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As duas vias da Avenida Caxangá, na zona oeste do Recife, estão interditadas nos dois sentidos na noite desta quarta-feira (4), devido a manifestação que atearam fogo na via. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados e acompanham o ato, que está localizado nas imediações do cruzamento da Avenida General San Martin, no bairro do Cordeiro.

O protesto iniciou por volta das 17h20 e deixou mais lento o retorno para casa de quem mora pela região, pois desde que iniciou se formou um congestionamento,  complicando a passagem dos veículos que trafegam pela avenida e pelo entorno.

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Por volta das 19h, as chamas foram apagadas pelo Corpo de Bombeiros e as vias liberadas.

Com o encerramento da participação popular no Ouvir Para Mudar, programa criado pelo Governo Raquel Lyra (PSDB), que ouviu as demandas da população pernambucana por regiões, a gestão assumiu compromissos de investimentos que ultrapassam a marca de R$ 1 bilhão. No entanto, este é o primeiro passo do novo programa, que ainda terá outras etapas até a efetivação das escutas à população. O LeiaJá escutou o cientista político Arthur Leandro para avaliar a eficácia de programas com participação popular para pautar as ações do governo para os próximos anos.

Do Sertão a RMR

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Com um roteiro começando no Sertão do São Francisco, no dia 1 de setembro, e finalizando na Região Metropolitana do Recife, no dia 27 de setembro, o programa teve o comando da própria governadora e a sua vice, Priscila Krause (Cidadania-PE), secretários estaduais, integrantes de órgãos e autarquias do governo, prefeitos dos municípios, vereadores e deputados em seminários regionais para ouvir as demandas da população.

Segundo a Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional (Seplag-PE), o programa teve como objetivo priorizar políticas públicas e "novas propostas para a construção do planejamento que irão nortear as ações do Governo nos próximos anos".

Foto: Janaina Pepeu/Secom

Os seminários regionais realizados nas 12 Regiões de Desenvolvimento do Estado contabilizaram cerca de 15 mil participações e 1.968 propostas. Além disso, através da plataforma digital, foram registrados mais de 18 mil participantes que sugeriram propostas para diversas áreas como saúde, segurança, educação, desenvolvimento sustentável, infraestrutura, entre outras demandas.

Ainda de acordo com a Seplag-PE, a área que registrou mais propostas, com 419 no total, foi educação, ciência e tecnologia. Em seguida vieram agricultura e meio ambiente (364 propostas), saúde e qualidade de vida (354), infraestrutura e dinamismo econômico (329), segurança e cidadania (283), e água e habitação (219). Já na plataforma digital, as temáticas saúde, segurança e desenvolvimento sustentável foram as que mais receberam propostas.

Foto: Janaina Pepeu/Secom

Demandas como requalificação de rodovias estaduais, melhorias no abastecimento de água, finalização de barragens, construções de novas escolas, ampliação de hospitais, políticas contra a violência doméstica, aumento do efetivo policial e desenvolvimento de planos de saneamento básico estiveram presentes nas solicitações de quase todas as regiões.

--> Governo Lyra atrasa apresentação do Juntos Pela Segurança

Falta de esperança

"A que veio o governo Raquel Lyra?". Mesmo o Governo de Pernambuco afirmando que conseguiu escutar a população com o "Ouvir Para Mudar", foi com esse questionamento que Alessandra Silva, 30 anos, iniciou a sua entrevista para o LeiaJá. A dona de casa acredita que "não adianta escutar, ou fingir que escuta, pois a gestão nesses 10 meses não conseguiu resolver problemas básicos enfrentados pelos moradores, principalmente os mais pobres".

Alessandra que mora no bairro do Alto da Conquista, localizado na cidade de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, disse que não sabe como funcionou os processos de escuta do "Ouvir Para Mudar" e que faltou “uma maior divulgação para a população sobre o programa”.

"Eu como moradora da periferia de Olinda, lugar que enfrenta centenas de problemas, não soube desse programa. Afinal, o governo ouviu quem? Eu não fui escutada. Nenhum amigo ou parente também não. Eu não estou sendo pessimista, mas não consigo acreditar nesse papo de mudança, pois a própria população não é ouvida pelo governo. E mesmo assim, será que precisou passar 10 meses para Raquel Lyra começar a querer saber quais os problemas do estado? Logo ela que na eleição se mostrou como uma figura que entendia as demandas dos moradores. Hoje o que percebo é que a governadora não conseguiu sustentar por muito tempo essa imagem", disse.

Compartilhando do mesmo pensamento, o advogado Ricardo Valério, 29 anos, que reside no bairro da Atalaia, no município de Escada, Zona da Mata Sul do estado, afirmou que “não soube desse programa” devido a “falha na divulgação” por parte da gestão estadual. Ele ainda culpa a gestão devido os problemas enfrentados pela população.

“A gestão não vem sendo legal, sabe? Em todos os âmbitos. Na educação tirou muitos professores. Minha mãe, por exemplo, foi uma afetada. Ela era uma contratada do Estado e eles a demitiram, sendo que o Estado precisa de professores”, rememorou Ricardo, pontuado que Pernambuco também enfrenta inúmeros problemas na saúde e na segurança.

Já nas redes sociais da líder tucana, algumas pessoas elogiaram o "Ouvir Para Mudar", ao afirmarem que têm "orgulho do trabalho desenvolvido" pelo governo de Raquel. "Excelente! A readequação e reforma das estruturas físicas dos equipamentos de saúde do estado é imprescindível para garantir um atendimento humanizado e com melhor qualidade para a população. Iniciem pelos hospitais centenários da capital e a partir daí, passe a fazer o mesmo nos hospitais Regionais. Invistam prioritariamente na rede hospitalar do estado. Fico feliz em ver que estão no caminho certo! Simbora", escreveu uma seguidora.

Oposição ataca

Logo após o encerramento do "Ouvir Para Mudar", a ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade-PE), um dos principais nome da oposição a gestão Raquel Lyra, usou suas redes sociais para fazer duras críticas ao governo estadual. Ela afirma que a estratégia da gestão da líder tucana é “só mais uma pirotecnia" e que o povo pernambucano "continua sofrendo".

"Raquel Lyra continua mostrando que estava totalmente despreparada para governar Pernambuco, porque não conhece o Estado. Foram dez meses pra dizer que vai fazer o que todo mundo já sabia que tinha que ser feito. Aliás, no plano de governo dela, que se gabava de ter tantas páginas, tinha o quê, afinal?", escreveu em sua página oficial no Instagram.

Marília Arraes, que enfrentou Raquel Lyra no segundo turno da eleição do ano passado, ainda citou outros programas de escuta da população para fazer duras críticas ao Ouvir Para Mudar.

"Eu queria pontar pra vocês uma grande diferença entre o Ouvir Para Mudar e o Orçamento Participativo. O Orçamento Participativo foi um instrumento criado pelo Partido dos Trabalhadores na década de 90 pra elencar as prioridades de cada região, de cada comunidade. Ou seja, o governo já sabia quais eram os problemas e a população ia lá dizer o que é que deveria ser resolvido primeiro. Ou seja, muito diferente desse Ouvir Para Mudar, que não disse nada com coisa nenhuma, só fez firula", disse.

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O modelo Orçamento Participativo, citado por Marília, também foi adotado durante a gestão do ex-prefeito do Recife, João da Costa (PT-PE), que governou a cidade entre 2009 e 2012. Através de plenárias, os recifenses eram convidados a participarem da gestão da capital pernambucana, elegendo quais as obras que deveriam ser prioridades da prefeitura. As obras escolhidas passavam por um período de votação em urnas eletrônicas e na internet.

Elogios ao programa

Em contraponto aos argumentos da oposição, parlamentares elogiaram o formato do programa que vai guiar as ações governamentais pelos próximos anos. O líder do governo na assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), Izaías Régis (PSDB), ressaltou a acolhida da população à governadora nos eventos do programa. Na avaliação dele, a gestora “está no caminho certo, ouvindo as pessoas para saber o que deve realizar”.

Até mesmo políticos da oposição fizeram elogios ao programa, como é o caso do deputado estadual e ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT-PE). “Há uma posição da nossa bancada que, mesmo em oposição ao governo Raquel Lyra, vamos participar de todos os eventos do Estado que envolvam recursos do Governo Federal”, afirmou o petista.

Foto: Paulo Pedrosa/Alepe

Avaliação política sobre o programa

Para avaliar o "Ouvir Para Mudar" sob a ótica da ciência política, o LeiaJá entrevistou o doutor em ciência política e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Arthur Leandro. O estudioso considera que a função do programa não é apenas de “tomar conhecimento concreto das demandas”, mas “é muito mais de legitimar a ação de governo”. Ele ainda afirma que essa iniciativa da gestão da líder tucana já foi adotada, no passado, em outras gestões.

“Você vê desde os anos 80 com a prefeitura de Jarbas Vasconcelos, na capital, que havia esse tipo de desenho de participação. Era no caso a prefeitura dos bairros. Jarbas já fazia isso. E nesse momento a gente ainda estava no caso da ditadura militar. A gente não tinha nenhum novo formato da Constituição de 88 que valoriza a participação social como um dos valores da administração pública. Então não é exatamente um mecanismo, digamos, exclusivamente de aferir as demandas da população, mas é também um instrumento de legitimar o governo diante de formas alternativas de participação e de solicitação da sociedade”, rememorou.

Questionado pela reportagem sobre como a governadora deverá agir após os resultados do programa, Arthur Leandro - ciente dos anúncios já divulgados pela gestora - argumenta: "O que ela deve fazer é aproveitar o resultado do programa para fazer os anúncios e tentar, a partir daí, costurar os acordos políticos necessários para eleger os seus prefeitos na eleição do ano que vem. Então, o programa, ele tem essa finalidade, ele deve ser reeditado nos outros anos. Mas ele é um momento importante de conexão direta da governadora do estado, do seu gabinete, com as lideranças locais”.

Sobre a “falha na divulgação” apontada pela população, o cientista político acredita que não houve falhas, pois “o programa foi tão divulgado quanto o governo esperava que fosse” e se a gestão “quisesse que tivesse mais divulgação, mais visibilidade, mais anúncio, ela teria feito isso”.

"A governadora está utilizando isso com inteligência, na medida em que ela consegue fazer as rodadas nas localidades e trazer as lideranças com condições com algum poder de influência na localidade. E, nesse sentido, a falta de divulgação, ela não chega a ser um problema, até porque uma grande divulgação poderia gerar uma grande demanda e mobilizar inclusive as oposições, então o interesse não é esse. O interesse é exatamente fazer com que essa experiência aconteça no sentido dos projetos do governo do estado e no sentido de amealhar apoio político, seja reforçando apoio dos aliados, seja conquistando apoios que a governadora não disponha até então", pondera.

 

A governadora Raquel Lyra vai realizar o Ouvir para Mudar na Região Metropolitana do Recife para concluir a etapa presencial da escuta popular. A plenária vai acontecer nesta quarta-feira (27), no Recife, onde a população poderá apresentar as suas demandas e sugestões para a gestão estadual.

Durante o mês de setembro, a governadora percorreu todas as regiões de desenvolvimento do Estado para ouvir a população e planejar o orçamento da gestão até 2027. Até o momento, mais de 12 mil participantes estiveram presentes nas plenárias das regiões percorridas.

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AGENDA DA GOVERNADORA RAQUEL LYRA | Quarta-feira, 27 de setembro de 2023  8h - Início das plenárias do Ouvir para Mudar no Recife  Local: Escola Técnica Estadual Miguel Batista (Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, 7487 Macaxeira, Recife – PE)

*Da assessoria

Funcionários da empresa de telemarketing Speed Mais, localizada na Rua do Apolo, área central do Recife, procuraram o LeiaJá, nesta segunda-feira (11), para relatarem uma série de problemas que estão enfrentando ultimamente. De animais peçonhentos nas dependências da empresa a pagamentos atrasados, os trabalhadores afirmam que têm "medo" de se identificarem pois "sofrem perseguições por parte de alguns superiores". 

"São tantos problemas que é até difícil de listar. Porém os mais recorrentes são os atrasos do nosso vale transporte, descontos indevidos nos salários e perseguição por alguns supervisores e por uma coordenadora", diz um funcionário que não quis ser identificado pois acredita que poderá "sofrer represálias por ter a coragem em conversar com um veículo de comunicação". 

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Ele ainda afirma que vários funcionários estão sendo acompanhados por médicos psiquiatras pois desenvolveram alguns transtornos devido os abusos. "Tem uma coordenadora, que já foi supervisora, que não tem modos de conversar com os funcionários. Ela já humilhou algumas mulheres da empresa devido as suas vestimentas e inúmeras vezes foi ignorante com trabalhadores que pediam ajuda na realização de procedimentos da operação. Infelizmente, ela acredita que isso é fazer gestão, mas na verdade ela está assumindo uma postura vergonhosa. É por esse e por outros maus exemplos, que várias pessoas estão sendo acompanhadas por psiquiatras. O ambiente é hostil", pontua. 

Outra funcionária, que também tem medo de se identificar, relatou diversos problemas. "É uma estrutura dividida por grandes salas em três andares, nisso tudo só tem seis banheiros pra centenas de funcionários. Sendo assim, até o pessoal da limpeza vive sobrecarregado. Uma vez no refeitório já aconteceu de na hora que eu estava colocando minha comida no micro-ondas, ele começou a fumaçar a ponto de quase explodir", diz. 

"Ameaças de medidas punitivas e assédio, principalmente nos novatos, são constantes. Somos pressionados até de optarmos em não ir ao banheiro, para não estourar a pausa e levar advertência, porém é impossível cumprir os minutos solicitados, pois as filas dos toaletes são enormes, e muitas vezes estão até interditados". 

Atrasos dos pagamentos 

A trabalhadora afirma que a empresa sempre atrasa, ou deposita o valor do salário errado, o vale alimentação e o vale transporte. Sua amiga, que também não quis ser identificada, disse que o "atrasos de passagem não é um problema recente" e que quando os funcionários reclamam sobre a situação, os gestores culpam os operadores, os acusando de "uso indevido de passagens".

  Sobre o atraso nos salários, a funcionária diz que os valores deveriam ter sido depositados desde a última sexta-feira (8) e que os funcionários foram submetidos a receberem uma quantia inferior ao salário do mês. 

"Eles ainda nos ofereceram 50 reais para irmos trabalhar neste fim de semana, pois estavam cientes que alguns operadores iriam faltar devido a ausência da quantia mensal. Eles querem nos enganar e nos comprar. Não queremos 50 reais, queremos o nosso salário completo e que isso não venha a se repetir nos próximos meses", relata.

Ratos e escorpiões

Em entrevista, os três trabalhadores também afirmaram que é comum ver animais peçonhentos nas dependências da empresa. Segundo os relatos, uma funcionária já chegou a ser picada por um escorpião. 

"Tenho medo de pegar uma doença na empresa, pois estou cansado de ver ratos mortos na área de convivência da empresa. Uma mulher já foi picada por um escorpião e há relatos de pessoas que já viram cobras", diz um dos funcionários.   

Repercussão   

O deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE), esteve presente na frente da empresa no último sábado (9) para ouvir um grupo de trabalhadores. O parlamentar disse que irá acompanhar a situação. 

"Ainda há tempo da empresa regularizar essa situação. É só o que os trabalhadores querem. Vamos acompanhar toda a situação. O trabalho digno, seguro e saudável sempre será uma bandeira do nosso mandato", escreveu em suas redes sociais.

Após receber a denúncia, a reportagem do LeiaJá tentou contato com a Speed Mais através dos números disponibilizados em seu site, porém a empresa não atendeu as nossas ligações.

 O LeiaJá também entrou em contato com o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco (Sinttel-PE) que afirmou que está ciente dos atrasos dos salários e que a empresa já comunicou que irá regularizar a situação ainda nesta segunda-feira (11).

Sobre os abusos relatados, o sindicato ressaltou que "trabalha para combater casos de assédio em empresas como essa". O espaço segue aberto para a empresa se posicionar. 

Era para ser um dia de diversão para dois garotos que empinavam pipa com os amigos. No entanto, o dia 16 de agosto vai ficar sempre na lembrança de duas famílias da Região Metropolitana do Recife (RMR) como um dia triste. Mais de 20 dias após a morte do estudante Rynderson, de 12 anos, que foi vítima de choque elétrico enquanto tentava pegar uma pipa em uma periferia da Região Metropolitana do Recife, o LeiaJá foi até a casa do pequeno David Renan, de 10 anos, que quase perdeu a sua visão após se ferir com o brinquedo na rua de sua residência. Os dois casos ocorreram com apenas 14 quilômetros de distância um do outro. 

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Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

O incidente

Rynderson Edson Moura da Silva, de 12 anos, brincava com um amigo em uma rua da comunidade da Baixinha, no bairro de Santo Aleixo, em Jaboatão dos Guararapes, quando uma pipa caiu no terreno de uma casa.

Segundo testemunhas, para pegar a pipa, o garoto pulou o muro do imóvel, que estava interditado pela Defesa Civil do município por ter grades eletrificadas irregularmente. Quando o menino descia por uma dessas grades, levou o choque.

Na tarde daquela quarta-feira (16), os parentes ainda tentaram reanimar o garoto e o encaminharam para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Engenho Velho, porém Rynderson sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

O caso chamou atenção para os perigos oferecidos para crianças que, assim como o Rynderson, na busca de resgatar pipas que se desprendem de suas linhas, se arriscam ao entrar em imóveis abandonados ou que apresentam algum risco.

Susto

Naquele mesmo dia, a 14 quilômetros do local da morte de Rynderson, outra criança se acidentou com o brinquedo.

Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

O pequeno Renan David, de 10 anos, que reside com a sua família na comunidade do Prado, Zona Oeste do Recife, estava brincando com amigos na rua, quando a estrutura pontiaguda de uma pipa feriu o olho direito.

A sua mãe, a trabalhadora autônoma Suelle Barros, 37 anos, disse que o garoto, após se feri, entrou na residência e foi para o quarto. Ela disse que no primeiro momento ele, ainda muito assustado, não quis dizer o que tinha acontecido na rua.

“Ele estava na rua brincando quando mandei ele entrar para casa para dormir pois no outro dia tinha escola. Em seguida ele foi para cama. Achei estranho pois ele é muito elétrico e aceitou ir para a cama sem reclamar”, afirma a mãe do garoto que só soube do ocorrido com o menino, no outro dia através dos relatos de outras crianças do bairro.

Ela ainda conta que durante a madrugada, Renan acordou chorando e com o olho sangrando devido a lesão. O menino dizia que a visão estava embaçada.

Desesperada, optou em socorrê-lo para a Fundação Altino Ventura, unidade hospitalar referência em atendimento oftalmológico em Pernambuco. O garoto precisou passar por um procedimento cirúrgico devido o corte.

Mesmo com o susto, a mãe do garoto acredita que a situação não impedirá o menino de continuar brincando com seus amigos na rua, no entanto, ela afirma que os “cuidados serão desdobrados”.

“Nossos filhos não vão deixar de brincar, pois são crianças. Além disso, a pipa é uma brincadeira que todo menino gosta. Mas claro, as mães precisam ter mais cuidados. Eu não tive tanta atenção, mas a partir de agora a gente vai começar a prestar mais atenção no tipo da brincadeira do meu filho”, pontua, defendendo a tradição de empinar pipa que “é passada de pais para filhos”.

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O que fazer em situações parecidas?

Em caso como o do David Renan, os pais precisam tomar a mesma atitude de sua mãe: procurar a unidade hospitalar mais próxima da região. Já em situações em que a pipa fique presa em postes ou na fiação elétrica, os responsáveis devem orientar seus filhos em não tentar resgatar o brinquedo.

Em Pernambuco, apenas profissionais da Neoenergia Pernambuco estão devidamente autorizados e capacitados para se aproximar da rede elétrica. A distribuidora também adverte que é terminantemente proibido entrar em subestações de energia. O acesso a esses locais é restrito e extremamente perigoso.

Só no primeiro semestre deste ano, a empresa registrou 59 interrupções no fornecimento de energia elétrica provocadas por pipas em todo o Estado. Foram mais de 21 mil pessoas impactadas diretamente pela brincadeira. Sendo assim, para evitar que o fornecimento de energia seja descontinuado e que ocorram acidentes envolvendo a rede de distribuição, é essencial que a população esteja atenta às recomendações de segurança.

Dicas para prevenir acidentes com pipas:

  - Se a pipa ficar presa nos fios elétricos, nunca tente retirá-las;

- Nunca use fios metálicos nem papel laminado para confeccionar a pipa, eles são como condutores de energia e podem causar choques fatais;

- Não use cerol. Além do risco de ferir ou mesmo matar, o cerol costuma cortar os fios;

- Não solte pipas em dias de chuva ou vento muito forte. Em caso de relâmpagos, recolha a pipa imediatamente.

- Não jogue objetos na rede de energia elétrica, como arames, correntes e cabos de aço, além de causar interrupções no fornecimento, há grande risco de provocar acidentes;

- Em caso de pipas presas em postes ou na fiação, as pessoas jamais devem tentar retirá-las.

Nesta segunda-feira (4), a Prefeitura do Recife anunciou que irá pagar um auxílio de R$ 3 mil para os 11 comerciantes prejudicados pelo incêndio no Mercado Público da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife, que aconteceu no último domingo (3). Além do valor, eles também poderão continuar trabalhando em um container instalado na área externa do local, enquanto as lojas são reconstruídas.

Segundo o prefeito João Campos (PSB-PE), a demolição da área atingida pelo fogo começará nesta segunda-feira (4).

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“Para os comerciantes que tiveram seus boxes afetados, a Prefeitura do Recife vai pagar auxílio de R$ 3 mil por mês até que a obra seja concluída. Também vamos oferecer uma estrutura provisória no entorno do Mercado para que estas pessoas possam continuar trabalhando”, escreveu o gestor em suas redes sociais.

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"Esta obra que começamos hoje vai preservar toda a característica histórica do edifício. Ano que vem, o Mercado da Encruzilhada completa 100 anos de funcionamento e vamos entregar à população um equipamento completamente requalificado, à altura de sua tradição", completa.

A Defesa Civil do Recife já realizou uma vistoria no equipamento público e informou que a área será isolada, pois não possui condições de funcionamento. Além disso, afirmou que os imóveis que não foram diretamente atingidos pelas chamas poderão ser liberados à medida em que as demolições das áreas afetadas sejam concluídas. O parecer técnico da Defesa Civil deve ser concluído em 5 dias.

As obras de requalificação, que têm prazo de duração de 180 dias, serão feitas preservando toda a característica histórica do edifício. Em 2024, o Mercado da Encruzilhada completará 100 anos de funcionamento.

 

Segundo relatório do Instituto Fogo Cruzado, lançado nesta segunda-feira (4), 123 mulheres foram baleadas na Região Metropolitana do Recife nos primeiros oito meses deste ano. Entre as vítimas, 64 delas morreram e 59 ficaram feridas.



Os dados ainda apontam que em agosto, ao menos 11 mulheres foram vítimas da violência armada nos 14 municípios que compõem a RMR. Em média, é como se mais de duas mulheres fossem baleadas por semana.



Entre as assassinadas, estava a técnica de enfermagem Manuela Tenório, morta no dia 13 de agosto, em uma festa do Dia dos Pais, no bairro da Bola na Rede, na Zona Norte do Recife. A vítima foi morta a tiros pelo ex-namorado, o policial Rodrigo José Fortunato da Silva. Ao tentar apartar a briga, o cantor de brega funk MC Serginho Porradão também foi morto a tiros. Dias após o crime, o PM foi encontrado morto com tiro na cabeça dentro de um veículo.



De acordo com Ana Maria Franca, que é coordenadora regional do Instituto Fogo Cruzado em Pernambuco, o "feminicídio é um terror presente na vida das mulheres" e que a "presença das armas de fogo, em contextos de violência doméstica, aumenta o risco para as vítimas".



"A alta vitimização dos tiroteios é uma característica forte em Pernambuco. Por aqui os tiros têm endereço certo e alvo definido e muitas dessas vezes sobra até para mães, esposas, companheiras de vida que, por estarem acompanhando a vítima principal, também se tornam alvos da violência. É preciso parar esse ciclo de mortes e de violência na região metropolitana do Recife", afirma.



"Por isso, dados sobre violência armada são tão importantes, sem eles não há como produzir políticas públicas efetivas e que enfrentem esse problema. É urgente desenvolvermos ações voltadas para a preservação da vida e proteção das mulheres", completa a coordenadora.

O prefeito da cidade de Moreno, Edmilson Cupertino (PP-PE), ao participar de uma palestra sobre o Dia Municipal de Conscientização ao Combate a Depressão, realizada na Câmara de Vereadores, usou o seu discurso para falar sobre a cobrança do IPTU no município. Pessoas que estavam no local e moradores apontam “despreparo” do gestor por ter “menosprezado” o assunto que era discutido no evento.

A estudante Ingrid Fernanda, moradora do bairro de Cambonge, disse que o prefeito “não respeitou o público presente”, pois ao invés de falar sobre “quais as políticas públicas adotadas pela prefeitura para a saúde mental dos moradores”, optou em fazer “politicagem” e trazer “assuntos que não deveriam ser discutidos naquele momento”.

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“Claramente vemos o despreparo e desespero do prefeito, tentando justificar cobranças absurdas em cima do IPTU, com a justificativa de que o município não tem dinheiro. Não é a primeira e nem será a última vez que ele foge de temas importantes. Moreno deveria rever quem coloca para gerir a cidade”, afirmou a estudante.

Uma palestrante, após o prefeito finalizar o seu discurso, afirmou que quando o poder público é convidado para discutir saúde mental, ele não pode focalizar em outros assuntos.

“Quando a gente quer que o poder público venha para perto das mulheres, não é para falar de IPTU e nem para falar da condição financeira que o município passa. E nem de falar das situações que o prefeito ou vereadores de um município como esse venha trazer para dentro da Casa, enquanto o assunto é depressão”, disse a palestrante para parlamentares, psicólogos, psiquiatras e representantes de ONGs da região que estavam na Casa Legislativa.

 

A taxa de desocupação em Pernambuco entre a população de 14 anos ou mais no 2º trimestre de 2023 foi de 14,2%, a maior do país. No trimestre anterior, o estado havia ficado na segunda posição, atrás da Bahia, com 14,1%. A variação foi de 0,1% entre um período e outro, insignificante do ponto de vista estatístico. No Brasil, o índice foi de 8%.

O instituto também divulgou a taxa de desocupação da Região Metropolitana do Recife, que foi de 16,9% no período, a maior entre as 20 regiões metropolitanas pesquisadas, e a do Recife (16,3%), também a mais expressiva entre as capitais brasileiras.

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Em números absolutos, 600 mil pernambucanos procuraram emprego entre abril, maio e junho e não encontraram, uma estabilidade em relação ao trimestre anterior. Os dados são da PNAD Contínua Trimestral, divulgada nesta terça (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outro dado presente na pesquisa é o aumento de 2,5% da população pernambucana fora da força de trabalho, ou seja, pessoas que não estão nem ocupadas nem procurando emprego. O percentual é equivalente a 88 mil pessoas a mais nessa situação, passando de 3 milhões e 505 pessoas no 1º trimestre deste ano para 3 milhões e 593 mil no 2º trimestre.

Por posição na ocupação, houve uma redução de 3,9% entre a população empregada no setor privado no acumulado de abril, maio e junho, em contraste a um avanço de 67% no contingente de pessoas no setor público com carteira e de 24,8% entre as pessoas que trabalham por conta própria com CNPJ.

Por outro lado, quando se comparam os resultados do 2º trimestre de 2023 com o mesmo período do ano passado, a PNAD Contínua mostra que houve um aumento de 8,4% no número de empregados com carteira de trabalho assinada e uma queda de 14,9% em relação ao número de trabalhadores sem carteira.

O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos dos pernambucanos no 2º trimestre de 2023 foi de R$ 2.092, valor estável em relação ao trimestre anterior. Já na comparação com o segundo semestre de 2022, houve um crescimento de 13,5%, o equivalente a R$ 248 a mais.

A taxa de informalidade em Pernambuco foi de 48,1% no 2º trimestre de 2023, contra 48,8% no período anterior, uma variação negativa de 0,7% pontos percentuais. Com o resultado, Pernambuco assume o 11º lugar no ranking nacional. O IBGE estima que 1 milhão e 745 mil pessoas trabalham sem carteira assinada no estado. No Brasil, a taxa de informalidade é de 39,2% da população ocupada.

“A variação do número de trabalhadores com carteira assinada e a queda de trabalhadores sem carteira, aliado ao aumento do número de trabalhadores por contaprópria com CNPJ, resultaram na queda da informalidade no estado de 48,8% para 48,1%”, avalia Fernanda Estelita, gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco.

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.

Da assessoria.

As pessoas que visitam os principais shoppings centers e ruas comerciais da Região Metropolitana do Recife (RMR) vêm percebendo o fechamento de algumas unidades das conhecidas lojas Marisa. Segundo a empresa, essas lojas, por serem consideradas "deficitárias", foram desativadas dentro de um plano de otimização operacional que tem como objetivos reestruturar a marca e trazer melhorias para a economia da companhia.

 "A execução bem-sucedida do plano de fechamento de lojas e de redução de despesas é um importante passo para o fortalecimento e sustentabilidade do negócio da Marisa", afirmou João Pinheiro Nogueira Batista, CEO da Marisa.

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No início, o plano de otimização operacional previa o encerramento das atividades de 92 lojas no país, porém, após identificar melhorias que resultariam em maior eficiência operacional, a companhia optou pelo encerramento de um total de 88 lojas, sendo 59 unidades localizadas em ruas e 29 em shopping centers.

A companhia, considerada uma das principais varejistas de moda feminina e lingeries no Brasil, investiu um total de R$ 44,5 milhões no fechamento das 88 unidades (16% abaixo do custo previsto inicialmente), resultando em ganho de EBITDA de cerca de R$ 40 milhões em 2023 ou de aproximadamente R$ 60 milhões a partir do próximo ano. O EBITDA, também conhecido como LAJIDA, é um dos indicadores financeiros utilizados para avalizar uma empresa, por auxiliar a entender o fluxo do caixa do negócio.

Em relação aos colaboradores das lojas cujas atividades foram encerradas no Brasil, a companhia afirmou que "conseguiu realocar internamente 40% desses profissionais", ou seja, esses trabalhadores foram transferidos para uma das 246 lojas que continuam operando no país, enquanto os demais 60% foram desligados.

Fechamentos em Pernambuco

Para a enfermeira Amanda França, 31 anos, o fechamento das lojas '"pegou os clientes de surpresa, pois faltou uma campanha de mídia que informasse para os consumidores quais lojas deveriam permanecer abertas e quais fechariam para os clientes". Ela costumava realizar compras na unidade que ficava localizada na Rua Nova, no bairro de Santo Antônio, Área Central do Recife.

"Eu costumava comprar na loja da Rua Nova, porém essa semana percebi que estava fechada. A loja não avisou nada aos clientes e isso termina prejudicando a relação que temos com a empresa. O cliente gosta de comunicação", disse.

A enfermeira ainda afirmou que ficou preocupada por saber que funcionários foram demitidos devido às desativações feitas pela companhia. "Sempre que ia à loja da Rua Nova eu era atendida com muita atenção. Os funcionários eram muito educados e prestativos. Fiquei triste com a notícia desse fechamento, pricipalmente nessa época que achar emprego não está fácil".

Em nota, a assessoria da lojas Marisa afirmou que quatro lojas foram fechadas no estado, no entanto, se recusou a informar dados especifícos sobre a quantidade de demissões. 

"Das onze lojas que a Marisa tinha em funcionamento, oito seguem em operação e três tiveram suas operações encerradas até 30 de junho. A companhia não comenta dados específicos por unidade", pontuou. "Além do fechamento de lojas deficitárias, o plano de otimização operacional da Marisa contempla também a redução de despesas, cuja primeira etapa do processo já foi concluída, viabilizando uma geração extra de caixa da ordem de R$ 35 milhões ano, após revisão de estrutura organizacional e ajuste do modelo operacional", completou, ao detalhar a decisão de encerrar as atividades de unidades no país.

Em nova assembleia, realizada na noite desta quinta-feira (10), os metroviários do Recife decretaram manter a greve por tempo indeterminado com 100% da frota paralisada. A categoria não concordou com a proposta de reajuste salarial de 3,45%, oferecida pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

O percentual proposto está abaixo da última reivindicação do sindicato, que era de 7%. No início da greve, a categoria chegou a pedir um aumento de 25% do piso salarial. O presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Luiz Soares, criticou a proposta oferecida pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST).

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“Se houve gestos para tentar negociar e evitar essa greve, vieram dessa categoria. Sempre estivemos abertos à negociação. Fizemos uma paralisação de 24 horas, outra paralisação de 48 horas. Aceitamos a proposta do TRT6 e do MPT de sentar e conversar. Novamente, em busca de acordo, aceitamos a proposta do MPT de solicitar 7% de reajuste, porém, mais uma vez, a empresa chegou sem nenhuma proposta”, afirmou.

Já o vice-presidente do Sindmetro-PE, Assis Filho, falou sobre a proposta da SEST. “É hora de dar a resposta, a gente vai radicalizar. Greve total, não tem isso de 40% ou 60%, não. É 100% de frota parada”, pontuou. O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) havia determinado o retorno de 60% em horários de pico e 40% nos demais períodos.

Críticas a Lula

Durante a reunião, alguns trabalhadores responsabilizaram a gestão do presidente Luiz Inácio lula da Silva (PT) e se mostraram arrependidos de terem apoiado o líder petista nas eleições do ano passado.

“O presidente Lula precisa saber que quem o elegeu não foram os empresários privatistas, e sim a classe trabalhadora. Retiramos o inominável do poder e colocamos Lula no lugar dele, após ele nos prometer a retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização. Oito meses se passaram e nada foi feito. Iremos para cima, fortes, unidos e sem medo”, disse o maquinista Leandro Félix.

“A nossa decepção tem nome e sobrenome: Luiz Inácio Lula da Silva. Nós votamos nele para que ele mudasse a política do governo anterior. Nós não somos gado para apanhar calados, gados são os bolsonaristas. A gente questiona, se posiciona e vamos à luta”, explicou o metroviário Arquimedes.

O Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região/Pernambuco (CREF12/PE) notificou cinco docentes por exercício irregular da profissão em escolas da Região Metropolitana do Recife. A entidade realizou, entre os dias 1 e 4 de agosto, a operação 'Volta às Aulas’, que teve como objetivo fiscalizar as unidades de ensino sobre a oferta de aulas de educação física.

De acordo com o balanço divulgado pelo CREF12/PE, 56 escolas foram visitadas. Desse quantitativo, 18 são da rede estadual, nove municipais e 29 instituições particulares. Ainda segundo o órgão, 158 pessoas foram fiscalizadas, sendo cinco notificadas por irregularidade.

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“Queremos garantir, no mínimo, três aulas semanais de educação física, por turma, ministradas por Profissional de Educação Física regular junto ao CREF. Quadras cobertas em todas as escolas, carga horária de treinamento, o pagamento do novo piso salarial, além de boas condições de trabalho para todos os profissionais. Em cumprimento à legislação e respeito à sociedade e aos profissionais éticos, continuaremos as fiscalizações nas escolas municipais, estaduais, federais e privadas, bem como em todos os locais denunciados”, disse o presidente do CREF12/PE, Lúcio Beltrão.

Após segundo dia de audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco decide por manter a greve marcada para começar a partir da meia-noite desta quarta-feira (26) no estado. A categoria não aceitou a contraproposta feita pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE).

Entre as reivindicações dos rodoviários está o aumento do ticket alimentação para R$ 600,00 e uma gratificação de R$ 500,00 para os motoristas que exercem a dupla função de conduzir o veículo e cobrar as passagens dos usuários. Em resposta, a Urbana ofereceu um aumento de sete reais no ticket e de 11 reais de gratificação para a dupla função dos motoristas.

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Diante da contraproposta da Urbana, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, afirmou que a categoria não vai aceitar. “Ela é um desacato, é um desrespeito, a toda a categoria”, declarou após a reunião.

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“O sindicato acha que isso é uma afronta a toda a categoria, por essa razão a greve está mantida. Precisamos fazer uma greve forte aqui no nosso estado. Precisamos dizer a essas empresas que nós vamos buscar a nossa valorização”, continuou Lima.

Em nota, o Sindicato dos Rodoviários afirmou que a greve atingirá todas as linhas de ônibus, e orientou que toda a população utilize o transporte público até às 23h.

Categorias reagem

Além da paralisação por tempo indeterminado dos rodoviários, o sindicato da Polícia Civil (Sinpol), assim como o dos metroviários (Sindmetro-PE) deverão decidir ainda nesta quarta-feira (25) por aderir à greve. A demanda comum é sobre reajuste salarial, e o Sindmetro pede ainda que seja reavaliada a privatização, para que ela não ocorra.

O Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana se reuniu, na manhã desta terça (18), com o Sindicato das Empresas de Transportes de Pernambuco (Urbana-PE) para mais uma rodada de negociações referente ao reajuste salarial de 2023. A categoria realizou um ato na semana passada e não descarta a possibilidade de greve. 

O resultado da conversa entre os representantes dos trabalhadores e o patronato será exposto pelo sindicato na Avenida Guararapes, a partir das 11h, quando também se dará início à paralisação temporária do serviço. A mobilização dos rodoviários ganha força junto com a pauta de reajuste dos metroviários, que também ameaçam interromper o serviço caso não haja um consenso com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

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O mês de julho é totalmente da criançada, mas isso não impede de jovens e adultos caírem no embalo da diversão. Para que todos possam curtir o fim de semana, o LeiaJá destaca uma agenda de diversão no Recife e Região Metropolitana.

Show

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Neste sábado (8), no Shopping Guararapes, em Jaboatão (RMR), o público infantil será contemplado com o dinamismo do Tio Bruninho. A partir das 17h, o músico promete não deixar ninguém parado com seu show. Os ingressos custam R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia) e R$ 10 + 1 kg de alimento não perecível (meia-entrada social), e estão disponíveis no site oficial do centro de compras

Exposição

Quem for aproveitar o fim de semana em Porto de Galinhas, Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, vai poder curtir o Museu de Cera. Localizado na Rua Esperança, nº 163, o espaço reúne 81 estátuas de famosos. Os visitantes terão a chance de ver réplicas de Pelé, Amy Winehouse, Barack Obama, Brad Pitt, Tom Cruise, Gisele Bündchen, entre outras personalidades. As entradas estão à venda no local e na internet (a partir de R$ 24,99). Tem meia-entrada para estudantes, professores e idosos.

Brincadeiras

O Shopping Tacaruna, no Recife, vai abrir suas portas para receber os pimpolhos na Minha Colônia em Marte. O parque temático inspirado no universo do youtuber Luccas Neto vai possibilitar aos visitantes mirins uma chuva de experiências. Atrações como piscina de bolinhas, kidplay com tobogã, inflável, jogo da memória e espaço para fotos prometem prender a atenção da galerinha.

O valor do bilhete sai por R$ 40 para participação de até 30 minutos. Após o tempo, será cobrado R$ 1 por minuto adicional. A entrada para crianças com deficiências (PCD) é gratuita. Mais informações sobre essa e outras programações estão nas redes sociais do mall.

Espetáculo

Localizado em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, o Camará Shopping irá promover uma apresentação gratuita do espetáculo infantil Masha e o Urso no Bosque dos Girassóis. A peça acontece neste sábado (8), às 16h, no piso L3 do centro de compras.

Música

Neste sábado (8), às 17h, no Paço do Frevo, a Orquestra do Avesso vai fazer muita gente entrar no espírito carnavalesco. Os músicos levarão muita animação para o público. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). O Paço do Frevo fica na Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife.

Festival de teatro

Começa neste domingo (9), às 16h, o Festival de Teatro Infantil para Crianças. O evento de estreia, no Teatro Boa Vista, área central do Recife, terá o espetáculo As Aventuras do Super Mário. Os ingressos a partir de R$ 35 podem ser adquiridos no site Sympla

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) prevê a continuidade das chuvas em todo o Litoral de Pernambuco, ao longo desta sexta-feira (30). O alerta de estado de atenção foi renovado pela agência, com risco moderado a alto. 

A previsão é para a Região Metropolitana do Recife (RMR) e Matas Norte e Sul do estado, que compõem a faixa litorânea. Também há indicativo de chuva no Agreste, mas de forma fraca, sem riscos.  

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"Não há no momento previsão de chuvas com volume semelhante aos acumulados de 2022", destacou a meteorologista da Apac, Edvânia Santos.  

LeiaJá também: Recife: Confira pontos alagados pela chuva nesta sexta

A Apac explica que a recorrência das chuvas desde o início da semana se deve a um canal de umidade presente no Oceano Atlântico que vem favorecendo a ocorrência de precipitação no Litoral. 

Os municípios que mais receberam chuva nas últimas 12h estão na RMR, são eles: Cabo de Santo Agostinho (115 mm), Ilha de Itamaracá (90 mm) e Igarassu (77 mm). 

A expectativa é de um fim de semana chuvoso nas regiões litorâneas, com a continuidade das pancadas no sábado (1º) e domingo (2).

A Apac também alerta para a possibilidade de inundação em dois rios do estado, que atingiram a cota de volume, são eles: Rio Tracunhaém, em Nazaré da Mata, e Rio Capibaribe, em São Lourenço da Mata. 

Ruas alagadas, inundações e risco de novas tragédias voltaram a preocupar os pernambucanos junto com os primeiros dias de inverno. Na manhã desta terça (27), as aulas da rede municipal do Recife foram suspensas e o trânsito mais uma vez prejudicado. 

Mais cedo, o Centro de Operações do Recife emitiu um aviso de estágio de alerta - penúltimo da escala de gravidade - e recomenda que a população evita sair de casa. As aulas da rede municipal serão realizadas em formato remoto, através da plataforma EducaRecife. A Prefeitura também orienta que a rede privada suspenda as atividades, do ensino infantil ao superior. 

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Trânsito

De acordo com a Central de Monitoramento da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), o Túnel Felipe Camarão, no bairro do Jordão, foi novamente interditado pelo acúmulo de água. Também foram registrados os seguintes pontos de alagamento no início da manhã: 

- Av. Recife, próximo à entrada do Ibura;  

- Av. Dois Rios, próximo ao Sesi;   

- Estrada dos Remédios, próximo ao Mercado de Afogados;  

- Av. Doutor José Rufino, próximo ao Colégio Visão.  

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) já havia anunciado a continuidade das chuvas e indicado a possibilidade de prejuízos decorrentes dos altos acumulados. Um aviso laranja de estado de atenção foi emitido pelo órgão para a Região Metropolitana do Recife (RMR) e as Matas Norte e Sul, que compõem toda a faixa litorânea do estado. 

Inundações

Devido às chuvas nas últimas 24h, a agência acompanhou o aumento do volume dos rios e expediu avisos hidrológicos de Inundação, Alerta e Tendência de Elevação: 

Segundo a Apac, três rios já romperam o nível da calha e atingiram a cora de inundação. São eles: 

Rio Capibaribe Mirim, em Itambé; 

.Rio Sirinhaém, em Barra de Guabiraba;  

.Rio Ipojuca, no município de Ipojuca. 

Por conta do nível elevado e a proximidade de extravasamento, foram emitidos avisos de alerta, que reiteram o risco de inundação, para os seguintes rios: 

Rio Duas Unas, em Jaboatão; 

Rio Jaboatão, em Jaboatão; 

Rio Tapacurá, em Vitória de Santo Antão; 

Rio Capibaribe, em São Lourenço da Mata; 

Rio Ipojuca, em Primavera; 

Rio Pirangi, em São Benedito do Sul; 

Rio Amaraji, em Amaraji; 

Rio Sirinhaém, em Joaquim Nabuco; 

Rio Amaraji, em Ribeirão. 

Com a rápida elevação do nível da água com as chuvas, mas ainda sem a mesma urgência dos demais, a Apac incluiu os seguintes rios no estado de Tendência de Elevação: 

Jacuípe- Rio Jacuípe;  

Jaboatão dos Guararapes - Moreno;  

Joaquim Nabuco- Rio Sirinhaém.

O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) lança, neste sábado (17), às 12h, na Praia do Zé Pequeno, em Olinda, uma nova sinalização de bandeiras flutuantes. O diferencial dos novos equipamentos é que eles são instalados dentro do mar, tornando mais fácil a visualização dos locais com alto risco de afogamento e com possibilidade de incidentes com animais marinhos.

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Foto: Divulgação/Bombeiros

A eficácia das bandeiras fixas em terra já são comprovadas, por informar a população e manter os banhistas orientados, mas ainda existem dificuldades quando a maré está cheia e o mar avança, prejudicando os procedimentos de prevenção.

O novo modelo de bandeiras foi criado pelo cabo Maximiliano, bombeiro guarda-vidas. De acordo com o BGMar, a sinalização flutuante consiste em boias com bandeirolas acopladas que são instaladas dentro da água, ampliando a visualização das advertências e aumentando, ainda mais, a eficiência e segurança dos banhistas.

A Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa de Pernambuco realiza audiência  pública, nesta segunda-feira (19), às 10h, para discutir a situação do transporte público na Região Metropolitana do Recife. A reunião, solicitada pelo deputado João Paulo (PT), contará com a presença de representantes da CTTU, Grande Recife Consórcio de Transporte (GRCT), Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura, Ministério Público de Pernambuco (MP-PE), OAB-PE, Urbana-PE e Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). 

“Queremos debater e encaminhar propostas que evitem o sofrimento da população em seus deslocamentos na área metropolitana”, observa João Paulo. “A Região Metropolitana do Recife possui 14 municípios e 4 milhões de pessoas e vemos diariamente os problemas que as pessoas enfrentam. É dever da Assembleia ouvir as pessoas e buscar soluções para melhorar a vida das pessoas”, afirma o presidente da comissão, deputado José Patriota (PSB).

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Estarão em debate temas como a ampliação das faixas exclusivas para o transporte público, conforto, redução de custo e rapidez, pontualidade nas viagens, além da necessidade de promover o sistema como serviço essencial e direito social, capaz de oferecer condições para que todas as pessoas, independente do poder aquisitivo, condições de exercer seu direito de usufruir a cidade. Nesse aspecto, está a discussão de um novo modelo de financiamento dos serviços de transporte público, no qual o usuário não seja o único a arcar com os custos de transportes, como a adoção de fontes de receitas não tarifárias.

A audiência vai analisar também os problemas de mobilidade, relacionados direta ou indiretamente com o transporte público. Segundo uma pesquisa da companhia holandesa TomTom Traffic Index, Recife tem o maior nível de congestionamento do País. Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) mostram que moradores da capital gastam, em média, 24 minutos a mais por viagem do que a média nacional. Somados esses minutos, somam 193 horas gastas em deslocamento por ano.

Um estudo contratado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Pernambuco (Urbana-PE) analisou os fatores que interferem no comportamento da demanda por transporte público por ônibus na Região Metropolitana do Recife (RMR). O trabalho, elaborado por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, apontou o tempo gasto nos deslocamentos e o valor da tarifa como alguns dos fatores de maior relevância para a redução da quantidade de passageiros transportados atualmente.

*Da Assessoria de Imprensa

Trecho do Rio Jaboatão nas imediações do município de Moreno transbordou no início da noite desta quarta-feira (14). A água já invadiu residências da Avenida Sofrônio Portela, assim como também a área rural e os bairros Cambonge, Galinha D'água, Olaria e ABC. 

Ainda há relatos de que alguns trabalhadores de uma empresa de porcelana da região, estão sem conseguir deixar o local devido a correnteza do rio que invadiu a principal via de acesso para a fábrica. 

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O prefeito da cidade, Edmilson Cupertino (PP-PE) está reunido com a Defesa Civil para verificar os pontos mais críticos da enchente. 

"Estamos neste momento com quatro bairros da cidade em situação de emergência. Nossas equipes estão circulando todo o município, para retirar os moradores das casas afetadas", informou a Defesa Civil. 

Cena que se repete

A moradora do bairro da Borborema, Ingrid Fernanda, 27 anos, falou que esse problema vem se agravando a cada ano, principalmente pela não construção da Barragem Engenho Pereira, que poderia evitar as enchentes em Moreno e cidades vizinhas. "É uma cena que se repete todos os anos e pouco a gente vê de políticas públicas para amenizar esse problema que vem todos os anos", afirmou.

Agentes das equipes Defesa Civil recomendam que os moradores procurem as regiões mais altas da cidade para se protegerem.

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