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Foram concluídas nesta quarta-feira (18) as obras de restauro da cobertura do Museu da Língua Portuguesa, na Luz, região central de São Paulo. O prédio sofreu um incêndio em dezembro de 2015.

A cobertura do prédio passa a ter o equivalente a 89.150 quilos de madeira certificada da Amazônia. Além da reconstrução de todo o telhado, já foram concluídos o restauro da fachada e das esquadrias e as ações de conservação da ala oeste. As obras devem ser concluídas no segundo semestre de 2019.

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"Além da preservação, houve toda uma atualização das normas de segurança. Nós tivemos um maior rigor nas normas de segurança, equilibrando as duas questões, a preservação de um lado e a atualização da segurança de outro", disse o secretário da Cultura do Estado, Romildo de Pinho Campello. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) está coletando assinaturas dos pares na Assembleia Legislativa de Pernambuco para que seja instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) visando apurar os fatos investigados pela Operação Torrentes, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no início deste mês, que apura supostos desvios de verbas repassadas pela União para prestar assistência às vítimas das enchentes na Mata Sul em 2010 e 2017. 

As irregularidades, de acordo com a PF, foram cometidas por servidores vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco. Na investigação foram encontrados indícios de direcionamento de contratos em troca de contrapartidas financeiras. Onze pessoas estão presas, entre elas militares e empresários. Na avaliação de Edilson Silva, há “fortes suspeitas de irregularidades e de condutas corruptas por parte de membros do Governo”, ao longo das operações Reconstrução (2010) e Prontidão (2017).

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O requerimento para a CPI foi protocolado na última segunda-feira (27). Para ser instalada a CPI, são necessárias 17 assinaturas de deputados estaduais. Até final da tarde dessa quarta-feira (29), após o encerramento da sessão plenária da Casa, já haviam assinado o requerimento os seguintes parlamentares: Álvaro Porto (PSD), Augusto César (PTB), Bispo Ossessio Silva (PRB), Edilson Silva (PSOL), Joel da Harpa (Pode), José Humberto Cavalcanti (PTB), Odacy Amorim (PT), Priscila Krause (DEM) e Sílvio Costa Filho (PRB). 

Para embasar a solicitação, o psolista reforçou ainda que o “núcleo político” da gestão estadual já foi alvo de seis operações da Polícia Federal nos últimos anos. “É chegada a hora, diante de fatos extremamente robustos, de esta Casa se pronunciar. Nós precisamos desencadear um processo político que dê um ganho de transparência e de acompanhamento da sociedade sobre aquilo que está acontecendo”, defendeu.

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) ao comentar a Operação Torrentes, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (9), disse que o  sentimento é de indignação em saber que quase meio milhão de reais podem ter sido desviados de recursos públicos, que seriam destinados à Operação Reconstrução visando reconstruir moradias e outros equipamentos destruídos com as enchentes que atingiram diversos municípios da Mata Sul de Pernambuco no ano de 2010.

O deputado, no entanto, declarou que já sabia o que estava por vir porque, segundo ele, seu mandato tem ouvido a população da Mata Sul e o panorama encontrado é de que muito do que foi prometido para a região não foi cumprido. "E daí vem outra enchente agora há pouco e a história se repete. Muitos recursos que deveriam chegar não chegarão e já vínhamos denunciando", disse em entrevista ao LeiaJá

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"Imagina quantas obras, casas, quantas ruas e esgotamento não poderiam ter sido feitas com esse quase meio milhão de reais? Nós assistimos tristes a vida das famílias que foram penalizadas. O sofrimento dessa população é fruto desse desmando", declarou.

O psolista ressaltou que a Operação Torrentes foi muito “bem-vinda”. “Existia uma reclamação geral quanto aos efeitos da operação Reconstrução e espero, agora, que as investigações corram da forma mais esclarecedora possível e que os responsáveis pelos desmandos sejam devidamente responsabilizados”, cobrou. 

Ele lamentou todo o cenário. “A sociedade brasileira vem assistindo estarrecida a uma novela que já começou com a Lava Jato. Esse é mais um caso lamentável, caso de polícia. A gente espera que haja impunidade para que se coíba novas práticas semelhantes porque essa cultura da impunidade, da corrupção que está em todo lugar, no setor privado e também no manuseio de verbas públicas, onde as pessoas se sentem no direito de retirar esses recursos, tem que acabar. As pessoas envolvidas têm o seu amplo direito de defesa, mas há fortes indícios”, frisou. 

Edilson minimizou em relação a Paulo Câmara (PSB) ressaltando que a operação Reconstrução iniciou, em 2010, quando ele ainda não era governador. “Ele era um secretário, então não tem responsabilidade especificamente. Agora, tem que se investigar se a sua secretaria, por ventura, teve alguma relação”, ponderou. 

 

Enquanto a tempestade tropical Harvey se move em direção ao estado de Louisiana, nos Estados Unidos, a cidade de Houston no Texas e a costa Sul do estado continuam sob efeito de inundações e os prejuízos acumulados vão se tornando mais visíveis.

Consultorias apontam que o prejuízo econômico pode chegar a US$160 bilhões (o equivalente a R$ 503 bi) – o que representa o desastre natural mais caro da história do país. O governador do Estado, Greg Abbot, disse que o estado vai precisar de US$ 125 bilhões de recursos federais (R$ 393 bilhões) para reconstruir áreas atingidas e apoiar a população.

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A passagem do Harvey impactou toda a população local: empresas, infraestrutura, moradores e também o mercado nacional, já que a região abriga um importante polo petroquímico do país. O Texas tem a segunda maior economia dos Estados Unidos, só perde para a Califórnia. O Produto Interno Bruto (PIB) do estado no ano passado foi superior a US$1,6 trilhão (R$ 5 trilhões).

O efeito da tempestade é sentido na alta da gasolina : pelo menos seis grandes refinarias estão fechadas e por isso o combustível já está chegando mais caro a algumas regiões. Antes da passagem do Harley, o preço do galão de gasolina em Atlanta, na Geórgia, era de US$2,10 (por galão de 3,7 litros, cerca de R$ 6,60). Agora, o produto já pode ser encontrado a US$2,45 por galão (R$ 7,70).

As autoridades estão em alerta por causa das fábricas que sofreram descargas elétricas e apagões desde sexta-feira (25). Uma indústria química a noroeste de Houston registrou duas explosões hoje (31), mas a área continua sob alerta porque podem ocorrer novas explosões. Os moradores em um raio de dois quilômetros deixaram as casas.

Outro alerta é sobre os reservatórios de petróleo e gasolina. Há uma preocupação com vazamentos, já que esses tanques não foram projetados para estar em contato direto com a água. Existe um risco de que ocorram rupturas e que combustíveis alcancem as águas – hipótese que seria, segundo as autoridades, uma tragédia ambiental sem precedentes.

População atingida

Os custos para reconstruir a região vão ser sentidos especialmente para a população das áreas atingidas. Uma outra estimativa divulgada pela imprensa americana, feita por consultorias de risco, aponta que 80% dos moradores da região afetada não possuem seguro residencial. Mais de 40 mil casas foram destruídas, segundo o governo local.

E na área metropolitana de Houston, mais de 1,3 milhão de pessoas não possuem seguro saúde, de acordo com estimativas do censo. Além disso, 22,5% da população da cidade vive abaixo da linha da pobreza, de acordo com os números do censo estadual.

Já são 35 mortes confirmadas no Texas e ainda há centenas de desaparecidos, segundo o governo.  A Guarda Costeira recebe mais de mil chamadas por hora de pessoas que necessitam ser resgatadas. 

O Exército e voluntários também trabalham para ajudar as vítimas. A Cruz Vermelha recolhe sangue para levar aos feridos e entrega donativos nas áreas mais afetadas via helicóptero.

Até o momento, foram resgatadas dez mil pessoas pelas forças federais. Ao todo, 24 mil soldados das tropas da guarda nacional trabalham em operações de salvamento.

Políticos

Hoje (31) o vice-presidente Mike Pence viajou para o Texas. Na terça-feira (29), o presidente Donald Trump esteve no local acompanhado da primeira dama, Melanie Trump. Em um discurso improvisado na cidade de Corpus Christi, Trump elogiou o trabalho de todos os envolvidos e a logística de atenção às vítimas. 

O presidente norte-americano alfinetou seu antecessor Barack Obama, ao lembrar que "nessa tragédia não houve problemas de desabastecimento para as vítimas" e que ele também viajou rapidamente para o local.

Obama foi bastante criticado após a passagem do Furacão Katrina em Nova Orleans, Louisiana, em agosto de 2005. Na época, o então presidente e seu governo foram criticados pela imprensa por terem demorado alguns dias para viajar ao local e também porque faltou comida e água em alguns abrigos improvisados na ocasião.

Apesar de a visita de Donald Trump ter agradado ao eleitorado, ele tem recebido críticas de parte da imprensa, que o acusa de dar mais atenção às provocações da Coreia do Norte, no tema dos mísseis balísticos, do que ao problema interno e às dificuldades enfrentadas pelo Texas.

O Ministério da Educação (MEC) anunciou hoje ( 8) a liberação de R$ 12,9 milhões para obras de reconstrução e recuperação de escolas e creches de municípios de Alagoas que foram atingidos por fortes chuvas há alguns meses. Serão realizadas 40 reformas e sete novas construções, que irão beneficiar 15 mil estudantes.

As obras serão realizadas em seis municípios: Maceió, Barra de Santo Antônio, Jacuípe, Marechal Deodoro, Pilar e São Luís do Quintunde. Os recursos serão administrados pelos próprios municípios.

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Segundo o MEC, além das reformas nas estruturas já existentes afetadas pelas chuvas, novas escolas e creches serão construídas para substituir aquelas que estão com as estruturas condenadas ou localizadas em áreas de risco.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, garantiu que o governo vai liberar recursos para mais municípios que atenderem aos requisitos técnicos. “Não estamos encerrando aqui o apoio a outros prefeitos que tenham demandas relativas ao que foi afetado em termos de destruição na área educacional pelas chuvas. Apenas, as que atenderam aos requisitos técnicos estão sendo atendidas. As que ainda estão por atender, cumprindo suas responsabilidades terão atendimento por parte do Ministério da Educação”, disse.

Infraestrutura

O ministro transportes, Maurício Quintella, disse que na próxima semana o governo anunciará a liberação de recursos para reconstrução de infraestrutura no estado. Segundo Quintella, só para Maceió serão liberados cerca de R$ 25 milhões.

Quintella lembrou que no Brasil, mesmo em situação de emergência, a liberação dos recursos é demorada. “Essa é uma questão que o Congresso Nacional precisa enfrentar, que é a celeridade na liberação de recursos, principalmente para obras emergenciais”.

Em todo o estado, 27 municípios foram atingidos e tiveram situação de emergência decretada. Os demais 21 municípios que estiverem nessa condição poderão ser contemplados à medida que suas demandas forem analisadas e validadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

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O Ministério da Educação liberou recursos financeiros para auxiliar a reconstrução de escolas e permanência de alunos afetados pela enchente que atingiu municípios da Zona da Mata de Pernambuco e Alagoas. 

Na quinta-feira (8) o ministro Mendonça Filho visitou municípios alagoanos e anunciou a liberação de R$ 18 milhões através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para as prefeituras de cidades atingidas, além de R$ 193 mil em assistência estudantil para cerca de 420 estudantes do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) que se encontram em situação de vulnerabilidade temporária por causa das chuvas.

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Nesta sexta-feira (9), Mendonça anunciou a liberação de R$ 30 milhões destinados a recuperar a estrutura física de escolas e creches e para aquisição de equipamentos, mobiliários e livros das escolas atingidas pelas enchentes em 31 cidades do estado de Pernambuco durante uma visita ao município de Palmares. A liberação também será feita através do FNDE. Além disso, o Instituto Federal de Pernambuco também receberá recursos para assistência estudantil, auxiliando 1.278 estudantes que receberão R$ 230 durante dois meses, totalizando uma liberação de R$ 587 mil. 

Segundo o ministro, a liberação de recursos através do FNDE tem como objetivo acelerar a chegada da verba até os gestores de educação. “Em vez de aguardarmos a aprovação de cada plano de trabalho individual dos prefeitos, modificamos a lógica de atendimento pelo FNDE, para que os recursos fossem disponibilizados de forma imediata”, disse Mendonça na visita a Palmares.

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Um ano após o Museu da Língua Portuguesa, localizado no Centro de São Paulo, ter sido destruído em incêndio, o espaço começou a ser reconstruído nesta quarta-feira, 21.

A reinauguração do museu está programada para o primeiro semestre de 2019 e o custo total da obra será de R$ 65 milhões. Destes, R$ 34 milhões vem da iniciativa privada. A reforma se tornou possível a partir de uma parceria entre o governo federal e estadual, a Fundação Roberto Marinho, os grupos Energias de Portugal (EDP), Itaú e Globo.

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O museu - O espaço foi oficialmente em 20 de março de 2006, na Praça da Luz. Já o incêndio que destruiu o prédio que abriga o museu ocorreu em 21 de dezembro de 2015. 

Uma semana após um violento terremoto atingir cidades no centro da Itália e matar quase 300 pessoas, o governo nomeou uma autoridade para monitorar o processo de reconstrução. Uma reunião do gabinete desta quinta-feira (1°) aprovou a proposta do primeiro-ministro Matteo Renzi para nomear Vasco Errani como novo comissário da reconstrução.

Errani era presidente da região da Emilia Romagna em 2012, quando dois terremotos danificaram residências e casas em uma das áreas mais produtivas do país. Renzi disse que agora estava selecionando "a mesma equipe" para liderar a reconstrução das cidades devastadas pelo terremoto de Amatrice, Accumoli e Arquata del Tronto, as mais atingidas na semana passada.

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O terremoto de magnitude 6,2 se seguiu a mais de 3 mil tremores secundários, destruiu cidades e vilas inteiras no centro da Itália e deixou cerca de 4 mil pessoas sem casa.

Em comunicado, o governo italiano disse que Errani supervisionará o processo de reconstrução, enquanto coordena o trabalho das administrações locais e o da autoridade anticorrupção nacional, ao definir os planos e recursos necessários para reconstruir os prédios públicos e privados. Renzi disse que trabalhará para evitar erros passados na reconstrução de áreas devastadas por terremotos, em referência a episódios de corrupção e uso ineficiente dos recursos públicos.

Após reunião bilateral com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na quarta-feira, Renzi afirmou que a prioridade de seu governo é gastar os fundos para a reconstrução de maneira eficiente, com o uso do dinheiro já disponível. Merkel disse que a União Europeia certamente encontrará uma "solução sensível" para a questão orçamentária italiana diante dos gastos com o terremoto, depois que o país apresentar "um plano transparente" sobre o tema. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os especialistas começaram nesta segunda-feira (29) a avaliar a viabilidade das escolas na região atingida pelo terremoto que deixou quase 300 mortos no centro da Itália, enquanto o governo buscava soluções para realocar os desabrigados.

"Devemos dar imediatamente àqueles que sobreviveram a esta tragédia um sinal de esperança e de retorno à normalidade" e a volta à escola, em meados de setembro na Itália, deve ser "o primeiro sinal", declarou a ministra da Educação, Stefania Giannini.

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As autoridades italianas consideram que um dos meios de motivar as populações locais a ficar nas zonas atingidas é, justamente, que seus filhos possam continuar indo ao colégio normalmente na região.

Detectar rapidamente as escolas que precisam ser restauradas, transferir os alunos dos centros destruídos ou perigosos a outros que ficaram intactos ou construir salas de aula pré-fabricadas são algumas das opções que o governo analisa.

Na quarta-feira será realizada uma reunião na presença da ministra em Amatrice, a localidade mais atingida, com mais de 230 mortos, para coordenar um retorno às aulas o mais normal possível.

À margem de um funeral celebrado no sábado em Ascoli Piceno (centro), o prefeito da cidade, Guido Castelli, reiterou o compromisso do chefe de governo, Matteo Renzi, de dar respostas concretas aos atingidos reconstruindo o mais rápido possível as escolas, as prefeituras e as igrejas.

Mas, para que as crianças possam ir à escola, é preciso que suas famílias consigam continuar vivendo perto durante os trabalhos de reconstrução.

As grandes tendas azuis que abrigam atualmente 2.500 atingidos representam uma solução provisória, mas não poderão ser usadas por muito tempo, já que o frio chega rapidamente nesta região montanhosa.

- Fazer rápido, mas bem -

"É justo que seja feito rápido, mas é ainda mais justo que seja feito bem e, sobretudo, que envolva as populações afetadas", escreveu Matteo Renzi nesta segunda-feira em sua página do Facebook.

"O compromisso do governo é que estes lugares tão ricos, com um passado precioso, possam ter um futuro e, para fazer isso, será preciso que todos trabalhem juntos", acrescentou o chefe de governo.

No domingo, Renzi se reuniu durante quatro horas com o famoso arquiteto italiano Renzo Piano, de 78 anos, prêmio Pritzker de arquitetura em 1998 e autor, junto com sua equipe, de mais de 120 projetos em vários continentes.

"Renzi queria meus conselhos, uma visão, uma ajuda para um grande projeto" de reconstrução e de prevenção, declarou Piano ao jornal La Repubblica.

O arquiteto articula sua visão em duas etapas: em primeiro lugar, pequenas casas de madeira, "construções leves que poderiam ser desmontadas e recicladas posteriormente" e um retorno progressivo a casas mais sólidas a medida que os trabalhos avancem.

Em uma segunda etapa, "um projeto no longo prazo (...), uma intervenção de cinquenta anos" para assegurar, respeitando a natureza e o patrimônio dos Apeninos, a cadeia montanhosa que atravessa a península italiana e que tem fortes riscos sísmicos.

Segundo a imprensa local, o governo pretende que todos os afetados tenham abandonado as barracas em um mês e que todos contem com um alojamento estável um prazo de cinco meses, antes do início, na primavera, dos trabalhos para reconstruir as casas em sua localização original.

Após o terremoto de L'Alquila, que deixou mais de 300 mortos em 2009, a 50 km de Amatrice, os acampamentos permaneceram de pé durante meses.

No entanto, aquele terremoto ocorreu em abril e a Defesa Civil precisou lidar com 65.000 atingidos, muitos dos quais foram realocados em novos bairros na periferia de L'Alquila.

Sete anos depois do tremor, o centro histórico de L'Aquila ainda não foi completamente reconstruído e os danos do terremoto continuam sendo visíveis: há andaimes por toda parte, algumas ruas estão fechadas à circulação e muitos edifícios estão abandonados.

"Sobre a reconstrução, há páginas de eficácia absoluta, mas também outras para esquecer", acrescentou Renzi, destacando que "cada centavo gasto poderá ser verificado".

A cerimônia funerária para as vítimas do terremoto prevista para Amatrice será realizada finalmente na tarde de terça-feira no aeroporto de Rieti por razões meteorológicas e de logística.

O Ministério Público Federal (MPF) impetrou nesta sexta-feira, 24, uma ação civil pública contra a Prefeitura do Rio de Janeiro, o consórcio Contemat/Concrejato e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea, órgão do governo estadual do Rio) para exigir a interrupção das obras de reconstrução do trecho da ciclovia Tim Maia que desabou em 21 de abril, matando duas pessoas, à margem da avenida Niemeyer, em São Conrado (zona sul).

A procuradora Zani Tobias de Souza afirma que é necessária uma nova licença ambiental para a reconstrução da ciclovia, além de apontar outros problemas da obra.

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Ela defende ainda que a ciclovia seja rediscutida por meio de audiências públicas. A procuradora pede ainda que a Justiça proíba o uso de toda a extensão da ciclovia até que ela seja rediscutida. A Justiça ainda não se manifestou sobre a ação proposta pelo MPF.

Como a ciclovia fica ao redor do morro Dois Irmãos, área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a obra só pode continuar após manifestação desse órgão.

Outro problema elencado pelo MPF são falhas estruturais: "Há falhas gravíssimas na concepção estrutural da ciclovia Tim Maia, assim como desgaste prematuro do conjunto", afirma a ação.

Reconstrução

As obras de reconstrução do trecho que desabou da ciclovia começaram neste mês e devem se estender por 60 dias.

Ainda não notificada sobre a ação, a Prefeitura do Rio não comentou a iniciativa do MPF.

A prefeitura do Rio anunciou nessa segunda (25) a reconstrução da Ciclovia Tim Maia até o início da Olimpíada, em 5 de agosto. Não foram apresentados cronograma nem custos da obra. Ao menos duas pessoas morreram no desabamento da pista, ao lado da Avenida Niemeyer, ligação entre Leblon e São Conrado, na zona sul.

Em comunicado oficial, a gestão Eduardo Paes (PMDB) informou que o início das obras no trecho de 50 metros atingido por ondas na quinta-feira passada depende de um laudo pericial, com prazo de 30 dias para ficar pronto. O consórcio Concremat/Concrejato, responsável pela obra da ciclovia, vai assumir a reconstrução e "arcar com todos os custos".

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O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ) formou uma comissão para investigar, em um mês, as causas do acidente. Caso seja constatada falha profissional, a entidade poderá instaurar processo ético e até cassar o registro do responsável.

Para o engenheiro civil Manoel Lapa, coordenador da Câmara de Engenharia Civil do Crea-RJ, é possível refazer a obra até os Jogos. "Claro que antes de fazer a obra será preciso descobrir qual foi o erro e corrigi-lo. Nesse tempo é perfeitamente viável refazer aquela obra, com a segurança e os cuidados necessários", afirmou.

Laudo

Problemas na obra foram detectados ainda no ano passado, antes da inauguração, pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). Após a realização de seis vistorias, relatório do órgão apontou rachaduras, buracos e desníveis na pista e estruturas enferrujadas. As falhas apareceram, sobretudo, perto Mirante do Leblon, a cerca de 3 km do local do acidente.

O presidente do TCM, Thiers Montebello, afirmou ontem que o quadro técnico detectou irregularidades no acabamento da ciclovia. "Durante a execução da obra, fizemos algumas recomendações para a melhoria do projeto, que foi sendo moldado. A prefeitura tem por hábito atender às recomendações ou apresentar explicações. Mas nada em relação à estrutura da obra, o que não é de nossa competência", explicou.

O consórcio informou que seguiu o projeto básico elaborado pela prefeitura. "Em relação aos comentários sobre a qualidade da obra, o consórcio esclarece que os materiais empregados e a qualidade da construção seguiram todos os padrões técnicos previstos nas normas brasileiras. A fiscalização das obras foi exercida pela contratante", informou.

A prefeitura do Rio informou nesta segunda-feira, 25, que pretende reconstruir a Ciclovia Tim Maia até o início da Olimpíada, que começa no dia 5 de agosto. Um trecho da pista para circulação de bicicletas, na Avenida Niemeyer, na zona sul, desabou na última quinta-feira em meio a uma ressaca e deixou dois mortos.

A própria Concremat, empresa que fez a obra da ciclovia, deve assumir o trabalho de reconstrução do trecho que desabou. "Todas as intervenções necessárias serão executadas pelo consórcio responsável pela obra da ciclovia, que também vai arcar com todos os custos", informou a Prefeitura, em nota. "A intenção da Prefeitura do Rio é concluir a reconstrução da ciclovia antes dos Jogos Olímpicos", diz o texto.

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No entanto, o início dos trabalhos depende de um laudo da Coppe/UFRJ e do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH). As duas instituições foram contratadas para realizar perícia independente e apontar as causas do desabamento da ciclovia. Serão considerados aspectos estruturais e as variáveis marítimas na análise do trecho da ciclovia na Avenida Niemeyer. Segundo a prefeitura, a Geo-Rio colocou todo material técnico do projeto executado à disposição dos peritos. A estimativa é que o laudo conclusivo seja entregue em até 30 dias.

Para o engenheiro civil Manoel Lapa, coordenador da Câmara de Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio (Crea-RJ), é possível refazer a obra antes da Olimpíada. "Claro que antes de fazer a obra será preciso descobrir qual foi o erro e corrigi-lo, mas são mais de três meses até o início dos Jogos. Nesse tempo é perfeitamente viável refazer aquela obra, com a segurança e os cuidados necessários", afirmou.

A ciclovia foi inaugurada há três meses e vários trechos apresentam rachaduras. Um relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM) do ano passado apontou trincas na pista. O relatório de julho da 2.ª Inspetoria Geral de Controle Externo do TCM informa que as falhas apareceram próximo do mirante do Leblon. A Concremat, empresa que construiu a ciclovia, possui ainda contrato com a prefeitura para fazer o gerenciamento de sete obras ligadas à Olimpíada.

Países e agências de desenvolvimento anunciaram ajuda no valor de US$ 4,4 bilhões ao Nepal nesta quinta-feira, que abrange cerca de dois terços do que a nação do Himalaia diz precisar para reconstruir as regiões destruídas pelos terremotos devastadores que mataram mais de 8.800 pessoas e deixou milhões de desabrigados.

O ministro das Finanças do Nepal, Ram Sharan Mahat, disse que o montante foi prometido por doadores que participaram de uma conferência de um dia na capital Katmandu. O Nepal diz precisar de cerca de US$ 6,7 bilhões para a reconstrução.

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A maior promessa veio do grande vizinho do sul do Nepal, a Índia, que ofereceu US$ 1 bilhão em doações e empréstimos a juros baixos.

"O Nepal e a Índia estão unidos. Portanto, há a necessidade de coordenar estreitamente a nossa resposta a desastres e ajudar uns aos outros diante das calamidades", disse o ministro de Relações Exteriores da Índia, Sushma Swaraj.

O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que seu país iria fornecer US$ 483 milhões. Já o presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento, Takehiko Nakao, prometeu US$ 600 milhões.

O Japão disse que doará US$ 260 milhões e os Estados Unidos, US$ 130 milhões. O Banco Mundial já tinha anunciado US$ 500 milhões para o Nepal. Por sua vez, Neven Mimica, da União Europeia, disse que daria US$ 112 milhões para o governo do Nepal para os gastos com a reconstrução.

Mais cedo, Mahat disse que o déficit comercial do Nepal iria aumentar por causa dos terremotos, mas as reservas externas permanecerão adequadas com as transferências. "Esta é a razão pela qual nós estamos olhando para os nossos parceiros de desenvolvimento para preencher o crescente fosso fiscal que teremos nos próximos três a cinco anos", acrescentou.

O Nepal precisa de US$ 6,66 bilhões para reconstruir toda a infraestrutura destruída ou danificada pelo terremoto devastador que ocorreu em abril e os tremores seguintes, disse neste domingo (14) a Comissão Nacional de Planejamento do país. As consequências econômicas do terremoto de 7,8 graus de magnitude, que matou cerca de 9 mil pessoas e feriu outras 22 mil, também levou cerca de 700 mil pessoas para abaixo da linha da pobreza na nação do Himalaia.

Govind Raj Pokharel, vice-presidente da comissão de planejamento, disse que suas estimativas de danos foram baseadas em levantamentos de 23 setores da economia, da agricultura ao turismo, que foram afetados pelo desastre. Cerca de 500 mil casas ficaram inabitáveis depois dos tremores, deixando cerca de três milhões de pessoas desabrigadas. Muitas escolas, escritórios do governo, pontes e estradas também foram seriamente danificados.

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O Nepal convidou mais de 30 países e mais de duas dezenas de organizações de ajuda para uma conferência internacional sobre a reconstrução que iniciará na capital, Katmandu, no final deste mês. "Estamos esperando tremenda ajuda e solidariedade", disse Suman Prasad Sharma, secretário do Ministério das Finanças do Nepal.

Anteriormente, o Escritório da Organizações das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários disse que precisava de US$ 422 milhões para ajuda humanitária de emergência. Até agora, a agência recebeu apenas US$ 128 milhões. Fonte: Dow Jones Newswires.

Milhares de crianças, muitas delas ainda traumatizadas pela perda de seus familiares, voltaram neste domingo (31) às escolas do Nepal, depois que um terremoto deixou pelo menos 8.600 mortos há um mês. O tremor de 25 abril destruiu escolas em todo o país e muitas crianças tiveram que voltar às aulas em centros provisórios fabricados com bambu ou tendas de campanha instaladas nos pátios.

Sahaj Shrestha, um menino de oito anos, chegou neste domingo agarrado à mãe à escola pública Madan Smarak, no vale de Katmandu. A mãe de Sahaj, Mina, explicou que desde que o terremoto destruiu sua casa e os obrigou a viver em uma barraca, o filho está tão traumatizado que não consegue soltar dela nem para ir ao banheiro.

"Ainda há réplicas. É difícil não ficar nervoso ao mandar as crianças outra vez à escola", explicou a mãe à AFP. "Mas os professores garantiram que aqui eles estarão seguros e pelo menos se sentirão melhores se estudarem e estão com seus amigos", afirmou.

Nesta escola apenas estão sendo usados os prédios que resistiram aos tremores considerados seguros pelos engenheiros e salas de bambu foram construídas dentro de um campo de futebol. A medida que as crianças chegavam, os professores se sentavam com eles para desenhar ou brincar, tentando recuperar certa normalidade.

"Temos passado tanto tempo em casa que é muito bom vir aqui e brincar e ver os amigos de novo", contou Muskan Bajracharya, de nove anos. Nas aulas onde as crianças são um pouco maiores, falar sobre o terremoto ou sobre o que aconteceu com suas famílias serve de consolo.

"Nós não estamos dando aulas regulares e treinamos os professores para ajudar as crianças a superar o trauma do terremoto e adaptar-se a estar de volta à escola", explica o diretor da escola, Govinda Poudel.

O terremoto de magnitude 7,8 danificou cerca de 8.000 escolas em todo o país. Nos distritos rurais mais afetadas pelo terremoto, (Gorkha, Nuwakot e Sindhupalchowk) 90% das escolas foram destruídas.

O terremoto de um mês atrás ocorreu num sábado à tarde, quando as escolas estavam fechadas. "Não quero nem imaginar o que teria acontecido se fosse dia de aula", afirma Sakuntala Bhlon, de 37 anos, que tem dois filhos de cinco e oito anos na escola Madan Smarak.

A reabertura estava prevista para 17 de maio, mas teve que ser adiada graças a um segundo terremoto de magnitude 7,4 que sacudiu o país em 12 de maio. Algumas escolas no Nepal não conseguiram reabrir suas portas neste domingo porque ainda há problemas de segurança ou porque não terminaram de construir as salas de aula provisórias. "É impossível abrir agora. O piso da escola está cheio de detritos e não temos espaço", explicou Upadhyay Lila Nanda, diretora da escola international Rupak Memorial, localizada no vale de Katmandu.

Por sua parte, a diretora-geral do ministério da Educação, Dilli Ram Rimal, espera que todas as escolas possam ser abertas nas próximas semanas. "Nós entendemos que nem todas as escolas dispõem de meios suficientes para abrir. Mas a educação é uma parte importante da recuperação e devemos começar o processo", afirma.

Os peritos da Aeronáutica terminaram de recolher neste sábado (4), por volta das 9 horas, as peças do helicóptero em que morreu Thomaz Alckmin, filho do governador Geraldo Alckmin, e outras quatro pessoas, em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Agora, eles vão tentar reconstruir a aeronave dentro de uma área do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que fica no Campo de Marte, junto ao Instituto de Criminalística (IC) do governo estadual. O trabalho de recuperação chegou a ser suspenso na sexta-feira por causa da quantidade de gasolina espalhada na área dos escombros. O Corpo de Bombeiros teve de ir ao local para "lavar" a área.

Até ontem, as empresas Helipark e Seripatri não tinham se pronunciado oficialmente sobre como havia sido realizada a manutenção da aeronave, antes da decolagem. Um dos focos seriam as pás do helicóptero. De acordo com Marcos Manfrin, delegado seccional de Carapicuíba, as pás eram o foco.

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O helicóptero em que os cinco tripulantes morreram estava em teste, após passar por manutenção e balanceamento. A polícia confirmou ter encontrado três pás, o que já confirma a principal suspeita de que o equipamento se desfez no ar. Um vídeo feito por vizinhos mostra uma das partes do aparelho se soltando durante a queda. Segundo afirmaram peritos da Aeronáutica, a queda foi "incrivelmente vertical".

Acidente muito incomum. "A pá desprendeu da cabeça do rotor e isso não é comum. Pode ter quebrado o parafuso de fixação, pode ter faltado o pino de segurança, são suposições. Mas uma das possibilidades mais prováveis para soltar a pá é a falta do pino, que pode ter ocorrido por falha humana, por não ter sido preso direito, ou porque o material veio com defeito", disse anteontem o piloto Gustavo Penna, de 33 anos, que conhecia Thomaz Alckmin havia 6 meses.

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que foi iniciado o programa de reconstrução da Faixa de Gaza após o conflito de 50 dias encerrado em agosto. O coordenador do processo de paz no Oriente Médio, Robert Serry, afirmou que o programa começou na segunda-feira com a venda de materiais de construção para 700 moradores de Gaza, cujas casas foram danificadas.

Estimativas palestinas dizem que serão necessários US$ 6 bilhões para reparar os danos feitos durante o conflito, iniciado após militantes do Hamas reagirem a prisões israelenses de ativistas do grupo na Cisjordânia por disparar foguetes contra o sul de Israel.

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Israel respondeu com bombardeios aéreos e invasão por terra para interromper o lançamento de foguetes e destruir uma rede de túneis construídos para realizar ataques. Cerca de 60.000 residências em Gaza precisa ser reparadas imediatamente. Fonte: Associated Press.

Mohammed Mustafa, vice-primeiro-ministro do governo de união palestino, afirmou nesta sexta-feira (10) que Israel vai permitir que mais material de construção entrem na Faixa de Gaza nesta semana. A medida é parte do acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) para reconstruir o território abalado pelo conflito encerrado em agosto.

Os carregamentos vão começar a serem entregues no domingo, informou Mohammed Mustafa. O governo de união palestino é responsável por supervisionar os esforços de reconstrução da área. Inspetores palestinos vão atuar no lado de Gaza da fronteira na próxima semana.

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Mustafa afirmou que as quantidades a serem importadas na fase inicial de teste será três vezes maior do que o que foi levado para Gaza em projetos prévios da ONU. "O setor privado vai trazer esses materiais sob supervisão da Autoridade Palestina", declarou.

O oficial de defesa de Israel, Hadar Horen, afirmou que não sabia quando esses carregamentos começariam. Domingo também será realizada uma conferência internacional em Cairo em que os palestinos vão pedir US$ 4 bilhões para a reconstrução de Gaza.

Israel só permite carregamentos de material de construção para projetos supervisionados por agências internacionais, mas não para o setor privado em Gaza. O país teme que o grupo militante Hamas desvie esse material para uso militar, incluindo a construção de túneis. Após o conflito, a ONU fez um acordo com Israel e com o governo palestino em que Israel permite a importação de material de construção para o setor privado.

O conflito recente entre Israel e Hamas durou 50 dias e deixou mais de 2.100 palestinos e 71 israelenses mortos. Grandes áreas de Gaza foram destruídas, incluindo danos em mais de 60.000 casas e mais de 5.000 lojas, de acordo com o governo palestino e a ONU. Fonte: Associated Press.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, vai pedir que países doem US$ 4 bilhões para a reconstrução da Faixa de Gaza, após o conflito recente entre Israel e Hams que destruiu dezenas de milhares de lares e mais de cinco mil lojas.

Segundo o relatório obtido pela agência de notícias Associated Press, o governo palestino vai pedir US$ 4 bilhões em fundos de ajuda emergencial de reconstrução. Ele também vai pedir a doadores um adicional de US$ 4,5 bilhões em ajuda para o orçamento nacional até 2017.

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O documento pediu mais de US$ 1,1 bilhão para reconstruir 20.000 casas e apartamentos destruídos e para reformar mais de 40.000 casas danificadas. Seria necessário cerca de US$ 600 milhões para recuperar mais de 5.000 lojas e fábricas afetadas. O relatório será apresentado por Abbas em uma conferência no Cairo, em 12 de outubro.

O chefe do Exército de Israel afirmou que seria do interesse de segurança de Israel permitir que materiais de construção entrem na área bloqueada da Faixa de Gaza. Qualquer plano de reconstrução precisa da permissão de Israel de permitir importação de grandes quantidades de cimento, aço e outros materiais de construção.

De acordo com um acordo recente entre Israel, a Autoridade Palestina e os EUA, Israel permitiria essas importações, desde que inspetores palestinos e da Organização das Nações Unidas (ONU) certificassem que não serão usados pelo Hamas para fins militares.

O conflito entre Israel e Hamas terminou no fim de agosto e deixou mais de 2.100 palestinos mortos, sendo três quartos civis, de acordo com a ONU. Israel perdeu 66 solados e seis civis. Fonte: Associated Press.

A Organização das Nações Unidas (ONU) vai intermediar um acordo para permitir a reconstrução da Faixa de Gaza, informou o principal enviado da ONU ao Oriente Médio nesta terça-feira (16). Pela negociação, a Autoridade Palestina vai liderar os esforços, com a ajuda do setor privado.

O acordo entre Israel, a Autoridade Palestina e as Nações Unidas inclui a implementação de uma missão de monitoramento para assegurar que os materiais de construção não serão desviados para usos militares, afirmou Robert Serry ao Conselho de Segurança da ONU. Serry disse ter presenciado "cenas realmente chocantes de destruição de infraestrutura, hospitais e escolas" durante sua visita a Gaza na semana passada.

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"O conflito em Gaza é uma tragédia humana espantosa, e causou um dano terrível a uma confiança que já era tensa", afirmou o enviado da ONU. "Mesmo com o cessar-fogo mediado pelo Egito em pé desde o dia 16 de agosto, a trégua continua inquietantemente frágil, com a dinâmica fundamental ainda sem solução."

Segundo ele, as Nações Unidas consideram o "mecanismo temporário" para reconstruir a região como "um sinal de esperança para o povo de Gaza" e um importante passo em direção à suspensão de todas as barreiras alfandegárias na Faixa. Ele destacou que as restrições "precisam ser retiradas e sem demora".

Serry pediu que o Conselho de Segurança apoie o acordo, dizendo que a negociação vai assegurar aos doadores que os valores investidos "serão usados rapidamente, e apenas para propósitos civis".

O conflito mais recente na Faixa de Gaza deixou cerca de 2,1 mil palestinos mortos, a maioria deles civis, de acordo com autoridades da Palestina e da ONU. Israel afirma que o número de militantes que morreram foi muito maior e acusa o Hamas de usar civis como escudos humanos. Do lado israelense, 66 soldados e seis civis foram mortos.

Grandes bairros foram totalmente dizimados, e cerca de 18 mil casas foram destruídas ou danificadas gravemente, Serry informou. Quase 100 mil pessoas perderam suas casas, "deixando famílias despedaçadas e desesperadas". Segundo o diplomata, 111 instalações da ONU sofreram prejuízos e mais de 65 mil palestinos refugiados ainda vivem nos abrigos da organização. Fonte: Associated Press.

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