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Mais de R$ 1,2 milhão apreendidos, 34 mandados de prisão, 104 de busca e apreensão e 16 estabelecimentos comerciais fechados. Este foi o saldo das duas fases da Operação Trevo, empreendida pela Polícia Federal para desarticular um esquema nacional de lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho, máquinas caça-níqueis e da venda de bilhetes de loteria. O balanço final foi divulgado nesta segunda (24).

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Pernambuco Dá Sorte, Aky Loterias, Banca Paraibana e Banca Aliança foram algumas das entidades investigadas e fechadas após a descoberta das práticas ilícitas. De acordo com a Polícia Federal, a organização criminosa, que agia em 13 Estados brasileiros, operava por meio de loterias estaduais; o dinheiro arrecadado era encaminhado a empresas filantrópicas de fachada, o que fazia os valores retornarem, ilicitamente, ao grupo.  

Outra ramificação do grupo, com sede em São Paulo, era responsável pelo fornecimento das máquinas eletrônicas – os caça-níqueis – tanto para dentro do País, como para outras nações. Havia ainda uma instituição que atuava como seguradora das bancas de jogo do bicho no Nordeste que movimentou bilhões de reais pelas investigações da Polícia.

Vários representantes das empresas foram ouvidos pela Polícia, sendo alguns liberados por determinação da Justiça. Todos os investigados responderão pela prática de contrabando, crime contra o Sistema Financeiro Nacional e contra a Economia Popular, além de jogo de azar e lavagem de dinheiro. Com a soma das penas, caso condenados, os envolvidos pegarão mais de 30 anos de prisão. Confira, abaixo, os números gerais da operação:

Total da Operação

460 policiais envolvidos

11 mandados de prisão temporária

23 mandados de prisão preventiva

104 mandados de busca e apreensão

25 Mandados de Intimações Coercitivas

47 mandados de sequestro de valores, sequestro de bens imóveis e de automóveis de luxo

302,6 milhões de reais

360 mil dólares

19 veículos de luxo

16 estabelecimentos fechados: Banca Aliança, Aky Loterias, Banca Paraibana e Banca Sonho Real

02 revólveres

12 notebooks

Vasta documentação

O ex-primeiro-ministro português José Sócrates foi detido pela polícia durante uma investigação de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude fiscal, informou o escritório da Promotoria Geral de Portugal neste sábado (22).

Sócrates, que foi primeiro-ministro de Portugal de 2005 a 2011, foi detido na noite de sexta-feira com outras três pessoas, segundo comunicado publicado pela promotoria. O ex-líder socialista de centro-esquerda foi detido quando chegava ao aeroporto de Lisboa num voo vindo do exterior e passou a noite sob custódia policial, segundo a emissora de televisão S.I.C. Noticias.

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A investigação se concentra em transferências bancárias, afirma a promotoria. Os detidos devem comparecer perante um juiz investigativo, para interrogatório, neste sábado. O documento não traz detalhes do caso, citando a lei de segredo de justiça, que proíbe a divulgação de detalhes de investigações em andamento.

A prisão do ex-líder, de 57 anos, é o terceiro maior escândalo em Portugal em quatro meses, após o colapso do maior bando listado em bolsa do país, o Banco Espirito Santo, e a prisão do chefe do serviço de imigração, suspeito de corrupção.

Sócrates, engenheiro civil e ex-ministro do Meio Ambiente, venceu as eleições de 2005 e foi reeleito em 2009. Ele se lançou como um liberal modernizador e aprovou o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexto em país, onde a maioria dos cidadãos é católica. O ex-premiê também liderou o desenvolvimento de políticas ecológicas que colocaram Portugal na vanguarda dos esforços europeus para adotar o uso de energias renováveis.

Mas sua popularidade despencou depois de o país precisar de um socorro internacional de 78 bilhões de euros em 2011, em grande parte decorrente dos gastos excessivos e da alta dívida do governo. Ele perdeu as eleições realizadas meses após o socorro financeiro e mudou-se para Paris, onde foi estudar numa universidade e se tornou consultor de negócios internacionais. Fonte: Associated Press.

Uma operação da Corregedoria da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, prendeu nesta sexta-feira (21), o delegado de polícia Nivaldo Martins Coelho, titular da Delegacia de Birigui e diretor da Cadeia Pública de Penápolis, cidades do interior de São Paulo.

O delegado, que era investigado por promotores e corregedores havia quatro meses, é suspeito de cometer crimes de peculato e corrupção ativa ao participar de um esquema de fraudes para recuperar e colocar no mercado carros roubados, apreendidos e descartados em sinistros de seguradoras.

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O delegado foi preso na chácara onde mora, em Penápolis, mas as três equipes de corregedores, de São Paulo, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, que participaram das buscas junto com promotores de Justiça de Araçatuba, também revistaram as salas do delegado em Birigui e Penápolis - além de casas de despachantes das duas cidades.

No total foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e, além do delegado, um homem, responsável pelo serviço de guincho da cidade de Birigui, também foi preso, acusado de desbloquear e liberar os veículos apreendidos. O delegado seria transferido ainda nesta sexta-feira para um presídio da capital paulista.

Um ônibus foi depredado na Avenida Conde da Boa Vista, na área central do Recife, no fim da tarde desta quinta-feira (20). De acordo com a Polícia Militar (PM), três homens começaram a depredar o coletivo e houve tumulto na via. Quem passava pelo local, segundo a polícia, ficou bastante assustado. 

Ainda de acordo com a PM, os passageiros que estavam dentro do ônibus ligaram para fazer a denúncia. Três pessoas foram presas na ocorrência e encaminhadas para a Central de Plantão da capital, situada no bairro de Campo Grande, onde prestam depoimento. A PM não informou o motivo do ato de vandalismo.

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A Companhia de Trânsito e Urbano (CTTU) informou que agentes foram enviados para o local e a via já está liberada para o tráfego de veículos e coletivos. Abaixo, confira ao vivo o trânsito da via:  

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O diretor da companhia proprietária do ferry Sewol, cujo naufrágio na Coreia do Sul matou 304 pessoas, a maioria estudantes, foi condenado nesta quinta-feira a dez anos de prisão.

Kim Han-Sik, diretor-geral da empresa Chonghaejin Marine Co, à qual pertencia a embarcação que afundou em 16 de abril ao sul da península, foi considerado condenado por homicídio culposo por ter permitido que o ferry navegasse superlotado e por autorizar sua ampliação para admitir mais passageiros.

Outras dez pessoas também foram julgadas e condenadas a penas de diversos graus. Apenas uma foi absolvida.

No último dia 11, um tribunal sul-coreano condenou a 36 anos de prisão o capitão da balsa.

Lee Joon-Seok, de 69 anos, foi acusado de ter abandonado os 476 passageiros da embarcação. A promotoria havia solicitado a pena de morte para o comandante.

Após cinco meses de um julgamento marcado por depoimentos dolorosos, o tribunal considerou que a promotoria não conseguiu comprovar a acusação mais grave apresentada contra o capitão, a de homicídio por negligência.

Os juízes o consideraram culpado de abandonar os deveres como capitão, ao deixar a balsa quando centenas de passageiros permaneciam a bordo.

Parentes das vítimas presentes no tribunal da cidade de Gwangju (sul do país) reagiram enfurecidos com a absolvição da acusação de assassinato.

O magistrado, no entanto, destacou que se Lee e sua tripulação tivessem atuado de maneira correta no momento em que a embarcação sofreu os primeiros problemas, muitas vidas poderiam ter sido salvas.

Após a tragédia, o capitão e a tripulação foram muito criticados em um país abalado pela perda de tantos jovens. A presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, afirmou publicamente que as ações eram "equivalentes a assassinato".

Além do abandono da embarcação, os acusados foram condenados pela ordem que deram aos passageiros para que permanecessem onde estavam no momento em que a balsa começou a virar perigosamente.

Lee admitiu no julgamento que o pânico o paralisou e que não conseguiu adotar as medidas adequadas para tentar salvar os passageiros. Mas negou a intenção de sacrificar vidas.

A "Sewol", de 6.825 toneladas, transportava 476 pessoas no momento da tragédia. Dos 304 mortos, 250 eram alunos da mesma escola secundária.

O tribunal criticou a empresa que operava a "Sewol", a Chonghaejin Marine, por falta de formação adequada à tripulação.

Um crime bárbaro, realizado no interior da Bahia, teve desfecho no Recife, na última terça-feira (18). A Polícia prendeu Alexandre Souza Pires, de 33 anos, pelo assassinato da namorada Ana Carolina Oliveira Santos, 31. O acusado estava foragido desde agosto, quando o corpo da vítima foi encontrado enterrado na casa do então companheiro, no município baiano de Conde. Com vários sinais de tortura, o corpo da vítima estava com um enforcador – utilizado como coleira em cachorros ferozes – ao redor do pescoço.

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A história é complexa. Ana Carolina foi namorada de um irmão de Alexandre Souza, há seis anos, com quem teve um filho. Os dois nunca haviam se conhecido. Ao ver uma foto recente da mulher com o sobrinho (criado pelos pais da vítima), Alexandre teria se apaixonado de imediato e entrou em contato com Ana pela internet. Moradora de Eunápolis, também na Bahia, a mulher visitou Alexandre no município de Conde e os dois iniciaram o relacionamento. Foi quando Alexandre, vigilante de uma residencial, começou a receber telefonemas anônimos afirmando que, enquanto trabalhava, a namorada o traía com o irmão.

“Ele afirmou ter descoberto que quem fazia os telefonemas para ele era uma mulher que era apaixonada por Ana Carolina, em Eunápolis. Não sabemos se é fato ou se é coisa da cabeça dele”, disse a delegada Beatriz Gibson, da Delegacia de Capturas, em coletiva à imprensa, nesta quinta-feira (20). No depoimento, o homem disse que, em uma noite, acordou com Ana Carolina com uma faca perto dele. Para se defender, agarrou a mulher e a esfaqueou no pescoço. Quando percebeu que a tinha matado, se desesperou e a enterrou no quintal. Ele nega qualquer prática de tortura e o uso do enforcador na vítima.

Alexandre Souza fugiu quando a Polícia começou a inquiri-lo, na Bahia. Passou por Sergipe e veio para o Recife, onde alugou um apartamento e começou a trabalhar na Ceasa. A Polícia Civil de Pernambuco soube do caso pela internet e iniciou as investigações. Ele foi preso na última terça-feira e encaminhado ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), onde aguarda o posicionamento da Justiça para ser encaminhado de volta à Bahia.

Segundo Beatriz Gibson, além de assassinar a companheira, Alexandre Souza fez de tudo para esconder o fato. “Após a morte, ele queimou as roupas da vítima e jogou a bolsa no lixo. A um vizinho que viu ele cavando no quintal, Alexandre disse que um dos cachorros tinha morrido. Como tinha a senha do Facebook da namorada, respondia às mensagens das pessoas para evitar a suspeita sobre o seu desaparecimento. Depois de preso, ele disse que o mais difícil é que não para de pensar nela. Não consegue tirá-la da cabeça, porque era muito apaixonado”.

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Após investigações de policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), três pessoas foram presas, nesta quarta-feira (19), na Linha do Tiro, Zona Norte do Recife. Com o trio, a Polícia Federal apreendeu 14 tabletes de maconha (equivalente a 13,8 quilos) e mais de R$ 15 mil em espécie. Os três foram autuados por tráfico de drogas e associação.

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Vestidas com fardas de escola pública do Estado, para evitar suspeitas na Polícia, Josivânia Maria da Silva, de 19 anos, e Gabrielly dos Santos Lopes, 22, foram detidas quando se encontraram em uma parada de ônibus, ambas portando mochilas nas costas. Questionadas pelos policiais, as duas afirmaram receber a droga de Mario Braz da Cunha Júnior, 32 anos; a Polícia se dirigiu à casa informada pelas duas mulheres e encontrou o suspeito, que confessou a prática. 

Na casa, a Polícia apreendeu o dinheiro, além de uma moto e os celulares dos suspeitos. Segundo a investigação, a droga é oriunda do Paraguai. As duas mulheres detidas eram orientadas por um detento que cumpre pena no Presídio de Igarassu. Ambas receberiam R$ 2 mil pela entrega da droga a outro traficante. As duas foram encaminhadas à Colônia Penal Feminina Bom Pastor, enquanto Mario Braz foi levado ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.

Balanço

Esta é a 31ª apreensão de drogas realizada pela Polícia Federal em Pernambuco, apenas em 2014. Já foram recolhidos 139,4 kg de pasta base de cocaína, 11,8 kg de crack, 4,9 kg de maconha, 30,5 kg de haxixe e 43 kg de cocaína pura, além de 9 mil comprimidos de Artane (responsável pela tradicional “boa noite, cinderela”). Ao Toto, 35 pessoas foram presas. 

O ex-goleiro Edson Cholbi do Nascimento, filho de Pelé e conhecido como Edinho, foi preso na tarde desta terça-feira, 18, no Fórum de Praia Grande (SP) após ser expedida uma ordem de captura referente a um processo de lavagem de dinheiro. Ele foi condenado a 33 anos e 4 meses de reclusão e aguardava em liberdade o julgamento de um recurso de apelação.

Edinho foi preso no momento em que compareceu ao fórum da cidade do litoral paulista acompanhado de seu advogado, cumprindo medida cautelar de comparecer mensalmente à presença do juiz, com o objetivo de prestar contas de suas atividades.

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Em julho deste ano, o ex-jogador, que exerce o cargo de auxiliar técnico efetivo do Santos FC, ficou preso na Cadeia Pública de Santos por não ter apresentado seu passaporte à Justiça. Ele alegou que havia perdido o documento e que não pretendia deixar o País.

No último mês de maio, Edinho e mais quatro réus foram condenados a 33 anos de reclusão, em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro procedente do tráfico de entorpecentes. Um dos réus, Ronaldo Duarte Barsoti de Freitas, conhecido como Naldinho, está desaparecido há seis anos.

A partir de informações repassadas pelo Disque-Denúncia, policiais da Companhia Independente de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac) apreenderam duas espingardas, um revólver e centenas de munições das mais diversas categorias. A ocorrência foi registrada no município de Sairé, no Agreste do Estado, no último sábado (15). 

As armas estavam de posse de Lourival Joaquim da Silva (idade não revelada), preso e encaminhado ao Presídio de Caruaru. No momento da abordagem policial, o acusado tentou subornar o policiamento com uma quantia de R$ 3 mil em espécie. Lourival tinha, entre outros materiais, duas espingardas 12, uma 38, coldres de couro e remuniciador rápido de revólver. 

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Um jovem de 19 anos foi preso após comprar dinheiro falso pelo Facebook e repassar a moeda em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Polícias Militares chegaram até Pedro Henrique Tavares de Oliveira após uma abordagem de rotina no calçadão da beira mar de Casa Caiada.

Na ocasião, os agentes prenderam algumas pessoas com uma pequena quantidade de maconha e quatro notas falsas de R$ 50. A ação foi realizada nesse sábado (15).

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Na delegacia, os suspeitos afirmaram desconhecer a falsidade da moeda, alegando ter recebido o dinheiro de um suspeito identificado como Pedro. O valor teria sido repassado na venda de um aparelho celular.

Para tentar chegar até o suspeito, o detido que estava com as notas ligou para Pedro e marcou um encontro em um posto de gasolina. Toda a ação foi acompanhada de longe por policiais militares, que abordaram o homem, encontrando com ele mais R$ 200 falsos.

Os policiais seguiram para a casa do jovem, onde apreenderam 23 notas falsas de R$ 50 e sete de R$ 100, totalizando R$ 2.250. Ele informou ter comprado as notas através de uma oferta de dinheiro falso num perfil do Facebook no qual pagava R$ 1 verdadeiro para cada R$ 3 falsos. 

Após contato com o falsário foi fornecido o número da conta corrente onde chegou a depositar a quantia de R$ 1 mil e recebeu as notas via sedex em sua própria residência. O suspeito foi deito e autuado por introduzir em circulação moeda falsa; caso seja condenado poderá pegar uma penas de três a 12 anos de reclusão. 

Balanço - Esta é a quinta apreensão de notas falsas no ano de 2014 e que já totaliza a apreensão de R$ 9.805, com a prisão de cinco pessoas. No Ano passado, foram apreendidos R$ 11.441 com a prisão de 11 pessoas, sendo dez homens e uma mulher.

A maior apreensão realizada pela Polícia Federal no Estado de Pernambuco aconteceu no dia 14 de setembro de 2009 através da “Operação Contenção” realizada nas cidades de Canhotinho, Agrestina e Caruaru, quando foram presas quatro pessoas e apreendidas R$ 44.900 em notas falsas. 

CONFIRA DICAS DE SEGURANÇA PARA EVITAR O RECEBIMENTO DE NOTAS FALSAS:

1.NÃO TENHA PRESSA NO ATENDIMENTO: Geralmente essas notas são passadas em locais de grande concentração de pessoas, feiras, lojas, supermercados, comércio ambulante, e muitas vezes a pressa do comerciante para atender um maior número de clientes faz com que ele não tome o devido cuidado em verificar a nota que está recebendo. 

2. OBSERVE A TEXTURA DA NOTA: Outra cautela que pode ser tomada é reparar na textura do papel das notas que estão sendo recebidas, as notas falsas tendem a ser lisas, enquanto as notas verdadeiras são ásperas e possuem um alto relevo e saliência nos itens de segurança que pode ser percebido pelo tato.

3. VERIFIQUE A MARCA DÁGUA COLOCANDO A NOTA CONTRA A LUZ.

4. OBSERVE A IMPRESSÃO DA NOTA - Nas cédulas legítimas, as tonalidades de cores são firmes – as notas falsas têm cores com pouca nitidez e costuma haver borramento das cores.

5. NO CASO DE DÚVIDA, COMPARE A NOTA SUSPEITA COM UMA NOTA VERDADEIRA. 

Com informações da Polícia Federal

Após dois dias, chegou ao fim o julgamento de Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Torreão e Bruna Cristina no Fórum Lourenço José Ribeiro, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O trio vai responder pela morte, esquartejamento, ocultação de cadáver e prática de canibalismo contra a adolescente Jéssica Camila, de 17 anos, morta em abril de 2008. Jorge foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão em regime fechado mais um ano e seis meses em semiaberto ou aberto. Já Isabel e Bruna pegaram 19 anos de regime fechado e 1 ano e 6 meses de regime semiaberto ou aberto.

A pena levou em conta, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), quatro agravantes do homicídio: motivo fútil, emprego de meio cruel, sem dar chance de defesa à vítima e para assegurar impunidade, por isso quadruplamente qualificado. Na votação dos sete jurados na sala reservada, a condenação do trio de canibais foi vencida por três votos para cada acusado.

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A juíza Maria Segunda Gomes de Lima leu a sentença e informou que, pelo menos, um sexto da condenação dos réus deve ser cumprido em regime fechado pela alta periculosidade que o trio apresenta à população. E, em relação à detenção, os réus poderão responder em regime aberto ou semiaberto. "Entendemos que o trio é culpado e com base no artigo 59 foi aplicada a pena, depois de analisar todos os antecedentes criminais, culpabilidade, personalidade, comportamento e todas as circunstâncias", afirmou a juíza. 

O crime causou muita comoção social. "Foi um crime muito grave, que ganhou destaque nacional e internacionalmente. Não foi a pena máxima porque nenhum dos três tinham condenação anterior e porque o trio ainda confessou o crime, o que atenua. Respondem processo, mas ainda não estão condenados por eles. Em relação a outros que podem vir a responder, eles podem ter um aumento de pena por já terem antecedentes", relatou Maria Segunda. 

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O TRIO

No momento em que foram levados para a cadeia, o trio não quis falar com a imprensa. "Não tenho nada a declarar sobre isso", disse Bruna. Quando Jorge, Isabel e Bruna ouviam a sentença da juíza, várias foram as expressões. De Isabel, era visto desespero e muito choro. Já de Jorge e Bruna, a feição não era de preocupação, nem de medo e sim de calma. Durante o julgamento, Jorge se mostrou bastante arrependido do que fez e disse que só Deus podia julgá-lo.

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Bruna disse que apenas assistiu o crime no dia 26 de maio. Por vezes, ainda ria quando a promotora Eliane Gaia a indagava sobre a morte da vítima. Isabel Cristina, a segunda a ser ouvida, articulava poucas frases ao longo do júri, e disse não ter participado da morte, mas ajudou a esconder o cadáver. O trio confessou comer a carne de Jéssica cozida e grelhada, por integrar parte do ritual denomidado "Cartel", criado por Jorge Negromonte.

A pena dos três foi atenuada devido à confissão, segundo a promotora do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Eliane Gaia. "Infelizmente eles não pegaram a pena máxima, por causa do código penal. Se eles confessassem, a pena seria diminuída e foi isso que aconteceu, além deles também não terem antecedentes, como falou a juíza", relatou. O julgamento foi iniciado nessa quinta-feira (13) com ouvidas de duas testemunhas, que foi o psiquiatra forense Lamartine Hollanda e o delegado da Polícia Civil, Paulo Berenguer, que acompanhou as investigações na época do fato. 

CRIME

Jéssica Camila da Silva Pereira, na época com 17 anos, foi morta no Loteamento Boa Fé-I, bairro de Rio Doce, Olinda, onde Jorge, Isabel e Bruna moravam. Logo após o crime, a filha da jovem, que tinha 1 ano, passou a ser criada pelo trio.

Os três réus, que em 2008 tinham 50, 51 e 25 anos, respectivamente, foram acusados de ter guardado a carne da jovem para consumo humano, além de ter ocultado os restos mortais.

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Apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras, o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, não foi localizado pela Polícia Federal nesta sexta-feira (14) e é considerado foragido da Justiça. Os agentes vasculharam, sem sucesso, endereços dele, da mãe e de uma irmã. No início da manhã desta sexta (14), decidiram incluí-lo nas listas de procurados do Brasil e da Interpol.

Conforme a PF, o mesmo procedimento será adotado em todos os casos em que o mandado de prisão não for cumprido. Também apontado pelos investigadores como um dos operadores do esquema, que trabalharia a serviço do doleiro Alberto Youssef, Adarico Negromonte também não foi localizado pela PF e será incluído no cadastro de foragidos. Ele é irmão do ex-ministro das Cidades no governo Dilma Rousseff Mário Negromonte (PP-BA).

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A última notícia sobre o paradeiro de Fernando Baiano foi dada por seu advogado, Mário de Oliveira Filho. Segundo ele, seu cliente fez cooper numa praia do Rio de Janeiro na manhã de hoje. Ao saber que a PF o procurava, teria pego um avião rumo a São Paulo, onde teria "reuniões". Questionado, o advogado não informou se o lobista se entregará. Fernando Baiano representa no Brasil um grupo espanhol com atuação nas áreas de infraestrutura e energia. Segundo o pedido de prisão enviado pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça, ele cobrava propinas para obter contratos na Diretoria Internacional da Petrobras, comandada até 2012 pelo diretor Nestor Cerveró.

A PF também não conseguiu capturar o ex-diretor presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho. Investigadores descobriram que ele se escondeu em vários hotéis e seu último refúgio foi o luxuoso Fasano, na orla de Ipanema, no Rio de Janeiro. O hotel, que costuma receber turistas estrangeiros e celebridades, cobra até R$ 5 mil pela diária. No final da noite de hoje, o ex-executivo se entregou à polícia. Até o início da noite desta sexta (14), não haviam se entregado Dalton dos Santos Avancini (presidente da Camargo Correa) e Valdir Lima Carreiro (presidente da Iesa Óleo e Gás).

O presidente da CPI mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou nesta sexta-feira, em entrevista ao Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, que o Brasil precisa aprender com o processo "tão traumático" pelo qual passa a Petrobras. O comentário foi realizado em referência à nova fase da Operação Lava Jato deflagrada hoje e que atingiu grandes empreiteiras do País. "O Brasil precisa aprender muito com esse processo tão traumático para uma empresa do tamanho da Petrobras, que pertence ao povo brasileiro e tem responsabilidade internacional", afirmou. A Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção, desvios de recursos e pagamento de propinas na Petrobras, teve início em março.

Para Vital, é preciso que sejam tomadas providências para que fatos semelhantes não ocorram novamente. Ele defendeu uma ampla discussão do processo de licitações públicas feitas no País e, em especial, na Petrobras. Atualmente, a estatal usa o decreto 2.745 em suas contratações e não a Lei de Licitações (8.666/1993). A CPI mista deve discutir, em seu relatório final, uma proposta legislativa de alteração da forma de contratação realizada pela Petrobrás.

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O presidente da comissão elogiou o funcionamento dos poderes, argumentando que cada um deles está realizando o seu papel, com a Polícia Federal e o Ministério Público podendo investigar, a Justiça decidindo sobre os pedidos dos outros dois órgãos e a CPI realizando também suas apurações. Vital prevê um "amplo debate" na comissão na terça-feira, quando a CPI deve analisar requerimentos de quebra de sigilo bancário e fiscal envolvendo as empreiteiras. Ele não quis opinar sobre o mérito dos pedidos.

Mesmo com a deflagração da nova fase da Operação Lava Jato, que levou a prisões de dirigentes das grandes empreiteiras do País, a CPI mista da Petrobras vai evitar eventuais quebras de sigilo bancário e fiscal das empresas e tentará "blindar" as construtoras envolvidas no esquema de corrupção e lavagem de dinheiro em obras da estatal. Nesta sexta (14), o consenso é de que parlamentares da base aliada e da oposição mantenham o acordo, firmado em maio, para impedir ações contra as empreiteiras e seus dirigentes na próxima terça-feira (18), quando a comissão vai se reunir para votar requerimentos.

Logo após a abertura da CPI mista, em maio, o jornal O Estado de S. Paulo revelou a existência de um acerto firmado por integrantes da base aliada e da oposição para blindar os fornecedores da Petrobras de serem alvo das quebras de sigilo. O acordo foi materializado no dia 16 de julho, quando nenhuma dessas empresas teve seu sigilo quebrado em sessão de votação de requerimentos pela comissão. O receio dos parlamentares era de que, se as investigações da comissão parlamentar contra as empresas fossem aprofundadas, elas fechariam a torneira das doações de campanhas.

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As doações, de fato, ocorreram. Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo indicou pelo menos R$ 170 milhões em contribuições a comitês financeiros e direções partidárias feitos pelas empreiteiras envolvidas na ação da PF de hoje. O valor é parcial, pois o Tribunal Superior Eleitoral ainda não processou todas as doações. Os repasses abasteceram campanhas da base aliada e da oposição, como o PT de Dilma Rousseff e o PSDB de Aécio Neves.

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), é contrário a aprovar os pedidos de quebras de sigilo das empreiteiras. Para ele, é preciso antes ter acesso às delações do ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef para decidir o que investigar. "O que adianta quebrar o sigilo se não sabe para onde o dinheiro foi?", afirmou Nogueira, que comanda um partido da base aliada de Dilma.

Integrante da CPI, o deputado Sibá Machado (PT-AC) disse que falta tempo para que esses requerimentos surtam algum efeito para as apurações da comissão. "Não vai ter tempo hábil. Até selecionar o que é de competência da CPI, estudar e se debruçar sobre o material, acabou a CPI", disse o petista, referindo-se ao fato que a comissão deve acabar no dia 23 de dezembro. Reservadamente, o PMDB é contra a medida por entender que a iniciativa, às vésperas do encerramento da comissão e sem o conteúdo da delação da operação da Lava Jato, também seria inócua.

Para o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), ainda é cedo para pedir a quebra de sigilo das empresas, defendendo o aprofundamento das apurações antes de exigir acesso às informações sigilosas das empreiteiras. Os deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Izalci Lucas (PSDB-DF) fizeram coro a Agripino, dizendo que as empresas precisam responder antes aos pedidos de informação já aprovados no início deste mês. Na ocasião, em vez de quebrar os sigilos, a CPI deu 10 dias de prazo para que as empresas prestem informações genéricas sobre as suspeitas que pairam contra elas.

"Se aquilo (as respostas) não for suficiente ou as informações não chegarem, a CPI pode e deve seguir naquilo que é preciso fazer para aprofundar as investigações", disse Maia.

Após a eclosão da operação, em março, o Congresso abriu duas CPIs sobre a Petrobras. A primeira era formada exclusivamente pelos senadores, que foi abandonada logo no início pela oposição. Eles preferiram centrar esforços na CPI mista, que conta com a presença de deputados federais, menos fiéis ao governo. Até o momento, entretanto, nenhuma das duas CPIs tiveram grandes avanços.

O Ministério Público Federal divulgou nota nesta sexta-feira (14) na qual aponta que as medidas adotadas na sétima fase da Operação Lava Jato "possibilitarão avançar nas investigações e iniciar nova fase do trabalho". De acordo com o MPF, estão sendo cumpridos 25 mandados de prisão, 55 mandados de busca e apreensão e nove de condução coercitiva em sete Estados.

"O objetivo é coletar provas de crimes contra a administração pública e a ordem econômica e de lavagem de dinheiro, relacionados à Petrobras", afirma o MPF. As ações desta sexta-feira (14) foram realizadas em conjunto por Ministério Público Federal, Polícia Federal e Receita Federal.

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Em entrevista coletiva concedida no Paraná, o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima classificou esta sexta-feira (14) como "um dia republicano". "Não há rosto nem bolso. Todos somos iguais e quem comete algum tipo de ilícito deve ser punido igualmente", disse o procurador, de acordo com nota do MPF. Lima faz parte da força-tarefa do Ministério Público Federal que investiga o esquema ligado à estatal.

As empreiteiras que são alvo da operação deflagrada nesta sexta-feira (14) pela Polícia Federal (PF) para busca e apreensão de documentos, além de prisões temporárias e preventivas, informaram por meio de notas distribuídas à imprensa que estão colaborando com as investigações. A ação da PF busca identificar supostos desvios em contratos das companhias com a Petrobrás.

Em comunicado, a Odebrecht afirmou que a PF esteve hoje no escritório do Rio de Janeiro e que a equipe obteve auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada. "A Odebrecht reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário", ressaltou.

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A OAS disse que foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela PF durante a ida à sua sede em São Paulo. A Construtora Camargo Corrêa ressaltou que repudia as ações coercitivas, justificando que a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades.

Na mesma linha, a Mendes Júnior explicou que está colaborando com as investigações da PF e contribuindo para o acesso às informações solicitadas. Além disso, a empresa destacou que nenhum de seus executivos foi preso. A Queiroz Galvão informou que suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e que a empresa está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.

A Engevix afirmou que prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados por meio dos seus advogados e executivos. A Galvão Engenharia mencionou que tem colaborado com todas as investigações e está permanentemente à disposição das autoridades. A UTC disse que colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias. Procurada pela reportagem, a Iesa não se posicionou sobre o assunto.

Acusada de tentar matar envenenada a patroa, a empregada doméstica Deusamar de Jesus Lima Rodrigues foi presa nesta sexta-feira (14), no aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador (zona norte do Rio). A prisão preventiva dela foi decretada sob acusação de ter envenenado a patroa, Sheila Gama, filiada ao PDT, ex-deputada estadual e ex-prefeita de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

No momento da prisão, Deusamar se preparava para embarcar para o Maranhão, onde tem familiares.

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Na última quarta-feira, 12, a empregada prestou depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca) e, segundo a PM, confessou ter tentado envenenar a patroa. Em 6 de novembro ela abriu uma cápsula do remédio que Sheila toma toda noite e trocou o remédio por chumbinho, um tipo de veneno usado para matar ratos.

Sheila tomou o remédio em algum dos dias seguintes e sentiu os primeiros sintomas no dia 10, quando foi internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo (zona sul). Ela continua hospitalizada, em recuperação. Deusamar vai responder por tentativa de homicídio.

Os executivos da Toyo Setal, Julio Gerin Camargo e Augusto Mendonça de Ribeiro Neto, afirmaram em suas delações premiadas nos autos da Operação Lava Jato que o ex-diretor de Serviços e Engenharia Renato Duque (nome ligado ao PT na Petrobras) recebeu propina referente às obras das refinarias Repav (São José dos Campos), Repar (Paraná) e Replan (Paulínia, SP), no complexo petroquímico Comperj (RJ) e nos gasodutos Cabiúnas e Gasoduto Urucu Manaus.

"Os depoimentos transcritos são bastante detalhados, revelando pagamentos de propinas em diversas obras da Petrobras, como na Repav, Cabiúnas, Comperj, Repar, Gasoduto Urucu Manaus, Refinaria Paulínia, a Renato Duque", informa o pedido de prisão. Os dois executivos apontaram ainda o nome de um outro gerente da Petrobras. As afirmações feitas nas delações têm "detalhes quanto ao modus operandi e as contas no exterior creditadas", informam os procuradores.

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Eles narraram "todo o esquema de cartelização, lavagem e pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos, confirmando não só a participação de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, mas das demais empreiteiras e ainda o envolvimento de Renato Duque, diretor de Serviços da Petrobras, e Fernando Soares, vulgo Fernando Baiano, outro operador encarregado de lavagem e distribuição de valores a agentes públicos".

Pesou na decisão judicial de mandar prender os principais executivos das gigantes da construção o fato de muitos deles realizarem frequentes viagens ao exterior. Entre os alvos citados está o operador do PMDB, Fernando Soares, o Fernando Baiano, que estava fora do País, retornou no dia 24 de outubro e viajou outra vez no dia 27. O despacho judicial destaca noticiário recente indicando que "parte dos investigados teria se refugiado no exterior, temeroso de prisões cautelares".

"Embora esse tipo de notícia deva ser visto com reservas, o fato é que a autoridade (da Polícia Federal) aponta, mediante consulta aos registros de controle de fronteiras da Polícia Federal, que vários dos investigados têm feito frequentes viagens para fora do país desde agosto deste ano e que alguns inclusive não teriam voltado", alerta a Justiça Federal.

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Os investigadores da Lava Jato anotaram que no fluxo migratório dos alvos "há diversos deles que têm empreendido viagens constantes ao exterior, como, por exemplo, no caso de Leo Pinheiro, da OAS Engenharia, que tem passado longos períodos no exterior". "Da mesma forma, os executivos da Camargo Corrêa (João Ricardo Auler), Agenor Franklin Magalhães Medeiros e Pedro Morollo Junior (OAS Engenharia), bem como Sérgio Cunha Mendes, da Mendes Junior Engenharia, que se encontra fora do país desde 14 de outubro de 2014, salvo alguma falha no sistema de registro migratório", aponta a decisão judicial.

Para a Justiça, "é curioso ainda o fato de que muitos dos investigados estiveram fora do país no mês de agosto, em períodos coincidentes". "Comportamento similar tem adotado Fernando Soares, tendo ele, por exemplo, segundo registros de fronteira, ficado fora do país durante todo o mês de outubro, retornando no dia 24 de outubro e deixado novamente o país em 27 de outubro", informa o despacho judicial.

Ao decretar a execução da mais explosiva etapa da Operação Lava Jato, a Justiça Federal recorreu às declarações da presidente reeleita, Dilma Rousseff, e do senador Aécio Neves (PSDB) ainda no calor da campanha eleitoral. "Apesar de adversários políticos na recente eleição presidencial, ambos, em consenso, afirmaram a necessidade do prosseguimento do processo (da Lava Jato) e a importância dele para o quadro institucional."

Para a Justiça Federal, a "Operação Lava Jato, fruto de um competente trabalho de investigação e de persecução da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, tem recebido grande atenção da sociedade civil, inclusive com intensa exposição na mídia".

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"A magnitude dos fatos tem motivado inclusive manifestações das mais altas autoridades do País a seu respeito", destaca o despacho judicial que ordenou prisões temporárias e preventivas e bloqueio de bens dos investigados, entre eles os principais executivos das maiores empreiteiras do País. "Chamaram a atenção deste Juízo recentes declarações sobre a Lava Jato da Exma. Sra. presidente da República, Dilma Rousseff, e do Exmo. Sr. Senador da República Aécio Neves. Reclamou o Exmo. Sr. Senador, em pronunciamento na Câmara Alta, pelo ‘aprofundamento das investigações e exemplares punições àqueles que protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história deste País’. Quanto à Exma. Sra. Presidente, declarou, em entrevista a jornal, que as investigações da Operação Lava Jato criaram uma ‘oportunidade’ para coibir a impunidade no país."

"Evidentemente, cabe ao Judiciário aplicar as leis de forma imparcial e independentemente de apelos políticos em qualquer sentido", ressalva o despacho judicial. "Entretanto, os apelos provenientes de duas das mais altas autoridades políticas do País e que se encontram em campos políticos opostos confirmam a necessidade de uma resposta institucional imediata para coibir a continuidade do ciclo delitivo descoberto pelas investigações, tornando inevitável o remédio amargo, ou seja, a prisão cautelar."

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