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A bancada tucana no Congresso Nacional anunciou nesta terça-feira, 10, que apoia uma candidatura única de PSDB, MDB e Cidadania à Presidência. O movimento dos parlamentares vem cinco dias após parte deles ter se reunido com o ex-governador João Doria, pré-candidato da sigla ao Palácio do Planalto, em Brasília.

"A bancada de deputados federais e senadores do PSDB decidiu, na manhã desta terça-feira, legitimar o presidente nacional do nosso partido, Bruno Araújo, a avançar nas conversas com o MDB e o Cidadania buscando uma candidatura única, posto que, na atual conjuntura, eventuais candidaturas isoladas destes partidos tendem a perder força no cenário nacional", diz nota assinada pelo líder do partido na Câmara, Adolfo Viana (BA), e o do Senado, Izalci Lucas (DF).

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Em 5 de maio, Doria participou de um jantar na casa de Viana, em Brasília. O ex-governador gostou do encontro, que não incluiu o deputado Aécio Neves (MG), o principal opositor de sua candidatura dentro do PSDB. "Foi uma longa e positiva reunião. Faremos reuniões conjuntas a cada duas semanas aqui em Brasília", disse Doria. Ele foi cobrado pelo pouco contato com a bancada tucana e pelo baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto.

A terceira via, grupo de partidos que tenta romper a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda não ganhou tração na disputa eleitoral. Além disso, não há consenso ainda sobre quem será a cabeça de chapa. A ideia era lançar em 18 de maio um nome único ao Planalto, que reunisse PSDB, MDB, Cidadania e União Brasil.

Na semana passada, contudo, o partido formado com a fusão entre DEM e PSL abandonou a terceira via. A decisão enfraqueceu o grupo, já que o União Brasil é o partido com a maior fatia do fundo eleitoral. A legenda decidiu apostar na candidatura solo de seu presidente nacional, o deputado Luciano Bivar (PE).

O PSDB também enfrenta divergências internas. Uma ala do partido não apoia a candidatura de Doria. Em novembro passado, o ex-governador de São Paulo venceu as prévias eleitorais do partido, contra o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, mas não conseguiu unir a legenda em torno de seu nome. Desde então, foram várias as tentativas de substituir Doria por Leite, que chegou a ensaiar uma campanha paralela, com viagens pelo País e articulação nos bastidores.

No MDB, o nome da senadora Simone Tebet (MS) é defendido pelo presidente do partido, Baleia Rossi, e por figuras simbólicas como o ex-presidente Michel Temer, mas enfrenta a resistência de caciques da legenda, principalmente no Nordeste, como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (CE).

O Cidadania, por sua vez, decidiu formar uma federação partidária com o PSDB. A federação cria uma "fusão temporária" entre as legendas que precisa durar pelo menos quatro anos, desde as eleições até o final do mandato seguinte, o que pressupõe candidatura única a cargos majoritários como o de presidente e o de governador.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta sexta-feira, 7, que foi dado na Argentina o primeiro passo em direção a uma moeda única no Mercosul. "É o primeiro passo para um sonho de uma moeda única. Como aconteceu o euro lá atrás, pode acontecer o peso real aqui", disse ao deixar o hotel onde estava hospedado em Buenos Aires. Bolsonaro volta nesta manhã para o Brasil.

"Meu forte não é economia, mas acreditamos no feeling, na bagagem, no conhecimento e no patriotismo do Paulo Guedes, ministro da Economia, nessa questão também", afirmou.

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Questionado sobre a possibilidade de o anúncio do projeto ser uma manobra eleitoral do governo de Mauricio Macri, Bolsonaro mudou de assunto e voltou a falar que ninguém quer que a América do Sul "flerte com o comunismo, o socialismo". "Infelizmente isso aconteceu na nossa querida Venezuela", disse.

Macri tentará a reeleição em outubro contra uma chapa formada por Cristina Kirchner, candidata à vice, e Alberto Fernández. Com a Argentina passando por mais uma crise econômica, a imagem de Macri está bastante abalada. O anúncio da moeda comum pode ser usado para melhorar sua popularidade.

Bolsonaro disse ainda que deixava como mensagem final aos argentinos um pedido para que Deus os ilumine nas eleições de outubro, repetindo o que já havia dito em duas ocasiões na quinta-feira (6). Em discursos ao lado de Macri, o dirigente brasileiro havia mostrado seu apoio a Macri.

O presidente disse também que tem uma proposta "embrionária" para que os países da América do Sul se reúnam com o presidente americano, Donald Trump. Ele não citou, porém, quais seriam os objetivos dessa reunião.

"Vamos agora costurar essa possibilidade dos países da América do Sul, de centro-direita, conversar com Trump."

STF

Bolsonaro parabenizou o Supremo Tribunal Federal (STF) pela decisão tomada nesta quinta-feira em plenário que permite a venda de subsidiárias estatais sem a necessidade de aprovação no Congresso.

"As empresas mãe ainda terão de passar pelo Parlamento. Não deixou de ser um avanço. Parabéns. Meus cumprimentos ao Supremo Tribunal Federal, que agiu com patriotismo, contrário à política anterior que havia no Brasil nessas questões econômicas. O viés ideológico para se fazer negócio vai deixando de existir", afirmou.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), nessa terça-feira (25), garantiu que a parceria entre Israel e o Brasil, que segundo ele vai beneficiar o Nordeste, está “muito bem encaminhada”. A informação otimista foi feita por meio do Twitter em pleno Natal. 

Segundo o militar, a ideia é que ainda em janeiro seja construído uma instalação piloto “para retirar água salobra de poço, dessalinizar, armazenar e distribuir para agricultura familiar, estendendo o projeto para mais localidades após testes e ajustes". Confiante, Bolsonaro chegou a dizer que o país pode dar os primeiros passos para fora do “buraco” em que foi colocado pelos últimos governos. 

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Por meio das redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente eleito, também se mostrou confiante. Ele chegou a dizer que com o seu pai, o Nordeste terá “uma oportunidade única”. “A nova relação internacional do Brasil permite trazer melhorias fáticas a quem justamente mais necessita dela. O Nordeste tem uma oportunidade única com Jair Bolsonaro como presidente”.

Não é apenas o deputado federal que se mostrou empolgado com a vinda das “tecnologias” de Israel. Em outubro passado, no Recife, em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o senador Magno Malta (PR), chegou a dizer que Israel tem uma tecnologia capaz de tirar água de pedra. “Nós temos uma aliança com Israel e faremos com o mundo inteiro sem viés ideológico. A tecnologia de Israel virá para o Nordeste (...) Bolsonaro tem uma visão de aliança com Israel e será o melhor presidente da história deste país”, afirmou na ocasião. 

Magno chegou a garantir que Bolsonaro ama o Nordeste. “Então, os irmãos nordestinos terão com Bolsonaro o melhor presidente da sua história. Não é um que vai fazer um curral e colocar para dentro uma cesta básica

O pré-candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, criticou o atual governo e fez propostas como a escalação de militares para compor seus ministérios caso seja eleito. "O Brasil precisa de ordem e progresso", afirmou Bolsonaro durante o fórum realizado nesta segunda-feira, 18, em São Paulo pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). "Não seria demais falar que quase tudo está errado no Brasil", disse. "As lideranças funcionam como líderes sindicais, cujo líder põe a faca na boca", afirmou.

Bolsonaro afirmou que já conta com o apoio de cerca de 60 parlamentares à sua candidatura e que em breve chegará a 100. Ele falou que pretende construir um primeiro escalão com muitos militares. Como exemplo, ele citou o astronauta e comandante da aeronáutica, Marcos Pontes para assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia. Ele ressaltou que o foco é um governo honesto, que crê em Deus e com um presidente cristão e patriota. "Vamos fazer um governo com a menor interferência do Estado", disse, mas se reafirmou contra a privatização da Petrobras.

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Sobre o agronegócio, Bolsonaro disse que não se pode abrir mão da segurança alimentar e que "não podemos vender nossas terras para capital de fora". A questão de venda de terras para estrangeiro é um dos temas debatidos pelo setor recentemente que divide opiniões. Ele fez coro aos demais pré-candidatos e elogiou o RenovaBio. "O Brasil precisa de menos decreto, mas essa é uma boa, ainda mais para atender o compromisso assinado pelo País na França", disse.

Bolsonaro citou também alguns temas polêmicos que têm norteado sua campanha como a liberação do porte de armas. "Mais do que defender a vida de um cidadão, a arma defende a liberdade de uma nação", afirmou.

O deputado foi questionado pelos participantes do debate como governaria sendo um governo minoritário. "Sempre fui independente", disse, acrescentando que vai buscar apoio das bancadas que tiverem interesse em cada tema.

Bolsonaro também foi questionado ao seu apoio à greve dos caminhoneiros, que culminou no tabelamento dos preços do frete. O candidato respondeu que foi a favor, mas contra a obstrução de vias, como ocorreu. No entanto, não abordou a questão do tabelamento e disse que o governo atual não consegue se antecipar aos problemas.

A pré-candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, se apresentou como uma veterana na corrida pelo Planalto ao iniciar seu discurso no Fórum realizado nesta segunda-feira, 18, em São Paulo, pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

"Saindo pela terceira vez na corrida eleitoral tenho de trazer um olhar sobre uma saída para esses problemas", disse. "Quero participar do debate. Não quero entrar no embate, entro no processo para oferecer a outra face", completou.

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A ambientalista disse que a crise não se resolve com passe de mágica, mas com decisões políticas. Ela repetiu que pretende governar com "os melhores de todos os partidos". "Composição do governo não será com fisiologismo, mas com visão programática", disse.

A pré-candidata fez acenos ao agronegócio ao elogiar o projeto RenovaBio, o qual chamou de um projeto com visão antecipatória, que adiantou soluções para questões ambientais que o Brasil e o mundo precisaram encarar.

"O Brasil tem um lugar para ocupar e eu não tenho dúvida que os senhores estão apontando um caminho e uma nova maneira de caminhar", disse.

Sobre a formação de preços dos combustíveis e da Petrobras, Marina disse que a estatal dispõe de mecanismos para "manejar essa situação sem perder a perspectiva que deve estar submetida pela lógica de mercado". "A Petrobras não importa todo seu combustível. Com base nisso, a empresa poderia manejar mais adequadamente o preço do seu combustível", completou. "Variação do preço de combustível não deve ser repassada ao consumidor todo dia", disse.

Marina foi questionada sobre a reforma trabalhista e respondeu que ela precisa de reparações. "Não é razoável uma lei dizendo que negociado se sobreponha ao legislado."

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) divulgou que as exportações brasileiras de açúcar e etanol e a produção de cana já foram impactadas pela paralisação dos caminhoneiros. Os embarques atuais estão com produtos em estoque nos terminais portuários. Caso não seja restabelecida a normalidade no abastecimento nos primeiros dias da semana, todos os embarques de açúcar e etanol serão paralisados.

Além da dificuldade de transporte, a falta de diesel também tem impactado a continuidade da colheita. Em Minas Gerais, 34 usinas suspenderam as vendas de etanol. No Paraná, três unidades reduziram suas operações de produção. Em São Paulo, até o momento, 10 usinas estão paradas.

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A Forbes divulgou na última quarta-feira, dia 27, uma lista com os rappers mais bem pagos de 2017. Segundo a publicação, o ranking reflete a realidade de hoje em dia e, ao todo, os 20 artistas citados faturaram quase 620 milhões de dólares, cerca de um bilhão e 975 milhões de reais.

Dentre os nomes, podemos destacar Lil Wayne, que ficou na 17ª colocação com 15 milhões e 500 mil dólares, aproximadamente 50 milhões de reais. Logo depois dele, na 16ª posição, temos de novo a única mulher de toda a lista: Nicki Minaj, que faturou 16 milhões de dólares, cerca de 51 milhões de reais.

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Depois, tivemos ainda Snoop Dogg em 15º lugar (16,5 milhões de dólares, cerca de 52 milhões de reais), Kanye West em 11º (22 milhões de dólares, cerca de 70 milhões de reais), DJ Khaled em 9º (24 milhões de dólares, cerca de 76 milhões de reais), Pitbull em 8º (27 milhões de dólares, 86 milhões de reais), Wiz Khalifa em 7º (28 milhões de dólares, 89 milhões de reais) e Kendrick Lamar em 6º (30 milhões de dólares, 95 milhões de reais).

Os três primeiros colocados não poderiam ser diferentes. Em terceiro lugar tivemos Jay-Z, que conquistou 42 milhões de dólares, cerca de 133 milhões de reais. Em sua frente, na segunda colocação, tivemos Drake, com um faturamento de 94 milhões de dólares, aproximadamente 300 milhões de reais. E em primeiríssimo lugar, claro, temos Diddy, com 130 milhões de dólares na conta, cerca de 414 milhões de reais! Arrasaram, hein?

Quando o esporte se torna a única "razão de ser", mas já não é possível praticá-lo, vale a pena seguir vivendo? A atleta paralímpica belga Marieke Vervoort decidiu que não, e já tem em mãos uma autorização para recorrer à eutanásia quando seu corpo lhe proporcionar "mais dias ruins do que bons".

A belga, de 37 anos e de cabelo curto e platinado, posou no domingo fazendo o "V" de vitória com os dedos depois de conquistar uma medalha de prata na prova dos 400 m em cadeira de roda dos Jogos Paralímpicos Rio-2016.

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Vítima de uma doença degenerativa rara que a privou do uso das pernas, Vervoort se consagrou de corpo e alma ao esporte e conheceu a glória dos pódios: foi campeã paralímpica dos 100 m em cadeira de rodas em Londres-2012 e conquistou o tricampeonato do mundo (100 m, 200 m e 400 m) em 2015.

Ela sabe que no Rio disputará seus últimos Jogos Paralímpicos.

"Esta medalha tem dois lados: de um lado a felicidade, do outro a dor e o adeus", admite a atleta, que sabe que terá que abandonar a cadeira de rodas de competição.

"Preciso abandonar o esporte, porque a doença está piorando. Está ficando mais difícil participar de corridas do que há quatro anos", explica.

No mês passado, Vervoort anunciou que possuía todas as autorizações necessárias para submeter-se à eutanásia, uma prática legalizada na Bélgica. "Sofro muito", explicou, e a prática de esporte, sua "razão de ser", vem resultado em cada vez mais sofrimento.

Suas declarações geraram compaixão, mas também questionamento.

"É verdade que esta é minha última competição e que os documentos estão prontos desde 2008 para recorrer à eutanásia, mas não quero morrer de imediato", afirmou em coletiva de imprensa no Rio.

"Eu gosto de aproveitar cada momento", continuou. "Estou em paz e ainda quero aproveitar meus amigos, minha família", mas "chegará um dia em que os dias "serão mais ruins do que bons".

Essa "tranquilidade", como ela mesmo denomina, deve-se principalmente ao fato de ter recebido a autorização para recorrer ao suicídio assistido.

- Tema "tabu" -

A Bélgica permite a eutanásia, mas "não é fácil" obter a permissão. "O processo é longo, é difícil conseguir os papéis. Tive que provar que minha doença avança e que não há possibilidade de melhora. Três médicos tiveram que certificar isso", explicou.

Vervoort tinha 14 anos quando foi diagnosticada com "tetraplegia progressiva". Passou a adolescência consultando especialistas "que não não sabiam o que eu tinha e me davam má notícias", lembrou.

"Estava muito deprimida e um dia decidi que bastava, que tinha que voltar a viver", continuou a atleta, que tentou o suicídio.

O sucesso esportivo representou um combate contra as dores cada vez mais insuportáveis. Vervoort gosta de escutar música a todo volume e até o ano passado desenhava com desenvoltura, mas subitamente começou a perder a visão.

"Nas crises de dor, chego a desmaiar. Algumas noites não durmo mais que dez minutos. É difícil comer", descreveu. "A maior parte dos atletas aqui nasceu com uma doença ou sofreram um acidente. Podem descansar ou treinar quando querem. Eu preciso me adaptar a meu estado de saúde".

Marleke Vervoort quer que sua história "inspire" outros países a abrir o debate para que o suicídio assistido deixe de ser um "tabu". "A eutanásia não significa assassinato, para mim significa descanso", afirmou.

"Eu não tenho medo de morrer", garantiu a belga, que quer ser lembrada como "uma mulher que gostava de rir e que só via o lado bom da vida, sem se queixar".

A lista de coisas que ainda quer realizar em vida é grande: gostaria de voltar a praticar acrobacia aérea, viajar ao Japão e organizar um museu consagrado a sua memória.

"Colecionei tudo: os artigos, as reportagens na televisão, as cartas de apoio, meu material esportivo. Esse é meu maior sonho, ter toda minha carreira em um museu".

A saltadora em distância Darya Klishina foi a única atleta russa autorizada a competir nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF), anunciou neste domingo a agência russa TASS.

"Recebemos respostas negativas para todo mundo, menos para Klishina", declarou a responsável jurídico do comitê olímpico russo, Alexandra Brilliantova, segundo a TASS.

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"Estou realmente contente. Agradeço a IAAF pela sábia decisão", comemorou a atleta de 25 anos.

"Esta decisão não me surpreende, mas é lamentável. A Iaaf deixou de lado a instância jurídica. É tempo de dissolver esta organização", criticou por sua vez ministro russo dos Esportes, Vitaly Mutko.

Em outro procedimento, 68 atletas russos acionaram o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) para conseguir a classificação a título individual para os Jogos, após a suspensão da Federação Russa de Atletismo pela Iaaf devido ao escândalo de doping em massa no esporte do país.

A decisão do TAS será divulgada em 21 de julho, cerca de duas semanas antes do início dos Jogos (5 a 21 de agosto), quando se saberá se estrelas como a bicampeã olímpica de salto com vara Yelena Isinbayeva ou o campeão mundial do 110 m com barreiras Shubenkov poderão estar no Rio.

.Por que Klishina foi repescada?

Porque ela atende os critérios rigorosos estabelecidos pelo Conselho da IAAF no dia 17 de junho, em Viena. Os atletas "não podem ter sido afetados pelo fracasso da federação russa em implementar um sistema eficiente de luta contra o doping". Eles precisam "provar que estão submetidos a esquemas de controles reconhecidos no exterior, durante um período suficientemente longo". Ou seja, Klishina atente esses critérios justamente por treinar fora da Rússia, na prestigiosa academia IMG, na Flórida, junto com o americano LaShawn Merritt, campeão olímpico dos 400 m em Pequim-2008, que chegou a ser suspenso por doping em 2010.

.Klishina é a única russa potencialmente repescada?

Em termos esportivos, sim, mas não necessariamente em termos 'diplomáticos'. A IAAF avaliou os 136 pedidos de repescagens de atletas russos com seu "Doping review Board", comissão de avaliação criada especialmente para a ocasião. Apenas Klishina foi repescada. Mas ao menos outra atleta pode ter a possibilidade de disputar os Jogos. Na semana passada, a IAAF tornou elegível a meio-fundista Yuliya Stepanova, que deu origem ao escândalo ao revelar o esquema de doping sistemático em documento do canal alemão ARD. Ou seja, ela deve sua repescagem a uma espécie de 'delação premiada'. Stepanova disputou o campeonato europeu, na última quarta-feira, em Amsterdã, mas foi eliminada logo nas séries dos 800 m. Com lesão na sola do pé, ela corre o risco de não poder competir no Rio.

.Klishina e Stepanova têm certeza de ir ao Rio ?

Não. Os problemas físicos de Stepanova podem não ser o único empecilho. A participação das atletas repescadas pela IAAF ainda precisa ser validada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). A IAAF só as autoriza a competir como neutras, por causa da suspensão da federação russa de todas as competições internacionais de atletismo. Mas o COI considera que elas podem usar as cores da Rússia, já que o Comitê Olímpico do país não foi punido, e atletas de outras modalidades poderão competir no Rio. Isso torna o caso de Stepanova mais complicado, já que a Rússia dificilmente vai aceitar convocá-la na sua delegação, por motivos óbvios: por ter denunciado o esquema, ela é considerada uma traidora.

.Isinbayeva e Shubenkov ainta têm chances de disputar os Jogos ?

Para eles, já não existe mais chances de acordo com os critérios esportivos estabelecidos pela IAAF. Mesmo assim, ainda existe a possibilidade de virar o jogo nos bastidores. O TAS ainda pode liberá-los a título individual. Além de Isinbayeva e Shubenkov, o atual campeão do salto em altura, Ivan Ukhov, também faz parte dos 68 atletas russos que acionaram o tribunal. A própria Darya Klishina participou da ação, para ter outra alternativa caso não fosse repescada pela IAAF. A decisão final será tomada no dia 21 de julho.

A presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Elizabeth Farina, afirmou nesta terça-feira (3), que o governo demonstrou "firmeza" em elevar a mistura de etanol anidro na gasolina para 27,5% caso os últimos testes de durabilidade dos motores, previstos para terminar em março, sejam positivos. "Faltam 30% dos testes", disse pouco antes de audiência do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com lideranças da cadeia produtiva de açúcar e etanol.

Farina participou na segunda-feira (2), de encontro com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, na qual se decidiu pela elevação do porcentual de anidro na gasolina de 25% para 27% a partir de 16 de fevereiro. A mistura vale para a gasolina C e deve ser oficializada hoje pela presidente Dilma Rousseff. Uma nova reunião com Mercadante está marcada para 8 de abril para se considerar o aumento da mistura também na chamada gasolina premium.

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A executiva da Unica destacou, ainda, que o setor prepara um conjunto de pleitos a ser levado ao governo para aumentar a participação do segmento na geração de energia elétrica nacional por meio da cogeração. Segundo ela, há a previsão, para abril, de um leilão de energia específico para a biomassa.

Sobre a saída do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues do Conselho Deliberativo da Unica Farina apenas comentou que uma reunião está prevista para esta terça-feira (3), entre os conselheiros para debater o assunto. A saída foi confirmada ontem por Rodrigues ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

O diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (3) que o aumento da mistura do etanol anidro à gasolina de 25% para 27,5% só não foi autorizado pelo governo por pressão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Segundo ele, na reunião para discutir o assunto, nesta semana, da qual participaram as duas entidades e o governo, a Anfavea informou que não havia uma definição técnica sobre o impacto do aumento da mistura em carros importados e sinalizou que 27,5% de etanol na gasolina poderia prejudicar bicos injetores e bombas de combustíveis nesses veículos.

"A Anfavea foi contra o aumento da mistura, por essa questão do impacto em carro importado e ameaçou responsabilizar o governo caso houvesse a necessidade de recall (futuro) nos veículos", disse Padua. O executivo explicou que a entidade deve fazer testes em 11 veículos importados até o final de janeiro e que uma nova reunião para discutir o aumento da mistura está programada para dia 2 de fevereiro de 2015. "Dentro do processo natural, aumento de mistura só deve ocorrer em 1º de março", disse, salientando que a Unica defende o aumento imediato do porcentual do anidro à gasolina.

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Procurada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a Anfavea informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o presidente da entidade, Luiz Moan, deve se manifestar sobre esse assunto nesta quinta-feira, 4, durante divulgação dos dados mensais do desempenho do setor automotivo, que deve ocorrer em São Paulo.

Cide

Outro pleito do setor de etanol para aumentar a competitividade do etanol, o retorno da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina, ocorrerá, segundo Padua, "não por conta das vantagens do etanol, mas porque o Tesouro está falido e precisa tributar", disse. Para o diretor da Unica, o governo ainda estaria inseguro em retomar a cobrança da Cide, de até R$ 0,28 por litro da gasolina, por conta da queda do preço do petróleo.

"O governo pode até ter insegurança em aumentar preço da gasolina na bomba, mas não tem alternativa a não ser acontecer esse aumento. Desde outubro do ano passado o Ministério da Fazenda sinaliza que precisa melhorar a arrecadação", disse. Padua afirmou ainda que certamente os R$ 0,28 por litro de gasolina não serão aplicados de uma vez só e que o retorno da Cide deve mesmo ser gradual.

A presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, disse que ficou muito decepcionada com o discurso da presidente Dilma Rousseff, na Confederação Nacional da Indústria (CNA). "Minha decepção é muito grande porque a palavra agroenergia não foi dita nenhuma vez no discurso da presidente", afirmou ela.

Em compensação, disse a presidente da Unica, tanto o candidato Eduardo Campos (PSB) quanto Aécio Neves afirmaram que o etanol e a agroenergia farão parte do plano estratégico deles. "Isso mostra que temos de incluir a agroenergia no processo de desenvolvimento do País".

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Farina disse que o mais estranho é que o assunto estava na pauta da sabatina da CNA e que a presidente não se lembrou dele. Ela afirmou que hoje o setor passa por uma séria crise. Quarenta e quatro usinas fecharam as portas e 60 estão em recuperação judicial. O setor tem ainda R$ 1,4 bilhão para receber de resíduos do PIS/Cofins, mas não há perspectivas de depósito do valor por parte do Tesouro antes de cinco anos.

As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul na primeira quinzena de maio somaram 957,25 milhões de litros, aumento de 3,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior (923,66 milhões de litros), informou nesta terça-feira, 27, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).

O crescimento decorre essencialmente da expansão do volume comercializado no mercado doméstico, que atingiu 911,23 milhões de litros (+5,9%), conforme a entidade. As exportações, por sua vez, alcançaram apenas 46,02 milhões de litros no período.

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No mercado interno, as vendas de etanol anidro totalizaram 400,40 milhões de litros na primeira metade de maio, alta de 14,1% sobre o valor registrado no último ano, quando, a partir de 1º de maio, a mistura do produto na gasolina aumentou de 20% para 25%.

O montante comercializado de etanol hidratado, por sua vez, ficou praticamente idêntico ao observado em 2013: 510,83 milhões de litros agora contra 509,34 milhões de litros em 2013.

De acordo com o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, "nas duas últimas semanas o uso do etanol hidratado passou a ser economicamente vantajoso em comparação ao da gasolina no Estado de São Paulo". Esse cenário deveria ser ainda mais positivo se a queda verificada no preço recebido pelo produtor já tivesse sido integralmente repassada ao consumidor, acrescentou.

Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e da Agência Nacional do Petróleo (ANP) destacados pela Unica mostram que nas últimas 6 semanas o preço recebido pelo produtor paulista diminuiu 15,3%, enquanto o preço pago pelo consumidor nos postos de combustíveis recuou apenas 3,4%. "Nesse ano, o repasse da queda de preço está mais lento. Esperamos que nas próximas semanas o consumidor possa verificar preços ainda mais atrativos na bomba, estimulando o consumo do biocombustível", comentou Rodrigues.

O ex-governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), palestra, nesta terça-feira (26), para a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), em São Paulo. Na agenda, o socialista deve articular com os pesquisadores o apoio à candidatura dele, além de coletar sugestões da classe para a construção do programa de governo que será apresentado durante a campanha. 

Ainda nesta terça, também em São Paulo, Campos se reúne com a União da Indústria de Cana de Açucar (Unica). O pernambucano vai receber do grupo um documento com solicitações e sugestões de debate para o pleito eleitoral. Na última semana, o presidente do conselho deliberativo da Unica, Roberto Rodrigues, afirmou o desejo dos empresários em discutir com os pré-candidatos à presidência da República as questões do agronegócio no país. 

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Principal entidade do setor produtivo de cana, etanol e açúcar, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) prepara a maior reestruturação interna em seus 17 anos de existência.

Com uma das piores crises setor sucroalcooleiro, a Unica deve reduzir em mais da metade o orçamento anual. Ele já foi de R$ 40 milhões, está em torno de R$ 23 milhões e irá para pouco mais de R$ 10 milhões. Consequentemente, haverá uma redefinição da agenda, da atribuição e do quadro funcional.

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No próximo dia 20 de maio, na reunião que deve alçar o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues à presidência do conselho deliberativo da Unica, representantes das cerca de 120 usinas associadas avaliarão, ainda, a redução na contribuição das empresas e o corte orçamentário. As medidas tentam deter a debandada de associados, preservar usinas em dificuldades, hoje insatisfeitas com o valor cobrado e, no futuro, a atrair novas empresas ou o retorno das dissidentes.

"A questão principal não é quem fica ou quem sai, mas qual será a agenda da Unica e a quais atividades vai se dedicar com outro orçamento", disse uma representante da associação ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.

A diretora presidente da Unica, Elizabeth Farina, confirmou que a reestruturação, iniciada timidamente em março com o fechamento do escritório em Ribeirão Preto (SP), será ampliada por causa das dificuldades do setor sucroalcooleiro. "Algumas usinas não estão tendo geração de caixa suficiente para pagar funcionários nem para manter a associação com a Unica", reconheceu a executiva.

Para o conselheiro da Unica e diretor de Cana-de-Açúcar do Grupo Tereos Internacional, Jacyr Costa Filho, a forte redução nos custos da entidade é uma adaptação à realidade do setor. A política de restrição aos aumentos da gasolina, adotada pelo governo, a consequente perda de competitividade do etanol sobre o combustível de petróleo, bem como a queda no preço do açúcar levaram ao fechamento de dezenas de usinas e outras à recuperação judicial.

Novo discurso

A Unica também mudou o discurso político e o trato com o governo federal. A tradicional postura de cautela foi substituída por contestações e ataques ao governo e a Petrobrás. Na primeira delas, em 15 de abril, a Unica criticou as declarações da presidente da Petrobrás, Graça Foster, de que o setor sucroenergético não ofertava mais etanol por falta de investimentos na produção.

Em nota, a Unica classificou as declarações "artifício de linguagem, utilizado para inverter a ordem dos acontecimentos e justificar os danos causados ao setor sucroenergético" pelo governo federal, controlador da Petrobras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) rebateu ontem (11) declarações do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes e Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, de que o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27,5% trará prejuízos ao consumidor.

A Unica afirma que não há risco de desgaste das peças, pois "são produzidas com amplas tolerâncias". Em estudo a ser entregue ao governo, a Anfavea afirma que há possibilidade de maior desgaste nos componentes metálicos e de borracha nos carros a gasolina, além de dificuldade na partida.

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A Unica é autora da proposta de aumento da mistura e discute o tema com o governo desde janeiro. A entidade também contesta, entre outros itens, a afirmação de que a medida vai gerar aumento de 20% nas emissões de aldeídos e de 75% nas de NOx (óxidos de nitrogênio).

Segundo a entidade que representa os usineiros, eventuais aumentos de emissões ficariam em torno de 15% para aldeídos e abaixo de 20% para o NOx. "Juntos, os impactos ambientais positivos com a mistura de 27,5% superam largamente o eventual aumento de emissões que poderia ocorrer", informa em nota.

Na lista de benefícios que a mudança traria estão, por exemplo, o impacto positivo nas contas da Petrobrás, ao reduzir a necessidade por produção ou importação de gasolina, e o impacto positivo para a balança comercial, além da melhora da qualidade do ar.

"A entidade entende que os argumentos de Moan não batem com dados que estão disponíveis", diz o diretor de comunicação corporativa da Unica, Adhemar Altieri. Procurada, a Anfavea não se pronunciou.

O aumento da mistura - nunca utilizada nessa proporção - está sendo avaliado pelos Ministérios da Agricultura e de Minas e Energia. O objetivo, segundo o governo, é atenuar o impacto do preço da gasolina para o consumidor e ajudar os produtores de cana-de-açúcar.

Segundo a Unica, há estimativas de que o setor pode perder de 40% a 50% das exportações de etanol anidro para os Estados Unidos neste ano. Aumentar a mistura seria uma forma de absorver essa demanda. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

O diretor técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues, defendeu o retorno da incidência da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina como "instrumento factível de estímulo ao investimento de longo prazo". Nesta quarta-feira, Pádua comentou, durante o 11º Seminário Guarani, o anúncio de incentivos pelo governo federal ao setor sucroenergético.

Quando foi zerada em 2008, a Cide sobre a gasolina A (pura) era de R$ 0,28 por litro. Se fosse retomada em igual patamar, o preço da gasolina C (com a mistura de 25% de etanol, que passará a valer a partir de 1º de maio) subiria em R$ 0,17, dando fôlego ao álcool.

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Pádua reiterou a avaliação da Unica de que a desoneração do PIS e do Cofins para o etanol, oficializada ontem) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, é medida de curto prazo. Porém, ressaltou que a entidade segue em diálogo com o governo federal para uma política de longo prazo ao setor.

O evento promovido pela Guarani, em São Paulo, reuniu empresários, autoridades e entidades ligadas do setor sucroenergético, um dia após a oficialização, pelo governo federal, de medidas de estímulo à cadeia produtiva da cana, como a redução do PIS e do Cofins para o etanol e uma linha de crédito para estocagem , com prazo de 12 meses e juros de 7,7% ao ano. Os juros do Pro-Renova, programa do BNDES para renovação do canavial, também foram reduzidos para 5,5%.

O presidente da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), Antônio Rodrigues Pádua, afirmou nesta quinta-feira que o aumento da mistura de álcool anidro na gasolina, de 20% para 25%, a partir de junho de 2013, já foi definido pelo governo. "Quando isso será divulgado é uma decisão do governo", afirmou, após participar de reunião tripartite no Ministério de Minas e Energia (MME).

Pádua reiterou que não faltará etanol no País. "Lógico que vai ter etanol, não tenham a menor dúvida. Temos cana e capacidade instalada para produzir, manter os níveis de exportação que temos hoje e aumentar a demanda de anidro para o nível de mistura de 25%", afirmou. Pádua disse ainda que a indústria está preparada para o aumento da demanda que ocorre, sazonalmente, em dezembro. O tema da reunião tripartite foi justamente esse. "A demanda cresce muito em dezembro e a reunião foi feita para ver se todos os atores estão preparados para que não tenhamos nenhum trauma no abastecimento no mês de dezembro", afirmou. "Não tem problema nenhum. Podem ficar tranquilos, os estoques estão suficientes para abastecer até o início da próxima safra."

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