Tópicos | Urnas eletrônicas

O presidente Jair Bolsonaro, mesmo sem provas, voltou a falar contra a segurança das urnas eletrônicas e a atacar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. De acordo com o presidente, Barroso precisa apresentar uma justificativa melhor contra o voto impresso, além do custo de implementação do processo. "O dinheiro quem trata sou eu, não é ele. Agora, não vai faltar dinheiro para comprar maquininha para imprimir o voto do lado ali", disse Bolsonaro, que voltou a inflamar seus seguidores. "Nosso Exército, que são vocês, não vai aceitar o que aconteceu em outros países."

As conversas com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, sempre recheada de críticas a opositores, virou o principal palco de defesa do presidente ao voto impresso. Bolsonaro inclusive já fez declarações de que as eleições do ano que vem poderiam não ocorrer caso o tema não fosse aprovado na Câmara. A quem acompanha o presidente diariamente no cercadinho na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro tem afirmado que há uma articulação dentro do Supremo para que o seu principal adversário político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seja alçado à presidência através de uma fraude.

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O presidente também voltou a fazer críticas à oposição. "Não estamos livres ainda. A cobra está viva", afirmou o presidente.

Como mostrou o Broadcast Político/Estadão, a Comissão Especial da Câmara sobre o tema chegou a ter maioria de votos favoráveis para aprovar voto impresso, mas presidentes de partidos e ministros do STF agiram para trocar os integrantes da comissão e deixar o texto sem apoio suficiente.

No fim de junho, presidentes de 11 partidos fecharam um posicionamento contra o voto impresso. Os caciques das legendas, incluindo os da base do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, decidiram derrubar a proposta discutida na Câmara e patrocinada pelo chefe do Planalto.

2022

Bolsonaro continuou colocando em dúvida sua participação no pleito de 2022. Sem partido, e com a popularidade em baixa, o presidente declarou que tem até março para decidir filiação e, até lá, decide seu futuro. O chefe do Executivo alegou que não poderia falar agora que é candidato porque isso infringe as regras eleitorais.

"Eu não posso falar que sou candidato agora que é crime eleitoral. E outra, se eu for falar em eleição eles vão vir em mim. Março tem sim como último mês de filiações, aí eu decido o futuro", disse. O presidente concluiu dizendo que disputar a presidência, "não é vida" para ele, mas é uma missão. (Colaboraram Camila Turtelli e Anne Warth)

Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar diversas vezes que a urna eletrônica não é confiável e que houve fraude nas últimas eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou nota desmentindo as afirmações. A entidade garante que não há nenhum episódio de fraude. 

"Desde a implantação das urnas eletrônicas em 1996, jamais se documentou qualquer episódio de fraude. Nesse sistema, foram eleitos os presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro. Como se constata singelamente, o sistema não só é íntegro como permitiu a alternância no poder", declarou o TSE.

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Nesta semana, Bolsonaro afirmou, sem provas, que em 2014 houve fraude para que a então candida Dilma Rousseff (PT) fosse reeleita presidente do Brasil. Segundo o atual chefe do Executivo, Aécio foi o verdadeiro vencedor da disputa.

"Especificamente, em relação às Eleições de 2014, o PSDB, partido que disputou o segundo turno das eleições presidenciais, realizou auditoria no sistema de votação e reconheceu a legitimidade dos resultados", esclareceu o Tribunal. 

O TSE confirmou que a Corregedor-Geral Eleitoral já oficiou o presidente Bolsonaro para que apresente as supostas provas das fraudes que teriam ocorrido nas eleições de 2018, mas não houve resposta.  "A realização de eleições, na data prevista na Constituição, é pressuposto do regime democrático. Qualquer atuação no sentido de impedir a sua ocorrência viola princípios constitucionais e configura crime de responsabilidade", pontua a instituição.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou há pouco que 1,7 mil urnas eletrônicas foram trocadas durante o período matutino da votação. Segundo o tribunal, o percentual de substituição equivale a 0,38% do contingente de 400 mil equipamentos que estão sendo utilizados nas eleições.

Os números correspondem ao levantamento feito pelo TSE com informações dos tribunais regionais eleitorais até às 13h14.

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O TSE também informou que foram registradas 252 ocorrências durante a votação. Houve 30 prisões de candidatos segundo o tribunal, enquanto o Ministério da Justiça fala em 52 candidatos detidos. Até o momento, não há registro de votação manual em nenhum município do país.

A votação prossegue até as 17h, conforme o horário local de cada município. Neste primeiro turno das eleições municipais, mais de 147 milhões de pessoas estão aptas para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Entre as capitais, apenas em Macapá e em Brasília não há eleição neste domingo. A capital amapaense, por causa de problemas com fornecimento de energia elétrica, e a capital federal, porque não tem prefeito, nem vereadores.

 

Eleitores de todo o país vão às urnas hoje (15) no primeiro turno das eleições municipais. Mais de 147 milhões de pessoas estão aptas para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Entre as capitais, apenas em Macapá e em Brasília não há eleição neste domingo. A capital amapaense, por causa de problemas com fornecimento de energia elétrica, e a capital federal, porque não tem prefeito, nem vereadores.

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No pleito deste ano, 19 mil pessoas são candidatas ao cargo de prefeito e de vice-prefeito em todo o país. Concorrem ao cargo de vereador 518,3 mil candidatos. Devido à pandemia da covid-19, um protocolo sanitário foi elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com medidas preventivas para eleitores e mesários.

A primeira recomendação é para que os eleitores que estiverem com sintomas da covid-19 não compareçam aos locais de votação. A justificativa de falta não será feita presencialmente para evitar aglomerações. Pelo aplicativo e-Título, que pode ser usado em qualquer smartphone, será possível fazer a justificativa sem sair de casa. 

O tempo de votação foi ampliado em uma hora neste ano para evitar filas e aglomerações. As seções ficarão abertas das 7h às 17h. Preferencialmente, das 7h às 10h, deverão votar os eleitores idosos, com mais de 60 anos, ou que pertençam ao grupo de risco para o novo coronavírus. No entanto, não haverá exclusividade. Quem comparecer às seções neste horário também poderá votar.

Os eleitores só poderão entrar nos locais de votação se estiverem usando máscaras faciais. O eleitor deve usar a máscara em todo o percurso que fizer até chegar à seção eleitoral. Não será permitido que ele se alimente, beba ou realize qualquer ato que exija a retirada da máscara. 

As mãos têm que ser higienizadas com álcool em gel antes e depois de votar. O produto será disponibilizado nos locais de votação. O TSE recomenda ainda que o eleitor leve sua própria caneta para assinar o caderno de votação. O processo de identificação por biometria não será usado nas eleições deste ano para evitar contaminação. 

Os eleitores terão que respeitar a distância de 1 metro entre eles e as demais pessoas que estiverem no local. Marcações feitas com adesivos no chão vão indicar o distanciamento correto.

O TSE elaborou um passo a passo sobre a movimentação que deve ser feita pelo eleitor dentro da seção de votação. O fluxo será orientado pelos mesários.

1 - O eleitor entrará na seção e deverá se posicionar na frente do mesário, seguindo o distanciamento de 1 metro, conforme marcação no chão;

2 - Sem contato com o mesário, o eleitor vai erguer o braço e mostrar seu documento oficial com foto;

3 - O mesário vai ler o nome do eleitor em voz alta e pedir que ele confirme se a identificação está correta;

4 - O eleitor deve guardar seu documento;

5 - O eleitor deve higienizar as mãos com o álcool em gel disponibilizado no local de votação;

6 - Em seguida, deve assinar o caderno de votação com sua própria caneta.

7 - Neste momento, o eleitor receberá seu comprovante de votação;

8 - O eleitor será autorizado pelo mesário para ir até a cabine de votação;

9 - O eleitor deverá digitar o número de seus candidatos na urna eletrônica e apertar a tecla confirma após cada voto para encerrar a votação.

10 - O eleitor deverá higienizar as mãos novamente com álcool em gel e se retirar da seção eleitoral.

Durante o período da votação, é proibido entrar na cabine eleitoral com celulares, máquinas fotográficas, filmadoras ou aparelho de radiocomunicação. Fazer propaganda eleitoral para partidos e candidatos, como uso de alto-falantes e carreatas, também não é permitido.

O eleitor pode levar os números de seus candidatos anotados em uma “colinha” e manifestar preferência por partido ou candidato de forma silenciosa, por meio do uso de camisetas, bandeiras, bonés ou adesivos.

*Via Agência Brasil
 

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) iniciou, na manhã desta sexta-feira (13), o transporte das urnas eletrônicas para os locais de votação em todo o Estado. Até este sábado (14), 20.541 urnas, sendo 1.770 para reserva, vão ser levadas para os 184 municípios pernambucanos.

Os equipamentos estão distribuídos em 18 polos eleitorais, onde são armazenados. Do polo 1, que fica no Recife, saíram 4.431 urnas para a capital e as cidades de Olinda, Camaragibe e São Lourenço. Entre caminhões e vans, 53 veículos deixaram o local por volta das 8h.

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Os eleitores de todo o país vão às urnas no próximo domingo (15) para eleger prefeitos e vereadores. A votação acontece das 7h às 17h.

Após novos testes, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou os projetos de duas empresas para a fabricação de até 180 mil novas urnas eletrônicas, a serem utilizadas já no pleito municipal deste ano.

Ambos os projetos e os protótipos das novas urnas haviam sido desqualificados anteriormente após apresentarem uma série de falhas e não atenderem às especificações técnicas da licitação aberta pela Justiça Eleitoral.

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Contudo, em sessão extraordinária convocada durante o recesso judiciário, em 8 de janeiro, o TSE deu uma nova chance a ambas as empresas – Positivo e Smartmatic do Brasil –, concedendo um prazo adicional de oito dias para que corrigissem os projetos e entregassem novos protótipos.

Os novos projetos foram entregues em 20 de janeiro e no dia seguinte passaram a ser testados publicamente em um dos auditórios do TSE. Ambos os protótipos foram aprovados pelos técnicos da Justiça Eleitoral. O parecer com a aprovação foi dado no último dia 27.

Disputa

As empresas, porém, recorreram nesta semana, acusando uma a outra de incapacidade técnica e de não atender às exigências do edital de licitação. Somente após o julgamento de tais recursos que a Justiça Eleitoral pode seguir para a próxima etapa, na qual serão revelados os preços de cada proposta.

Pelas regras do edital, vence o certame quem apresentar uma melhor combinação de preço e qualidade do equipamento. As novas urnas devem substituir cerca de 83 mil unidades que são usadas desde 2006 e 2008 e devem ser aposentadas após atingirem o prazo máximo previsto de utilização, de 10 anos.

O edital de licitação prevê a compra de ao menos 100 mil novas urnas, aproximadamente, número que pode chegar a 180 mil. A estimativa é de que sejam gastos até R$ 696 milhões na aquisição dos novos equipamentos.

As novas deverão ter um novo design, com mudanças de layout nos botões e na tela, e também inovações como tela sensível ao toque para os equipamentos a serem utilizados pelos mesários.

Mesmo com o prazo apertado para finalizar o processo de licitação e fabricar as novas urnas a tempo das eleições deste ano, o TSE considera não haver risco para as eleições deste ano, uma vez que possui em seu parque tecnológico um total de 470 mil urnas aptas a serem utilizadas no pleito.

 

No último dia do prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as empresas Positivo e Smartmatic entregaram nesta segunda-feira, 20, os novos projetos de urnas eletrônicas, corrigindo falhas identificadas na etapa anterior da licitação, quando não cumpriram as exigências fixadas no edital.

Numa sessão extra, convocada às pressas durante as férias dos ministros, o TSE decidiu no dia 8 dar uma nova chance para que as empresas corrigissem os problemas apontados. A compra mais recente de equipamentos foi feita em 2015. O atraso na definição de quem vai fabricar as novas urnas fez o TSE mudar todo o cronograma da licitação.

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A entrega de todas as urnas, prevista para ocorrer, inicialmente, em 14 de agosto, deve ser estendida para 31 de agosto, de acordo com o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino. As eleições municipais estão marcadas para 4 de outubro.

No ano passado, a Positivo não atendeu o período mínimo de autonomia de bateria da urna, de dez horas, e não cumpriu exigências impostas à impressão de relatórios, de acordo com parecer da comissão de assessoramento do TSE. O consórcio liderado pela Smartmatic, por sua vez, foi desclassificado por não obedecer a critérios técnicos da licitação.

Técnicos da Corte Eleitoral já admitem eventual fracasso da licitação de R$ 696,5 milhões e, por isso, começam a discutir alternativas para a realização das eleições municipais de outubro. Uma das hipóteses debatidas pelo tribunal, segundo Janino, é reduzir o número de seções eleitorais em todo o País. Na prática, isso aumentaria o número de eleitores que utilizam cada urna.

Na avaliação de Janino, o fato de a campanha de 2020 ser municipal facilita a implantação de um possível "plano B". Desta vez, eleitores escolherão apenas dois candidatos - um para vereador ou vereadora e outro para prefeito ou prefeita -, com tempo de votação inferior ao das eleições gerais, quando os brasileiros votam em é seis nomes.

Procurada pela reportagem, a assessoria da Smartmatic informou que não fará nenhuma manifestação enquanto a licitação estiver em andamento. A Positivo não respondeu.

Paralelamente à compra de novas urnas, o TSE decidiu lançar um outro edital, para a aquisição de baterias de chumbo-ácido para as urnas antigas já em uso pela Justiça Eleitoral, dos anos de 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015.

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu na tarde desta quarta-feira, 8, dar uma nova chance para que as duas empresas concorrentes de uma milionária licitação para a compra de novas urnas eletrônicas (a serem utilizadas nas eleições municipais de 2020) corrijam as falhas apresentadas até aqui. A decisão da Corte Eleitoral foi tomada em uma sessão extraordinária convocada em plenas férias dos ministros, às pressas, em que os magistrados mantiveram a desclassificação do consórcio liderado pela Smartmatic.

A outra concorrente da licitação, a Positiva, já havia sido desclassificada anteriormente pelo TSE. Dessa forma, o tribunal decidiu nesta tarde não abrir uma nova licitação, mas voltar à fase anterior da mesma disputa, permitindo que as mesmas empresas que haviam sido desclassificadas se adaptem novamente - dentro de um prazo de oito dias - às exigências do edital.

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Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira, 7, o TSE corre contra o tempo para garantir a compra de novas urnas para o pleito deste ano. As duas empresas que se inscreveram no certame (a Positivo e um consórcio formado pela Smartmatic e Diebold) foram desclassificadas por não atenderem aos requisitos técnicos exigidos. "Ambas as licitantes, em correção às falhas detectadas, poderão reapresentar os respectivos projetos", disse o ministro Tarcísio Vieira.

O atraso na definição de quem vai fabricar as novas urnas fez o TSE mudar todo o cronograma da licitação. A entrega de todas as urnas, prevista para ocorrer inicialmente em 14 de agosto, deve ser estendida para 31 de agosto, de acordo com o secretário de tecnologia da informação do TSE Giuseppe Janino. As eleições municipais estão marcadas para 4 de outubro.

A Positivo não atendeu o período mínimo de autonomia de bateria da urna, de dez horas, e não cumpriu exigências impostas à impressão de relatórios, de acordo com parecer da comissão de assessoramento do TSE. O consórcio liderado pela Smartmatic, por sua vez, foi desclassificado por não obedecer a critérios técnicos da licitação.

Convocação pegou de surpresa integrantes da Corte

A convocação da sessão extraordinária pegou de surpresa integrantes da Corte, muitos dos quais se encontravam longe de Brasília - em viagem pelo País ou até mesmo no exterior. Ministros substitutos foram chamados para garantir que o tribunal tivesse quórum suficiente para discutir o caso, que gira em torno de um contrato estimado de até R$ 696,5 milhões.

"O rigor do sistema licitatório que nos conduziu até essa fase, com testes em modelos apresentados, fez com que ambas as empresas falhassem por motivos distintos. Aqui, se trata apenas do típico de uma disputa de duas licitantes sobre um contrato milionário e estratégico, tendo para ambas a oferta de um prazo para reacomodar os seus modelos", frisou o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques.

"Estamos diante de uma típica competição em que competidores, disputando contrato milionário e estratégico, tentam, com as regras da disputa, chegar à vitória, não necessariamente pelo caminho da excelência, mas pelo caminho da não participação do seu adversário", acrescentou Jacques.

O vice-procurador-geral eleitoral afirmou que o Ministério Público Eleitoral acompanhava a discussão na condição de "observador externo", sem emitir pareceres ou opinião, por se tratar, neste momento, de uma questão administrativa do próprio TSE.

O Estadão/Broadcast apurou que o tribunal precisa de ao menos 60 mil novas urnas para promover com folga as eleições de outubro, mas possui planos de contingência para se adaptar aos mais variados cenários, caso nem todas fiquem prontas a tempo.

O impasse começou em julho do ano passado, quando o TSE publicou um aviso de licitação que previa a aquisição de até 180 mil urnas para as eleições municipais a um custo de, no máximo, R$ 696,5 milhões. O edital tinha o objetivo de substituir os equipamentos produzidos em 2006 e 2008 - atualmente são 470 mil. Até hoje, porém, o processo não terminou.

Procurada antes da sessão desta tarde, a Positivo não quis se manifestar. Ao TSE, a empresa havia alegado que possui "todo o know-how" para participar da licitação e reiterou que seu modelo atende "satisfatoriamente a todos os requisitos técnicos obrigatórios para fins de avaliação da proposta técnica".

Já a Smartmatic alegou, também antes da sessão desta tarde, que discorda das razões técnicas que levaram à sua desclassificação e, por isso, apresentou um recurso ao TSE. "Inicialmente, o consórcio foi classificado pela comissão de avaliação técnica do tribunal. Porém, após recurso da empresa concorrente, foi desclassificado sem a realização das devidas diligências", afirmou a empresa.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estima comprar 100 mil urnas eletrônicas para as próximas eleições municipais, número abaixo do teto de 180 mil equipamentos previstos na milionária licitação lançada no ano passado - e que até agora não foi concluída. Em uma sessão extraordinária, convocada às pressas, o plenário do tribunal analisará o caso na tarde desta quarta-feira (8) em plena férias dos ministros. Segundo o Estadão/Broadcast apurou, a sessão não será transmitida ao vivo pela TV Justiça, diferentemente do que costuma ocorrer ao longo do ano.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo informou na edição desta terça-feira (7) o TSE corre contra o tempo para garantir a compra de novas urnas para o pleito deste ano. As duas empresas que se inscreveram no certame (a Positivo e um consórcio formado pela Smartmatic e Diebold) foram desclassificadas por não atenderem aos requisitos técnicos exigidos. Um recurso da Smartmatic será julgado nesta quarta-feira.

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A convocação da sessão extraordinária pegou de surpresa integrantes da Corte, muitos dos quais se encontravam longe de Brasília - em viagem pelo País ou até mesmo no exterior. Ministros substitutos foram chamados para garantir que o tribunal tenha quórum suficiente para discutir o caso, que gira em torno de um contrato estimado de até R$ 696,5 milhões.

O Estado apurou que o tribunal precisa de ao menos 60 mil novas urnas para promover com folga as eleições de outubro, mas possui planos de contingência para se adaptar aos mais variados cenários, caso nem todas fiquem prontas a tempo. O TSE prevê agora desembolsar R$ 241 milhões com a aquisição de 100 mil urnas.

Um integrante da Corte disse reservadamente que as concorrentes do edital podem se readequar às exigências do TSE, ou até mesmo seja necessário um novo chamamento de empresas. Para esse magistrado, no entanto, o risco às eleições é "abaixo de zero" e o caso não se trata de "assunto invencível".

Até a publicação deste texto, o TSE não havia esclarecido os motivos de a sessão desta quarta-feira não ser transmitida ao vivo pela TV Justiça. As instalações da emissora no Supremo Tribunal Federal (STF) têm passado por reformas e vão dar espaço uma passagem "reservada" para os veículos dos ministros. Uma fonte ouvida pela reportagem afirmou que a sessão não será exibida ao vivo por conta de "problemas da TV Justiça mesmo".

No dia 30 de dezembro, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, negou um recurso da Smartmatic, que será apreciado agora pelo plenário do TSE. Na decisão, Rosa apontou os "riscos" e a "complexidade" que envolvem o certame, além de destacar o "cronograma já exíguo" para o desfecho da licitação.

A Smartmatic já havia sido reprovada em 2018, em um teste de impressão de voto realizado no TSE. À época, o voto impresso era uma das novidades previstas na minirreforma eleitoral, mas o STF acabou barrando a medida. Antes, de 2004 a 2017, a empresa fornecera tecnologia e serviços adotados em eleições na Venezuela.

Durante a campanha eleitoral de 2018, o presidente Jair Bolsonaro criticou a falta do voto impresso. "Essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez até no primeiro, é concreta", afirmou o então candidato do PSL. As suspeitas lançadas sobre a urna eletrônica foram rebatidas depois por ministros do STF e do TSE.

A menos de dez meses para as eleições municipais, um impasse em uma licitação milionária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ameaça os planos para a compra de novas urnas eletrônicas a tempo da campanha deste ano, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. As duas empresas que se inscreveram no certame foram desclassificadas por não atenderem aos requisitos técnicos exigidos. Um recurso será julgado nesta quarta-feira (8), em sessão extraordinária convocada às pressas, em plenas férias, pela ministra Rosa Weber, presidente do TSE. O tribunal só retoma regularmente suas atividades no mês que vem.

Os problemas que atrasam a licitação são de ordem burocrática e não têm nenhuma relação com o sistema de processamento e envio de dados eleitorais. O impasse começou em julho do ano passado, quando o TSE publicou um aviso de licitação que previa a aquisição de até 180 mil urnas para as eleições municipais a um custo de, no máximo, R$ 696,5 milhões. O edital tinha o objetivo de substituir os equipamentos produzidos em 2006 e 2008 e aumentar o total de urnas. Dessa forma, o TSE poderia ampliar em até 38,3% o número de dispositivos usados na eleição - atualmente são 470 mil. Até hoje, porém, o processo não terminou.

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Em setembro, duas empresas entregaram ao TSE a documentação para concorrer ao contrato: a Positivo e a Smartmatic. Fundada por venezuelanos nos Estados Unidos e com sede atualmente no Reino Unido, a Smartmatic formou um consórcio com a americana Diebold, tradicional fornecedora dos equipamentos para a Justiça Eleitoral brasileira. A companhia entrou na mira de fake news disseminadas na última campanha, quando a credibilidade da Justiça Eleitoral brasileira foi posta em xeque.

A Positivo, por sua vez, não atendeu o período mínimo de autonomia de bateria da urna, de dez horas, e não cumpriu exigências impostas à impressão de relatórios, de acordo com parecer da comissão de assessoramento do TSE. O consórcio liderado pela Smartmatic foi desclassificado por não obedecer a critérios técnicos da licitação.

A ministra Rosa Weber negou, no dia 30 de dezembro, um recurso da Smartmatic, que será apreciado agora pelo plenário do TSE. Na decisão, ela apontou os "riscos" e a "complexidade" que envolvem o certame, além de destacar o "cronograma já exíguo" para o desfecho da licitação.

Na prática, a Smartmatic já havia sido reprovada em 2018, em um teste de impressão de voto realizado no TSE. À época, o voto impresso era uma das novidades previstas na minirreforma eleitoral, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou barrando a medida. Antes, de 2004 a 2017, a empresa fornecera tecnologia e serviços adotados em eleições na Venezuela.

Contingência

O TSE precisa de ao menos 60 mil novas urnas para promover com folga as eleições de outubro, mas possui planos de contingência para se adaptar aos mais variados cenários, caso nem todas fiquem prontas a tempo. Embora esteja descartado o risco de não haver voto eletrônico para todos os eleitores, integrantes do TSE ouvidos pelo Estado consideram perigoso manter os modelos mais velhos. Um deles chegou a comparar a situação à de um motorista que decidisse pegar a estrada "sem pneu no estepe". A vida útil de uma urna eletrônica é de dez anos e cada uma delas custa, em média, US$ 700 aos cofres públicos (R$ 2.838, no câmbio atual).

Durante a campanha eleitoral de 2018, o presidente Jair Bolsonaro criticou a falta do voto impresso. "Essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez até no primeiro, é concreta", afirmou o então candidato do PSL. As suspeitas lançadas sobre a urna eletrônica foram rebatidas depois por ministros do STF e do TSE.

'Know-how'

Procurada, a Positivo não quis se manifestar. Ao TSE, a empresa alegou que possui "todo o know-how" para participar da licitação e reiterou que seu modelo atende "satisfatoriamente a todos os requisitos técnicos obrigatórios para fins de avaliação da proposta técnica". Já a Smartmatic alegou que discorda das razões técnicas que levaram à sua desclassificação e, por isso, apresentou um recurso ao TSE. "Inicialmente, o consórcio foi classificado pela comissão de avaliação técnica do tribunal. Porém, após recurso da empresa concorrente, foi desclassificado sem a realização das devidas diligências", afirmou a empresa.

A assessoria do TSE disse à reportagem que a Justiça Eleitoral "cumprirá com sua obrigação constitucional" e assegurou que as eleições serão realizadas nas datas previstas. "O TSE está concentrado apenas na licitação em andamento. Ainda não temos uma estimativa de conclusão, em razão dos recursos", informou o tribunal, que prevê agora desembolsar R$ 241 milhões com as novas urnas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Especialistas começam hoje (25) a testar a urna eletrônica que será usada nas eleições municipais do ano que vem, em mais um Teste Público de Segurança (TPS), organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Estão inscritos três técnicos individuais e cinco equipes, que terão até sexta-feira (29) para tentar burlar o hardware ou o software da urna eletrônica e, de alguma maneira, violar os arquivos e comprometer, por exemplo, o anonimato dos votos.

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Essa é a quinta vez que o TSE realiza o TPS, cujas inscrições ficaram abertas para qualquer especialista interessado em tentar burlar o sistema eletrônico de votação. As atividades ocorrem em Brasília, na sede da Justiça Eleitoral, onde foi montado um espaço para que os técnicos possam trabalhar.

Em 2017, técnicos encontraram três falhas no sistema da urna eletrônica, conseguindo ter acesso aos dados internos do equipamento. Na época, o TSE afirmou que não havia motivo para preocupação, pois as falhas seriam sanadas antes das eleições.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou, nesta segunda-feira, 29, no Diário Oficial da União e em jornais de grande circulação, o Aviso de Licitação n° 43/2019, destinado à aquisição de até 180 mil novas urnas eletrônicas, que devem ser utilizadas nas Eleições Municipais de 2020. O edital da licitação já está disponível no Portal da Corte para consulta. As informações foram divulgadas pelo TSE.

Segundo a Corte, a "abertura do certame, na modalidade de concorrência, está marcada para o dia 13 de setembro, às 9h, quando a documentação e as propostas deverão ser entregues no edifício-sede do TSE (4º andar, sala A-451), localizado no Setor de Administração Federal Sul (SAFS), Quadra 7, Lotes 1/2, Brasília (DF)".

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"A licitação para a produção e o fornecimento das urnas modelo 2020 (UE2020) obedecerá ao Sistema de Registro de Preços, previsto na Lei nº 8.666/1993 (Lei de Licitações e Contratos)", diz o TSE.

De acordo com a Corte, a "demanda por compra de novos equipamentos decorre da necessidade de aprimoramento tecnológico e da substituição de parte das urnas, as de modelo 2006 e 2008, bem como da necessidade de suprir o crescimento das seções eleitorais até 2020".

"As especificações técnicas de hardware, software, segurança e modelo de design e também o detalhamento sobre a garantia e a manutenção da urna eletrônica podem ser consultados no edital do certame", afirma.

Segundo o TSE, no início de julho, antes da publicação do edital, a Corte realizou uma audiência pública que contou com representantes da sociedade civil e de empresas especializadas. Todas as sugestões e contribuições viáveis apresentadas na ocasião para aperfeiçoar o projeto básico elaborado pela Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) foram acolhidas.

O número de urnas que precisaram ser trocadas em todo o país neste segundo turno subiu para 3.841, segundo boletim divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral às 16h40. Os equipamentos que apresentaram defeito foram substituídos.

A quantidade de urnas trocadas supera a do primeiro turno, quando 2,4 mil equipamentos foram substituídos. Segundo o tribunal, o número representa 0,74% do total das 454,4 mil urnas utilizadas no pleito do segundo turno deste ano.

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Em três localidades – Cordislândia (MG), Apuí (AM) e Saubara (BA) – a votação está sendo feita de forma manual. O TSE também registrou 132 prisões de pessoas que praticaram irregularidades neste domingo, como, por exemplo, propaganda eleitoral, que é proibida no dia da eleição.

Neste segundo turno, os eleitores vão às urnas para escolher o futuro presidente da República e os governadores e vices de 13 estados e do Distrito Federal. Nos demais 13 estados, as eleições para o governo estadual foram definidas no primeiro turno, e os eleitores vão votar somente para presidente.

Os estados que tiveram o maior número de urnas com defeito foram São Paulo (731), Rio de Janeiro (490), Minas Gerais (448), Paraná (404), Rio Grande do Sul (310), Ceará (206), Bahia (160), Goiás (147), Pernambuco (111) e Sergipe (100).

O maior número de prisões foi registrado no Ceará (39). No total, 299 ocorrências foram registradas na manhã de votação em todo o país.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Etchegoyen, disse nesta terça-feira (23) que o sistema de urnas eletrônicas representa um avanço no processo de escolha dos candidatos a cargos eletivos e descartou o risco de fraudes em votos digitais. Ele informou que tem acompanhado o trabalho de auditores e participado de reuniões no Tribunal Superior eleitoral (TSE). “Não há nenhum elemento de urnas fraudadas”, disse em palestra no Sindicato da Habitação (Secovi).

Sem citar nomes, o ministro também rebateu críticas feitas ontem (22) pelo candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, de que a presença dele, ao lado da presidente do TSE, Rosa Weber, em uma entrevista coletiva, evidenciou que as Forças Armadas estariam interferindo na instituição. O ministro justificou que estava na coletiva por ter sido convidado por Rosa Weber a participar do encontro.

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Etchegoyen alertou que o Brasil tem vivido crises sistêmicas e que “nenhum país vai caminhar sem ter instituições confiáveis, instituições fortes”.

Na avaliação do ministro, seja qual for o presidente eleito, ele terá de encontrar “um ponto de convergência” para levar adiante as reformas essenciais para o desenvolvimento da Nação. O ministro lembrou, contudo, que apesar de todas as adversidades, o Brasil tem-se mantido entre as dez maiores economias do mundo. “O ideal é que não ocorra um retrocesso nessa posição”, disse.

Para Etchegoyen, os eleitores amadureceram. “O que pode ser constatado no resultado das urnas do primeiro turno das eleições deste ano, em que eles mostraram que não são tão alienados quanto poderia parecer”, disse em referência a políticos veteranos que não conseguiram se eleger. Lembrou que por essa razão, os eleitos deverão ter mais responsabilidade para governar ou legislar.

 

A Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e 27 Tribunais Regionais Eleitorais divulgaram carta hoje (22) em que defendem a segurança das urnas eletrônicas e do sistema de votação. O documento foi divulgado após reunião nesta segunda-feira (22) entre a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, e representante dos tribunais regionais. 

Desde o primeiro turno, apoiadores ligados ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) disseminam conteúdos colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral. O próprio presidenciável defendeu publicamente o voto impresso, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. No dia da votação do primeiro turno, vídeos circularam apontando supostas fraudes nas urnas.

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Na carta, os representantes da Justiça Eleitoral afirmam a “total integridade e confiabilidade das urnas eletrônicas e do modelo brasileiro de votação e de apuração das eleições”. A urna eletrônica, continua o texto, tem oito barreiras físicas e mais de 30 barreiras digitais “que inviabilizam ataques de hackers e a invasão cibernética do voto”.

O documento acrescenta que não existe a possibilidade de um voto iniciado ser completado automaticamente pela urna. No 1º turno, circularam vídeos em que eleitores afirmavam ter tentado votar em um candidato mas a urna teria computado o voto a outro. Alguns foram desmentidos no mesmo dia e outros seguem em apuração pela Justiça Eleitoral.

Auditorias

A carta afirma que outra característica do sistema é a possibilidade de auditagem. Isso inclui a reimpressão do boletim de urna, comparação entre os totais constantes no boletim impresso e no registro eletrônico, análise dos relatórios e verificação de assinatura digital.

Segundo a nota, a Justiça Eleitoral realiza de maneira periódica testes e auditorias “que comprovam e asseguram a transparência e absoluta confiabilidade do voto eletrônico”. Além disso, segue o documento, as auditorias são realizadas em eventos públicos e são abertas a representações das candidaturas, com supervisão do Ministério Público Eleitoral (MPE) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Por fim, a carta “conclama” os cidadãos a respeitar o Estado Democrático de Direito e suas instituições, entre as quais a Justiça Eleitoral, “responsável por assegurar a legitimidade do processo eleitoral brasileiro”.

 

Desde o período pré-eleitoral, sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa, o mestre em saltos da brigada paraquedista do Exército, Jair Messias Bolsonaro, candidato da coligação PSL-PRTB, liderou todas as pesquisas de intenções de voto para a Presidência da República.

Com apoio até de defensores da monarquia, o capitão da reserva, nascido em Campinas (SP) há 63 anos, fez uma campanha popular, que reuniu grandes grupos de simpatizantes nas ruas, mas também foi alvo de muitas críticas e contraofensivas.

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Ocupando o espaço de principal rival do PT, Bolsonaro firmou-se como defensor de propostas que se enquadram no arco da extrema-direita e nunca se intimidou com os limites impostos pelo politicamente correto.

Sua trajetória parlamentar é marcada pela virulência de seus discursos - que ele considera como livre opinião, protegida pela imunidade parlamentar. Fez, por exemplo, declarações consideradas ofensivas e discriminatórias contra negros e quilombolas.

Em 11 de setembro, o STF julgou Bolsonaro por acusação de racismo – inocentando-o por um placar de 3 a 2 na Primeira Turma. Publicamente, se opôs às ações afirmativas, como a adoção de cotas étnicas para o ensino superior. Demonstrou também ser contrário às leis de proteção ao público LGBT.

Como deputado, combateu sem trégua, em 2011, quando Fernando Haddad (PT) era ministro da Educação, o que chamou de “kit gay” - um material didático contra homofobia que seria distribuído pelo governo para as escolas públicas. Bolsonaro sempre se insurgiu ainda contra a proteção que os direitos humanos conferem aos que estão sob custódia do Estado.

Já disse ser a favor da pena de morte e contra o Estatuto do Desarmamento. Condena a descriminalização das drogas e quer que o cidadão comum possa se armar, em legítima defesa, contra ação de bandidos. Esse foi o seu principal recado aos eleitores na área de segurança.

Mulheres

Com o sucesso de suas propostas e de sua pregação, Bolsonaro virou um fenômeno de massa, mas encontrou resistência, segundo demonstraram as pesquisas de opinião, no eleitorado feminino. Ele afirmou considerar questão de mercado a diferença salarial entre homens e mulheres – posição da qual mais tarde recuou.

O candidato já foi condenado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por apologia ao estupro. Em 2014, da tribuna da Câmara, ele disse à colega deputada Maria do Rosário (PT-RS) que ela não merecia ser estuprada. Ele recorreu e o caso aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Memória

Um fato rumoroso marca o início da vida pública de Bolsonaro. Em 1987, reportagem publicada pela revista Veja informou que havia um plano denominado "Beco Sem Saída" para explodir bombas em banheiros da Vila Militar, da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ), quartéis e locais estratégicos do Rio.

O objetivo seria protestar contra os baixos salários. O então capitão publicara um artigo em que reivindicava a melhoria dos soldos – o que lhe rendeu, posteriormente, punição disciplinar. Na ocasião, Bolsonaro foi identificado como fonte da reportagem, que exibia croquis feitos a mão supostamente pelo próprio militar.

Ele negou as acusações, recorreu ao Superior Tribunal Militar (STM) e foi absolvido. Em 1988, foi para reserva. Já conhecido e identificado inicialmente como porta-voz de reivindicações militares, iniciou então a carreira política no Rio de Janeiro. Com a pauta ampliada para segurança e temas “contra a ideologia esquerdista”, foi eleito sete vezes deputado federal, permanecendo quase três décadas no Congresso Nacional, período em que apresentou mais de 170 projetos, mas teve apenas dois aprovados.

Foi o mais votado no Rio para a Câmara em 2014, obtendo 464 mil votos. Corrida Presidencial Na corrida ao Palácio do Planalto, o candidato teve dificuldade para ampliar alianças e negociar um nome para vice-presidente - cargo entregue ao polêmico general Mourão (PRTB), que trouxe consigo o apoio de alas da elite das Forças Armadas.

Bolsonaro já negou várias vezes que tenha existido golpe militar e tortura política no Brasil. Desde o início, ele apresentou o banqueiro Paulo Guedes como o fiador de seu programa econômico. Com o aumento de sua popularidade e a entrada de Guedes na campanha, cresceu também o apoio de setores empresariais e financeiros ao PSL.

Fiel ao discurso anticorrupção, diz que vai combatê-la acabando com ministérios e estatais. Casado três vezes, tem cinco filhos, dos quais três estão na vida política – Carlos é vereador no Rio, Flávio é deputado estadual no Rio e Eduardo é deputado federal por São Paulo. O PSL é o seu nono partido. À Justiça Eleitoral, declarou patrimônio de R$ 2,3 milhões.

Atentado

Com apenas oito segundos de propaganda eleitoral, o candidato e seus filhos, que costumam criticar a imprensa, usaram as redes sociais intensamente e terminaram acusados pelos adversários de liderarem a produção de fake news nessas eleições. Pelas redes, detalharam até o estado de saúde de Bolsonaro quando esteve hospitalizado durante o primeiro turno, alvo de atentado a faca – algo que nunca aconteceu a presidenciáveis em campanha, após a redemocratização no Brasil.

Ferido em 6 de setembro quando participava de ato público em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro passou 22 dias internado, recuperando-se de uma hemorragia e de duas cirurgias no intestino. Ele foi atacado pelo desempregado Adélio Bispo – que hoje é réu por “atentado pessoal por inconformismo político”.

As máquinas eletrônicas de voto representam sérios riscos para a segurança dos EUA, alertou um grupo de hackers. Um relatório divulgado esta semana descreve as principais falhas no equipamento de votação, semanas antes das eleições de meio de mandato dos EUA.

Em agosto, a conferência Def Con em Las Vegas teve um evento onde os participantes foram encorajados a descobrir falhas na infraestrutura eleitoral dos EUA, invadindo vários sistemas de computadores.

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Eles descobriram que uma máquina de votação, usada em 23 estados dos EUA, carrega uma falha que foi revelada há mais de uma década. Os organizadores da conferência divulgaram um relatório de 50 páginas sobre suas descobertas.

"Os problemas descritos neste relatório não são simplesmente falhas de administração eleitoral que precisam ser corrigidas para a eficiência, mas riscos sérios para nossa infraestrutura e, portanto, para a segurança nacional", afirma o documento divulgado na internet.

Mais de 30 máquinas de votação e outros equipamentos foram disponibilizados para os participantes da conferência, incluindo o scanner eletrônico de votos M650, que atualmente é usado por 23 estados dos EUA.

O relatório diz que as vulnerabilidades significam que o M650 pode ser invadido remotamente. Uma falha de projeto reportada em 2007 também foi encontrada no modelo testado durante a conferência.

Os organizadores da conferência argumentam que, como a unidade é projetada para processar um grande volume de votos, a invasão de uma das máquinas pode permitir que um invasor determine o resultado de uma eleição presidencial.

Os criadores do sistema M650, a empresa Election Systems & Software (ES&S), disseram ao The Wall Street Journal que, como a máquina de votação usa cédulas de papel, os votos podem ser auditados.

Outras máquinas testadas incluem o AccuVote TSx, atualmente usado por 18 estados dos EUA. O sistema inclui um leitor de cartão inteligente para os usuários votarem, o que, segundo o relatório, pode ser facilmente desconectado para interromper o processo eleitoral.

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Uma nota técnica subscrita, até aqui, por 144 promotores e procuradores do Ministério Público e também juízes, alerta para a "impossibilidade de fiscalização efetiva das eleições realizadas por meio de urnas eletrônicas, sem voto impresso, por parte do cidadão, do Ministério Público e do Poder Judiciário". Os promotores e procuradores põem em xeque o uso da urna eletrônica sem uma impressora acoplada em um País com "altíssimos índices de corrupção".

"As urnas eletrônicas possuem intrincado e complexo funcionamento que requerem conhecimento técnico-eletrônico especializado. Em face da ausência desse conhecimento, os membros do Ministério Público e do Poder Judiciário não têm como exercer a sua função constitucional de fiscalizar a lisura de um sistema eleitoral eletrônico que não contemple a impressão do voto do eleitor", afirmam os promotores.

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Segundo a nota técnica, "o eleitor não tem como conferir sequer o próprio voto, isto é, o cidadão, por também não possuir conhecimento técnico-eletrônico, não tem possibilidade de exercer a sua cidadania na fiscalização do sistema eleitoral".

"Sem voto impresso, restam maculados os princípios da legalidade, publicidade, transparência, moralidade, eficiência do processo eleitoral, culminando com a quebra do Estado Democrático de Direito", destacam os promotores.

Hackers podem ter se infiltrado facilmente nas urnas eletrônicas utilizadas nas eleições de 2016 nos Estados Unidos, e, provavelmente, tentarão fazê-lo novamente, diante da vulnerabilidade dos sistemas eletrônicos de voto, revelou nesta terça-feira um grupo de pesquisadores.

Segundo um relatório sobre manipulação de urnas eletrônicas, que inclui conclusões detalhadas de um congresso de hackers realizado em julho, existem numerosas vulnerabilidades que representam uma ameaça à segurança nacional.

Os investigadores analisaram os resultados do concurso de hackers "população votante", organizado pelo congresso DefCon, em Las Vegas, que mostraram como as urnas eletrônicas podem ser comprometidas em questão de minutos.

"Estas máquinas são muito fáceis de hackear", declarou Jeff Moss, fundador da DefCon, que apresentou o relatório no centro de análises Atlantic Council em Washington. "É um problema que não vai desaparecer, apenas se acelerar".

Segundo o relatório, as vulnerabilidades das urnas eletrônicas mostradas no DefCon, que reúne especialistas em segurança, hackers, jornalistas e outros profissionais da área de informática, são apenas a ponta do iceberg.

Os investigadores destacaram que a maioria das urnas examinadas incluem ao menos um componente manufaturado, o que incrementa a possibilidade de introdução de vírus, inclusive antes de sua entrega.

"Esta descoberta significa que o acesso de um hacker (...) a uma urna eletrônica pode ocorrer inclusive antes de a máquina sair da linha de produção", destaca o relatório.

Para os investigadores, "com o poder de se infiltrar na infraestrutura eleitoral em qualquer ponto da cadeia de produção, a capacidade de sincronizar e infligir dano em larga escala é uma possibilidade real".

Segundo Harri Hursti, pesquisador do centro Nordic Innovation Labs e um dos autores do relatório, é impossível afirmar com certeza se os resultados das eleições de 2016 nos EUA foram manipulados ou não, porque muitos sistemas "não têm a capacidade" de ser auditados.

O relatório destaca que nos Estados Unidos cinco dos 50 estados funcionam completamente com urnas eletrônicas e sem voto impresso, e que outros nove estados operam quase da mesma forma.

"O única forma de saber se houve manipulação é a confissão do hacker. É possível fazer isto (adulteração das urnas) sem deixar as digitais".

Segundo Douglas Lute, ex-embaixador americano na Otan e ligado à apresentação do relatório no Atlantic Council, as conclusões evidenciam "um assunto sério de segurança nacional que ameaça o coração da nossa democracia".

Com processo eleitoral marcado para dezembro, o Sport divulgou nesta quinta-feira (11) o cronograma para o pleito que irá ocorrer no dia 16 do próximo mês. O edital de convocação será publicado nos jornais na próxima segunda-feira (14) como prevê o estatuto do clube. A partir de então, as chapas que desejarem concorrer ao biênio 2017/2018 já poderão fazer suas inscrições até o dia 24 de novembro.

O clube ainda irá divulgar também antes das eleições os nomes dos associados aptos a votarem no processo. Para ter o direito de voto é preciso ter mais de 18 anos, estar adimplentes e ser há, no mínimo, um ano sócio do Sport. No dia da votação é necessário levar à sede do clube além da carteira de sócio, um documento oficial com foto. Uma novidade para este processo eleitoral será o uso das urnas eletrônicas com a mesma tecnologia usada nas eleições da OAB/PE, onde a apuração ocorrerá inteiramente por computadores.

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Nenhuma chapa se manifestou oficialmente até o momento sobre o desejo de concorrer à presidência do clube, porém alguns nomes de histórico na Ilha do Retiro vêm sendo especulados com mais força como o de Luciano Bivar e o de Fred Domingos. O atual mandatário do Sport, João Humberto Martorelli ainda não definiu se vai tentar a reeleição.

Confira o cronograma elaborado pelo Sport:

14/11 - Publicação de edital, convocando para a eleição do Sport Club do Recife, marcada para o dia 16 de dezembro, das 8h às 18h, nos cargos de Presidente Executivo, Vice-Presidente Executivo, membros do Conselho Deliberativo, titulares e suplentes para o biênio 2017-1018. 

21/11 – Afixação, na sede do clube, da lista inicial de sócios maiores de 18 anos e com no mínimo um ano de associado aptos a votar. Essa listagem será atualizada, após verificação do pagamento das mensalidades de novembro, que pode ser regularizado até 10 de dezembro.

24/11 - Prazo para registro das chapas, seguindo o Estatuto que prevê até sete dias úteis após a publicação do edital.

25 e 28/11 – Prazo para análise da documentação das chapas pela Comissão Eleitoral.

03/12 - Afixação da relação das chapas autorizadas pela Comissão Eleitoral, com nome, número de inscrição e seus componentes, na sede do clube.

16/12 – DIA DA ELEIÇÃO. Os sócios rubro-negros aptos a votar terão das 8h às 18h para comparecer à Sede social e fazer sua escolha, de forma pessoal, direta e secreta nas urnas eletrônicas. A apuração será feita após encerrada a votação, pela Comissão Eleitoral, com divulgação dos resultados no mesmo dia. Após a definição do eleito, o presidente em mandato terá um prazo de 48h para definir o horário da proclamação do sucessor.

17/12 – Às 18h, caso não seja apresentado nenhum recurso em decorrência do resultado da eleição, será feita a proclamação formal da chapa eleita, com afixação dos nomes dos componentes na sede e nas demais dependências do clube.

18/12 – Caso alguma parte recorra da decisão caberá ao Conselho Deliberativo a decisão final observando-se o que estipula o Estatuto Social do clube. 

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