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Agentes da Polícia Federal no Rio de Janeiro apreenderam, nesta sexta-feira (23), 15 joias no apartamento da irmã de Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, como parte das investigações da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. A ação teve por finalidade de localizar 149 de um total de 189 joias adquiridas pelo casal Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo em joalherias da cidade para lavar dinheiro obtido por meio de corrupção.

Na denúncia apresentada à Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF), consta que o ex-governador Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo adquiriram pelo menos 189 joias desde o ano 2000, e apenas 40 foram apreendidas pela Polícia Federal a partir de mandados de busca e apreensão.

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A própria irmã de Adriana, identificada como Nusia, recebeu os agentes federais em casa. De acordo com as investigações da Polícia Federal, as joias teriam sido dadas por Adriana Ancelmo a uma sobrinha, filha de Nusia. Do total de joias apreendidas estão cinco anéis, sete brincos, dois cordões e um colar de pérolas.

O outro endereço onde os agentes estiveram em busca de joias foi no apartamento da ex-governanta de Adriana Ancelmo, Gilda Maria de Souza Vieira da Silva. Na casa nenhuma joia foi localizada.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral apresentou ontem (22) o nome de cinco testemunhas de defesa que gostaria que fossem ouvidas pela Justiça no processo da Operação Fatura Exposta. Entre os nomes está o cardeal e arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta.

Além do religioso, Cabral listou também o reverendo Isaías Maciel, da Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil; os médicos Paulo Niemeyer, do Instituto Estadual do Cérebro, e Cid Pitombo, chefe do centro de Cirurgia Bariátrica do Hospital Estadual Carlos Chagas; e Rosa Célia, do Instituto Pro Criança Cardíaca. O advogado de defesa do ex-governador, Luciano Saldanha, afirmou que não se pronunciará sobre as testemunhas antes que elas sejam ouvidas. No documento, de 22 páginas, ele também não explica os motivos da escolha.

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No entanto, a decisão de ouvir as testemunhas caberá ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Até o momento, Dom Orani não recebeu nenhuma intimação, assim como o reverendo, segundo a assessoria do religioso.

Em maio, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-governador do Rio e outras seis pessoas por corrupção passiva e ativa e organização criminosa por irregularidades cometidas na Secretaria Estadual de Saúde, entre 2007 e 2014. Além de Cabral, César Romero, Carlos Miranda, Carlos Bezerra, Sérgio Côrtes, Miguel Iskin e Gustavo Estellita são acusados pela Força-tarefa de pagar ou receber propina para fraudar contratos da área de saúde.

Cabral está preso desde novembro do ano passado e já foi condenado a 14 anos de reclusão em uma das mais de 10 denúncias provenientes de operações desmembradas da Operação Lava Jato por lavagem de dinheiro e corrupção.

Nesta sexta-feira (23), a Polícia Federal (PF) realiza uma operação para apreender joias e bens da advogada Adriana Ancelmo, mulher de Cabral. A ação é um desdobramento das investigações da Operação Lava Jato.

Dois mandados de busca e apreensão são cumpridos pelos agentes: um em Ipanema e outro no Jardim Botânico, na zona sul do Rio. De acordo com a PF, MPF e a Receita Federal, as joias teriam sido adquiridas para lavar parte do dinheiro obtido no esquema de corrupção e pagamento de propina a agentes públicos. 

Após ter sido condenado há mais de 14 anos de prisão, na semana passada, o ex-governador do Rio de Janeiro (PMDB) Sérgio Cabral pode ter sua situação agravada. Ele e sua esposa, Adriana Ancelmo, foram alvo da 11ª denúncia na Operação Lava Jato.  Desta vez, eles são acusados de comprar mais de R$ 4 milhões em joias na joalheria H. Stern. 

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a aquisição dessas joiais “tinha a finalidade de converter o dinheiro recebido a título de propina em ativo lícito e também para ocultar o real proprietário do bem”. No entanto, os advogados da mulher de Cabral já chegou a dizer que a H.Stern mente ao atribuir as peças valiosas a ela. 

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Além do ex-governador e de Adriana, os operadores Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra foram apontados pelo MPF como operadores financeiros do esquema. Sérgio Cabral está preso desde novembro do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Calicute. Já a ex-primeira-dama cumpre prisão domiciliar desde o final do mês de marco. Ela conseguiu liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Condenado – Na denúncia em que Cabral foi condenado por Sérigio Moro, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ele  também terá que pagar uma multa de aproximadamente R$ 528 mil. 

Na sentença, Moro declarou que não há ofensa mais grave do que trair a confiança do povo. "A responsabilidade de um Governador de Estado é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio", escreveu no documento. 

O juiz federal Sérgio Moro apontou 'ganância desmedida' do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e seus aliados Wilson Carlos e Carlos Miranda em sentença que os condenou por corrupção e lavagem de dinheiro. O peemedebista, réu em 10 ações na Operação Lava Jato - uma em Curitiba e nove no Rio -, foi condenado por Moro por propina de R$ 2,7 milhões, em 2008, nas obras do Comperj, a 14 anos e 2 meses de prisão.

Segundo Moro, o valor é 'bastante expressivo'. O magistrado indicou que o crime de Cabral se insere em um contexto de 'cobrança sistemática pelo ex-governador e seu grupo de um porcentual de propina incidente sobre toda obra pública no Estado do Rio de Janeiro'.

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"Não se pode ainda ignorar a situação quase falimentar do Governo do Estado do Rio de Janeiro, com sofrimento da população e dos servidores públicos, e que ela, embora resultante de um série de fatores, tem também sua origem na cobrança sistemática de propinas pelo ex-governador e seus associados, com impactos na eficiência da administração pública e nos custos dos orçamentos públicos", anotou o juiz.

"As aludidas circunstâncias da cobrança da vantagem indevida, que se inserem em um contexto maior de cobrança de propina sobre toda obra realizada no Rio de Janeiro, indicam ganância desmedida, o que também merece reprovação especial."

"A culpabilidade é elevada. O condenado recebeu vantagem indevida no exercício do mandato de Governador do Estado do Rio de Janeiro. A responsabilidade de um Governador de Estado é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio", observou.

Sentença

Moro fixou o regime fechado para o início de cumprimento da pena de Sérgio Cabral. "Entre os crimes de corrupção e de lavagem, há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a catorze anos e dois meses de reclusão, que reputo definitivas para Sergio de Oliveira Cabral Santos Filho", decretou Moro.

A ex-primeira-dama Adriana de Lourdes Ancelmo foi absolvida 'das imputações de crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro por falta de prova suficiente de autoria ou participação'.

O juiz condenou ainda o ex-secretário do governo do peemedebista Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho - 10 anos e 8 meses - e o 'homem da mala' Carlos Miranda - 10 anos - por corrupção e lavagem de dinheiro. Mônica Carvalho, mulher de Wilson Carlos, também foi absolvida.

O magistrado decretou, 'em decorrência da condenação pelo crime de lavagem' a interdição de Sérgio Cabral, Wilson Carlos e Carlos Miranda 'para o exercício de cargo ou função pública ou de diretor, membro de conselho ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no artigo 9º da mesma lei pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade'.

Sérgio Cabral, Wilson Carlos e Carlos Miranda estão presos na Lava Jato. Há mandados de prisão contra os três expedidos pelo juiz Moro e também pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, no Rio. Wilson Carlos está preso no Paraná. Sérgio Cabral e Carlos Miranda, no Rio.

Defesa

Os advogados Rodrigo Roca e Luciano Saldanha, que defendem Sérgio Cabral afirmam que estão analisando a sentença e vão apelar da condenação.

A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio investiga se o ex-governador Sérgio Cabral recebeu propina em pelo menos seis contratos dos Jogos Olímpicos de 2016. O Ministério Público Federal (MPF) pediu para que o Comitê Organizador da Rio 2016 apresente, em um prazo de 24 horas, informações sobre os contratos firmados com a empresa Masan.

O dono da Masan é o empresário Marco Antonio de Luca, preso ontem no Rio de Janeiro na Operação Ratatouille, desdobramento da Lava Jato, que investiga propinas de R$ 12,5 milhões em contratos para fornecimentos de alimentos a presídios e hospitais.

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A Procuradoria da República investiga também outros contratos - entre eles, para fornecimento de serviços ao Comitê Organizador da Olimpíada. A suspeita é que Cabral possa ter influenciado nesses acordos.

"De fato a lista de contratos firmados entre o Comitê Rio 2016 e a empresa Masan Serviços Especializados é expressiva e pode ter tido influência também de Sérgio Cabral", disse o MPF.

O advogado de Sergio Cabral, Luciano Saldanha Coelho, foi procurado por telefone pela reportagem do Estado, mas não respondeu ao contato.

O Comitê Rio 2016 afirmou que os contratos com a Masan passaram "por todos os trâmites" e foram aprovados pelo Conselho Diretor da entidade formado por dez pessoas. A advogada de Luca, Fernanda Tórtima, disse que não daria declarações a respeito do caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que a nova unidade prisional do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) ainda não tem bloqueadores de celular. Cabral foi transferido na manhã deste domingo, 28, do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte, que foi recentemente reformada.

Segundo a secretaria, inspetores de segurança e administração penitenciária farão "revistas minuciosas" nas visitas utilizando esteiras de raio-x, raquetes e bancos detectores de metais". "Tais aparelhos ajudam a evitar que materiais ilícitos entrem nessas unidades", informou, por meio de nota.

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A Vara de Execuções Penais havia proibido a transferência do ex-governador porque a nova unidade também não tinha câmera de ângulo frontal no acesso ao presídio. Também por nota, a Seap declarou que a unidade é monitorada "24 horas por dia através de câmeras instaladas dentro das galerias, portarias, pátio de visitas, banho de sol, entre outros".

"Ao todo são 53 câmeras, incluindo a que dá acesso à portaria principal, conforme solicitado pela Vara de Execuções Penais, VEP. Uma equipe de inspetores de segurança e administração penitenciária vai operar a central de monitoramento de imagens que ficará na sala do diretor da unidade prisional", informou.

Cabral ficará em uma cela com a mesma capacidade, de 16 metros quadrados, da que ficava em Bangu e com o limite para até seis detentos. A direção da unidade ainda vai definir se o local será totalmente preenchido.

A cela tem três beliches e um banheiro com vaso, pia e chuveiro de água fria. O ex-governador, porém, terá mais privacidade, já que os banheiros são fechados no meio da cela. Em Bangu, apenas uma meia parede separa o chuveiro do vaso.

Cabral e os outros detentos também receberão colchões usados por atletas durante a Olimpíada. Cada interno tem o direito a uma tomada na cela e poderá levar um ventilador de 30 cm, conforme prevê a lei. Por cela, também segundo a lei, pode ter uma televisão de 14 polegadas.

Junto com o ex-governador, foram transferidos mais 146 presos para o local, entre 53 detentos com nível superior (incluindo presos da Operação Lava Jato) e outros 93 que cumprem pena por não pagar pensão alimentícia. Eles foram levados em nove viaturas da Grupamento do Serviço de Escolta (GSE) e chegaram à unidade às 10h. Os presos transferidos estavam Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, para detentos com diploma universitário.

O ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), preso desde novembro de 2016 sob acusação de corrupção, tornou-se réu pela sétima vez. O juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o peemedebista. Ele é acusado de fraude em licitações e recebimento de propinas de 5% sobre o valor das obras de reforma do Maracanã e no PAC das Favelas. Além do ex-governador, outras 19 pessoas, entre agentes públicos e empresários, foram denunciadas.

A ação do MPF é resultado de duas operações da Polícia Federal, a Saqueador e a Calicute. Na denúncia, Cabral é apresentado como "líder de organização criminosa". Os procuradores afirmam que Cabral e representantes de empreiteiras fraudaram a licitação das obras de reforma e modernização do estádio do Maracanã. A obra havia sido orçada em R$ 700 milhões, mas, com os aditivos, custou aos cofres públicos R$ 1,2 bilhão. Pelo menos R$ 35 milhões teriam sido pagos em propina.

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O MPF também afirma que os investigados fraudaram licitações envolvendo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) direcionado a favelas do Rio. Há suspeita de superfaturamento em lotes envolvendo obras das favelas de Manguinhos, do Complexo do Alemão e da Rocinha.

Dentre os denunciados estão também o ex-secretário de Obras na gestão de Cabral, Hudson Braga, e o ex-secretário de Governo, Wilson Carlos. Braga já está preso no Complexo de Gericinó, no Rio, e Wilson Carlos em Curitiba. A reportagem não conseguiu contato com as defesas, para que se pronunciassem sobre as acusações.

Convocado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) como testemunha de defesa, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), informou ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, que pode responder aos questionamentos "por escrito". Em ofício ao magistrado, Eunício afirmou que "não tem conhecimento dos fatos" da ação penal que acusa Cabral e outros 12 investigados por corrupção e lavagem de dinheiro de obras do governo do estado que receberam recursos federais a partir de 2007.

"Senhor Juiz, em atenção à solicitação contida no Ofício nº 044.000329-5/2017, de 20 de março de 2017, informo a Vossa Excelência que não tenho conhecimento dos fatos objeto do processo nº 0509503-57.2016.4.02.5101 (2016.51.01.5095039), para eventualmente poder colaborar com o seu esclarecimento, na qualidade de testemunha", anotou o presidente do Senado. "Outrossim, caso Vossa Excelência entenda necessário meu depoimento, solicito a transmissão das respectivas perguntas, por ofício, para a apresentação da minha resposta por escrito, nos termos que me faculta o artigo 221, parágrafo 3.º do Código de Processo Penal", completa.

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Sérgio Cabral foi preso em 17 de novembro na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que desvendou esquema milionário de propinas atribuído ao peemedebista.

Neste processo, o Ministério Público Federal apontou para seis obras nas quais teria havido "acerto de propina" no esquema atribuído a Sérgio Cabral: expansão do Metrô de Copacabana, reforma do Maracanã para os Jogos Pan-Americanos de 2007, construção do Mergulho de Caxias, urbanização no Complexo de Manguinhos - PAC Favelas, construção do Arco Metropolitano e reforma do Maracanã para a Copa de 2014.

Segundo a Procuradoria, a contratação das obras do PAC Favelas, do Arco Metropolitano e do Maracanã foi realizada "mediante a prática de crimes de cartel e fraude à licitação, com acerto prévio dos vencedores, através de determinação ou anuência do governador Sérgio Cabral e dos secretários Wilson Carlos e Hudson Braga".

Cerca de R$ 250 milhões repatriados no esquema de desvio de recursos liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral serão devolvidos aos cofres públicos amanhã (21) na sede do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), centro da capital fluminense. O dinheiro pagará o 13º salário de 2016 de cerca de 146 mil aposentados e pensionistas do estado, com vencimento de até R$ 3,2 mil, o que representa 57% dos inativos.

A repatriação foi possível por meio de um acordo de colaboração premiada com dois réus de cerca de US$ 85,3 milhões. As investigações revelaram até o momento que mais de R$ 300 milhões foram movimentados no exterior pela organização criminosa.

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A cerimônia de devolução ocorrerá às 15h e estarão presentes o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente do TRF2, desembargador federal Poul Erik Dyrlund, o coordenador da Força Tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, Leonardo Cardoso de Freitas, e o procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Leonardo Espíndola.

Adriana Ancelmo

A defesa de Adriana Ancelmo, que está presa no Complexo Penitenciário de Jericinó, em Bangu, informou hoje (20) que o apartamento onde ela cumprirá prisão domiciliar já está apto para sua transferência. A Polícia Federal ainda precisa vistoriar o local para que a Justiça autorize a volta da ex-primeira dama para casa. A expectativa da defesa de Adriana é que a transferência ocorra até a próxima sexta-feira.

Cabral e Adriana Ancelmo foram presos no final do ano passado, na chamada Operação Calicute, junto com assessores e outros acusados no esquema. Eles são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Cabral está no mesmo complexo penitenciário que a esposa.

Na sexta-feira (18), a Justiça concedeu à Adriana Ancelmo o direito de cumprir a prisão preventiva em casa, devido ao fato de que ela e Cabral têm dois filhos menores de idade.

O Ministério Público Federal entrou ontem com mandado de segurança na Justiça Federal contra a decisão de conceder a prisão domiciliar a Adriana.

Em uma operação com autoridades uruguaias, a Polícia Federal prendeu nessa sexta-feira (3) os empresários Vinicius Claret Vieira Barreto – também conhecido como “Juca Bala”– e Cláudio Fernando Barbosa. Eles foram apontados como doleiros do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro montado pelo ex-governador Sérgio Cabral, que está preso no Rio de Janeiro. Os mandados de prisão foram assinados pelo juiz Marcelo Bretas, da 7º Vara Federal Criminal, no âmbito da Operação Calicute, a pedido da força tarefa da Operação Lava Jato.

Morando em Punta del Este, Claret foi citado pelos irmãos Renato e Marcelo Chebar como responsável por trocar por dólares uma parte do dinheiro de propina recebido pelo ex-governador, a partir de 2007. O contato era feito pela internet.

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As revelações foram feitas pelos irmãos Chebar, que fizeram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e contaram detalhes do esquema que identificou mais R$ 300 milhões ilegais no exterior. Agora detidos, a expectativa é de que Vinicius Claret e Cláudio Barbosa revelem outra parte do esquema. Ambos devem ser extraditados ao Brasil nos próximos dias.

Em janeiro, o procurador responsável pela Lava Jato no Rio, Leonardo Freitas, afirmou que o esquema de Cabral era “um oceano ainda não completamente mapeado” e que todos os contratos firmados na gestão do peemedebista deveriam ser investigados.

Em um dos esquemas de lavagem de dinheiro atribuídos pela Procuradoria da República ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o peemedebista era o "patrão". Um dos delatores da Operação Calicute, o empresário Adriano José Reis Martins, dono de concessionárias de carro, detalhou ao Ministério Público Federal como "esquentou" dinheiro em espécie para Sérgio Cabral entre 2007 e 2014.

O ex-governador está preso desde novembro de 2016 em Bangu 8. O esquema de lavagem de dinheiro por meio das concessionárias de Martins é alvo da quinta denúncia da Procuradoria contra o peemedebista. Sérgio Cabral e seus aliados já são réus em três ações penais na Justiça Federal no Rio e em uma ação na Justiça Federal no Paraná.

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Martins relatou que "foi procurado em 2006 por Ary Ferreira da Costa Filho (‘Aryzinho’), que informou que, a pedido de Sérgio Cabral (‘patrão’), deveria fazer pagamentos a empresa Gralc’, ligada a Carlos Miranda, este apontado como o ‘homem da mala’ do peemedebista. Teriam sido pagos R$ 3,4 milhões à Gralc a título de consultoria".

Ary era servidor da Secretaria de Estado da Fazenda do Rio, cedido à Secretaria da Casa Civil e foi exonerado em 6 de dezembro de 2016. Aryzinho foi preso em fevereiro na Operação Mascate, desdobramento da Calicute, que prendeu Sérgio Cabral.

O delator disse que "atendeu o pedido, haja vista que não teria qualquer prejuízo com a operação, bem como poderia manter um bom relacionamento com o Governo Estadual". Segundo o delator, não houve prestação de serviço.

"Os valores em espécie e a nota fiscal eram entregues em mochilas pelo próprio Ary ao depoente mensalmente; que quando não eram entregues mensalmente eram entregues posteriormente, mas sempre com uma periodicidade", relatou. "A partir de 2014 as entregas de dinheiro em espécie e notas fiscais pararam de ocorrer."

A defesa de Sérgio Cabral não retornou ao contato da reportagem. O advogado Julio Cezar Leitão, que defende Ary Ferreira da Costa Filho, informou que vai se manifestar nos autos.

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho participará na próxima terça-feira (21), às 14h30, de audiência no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) em uma ação que apura se houve excessos no uso de helicópteros durante seu mandato no comando do estado.

A mulher do ex-governador, Adriana Ancelmo, será uma das testemunhas. Os dois, que estão presos no Complexo Penitenciário de Bangu, serão ouvidos por videoconferência. 

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“Considerando a repercussão do caso, bem como o fato de que o réu e a informante encontram-se presos, a audiência deverá ser realizada por vídeoconferência”, justificou a juíza Luciana Losada Albuquerque Lopes, da 8º Vara de fazenda Pública, ao designar a oitiva do ex-governador.

Cabral está preso desde 17 de novembro, sob a acusação de receber propina para fechar contratos públicos no estado. Adriana foi presa em 6 de dezembro, acusada de crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Na última semana, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) apresentou nova denúncia à 7ª Vara Federal contra Cabral por 184 crimes de lavagem de dinheiro. Os fatos foram investigados na Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

O Ministério Público Federal no Rio denunciou nesta terça-feira (14) à 7.ª Vara Federal o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) por 184 crimes de lavagem de dinheiro.

A acusação tem base na Operação Eficiência, realizada no escopo das investigações da força-tarefa da Lava Jato no Rio. Esta já é a quarta denúncia apresentada contra o peemedebista, que já é réu na Lava Jato em Curitiba e em outras duas ações penais no Rio.

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Além de Sérgio Cabral, também foram denunciados por crimes de lavagem de dinheiro antigos aliados dele no governo do Rio e acusados de integrarem organização criminosa supostamente liderada pelo peemedebista - entre eles Carlos Miranda (147 crimes), Carlos Bezerra (97 crimes), Sérgio Castro de Oliveira (6 crimes), Ary Ferreira da Costa Filho (2 crimes), Adriana Ancelmo (7 crimes), Thiago de Aragão Gonçalves (7 crimes), Francisco de Assis Neto (29 crimes), e Álvaro José Galliez Novis (32 crimes).

A denúncia revela ainda "fatos criminosos de dois colaboradores, doleiros que faziam parte da organização como operadores financeiros".

"Os doleiros recebiam dos demais denunciados dinheiro em espécie oriundo dos crimes de corrupção praticados, custodiavam tais recursos em seu escritório e os distribuíam posteriormente para pagamentos de despesas em favor dos membros do grupo criminoso", diz a nova denúncia contra Cabral.

Os colaboradores forneceram uma planilha de controle de caixa que aponta que os recursos por eles custodiados foram utilizados para pagamentos de despesas, entre 1º de agosto de 2014 a 10 de junho de 2015, no valor de R$ 39.757.947,69 - uma média de aproximadamente R$ 4 milhões por mês.

As provas reunidas nas Operações Calicute - deflagrada em novembro de 2016 - e Eficiência, segundo a Procuradoria da República, comprovaram que Sérgio Cabral, e outros implicados promoveram lavagem de ativos.

O ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB) já está no Complexo Penitenciário de Gericinó. Ele chegou ao local pouco antes das 17h, após passar por exames no Instituto Médico Legal (IML). Na chegada ao complexo prisional, que fica na zona norte do Rio, um grupo de bombeiros militares usando toucas de Papai Noel estourou fogos e brindou com espumante. Neste sábado completa um mês que Sergio Cabral foi preso.

Cabral estava detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde o final de semana passado, mas teve seu retorno ao Rio determinado pela Justiça na última sexta-feira (16). Preso no Rio de Janeiro desde o dia 17 de novembro durante a Operação Calicute, um dos desdobramentos da Lava Jato, o ex-governador havia sido transferido para Curitiba na semana passada por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, que considerara que Cabral vinha recebendo visitas irregulares no Complexo de Gericinó.

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O retorno do peemedebista ao Rio foi determinado pelo desembargador Abel Gomes, relator da Calicute, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). O magistrado concedeu liminar a pedido dos advogados de Cabral. O ex-governador deixou Curitiba no fim da manhã deste sábado e desembarcou no Aeroporto do Galeão no início da tarde, em avião da Polícia Federal.

Na decisão, Gomes assinalou que a transferência para o Rio se dava "por razões humanitárias e visando à utilização de meios que possibilitem a reconstrução pessoal do preso". Ele também destacou que "é imperioso que o custodiado fique próximo ao seu domicílio e meio familiar, à exceção dos casos em que seja concretamente verificada a necessidade da transferência por interesse da segurança pública ou do custodiado".

Na sexta-feira, Sergio Cabral também se tornou réu na Operação Lava Jato por suspeita de corrupção nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O juiz Sergio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, acatou denúncia contra o ex-governador, a ex-primeira dama Adriana Ancelmo e outras cinco pessoas.

A decisão, contudo, não teve influência sobre a liminar concedida por Abel Gomes. "Nem mesmo o fato de o paciente (Sergio Cabral) estar respondendo a processo penal também na Justiça Federal do Paraná seria motivo para que ele lá permaneça, pois também está respondendo a processo aqui na Justiça Federal do Rio de Janeiro, e esta é a cidade de seu domicílio e de sua família, a qual, nos termos da legislação, prevalece para sua custódia", escreveu o magistrado.

O juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, mandou prender nesta terça-feira, 6, a mulher do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB). O magistrado atendeu a pedido do Ministério Público Federal, na denúncia oferecida pelos procuradores contra os réus na Operação Calicute. A Polícia Federal está neste momento na rua cumprindo o mandado contra Adriana. Cabral e outros nove acusados já estão presos em Bangu 8.

De acordo com o advogado Raphael Mattos, um dos defensores do ex-governador Sérgio Cabral, a defesa do peemedebista entrará com pedido de habeas corpus na próxima semana, "provavelmente no início dela". Ele representa Cabral ao lado de Ary Bergher e Aristides Junqueira.

"São dois pedidos de prisão, não é um caso simples", afirmou Mattos. O ex-governador foi alvo de dois mandados de prisão simultâneos, expedidos pelos juízes Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, e Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, se pronunciou sobre a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), que aconteceu nesta quinta-feira (17). Ele declarou que a detenção de Cabral mostra que o “Brasil está dando exemplo para o mundo".

Jungmann também disse que a prisão representa o combate à má política. “Eu espero que ela continue sendo bastante afetada porque nós precisamos passar a política brasileira a limpo”.

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Sérgio Cabral foi preso na Operação Calicute, que investiga o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. O prejuízo estimado é superior a R$ 220 milhões. O peemedebista estava em sua moradia, no Leblon, e foi levado pela PF sob gritos de "ladrão" de cidadãos.

Invasão à Câmara

O ministro também falou sobre a invasão à Câmara dos Deputados, nessa quarta-feira (16), e pontuou que uma “punição exemplar” se faz necessária. “Se nós não punirmos estas pessoas exemplarmente nós estaremos sancionando o desrespeito à democracia, que é uma conquista do Estado brasileiro", disse o ministro.

Raul Jungmann ainda afirmou que o tipo de invasão como a ocorrida é “inaceitável”. “Ninguém pense em arranhar, desrespeitar ou tentar destruir a democracia brasileira, porque dentro da lei e de acordo com a constituição os militares se oporão a isso”, acrescentou.

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (2007/2014) foi condenado pelo Tribunal de Justiça a ressarcir valores de ICMS que deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos a partir de 2010 com base em benefícios fiscais concedidos em sua gestão que alcançaram R$ 1 bilhão.

Além do peemedebista foi condenada a empresa Michelin Indústria e Comércio de pneus, beneficiária dos incentivos. As informações foram divulgadas no site do Ministério Público Estadual do Rio. A condenação, em ação popular, foi imposta pela 12ª Câmara Cível do TJ. Segundo a decisão, 'os benefícios fiscais foram concedidos a partir de 2010 e adiavam, sem prazo determinado, o recolhimento do imposto devido na aquisição de maquinário para ampliação da fábrica da empresa, em Itatiaia'.

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Subscrita por Luiz Carlos Guilherme, a ação popular destacou que Cabral editou o Decreto 42.683/2010 'por meio do qual concedeu benefícios fiscais à Michelin, quando da instalação da fábrica no município de Resende'. O autor argumentou que a medida abriu uma 'Guerra Fiscal', inclusive promovendo 'uma concorrência desleal entre a segunda ré (Michelin) e as demais que atuam no beneficiamento da borracha natural, além de evidenciada a renúncia de receitas tributárias, relativamente ao ICMS'.

A ação sustentou a inconstitucionalidade do decreto, 'que incluiu (Michelin) no Programa de Atração de Investimentos Estruturais (RioInvest), uma vez que não foi observado o convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz)'. Os benefícios teriam alcançado R$ 1,028 bilhão pelo período de fruição de 240 meses e carência de 120 meses para pagamento, 'encontrando-se disfarçado como fosse financiamento, porém vinculado a geração de ICMS'.

O autor da ação alegou que os benefícios seriam ilegais, configurando renúncia de receita. A ação foi julgada improcedente em primeira instância, mas o Ministério Público do Estado do Rio apelou da decisão, por meio da 11.ª Promotoria de Justiça de Fazenda Pública. No recurso de apelação o Ministério Público assinalou que 'a ilegalidade resta caracterizada, considerando a falta de termo final para pagamento do ICMS, a inobservância da ilegalidade estrita e igualdade tributária e, a ausência de convênio (Confaz)'.

Na etapa das contrarrazões, a defesa do ex-governador apontou 'carência acionária'. No mérito, sustentou a legalidade do Decreto Estadual 42.683/2010 e 'a inexistência de qualquer lesão ao erário'. A Michelin, por sua vez, apresentou contrarrazões igualmente afirmando 'a legalidade do Decreto Estadual e a inexistência de qualquer dano ao patrimônio público'.

O Estado do Rio apresentou contrarrazões defendendo a sentença de primeiro grau. Em parecer, o Ministério Público se manifestou pelo acolhimento do recurso 'para declarar a nulidade do ato lesivo ao patrimônio público, qual seja, o artigo 3º do Decreto 42.683/10, e julgar procedente o pedido para condenar os réus, solidariamente, na reparação do prejuízo causado ao erário'.

No início do julgamento da apelação, em março deste ano, foi reconhecida a ilegalidade do benefício fiscal. Houve, no entanto, divergência em relação ao ressarcimento ao erário. Com resultado parcial de dois votos a um, o julgamento do recurso teve que ser adiado para coleta de votos de mais outros dois desembargadores. Na complementação do julgamento, após sustentação da Procuradoria de Justiça com atuação perante a Câmara, o desembargador José Acir deu o voto que confirmou a condenação dos réus.

A decisão é definitiva no âmbito da Justiça Estadual, mas cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Defesas

A assessoria do ex-governador não retornou os contatos da reportagem. Em nota, a Michelin Indústria e Comércio afirma que "O Estado do Rio de Janeiro possui um Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social - FUNDES, regido por regras próprias, cujo objetivo é promover o desenvolvimento econômico do Estado por meio de incentivos fornecidos a empresas que investem aqui".

A Michelin também informa que "por atender aos requisitos exigidos pelas regras do FUNDES, tais como, geração de empregos diretos e indiretos, realização de novos investimentos, atração de novas empresas para prestação de serviços etc., foi uma dentre as várias empresas que receberam os incentivos desse Fundo Estadual. Todavia, tais incentivos estão sendo questionados perante a justiça. A Michelin é uma empresa centenária que se rege por fortes princípios de ética e transparência.

Presente no Brasil há décadas exerce suas atividades com total integridade e respeito às leis do País e às suas instituições. Por acreditar na decisão final, que ainda será proferida neste processo, a Michelin seguirá defendendo nas demais instâncias judiciais superiores a legalidade dos incentivos recebidos."

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para encaminhar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) informações prestadas em delação premiada que podem interferir na investigação do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Desde março do ano passado, o político é alvo de inquérito no STJ ao lado do atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e de Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do Rio na gestão de Cabral.

Apesar de as informações terem sido prestadas em delação premiada colhida no âmbito da Operação Lava Jato, os apontamentos do delator são referentes à esfera eleitoral e por isso não foram analisadas pelo relator da Lava Jato no Tribunal, ministro Teori Zavascki.

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Ainda é mantida sob sigilo no STF e na PGR a delação que originou o envio da manifestação da PGR feita a Celso de Mello.

O caso foi encaminhado ao gabinete do ministro Celso de Mello, que conduz inquérito sobre o ministro Aloizio Mercadante (Educação) e sobre o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), por supostos crimes eleitorais. A investigação original teve como base a delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa. No mesmo despacho, Celso de Mello autorizou a inclusão das informações prestadas por delator no inquérito relativo a Mercadante e Aloysio Nunes.

O ministro do STF também autorizou, conforme pedido da PGR, o encaminhamento de informações a outros foros competentes, como a Justiça Eleitoral de São Paulo para analisar dados sobre a campanha de Fernando Haddad.

O decano do Tribunal autorizou ainda o envio de cópia das informações para a 13ª Vara Federal de Curitiba, que conduz a Lava Jato na primeira instância, para adoção de "providências" em relação ao ex-senador Helio Costa e o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, que já foi condenado no julgamento do mensalão.

Paulinho da Força

Celso de Mello atendeu também a um pedido da PGR para arquivar a menção ao deputado federal Paulinho da Força (PSD-SP) feita em delação premiada obtida nas investigações da Operação Lava Jato.

A delação que originou o envio da manifestação da PGR feita a Celso de Mello ainda é mantida sob sigilo no STF e na PGR. Também foram arquivadas as citações ao deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) e ao ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.

Em setembro do ano passado, Paulinho da Força virou réu no Supremo quando a Corte aceitou uma denúncia por crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Não há informação se o arquivamento autorizado por Mello tem alguma relação com esta denúncia.

Segundo a denúncia da PGR, Paulinho se beneficiou de recursos desviados de financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio de uma empresa de consultoria. Os desvios foram nos valores de R$ 130 milhões e R$ 120 milhões.

Por meio da assessoria de imprensa, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) comentou a quebra de sigilo telefônico autorizada pelo STJ e reiterou não ter ligação com o esquema de corrupção na Petrobras.

Cabral classificou como "mentiras" as denúncias do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que acusa o ex-governador de ter pedido dinheiro para o caixa 2 da campanha da reeleição, em 2010, quando o atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), era candidato a vice.

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"O ex-governador Sérgio Cabral respeita o processo judicial e reitera seu repúdio e sua indignação às mentiras ditas pelo delator Paulo Roberto Costa", diz a nota de Cabral. O ex-secretário da Casa Civil Regis Fichtner não quis se pronunciar. O governador Pezão ainda não respondeu ao pedido do Estado.

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