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Neste domingo (15), a Justiça Eleitoral determinou que o WhatsApp bloqueie o compartilhamento de um vídeo que está sendo utilizado pela campanha de Celso Russomano (Republicanos) contra o seu adversário Guilherme Boulos (PSOL). Ambos estão disputando a prefeitura de São Paulo.

O pedido de bloqueio do vídeo foi feito pela defesa de Boulos, que acusa Russomano de propagar fake news. A gravação em questão mostra trechos de outros dois vídeos produzidos pelo blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, acusado no inquérito das fake news, que acusam o psolista de utilizar empresas fantasmas para lavar dinheiro. 

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Ao UOL, Arthur Rollo, advogado de defesa do candidato Russomano negou o compartilhamento massivo do vídeo e que ainda não foi notificado da decisão. "O Boulos terá que explicar porque duas empresas dele declararam endereços possivelmente falsos à Justiça Eleitoral e à Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo)", pontua Rollo.

Candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos) está com dois carros e um imóvel em Itanhaém, no litoral paulista, penhorados pela Justiça desde 2016. O bloqueio dos bens deve persistir enquanto não chega ao fim um processo em que um advogado cobra do deputado federal uma dívida de aluguel que chega a R$ 7 milhões.

Ao questionar a dívida, Russomanno alegou que a assinatura dele e da esposa foram forjadas no contrato de aluguel do imóvel alugado, onde funcionou o Bar do Alemão, em Brasília, de que o deputado foi sócio. Russomanno e a mulher aparecem como fiadores do contrato, com firma reconhecida em cartório.

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"É um argumento baixo ele alegar que a assinatura do contrato de aluguel foi forjada quando ele foi também o sócio-administrador do Bar do Alemão", afirmou o advogado André Silva da Mata, único representante da Construcen Administração Condominial, que cobra a dívida de Russomanno. Segundo ele, o deputado não reclamou da fraude enquanto o estabelecimento estava aberto.

A alegação de que as assinaturas foram forjadas pode ser confirmada ou desmentida por uma perícia, marcada pela Justiça para o início de dezembro. O procedimento deveria ter sido realizado no fim do ano passado, mas a perita não cumpriu os prazos estabelecidos pelo juiz e foi destituída no mês passado.

Em nota divulgada à imprensa, representantes do deputado informaram que ele era proprietário de 30% do Bar do Alemão. A nota diz ainda que, no entendimento da Construcen, são devidos cerca de R$ 7 milhões - valor que também é citado por André Silva da Mata.

Por outro lado, a nota alega que o valor devido é menor que o preço dos equipamentos, máquinas e móveis deixados no imóvel pela empresa de Russomanno. Em cálculo que a advogada de Russomanno, Fernanda Gadelha de Araujo Lima, enviou à Justiça em 2018, porém, os equipamentos do restaurante estavam orçados em R$ 2,5 milhões - abaixo da dívida de aluguel. A Construcen ofereceu este ano abater esse valor auditado do total que cobra.

A nota do deputado diz, ainda, que houve acordo entre as partes e que isso teria desfeito a penhora, coisa que Mata nega. "Sou o único advogado da Construcen e nunca houve acordo nenhum", disse.

Durante agenda de campanha anteontem, Russomanno disse que pagou "todos os valores" devidos em seus negócios. "Todos (os valores) foram pagos. Me aponta um que não foi pago. Me aponta um, por favor. Se você conseguir apontar um, eu abro mão da minha candidatura", afirmou a repórteres. "Existe uma falsificação da assinatura da minha mulher".

O Bar do Alemão funcionou sem pagar aluguel entre março de 2015 e junho de 2016. Na última campanha eleitoral, o Estadão mostrou que o Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal tinha ao menos cinco processos de funcionários que cobravam dívidas trabalhistas.

Candidatos à Prefeitura de São Paulo criticaram ontem a declaração de Celso Russomanno (Republicanos) segundo a qual moradores de rua seriam mais resistentes à Covid-19 por não tomarem banho todos os dias. Além de provocar reação de adversários, a fala do deputado também gerou incômodo no Palácio do Planalto. Segundo assessores do presidente Jair Bolsonaro envolvidos com a campanha em São Paulo, a ordem é para que o candidato do Republicanos apareça o mínimo possível e evite manifestações que possam causar desgaste.

"Infelizmente, um outro candidato está tratando a população de rua como se fosse uma classe diferente de ser humano", disse o prefeito Bruno Covas (PSDB), que busca a reeleição. "Condeno a fala por ser preconceituosa", disse. Ainda segundo Covas, a fala de seu adversário não tem nenhum embasamento científico que demonstre a relação entre tomar banho e o novo coronavírus.

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Candidato do PSOL, Guilherme Boulos disse que ficou "enojado". "Acho que foi a pior declaração desta campanha até aqui. Entendi como um escárnio, uma piada. É brincar com o sofrimento das pessoas. Coisa de quem não tem humanidade", afirmou. Márcio França (PSB) classificou a declaração como "péssima". "As pessoas mais vulneráveis à covid são exatamente as que têm menos condições e recursos de acesso à saúde e higiene."

Jilmar Tatto (PT) se manifestou pelas redes sociais, lembrando o mote de campanha de Russomanno. "Quem fala grosso com trabalhador e despreza pessoas em situação de rua não pode dizer que defende o povo", escreveu o candidato petista.

Nessa quarta, Russomanno reafirmou que moradores de rua e da Cracolândia têm "imunidade" à Covid-19. "Estava fazendo uma consideração de que a ciência tem que explicar por que eles (moradores de rua) são imunes. Eles têm mais resistência que a gente. O que eu disse é que se alardeava que os moradores e rua seriam dizimados pela Covid-19. E não foi o que aconteceu", declarou ele na saída de um almoço com empresários. Mais cedo, em nota, o candidato afirmou que sua fala de anteontem foi "deturpada".

Ao defender o isolamento vertical - modalidade de afastamento defendida pelo presidente Jair Bolsonaro em que apenas pessoas de grupos de risco da covid-19 ficam em casa -, o deputado Celso Russomanno (Republicanos) sugeriu que moradores de rua podem ser mais resistentes ao novo coronavírus porque não conseguem tomar banho todos os dias.

"Temos casos pontuais, não temos uma quantidade imensa de moradores de rua com problema de covid. Talvez eles sejam mais resistentes que a gente porque eles convivem o tempo todo nas ruas, não têm como tomar banho todos os dias, etcetera e tal. Mas não era o que se esperava", disse o deputado, que é candidato à Prefeitura de São Paulo e está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. A frase foi dita por Russomanno na coletiva de imprensa realizada após a participação dele em um evento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que vem recebendo todos os postulantes ao cargo de prefeito.

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"Todo mundo esperava que a covid tomasse conta de todo mundo, até porque eles (moradores de rua) não têm esse afastamento que foi pré-estabelecido por orientações da Organização Mundial da Saúde e pelo governo e eles estão aí", afirmou.

O deputado disse ainda conhecer casos de famílias que residem em moradias superlotadas nas quais não há nenhum caso da doença. "Se a gente andar pela periferia e entrar nas casas, como eu entro quando estou defendendo o consumidor, por problema de geladeira de um eletrodoméstico - são pessoas que geralmente vivem com quatro, cinco pessoas em um mesmo cômodo e que não têm afastamento absolutamente nenhum e que a família inteira não contraiu a doença", disse.

Russomanno citou esses casos de falta de isolamento ao defender a verticalização do isolamento social. "Se você sair para a periferia, você vai ver que o isolamento não existe. O isolamento existe na classe média alta, nas periferias não. Eu estou rodando as periferias desde quando começou a pandemia, fazendo o que vocês fazem, fazendo reportagens", defendeu.

"Esse isolamento deveria ter sido feito, depois dos primeiros 30 dias, de forma vertical, cuidando das pessoas com problemas respiratórios, das pessoas cardíacas, dos idosos, das pessoas com deficiência. Deveria ter sido cuidado disso, e não fechado o comércio do jeito que foi feito, quebrando e desempregado todo mundo", argumentou. As declarações foram dadas durante a coletiva de imprensa após a fala dele na ACSP.

Na ocasião, ele foi questionado por um repórter sobre um trecho de sua participação no evento em que defendeu o isolamento vertical e afirmou que a pandemia não teria afetado - da maneira como o governo paulista esperava - os moradores de rua e os moradores da região da cracolândia, no centro de São Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro atuou diretamente para atrair mais um partido para a chapa do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), candidato à Prefeitura de São Paulo, que pode servir como oposição ao governador João Doria (PSDB), um dos seus possíveis adversários em 2022. Dirigentes do PTB disseram ter recebido telefonemas de Bolsonaro anteontem para que o partido participasse da chapa com a indicação do vice, Marco da Costa.

O martelo foi batido 30 minutos antes da convenção, anteontem à tarde, segundo o presidente do PTB em São Paulo, o deputado estadual Campos Machado. Ele disse que, na ligação telefônica que recebeu, Bolsonaro reconheceu sua atuação em oposição a Doria em São Paulo e argumentou que seria "muito importante" ter um candidato forte para enfrentar o PSDB na capital. Bolsonaro teria ligado também para o presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson. Procurado, o Palácio do Planalto não comentou o assunto.

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O presidente da República intensificou sua articulação em São Paulo depois que MDB e DEM anunciaram apoio a Covas, na semana passada, com um discurso que prega uma aliança nacional entre as siglas para os próximos anos e que pode se refletir até nas eleições para a presidência da Câmara e do Senado, em fevereiro do ano que vem. Questionado sobre o apoio de Bolsonaro e a oposição a Doria, Machado respondeu: "O inimigo do meu inimigo é meu amigo", afirmou.

Apesar da aproximação, o deputado estadual não compareceu à convenção que lançou Russomanno como candidato, levando à especulação de que a aliança havia sido fechada a sua revelia. A negociação teve a participação do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, que estaria com Bolsonaro na hora dos telefonemas.

Reação

A entrada de Russomanno na disputa pela Prefeitura com a retaguarda de Bolsonaro mudou o cenário traçado originalmente pelos candidatos. A entrada de uma chapa abertamente bolsonarista frustrou a estratégia do PSDB, do prefeito Bruno Covas, de evitar a polarização e manter o presidente da República fora do debate. Na capital paulista, o PTB fazia parte do governo e ocupava, até anteontem, cargos na Subprefeitura de Guaianases e na Secretaria de Turismo.

Candidatos que, de alguma forma, têm alguma ligação com Bolsonaro e esperavam contar o voto bolsonaristas criticaram o apoio do presidente. Arthur do Val (Patriota) disse acreditar que grupos e redes sociais que têm seguidores do presidente não vão aderir de imediato a Russomanno. "São políticos fisiológicos, muitas vezes alinhados com a esquerda, que querem vestir uma roupagem ideológica em véspera de eleição para enganar parte do eleitorado. Espero que as pessoas enxerguem essas manobras", disse.

Filipe Sabará (Novo) afirmou que vê "risco" para a imagem do presidente. "Russomanno provou ser um ‘cavalo paraguaio’, com alta popularidade, mas com muita rejeição e que costuma cair em pontuação durante as campanhas", afirmou.

Ex-aliada de Bolsonaro, Joice Hasselmann (PSL) disse não acreditar que o presidente irá entrar na campanha. "Estamos falando do pior Centrão, que é o fisiológico e ‘papa-cargos’. Esse Centrão chantageou o presidente", afirmou Joice. Ela chegou a ser sondada para a vice de Russomanno, mas não aceitou e manteve-se na disputa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça Eleitoral se tornou um campo de batalha para as campanhas de Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB) na reta final da eleição paulistana antes da votação em primeiro turno.

O juiz eleitoral Sidney da Silva Braga determinou na quarta-feira, 28, em caráter liminar, a suspensão dos programas veiculados em rádio e TV pela campanha da peemedebista, nos quais são veiculados depoimentos em que ex-funcionários do Bar do Alemão - de propriedade de Russomanno - afirmam que não receberam direitos trabalhistas após o fechamento do estabelecimento.

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Na decisão, o magistrado concluiu que não é permitido o uso de depoimentos de terceiros em cenas externas com objetivo de provocar ofensa a um candidato. "Se não é possível a exibição de imagem externa de terceiros apenas com elogios ao candidato, também não se pode admitir cenas externas com críticas ao mesmo, sem qualquer relação com a administração municipal", escreveu o juiz.

Com isso, Marta não poderá exibir nos programas desta quinta-feira, 29, último dia de propaganda antes do primeiro turno, sua principal arma contra Russomanno. A pena para o descumprimento é de R$ 5 mil. Os vídeos em que ex-funcionários do restaurante afirmam que não receberam direitos trabalhistas foram usados à exaustão desde o fim de semana passado, quando o jornal O Estado de S. Paulo revelou a história.

A campanha de Marta afirmou, por nota, que a decisão de retirar o filme do ar "foi pautada por uma questão formal, considerando uma cena externa com os garçons do Bar do Alemão". Segundo a nota, o juiz "não aceitou as acusações de que havia inverdades".

Indeferido

O mesmo juiz indeferiu na quarta-feira, 28, dois pedidos de direito de resposta feitos por Russomanno contra Marta, tendo como motivos os mesmos vídeos. Ele entendeu que não há elementos para comprovar que são sabidamente inverídicas as afirmações de que os funcionários não foram pagos.

Para o juiz, se há depoimentos de funcionários dizendo que não receberam e outros afirmando que receberam corretamente os direitos trabalhistas, "não há como se dizer, liminarmente, que é fato sabidamente inverídico que 70 funcionários cobraram seus direitos trabalhistas", escreve.

No início da semana, a Justiça Eleitoral já havia concedido direito de resposta a Marta por considerar que Russomanno mentiu ao afirmar que a candidata usou montagem sobre uma fala sua. Com isso, o candidato do PRB sumiu do horário eleitoral nos últimos dias e teve seu espaço usado por Marta.

Ao cumprir agenda de campanha no Rotary Club, Russomanno voltou a dizer que os funcionários foram cooptados. "Eles foram cooptados, e vários já declararam isso para mim, foram cooptados para falar mal a meu respeito para ela ganhar a eleição no tapetão, fazendo jogo baixo, sujo, enlameado", disse.

Falência

Russomanno afirmou que o departamento jurídico de sua campanha pretende entrar com ação contra Marta também na esfera criminal. E partiu para o ataque: "Ela se esquece da história dela. O pai dela faliu. Eu não tenho falência."

Marta e Russomanno se escolheram como alvo mútuo porque ambas as coordenações de campanha os veem como concorrentes diretos na disputa pela segunda vaga no segundo turno. A avaliação é de que a peemedebista e o candidato do PRB disputam votos na periferia. Na pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na quarta-feira, 28, Russomanno aparece em tendência de queda, com 22%, enquanto Marta tem 16%, com leve oscilação positiva em relação ao levantamento feito na segunda-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A proximidade com o dia da eleição e a situação de empate técnico entre os três líderes nas pesquisas de intenção de voto na disputa pela Prefeitura de São Paulo serviram de ingredientes para uma intensa troca de ataques entre os candidatos no debate promovido na noite de domingo (25) pela Record. Marta Suplicy (PMDB) e João Doria (PSDB) foram os principais alvos dos ataques dos adversários no encontro.

Acusações de má-fé, ignorância, além de insinuações sobre corrupção fizeram parte do enredo do programa. Até mesmo o candidato do PRB, Celso Russomanno, que em debates anteriores adotou uma estratégia de não entrar em confronto com os rivais, partiu para o ataque contra Marta.

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"Enquanto eu estava nos aeroportos defendendo o direito dos consumidores, você estava em Paris dizendo para a população 'relaxar e gozar'", afirmou o candidato ao rebater uma acusação da peemedebista de que deixou de pagar funcionários de um bar em Brasília em que era sócio. O candidato negou e ameaçou entrar com um processo na Justiça contra Marta.

O enfrentamento ocorre após Russomanno cair quatro pontos na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (22), e perder a liderança isolada na corrida eleitoral.

Marta também foi alvo de Fernando Haddad (PT), que disputa com a senadora o voto na periferia da cidade, tradicional reduto petista. As críticas foram em relação à gestão de Marta na Prefeitura, da qual Haddad fez parte. Quando teve chance, Marta acusou o adversário de má-fé e citou promessa de campanha não cumprida pelo petista de construir 20 unidades do Centro Educacional Unificado (CEUs), bandeira da gestão da ex-petista.

Haddad também questionou Marta sobre sua mudança de posicionamento em relação ao programa de inspeção veicular na capital, insinuando que a proposta de restabelecer a empresa que geria o serviço, a Controlar, interessava ao hoje ministro Gilberto Kassab. "A inspeção será gratuita, opcional, faz quem quer e depois desconta no IPTU", respondeu a peemedebista.

Pressão

Com 2% na última pesquisa, Major Olímpio (SD) insinuou pressão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) contra sua candidatura. Alckmin é o principal patrocinador da candidatura de João Doria (PSDB).

Ao questionar o tucano sobre ação do Ministério Público Eleitoral, que apura possível troca de cargos no governo por apoio à coligação do tucano, o candidato do Solidariedade disse "não ter preço". "Meu partido foi pressionado. Eu tenho um recado para você e para o governador Geraldo Alckmin. Eu não tenho preço", disse Olímpio.

"Nós temos muitos partidos no governo. O PRB tem secretaria, o Solidariedade tem secretaria, partidos que têm candidatos. Isso é desculpa esfarrapada. Ele está tentando provocar, mas eu não sou candidato", respondeu Alckmin da plateia, de onde acompanhava o debate.

Doria ainda foi alvo de Luiza Erundina (PSOL), que acusou o tucano de agir por interesse de empresas ao propor a privatização de bens públicos. "É incrível que você afirme que é um gestor e não é político. Isso é ignorância", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enquanto os candidatos à Prefeitura de São Paulo aparecem comportados no horário eleitoral da TV, uma disputa "subterrânea" acontece em aplicativos, redes sociais e até por meio de chamadas telefônicas.

Ataques de autores não identificados se disseminaram em várias plataformas contra os principais candidatos, que pouco podem fazer para impedir a ação. Enquanto em 2014 o Facebook foi o principal instrumento para esse tipo de estratégia, dessa vez o aplicativo de mensagens WhatsApp ganhou espaço por não ser possível fazer rastreamento.

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Os advogados da campanha de João Doria (PSDB) estão analisando o que fazer em relação a um vídeo de 54 segundos que liga o candidato a uma suposta campanha da Embratur que teria incentivado o turismo sexual nos anos 1980, quando o tucano presidiu a entidade.

"No caso do Facebook, nós fazemos notificações 'inbox' com quem compartilha conteúdo ofensivo. Mas no WhatsApp é praticamente impossível identificar o autor", disse o advogado Anderson Pomini, da campanha do tucano. Segundo ele, já foram feitas 50 notificações na rede social. A maioria apagou o post para evitar processos judiciais.

Telefone

Outra modalidade de ataque apócrifo são as chamadas telefônicas. No últimos dias, centenas de pessoas relataram ter recebido telefonemas com uma gravação com ataques a Celso Russomanno (PRB).

Ao atender o telefone, o interlocutor ouve uma pergunta: "O senhor sabe que Russomanno faliu um bar em Brasília? Se sim, tecle 1. Se não, tecle 2". "Isso está acontecendo na cidade inteira. Nós já fizemos um boletim de ocorrência e pedimos providências da Justiça Eleitoral, mas é muito difícil identificar os autores desse tipo de sujeira", disse Russomanno ao jornal O Estado de S. Paulo.

"Esse é o mesmo método do WhatsApp, só que, em vez de programar de mandar uma mensagem, a máquina de chip envia um telefonema. Hoje em dia é fácil comprar base de dados. Isso ocorre no Brasil inteiro", disse o publicitário Pedro Guadalupe, que atua como marqueteiro em campanhas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Marcelo Squassoni (PRB-SP), coordenador de campanha do candidato a prefeito de São Paulo pelo PRB, Celso Russomanno, é acusado por um empresário do Guarujá, no litoral paulista, base eleitoral do parlamentar, de ter usado notas fiscais frias de uma de suas empresas para justificar gastos da cota parlamentar.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo e à rádio CBN, José Eduardo dos Santos, dono da TESS - Tecnologia e Sistemas de Segurança disse que emitiu nove notas fiscais de R$ 3,5 mil cada uma sem ter prestado nenhum serviço.

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Parte das notas da TESS estão registradas na prestação de contas de Squassoni no Portal da Transparência. "Em agosto de 2015 eu fui procurado para emitir notas fiscais de minha empresa para que ele pudesse arcar com compromissos de campanha. Ficou combinado que seria como segurança eletrônica e manutenção preventiva. Nós não prestamos o serviço".

A denúncia foi protocolada no Ministério Público Federal no último dia 9. O empresário afirma que recebeu "ameaças" e "oferta de dinheiro" de um interlocutor do deputado para desistir da denúncia. "Ele mandou uma pessoa chamada Emerson, que faz trabalhos gráficos no Guarujá, me procurar. Esse interlocutor disse que o Marcelo tinha até R$ 200 mil para mim e que eu ainda poderia ganhar um ou dois cargos no governo."

O empresário disse que recusou a proposta. "Ele então disse que, se eu não parasse, minha vida ia ficar complicada no Guarujá e eu não poderia nem fazer faxina na cidade."

Dois dias depois - no último dia 11 - e após relatar o caso à imprensa, o escritório de Santos foi atingido por dois tiros disparados por um motoqueiro. Ele fez um boletim de ocorrência sobre o ocorrido. "Não posso atribuir a ele, mas sem sombra de dúvida é muita coincidência." Santos disse estar escondido em um flat em São Paulo, segundo ele, por precaução.

Defesa

A campanha de Russomanno não quis se pronunciar. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o deputado Marcelo Squassoni afirmou que foi vítima de uma "armação política".

"Esse cidadão está fazendo um jogo por causa de dinheiro. Ele quis me extorquir. Denunciei isso na Polícia Federal", afirmou o parlamentar. O deputado disse que o serviço foi executado e prometeu enviar provas à reportagem, mas não o fez.

Em nota, a assessoria de Squassoni afirmou que a empresa está "regularmente inscrita" no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e prestou serviços entre os meses de agosto de 2015 e fevereiro de 2016.

"As notas fiscais foram devidamente apresentadas, pagas e reembolsadas pela Câmara dos Deputados após minuciosa análise de documentação, como é de praxe."

Ainda segundo a assessoria, o próprio Squassoni teria acionado por telefone a pessoa que havia sido contratada por seu gabinete, Oséas Pedro Alves, questionando-o a respeito do mal entendido.

Este, por sua vez, teria comparecido à Delegacia-Sede de Guarujá e confirmado ao delegado de plantão a realização do serviço e a utilização de nota fiscal de empresa parceira (Tess) para a devida cobrança.

"Considerando o atual momento eleitoral, e, ainda, o histórico do meio político guarujaense, fica muito claro que tudo não passa de uma acintosa armação de cunho político. A partir disso, o deputado reuniu cópias de documentos que comprovam a chantagem da qual está sendo vítima e protocolou denúncia hoje (na terça-feira, 20), na PF", concluiu a assessoria.

O deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP), líder nas pesquisas para a disputa pela Prefeitura de São Paulo, anexou à sua defesa no Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer assinado por sete integrantes da Mesa Diretora da Câmara, entre eles o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que o isenta de danos ao erário público no caso da secretária parlamentar Sandra de Jesus.

Russomanno foi condenado pela Justiça Federal do Distrito Federal a dois anos e dois meses de prisão - convertidos em penas alternativas - por peculato. Ele é acusado de contratar Simone com verba do gabinete quando ela também prestava serviços à Night and Day Promoções, produtora de vídeo de propriedade do parlamentar.

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O deputado recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento estava marcado inicialmente para o dia 16 deste mês, um dia depois do término do prazo para registro das candidaturas, mas foi antecipado para esta terça-feira, 9. Se for condenado, Russomanno pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e impedido de disputar a eleição.

"Não se constata existência de dano ao erário ou de valores a serem devolvidos a esta Casa Legislativa em função de sua contratação (de Sandra)", afirma o documento assinado pelos integrantes da Mesa.

Além do presidente da Casa, assinam o texto o primeiro-vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA), o segundo-vice, Giacobo (PR-PR), além dos primeiro, segundo, terceiro e quarto-secretários - respectivamente, Beto Mansur (PRB-SP), Felipe Bornier (PROS-RJ), Mara Gabrili (PSDB-SP) e Alex Canziani (PTB-PR).

O documento diz que a contratação de Sandra é regida pelo Ato Normativo 72/1997 e não pela Lei do Funcionalismo, e, portanto, a ex-funcionária de gabinete poderia exercer outro trabalho remunerado, desde que cumprisse a carga horária de 40 horas semanais referente ao emprego na Câmara.

"Cargos em comissão de secretário parlamentar estão sujeitos ao regime de dedicação integral ao serviço, o que não se confunde com a dedicação exclusiva", diz o parecer.

Na sentença que condena Russomanno, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira afirma que as funções de Sandra na Night and Day eram "um misto de atividade parlamentar, jornalística e empresarial". Entre outras tarefas, ela assinou carteiras de trabalho de funcionários da empresa. "O que eu posso fazer se ela tomou essa iniciativa?", disse Russomanno à reportagem.

Tranquilidade

Segundo o deputado, o documento assinado por Maia traz tranquilidade. "Isso me tranquiliza porque ao longo de todos estes anos venho falando do Ato Normativo 72."

De acordo com levantamento do Ibope, Russomanno tem 29% das intenções de voto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Celso Russomano (PRB) lidera a disputa pela Prefeitura de São Paulo, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 15. Se a eleição fosse hoje, ele teria 25% das intenções de voto. Na sequência aparecem Marta Suplicy (PMDB), com 16% da intenção dos votos; Luiza Erundina (PSOL), com 10%; Fernando Haddad (PT), com 8%; João Doria (PSDB), com 6% e Marco Feliciano (PSC), com 4%. A margem de erro do levantamento é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Em um segundo cenário, este sem a participação de Russomano na disputa, a sequência seria mantida. Marta Suplicy teria 21% das intenções de votos, seguida por Erundina (13%), Haddad (11%), Doria (7%) e Marco Feliciano (5%). Neste caso, Andrea Matarazzo, do PSD, também estaria entre os mais votados, com 5% do eleitorado.

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No primeiro cenário, a fatia de votos em branco, nulo ou nenhum ficaria em 19%. O total de entrevistados que dizem não saber em quem votariam representam 4%. No segundo cenário, os votos em brancos, nulos ou que não sabem sobem para 25%. Entre aqueles que não sabem, a participação fica em 5%. A pesquisa ouviu 1.092 pessoas entre os dias 12 e 13 de julho.

Segundo turno

Russomano também sai vitorioso em todas as simulações de segundo turno feitas pelo Datafolha. Contra Marta Suplicy, a vitória seria por 48% a 31% dos votos. Contra Erundina, a diferença seria maior: 54% a 29%. Russomano também venceria Haddad (58% a 19%) e Doria (58% a 18%).

Sem Russomano no segundo turno, a vantagem seria da ex-prefeita Marta Suplicy. Contra a também ex-prefeita Erundina, a peemedebista venceria por 39% a 33% da intenção dos votos. Contra Haddad, a vitória seria por 44% a 24%. Contra Doria, a vantagem está em 48% a 24%.

Erundina, por sua vez, venceria o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, por 42% a 25%. Contra Doria, a vitória seria de 44% a 24%. Em um décimo cenário cogitado, na disputa de segundo turno entre Doria e Haddad, a vitória seria do novato em eleições, por 34% contra 30% de Haddad.

Rejeição

A derrota de Haddad em todos os cenários cogitados para segundo turno reflete o nível de rejeição ao nome do atual prefeito. Segundo o Datafolha, 45% dos entrevistados disseram que não votariam em Haddad de maneira alguma. Feliciano, com 32%, e Marta Suplicy, com 31%, também aparecem entre os mais rejeitados pelos paulistanos.

Na sequência aparecem Erundina (24%), Russomano (22%), Doria (19%) e Matarazzo (14%).

O candidato do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno, abriu na manhã desta segunda-feira (1°) a última semana de propaganda eleitoral no rádio tentando desvincular-se da imagem de inexperiente, quesito pelo qual vem sendo criticado pelos adversários. O programa do candidato do PSDB, José Serra, por exemplo, voltou, nesta segunda-feira, a criticar justamente essa suposta fraqueza no currículo do candidato. O último programa eleitoral de rádio dos candidatos a prefeito, veiculado entre 7h e 7h30, irá ao ar na quarta-feira (3).

O programa de Russomanno começou por um narrador ressaltando seu passado político. "Só para ficar bem claro, o Celso tem quatro mandatos como deputado federal, 16 anos de vida pública e 22 anos defendendo você, cidadão", afirmou. O programa atribuiu os ataques a Russomanno ao "desespero e à leviandade" de seus adversários.

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Já o programa tucano insistiu em criticar a "inexperiência" de Russomanno. "E aquele outro candidato, que vive dizendo que é hora de experimentar coisa diferente. Como assim? Entregar uma cidade do tamanho de São Paulo na mão de um candidato inexperiente, só para experimentar? Que loucura, né?", disse um narrador, sem citar o nome do candidato do PRB.

Em seguida, o programa emendou críticas ao candidato do PT, Fernando Haddad: "Tem candidato por aí dizendo que é novo, mas é só olhar para a turma dele para saber que ali não tem nada de novidade. A turma dele é antiga, você conhece bem, é a turma do mensalão, da taxa do lixo, da Prefeitura quebrada no final do mandato, lembra dele?", disse o narrador, também sem citar o nome do petista.

Haddad apresentou seu programa ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chamou os ouvintes para participarem de comício ao lado de Lula e da presidente Dilma Rousseff na noite desta segunda-feira. Além disso, apresentou seus planos para a descentralização da cidade de São Paulo, por meio da concessão de incentivo fiscal.

Gabriel Chalita, do PMDB, disse ser o candidato com maiores chances de ganhar o segundo turno de Russomanno, atual líder das pesquisas de intenção de votos. Segundo Chalita, ele seria o único que uniria PT e PSDB em uma eventual disputa contra Russomanno no segundo turno.

Soninha Francine (PPS) disse em seu programa que é preciso cuidar melhor dos funcionários públicos. Paulinho da Força (PDT) afirmou que, se eleito, irá acabar com a progressão continuada no ensino público municipal. Carlos Giannazi (PSOL) mostrou trechos do último debate entre candidatos, no qual critica seus adversários mais bem colocados, para afirmar que "não tem medo de falar".

Eymael (PSDC) repetiu programa no qual é entrevistado e diz que sua meta, caso eleito, é "fazer o que tem de ser feito, e sem limites". Ana Luiza (PSTU) veiculou música pedindo votos e Miguel Manso (PPL) queixou-se de não ser convidado a participar dos debates promovidos pelas redes de televisão. Anaí Caproni (PCO) e Levy Fidelix (PRTB) não veicularam propagando no rádio.

O candidato do PMDB a prefeito de São Paulo, Gabriel Chalita, deixou o tom mais ameno que vinha sendo adotado em sua propaganda eleitoral para atacar o líder nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PRB, Celso Russomanno. No horário eleitoral do rádio, transmitido entre 7h e 7h30, o programa de Chalita comparou Russomanno ao ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000) e ao atual, Gilberto Kassab (PSD).

O programa do peemedebista veiculou um diálogo entre dois supostos trabalhadores sobre as eleições de Pitta, que teve um mandato marcado por denúncias de corrupção, e Kassab, administração que vem sendo mal avaliada nas pesquisas de opinião.

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- Martelou o dedo de novo? Precisa prestar atenção, homem - afirmou um "trabalhador", logo questionado.

- Está querendo me ensinar a fazer as coisas? Eu sou profissional desde 1996.

- É, 96, quando você votou no Pitta, foi?

- É, e me arrependi.

- E depois também votou no Kassab.

- É.

- E agora vai votar em quem?

- No Russomanno.

- Esse não aprende mesmo, hein...

O programa de Chalita também criticou os candidatos do PSDB, José Serra, e do PT, Fernando Haddad, dizendo que os dois já enfrentaram greves de professores quando tiveram cargos executivos. "Chalita era exceção. Nos seus quatro anos como secretário de Estado da Educação, não houve uma greve sequer", disse o narrador.

Serra e Haddad mantiverem a troca de ataques. O programa de Haddad afirmou que as críticas ao seu projeto de fazer o Bilhete Único Mensal tratam-se de "dor de cotovelo" do candidato tucano. Por sua vez, o programa de Serra criticou a situação que Serra encontrou na Prefeitura quando assumiu o cargo, em 2005. "Lembra como o PT deixou a Prefeitura? Faltavam remédios nos postos de saúde, a obra do hospital Tiradentes estava parada", disse o narrador.

Russomanno foi apresentado por seu programa como "um homem novo, mas novo de verdade". A propaganda também atribuiu seu crescimento nas pesquisas ao fato de ele falar "com clareza, do jeito que todo mundo entende".

A candidata do PPS, Soninha Francine, afirmou que as pessoas sabem que podem confiar nela e disse que seu programa de governo está exposto em seu website. Paulinho da Força (PDT) reafirmou a proposta de levar empregos para a periferia com incentivo fiscal. Carlos Giannazi, do PSOL, disse que, caso eleito em outubro, irá "resgatar a dívida histórica da Prefeitura com os professores".

Os candidatos Eymael (PSDC) e Ana Luiza (PSTU) veicularam músicas pedindo votos. Anaí Caproni (PCO) afirmou que as eleições são um "jogo de cartas marcadas". Miguel Manso (PPL) propôs a geração de energia por meio da queima de lixo e gás em termoelétricas. Levy Fidelix (PRTB) não veiculou programa no rádio.

O Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) pediu à Justiça a quebra de sigilo fiscal da empresa Night and Day Promoções Ltda., que tem como sócio majoritário o candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, líder nas pesquisas de intenção de voto. Deputado por quatro mandatos seguidos, ele é alvo de investigação por suposto crime de peculato - uso de cargo público para desvio de recursos - ocorrido entre 1997 e 2000.

Russomanno é acusado de usar verba de gabinete da Câmara dos Deputados para pagar os salários de uma funcionária da Night and Day. Sandra de Jesus Nogueira foi nomeada assessora do gabinete do então parlamentar, mas o Ministério Público suspeita que, na prática, ela trabalhava para a empresa de Russomanno, como informou ontem o site Último Segundo.

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Em sua defesa, o candidato alega que Sandra trabalhava em seu escritório político em São Paulo - a medida é permitida aos deputados federais. Russomanno diz que esse escritório funcionava no mesmo endereço da empresa e que, quando ela prestava serviços eventuais à Night and Day, era de maneira informal, sem prejuízo de suas funções como secretária parlamentar.

O candidato ainda argumentou que a empresa ficou desativada por dois anos: 1998 e 1999.

Sandra foi demitida da Night and Day em 1997 e nomeada logo em seguida como secretária parlamentar. Segundo o ex-deputado, na época ele a teria ajudado em um processo de adoção e, se estivesse desempregada, seria mais difícil conseguir da Justiça a guarda da criança.

"Lembro-me ainda que, depois do horário de expediente, ela me ajudava prestando alguns serviços para a produtora. Ainda com o intuito única e exclusivamente de ajudar, assinou declaração em data que me encontrava em Brasília, mesmo sem procuração", disse Russomanno em depoimento à Justiça.

No processo, segundo o Último Segundo, documentos indicam que Sandra assinava contratações e demissões de funcionários da empresa, recebimento de talões de cheque, contratos de publicidade e baixa em carteira de trabalho de profissionais que deixaram a produtora quando já fora nomeada para o cargo.

O processo por peculato foi aberto após denúncia recebida pelo Supremo Tribunal Federal. Hoje, o processo corre no Tribunal Regional Federal (TRF), pois Russomanno, ao encerrar o mandato de deputado, deixou de ter direito ao foro privilegiado.

Consequência

Procurado na noite de ontem, Russomanno disse ao Estado que colocou à disposição do MPF os sigilos fiscal e bancário da empresa - o MPF quer saber se, de fato, a Night and Day estava inativa entre 1998 e 1999, como disse o ex-deputado em depoimento à Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O programa do candidato do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno, comemorou no horário eleitoral no rádio desta sexta-feira, veiculado entre 7h e 7h30, a liderança nas pesquisas de intenção de voto. O narrador do programa afirmou que o candidato é "líder isolado", com 31% das intenções de voto, na pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira (29) e que o segundo colocado, José Serra, do PSDB, "continua caindo". Serra já havia recuado na pesquisa anterior, divulgada no dia 21. Na mais recente, retrocedeu 5 pontos porcentuais e agora tem 22% das intenções de voto.

Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo publicada nesta sexta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo confirma a queda de Serra. Em duas semanas, o candidato tucano passou de 26% para 20% e o petista Fernando Haddad subiu de 9% para 16%. Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais, Serra e Haddad estão tecnicamente empatados.

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No rádio, Haddad fez o programa ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois debateram a saúde no município e Lula afirmou que Haddad não irá "abandonar o que foi feito pelos adversários", citando as unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) como exemplo. Haddad também prometeu criar um plano de carreira para os médicos da rede e reduzir o tempo de espera nas filas.

O programa tucano contou com a participação do governador Geraldo Alckmin, que fez um bate-papo com Serra sobre problemas da cidade e as soluções. Os dois ressaltaram a importância de o prefeito fazer parcerias com o governo estadual.

Gabriel Chalita, do PMDB, afirmou que em sete anos é possível ter todas as crianças do município estudando em tempo integral e voltou a criticar as "picuinhas" entre tucanos e petistas na gestão do município.

Paulinho da Força, do PDT, propôs levar mais empregos à periferia e Soninha Francine (PPS) prometeu mais áreas verdes. Carlos Giannazi, do PSOL, criticou a atual gestão da saúde, Levy Fidelix (PRTB) prometeu transferir o aeroporto de Congonhas de área e Eymael (PSDC) pregou que a cidade tem de ser governada como uma nação.

Ana Luiza, do PSTU, criticou a administração atual da cidade, assim como Anaí Caproni (PCO), que citou a especulação imobiliária na capital como consequência do estilo de gestão do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD).

 

O candidato do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno, criticou nesta segunda-feira (27), durante sua participação no programa eleitoral gratuito no rádio, veiculado entre 7h e 7h30, o uso de "padrinhos políticos" por adversários na disputa pela sucessão de Gilberto Kassab (PSD). "Padrinho é aquele que quer escolher o voto por você. Eu não tenho padrinho. Você (eleitor) é o meu padrinho", declarou o candidato. Em seguida, a narradora do programa emendou: "O que mais tem nessa eleição é candidato preso em padrinho para conquistar uns votinhos."

Nesta campanha, o candidato do PT, Fernando Haddad, tem aparecido sistematicamente ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No programa de rádio petista, Lula é um dos três apresentadores. O candidato do PMDB, Gabriel Chalita, também já levou ao seu programa o vice-presidente da República, Michel Temer.

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Já o candidato do PSDB, José Serra, focou o programa de rádio nos planos para o transporte público. Ele afirmou que, caso eleito, irá construir mais corredores de ônibus e monotrilhos, além de colaborar com o governo estadual na construção de metrôs e trens urbanos. O tucano criticou por não investir no metrô a administração federal petista e também a administração do PT em São Paulo, sem citar o nome, da ex-prefeita Marta Suplicy (2001-2004), que, segundo seu programa, investia apenas R$ 1 mil por ano no metrô. O tucano relembrou suas ações como ministro da Saúde, citando o tratamento gratuito para o combate à Aids e os remédios genéricos.

O programa do petista Fernando Haddad contou novamente com a participação de Lula como narrador e criticou a ausência de parcerias entre o governo federal e o poder municipal - um "jeito rancoroso de fazer política", nas palavras do ex-presidente. Haddad prometeu construir 55 mil casas na cidade com o programa federal Minha Casa, Minha Vida, trazer 31 polos das universidades abertas ao município e levar uma universidade federal à zona leste, que, segundo o candidato, viverá um "momento de esplendor" em uma eventual administração petista.

Gabriel Chalita voltou a criticar as "picuinhas" entre PT e PSDB, com o argumento de que quando o PT está na administração da cidade não se alia ao PSDB no plano estadual e quando os tucanos estão na administração da cidade não se aliam ao PT no plano federal.

A candidata do PPS, Soninha Francine, contou a história de uma menina que está na sétima série e não sabe ler nem escrever, além de ter sido aprovada apesar de faltado meio ano às aulas. Paulinho da Força (PDT) falou novamente de seus planos de levar o emprego para a periferia com incentivos fiscais.

O candidato do PSOL, Carlos Giannazi, disse defender a ética na política, a descentralização da administração e a participação popular nas decisões. Do PPL, Miguel Manso criticou a debandada de indústrias da cidade de São Paulo. Levy Fidelix, do PRTB, voltou a criticar os adversários por terem "copiado" suas ideias. Ana Luiza, do PSTU, defendeu subsídios ao transporte público e Anaí Caproni (PCO) criticou os capitalistas que comandam a cidade de São Paulo.

O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, elevou o tom nas críticas ao prefeito Gilberto Kassab (PSD). Por 3 vezes, o ex-deputado chamou a administração atual de criminosa pela forma como atuou na Feira da Madrugada, onde visitou na manhã desta quarta-feira (25). Ironizou também a matéria publicada pela Folha S. Paulo, que revela os esforços do prefeito em torno da campanha do PRB. Para Russomanno, Kassab é um"paraquedista de araque".

"Eu vim sozinho até agora. Só porque agora eu estou bem nas pesquisas aparecem estes paraquedistas de araque para fazer essas confusões", comentou. "Eu não tenho nada a ver com Kassab".

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Aliados do PRB temem que a rejeição do prefeito grude em Russomanno. O candidato foi imediatamente orientado a atacar ao falar com a imprensa.

Feira da Madrugada - Os feirantes criticam as intervenções municipais no terreno que é uma concessão da União. Desde 2010, a Prefeitura, com ajuda da Tropa de Choque, destituiu cerca de 1500 comerciantes de seus boxes e confiscou toda a mercadoria. Alguns deles passaram a morar em barracas armadas nos terrenos da União para não perderem posse.

Russomanno classifica a apreensão dos produtos como apropriação indébita. "Isso é uma área da União em que a Prefeitura não tem poder, de acordo com as informações que recebi até agora. Se é da União, a Prefeitura não podia estar agindo desta forma. A ilegalidade tá patente aqui", criticou.

"Aí existe a apropriação indébita. Isso é crime. E eu quero saber se o poder público está apurando o crime contra esses cidadãos. Porque independente de eles estarem vendendo com ou sem autorização, a mercadoria pertence a eles".

Em sua segunda visita aos camelôs da região - a outra ocorreu na semana passada - o candidato assinou um termo de compromisso com os comerciantes.

Quebra tudo - No fim da caminhada, um dos comerciantes exagerou na dose de revolta. Ao encontrar Russomanno, o vendedor, que na hora trabalhava na obra de um novo quiosque, protestou ser alvo de cobrança de coronéis para que poder trabalhar na feira. Muito revoltado, o comerciante quebrou vários tijolos e derrubou parte de um muro que estava sendo erguido. O valor da taxa, segundo ele, é de R$ 1500.

Outra vez, Russomanno agrediu o governo municipal.

"A revolta é justa porque, se pedem para ele R$ 1500 para ele colocar um crachá no peito e poder vender, tá tudo errado. Alguém tá recebendo dinheiro. E isso é a administração atual que está fazendo".

Líderes das associações da Feira da Madrugada justificaram o escândalo do comerciante com a perda de sua loja.

 

O Ministério Público Eleitoral impugnou as candidaturas de José Serra (PSDB) e de Celso Russomanno (PRB) na 1.ª Zona Eleitoral de São Paulo. Os pedidos foram apresentados pelo promotor Roberto Senise. A Justiça ainda não decidiu sobre os casos. O prazo da promotoria eleitoral para fazer as impugnações se encerrou na quinta-feira.

Segundo o Ministério Público Eleitoral, o ex-governador tucano não exibiu certidões atualizadas sobre duas ações penais em que ele já foi citado. A promotoria quer saber se houve sentença ou se os processos ainda estão em fase de instrução.

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Com relação a Russomanno, o Ministério Público sustenta que ele não recolheu R$ 5 mil - valor relativo a multa aplicada pela Justiça Eleitoral. A sanção imposta se refere à eleição anterior.

Segundo o Ministério Público Eleitoral, foi requerida ainda a impugnação de quatro candidatos a vice-prefeito e de cerca de 400 candidatos a vereador.

A assessoria da campanha de José Serra informou que o departamento jurídico ainda não foi notificado da impugnação e que tomará as providências necessárias quando isso ocorrer.

Russomanno afirmou, também via assessoria de imprensa, que a multa citada pelo promotor já foi paga em julho do ano passado. Ele enviou à reportagem cópia dos comprovantes do pagamento a que se refere. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PRB tentou atrair o PTB para a coligação do ex-deputado Celso Russomanno às eleições paulistanas. Os republicanos ofereceram aos petebistas a indicação de seu pré-candidato a prefeito, Luiz Flávio Borges D'Urso, para o posto de vice-prefeito de Russomanno. O PTB, porém, rejeitou em nome da candidatura própria, que pode ter até chapa pura. D'urso deve ter 1 minuto e 30 segundos por bloco de propaganda.

A tentativa de o PRB fechar a vice com D'Urso intensificou-se nas últimas semanas, depois do fracasso do projeto de terceira via entre Russomanno e os pré-candidatos Gabriel Chalita (PMDB) e Netinho de Paula (PC do B). Russomanno está na segunda posição nas pesquisas de voto, atrás apenas de José Serra (PSDB). Mas precisa reforçar a exposição no horário eleitoral na TV, de 1 minuto e 17 segundos por bloco, a partir de agosto. O plano B de Russomanno é escolher um vice entre nanicos já aliados: PT do B, PTN, PRP e PHS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, anunciou nesta segunda que manterá a pré-candidatura de Celso Russomanno à Prefeitura de São Paulo após tentativa frustrada de formar uma chapa com o pré-candidato do PMDB, deputado federal Gabriel Chalita. Em conversa com o vice-presidente da República, Michel Temer, presidente licenciado da legenda, e com Chalita, a proposta de aliança no primeiro turno com o PRB foi rejeitada. "Conversamos eu (Marcos Pereira) e o Celso (Russomanno) com o (Michel) Temer e o (Gabriel) Chalita, mas ao que me parece, por questões pessoais, o Chalita não abre mão de ser cabeça de chapa", afirmou Pereira.

Russomanno e o pré-candidato do PCdoB, vereador Netinho de Paula, vinham defendendo uma candidatura única de terceira via para contrapor a polarização entre o PT de Fernando Haddad e o PSDB de José Serra. A ideia era que fosse escolhido o pré-candidato melhor colocado nas pesquisas de intenção de voto para a cabeça de chapa. Segundo Pereira, o PMDB não se dispôs a desistir da candidatura de Chalita.

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Sem uma aliança com os peemedebistas já no primeiro turno, Russomanno conversa agora com o PCdoB para ter Netinho como seu vice de chapa. Segundo Pereira, as negociações estão avançadas. Além do PCdoB, o PRB mantém negociações com o PTdoB, PTN, PHS e PRP.

Licença

Hoje, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho, se licenciou da presidência da Força Sindical para se dedicar à pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo. Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e vice-presidente do central sindical, vai substituir Paulinho na liderança da entidade.

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