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Trocas de acusações marcaram o último debate entre os presidenciáveis, iniciado no final da noite desta quinta-feira (2). Alvo das principais críticas, a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) precisou, em vários momentos, evitar desgastes quando os aspectos negativos de sua gestão foram destacados pelos demais candidatos. Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) também precisaram contornar acusações. 

Logo no primeiro bloco, Luciana Genro (PSOL) disse que nem Dilma nem Aécio tinham “moral” para falar de combate à corrupção, já que os dois partidos estão envolvidos em escândalos de pagamento de propina. 

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Em seguida, o tucano sustentou que Marina Silva continuou no PT mesmo quando as denúncias do mensalão na Câmara dos Deputados foram sendo confirmadas. Para ele, isso não reflete a “nova política” que ela propõe no programa de governo. Marina se defendeu: “A nova política estava na postura de quem, mesmo estando em um partido político, nunca se rendeu àquilo que é ilícito e ilegal, como é o caso do mensalão. A gente pode estar dentro de um partido e não compactuar com os erros que são cometidos”.

Já no terceiro bloco, Luciana Genro disse que Aécio e Dilma pareciam “o sujo falando do mal lavado”, quando trocam críticas sobre privatização e conivência com a corrupção. “Tu tinhas que ter vergonha de falar sobre a corrupção do PT, porque o mensalão mineiro foi a origem do mensalão”, disparou. O candidato do PSDB rebateu ao dizer que a presidenciável estava no debate “para fazer um espetáculo sem a menor conexão com a realidade”, para logo em seguida defender a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando várias concessões foram realizadas.

Em seguida, Luciana voltou a acusar o ex-governador de Minas Gerais de construir um aeroporto público para beneficiar a própria família. “Tu é tão fanático pelas privatizações e corrupção que chegou ao ponto de fazer um aeroporto com dinheiro público e entregar a chave para o teu tio. E isso tu ainda não explicou devidamente para o povo brasileiro”, frisou. Antes de fazer a própria defesa, Aécio sustentou que Luciana não deveria “ofender os outros sem conhecer o que está falando”. “Acusações levianas nas vésperas da eleição não servem a um debate deste nível. Lamentavelmente, você não está preparada para disputar a Presidência da República”, disparou.

Dilma e Marina também protagonizaram trocas de farpas, mesmo após o encerramento do tempo previsto para o embate. Marina acusou Dilma de não ter cumprido as promessas feitas na campanha de 2010 e a criticou por não apresentar um programa de governo no pleito atual. Dilma se defendeu: "Eu cumpri todos os meus compromissos". Em seguida ela questionou a capacidade da socialista. "Quem pode achar que farão melhor se nunca construíram um programa social, como o PT".

O debate realizado pela TV Globo foi o último desse primeiro turno, já que a Justiça Eleitoral estabeleceu a quinta como o prazo final para a realização dos embates entre os candidatos.

Pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo divulgada nesta terça-feira, 30, pelo portal G1, mostra que Aécio Neves (PSDB) manteve o porcentual da pesquisa anterior, divulgado no último dia 23, e a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, cresceu no reduto do tucano, Minas Gerais. A petista oscilou de 32% para 36%, enquanto Aécio seguiu com 31% e Marina Silva (PSB) segue tendência de queda, oscilando de 20% para 17%.

Luciana Genro (PSOL) e Pastor Everaldo (PSC), tiveram 1%, cada. Eduardo Jorge (PV), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi(PCB), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) não atingiram individualmente 1%, mas juntos somam 1%. Votos em branco e nulos passaram de 6% para 7%, e "não sabem" ou "não responderam" mantiveram em 6%. Na pesquisa anterior, Luciana Genro e Pastor Everaldo tinham 1% cada. Os demais candidatos não atingiam individualmente 1%, mas juntos somavam 1%.

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O Ibope/Estadão/TV Globo ouviu 2.002 eleitores entre os dias 27 e 29 de setembro em 115 municípios. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sob o número 00164/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00900/2014. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Pesquisa MDA divulgada nesta segunda-feira, o mostra que a presidente Dilma Rousseff ampliou a vantagem que tinha em relação a Marina Silva no primeiro turno da corrida ao Palácio do Planalto. Dilma subiu de 36% para 40,4% das intenções de voto. Marina oscilou de 27,4% a 25,2%, no limite da margem de erro na comparação para a sondagem divulgada no dia 23 de setembro. O candidato do PSDB, Aécio Neves, oscilou de 17,6% para 19,8%, também no limite da margem de erro (2,2 pontos porcentuais).

No principal cenário de disputa para segundo turno, Dilma venceria Marina por nove pontos de vantagem. A petista tem 47,7% contra 38,7% da candidata do PSB. No levantamento anterior, Dilma tinha 42% e Marina, 41%, em situação de empate técnico.

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Na disputa entre Dilma e Aécio, a presidente também ampliou a diferença e se reelegeria com 49,1% contra 36,8% do tucano. A petista tinha 45,5% contra 36,5% do tucano.

Segundo a CNT, foram entrevistados 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 unidades federativas das cinco regiões do País, nos dias 27 e 28 de setembro. A margem da pesquisa de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00992/2014.

O postulante à presidência do Brasil, Levy Fidelix (PRTB) pegou pesado, no  último domingo (28), ao deferir sua opinião sobre homossexualidade, durante debate promovido por uma emissora de TV. Ele soltou pérolas do tipo ‘Dois iguais não fazem filhos. Me desculpem, mas aparelho excretor não reproduz’ e  ‘Se as pessoas casarem com outras do mesmo sexo, daqui a pouco teremos só 100 milhões de pessoas no Brasil’. 

Tais argumentos em cadeia nacional ganharam grande repercussão na internet. Minutos após a citação, a hastag #LevyVocêÉNojento figurou entre os assuntos mais comentados no Twitter Brasil. O facebook ainda está repleto de argumentos enojando a atitude do candidato.  Os chargistas não perderam tempos e criaram ilustrações cômicas da situação. 

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Integrantes do movimento LGBT estão organizando um ‘beijaço’ na próxima terça (30), na Avenida Paulista- SP, em repúdio a atitude do candidato. De acordo com os organizadores do evento, o protesto busca  amenizar a atitude preconceituosa de Levy Fidelix.  "Queremos fazer um ato que mostre que não aceitamos que esse tipo de discurso homofóbico do Levy possa ser dito com tanta naturalidade em rede nacional! É um absurdo que um presidenciável incite o ódio desse jeito, em um período em que todos os dias estamos vendo nas notícias a morte de gays, lésbicas, travestis e pessoas transexuais!", informa o texto utilizado na página do evento nas redes sociais, que conta com 4,7 participantes confirmados, até o momento. 

A rede social Facebook se tornou uma das principais ferramentas de campanha eleitoral deste ano, principalmente entre os candidatos com pouco tempo no guia de rádio e televisão. Entre os presidenciáveis, a candidata do PSB, Marina Silva, se tornou a política que mais cresceu em setembro, no mundo todo. 

De acordo com dados da rede social, Marina Silva está à frente de Barack Obama, Presidente Norte-Americano, e que a aparece em quinto lugar entre os que mais agregou fã. Desde o início de setembro a socialista recebeu 715.037 novas curtidas em sua página, ficando atrás apenas do primeiro-ministro da índia, Narendra Modi.   

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Marina conta hoje com mais de 2 milhões de fãs no Facebook, sua oponente e atual Presidente, Dilma Rousseff (PT), tem 1,01 milhão de curtidas, já o candidato Aécio Neves (PSDB), tem 1,4 milhões de curtidas na sua rede social. No Brasil, os candidatos não podem fazer anúncios publicitários nas páginas nem impulsiona-las através de pagamento. 

 

 

Pesquisa Datafolha divulgada há pouco pela Folha de S. Paulo mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) reverteu a vantagem de 2 pontos para Marina Silva (PSB) no segundo turno e abriu quatro pontos de vantagem, no limite da margem do empate técnico. Dilma aparece com 47% das intenções contra 43% de Marina. No levantamento anterior, da semana passada, Marina tinha 46% contra 44% de Dilma. No fim de agosto, a pessebista chegou a abrir quatro pontos de vantagem sobre a petista.

A pesquisa Datafolha ouviu 11.474 eleitores em 402 municípios do Brasil. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais e o nível de confiança, de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (PSE) sob o protocolo BR-00782/2014

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A postulante do PSOL à presidência da república, Luciana Genro, aporta em Recife na próxima quarta-feira (24). A candidata terá a oportunidade de apresentar suas propostas de governo, durante o evento promovido pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Segundo a assessoria do partido, Luciana Genro terá apenas 15 minutos para falar sobre os seus ideias e em seguida será sabatinada pelo público presente. 

O evento será realizado no auditório da instituição, às 19h. O debate será mediado pelo cientista político e assessor de relações Internacionais e Interinstitucionais da Unicap, Prof. Dr. Thales Castro, e do presidente do DCE, Arison Fernandes.

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No mês de setembro a Católica reuniu os candidatos ao governo do estado, mas Armando Monteiro (PTB) não compareceu e Paulo Câmara (PSB) foi representado pelo seu vice na chapa, Raul Henry (PMDB).   

O eleitorado terá a oportunidade de conversar com os candidatos à presidência da República por meio da plataforma ‘Face to Face’, no facebook. Os postulantes ao Palácio do Planalto irão responder as perguntas dos seguidores, em suas páginas oficiais.

A primeira candidata a aproveitar a tecnologia será Marina Silva (PSB). A ambientalista conversará com os internautas, por meio de video chat, na próxima quarta-feira (17), a partir das 18h. Os seguidores de Marina que tiverem o interesse em fazer perguntas à candidata poderão postar os questionamentos no mural da página oficial da candidata. 

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou nesta segunda-feira, 15, durante o 11º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), avaliações de candidatos para a Presidência da República da oposição, segundo as quais serão adotadas propostas de ajuste fiscal rápido a partir de 2015. "Ouvi falar em corte de R$ 100 bilhões. São propostas temerárias de execução e de consequências fortes", destacou, sobretudo aos investimentos, à área social, à produção industrial e à geração de empregos na economia.

"Ouvi falar de desmame da indústria. Benjamin (Steinbruch), você vai ser desmamado", comentou Mantega, com bom humor para o presidente da Fiesp, que estava ao seu lado durante palestra proferida no Fórum. "Desmame será abrir mais (o País) para a concorrência com estrangeiros. Para mim, seria trágico para a indústria", destacou. "Essa política neoliberal seria ruim, causaria recessão e desemprego."

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Nesse contexto, o ministro da Fazenda afirmou que, com essa nova proposta macroeconômica neoliberal "tenho medo do desmonte do BNDES, como se fazia em 2001 e 2002", quando, segundo ele, o banco estatal estava sendo "desmontado."

"Sem juro baixo para o setor privado, a economia ficaria numa situação difícil", ponderou, referindo-se à Taxa de Juros de Longo Prazo, a TJLP, que está em 5% ao ano.

O ministro também ressaltou que essa política de gestão da economia iria diminuir os investimentos no pré-sal, o que seria bem negativo para o setor de energia do País. "Então, teríamos uma situação pior para a indústria, que vive uma situação sensível. Não seria a melhor estratégia para viabilizar o novo ciclo de expansão da economia."

As fontes de energia renováveis ganharam destaque especial entre as propostas de candidatos à Presidência da República no que se refere ao setor elétrico. Todos os presidenciáveis que incluíram propostas nessa área nos programas entregues à Justiça Eleitoral reconhecem a necessidade de aumentar a oferta em função do consumo crescente de energia, mas defendem que o país explore seus potenciais naturais para reduzir prejuízos ambientais e riscos de racionamento.

Conheça as propostas dos candidatos à Presidência para o setor de energia:

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Aécio Neves (PSDB) promete incentivar distribuidoras e geradoras elétricas para instalação de unidades de geração de energia a gás natural e cogeração e viabilizar novas fontes de financiamento para o investimento e expansão do sistema elétrico brasileiro. Ele promete estimular a economia de baixo carbono e reorientar a matriz energética, buscando diversificar as fontes de energia. Aécio defende a ampliação da participação da energia solar e da energia eólica na matriz e o estímulo para que todos os setores econômicos adotem programas de eficiência energética e conservação de energia. Na valorização da diversidade de fontes, o presidenciável ainda propõe que sejam consideradas as características regionais na redefinição da matriz energética e, para atrair novas empresas e investimentos, o candidato promete criar um ambiente regulatório seguro e equalizar regras de incentivos, subsídios e financiamentos públicos para as diversas fontes de energia.

Dilma Rousseff (PT) garante que vai dar continuidade ao processo de expansão do parque gerador e transmissor para garantir a segurança do suprimento e a modicidade tarifária. Segundo ela, é preciso manter a qualidade da matriz energética brasileira, baseada em hidroele tricas e termoelétricas, fontes renováveis limpas e de baixa emissão de carbono, complementada por fontes alternativas, como a eólica, a solar e a originária da biomassa. Dilma promete dar prioridade à ampliação e modernização do parque de transmissão de energia instalado e apresenta um balanço dos últimos dez anos apontando a retomada da construção de usinas hidrelétricas e de linhas de transmissão.

Eduardo Jorge (PV) alerta, em seu programa de governo, que a expansa o do sistema de produção de energia elétrica esta causando problemas ambientais e sociais crescentes com o deslocamento de empreendimentos para a Amazônia e o uso das termele tricas que deveria ter caráter emergencial. Eduardo Jorge reconhece que o consumo de energia tende a crescer, mas defende que o aumento da oferta siga padrões de eficiência para não comprometer recursos naturais ou aumentar emisso es de gases de efeito estufa. Ele é favorável à substituição das fontes que emitem mais carbono por fontes renova veis, como a hidráulica, eólica, solar e biomassa moderna, que “além de poluírem menos, têm seu fornecimento perene, aumentando a segurança energética e reduzindo a dependência de custos com as importações”.

Eymael (PSDC) quer priorizar a ação do governo federal em infraestrutura nacional, incluindo a geração de energia como uma das prioridades, ao lado da construção de estradas, ferrovias e do sistema portuário.

Levy Fidelix (PRTB) acredita que a capacidade de fornecimento de energia pode ser ampliada a partir do aproveitamento do potencial hídrico amazônico e a implantação de pelo menos dez novas usinas atômicas espalhadas pelo país. Fidelix também é favorável a avançar no aproveitamento de energias renováveis e defende o barateamento dessas fontes.

Luciana Genro (PSOL) destaca o setor energético como fator crítico da soberania e do desenvolvimento de qualquer país. A candidata ataca a política adotada pelos governos tucano e petista nesse setor afirmando que ambos transformaram um “sistema público, planejado e cooperativo, em um sistema privado, mercantil, concorrencial, caro, ineficiente e devastador do meio ambiente”.

Marina Silva (PSB) afirma que vai retomar o planejamento de médio e longo prazos e investir em fontes modernas, limpas e renováveis. A ambientalista afirma que é preciso aumentar a oferta para permitir o crescimento econômico e afastar constantes riscos de racionamento. Segundo ela, o Brasil é um dos únicos países do mundo que podem ter uma matriz elétrica otimizada segura e competitiva do ponto de vista socioambiental. Entre suas promessas de governo, Marina afirma que vai apliar a participação da eletricidade na matriz energética, aumentar a proporção de energias renováveis e reduzir o consumo absoluto de combustíveis fósseis. A candidata ainda garante que vai alinhar interesses de geradores, distribuidores e consumidores e criar mecanismos de expansão do mercado livre de energia. Marina Silva também pretende recuperar a produção de biocombustíveis e garantir que 1 milhão de hectares de concessões florestais tenham fins energéticos.

Mauro Iasi (PCB) se compromete a estatizar setores estrate gicos e a reverter as privatizações da área de energia, assim como propõe nos casos de comunicac a o, minerac a o, recursos naturais, transporte e logi stica de distribuic a o e produção.

Pastor Everaldo (PSC) quer revisar o modelo de partilha adotado para a exploração de petróleo no país, mas promete cumprir os contratos que estão vigorando. O candidato prefere desestatizar o setor e abrir mercado para produção e distribuição de energia, buscando variedade de matrizes para baratear o serviço. Everaldo destaca o potencial brasileiro em relação a fontes solar, hidrelétrica, eólica, nuclear e biomassa.

Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU) não apresentam propostas específicas sobre o tema.

Artistas integrantes do Grupo de Articulação Parlamentar (Gap) criticaram a ausência de propostas para a cultura, por parte dos candidatos à presidência da República. Os profissionais alegam que os postulantes, até o momento, não se pronunciaram sobre o tema.

“Até agora nenhum candidato falou sobre suas propostas para a Cultura, o que é muito preocupante. Nossa intenção é justamente que eles falem, que apresentem seu pensamento em relação a questões fundamentais como o Direito Autoral ou Lei Rouanet”, afirmou o músico Frejat, integrante do Gap. O cantor também informou que o grupo pretende encaminhar projeto semelhante aos estados.

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A pauta de reivindicações, assinadas por artistas e produtores, solicita a aprovação da PEC 150, a reforma da Lei Rouanet, o cumprimento da lei que determina o ensino da música nas escolas, a criação de um Instituto Brasileiro de Direitos Autorais (IBDA) e de uma Agência Nacional de Música, dentre outras propostas. 

Confira a carta na íntegra:

Carta aberta a todos os candidatos à Presidência da República nas eleições de 2014

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2014

O Grupo de Articulação Parlamentar Pró-Música – GAP é uma associação de artistas, produtores musicais, advogados e sindicalistas que vem atuando politicamente desde 2006 com o sentido de promover as transformações e aperfeiçoamentos que consideramos necessários na legislação e nas políticas públicas governamentais para a música no país. É notório o silêncio por parte dos candidatos e da imprensa quanto à Cultura, seja nos debates ou entrevistas, mesmo diante da imprescindível contribuição simbólica e da significativa contribuição econômica do setor ao país. É mais que tardio o entendimento, por parte das candidaturas, que a Cultura é estratégica para o país e cabe ao setor atuar no sentido de corrigir essa distorção.

Neste momento de pleito nacional o GAP vem tornar públicas algumas propostas para a música, com o objetivo de contribuir para as plataformas políticas no âmbito da Cultura a todos os candidatos, independente de sua orientação partidária. Assim, propomos:

1- A Aprovação da PEC 150/03, a PEC da Cultura, garantindo, sem contingenciamento, 2% do orçamento para o Ministério da Cultura;

2- Promover a implementação plena do ensino de música nas escolas (Lei 11.769/2008);

3- Dar prosseguimento imediato à modernização da Lei 9.610/98, de direitos autorais, iniciada com a Lei 12.853/13, sobre a gestão coletiva; A efetiva e imediata criação do órgão da Administração Pública previsto na Lei 12.853, sob a forma de um Instituto Brasileiro de Direitos Autorais – IBDA, subordinado ao Ministério da Cultura - MinC.

4- A ampliação dos programas existentes de fomento para a música;

5- A criação de instrumento de legal de financiamento direto dos serviços em projetos culturais, ampliando a esfera de oferta de crédito para a Cultura do BNDES;

6- A criação de Projeto de Lei de desoneração tributária para importação instrumentos musicais, insumos e equipamento para gravação para o músico profissional;

7- A implementação plena da Lei 12.192/2010;8- A atualização da Lei 3857/60 e da Portaria 446/2004; registro profissional nos moldes da Lei 6533/78, desoneração dos encargos trabalhistas para a contratação eventual e temporária de músicos, exceto no caso de projetos incentivados.

9- A reforma imediata da Lei 8.313/1991, a Lei Rouanet; prioridade de tramitação para o PL 6722/2010, que institui o ProCultura;

10- A criação, no âmbito do MinC, de uma Agencia Nacional da Música, considerando a importância econômica do setor e o papel estratégico que música pode cumprir para o país, no concerto das nações.

Saudando igualmente a todos os candidatos, o GAP faz saber que prosseguirá nos próximos anos atuando junto aos poderes instituídos da República em prol do aperfeiçoamento da legislação e das políticas públicas para a Música e em defesa da transparência e justiça legal para o setor.

Assinam esta carta pelo GAP: Carlos Careqa, Carlos Mills, Claudio Lins, Cristina Saraiva, Daniel Campello Queiroz, Déborah Cheyne, Dudu Falcão, Elza Ribeiro, Felipe Radicetti, Fernanda Abreu, Ivan Lins, Leo Jaime, Leoni, Makely Ka, Max Viana, Roberto Frejat, Sergio Ricardo, Tim Rescala e Vanisa Santiago.

A pouco mais de um mês das eleições, a presidente Dilma Rousseff (PT) tem o maior índice de rejeição entre os candidatos à Presidência da República. Já Marina Silva (PSB) é a postulante que mais inspira confiança nos pernambucanos. É o que aponta o Diagnóstico Eleitoral de Pernambuco, divulgado neste sábado (30) pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau.

O estudo mostra que 24% dos entrevistados têm medo de que a petista seja reeleita. O percentual é maior entre as pessoas que tem o nível superior (39%) e recebem mais de cinco salários mínimos (38). Outros 12% rejeitam Aécio Neves (PSDB) e 8%, Marina Silva. Para 3% das pessoas, a candidatura do pastor Everaldo (PSC) é vista com temor. Neste ranking da desconfiança, Eduardo Jorge (PV), Levi Fidelix (PRTB), Zé Maria (PSTU), Rui Costa Pimenta (PCO) e Luciana Genro foram indicados por 1% dos entrevistados cada. Juntos, Mauro Iasi (PCB) e Eymael (PSDC) somaram 1%.

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"Essa avaliação e mensuração de popularidade mostram que Dilma está sendo rejeitada, porque a população não está gostando do atual contexto”, avaliou o cientista político Maurício Romão. Para ele, os eleitores estão apontando para um sentimento de renovação. “Às vezes, fico pensando que o problema não é Dilma, como pessoa ou dirigente. É que existe algo chamado fadiga de material e ciclo de poder. O PT está há 12 anos no governo e pleiteando mais quatro. Foram tantos problemas, que eles estão sendo visualizados", explicou.

Por outro lado, Marina Silva lidera o índice de admiração, com 37% das indicações. Já Dilma recebe o voto de confiança de 33%. Aécio e o pastor Everaldo foram indicados por 3% e 1% dos eleitores entrevistados, respectivamente. A popularidade de Marina é maior entre os jovens, pessoas com mais instrução e moradores da Região Metropolitana do Recife. Já Dilma é a candidata mais votada entre os menos instruídos, com menor remuneração e habitantes do Sertão do estado.

Em relação à experiência para governar o Brasil nos próximos quatro anos, há um empate técnico, já que Mariana Silva recebeu 38% das indicações e Dilma, 37%. Já Aécio recebeu os votos de 4% dos entrevistados e o pastor Everaldo, de 1%. Novamente, a pesquisa mostra que Marina é mais influente entre os jovens, pessoas com mais instrução e que vivem na RMR. Já Dilma é considerada a mais preparada na opinião de pessoas com mais idade, menor nível de instrução e moradores do Sertão.

Essa pesquisa foi realizada entre os dias 25 e 26 de agosto, com 2480 pessoas residentes na RMR, Zona da Mata, Agreste e Sertão. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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Pernambucanos acreditam que o estado mudou para melhor

Os candidatos que disputarão as eleições de outubro, buscando a cadeira presidencial, terão uma agenda em comum na noite desta segunda-feira (25). Eles irão participar do primeiro debate na TV aberta.

Realizado pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, o debate começará às 22h com transmissão para todo o Brasil e conta com a participação da presidente Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB). O comando do debate será de Ricardo Boechat. 

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Faltando pouco menos de dois meses para as eleições, os partidos se esforçam para atrair os presidenciáveis ao Rio Grande do Sul e, desta forma, valorizar os atos de campanha dos candidatos locais. Depois de Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) terem passado pelo Estado entre o fim de julho e início de agosto, agora é a vez da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), desembarcar para a primeira visita ao seu reduto político como candidata à reeleição - nas ocasiões anteriores ela cumpria agenda institucional. Dilma é esperada para o comício no próximo dia 22, na capital gaúcha. Será o maior evento até aqui da campanha do atual governador, Tarso Genro (PT).

O diretório estadual do PT também tenta prolongar a estadia de Dilma para que ela participe de uma caminhada com a coligação petista no sábado, 23. A expectativa é de que a presença da presidente no Estado possa contribuir para aumentar o desempenho de Tarso nas pesquisas. No último levantamento realizado pelo Ibope no RS, Dilma teve 44% das intenções de voto, na frente de Aécio, com 24%. Já Tarso, com 35%, ficou empatado tecnicamente com Ana Amélia Lemos (PP) - aliada do tucano -, que somou 36%. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais.

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Depois do comício, a coordenação de Tarso gostaria de trazer Dilma mais duas vezes ao Rio Grande do Sul até as eleições - uma no decorrer de setembro, para agenda ainda não definida, mas que pode envolver a Semana Farroupilha, e outra no fim do mês, para mais um comício. O único compromisso que tem a participação de Dilma confirmada, por enquanto, é o do 22 de agosto. "Sabemos que a rotina dela está corrida, mas estamos tentando negociar as datas", afirmou ao Broadcast Político Carlos Pestana, coordenador da campanha de Tarso.

O PT não é o único partido que está se desdobrando para tentar contar com o reforço do seu candidato à Presidência. O PSDB tenta trazer Aécio Neves para a Expointer, exposição internacional de animais, máquinas e produtos agrícolas que ocorre na região metropolitana de Porto Alegre e costuma reunir milhares de visitantes, além de empresários e lideranças do agronegócio. Este ano o evento ocorre entre 30 de agosto e 7 de setembro. "Queremos muito trazê-lo para a Expointer. Estamos concentrados nisso", disse o presidente do PSDB no RS, o deputado Adilson Troca.

Ana Amélia tem apostado alto na aliança formada com os tucanos no Rio Grande do Sul. Recentemente recebeu Aécio em um comício na capital gaúcha e disse que levar o nome do senador mineiro para todos os rincões do Estado era uma prioridade. Nas pesquisas de intenção de voto no RS, Aécio está no patamar de 20% da preferência do eleitorado, bem menos do que o tucano José Serra registrava na mesma época em 2010.

O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, também deve vir à Expointer, de acordo com a coordenadora da campanha do pernambucano no Rio Grande do Sul, Mari Trindade. "A ideia é que ele venha logo no primeiro fim de semana do evento", explicou. A visita, se confirmada, deve durar dois dias e incluir uma passagem por Caxias do Sul, terra natal do candidato do PMDB ao governo gaúcho, José Ivo Sartori, aliado do PSB no Estado. "Campos gostou muito da última vez que veio ao Rio Grande do Sul, achou muito produtivo", disse Mari.

Após a Expointer, o PSB ainda espera trazer Campos no dia 20 de setembro, dia da Revolução Farroupilha e um dos mais marcantes para o povo gaúcho, que costuma ter uma série de programações culturais. "É um pedido antigo, feito logo no início da campanha, mas ainda não sabemos se poderá ser atendido", afirmou Mari.

Integrantes das campanhas de Aécio Neves (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT) avaliam que a provável entrada da candidata a vice de Eduardo Campos, Marina Silva, na disputa presidencial exigirá um ajuste nas campanhas.

Já é certo que a estratégia do tucano sofrerá uma guinada. Desde que Aécio se consolidou em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos, ele vinha se concentrando em "olhar para cima e nunca para trás", escolhendo sempre duelar com Dilma, líder nas pesquisas, e encarando o PSB de Campos, em terceiro na corrida, como "carta fora do baralho".

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Mas se Marina assumir a cabeça de chapa, tucanos acreditam que não só será impossível continuar ignorando a corrida dos pessebistas, como avaliam que a ex-ministra tem chances de desbancar Aécio do 2.º turno. Arriscam que ela partiria de um patamar de 15 ou 16 pontos nas sondagens, bem à frente do ex-governador de Pernambuco. O número poderia ainda sofrer uma distorção para cima, avaliam, por conta da superexposição de Marina no noticiário nos próximos dias.

Por ser mais conhecida nacionalmente que Campos e por já ter sido testada na eleição de 2010, quando conquistou cerca de 20 milhões de votos com menos de um minuto de TV, aecistas apostam que Marina poderá retirar não só parte dos eleitores do tucano, mas também parcela do eleitorado de Dilma. Este cenário favoreceria a realização do 2.º turno - ideal para todos os adversários da petista, já que é dela a maior rejeição entre os postulantes. Entretanto, a força de Marina pode ser suficiente também para tirar Aécio do segundo round eleitoral.

Por isso, para tomar as próximas decisões, o PSDB fica a reboque dos movimentos do PSB.

Por enquanto, os primeiros programas de Aécio para o horário eleitoral, que começa na terça-feira, não serão alterados. O motivo é que os filmes iniciais apenas apresentam Aécio como neto do ex-presidente Tancredo Neves, pai de família, marido exemplar, deputado constituinte e governador de Minas Gerais por dois mandatos. Portanto, a nova configuração política em nada afetará a narração da biografia do mineiro na TV.

Potencial

Segundo um integrante da coordenação da campanha de Dilma, o momento é de "dar tempo ao tempo e guardar luto". Em conversas reservadas, no entanto, avaliam que a tragédia envolvendo o candidato do PSB tem potencial para causar uma reviravolta na disputa eleitoral. Os petistas dão como certo que Marina sucederá a Campos como candidata mas ponderam que ainda é cedo para avaliar qual seria o impacto no eleitorado.

Por um lado, apoiadores de Dilma acreditam que Marina, caso confirme a candidatura, terá um período de superexposição na mídia e pode se aproveitar por ser mais conhecida do que Campos e pela comoção nacional em torno da morte do ex-governador de Pernambuco. Por outro, há petistas avaliando que a ausência de Campos pode desencadear disputas internas, fragilizar Marina dentro da aliança PSB/Rede e expor as contradições entre os dois segmentos que compõem o centro da candidatura em assuntos delicados como meio ambiente e agronegócio, principalmente, em Estados onde o PSB se aliou ao PSDB, como é o caso de São Paulo.

Segundo integrantes da campanha dilmista, o programa de estreia no horário eleitoral gratuito deve ter uma homenagem a Campos. O formato ainda não foi definido. Uma ideia é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem Campos foi ministro e aliado, grave um depoimento em tom pessoal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Candidatos à Presidência, a presidente Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Campos (PSB) usaram neste domingo (10) as redes sociais para homenagear o Dia dos Pais. O candidato tucano, Aécio Neves, falou sobre a data no Rio, ao buscar na maternidade o filho Bernardo, que nasceu prematuro em junho e teve alta na tarde de domingo.

Dilma divulgou, em seus perfis no Twitter e no Facebook, mensagens, foto e vídeo por causa da data. No Facebook, ela relembrou a história de seu pai, Pétar Russév, imigrante búlgaro que chegou ao Brasil em 1929. No vídeo, disse que se sente responsável por garantir melhores condições de vida às famílias brasileiras. "Um dia como hoje reforça minha responsabilidade de lutar pelo bem-estar de todas as famílias, para terem mais e melhores empregos, educação, saúde e segurança."

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No Facebook, Campos publicou em seu perfil uma foto ao lado de seu pai. "A maior felicidade da minha vida é ser pai, é poder ter ao meu lado esses cinco filhos maravilhosos. E um forte abraço a todos os pais do Brasil", escreveu. No domingo, Campos completou 49 anos e passou o Dia dos Pais com a família e amigos, no Recife.

No Rio, Aécio falou ao deixar a maternidade com a mulher, Letícia Weber, e o filho. "É o dia mais feliz da minha vida. Já sou um grande vitorioso", disse. Ele anunciou que apresentará projeto de lei que dê às mães de filhos prematuros o direito de contar a licença-maternidade só a partir do dia que os filhos tiverem alta hospitalar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na largada da campanha eleitoral, o tucano Aécio Neves arrecadou pelo menos R$ 11 milhões em doações de empresas e pessoas físicas, mais do que a presidente Dilma Rousseff (PT), cuja prestação parcial de contas registrou entradas de R$ 10,125 milhões. Eduardo Campos, do PSB, não ficou muito atrás, com R$ 8,2 milhões.

Aécio recebeu, nas contas de candidato e do comitê financeiro, doações de 11 empresas, no total de R$ 10,9 milhões, e de três pessoas físicas, cuja soma foi de R$ 104 mil. Seu maior financiador foi o grupo JBS, do setor de processamento de carnes, com uma contribuição de R$ 5 milhões - o mesmo valor repassado à campanha de Dilma. Oito empreiteiras doaram, juntas, R$ 4,6 milhões ao candidato do PSDB.

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A arrecadação de Aécio pode ter sido maior porque o PSDB não repassou ao tucano tudo o que recebeu de empresas e pessoas físicas. Após distribuir recursos entre diversos candidatos, o partido ainda ficou com R$ 4 milhões em caixa, valor que pode transferir a qualquer momento a seu presidenciável.

No caso de Dilma, houve doações de apenas quatro empresas. As contribuições de empreiteiras foram minguadas. Apenas a Andrade Gutierrez compareceu, com R$ 1 milhão. Depois do JBS, o principal doador foi a Ambev, com R$ 4 milhões - o grupo do setor de bebidas também doou R$ 3,25 milhões ao PSDB, dos quais apenas R$ 1,2 milhão foi repassado para a conta de Aécio.

Além de Dilma e de seu comitê financeiro, a direção nacional do PT prestou contas de R$ 6,3 milhões recebidos de empresas - valor integralmente repassado para campanhas estaduais.

No relatório das despesas, o fornecedor que mais recebeu dinheiro do comitê financeiro do PSDB foi a 2014 Comunicação Ltda, de Belo Horizonte, responsável pela produção de programas de TV de Aécio e pelo pagamento a outros prestadores de serviço da campanha. No total, recebeu R$ 3,754 milhões - 56% de tudo que o comitê gastou até agora.

O JBS também doou R$ 1 milhão para Eduardo Campos. No total, o grupo já distribuiu cerca de R$ 50 milhões a campanhas de presidente e a outros cargos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, disse que ficou muito decepcionada com o discurso da presidente Dilma Rousseff, na Confederação Nacional da Indústria (CNA). "Minha decepção é muito grande porque a palavra agroenergia não foi dita nenhuma vez no discurso da presidente", afirmou ela.

Em compensação, disse a presidente da Unica, tanto o candidato Eduardo Campos (PSB) quanto Aécio Neves afirmaram que o etanol e a agroenergia farão parte do plano estratégico deles. "Isso mostra que temos de incluir a agroenergia no processo de desenvolvimento do País".

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Farina disse que o mais estranho é que o assunto estava na pauta da sabatina da CNA e que a presidente não se lembrou dele. Ela afirmou que hoje o setor passa por uma séria crise. Quarenta e quatro usinas fecharam as portas e 60 estão em recuperação judicial. O setor tem ainda R$ 1,4 bilhão para receber de resíduos do PIS/Cofins, mas não há perspectivas de depósito do valor por parte do Tesouro antes de cinco anos.

A presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta quarta-feira, 6, que uma estrutura de financiamento "mais favorável" vai garantir a lucratividade do setor de etanol no Brasil. Dilma destacou que, após ter feito a desoneração de PIS e Cofins, o governo estuda outras medidas, como a possibilidade de se ampliar de 25% para 27,5% a mistura do etanol na gasolina.

"Agora é fundamental perceber que o setor passou por uma crise, e que esse processo de crise está sendo absorvido sistematicamente. E obviamente acredito também que estruturas de financiamento mais favoráveis ao etanol vão garantir ampliação da lucratividade", afirmou a presidente, após participar de sabatina promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

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Cide

A presidente também foi questionada a respeito do retorno da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina. "Eu acho que aumentar a Cide para qualquer setor impacta no que se chama arrecadação de tributos. Há que se justificar a Cide para qualquer coisa; acredito que a política em relação ao etanol tem de ser uma política bastante clara", respondeu.

A Cide, que incidia sobre a importação e a comercialização de petróleo e derivados, gás natural e álcool etílico combustível, foi zerada pelo governo federal como forma de compensar o reajuste nos preços da gasolina e do diesel. A intenção era evitar que a alta chegasse até o bolso do consumidor. A Cide zerada, contudo, é uma das principais críticas do setor sucroalcooleiro ao governo, alegando que isso tira a competitividade do etanol.

"O etanol nosso de cana é um produto que tem competidor internacional, que é o etanol de milho americano. O etanol de cana terá de ser competitivo com o etanol de milho e a política do governo é ajudar nessa competitividade. Através do quê? Da contínua e sistemática adoção de tecnologias", disse a presidente.

Os três principais candidatos à Presidência, a presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), participam nesta quarta-feira, 06, de uma sabatina na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Logo na entrada do prédio da entidade, militantes fazem um pequeno protesto contra Dilma, exibindo cartaz com a mensagem de "Fora DiLLma", com dois 'L' em verde e amarelo, resgatando o gesto que, em 1992, pedia a saída do ex-presidente Fernando Collor de Melo. O cartaz traz também fotos de presos do mensalão e a mensagem "Chega de corrupção".

De acordo com a dinâmica da sabatina, os postulantes ao Palácio do Planalto terão cerca de uma hora para fazer uma apresentação e responder cinco perguntas, que serão apresentadas por escrito por produtores rurais. As perguntas serão sorteadas e, depois, os três presidenciáveis fazem suas considerações finais e uma entrevista coletiva para a imprensa.

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A sabatina começa com o presidente da CNA, João Martins da Silva Júnior, apresentando as demandas do agronegócio. A entidade divulgou ontem uma carta aberta chamada de "O que esperamos do próximo presidente 2015-2018".

A demarcação de terras ganha destaque na pauta da CNA. Os ruralistas pedem que sejam adotadas "salvaguardas institucionais aos processos demarcatórios de terras indígenas", conforme entendimento fixado pelo STF na demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. O setor pede a participação de outros órgãos governamentais na identificação e delimitação de terras indígenas, com assessoramento de equipes técnicas multidisciplinares, com a "adoção de medidas que coíbam as invasões de terras por índios e garantam o cumprimento de reintegração de posse de terras invadidas". Quanto à questão quilombola, defende mecanismos "para evitar fraudes na titulação" dessas terras.

Os ruralistas cobram do presidente que tomará posse em janeiro que seja adotado o Plano Nacional de Defesa Agropecuária, revisando acordos sanitários, pedindo mais financiamento ao sistema e maior fiscalização de fronteira. Quanto às barreiras não tarifárias que dificultam as exportações do agronegócio, o pedido é para que haja uma ação do governo nos organismos multilaterais para coibir e questionar práticas que descumpram as regras internacionais de comércio. Querem, ainda, a ratificação do Acordo de Facilitação de Comércio da Organização Mundial de Comércio (OMC), assinado na última Conferência Ministerial em Bali e a conclusão da Rodada Doha.

O agronegócio coloca a infraestrutura como um dos principais gargalos. O setor cobra a aceleração dos investimentos e a concessão de trechos rodoviários utilizados no escoamento da produção agropecuária, além de novo marco regulatório para ferrovia - incluindo o modelo Operador Ferroviário Independente. A demanda por armazéns também é pleiteada pelos ruralistas, que pedem uma certificação acelerada de unidades armazenadoras e que se concretize investimento em propriedades rurais.

Sobre a restrição de aquisição de terras por estrangeiros, a CNA apoia um novo marco regulatório. A proposta é para que sejam tornadas viáveis as atividades de empresas brasileiras de capital estrangeiro que já operam, ou venham a operar, em território nacional, eliminação das restrições e limitações à aquisição ou arrendamento de terras para a produção rural.

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