobilização eleitoral. Se Bolsonaro não conseguiu, como a gente tem uma eleição muito polarizada, a tendência é que o resultado do 2º turno produza o resultado do 1º turno, porque não tem opção com estofo eleitoral de volume de votos entre esses primeiros candidatos”. 

De acordo com Arthur Leandro, a expectativa é que os votos de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) migrem para Lula e uma pequena parte para Bolsonaro. “A probabilidade de um 2º turno com Bolsonaro na frente é pequena e, consequentemente, a chance dele ganhar também é pequena quando comparada à chance de Lula ganhar”, complementou. 

O cientista político da UFAL, Ranulfo Paranhos, corroborou com a baixa probabilidade da reviravolta de Bolsonaro neste 2º turno. Para ele, isto só deve acontecer se tiver um fato novo muito significativo e com muito destaque. “Só se alguma coisa manchasse muito a imagem do ex-presidente Lula e que isso fosse revertido de forma positiva para Bolsonaro. Mas esse fato novo é uma coisa muito improvável de acontecer. Não é impossível, e teria que ser muito significativo”, explicou. 

Paranhos detalhou o fato matematicamente. “O presidente da República está com uma taxa de rejeição acima de 50 pontos percentuais, o que inviabiliza matematicamente a sua vitória eleitoral. Ou seja, a maioria dos eleitores que declaram voto e têm definido dizem não votar de jeito nenhum em Jair Bolsonaro em qualquer que seja o cenário do 2º turno. Inclusive, nas projeções com os nomes de Ciro Gomes, Simone Tebet e Lula, Bolsonaro perde para todos”, informou. 

Apoio de Ciro Gomes 

Nas eleições de 2018, Ciro Gomes (PDT) havia demonstrado apoio a Haddad no 2º turno e, mesmo tendo ido à Paris no meio da campanha, voltou para o pleito e disse ter votado “na democracia”, sem declarações explícitas ao petista. Neste ano, o pedetista vinha fazendo duros ataques a Lula e demonstrado maior pessoalidade com Bolsonaro. No entanto, para Ranulfo Paranhos, Ciro não deve demonstrar apoio ao atual presidente neste 2º turno. “Ele esticou a corda nessa reta final. Atacou muito mais o Lula porque entende que os seus eleitores votam mais no Lula do que no Bolsonaro, e que Lula está na frente. Os seus eleitores pertencem ao espectro da esquerda e ele tem a perspectiva de conquistar o voto”, disse. 

Um segundo ponto colocado pelo especialista é que os ataques ao petista fechou uma possível porta de negociação de diálogo. “De qualquer forma, é mais provável que Ciro libere a sua militância do que recomende voto em Bolsonaro. Temos que considerar em relação a ele que ele já declarou isso, que ele pertence ao jogo democrático da disputa política e ele não considera Bolsonaro como alguém dentro do jogo. Em 2018 ele não disse com todas as letras que apoiaria Haddad, e não dirá que apoiará Lula. É provável que ele faça corpo mole e libere a militância”, exemplificou Paranhos. 

 

No próximo domingo, 2 de outubro, 156 milhões de eleitores brasileiros deverão escolher, dentre vários cargos, quem será a presidenta ou o presidente do País para os próximos quatro anos a partir de 2023, entre os 11 postulantes que disputam a cadeira.

Vale ressaltar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proíbe o uso de celular dentro da cabine de votação. Para não esquecer quem vai votar, é indicado que o eleitor e a eleitora leve uma cola impressa para digitar os números dos seus candidatos na urna. 

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A reportagem do LeiaJá elencou os números de todos os presidenciáveis para ajudar os nossos leitores. 

Confira abaixo os candidatos por ordem numérica:

-Ciro Gomes (PDT) - 12

-Lula (PT) - 13

-Padre Kelmon (PTB) - 14

-Simone Tebet (MDB) - 15

-Vera (PSTU) - 16

-Sofia Manzano (PCB) - 21

-Jair Bolsonaro (PL) - 22

-Constituinte Eymael (DC) - 27

-Felipe D’Avila (Novo) - 30

-Soraya Thronicke (União Brasil) - 44

-Léo Péricles (UP) - 80

*Os números dos candidatos não mudarão, inclusive caso haja um possível 2º turno. 

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assumirá por quatro dias a Presidência da República em virtude de viagens internacionais de Jair Bolsonaro e do vice-presidente, Hamilton Morão. Terceiro na linha de sucessão presidencial, é a terceira vez que o congressista assume o cargo.

O presidente Jair Bolsonaro viaja neste sábado (17) para participar do funeral da rainha Elizabeth II, em Londres, no Reino Unido. A cerimônia será realizada na próxima segunda-feira (19).

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Já o vice-presidente, Hamilton Mourão, viaja para Lima, no Peru, neste sábado. Ele fica no país até o dia 20. O segundo na linha de sucessão, presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) vai para Nova York, nos Estados Unidos.

O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) responde pela Presidência do Senado neste período. De acordo com a legislação eleitoral, candidatos não podem assumir o posto de presidente da República nos seis meses anteriores ao pleito. Hamilton Mourão disputa uma vaga no Senado, pelo Rio Grande do Sul, e Arthur Lira tenta a reeleição ao cargo de deputado federal.

Líder nas pesquisas, o candidato pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, em reunião com aliados representantes da Frente Nacional de Defesa da SUAS (Sistema Único de Assistência Social) nesta terça-feira (6), em São Paulo, estar convencido de que estas eleições podem ser definidas no 1º turno. “Quem tem 5, 6, 7 ou 8 sonha em chegar a 40 ou a 30%  para ir para o 2º turno. Por que quem tem 45% não pode sonhar apenas com mais 5% e ganhar no 1º turno?”, questionou.

“Dizem que quando a gente sonha junto, a gente torna-se realidade. Então, estou convencido de que se a gente continuar trabalhando do jeito que estamos trabalhando, a gente pode definir as eleições no 1º turno”. 

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Na ocasião, Lula comentou que os apoiadores ficam chateados com os ataques da oposição, mas afirmou que “é normal”. “A gente tem que compreender que, primeiro, eles atacam Bolsonaro porque querem ganhar uns pontinhos do eleitor dele, e me atacam porque têm medo que a gente ganhe as eleições no 1º turno, e eles não querem isso. A gente não tem que ter vergonha de dizer que quer ganhar no 1º turno”, destacou. 

A nova pesquisa do Instituto MDA Pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue como o líder da corrida eleitoral ante as eleições presidenciais. No primeiro turno estimulado, o petista pontuou 42,3% (oscilou um ponto positivo desde o último levantamento) contra 34,1% do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Na nova rodada do levantamento, Bolsonaro cresceu dois pontos percentuais, dentro da margem de erro. Em terceiro lugar está Ciro Gomes (PDT), com 7,3%. Na sequência aparecem Simone Tebet (MDB), que acumula 2,1% das intenções de voto, Luiz Felipe D'Ávila (Novo), com 0,3%; e Roberto Jefferson (PTB) com 0,2%. Leo Péricles (UP) e Vera Lúcia (PSTU) têm 0,1% de intenções de voto cada. Brancos e nulos são 5% e indecisos, 7,8%. 

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Apesar de Pablo Marçal (PROS) ter escolhido retirar a candidatura para apoiar o ex-presidente Lula, ele foi considerado na pesquisa e pontuou 0,4%. Diferente da pesquisa CNT/MDA anterior, divulgada em maio, a atual não considerou os nomes de João Doria (PSDB), do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) e do deputado federal André Janones (Avante). 

Segundo turno 

Nas projeções para um eventual segundo turno, Lula manteve a liderança sobre todos os adversários. Contra Bolsonaro o petista tem 50,1% dos votos, e o atual presidente, 38,8%. Bolsonaro só teria vantagem no segundo turno, segundo a pesquisa, se disputasse contra Simone Tebet. O atual presidente teria 41,6% e Tebet, 35% das intenções de voto. 

O levantamento ouviu 2.002 pessoas, entre 25 e 28 de agosto. A margem de erro é de 2,2 p.p., e o nível de confiança é de 95%. O número do registro no Tribunal Superior Eleitoral é BR-00950/2022. 

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O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu na noite da segunda-feira (30) suspender uma página na internet que utilizava o nome de Ciro Gomes, candidato à Presidência da República, contra ele próprio.

Araújo atendeu a pedido do PDT, partido de Ciro, que pediu a derrubada do domínio ciro.tv, criado pouco depois de o próprio candidato ter lançado a página cirotv.com.br. A página anônima, porém, trazia a frase: “não vote em Ciro Gomes”.

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Entre outros argumentos, o partido escreveu que “o site registrado de forma similar ao do candidato gera desinformação, obsta o acesso correto às pautas do candidato, obstrui o debate proposto pelo site originário e, ainda, intenta lucro com a conduta dotada de má-fé”.

Além da mensagem contra Ciro Gomes, o domínio ciro.tv, que ainda estava no ar até a publicação da reportagem, promove enquete sobre quem vencerá a corrida presidencial, o que é vedado pela legislação eleitoral. O site anônimo ainda pede ajuda financeira via pix.

Ao determinar a suspensão do domínio, o ministro Raul Araújo escreveu estar claro que o objetivo do site anônimo é somente promover propaganda eleitoral negativa. Ele ressaltou que a utilização de páginas na Internet para propaganda eleitoral está restrita somente aos candidatos e partidos.

“A utilização de página anônima na Internet para promover propaganda eleitoral negativa, sem qualquer relação com partido, coligação ou candidato e candidata, caracteriza manifesta ilegalidade, exigindo-se a imediata suspensão do acesso”, escreveu o ministro.

Araújo deu 24 horas para que a Hostinger Brasil Hospedagem de Sites Ltda. tire o domínio ciro.tv do ar. O ministro também pede que a empresa forneça os dados de cadastro do responsável pelo site anônimo.

As Eleições 2022 registraram um recorde para a corrida presidencial: foram quatro candidaturas femininas formalizadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As presidenciáveis são novatas e veteranas, do centrão, esquerda e direita. A única vez que o pleito feminino obteve esse destaque foi em 2014, quando as candidatas eram Dilma Rousseff (PT), Luciana Genro (PSOL) e Marina Silva (Rede).  

As candidatas deste ano são as senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), além da cientista social e sindicalista Vera Lúcia (PSTU); e da professora e economista Sofia Manzano (PCB). Conheça o perfil de cada uma. 

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Simone Tebet (MDB) 

Com o desempenho mais bem avaliado no primeiro debate presidencial, ocorrido em 28 de agosto, na Band, a senadora Simone Tebet, do MDB-MS, é a candidata à Presidência da República que melhor tem pontuado nas pesquisas de simulação. Na pesquisa do Instituto FSB, contratada pelo Banco BTG Pactual e divulgada nessa segunda-feira (29), ela surge em quarto lugar com 4% das intenções de voto, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 43%; Jair Bolsonaro (PL), com 36%; e de Ciro Gomes (PDT), com 9%. 

Tebet, que foi destaque em 2021 pelo seu trabalho na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, ao lado da senadora Eliziane Gama (Cidadania-AM), também foi a primeira líder da bancada feminina do Senado Federal. Da ala progressista, está mais alinhada ao Centrão do que à esquerda, mas teve o último mandato marcado por um intenso trabalho de oposição ao presidente Jair Bolsonaro. 

Com pontuação próxima a de Ciro Gomes, a candidata deve seguir com os discursos firmes, na tentativa de conquistar mais do eleitorado do Centrão, que também é parte do eleitorado do candidato do PDT; assim como deve tentar conquistar mais do eleitorado de esquerda, uma vez que tem investido na argumentação de “alternativas à polarização”.  

No histórico de Tebet, há o voto favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que a parlamentar considerou ser “o resultado normal de uma democracia forte e consolidada”. Fazendeira e ruralista, também já votou a favor da PEC 71/2011, que prevê a indenização de ruralistas em terras indígenas, apesar de recentemente ter se posicionado a favor da demarcação. Ambos os posicionamentos podem atrapalhar a proximidade com o eleitorado que hoje é de Lula e de candidatos menores da esquerda. 

Simone Tebet tem 52 anos, é mãe, advogada, professora e senadora pelo estado do Mato Grosso do Sul.  Em 2002, elegeu-se deputada estadual pelo seu estado e em 2004 foi a primeira mulher eleita prefeita de Três Lagoas. Em 2008, finalizou a votação reeleita prefeita, com 76% dos votos válidos. Agora candidata à Presidência, já divulgou algumas das propostas no seu plano de governo. Sua vice é a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP). 

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Vera Lúcia Salgado (PSTU) 

A pernambucana Vera Lúcia, candidata do PSTU, é a segunda mulher candidata à Presidência a pontuar nas pesquisas de intenção de voto. Na pesquisa FSB/BTG Pactual, ela surgiu com 1%. Em 2018, também foi candidata à presidência da República, obtendo 55.762 votos, ou 0,05% dos votos válidos. À época, sua chapa era completamente composta por pessoas negras. Este ano, sua vice será a indígena Kunã Yporã, de 39 anos. Yporã é da etnia Tremembé e vem do estado do Maranhão.   

Vera participou, como candidata, de 10 eleições gerais ou municipais desde 1998, quando foi candidata a vice-governadora de Sergipe. Ela já pleiteou os cargos de prefeita de Aracaju, governadora de Sergipe, deputada federal e, mais recentemente, presidente da República, em 2018. Apesar das tentativas, nunca conseguiu se eleger para um cargo público. 

Nascida no povoado de Cercadinho, em Inajá, Pernambuco, Vera foi datilógrafa, faxineira e garçonete. A pré-candidata também trabalhou em uma fábrica de calçados, onde se tornou sindicalista. A partir do sindicalismo, a militante filiou-se aon Partido dos Trabalhadores. Em 1992, porém, ela e seu grupo romperam com o partido. Depois, fundaram o PSTU. A candidata tem 54 anos e é cientista social. 

A candidata do PSTU promete apresentar “um programa socialista para o Brasil, sem conchavos com a burguesia”. Seu material de pré-campanha afirma que ela é uma “alternativa socialista e revolucionária” para o país. Apesar de socialista, defende o armamento da população, para “assegurar a autodefesa armada nos bairros, dos movimentos sociais, sindicatos, ativistas que lutam em defesa da natureza, indígenas e da juventude”. 

Soraya Thronicke (União Brasil) 

Com carreira política nascida em um dos ascendentes braços da direita brasileira, Soraya Thronicke tenta um assento no Palácio do Planalto pela primeira vez, como candidata do União Brasil (fusão do PSL com o DEM). A candidata tem sido chamada nas redes sociais de “Juma Marruá”, em alusão à personagem mística da novela Pantanal. 

O apelido pegou após suas declarações no debate presidencial na Band, quando disse que tem mulher “que vira onça” em seu estado, Mato Grosso do Sul. Suas falas também chamaram atenção pelo confronto direto com Jair Bolsonaro. 

Em 2018, porém, Soraya se elegeu senadora com apoio de Bolsonaro. Na verdade, seu slogan de campanha era “A senadora de Bolsonaro”, o que virou tema de discussão entre ela e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que entregou à ex-aliada a alcunha de “traidora”. Apesar da oposição, Thronicke defendeu, em sua última campanha, o porte de armas e a criminalização do aborto, e até o momento não fez declarações que confirmem a permanência do posicionamento para o novo pleito. 

Advogada e empresária, a senadora de 49 anos é dona de uma rede de motéis em seu estado e tem falas alinhadas ao interesse dos empresários, especialmente os do agronegócio. Seu patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) este ano foi de R$ 783 mil. O vice de Soraya é o economista e ex-secretário da Receita Marcos Cintra. A candidata não tem pontuado nas pesquisas. 

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Sofia Manzano (PCB) 

A paulista Sofia Manzano é a candidata de retorno do Partido Comunista Brasileiro à Presidência em 2022, após o partido não ter tido candidatura presidencial no pleito de 2018. Nas eleições de 2014, Manzano também foi candidata a vice na chapa pura com Mauro Iasi (PCB). Atualmente titular da própria chapa, tem como vice o pecebista Antônio Alves. O PCB define o programa da pré-candidata como “anticapitalista” e “anti-imperialista”. 

Apesar de também não ter pontuado nas pesquisas recentes e ter ficado de fora do primeiro debate presidencial televisivo, ela deve somar, junto às demais candidatas, à oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Em seu site, o PCB define o governo federal como “a expressão concentrada dos interesses dos banqueiros, dos grandes monopólios industriais, financeiros, comerciais e de serviços, do agronegócio e do imperialismo”. 

A carreira política da candidata começou durante o período de redemocratização do Brasil. Ela se filiou ao Partido Comunista em 1989, ainda aos 17 anos. Nos anos 1990, presidiu a União da Juventude Comunista (UJC), além de atuar no movimento estudantil na PUC-SP. 

Sofia tem 51 anos, é formada em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, mestra em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP). 

 

No 1º turno destas eleições, o ex-presidente Lula (PT) aparece novamente à frente de Bolsonaro (PL) na pesquisa do DataFolha divulgada nesta quinta-feira (18), com 47% e 32% respectivamente. Em seguida, aparece Ciro Gomes (PDT), que não conseguiu alcançar uma dezena, com 7% das intenções de voto. A diferença entre os que  lideram a pesquisa é de 15 pontos percentuais. 

O levantamento foi feito de terça (16) a quinta (18), e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O Datafolha ouviu 5.744 eleitores em 281 municípios. 

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Segundo turno

Lula também venceria Bolsonaro no 2º turno, com 54% dos votos válidos neste cenário, enquanto o atual presidente da República aparece com 37%, de acordo com a pesquisa Datafolha. 

 

 Lula é preferência no Nordeste

O petista aparece como preferência entre a população nordestina, que abriga 27% dos brasileiros, com o placar de 65% a 25% (entre Bolsonaro). A menor diferença é nas regiões do Sudeste (52% a 37%) e Sul (47% a 45%). No entanto, Bolsonaro aparece à frente em duas regiões: Centro-Oeste (48% a 46%) e no Norte (48% a 47%).

A renda das famílias também interfere no desempenho dos presidenciáveis. Lula, por exemplo, aparece com 64% entre as famílias que têm rendimento mensal de até dois salários mínimos, e Bolsonaro, 27%. Entre os mais ricos, com ganhos acima de 10 salários, os valores são mais próximos (49% pró-Lula e 47% pró-Bolsonaro).

Nos grupos intermediários, no entanto, o petista aparece numericamente atrás de Bolsonaro. Entre dois a cinco salários por renda mensal, Bolsonaro tem 47% e Lula 45%. Entre cinco e 10 salários, o percentual é de 52% e 38%, respectivamente.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu sete pedidos de registros de candidaturas à presidência da República. Os pedidos estão sendo protocolados desde a semana passada, após a aprovação dos nomes dos candidatos nas convenções partidárias. 

 A formalidade é necessária para que a Justiça Eleitoral possa verificar se os candidatos têm alguma restrição legal e não podem concorrer às eleições de outubro. 

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 Os dois primeiros registros foram dos candidatos Pablo Marçal (Pros) e Sofia Manzano (PCB). Marçal indicou como vice Fátima Pérola Neggra (Pros). A chapa de Sofia terá Antonio Alves (PCB) como vice. 

 Em seguida, foi registrada a candidatura de Felipe D’Ávila (Novo) à Presidência da República. Como vice, foi registrado o nome de Tiago Mitraud (Novo). 

Léo Péricles, do União Popular (UP), também solicitou registro no TSE. A chapa é composta pela candidata à vice, Samara Martins, do mesmo partido. Péricles, de 40 anos, técnico de mecânica, terá como vice Samara Martins, odontóloga de 34 anos. Ambos nasceram em Belo Horizonte (MG). O candidato declarou R$197,31 de patrimônio, provenientes de caderneta de poupança. Já Samara Martins declarou um total de R$3.364,55 em bens provenientes de valores em  poupança e conta corrente. 

No sábado (6), foi registrada a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A chapa é composta pelo candidato à vice, Geraldo Alckmin (PSB). 

 O TSE também recebeu o pedido de registro de candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS). A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) é a candidata à vice-presidência. 

O último pedido foi protocolado pelo PSTU, que indicou Vera Lúcia para candidata à presidência. A candidata à vice-presidência é a indígena Raquel Tremembé (PSTU).   

Oficialmente, a campanha eleitoral, quando os candidatos podem efetivamente pedir votos e divulgar seus números, começa no dia 16 de agosto. Os registros de candidatura devem ser feitos até 15 de agosto. 

Para os cargos de deputado estadual, federal, distrital, senador e governador, o registro é realizado nos tribunais regionais eleitorais.

Após aceitar conversar com o ex-presidente Lula, o deputado federal André Janones (Avante) contou, nesta sexta-feira (28), que pode retirar a candidatura a presidente para apoiar o petista no primeiro turno. 

Ao Estado de S.Paulo, Janones afirmou que se não tivesse interessado em apoiar Lula, “não iria conversar”. “Tenho total consciência do meu tamanho do ponto de vista eleitoral, que é micro: um ou dois pontos (nas pesquisas). Mas ao mesmo tempo tenho noção do simbolismo da minha candidatura nessa eleição”, disse. 

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Para Janones, a negociação será dura “mas no sentido do ex-presidente encampar as minhas propostas. Se eu tiver que abdicar da candidatura, vou exigir muito”, detalhou. 

“Democracia é sinônimo de diálogo. Vou usar as palavras de JK: não tenho compromisso com o erro. Volto atrás das minhas decisões quantas vezes forem necessárias. Nenhum dos candidatos me procurou para um diálogo para discutir propostas, exceto o ex-presidente Lula. Vejo esse encontro como um momento de celebração da democracia”, afirmou. 

 

O ex-governador Ciro Gomes (PDT), candidato à presidência da República, declarou que não irá concorrer novamente ao assento de chefe do Planalto caso perca nas eleições presidenciais em outubro deste ano. Segundo o presidenciável, será hora de “colocar a viola no saco”, pois houve um desgaste da sua imagem política, após quatro tentativas de chegar ao Executivo nacional. A declaração foi feita durante discurso na Universidade de Brasília (UnB), nesta sexta-feira (29). 

"Nós temos que colocar em perspectiva que o Brasil precisa discutir finalmente, de forma inadiável, o modelo econômico. Esta é a razão pela qual eu, pela quarta vez, tento ser presidente do Brasil. Claro que desta vez chega. Porque, se eu não ganho agora, vou botar a viola no saco porque eu virei o bico falante, o chato, o destemperado", declarou Ciro Gomes. 

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Ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda, Gomes disputa a Presidência pela quarta vez (também concorreu em 1998, 2002 e 2018) e nunca chegou ao segundo turno. 

Ainda no mesmo evento, a 74ª reunião anual organizada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC), o candidato também falou sobre educação e investimentos na ciência. Ciro afirmou que acredita na "centralidade da universidade para mudar a realidade trágica de hoje" e prometeu que faria um governo em que "se tem um centavo, ele vai ser aplicado em educação". 

Ciro Gomes ressaltou ainda os trabalhos pedagógicos realizados no Ceará, estado que governou entre 1991 e 1994. "Temos hoje 82 das 100 melhores escolas básicas do Brasil no Ceará, um dos estados mais pobres do país. [...] Cada escola tem um projeto pedagógico com metas objetivas e avaliação individualizada aluno por aluno", afirmou. 

É possível assistir ao discurso completo no Instagram do pedetista: 

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Nesta quarta-feira (27), o ex-presidente Lula (PT) afirmou que, se eleito, pretende retomar programas sociais que criou no seu governo e que foram substituídos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele prometeu manter os R$ 600 pagos atualmente no Auxílio Brasil, mas retomando o Bolsa Família. 

No entanto, o petista afirma que deve rever os critérios colocados para as famílias brasileiras para receber o valor completo. "Tem que levar em conta número de pessoas por família, não pode ser igual para todo mundo", disse o ex-presidente em entrevista ao UOL.

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Além do programa de transferência de renda, Lula assegura que deve retornar com o Minha Casa Minha Vida e com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Inclusive, o petista aponta que - num possível governo -, quer que o Brasil cresça "40 anos em 4". Para isso, a sua vontade é de reunir todos os governadores do Brasil e fazer um levantamento de três principais obras em cada Estado. 

"Não tem muito tempo. São quatro anos que a gente pretende fazer aquilo que Juscelino [kubitschek] fez 50 em 5, vamos tentar fazer 40 em 4, porque o Brasil precisa de muita urgência para recuperar o seu emprego e a qualidade de vida do povo", destacou.

Recriação dos Ministérios

O ex-presidente Lula salientou que, em um eventual novo governo, pretende recriar os ministérios da Cultura, Igualdade Social, Direitos Humanos, Pesca e Planejamento.

Um novo Ministério das Causas Indígenas, comandado por um índio, também foi prometido pelo ex-metalúrgico. "Vamos criar os ministérios que for necessário criar. É uma bobagem a gente imaginar que ministério custa muito, mas se a gente for ver, as agências reguladoras custam mais", pontuou.

Após três anos fora do Brasil, o ex-deputado federal Jean Wyllys sinalizou, em entrevista à revista Carta Capital, que poderá retornar ao Brasil, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição de outubro deste ano. Antes psolista, mas atualmente filiado ao Partido dos Trabalhadores, o ex-parlamentar abriu mão do seu terceiro mandato como deputado federal, para se exilar em Barcelona, na Espanha, após uma série de ameaças de morte por parte de opositores da extrema-direita. 

“O Lula vencendo, eu volto porque eu vou fazer parte da reconstrução. O Lula vai precisar de muitos braços, inclusive no Parlamento. Eu espero que sejam eleitos muitas deputadas e muitos deputados de esquerda, centro-esquerda e da direita civilizada. Então, pelo amor de Deus, figuras do naipe de Arthur Lira não podem ser reeleitas, sobretudo depois do papel que ele desempenhou nessa ruína. O Lula vai precisar de pessoas como eu e de gente que está disposta a reconstruir o País, cada um no seu papel”, revelou em entrevista. 

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Diferente de diversas figuras da esquerda, Wyllys acredita que, diante de uma derrota, o presidente Jair Bolsonaro (PT) não terá força suficiente para dar um golpe. Para ele, internacionalmente, não há ambiente para uma ruptura democrática no Brasil. “Eles podem até fazer porque são estúpidos, mas não vai durar muito tempo”, declarou. 

“Eu não diria que ele não tem força porque uma parte das Forças Armadas está com ele. Ele conta também com as milícias. Os generais palacianos estão todos com ele por dois motivos e, não por acaso, muitos são candidatos. Tanto eles quanto o Bolsonaro estão medo de serem responsabilizados pelos crimes que cometeram ao longo desses quatro anos. Os sigilos impostos têm uma função de blindar esses sujeitos que sabem que cometeram crimes”, disse o petista. 

E acrescentou, ainda no assunto: “Internacionalmente não há ambiente para esse golpe. O país que poderia apoiar o golpe, os Estados Unidos, não tem interesse. A América Latina também não apoia, principalmente depois da eleição do [Gabriel] Boric [no Chile], de [Gustavo] Petro [na Colômbia] e do Alberto Fernandes na Argentina. A União Europeia muito menos. O Brasil é um continente que abriga a maior floresta tropical do planeta. O destino do clima no mundo depende do Brasil. Para nossa sorte, os olhos do mundo estão voltados para o Brasil”. 

No entanto, mesmo com o País de volta à normalidade com o revés do atual presidente, Wyllys pontua que o bolsonarismo continuará vivo na sociedade brasileira. “Como diz o Umberto Eco, esse fascismo é eterno”. 

“O fato das estruturas públicas saírem das mãos dessa quadrilha e irem para as mãos de pessoas comprometidas com a diversidade política e cultural já permite que a gente vá reconstruindo sobre a ruína, entre outras coisas, o cordão sanitário em torno do bolsonarismo. Mas ele não vai desaparecer”, concluiu. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou, nesta sexta-feira (1º), que poderá não disputar a reeleição em 2026, caso seja eleito nas eleições de outubro deste ano. Lula, que tem 76 anos, tem sido apresentado como líder nas pesquisas de intenção de voto desde que as simulações começaram a ser realizadas. A informação teria sido sugerida em entrevista à rádio Metrópole, da Bahia, apesar do petista não ter sido questionado sobre o tema. 

De acordo com a última rodada da pesquisa BTG/FSB sobre a corrida ao Palácio do Planalto este ano, divulgada no último dia 27, Lula segue à frente da disputa com 43% das intenções de voto, contra 33% do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em comparação à rodada anterior, realizada em 13 de junho, Lula oscilou negativamente um ponto percentual, dentro da margem de erro, enquanto Bolsonaro variou um ponto positivo.  

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Apesar das previsões apontarem para uma estabilidade da campanha do ex-presidente, o possível mandato pode acabar sendo mais curto do que as ações planejadas e divulgadas parcialmente até o momento. Durante a entrevista, Lula disse que é preciso formar novos quadros políticos para as próximas eleições a presidente. Depois, afirmou que tem apenas quatro anos para deixar o país "tinindo". 

"Daqui a quatro anos a gente vai ter gente nova disputando as eleições. Quero deixar o país preparado", disse. "Não vou ser o presidente da República que está pensando na sua reeleição. Vou ser o presidente que vou estar pensando em governar este país por quatro anos. E deixar ele tinindo, tinindo". 

Mais à frente, na mesma entrevista, repetiu: "Só tenho quatro anos, só tenho quatro anos". Em seguida, em outro momento, de novo sem ser questionado, falou em entregar o mandato em 2026 para uma outra pessoa o cargo de presidente. "Sonho todo dia. Quando chegar 31 de dezembro de 2026, que a gente for entregar esse mandato para outra pessoa, esse país estará bem", afirmou o petista. 

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