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Em entrevista ao UOL nesta quinta-feira (14), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, voltou a defender a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mesmo em meio à pandemia da Covid-19. Argumentando que o Governo Federal adotou medidas para garantir a segurança dos candidatos, como o estabelecimento de distanciamento social e uso de máscaras e álcool em gel, Lopes ainda citou que, em muitas cidades, bares e shoppings estão funcionando, o que justificaria, em sua visão, a manutenção das provas impressas.

“Nós estamos garantindo a segurança da aplicação. Se você for hoje nas cidades, onde tem shoppings abertos, bares abertos, restaurantes abertos... Por que eles estão abertos? Porque as autoridades locais dizem que se você seguir os protocolos de segurança, você pode ir no restaurante, shopping, no bar, tem que usar máscara e álcool em gel”, declarou o presidente do Inep ao UOL.

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Lopes continuou sua argumentação em defesa da realização do Enem: “Se há o entendimento de que para certas atividades, cumprindo os protocolos, você tem a segurança, com os nossos protocolos, a gente entende que é seguro fazer a prova do Enem”.

Algumas autoridades não concordam com a aplicação das provas do Enem no domingo (17) e no dia 24 deste mês, com receio de que os candidatos sejam contaminados pela Covid-19. A Justiça Federal no Amazonas, por exemplo, mandou suspender o processo seletivo, e a Prefeitura de Manaus não liberou as escolas municipais para que os candidatos façam o Exame.

Ontem, em entrevista à CNN, Alexandre Lopes chegou a afirmar que as cidades que impedirem a aplicação da prova poderão ficar de fora do Enem 2020. No entanto, o G1 publicou uma matéria em que o Inep informou que em municípios nessa situação haverá uma reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro. O LeiaJá questionou o Instituto, desde essa quarta-feira (13), a respeito dessa questão da reaplicação, mas até o fechamento desta matéria, o órgão não nos respondeu.

Em um comunicado oficial por meio das redes sociais, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, afirmou, nesta quarta-feira (6), que os estudantes estão “prontos para fazer uma excelente prova” do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

"Fiquem tranquilos, nós estamos prontos para aplicar a prova e tenho certeza que você está pronto para fazer uma excelente prova agora em janeiro. Boa sorte!", disse o presidente. Ele ainda garantiu que todas as medidas de segurança estão sendo tomadas: “Nessa reta final, você participante, você familiar, fiquem tranquilos, o Inep tomou todas as medidas necessárias para garantir uma aplicação do Enem com tranquilidade e segurança para você que vai fazer a prova e para aqueles que vão trabalhar no primeiro dia”. 

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Conforme o presidente do Inep, dentre as normas implementadas para a segurança dos participantes estão o maior afastamento das pessoas, menos estudantes em sala de aula, identificação dos alunos fora da sala, higienização completa nas escolas antes e depois da prova, uso de máscara o tempo todo, podendo ser tirada apenas na hora de comer ou para identificação.

As provas impressas do Enem serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro. A versão digital ocorrerá nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, usou o Instagram oficial da entidade para mandar uma mensagem aos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No post, Lopes garantiu que o processo seletivo está organizado e pronto para ser aplicado.

"O Enem está chegando. Está tudo pronto para que você possa realizar a sua prova com tranquilidade", disse o presidente do Inep nesta terça-feira (22). Lopes ainda garantiu que haverá distanciamento nas salas de aplicação, além de serviços de higienização para combater a proliferação do novo coronavírus.

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Segundo o gestor, a identificação dos candidatos será realizada do lado de fora das salas e o uso da máscara é obrigatório; na hora do lanche, porém, os estudantes poderão tirar o objeto para mastigar.

Por fim, o presidente do Inep orientou que os estudantes atentem para os locais de prova, por meio do Cartão de Inscrição. A fala foi criticada, já que os candidatos ainda não acessaram à informação por falta de divulgação do Inep. Lopes ainda falou: “Tenha calma, estude nesta etapa final, que nós cuidamos da aplicação”.

As provas do Enem impresso serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. No primeiro dia do Exame, os candidatos responderão questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação. Já no segundo dia, haverá quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, reafirmou que não haverá a edição 2020 do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa, realizada na manhã desta terça-feira (20).

Lopes ainda enfatizou que pretende entender quais os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus no ensino superior, uma vez que essa avaliação do Enade ocorre nas modalidade des ensinos presencial e educação a distância (EAD). O presidente aproveitou a oportunidade para reafirmar que o adiamento do Enade 2020 foi uma definição acordada nacionalmente com as Instituições de Ensino Superior (IES).

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O Enade 2020 iria avaliar 30 áreas que compõem o Ano II do Ciclo Avaliativo do exame que estava programado para o dia 22 de novembro. A nova data de aplicação apenas deverá ser definida em 2021.

Começou, nesta sexta-feira (15), o 4º Congresso Nacional da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) que discute os impactos da pandemia da Covid-19 na comunidade escolar e como ficarão as escolas particulares a partir de 2021. O Congresso segue até este sábado (26), por videoconferência.

Neste primeiro dia, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, foi um dos convidados que discutiu a nova matriz do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O evento também contou com a participação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que destacou a importância da escola privada no sistema educacional brasileiro.

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“Percebemos pelos números o impacto das escolas privadas no país, principalmente neste momento que estamos vivendo. Os questionamentos e dúvidas que temos estão presentes em outros países também. Por isso, são tão importantes os debates como este, para estudarmos as consequências e o que podemos fazer adiante”, afirmou o ministro, segundo a nota divulgada pela assessoria de imprensa do Inep.

Alexandre Lopes ressaltou, no congresso, a participação das escolas particulares nas novas avaliações do Instituto, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). “O Saeb é aplicado a cada dois anos. A partir de 2021, vamos mudar essa temática e abranger toda a educação básica, desde o 2º ano do fundamental. A avaliação vai ocorrer todos os anos. Vamos avaliar também todas as escolas privadas”, ressaltou, em nota, o presidente do Inep.

Para quem está no ensino médio, a expectativa é o Enem Seriado, que será aplicado já em 2021, a partir da implementação do Novo Saeb. “O Enem seriado não vai substituir a prova tradicional e será opcional após o primeiro ano, em 2021”, destacou Alexandre Lopes.

A prova do Saeb ainda é aplicada a cada dois anos, no 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e na 3ª série do ensino médio. Com as novas mudanças, a avaliação será anual e alunos de todas as etapas escolares participarão do exame.

Lopes explicou que o desempenho do jovem que estiver na 1ª série do ensino médio em 2021 será somado ao de 2022 e 2023, para que ele concorra a uma vaga de ensino superior em 2024. Pedro Flexa Ribeiro, diretor da Fenep, pontuou, em nota, os desafios das novas avaliações. “Devemos ter claros os cuidados para não engessar o sistema. O trabalho maior é pela dimensão continental e aliado ao desenvolvimento logístico e tecnológico que é proposto. A educação brasileira tem melhorado, mas é um consenso que precisamos avançar esse processo”, avaliou.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, afirmou na tarde desta segunda-feira (11), em entrevista concedida ao LeiaJá, ter sugerido a oferta de 100% das vagas para alunos egressos de escolas públicas em 2020 à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras instituições que têm pedido o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

“Eu já propus a instituições de ensino superior, por exemplo, que elas aumentem a oferta de vagas para as políticas de cotas. Hoje por exemplo, a UFRJ fala em adiamento do Enem, porque é que a UFRJ não aumenta a política de cotas dela? Oferece mais vagas para os alunos da escola pública? Porque a UFRJ não garante 100% de suas vagas para estudantes da rede pública? É uma medida que vai combater a desigualdade, a UFRJ poderia oferecer 100% de suas vagas só para alunos de escolas públicas esse ano. Se eles estão tão preocupados com isso, porque não aumentam as políticas de cotas? Aí vai ajudar o estudante da escola pública que teve dificuldade esse ano”, disse o presidente da autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC) que organiza e executa o Enem.

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Na visão de Lopes, as políticas para garantir o acesso e combate às desigualdades são variadas e de atribuição do MEC, que seria, em sua visão, o órgão responsável por formular políticas públicas para reduzir desigualdades entre estudantes. “Quando você pega as universidades públicas federais, muitas têm as políticas de cotas. Política de cota é uma forma de corrigir uma desigualdade, seja cota racial, seja cota social”, afirmou o presidente do Inep. 

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O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entidade responsável pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Alexandre Lopes, participa de uma live, nesta segunda-feira (11), no LeiaJá, por meio do projeto Vai Cair No Enem. Lopes explica detalhes do Enem Seriado, bem como abordarda os impactos da pandemia do novo coronavírus na organização da prova deste ano.

A transmissão é realizada por meio do Instagram @vaicairnoenem, youtube.com/vaicairnoenem e no YouTube do LeiaJá. Confira:

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Em parceria com o LeiaJá, o projeto Vai Cair No Enem reúne dicas, questões, dinâmicas, aulas exclusivas e notícias sobre o Exame. Professores de várias cidades brasileiras compartilham conteúdos sobre os principais assuntos cobrados na prova.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entidade responsável pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Alexandre Lopes, confirmou uma live, para esta segunda-feira (11), no LeiaJá, por meio do projeto Vai Cair No Enem. A partir das 16h, Lopes promete explicar detalhes do Enem Seriado, bem como abordaremos os impactos da pandemia do novo coronavírus na organização da prova deste ano.

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A transmissão será por meio do Instagram @vaicairnoenem e no youtube.com/vaicairnoenem. Os candidatos podem enviar suas perguntas antes da live, bem como durante a entrevista; nossa produção selecionará alguns questionamentos para serem feitos ao presidente do Inep.

Em parceria com o LeiaJá, o projeto Vai Cair No Enem reúne dicas, questões, dinâmicas, aulas exclusivas e notícias sobre o Exame. Professores de várias cidades brasileiras compartilham conteúdos sobre os principais assuntos cobrados na prova.

Ainda era domingo, 3 de novembro de 2019, primeiro dia de aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quando o ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu publicamente que uma foto da proposta de redação tinha vazado. Como a divulgação nas redes sociais só foi feita quando os participantes já estavam fazendo as provas, o posicionamento do ministério foi manter o Enem. “Tudo segue normal”, disse o ministro no evento que se configurou como o primeiro em uma sequência de erros e polêmicas. 

Meses depois, em 17 de janeiro de 2020, com os vazamentos sendo investigados pela polícia e pouco antes de divulgar as notas dos participantes, Weintraub afirmou que em 2019 o primeiro exame da gestão Bolsonaro foi “o melhor Enem de todos os tempos” e tentou justificar sua satisfação: “Não teve polêmica, foi tudo muito aceito. A gente não teve problema operacional nenhum a cargo do MEC. A única coisa que houve, pontualmente, foi uma tentativa de sabotagem, uma pessoal que já está com a Polícia Federal. Então não prejudicou nada", disse o ministro. 

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A divulgação dos resultados dos participantes, que começaram a questionar as notas baixas demais para o número de acertos, forçou o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a admitir a inconsistência nas notas de cerca de seis mil estudantes que fizeram as provas do Exame

Em meio a batalhas judiciais contra as notas do Enem, o calendário do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e outros programas do Governo Federal que chegaram a ser suspensos por liminares, os participantes do Enem passam a desconfiar cada vez mais da segurança da prova, enquanto na visão de Alexandre Lopes, presidente do Inep, o erro nas notas “não foi significativo”. Diante disso, cabe o questionamento: Afinal foi mesmo o melhor Enem de todos os tempos, como avalia o ministro da Educação? 

Paulo Uchôa/LeiJáImagens/Arquivo

Estado de letargia

Ao avaliar os resultados do Enem 2019, o ministro Abraham Weintraub afirmou que esta edição do exame “fecha uma grande era”, além de afirmar que não houve polêmica nem “ideologia”. Questionada sobre como analisa o posicionamento do governo, a professora de português, redação e literatura Fernanda Pessoa lembra que as controvérsias começaram muito antes dos erros nas notas, quando, por exemplo, temas como a Ditadura Militar não aparecem na prova. Ela também apontou outras contradições. 

“Quando o tema da redação foi democratização do acesso ao cinema no Brasil, o país passando por uma fase de retirada de investimento do cinema, da Ancine, da cultura. Primeiro ponto completamente controverso é discutir democratização de acesso ao cinema em um momento em que não se tem investido em arte. Principalmente dentro da análise do preconceito ideológico, do que já aconteceu de censura”, explicou a professora.

Comparando o caso de 2019 com erros do Enem de outros anos, Fernanda explica que “já tinha tido um vazamento no Enem há muito tempo só que na época reconheceram o erro e cancelaram o exame. Este ano a sensação que eu tenho, se eu tivesse que resumir tudo numa palavra seria letargia”.

Ela continua, explicando que “existem empresas no Brasil que são especialistas em calibragem da TRI, na minha opinião é a única forma de tornar o processo transparente. (...) Eu acho que todos os erros deste ano não se comparam. Na minha opinião, erro de retirada de conteúdo importante, o erro da nota, vazamento de resultado antes da hora e o não reconhecimento. Eu acho que o mais complicado é você não aparecer para explicar o que está acontecendo e não haver nenhum tipo de investigação”. 

Para a professora, o abalo emocional sofrido pelos estudantes é, com certeza, a maior consequência de todos os problemas constatados no Enem 2019. “Eu recebi aluno que o sonho foi medicina a vida toda, foi para agronomia. Outra o sonho era medicina, mas passou em direito, foi para direito na federal. Tanto a gente vai ter mais um profissional frustrado porque tá indo para uma área porque a nota deu como tem chance de esse menino entrar na faculdade, começar a cursar, depois abandonar a vaga, volta pro cursinho e a vaga fica ociosa”, disse Fernanda. 

Antônio Cruz/Agência Brasil

“O ministro, aparentemente, está despreparado”

Para o professor de redação e linguagens Isaac Melo, a avaliação que o ministro da Educação faz a respeito do Enem 2019 “não é verdade”. “Imagina a seguinte situação: eu faço um concurso envolvendo milhões de pessoas em todo o Brasil, que para a sua execução gasta milhões de reais, e ter a clareza de seu resultado questionado. Como assim? Como é que eu corrijo uma prova de uma cor, tendo o sistema entendido que é outra? Isso é um problema gravíssimo!”, criticou ele. 

O professor Isaac afirma que é difícil pensar em perfeição ao organizar uma prova do tamanho do Enem, mas que se faz necessário buscar minimizar as falhas e responder melhor a problemas e tentativas de fraude.

“Já houve uma edição do Enem em que a prova foi vazada. Quando a gente tem uma prova de redação, uma fotografia que sai antes, significa que por trás existe um crime de determinada pessoa e fica-se questionando se a prova vai ou não ser aplicada, se a pessoa acertou ou não aquele tema. Mas, dessa vez, dois problemas me pareceram completo despreparo, falta de qualidade de um planejamento mais sério, falta de conhecimento e domínio do que seria a aplicação de uma prova da magnitude do Enem”, disse o professor. 

Ainda de acordo com Isaac, o descrédito dos estudantes em relação à segurança do Enem aumenta com o fato de que os erros cometidos na edição de 2019 não têm origem em fatores externos, mas no próprio esquema de logística do exame. “O erro que aconteceu foi da gráfica, o sistema de dentro da coisa errou, então isso significa dizer que existe um problema que não foi percebido a tempo. É um problema de dentro da própria ideia de estratégia logística de correção da prova, então é culpa do governo. O ministro, aparentemente, está despreparado para lidar com a pauta para a qual ele foi contratado, convocado e posto na condição de ministro da Educação”, disse o professor.

Entre os erros cometidos pelo governo em busca de uma solução para o problema, Isaac cita a demora para agir. “O governo quando não responde a todos os e-mails direcionados na tentativa de revisar a nota que foi tirada, então isso já vai descredibilizar e ao mesmo tempo aterrorizar [o estudante]. O que é sonho vira pesadelo”, declarou Isaac. 

Para devolver clareza e credibilidade ao Enem, e também ao Sisu, o professor Isaac Melo aponta a divulgação de quais questões são fáceis médias ou difíceis e suas respectivas pontuações conforme a Teoria da Resposta ao Item (TRI). Além disso, o professor também defende um aumento da transparência da concorrência do Sisu durante o período de inscrição. 

“Supondo que um aluno está na posição 30 de um curso de medicina com 120 vagas, a gente tem que saber quem são essas 120 pessoas com nome completo, número de inscrição, nota e pesos. Este ano o sistema permitiu, por uma falha, que o aluno colocasse como primeira e segunda opção, a mesma faculdade e mesmo curso. Ele aparecia mais de uma vez, isso já deixava muito claro que havia um grave problema nesse processo de listão”, disse.

O LeiaJá procurou a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC), responsável pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma vez que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é uma autarquia federal vinculada ao MEC, em busca de uma posição sobre o debate levantado pela reportagem. No entanto, até o momento da publicação não obtivemos nenhum retorno.

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O presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), José Francisco Soares, apresentou ao Ministério da Educação (MEC) seu pedido de demissão. Soares alegou motivos pessoais para justificar a saída ao ministro Aloizio Mercadante.

O Inep é o órgão responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de outras avaliações da educação básica e do ensino superior no Brasil, como a Provinha Brasil e o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). O pedido de Chico Soares, como é conhecido, foi feito na segunda-feira (29), e confirmado nesta terça-feira (1º), pela assessoria do Instituto. Em nota, o órgão informou que Mercadante agradeceu o trabalho de Soares à frente do Inep e disse que o nome para substituir o ex-presidente será anunciado nos próximos dias.

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Soares assumiu a autarquia em fevereiro de 2014, nomeado pelo então ministro da Educação, Henrique Paim. O ex-presidente do órgão completou dois anos à frente do Inep no último dia 12.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Claudio Costa, anunciou, nesta quinta-feira (21), que “inserções indevidas, como deboches e brincadeiras” devem ser punidas nas redações do próximo edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além disso, conforme informações do Portal IG, haverá alterações no modelo de correção dos textos.

As redações, como as divulgadas esta semana, em que os candidatos escreveram 'receita de miojo' e 'hino do Palmeiras' não serão corrigidas. De acordo com Costa, é necessário que os deboches sejam punidos em respeito aos candidatos que realizam a prova de forma séria. Em depoimento ao IG, o presidente do Inep disse que a correção “vai dar mais trabalho aos corretores, claro, mas estou convencido de que será necessário”.

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Atualmente, o edital do Enem não tem como previsão a eliminação de estudantes que mantêm o raciocínio no contexto geral da redação. Segundo Costa, boa parte dos “feras” faz o exame sob pressão, e, no universo pedagógico, esquecimentos ou desvio do tema podem acontecer. “Mas o que coloca deliberadamente esse tipo de coisa tem de ser penalizado. A correção não é feita ao acaso. E elas foram tão corretas que as notas foram parecidas”, completa o presidente, conforme informações do IG. Dados do Inep mostram das 4,1 milhões de redações corrigidas, apenas 300 tiveram informações inseridas indevidamente.

Técnicos do Inep ainda farão, em trabalho conjunto com organizadores das provas do Enem, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da UnB (Cespe) e a Cesgranrio, um debate sobre a os padrões de correção das redações. Os editais do exame aceitam deslizes feitos pelos estudantes durante o texto, como por exemplo, erros de concordância ou grafia, porém, isso não desqualifica os textos bons.

Sendo assim, segundo informações do IG, casos como os divulgados pelo jornal O Globo em que textos nota 1000 (a escala varia de 0 a 1000) apresentavam erros de grafia das palavras, como “trousse”, podem ocorrer. De acordo com o Inep, somente 1,7% das redações do Enem alcançaram mais de 900 pontos, e dessas, 2 mil receberam nota máxima.

Com informações do Portal IG  



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