Tópicos | Canibais de Garanhuns

O trio conhecido como "Canibais de Garanhuns" foi condenado por assassinato, ocultação e vilipêndio de cadáver. O júri popular ao qual Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva foram submetidos encerrou por volta das 23h10 desse sábado (15), com a leitura da decisão pelo juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti.

Conhecidos por assassinar, esquartejar, consumir e vender carne humana dentro de salgados, os três foram julgados pelas mortes de  Alexandra da Silva Falcão, 20 anos, e Gisele Helena da Silva, 31 anos, no município de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco.

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De acordo com a sentença, as penas foram de 71 anos e 10 meses para Bruna Cristina, 71 anos para Jorge Beltrão e 68 anos para Isabel Cristina. Os três foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, com emprego de cruel e impossível a defesa da vítima), ocultação e vilipêndio de cadáver e furto qualificado. Jorge Beltrão e Bruna Cristina tiveram o crime de estelionato acrescentado a sentença e Bruna ainda foi condenada por falsa identidade.

As penas devem ser cumpridas inicialmente em regime fechado em presídio determinado a critério de juiz da Execução Penal do Estado. 

Entenda o caso

Segundo a denúncia do MPPE, no dia 25 de fevereiro de 2012, por volta das 15h, na residência dos acusados, situada na rua Emboabas, no bairro de Jardim Petrópolis, em Garanhuns, Gisele Helena da Silva teria sido assassinada pelos réus por meio do emprego de arma branca (faca peixeira). De acordo com os autos, a vítima foi atraída para a casa dos acusados por Isabel, sob o pretexto de ouvir conselhos e falar da “Palavra de Deus”.

No local, conversou com Bruna e quando estava de costas foi atingida por um golpe de faca na garganta desferido por Jorge Negromonte, vindo a óbito, segundo narrado pelo Ministério. A vítima teria sido arrastada para o banheiro onde foi esquartejada por Jorge e Bruna. Partes dos corpos teriam sido armazenadas para o consumo dos três acusados. O restante do corpo foi enterrado no quintal da residência em um buraco previamente aberto por Jorge com esse intuito. Ainda de acordo com a denúncia, os réus subtraíram os pertences da vítima, dentre os quais carteira de trabalho, CPF e cartões de crédito, utilizados para realização de compras no comércio da cidade.

O assassinato da outra vítima, Alexandra da Silva Falcão, de acordo com a denúncia do MPPE, ocorreu no dia 12 de março de 2012, também na residência dos acusados. Alexandra teria sido chamada por Bruna para trabalhar como babá de uma criança que ela apresentava como filha, enquanto Isabel ficou à espreita para garantir a execução do plano.

Na residência dos réus, enquanto conversava com Bruna, a vítima foi atingida também por um golpe de faca na garganta desferido por Jorge, por meio do qual faleceu. Segundo os autos, em seguida foi arrastada para o banheiro, onde foi esquartejada por Jorge e Bruna. Parte dos restos mortais teria sido consumida pelos três e o que sobrou do corpo foi enterrado também numa cova feita por Jorge no quintal da sua residência.

Outra condenação

Os três já haviam sido condenados em 2014 por homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver. A vítima foi Jéssica Camila da Silva Pereira, morta em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.

Na ocasião, Jorge Beltrão foi condenado a de 21 anos e 6 meses de reclusão, mais 1 ano e 6 meses de detenção; Isabel Cristina a 19 anos de reclusão e 1 ano de detenção; e Bruna Cristina a 19 anos de reclusão e 1 ano de detenção.

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A defesa de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, integrante do trio conhecido com os "Canibais de Garanhuns", afirmou em julgamento neste sábado (15) que vai pedir a absolvição do acusado. Segundo o advogado, o réu é inimputável, isento de pena por doença mental.

Jorge Beltrão Negromonte, que é julgado ao lado de Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva, é acusado de assassinato, esquartejamento, consumo e venda carne humana dentro de salgados.

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Neste segundo dia de julgamento, o advogado de Jorge Beltrão, Giovanni Martinovich, apresentou laudos psiquiátricos do acusado aos sete jurados e solicitou a internação do réu em hospital para realizar tratamento.

Em seguida, foi a vez da defesa de Isabel Cristina Pires da Silveira, também ré, apresentar a tese de incidente de insanidade mental e afirmar que a acusada também não praticou os crimes.

Os réus são acusados pelas mortes de Alexandra da Silva Falcão, 20 anos, e Gisele Helena da Silva, 31 anos, no município de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Os três já foram condenados por assassinato ocorrido em Olinda. Segundo informou a promotoria nesta sexta-feira (14), as provas existentes são suficientes para incriminar o trio.

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Terá continuidade neste sábado (15) o julgamento de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva, trio conhecido como os "Canibais de Garanhuns", a partir das 9h, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, Ilha Joana Bezerra, no Recife.

Os réus são acusados pelas mortes de Alexandra da Silva Falcão, 20 anos, e Gisele Helena da Silva, 31 anos, no município de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o trio assassinou, esquartejou, consumiu e vendeu carne humana dentro de salgados. Os três já foram condenados por assassinato ocorrido em Olinda.

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Segundo a promotoria, as provas existentes são suficientes para incriminar o trio. A defesa de Jorge Beltrão, por outro lado, alega que ele sofre de esquizofrenia paranoide, o que o isentaria da culpa por se tratar de uma doença mental. A acusação apresentou laudos periciais, assim como o diário do acusado que relata os crimes com detalhes.

Denúncia do MPPE

Segundo a denúncia do MPPE, no dia 25 de fevereiro de 2012, por volta das 15h, na residência dos acusados, situada na rua Emboabas, no bairro de Jardim Petrópolis, em Garanhuns, Gisele Helena da Silva teria sido assassinada pelos réus por meio do emprego de arma branca (faca peixeira). De acordo com os autos, a vítima foi atraída para a casa dos acusados por Isabel.

No local, conversou com Bruna e quando estava de costas foi atingida por um golpe de faca na garganta desferido por Jorge Negromonte, vindo a óbito, segundo a denúncia. A vítima teria sido arrastada para o banheiro onde foi esquartejada por Jorge e Bruna.

Partes dos corpos teriam sido armazenadas para o consumo dos três acusados. O restante do corpo foi enterrado no quintal da residência em um buraco previamente aberto por Jorge com esse intuito. Ainda de acordo com a denúncia, os réus subtraíram os pertences da vítima, dentre os quais carteira de trabalho, CPF e cartões de crédito, utilizados para realização de compras no comércio local.

O assassinato da outra vítima, Alexandra da Silva Falcão, de acordo com a denúncia do MPPE, ocorreu no dia 12 de março de 2012, também na residência dos acusados. Alexandra teria sido chamada por Bruna para trabalhar como babá de uma criança que ela apresentava como filha, enquanto Isabel ficou à espreita para garantir a execução do plano.

Na residência dos réus, enquanto conversava com Bruna, a vítima foi atingida também por um golpe de faca na garganta desferido por Jorge, por meio do qual faleceu. Segundo os autos, em seguida foi arrastada para o banheiro, onde foi esquartejada por Jorge e Bruna. Parte dos restos mortais teria sido consumida pelos três e o que sobrou do corpo foi enterrado também numa cova feita por Jorge no quintal da sua residência.

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Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva, que ficaram conhecidos como "Canibais de Garanhuns", serão julgados nesta sexta-feira (14). Eles são réus pelo assassinato, ocultação e vilipêndio de cadáver de duas mulheres em 2012.

As vítimas foram Alexandra da Silva Falcão, de 20 anos, e Gisele Helena da Silva, 31. Ambos os crimes teriam ocorrido na residência dos acusados, no bairro Jardim Petrópolis, em Garanhuns, Agreste de Pernambuco.

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Na entrada do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, área central do Recife, onde ocorre o júri, o advogado de Jorge, Giovanni Martinovich, afirmou que o seu cliente é um homem doente, e que não é mais apto a viver em sociedade.

"A nossa tese e pedido será a medida de segurança para que ele fique internado no hospital, fazendo tratamento psiquiátrico. A defesa está escolhendo praticamente uma prisão perpétua. Lá nenhum psiquiatra vai conceder laudo pericial dizendo que ele pode viver em sociedade. Tenho medo que ele pratique novos crimes. Na rua não tem tratamento. Ele surta, ouve vozes".

Já a defesa de Bruna argumentou que ela é inocente e que era coagida por Jorge. “A segunda tese é de diminuição de pena pelo mínimo feito necessário para o crime. No julgamento de Olinda ela tinha um amor incondicional por Jorge. Mas ao ver o depoimento dele e tudo que ele falou contra ela, ela caiu em si e me relatou fatos perturbadores do convívio deles. Ela disse que prefere falar sobre isso no plenário do júri, são coisas que ninguém sabe ainda. Não posso adiantar”, explicou o advogado Rômulo Lyra.

O advogado de Isabel, Renato Vilela, defendeu que ela não estava presente no homicídio das duas vítimas em Garanhuns. “Temos documentos que comprovam e vamos apresentar em plenário”.

Por outro lado, o promotor André Rabelo garantiu que as provas existentes são suficientes para incriminar o trio. “Todos são lúcidos. Todos têm absoluto controle de suas ações. Isso põe por terra as teses das defesas de insanidade ou coerção. Nada disso existe. Um cooptava, outro fazia a enganação e outro executava. E todos participavam do esquartejamento e do consumo e comercialização da carne humana”.

Sobre a história de que o trio produzia e comercializava lanches com carne das suas vítimas, o promotor afirma que a própria Isabel disse ter vendido os produtos em locais como o hospital de Garanhuns e em Caruaru.

Com informações de Jorge Cosme

Começou nesta sexta-feira (23), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, área central do Recife, o julgamento do trio que ficou conhecido como os "Canibais de Garanhuns”. A sessão estava marcada para ocorrer no dia 23 de novembro, mas foi remacada para hojeO júri é formado por cinco homens e duas mulheres.

Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva são réus pelo assassinato, ocultação e vilipêndio de cadáver de duas mulheres em 2012. As vítimas foram Alexandra da Silva Falcão, de 20 anos, e Gisele Helena da Silva, 31. Ambos os crimes teriam ocorrido na residência dos acusados, no bairro Jardim Petrópolis, em Garanhuns, Agreste de Pernambuco.

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Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a morte de Gisele Helena da Silva ocorreu no dia 25 de fevereiro de 2012. Ela teria sido atraída para a casa dos acusados por Isabel, sob o pretexto de ouvir conselhos e falar da "Palavra de Deus". Gisele estava de costas quando foi atingida por um golpe de faca na garganta desferido por Jorge Negromonte.

Ela teria sido esquartejada no banheiro por Jorge e Bruna. Conforme os autos, partes do corpo foram armazenados para consumo dos acusados para o que eles diziam ser um "ritual de purificação". O resto do corpo foi enterrado no quintal da residência em um buraco previamente aberto por Jorge com esse intuito. Eles ainda teriam subtraído os pertences da vítima, como carteira de trabalho, CPF e cartões de créditos, utilizados para realização de compras no comércio local. Através das compras, a polícia conseguiu chegar até o trio.

O assassinato da outra vítima, Alexandra da Silva Falcão, segundo o MPPE, ocorreu no dia 12 de março de 2012. Ela teria sido chamada por Bruna para trabalhar como babá de uma criança que ela apresentava como filha. Isabel ficou à espreita para garantir a execução do plano. Enquanto conversava com Bruna, a vítima foi atingida por um golpe de faca na garganta desferido por Jorge. A mulher também foi arrastada para o banheiro e esquartejada por Jorge e Bruna, tendo parte do corpo servido de alimento e outra parte enterrada.

Os Canibais de Garanhuns serão julgados por duplo homicídio triplamente qualificado - cometidos mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima -, e também por ocultação e vilipêndio de cadáver e furto qualificado. Jorge e Bruna respondem ainda por estelionato. Bruna também será julgada pelo crime de falsa identidade.

Em 2014, os réus já foram condenados por homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver contra Jéssica Camila da Silva Pereira. O crime foi cometido contra Jéssica Camila da Silva Pereira em Olinda, no Grande Recife. Jorge foi condenado a 21 anos e 6 meses de reclusão mais um ano e seis meses de detenção. Isabel Cristina foi condenada a 19 anos de reclusão e um ano de detenção. A ré Bruna Cristina, a 19 anos de reclusão e um ano de detenção.

Estava marcado para esta sexta-feira (23) o julgamento do trio que ficou conhecido como os "Canibais de Garanhuns”, mas por conta da ausência do advogado de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira e dos advogados das outras duas rés abandonarem o plenário o júri foi adiado para o dia 14 de dezembroGiovanni Martinovich, advogado de Jorge, apresentou atestado médico e não compareceu.

O acusado, Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva são réus pelo assassinato, ocultação e vilipêndio de cadáver de duas mulheres em 2012. As vítimas foram Alexandra da Silva Falcão, de 20 anos, e Gisele Helena da Silva, 31. Ambos os crimes teriam ocorrido na residência dos acusados, no bairro Jardim Petrópolis, em Garanhuns, Agreste de Pernambuco.

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O júri estava marcado para começar às 9h no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, área central do Recife. Por conta da ausência de Martinovich o juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti determinou o desmembramento do processo, com o julgamento de Jorge sendo adiado, mas o das demais ocorrendo ainda nesta sexta-feira.

Contrários à decisão, os advogados de defesa de Bruna Cristina pediram que a nova data valesse para os três réus, alegando que Jorge é o mentor do crime e seria importante a presença dele, mas o juiz indeferiu. Em seguida, os advogados de Isabel Cristina solicitaram que fosse feito um incidente de insanidade mental na sua cliente, mas o pedido também foi indeferido. Com as negativas, os advogados abandonaram a sessão e o juiz se viu obrigado a adiar o julgamento dos três acusados.

"O adiamento de Jorge prejudica a nós. Então há nada, nenhum problema se for adiado o de todos para o dia 14", argumentou o advogado de defesa de Bruna, Rômulo Lyra. "Estamos buscando a melhor defesa para a nossa cliente. Não vamos deixar ela participar de um julgamento onde a maior tese defensiva dela não está presente, que é o interrogatório de Jorge", complementou Madson Aquino, que faz a defesa de Isabel. Madson explicou o pedido de laudo psiquiátrico: "Eu fiz o requerimento de novo laudo psiquiátrico porque o laudo realizado há cerca de três anos é em relação ao momento do fato. Hoje pedimos a instauração do incidente de insanidade mental com relação à situação dela hoje. A gente não consegue conversar com Isabel a ponto que ela consiga concatenar ideias para fazer sua audefesa. A gente tem certeza que ela tem algum distúrbio psíquico".

O Ministério Público criticou a atitude dos advogados de abandonar o plenário. "Eu tenho 30 anos de carreira e nunca tinha visto uma coisa dessa. Os doutores se habilitaram nos autos há muito mais de um ano, conhecem o processo. Que atitude mais impensada. Demonstra um total despreparo para o exercício da profissão", opinou o promotor André Rabelo. 

Antes de encerrar, o juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti solicitou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) investigue a conduta dos advogados que deixaram a sessão. O magistrado também vai oficiar o MPPE para instaurar procedimento visando apurar as possíveis responsabilidades sobre o gasto do erário público com o julgamento que não ocorreu. A Defensoria Pública também será intimada para que esteja presente no próximo julgamento com o objetivo de que, caso os advogados abandonem mais uma vez, ela assuma. 

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Crime

Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a morte de Gisele Helena da Silva ocorreu no dia 25 de fevereiro de 2012. Ela teria sido atraída para a casa dos acusados por Isabel, sob o pretexto de ouvir conselhos e falar da "Palavra de Deus". Gisele estava de costas quando foi atingida por um golpe de faca na garganta desferido por Jorge Negromonte.

Ela teria sido esquartejada no banheiro por Jorge e Bruna. Conforme os autos, partes do corpo foram armazenados para consumo dos acusados para o que eles diziam ser um "ritual de purificação". O resto do corpo foi enterrado no quintal da residência em um buraco previamente aberto por Jorge com esse intuito. Eles ainda teriam subtraído os pertences da vítima, como carteira de trabalho, CPF e cartões de créditos, utilizados para realização de compras no comércio local. Através das compras, a polícia conseguiu chegar até o trio.

O assassinato da outra vítima, Alexandra da Silva Falcão, segundo o MPPE, ocorreu no dia 12 de março de 2012. Ela teria sido chamada por Bruna para trabalhar como babá de uma criança que ela apresentava como filha. Isabel ficou à espreita para garantir a execução do plano. Enquanto conversava com Bruna, a vítima foi atingida por um golpe de faca na garganta desferido por Jorge. A mulher também foi arrastada para o banheiro e esquartejada por Jorge e Bruna, tendo parte do corpo servido de alimento e outra parte enterrada.

Os Canibais de Garanhuns serão julgados por duplo homicídio triplamente qualificado - cometidos mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima -, e também por ocultação e vilipêndio de cadáver e furto qualificado. Jorge e Bruna respondem ainda por estelionato. Bruna também será julgada pelo crime de falsa identidade.

Em 2014, os réus já foram condenados por homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver contra Jéssica Camila da Silva Pereira. O crime foi cometido contra Jéssica Camila da Silva Pereira em Olinda, no Grande Recife. Jorge foi condenado a 21 anos e 6 meses de reclusão mais um ano e seis meses de detenção. Isabel Cristina foi condenada a 19 anos de reclusão e um ano de detenção. A ré Bruna Cristina, a 19 anos de reclusão e um ano de detenção.

Está marcado para o próximo dia 23 de novembro, às 9h, o julgamento de Jorge Negromonte, Isabel Cristina Pires e Bruna Oliveira da Silva, os "canibais de Garanhuns", como ficaram conhecidos. Eles enfrentarão júri popular no Fórum desembargador Rodolfo Aureliano, Centro do Recife.

Os "canibais de Garanhuns" estão sendo julgados por homicídio triplamente qualificado, ocultação e vilipêndio a cadáver em relação às mortes de Alexandra Falcão, de 20 anos, e Giselly Helena, 31. As vítimas foram atraídas com promessas de emprego como babá e acabaram sendo esquartejadas. Os acusados confessaram ter praticado canibalismo e ter usado restos mortais em salgados, como coxinhas e empadas, vendidos em Garanhuns.

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Os canibais já estão respondendo pelo homicídio quadruplamente qualificado de Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, morta em abril de 2008. Eles foram condenados em 2014. O crime ocorreu em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR).

A Justiça marcou a data do novo júri do trio que ficou conhecido como ‘Os Canibais de Garanhuns’. O novo julgamento será realizado no dia 26 de abril com início agendado para as 8h.

Jorge Beltrão Negromonte, Bruna Cristina e Izabel Pires estão sendo julgados por homicídio triplamente qualificado, ocultação e vilipêndio a cadáver em relação a duas vítimas. A sessão será presidida pela juíza da 1ª Vara Criminal de Garanhuns, Pollyana Maria Barbosa Pirauá Cotrim, no Fórum de Garanhuns.

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Desta vez, eles estão sendo julgados pelas mortes de Alexandra Falcão, de 20 anos, e Giselly Helena, 31. As vítimas foram atraídas com promessas de emprego como babá e acabaram sendo esquartejadas. Os acusados confessaram ter praticado canibalismo e ter usado restos mortais em salgados, como coxinhas e empadas, vendidos em Garanhuns.

Os canibais já estão respondendo pelo homicídio quadruplamente qualificado de Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, morta em abril de 2008. Eles foram condenados em 2014. O crime ocorreu em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). Os acusados passaram a criar a filha da vítima, que tinha um ano na época.

Atualmente, Jorge Negromonte está na Penitenciária Professor Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, na RMR. Bruna Cristina e Izabel Pires estão presas na Colônia Penal Feminina de Buíque.

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A Polícia Civil pediu autorização da Justiça para ouvir os Canibais de Garanhuns mais uma vez. As ouvidas de Jorge Negromonte, Isabel Torreão e Bruna Cristina Oliveira da Silva servirão para encerrar as investigações sobre a ossada encontrada em antiga residência do trio.

Segundo o delegado de homicídios de Garanhuns, João Lins, o Instituto de Medicina Legal (IML) constatou que a ossada encontrada no dia 16 de junho não é humana. Como roupas de criança foram encontradas próximas da ossada, levantou-se a suspeita de que fosse uma nova vítima dos canibais.

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“Não estive com laudo do IML ainda em mãos, mas vazou que os ossos são de um animal de médio porte. Pode ser um bode ou um porco”, comentou o delegado. 

Para concluir as investigações, o delegado pretende ouvir individualmente cada um dos Canibais de Garanhuns e questionar se alguma atividade criminosa foi cometida na residência. “Quando eles foram presos, eles não moravam mais nessa casa, então vamos tentar descobrir se houve algo criminoso lá”, justifica Lins. Apesar de solicitar as ouvidas, o delegado revela que considera pouco provável a confirmação de algum delito. 

Histórico - O trio conhecido como Canibais de Garanhuns já foi quadruplamente condenado em novembro de 2014 por morte, ocultação de cadáver, esquartejamento e prática de canibalismo contra a adolescente Jéssica Camila, morta em abril de 2008 aos 17 anos. Em maio deste ano, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) divulgou que os condenados vão a novo júri popular para responder pelos mesmos crimes contra Gisele Helena da Silva e Alexandra da Silva Falcão, brutalmente assassinadas em fevereiro e março der 2012, respectivamente. 

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Uma ossada foi encontrada, na tarde da quinta-feira (16), no Bairro de Liberdade, em Garanhuns, no Agreste pernambucano, ao lado da casa em que moravam Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva, conhecidos como os Canibais de Garanhuns. Ao lado dos ossos foram encontradas restos de roupas de criança - um pequeno short e restos do que parece ter sido uma camiseta.

Segundo nota à imprensa emitida pelo delegado de Garanhuns João Lins, os moradores informaram que a ossada foi encontrada durante a abertura de um buraco para a instalação de um poste de energia elétrica. "A pequena quantidade e a dimensão dos ossos, colhidos no local pela equipe da 22ª DPH [Delegacia de Polícia de Homicídios], não permitem concluir, por agora, que se tratam de restos humanos, fazendo-se imprescindível a realização de perícia pelo IML", diz o texto.

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Até o momento, segundo o delegado, não foram encontrados ossos como crânio, fêmur, úmero, falanges, ilío, entre outros, que pudessem concluir pertencer a um ser humano. A polícia aguarda o resultado da perícia do IML. Os canibais já são apontados como responsáveis pela morte de três mulheres - não há registro de criança entre as vítimas. 

O trio voltou a ser notícia no mês de maio com a confirmação de que vão passar por novo júri popular por morte, esquartejamento, ocultação de cadáver e prática de canibalismo de Gisele Helena da Silva e Alexandra da Silva Falcão. O crime ocorreu em 2012 em Garanhuns. 

Eles já foram condenados pela morte de Jéssica Camilla, ocorrida em 2008, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Jorge Negromonte foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão em regime fechado mais um ano e seis meses em semiaberto ou aberto. Isabel e Bruna pegaram 19 anos de regime fechado e um ano e seis meses de regime semiaberto ou aberto.

A Justiça concluiu que os condenados atraíam as vítimas e Jorge Negromonte cometia o assassinato com golpe de arma branca. Com a carne humana, eles chegaram a confeccionar o recheio de empadas que eram vendidas na cidade do Agreste.  

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Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Torreão e Bruna Cristina, o trio conhecido como os Canibais de Garanhuns, vão voltar a júri popular. A sentença de pronúncia foi publicada nesta sexta-feira (20) pela juíza da 1° Vara Criminal da Comarca de Garanhuns, Pollyanna Maria Barbosa Pirauá Cotrim. 

O trio já foi quadruplamente condenado em novembro de 2014 e hoje já responde por morte, esquartejamento, ocultação de cadáver e prática de canibalismo contra a adolescente Jéssica Camila, morta em abril de 2008 aos 17 anos. Desta vez, eles serão julgados pelos mesmos crimes cometidos contra outras duas mulheres, Gisele Helena da Silva e Alexandra da Silva Falcão, brutalmente assassinadas em fevereiro e março de 2012, respectivamente. 

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A sentença do TJPE descreve como os três suspeitos teriam agido. No caso de Gisele, ela teria sido convencida a ir à casa de Isabel para pregar a palavra de Deus. Em determinado momento, Jorge, que estava escondido, “desferiu um violento golpe de faca-peixeira em sua garganta”, diz a sentença. Da vítima, foram retirados partes do corpo  que foram ingeridas pelos acusados por um período de três dias. Fato semelhante ocorreu com a vítima Alexandra, que havia sido atraída com a promessa de emprego de babá.  Com a carne das vítimas, o trio teria confeccionado empadas e vendido em várias partes da cidade, inclusive no Fórum de Garanhuns. 

A data do júri ainda não foi definida. Uma audiência de instrução já foi realizada em outubro de 2015. Depois da publicação, ocorre a intimação dos advogados, do Ministério Público e, em seguida, dos acusados. Ocorre, então, a abertura do prazo para a entrada de recurso. Caso a defesa entre com recurso, o processo vai ao Tribunal. Se voltar sem modificação, é iniciada a fase de diligências a pedido de advogados e do Ministério Público. É neste momento que as partes arrolam testemunhas para o julgamento, apresentam documentos e pedem diligências ao juiz. A seguir, o processo vai ao magistrado, que elabora o relatório e designa a data do julgamento.  

Em 2014, Jorge Negromonte foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão em regime fechado mais um ano e seis meses em semiaberto ou aberto. Isabel e Bruna pegaram 19 anos de regime fechado e um ano e seis meses de regime semiaberto ou aberto. 

 

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Considerada um dos casos que mais polêmicos de Pernambuco e com uma história que se enquadraria, perfeitamente, em um roteiro de filme de terror, a violência dos Canibais de Garanhuns foi transformada em um livro-reportagem.  Os Canibais foram destaque nas mídias nacionais e internacionais pela forma fria como agiam os suspeitos dos crimes e pela revolta da população. O lançamento do livro será neste sábado (2), no Espaço Casa das Máquinas, na Zona Norte do Recife, às 17h.

O trio Jorge, Bruna e Isabel matava pessoas, ‘tratavam’ as carnes, congelavam e depois as consumiam durante as refeições. Não bastasse o canibalismo, eles ainda recheavam coxinhas e empadas com carne humana para comercializar no município de Garanhuns, localizado no Agreste pernambucano. O livro foi elaborado pelo jornalista e escritor Raphael Guerra - em parceria com a Chiado Editora.

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A obra traz um apanhado completo sobre os crimes, com detalhes impressionantes de como eram as vidas dos suspeitos, como eles se cruzaram, como os assassinatos eram planejados e qual o desfecho dessa história tão intrigante. Além disso, a obra também retrata os bastidores da cobertura jornalística e as revelações sobre os andamentos da investigação.

‘Os Canibais de Garanhuns’

Sábado (2) |17h

Espaço Casa de Máquinas (Rua José de Holanda, 295, na Torre, Zona Norte do Recife)

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Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Cristina Torreão e Bruna Cristinha Oliveira, trio que ficou conhecido como os canibais de Garanhuns, vão a julgamento mais uma vez, nesta quinta-feira (29). Após serem condenados em Olinda, os homicidas serão agora julgados pelas mortes das duas vítimas de Garanhuns. A audiência de instrução será realizada às 9h, no Fórum Ministro Eraldo Gueiros Leite. 

O julgamento é sobre o assassinato de Giselly Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, 20, ambas mortas em 2012. Integrantes de uma seita criada pelo próprio Jorge Beltrão, o Cartel, os acusados confessaram usar de métodos ultraviolentos para matar as vítimas. Esquartejamento e canibalismo faziam parte dos rituais macabros do trio que assombrou o Estado e o país desde o início das investigações. 

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Nesta quinta, serão escutadas 26 testemunhas relacionadas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A juíza Pollyana Maria Barbosa Pirauá, da 1ª Vara Criminal de Garanhuns, será a responsável pelo caso. Será dado tempo também para a fala de possíveis testemunhas de defesa. Em seguida, os acusados serão interrogados. 

Após diligências da defesa e do MPPE, a juíza decidirá se os acusados serão ou não levados a júri popular. Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), não há previsão para conclusão da audiência ainda na quinta-feira, podendo se estender pela madrugada de sexta (30), se houver necessidade. 

Histórico

O trio foi inicialmente julgado pela morte de Jéssica Camila da Silva Pereira, então com 17 anos no ano do assassinato, 2008. Durante as audiências, os acusados confessaram a violência utilizada contra a jovem, como estocaram a carne da vítima na geladeira da residência onde moravam, em Rio Doce, Olinda, e das refeições feitas com as partes do corpo da jovem. 

A mesma metodologia sanguinária foi utilizada nas mortes de Alexandra Falcão e Giselly Helena da Silva. Em Garanhuns, há a suspeita de que o trio de canibais utilizou a carne das vítimas na preparação de salgados comercializados no município. O crime chocou o país e ganhou repercussão mundial. 

Após dois dias, chegou ao fim o julgamento de Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Torreão e Bruna Cristina no Fórum Lourenço José Ribeiro, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O trio vai responder pela morte, esquartejamento, ocultação de cadáver e prática de canibalismo contra a adolescente Jéssica Camila, de 17 anos, morta em abril de 2008. Jorge foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão em regime fechado mais um ano e seis meses em semiaberto ou aberto. Já Isabel e Bruna pegaram 19 anos de regime fechado e 1 ano e 6 meses de regime semiaberto ou aberto.

A pena levou em conta, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), quatro agravantes do homicídio: motivo fútil, emprego de meio cruel, sem dar chance de defesa à vítima e para assegurar impunidade, por isso quadruplamente qualificado. Na votação dos sete jurados na sala reservada, a condenação do trio de canibais foi vencida por três votos para cada acusado.

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A juíza Maria Segunda Gomes de Lima leu a sentença e informou que, pelo menos, um sexto da condenação dos réus deve ser cumprido em regime fechado pela alta periculosidade que o trio apresenta à população. E, em relação à detenção, os réus poderão responder em regime aberto ou semiaberto. "Entendemos que o trio é culpado e com base no artigo 59 foi aplicada a pena, depois de analisar todos os antecedentes criminais, culpabilidade, personalidade, comportamento e todas as circunstâncias", afirmou a juíza. 

O crime causou muita comoção social. "Foi um crime muito grave, que ganhou destaque nacional e internacionalmente. Não foi a pena máxima porque nenhum dos três tinham condenação anterior e porque o trio ainda confessou o crime, o que atenua. Respondem processo, mas ainda não estão condenados por eles. Em relação a outros que podem vir a responder, eles podem ter um aumento de pena por já terem antecedentes", relatou Maria Segunda. 

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O TRIO

No momento em que foram levados para a cadeia, o trio não quis falar com a imprensa. "Não tenho nada a declarar sobre isso", disse Bruna. Quando Jorge, Isabel e Bruna ouviam a sentença da juíza, várias foram as expressões. De Isabel, era visto desespero e muito choro. Já de Jorge e Bruna, a feição não era de preocupação, nem de medo e sim de calma. Durante o julgamento, Jorge se mostrou bastante arrependido do que fez e disse que só Deus podia julgá-lo.

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Bruna disse que apenas assistiu o crime no dia 26 de maio. Por vezes, ainda ria quando a promotora Eliane Gaia a indagava sobre a morte da vítima. Isabel Cristina, a segunda a ser ouvida, articulava poucas frases ao longo do júri, e disse não ter participado da morte, mas ajudou a esconder o cadáver. O trio confessou comer a carne de Jéssica cozida e grelhada, por integrar parte do ritual denomidado "Cartel", criado por Jorge Negromonte.

A pena dos três foi atenuada devido à confissão, segundo a promotora do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Eliane Gaia. "Infelizmente eles não pegaram a pena máxima, por causa do código penal. Se eles confessassem, a pena seria diminuída e foi isso que aconteceu, além deles também não terem antecedentes, como falou a juíza", relatou. O julgamento foi iniciado nessa quinta-feira (13) com ouvidas de duas testemunhas, que foi o psiquiatra forense Lamartine Hollanda e o delegado da Polícia Civil, Paulo Berenguer, que acompanhou as investigações na época do fato. 

CRIME

Jéssica Camila da Silva Pereira, na época com 17 anos, foi morta no Loteamento Boa Fé-I, bairro de Rio Doce, Olinda, onde Jorge, Isabel e Bruna moravam. Logo após o crime, a filha da jovem, que tinha 1 ano, passou a ser criada pelo trio.

Os três réus, que em 2008 tinham 50, 51 e 25 anos, respectivamente, foram acusados de ter guardado a carne da jovem para consumo humano, além de ter ocultado os restos mortais.

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"A defesa santificou os réus. Aqui são todos loucos e santos", ironiza a promotora Eliane Gaia, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na tarde desta sexta-feira (14),  sobre os argumentos utilizados por Tereza Joacy, advogada de Jorge Beltrão, e Rômulo Lyra, advogado de Bruna Cristina de Oliveira. "Em nenhum momento os advogados falaram do ato de canibalismo", diz Gaia durante as interrupções de Joacy. 

A respeito da procura pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) por Jorge, Gaia argumenta que houve uma ocasião em que o réu chegou a ser internado, mas, em seguida, foi retirado por Isabel. A Promotora ainda reafirma que Jorge não possui problemas psicológicos, inclusive segundo o próprio irmão do réu, Irineu Negromonte. 

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"Jorge quer exatamente isso: a redução da pena, a exclusão da culpabilidade para que ele faça um tratamento ambulatorial. Ele matou, esquartejou e comeu e ainda quer ficar livre, em casa, para tomar remédios", ironiza a promotora. "Eles próprios sabem o que fizeram. É tão horrível que eles têm que se justificar com a loucura", defende a promotora. "A loucura é um argumento muito pequeno, Drª Tereza!", dirige-se Gaia à advogada de Jorge Beltrão. 

Eliane Gaia ainda rebate a hipótese de loucura de Jorge. "Ele não é doido, é egoísta", diz a promotora. "Isabel chora durante as defesas porque tenta falar o tempo todo com ele, mas não tem resposta. Ela chora porque está sentindo o desprezo dele", completa. A acusação ainda fala sobre os comentários feitos pelo advogado de Bruna Cristina em relação à própria ré: "Você não consegue conter o riso, Bruna, você é a canibal feliz", afirma. Apesar de não poder falar no momento, Bruna rebate com um sorriso e com um ar irônico em relação ao que disse a promotora. 

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Dando continuidade ao julgamento do caso dos "canibais de Garanhuns", na tarde desta sexta-feira (14), a promotora Tereza Joacy, responsável pela defesa de Jorge Beltrão, afirmou que o réu teria problemas psicológicos e psiquiátricos, diferentemente do que foi dito pela acusação, feita pela manhã. A defensora ainda leu definições de esquizofrenia e relatos do próprio réu sobre a necessidade e a ausência de medicação. 

Aos olhos de uma plateia dispersa, a defesa dos réus ainda fala sobre a ausência de medicação e de atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). "A doença dele [Jorge] se manifestava esporadicamente. Ele tinha alucinações auditivas e visuais, mas isso não era constante. Ainda vale dizer que o problema era recorrente na família, já que o irmão dele também sofria de problemas dessa natureza", defendeu Joacy. 

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Ao questionar aos jurados o que seria mais recomendado para Jorge, algumas pessoas da plateia sugeriram a pena de morte ao réu. Ignorando a reação dos que acompanham o julgamento, Tereza continua: "ele não precisa de prisão e sim de acompanhamento psicológico. De um acompanhamento médico que observe o quadro dele", explicou a defensora. 

Tereza ainda falou do comportamento de Bruna durante o julgamento. "Talvez esse riso dela seja um disfarce para esconder o que ela está sentindo lá dentro. Todos temos alguma forma de reagir ao que acontece externamente e essa é a dela". 

Finalizando a defesa, Tereza Joacy pediu que os jurados estendam a mão a Jorge e olhem para seu caso para que a Justiça seja feita. 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) acredita que o trio de "Canibais de Garanhuns" deve ser condenado há mais de 30 anos de prisão. Acusados de matar Jéssica Camila Pereira em maio de 2008, Jorge Negromonte, Isabel Torreão e Bruna Cristina da Silva participaram de júri popular durante esta quinta-feira (13), no Fórum de Olinda, onde cada um prestou depoimento à Justiça. O júri, no entanto, não foi concluído nesta quinta, devido a complexidade do caso, e se estenderá durante esta sexta-feira (14), a partir das 9h. Na ocasião, os jurados decidem se o trio será condenado ou absolvido. 

De acordo com promotora de justiça do MPPE presente na audiência, Eliane Gaia, o júri atendeu os requisitos do órgão. "Avaliamos o primeiro dia de júri como muito positivo. Tiveram algumas contradições nos depoimentos, o que é normal, mas, mesmo assim, eles confessaram o crime", disse.

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Durante a entrevista concedida à imprensa após o término do júri, a promotora ainda avaliou os perfis dos acusados. "Bruna tem uma personalidade muito fria. Já tínhamos percebido isso e hoje pudemos constatar de perto. Jorge é mais articulado, sabe bem o que está respondendo. Já Isabel se passa de coitadinha, mas isso tudo é fingimento", contou Eliane. Ainda segundo a representante do Ministério, uma pena de mais de 30 anos seria um tempo justo para o caso.  

O júri popular do caso dos canibais de Garanhuns, realizado nesta quinta-feira (13) no Fórum de Olinda, teve sua primeira etapa concluída. Após o médico-psiquiatra Lamartine Holanda, o delegado Paulo Berenguer, segunda testemunha a ser ouvida, explanou à acusação, à defesa e à juíza Maria Segunda Gomes. Responsável pelas investigações sobre a morte de Jéssica Camila da Silva Pereira, em Olinda, o delegado detalhou o papel de cada acusado no assassinato.

“De acordo com os depoimentos dos réus, soubemos que a Isabel passou a faca à Jorge, que deu um golpe na jugular da vítima enquanto Bruna a segurava por trás. Os relatos afirmam que a vítima agonizou e se debateu, enquanto eles a levaram para o banheiro, ligaram o chuveiro e deixaram escorrer todo o sangue, que era um suposto ato para purificação. Depois disso, desossaram o corpo e cortaram as partes”, narrou Berenguer ao apontar, em diversos momentos, a premeditação do ato criminoso.

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Baseados numa seita criada pelo próprio Jorge Beltrão, o Cartel, o trio esclareceu à Polícia que escolhiam mulheres que “não contribuíam à sociedade”: desempregadas, marginalizadas que viviam nas ruas. A ideia era “libertar o espírito” de tais pessoas e, ao mesmo tempo, contribuir para o controle populacional do mundo. Além de Jéssica e das duas vítimas de Garanhuns – Alexandra Falcão e Giselly Helena da Silva - os suspeitos já teriam em visto outras três possíveis vítimas, com as mesmas características. 

Criança é peça para entender plano macabro

Jéssica Camila, a vítima morta em Olinda, vivia nas ruas de Boa Viagem, vendendo guloseimas no sinal. Segundo o delegado Paulo Berenguer, a jovem levava a filha pequena para sensibilizar os clientes. Neste cenário de mendicância é que Isabel Cristina conheceu a garota e prometeu ajudá-la, com uma proposta de trabalho decente e muito bem remunerado. No fundo, segundo afirmou à Polícia, o que movia Isabel era a possibilidade de pegar aquela criança para criá-la como filha.

“Por questões biológicas, Isabel e Jorge, casados há quase 30 anos, não podiam ter filhos. Então a idealização de Isabel era ter aquela criança como filha. Quando Jéssica começou a querer sair da casa dos acusados, foi impedida pelo trio e mantida em cárcere privado. A vítima chegou a ligar para uma tia (atualmente quem tem a guarda da criança) para pedir ajuda”, explanou Paulo Berenguer (foto ao lado). 

Réus falarão durante a tarde

Nesta segunda etapa do julgamento, realizada à tarde no Fórum de Olinda, a acusação – representada pela promotora Eliane Gaia – terá duas horas e meia para apresentar provas, enquanto a defesa também tem o mesmo tempo para tentar convencer o júri formado por sete pessoas. “A defesa ainda pede para apresentar vídeos de algumas testemunhas. Pode ser que demore um pouco mais. Caso se estenda até a noite, é possível que continuemos amanhã”, garantiu a juíza Maria Segunda Gomes.

Assim como a defesa de Isabel, o advogado de Bruna, Rômulo Lyra, tem como meta a absolvição da ré confessa. “Não é uma absolvição de quem não fez nada. Sabemos que ela participou, mas também sabemos que ela foi coagida e dominada por Jorge. Tentaremos a liberdade, mas caso seja condenada, vamos buscar a redução da pena”, garantiu Lyra. 

A primeira testemunha no caso dos canibais de Garanhuns foi escutada, na manhã desta quinta-feira (13), durante o Júri Popular realizado no Fórum de Olinda. O psiquiatra Lamartine Holanda, médico que avaliou as condições psiquiátricas dos três réus – Jorge Beltrão, Isabel Torreão e Bruna Cristina Silva –, afirmou que durante as entrevistas o trio admitiu a prática dos crimes pelos quais estão sendo julgados.

Holanda também revelou que nenhum dos envolvidos apresenta distúrbios neurológicos. “Esquizofrenia é um rótulo. E este rótulo não cabe ao Jorge, nem às outras. Conversei bastante com os três e pude observar que não há distúrbio. Sabiam o que estavam fazendo, planejaram os atos, sabiam as consequências. Jorge, por exemplo, quando foi acusado de um homicídio anos atrás em Olinda, em nenhum momento foi alegada insanidade mental”, asseverou Lamartine Holanda. Pela análise do psiquiatra, há um caráter de vitimização de Bruna e Isabel, como se ausentassem da culpa e tentassem pôr a responsabilidade exclusivamente a Jorge.

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Sobre Isabel Cristina - que não parou de chorar desde que adentrou ao Fórum – o médico explicou que a réu está num quadro de ansiedade. “Podemos até usar, talvez indevidamente, a palavra imatura. É alguém que sabe o que está fazendo e busca pedir desculpar, além de passar culpas para outro”. 

De acordo com a juíza Maria Segunda Gomes, há uma possibilidade de o julgamento ser continuado nesta sexta (14). "Daremos uma pausa no horário do almoço. A perspectiva é concluir ainda hoje, mas caso seja necessário daremos continuidade amanhã", garantiu.

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Tem início nesta quinta-feira (13), o júri popular do trio conhecido como “Canibais de Garanhuns”, acusado de matar pessoas para usar a carne do corpo como recheio para coxinhas e empadas. A sessão será presidida no Fórum de Olinda, localizado na Avenida Pan Nordestina, no bairro de Vila Popular, pela juíza Maria Segunda Gomes de Lima. O júri está previsto para começar às 9h.

O trio, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva, são acusados de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. O crime ocorreu em maio de 2008, em Rio Doce, Olinda. A vítima do canibalismo é Jéssica Camila da Silva Pereira. O corpo da adolescente foi partido em pedaços. Após o crime, os réus passaram a criar a filha da vítima. Uma das acusadas, Bruna Cristina, ainda assumiu a identidade de Jéssica Camila.

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O primeiro passo da sessão é o sorteio dos jurados que vão compor a mesa. Em seguida, haverá a leitura da denúncia. Logo depois, as duas testemunhas serão ouvidas, além dos três réus. Terminada a fase de ouvidas, têm início os debates, que podem durar até nove horas.

Em seguida, os jurados recolhem-se, em sala reservada, para responder aos questionamentos que definirão se os réus serão condenados ou absolvidos. Por último, a juíza retorna ao salão do júri para relatar a sentença. Todo processo pode durar até dois dias. 

 

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