Tópicos | 2º dia

A reunião de análise de conjuntura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que havia começado às 10h09, terminou às 11h18 desta quarta-feira, 20. Nessa primeira fase da reunião do Copom, que começou na terça-feira, 19, o colegiado revisita temas importantes para a tomada de decisão da taxa Selic.

Nesta quarta à tarde ainda ocorre a segunda parte do encontro do Copom, na qual o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os oito diretores da instituição definem o nível da Selic, que será anunciado a partir de 18h30, já no período da noite.

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Após o início do afrouxamento monetário, em agosto, os juros básicos da economia brasileira estão em 13,25% ao ano, de 13,75% antes.

É unânime no mercado financeiro a aposta em nova redução de 0,50 ponto porcentual, para 12,75% ao ano, conforme amplamente sinalizado pelo Banco Central.

Em agosto, o Copom afirmou que seus membros, unanimemente, anteviam redução da mesma magnitude nas reuniões seguintes. Desde lá, em participações em eventos públicos, os diretores do BC têm repetido que a "barra" é alta para acelerar o passo.

No segundo dia de atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), deputados discutem se a palavra "porra" é um palavrão. Tudo começou com um protesto de um outro parlamentar após Delegado Éder Mauro (PL-PA) falar o xingamento.

"Querer pensar em colocar na cabeça do povo brasileiro que está nos assistindo que MST planta alguma coisa, que MST é produtor. Porra nenhuma. Não plantam nada", afirmou Éder Mauro. Então o deputado Paulão (PT-AL) pediu para que as palavras fossem tiradas dos anais. "Não é prudente para a imagem da Câmara", disse.

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A tréplica do delegado seguiu com um deboche. "Quero dizer ao colega que procure no dicionário a palavra porra e me diga se é alguma coisa depreciativa. Que eu saiba é uma interjeição que causa espanto e simplesmente isso" disse. "Se ele me provar o contrário, aí o senhor pode tirar dos anais de quem quiser, mas por enquanto não."

Segundo o dicionário Michaelis, a palavra "porra" tem, entre os possíveis significados, "pênis" e "esperma". Em outro contexto, diz o verbete no glossário, pode também exprimir espanto ou aborrecimento, como aconteceu no caso.

Nesta quarta-feira, 24, deputados apreciaram 15 requerimentos e aprovaram 11 - destes, sete são convites. Entre os chamados, o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Raul Jungmann, o secretário de Segurança Pública de do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, dois ex-integrantes do MST e a ex-secretária especial do ministério da Agricultura Luana Ruiz.

Em outro episódio de embate, a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) propôs um minuto de silêncio a dez trabalhadores rurais mortos por policiais em Pau d’arco (PA), proposta rejeitada por Éder Mauro. A situação gerou mais uma confusão generalizada, com gritos de protestos do deputado paraense, que chamou os trabalhadores assassinados de "bandidos".

O pedido de minuto de silêncio foi negado.

Um relatório feito por uma comissão externa da Câmara dos Deputados para acompanhar a investigações classificou o incidente em Pau d’arco como uma "chacina". A equipe foi coordenada pela deputada federal Elcione Barbalho (MDB-PA). Éder Mauro participou da comissão.

No dia anterior, a sessão foi marcada por ataques, discussões e insultos trocados entre apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP), chegou a beber um suco de uva tinto integral feito pelo MST, oferecido pela deputada Camila Jara (PT-MS). Marcon (PT-RS) usou o espaço para divulgar o arroz produzido pelo movimento para bolsonaristas.

O número de candidatos que realizou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo, 21, foi menor que no primeiro dia de provas. A abstenção foi de 32,4%, ante 26,7%, na última semana, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Ao todo, 3,4 milhões de candidatos se inscreveram para realizar esta edição, segundo menor patamar desde 2005.

O ministro da Educação, Victor Godoy, disse na manhã desta segunda-feira, 21, que "as taxas de abstenção do exame foram dentro da normalidade histórica", retornando aos porcentuais registrados antes da pandemia de covid-19. Questionado sobre a queda de inscritos, afirmou que há uma "possibilidade de números inflados de inscritos" em edições anteriores.

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"O próprio número de participantes do Enem, que tem investigação em curso, sobre a possibilidade de ter números inflados de inscritos no exame, que está em apuração pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e CGU (Controladoria-Geral da União). Pode ser uma das razões que explique essa redução", afirmou Godoy.

As apurações, segundo o ministro, são sigilosas. "O que posso dizer é que foram levantados alguns indícios de manipulação das inscrições, de inscrições infladas nas bases do Inep (instituto que é vinculado ao MEC e que organiza o Enem). Isso foi tudo encaminhado aos órgãos de controle (TCG e CGU) para apuração", complementou.

O número de inscrições na edição deste ano foi de 3.396.597, conforme divulgado pelo MEC em junho. Isso representa aumento de 11,7% em relação à edição do ano passado. Porém, é a segunda menor quantidade de inscritos para o exame desde 2005, quando 3.004.491 pessoas se inscreveram.

O Enem já ultrapassou os 8 milhões de inscritos em 2014 e 2016, mas vê os números caírem desde então. Entre 2018 e 2020, ele ficou na casa dos 5 milhões. Com a pandemia, as inscrições retrocederam fortemente e ficaram abaixo do que foi registrado em 2006 - quando 3,7 milhões inscrições foram confirmadas.

"Naturalmente, tivemos um período de pandemia no meio do caminho, que certamente trouxe desafios. Não só para o Enem, mas para toda a educação brasileiro. Isso certamente tem um efeito na redução de inscritos", apontou o ministro. Entre os 3,4 mil inscritos, 2,4 mil fizeram o exame neste domingo, o que corresponde a 32,4% de abstenção.

Em São Paulo, a taxa de faltantes no Enem impresso foi de 31,2% no segundo dia de prova. Os Estados com maior índice de abstenção foram o Amazonas, com 48,6%, Roraima, com 41,3%, e Goiás, com 36,7%. Para Godoy, os números estão dentro da normalidade histórica.

"Houve uma variação de mais ou menos 137 mil pessoas (de aumento de faltantes entre os dois dias de prova), o que é um número baixo, considerando geralmente aquele aluno que não vai bem na primeira prova e acaba se desestimulando para fazer a segunda prova", apontou o ministro da Educação.

Os estudantes que fazem o Enem têm de responder 90 questões de múltipla escolha em cada dia de aplicação. Neste domingo, foram aplicados os exames de Matemática e Ciências da Natureza. Na última semana, as provas foram de Ciências Humanas e Linguagens, além da Redação. Na ocasião, os candidatos tiveram que escrever sobre "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil".

A nora da ex-deputada e pastora evangélica Flordelis dos Santos de Souza, Luana Vedovi, testemunha de acusação no julgamento do assassinato do pastor Anderson do Carmo, afirmou em depoimento na manhã desta quarta-feira, 9, que a ex-parlamentar disse que teria quebrado o celular da vítima e jogado os destroços no mar.

Segundo Luana, a ré confidenciou a ela e a dois filhos -, o marido, Wagner de Andrade, conhecido como Misael, e Daniel dos Santos -, ter destruído e descartado o aparelho. O objetivo seria apagar vestígios do crime.

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Uma das principais provas do processo, uma mensagem com o plano de matar o pastor encontrada no iPad dele, foi citada pela testemunha no decorrer do depoimento. Segundo Luana, ela teria confrontado Marzy Teixeira da Silva, filha adotiva de Flordelis, acusada de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada, sobre a mensagem. A cunhada então teria contado que a própria Flordelis teria redigido o texto e pedido para que ela enviasse para Lucas César dos Santos - filho adotivo do casal e a primeira opção da ex-deputada para executar o marido.

Segundo Luana, na semana da morte do pastor, Flordelis a convocou com o marido para uma reunião na casa da família. Com receio de a polícia ter instalado escutas na casa, Flordelis escreveu um bilhete com a mensagem: "Ainda bem que quebramos o celular do Niel e jogamos no mar".

"Eu chamei a Marzy. E perguntei que história era essa no iPad do pastor. Queria entender. A Marzy chorou e começou a se abrir comigo. Ela (Marzy) explicou que a mãe, Flordelis, estava na cama escrevendo a mensagem e pediu para a Marzy enviar a mensagem para o Lucas. Por algum motivo não apagaram a mensagem. E a mensagem ficou no iPpad dele. Ele chegou em casa e viu", contou Luana no terceiro dia de julgamento, em Niterói.

O pastor teria confrontado Flordelis sobre o plano de assassinato encontrado no iPad. Segundo Luana, a ex-deputada teria pagado Marzy para assumir a autoria da mensagem.

"Quando o Niel (Anderson do Carmo) descobriu e foi questionar a Flor, a Marzy disse que ela deu um dinheiro, mandou assumir e sumir. Ela já tinha assumido o sumiço de um dinheiro do cofre da família antes", contou.

Flordelis achava que morte de Anderson resolveria problemas

A nora de Flordelis afirmou ainda no julgamento que Marzy estava convicta de que a morte de Anderson "resolveria todos os problemas da família".

"Ela falou: ‘matar o Niel vai resolver o problema de todo mundo’. Marzy estava com a mente feita de que matar o Niel iria resolver os problemas da casa dela", disse.

Logo após a morte do pastor Anderson, Luana e o marido, Wagner, teriam desconfiado da participação de Flordelis. Eles se lembraram da existência da mensagem com o plano de matá-lo e decidiram ir atrás do celular do pastor para fotografar a prova.

Ela contou que ela e o marido decidiram procurar a delegacia após fotografarem o texto com o plano do assassinato.

"Na segunda-feira, na hora do enterro, meu marido ficou com a mensagem do iPad na cabeça. Ele chegou para o (Márcio) Buba (amigo da família que ficou com o celular da vítima) e perguntou onde estava o celular do pastor. Depois do enterro, o Buba foi lá em casa. O Mizael achou a mensagem no bloco de notas do pastor. Enviou para o e-mail, bateu foto do celular. Nesse meio tempo, a Flor já estava ligando para pedir o celular do pastor", contou.

A pastora, cantora e ex-deputada federal Flordelis, que está sendo julgada pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, ocorrido em junho de 2019 em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, passou mal durante o terceiro depoimento do segundo dia da sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri no fórum de Niterói, segundo um de seus advogados de defesa, Rodrigo Faucz.

"Ela não estava se sentindo bem. Tivemos de retirá-la. Ela ficou um pouco fora, tomou remédios, continuava não se sentindo bem, mas fez questão de voltar para o julgamento, porque não queria aparentar que estava fugindo. Ela ficou debilitada, mas ficou até o final", disse Faucz.

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De acordo com ele, a ré teve queda de pressão, formigamento no braço e dores na coluna.

Flordelis ficou cerca de uma hora fora do plenário.

O advogado reafirmou estar confiante na absolvição de sua cliente. "Não existem provas contra ela", repetiu Faucz, ao final do segundo dia de julgamento.

Protestos contra o governo de Jair Bolsonaro marcaram o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). "Enem da desigualdade", "o mais elitista da década" e "mais cotas, menos Bolsonaro" eram algumas das palavras de ordem em cartazes do lado de fora do local de prova.

Os portões foram abertos às 12h e fechados pontualmente às 13h. Faltando dez minutos para às 13h, os retardatários começaram a correr para não perder o horário, com o apoio de professores e monitores de cursinhos pré-vestibular, que foram para a porta da universidade prestar solidariedade aos alunos. "Estamos torcendo por vocês", diziam.

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Uma jovem que chegou na garupa de uma moto poucos minutos após o fechamento dos portões ainda tentou negociar sua entrada com os seguranças sem sucesso. Saiu chorando e não quis falar com a imprensa. Mas recebeu o apoio dos professores: "Ano que vem tem de novo, vai dar tudo certo."

Uma tenda solidária também foi armada na porta da universidade, distribuindo canetas pretas, máscara e água para os jovens. A prova deste domingo tem 90 questões de ciências da natureza e matemática. No Rio, 218.200 alunos estavam inscritos para a prova.

O segundo dia de combate ao incêndio no Parque Estadual do Juquery, na Grande São Paulo, exigiu a combinação de grandes ações, como dois helicópteros da Polícia Militar, e também o combate manual por terra. Cerca de 200 profissionais, entre brigadistas do Parque do Juquery, agentes da Defesa Civil, bombeiros e voluntários, carregaram reservatórios de 20 kg com água nas costas por vários quilômetros para tentar apagar as chamas com o uso de esguichos. A ação é necessária porque os caminhões de água não conseguem chegar aos locais de difícil acesso do parque. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio ainda não está totalmente controlado.

A prefeitura de Franco da Rocha estima que o incêndio tenha consumido 60% do parque, que possui cerca de dois mil hectares. Na avaliação da Fundação Florestal, responsável pela gestão do local, o estrago é ainda maior e já chega aos 70%. Segundo a prefeitura, o fogo começou após a queda de um balão. Tempo seco e calor favorecem a propagação das chamas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram registrados 2.708 ocorrências de incêndio na vegetação no Estado de São Paulo em junho. O pico foi em maio com mais de 4.745 incêndios.

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O Estadão acompanhou a luta contra as chamas nesta segunda-feira, 23, quando o parque tinha ao menos dois grandes focos de incêndio. Uma das estratégias do Corpo de Bombeiros foi o uso de dois helicópteros que despejaram água nos maiores focos.

As características do parque, no entanto, exigiram grande esforço no combate manual às chamas. Relevo acidentado. Com reservatórios de 20 kg nas costas, os brigadistas tentavam apagar os focos menores com esguichos de água. "É uma ocorrência complexa, que exige muito trabalho manual. É um trabalho de formiguinha", explica Walkiria Zanquini, tenente do Corpo de Bombeiros.

Outra estratégia para esse combate individual às chamas foram as vassouras de bruxas, instrumentos feitos com borracha reciclada, em geral, restos de madeira de incêndio, para abafar o fogo. "É um local de difícil acesso. Temos pequenos focos que vão destruindo a vegetação. O caminhão não chega e a mangueira não entra", afirma Adriano Udvari, coordenador do Serviço de Atendimento de Urgência da prefeitura de Caieiras, que montou uma força-tarefa com brigadistas de secretarias municipais para ajudar no combate às chamas.

Dezenas de voluntários ajudaram na tarefa. Um deles foi o vigilante Ulisses Sabino da Silva. Morador do Parque Vitória, em Franco da Rocha, ele viu as chamas no parque na noite de domingo da sua casa. Por isso, decidiu ajudar. "Esse parque é importante para mim. Com caminhadas e exercícios nestas trilhas, consegui melhorar de uma depressão grave em 2017", diz o vigilante com um esguicho nas mãos. Vários voluntários se ofereceram para ajudar, mas nem todos possuem os equipamentos adequados e acabaram dispensados.

O cenário, no entanto, era desolador. O verde de uma das últimas áreas de preservação do cerrado em São Paulo virou cinza. Dos troncos de árvores queimados restavam apenas a copa das árvores. Ao acompanhar um grupo de brigadistas da Fundação Florestal, o Estadão se deparou com um eucalipto ainda em brasa, com o tronco incandescente. "Não adianta apagar. Ela está condenada", disse um brigadista.

Cheiro de mato queimado. Fumaça que arde os olhos. Boca seca. Outra árvore tombou na estrada, obrigando os brigadistas a um atalho. "Dá vontade de chorar diante dessa situação", disse o ciclista Fabricio Carneiro, frequentador do parque e que também estava tentando apagar o incêndio como voluntário.

Criado em 1993 para conservar mata nativa e áreas de mananciais do Sistema Cantareira, o parque também abriga remanescentes de Mata Atlântica entre os municípios de Caieiras e Franco da Rocha. De acordo com a prefeitura de Franco da Rocha, a causa inicial do fogo teria sido a queda de um balão na região próxima ao Parque do Juquery. Em 2017, cerca de 200 hectares - 10% do parque - foram consumidos pelas chamas também causadas pela queda de um balão.

A prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) impresso 2020 foi realizada neste domingo (24), composta pelas disciplinas de matemática e Ciências da Natureza (química, física e biologia). Em química, de acordo com professores da disciplina, a avaliação foi bem feita e apresentou um bom nível de dificuldade.

Na opinião do professor Francisco Coutinho, os alunos se depararam com assuntos já esperados em uma prova de nível acentuado. “Foi uma prova bem distribuída entre os assuntos já previstos de cair, que são comuns na prova, como combustão, química verde, estequiometria, radioatividade, separações de mistura e química orgânica”, disse ele. 

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No que diz respeito à dificuldade, o professor afirma que o aluno “precisa ter estudado pelo menos um pouco”. “Ao meu ver, uma prova com um nível acentuado, um nível bom. Não tão difícil, não achei a prova complexa, difícil. Uma prova que o aluno precisava ter estudado pelo menos um pouco, mas a grosso modo, uma boa prova que abordou muitos temas importantes”, disse Francisco.

O professor de química Berg Figueiredo afirmou que “como de costume, foi uma prova bem conteudista, cobrando do aluno conhecimentos específicos para poder responder às questões”, mas ainda a considera bem elaborada e atual. 

“Foi uma prova bem elaborada, trabalhando conteúdos bem atuais como óleos essenciais que está na moda e relacionou com identificação dos grupos funcionais. Teve também uma questão de cinética química, que nos últimos anos do Enem foi muito presente. Há três anos consecutivos, quatro com esse, vêm questões de cinética química”, disse o professor. 

Berg também apontou a presença de outros quesitos bem conectados com o presente. “Outras questões também bem atuais, como questões de carro elétrico, fazendo uma comparação de carros elétricos com carros a combustível, a etanol. Uma prova bem elaborada, o aluno que estudou, se dedicou, tenho certeza que fez uma boa prova”, disse ele. 

Já o professor Josinaldo Lins destacou a questão sobre química verde, pontuando que ela é um conjunto de princípios e não necessariamente sinônimo de química ambiental. “Tem que se enxergar que a química verde não é um sinônimo de química ambiental, mas sim um dos ramos da química ambiental que trabalha em cima da eficiência na produção. Por exemplo, um medicamento pode ser produzido, de acordo com os preceitos da química verde, em menos etapas, causando menor dano ao ambiente, além de um descarte menor de substâncias tóxicas”, disse ele.

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Pelo segundo dia consecutivo, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de protestos nas principais cidades do País nesta quarta-feira (18). Moradores de ao menos 21 capitais fizeram panelaços contra o presidente. Marcados inicialmente para as 20h30, os atos ocorreram ao longo do dia, nos horários em que Bolsonaro participava de duas entrevistas coletivas para falar sobre medidas para combater o coronavírus.

Desde o início da tarde, o presidente tentou neutralizar o efeito do protesto contra seu governo. Nas redes sociais e em uma das entrevistas, Bolsonaro divulgou a existência de um outro panelaço, que aconteceria às 21h e seria a favor do seu governo. Apesar dos esforços, houve registros de mobilização pró-governo em seis capitais até a conclusão desta edição.

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Ao participar de duas entrevistas ontem, Bolsonaro tentou demonstrar que está no comando do enfrentamento do novo coronavírus. Após passar dias afirmando que a pandemia estava "superdimensionada", adotou outra estratégia. De máscara, ao lado de oito ministros, ele afagou o Legislativo e o Judiciário, disse que agora vê um momento de "grande gravidade", mas não admitiu ter errado quando, no domingo, foi ao encontro de apoiadores que se aglomeraram diante do Palácio do Planalto. Sua participação nos atos rendeu críticas de políticos e médicos.

Apesar da estratégia, auxiliares do Planalto disseram que o saldo do dia foi negativo. Os panelaços foram vistos internamente como consequência de um "erro político" de Bolsonaro na condução da crise. A avaliação foi a de que o presidente demorou a reconhecer o problema, o que passou a impressão de que ele foi contra o sentimento da maioria da população.

Embora tenha moderado o discurso, o presidente afirmou ontem que não descartava pegar "um metrô lotado em São Paulo" ou uma "barca no Rio de Janeiro", na travessia até Niterói, para mostrar que está "ao lado do povo." O Ministério da Saúde recomenda, no entanto, que as pessoas evitem aglomerações para evitar o contágio. "Não é demagogia ou populismo, (mas, sim) demonstração de que estou ao lado do povo na alegria e na tristeza".

Luta

A mudança de tom de Bolsonaro também atende a interesses políticos. Enquanto ele continuava insistindo que a pandemia tinha como o pano de fundo uma "luta pelo poder" e somava reações negativas nas redes sociais, Alcolumbre e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, se organizaram para apresentar medidas. Bolsonaro foi, então, obrigado a mostrar iniciativa. Na entrevista, ele fez questão de citar os chefes dos Poderes como parceiros no enfrentamento à pandemia.

"Mais uma vez, eu agradeço aos Poderes da República pela compreensão e pelo apoio que têm nos dado para buscar não soluções, que no momento ainda não existem, mas para atenuar esse grave problema que se aproxima", afirmou.

Maia não compareceu, porém, a uma reunião convocada por Bolsonaro, mais tarde, para anunciar medidas de combate ao coronavírus. "O presidente nos convida para conversar, queremos organizar a pauta e com isso poder avançar no diálogo objetivo que construa soluções para os brasileiros. Não é apenas uma pauta para fotografia", disse Maia. O único presente ao encontro foi Toffoli, já que Alcolumbre está com coronavírus (mais informações na pág. A6). "Nesse momento delicado, de fragilidade humana (...) estamos todos em ação e trabalhando com firmeza para que o País possa cruzar esse momento", afirmou Toffoli.

Bolsonaro classificou o panelaço contra o governo como um movimento "espontâneo" e uma "expressão da democracia". Lembrou, no entanto, que também haveria manifestação a favor do governo. "Qualquer movimento por parte da população, eu encaro como expressão da democracia", afirmou o presidente, quando questionado sobre os protestos. "Nós, políticos, devemos entender como uma pura manifestação da democracia", completou ele, ao pedir isenção da imprensa na cobertura dos dois panelaços.

Sem responder se se arrependeu de ir ao encontro dos manifestantes mesmo sem o resultado do segundo teste, Bolsonaro disse que não descumpre orientações sanitárias, apesar de ter quebrando a quarentena recomendada por médicos. "A partir do momento que não estou infectado, ao ter contato com quem quer que seja não estou colocando em risco a vida ou a saúde daquela pessoa. Não descumpro qualquer orientação sanitária por parte do ministro da Saúde", disse.

Pelo segundo dia consecutivo, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços. Na noite desta quarta-feira, 18, foram registradas manifestações em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os protestos estavam marcados para às 20h30, mas começaram ao menos uma hora antes disso.

No Rio, o panelaço e os gritos de protesto começaram parte na tarde desta quarta-feira durante a entrevista coletiva, em Brasília, do presidente Bolsonaro e de alguns ministros sobre a pandemia da covid-19. Enquanto as declarações eram transmitidas pela televisão, houve manifestações pelo menos nos bairros da Lagoa, Leme, Laranjeiras, Cosme Velho e Flamengo. "Fora Bolsonaro" e "canalha" foram algumas das palavras gritadas pelos manifestantes, das janelas dos prédios.

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Os protestos na cidade foram retomados depois, quando Bolsonaro voltou a se pronunciar, à noite. Houve panelaços em Flamengo, Botafogo, Laranjeiras, Copacabana, Ipanema, e Glória, na zona sul, e no Grajaú, na zona norte da capital. Em Niterói, do outro lado da Baía de Guanabara, também foi possível ouvir o bater de panelas. Em todos, houve gritos de "Fora" dirigidos ao presidente.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 18, Bolsonaro afirmou que encara qualquer movimento por parte da população como uma expressão da democracia. "Qualquer manifestação popular nas ruas ou dentro de casa, como o panelaço, nós, políticos, devemos entender como a pura manifestação da democracia."

Em seguida, o presidente citou que seus apoiadores organizaram um panelaço a favor do governo para 30 minutos depois da oposição, mas que veículos da imprensa não falaram sobre o ato. "A TV Globo divulgou esse movimento do panelaço, bem como a Veja Online. Mas não vi esses órgãos da imprensa falando que corre nas mídias sociais um panelaço às 21h favorável ao governo Jair Bolsonaro", disse. No Twitter, ele ainda reforçou a mensagem.

A noite da última terça-feira, 17, também contou com panelaço contra o presidente em ao menos doze bairros da capital paulista: Bela Vista, Barra Funda, Campos Elíseos, Consolação, Higienópolis, Jardins, Perdizes, Pinheiros, Pompeia, Praça Roosevelt, Santa Cecília, Vila Madalena e Vila Romana. Também houve registros no Rio de Janeiro e em Brasília.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou que os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vão circular até a 1h30 na madrugada do domingo, 7, na estação Autódromo, da linha 9-Esmeralda. No autódromo de Interlagos, próximo à estação, ocorre o festival de música Lollapalooza, que teve as atividades suspensas por 2 horas neste sábado, 6, após fortes chuvas atingirem a capital paulista.

As linhas 2-Verde e 4-Amarela do Metrô também deverão circular por meia hora a mais do que o normal, segundo o governador informou em sua conta oficial no Twitter.

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Nos fins de semana, a operação das linhas do Metrô e da CPTM normalmente ocorre até a 1 hora de domingo. Nos demais dias da semana, as estações fecham à zero hora.

Apesar do Sindicato dos Rodoviários informar que 30% da frota dos ônibus está circulando na Região Metropolitana do Recife (RMR), o retrato no Centro da capital pernambucana, na manhã desta terça-feira (4), ainda é de um movimento bem pontual dos veículos e a população ainda enfrenta dificuldades para se locomover. No segundo dia de greve, iniciada às 00h dessa segunda-feira (3), o LeiaJá registrou que a circulação de pessoas nas paradas é maior do que o visto ontem, mas a espera permanece longa.

Quem normalmente utiliza pos serviços do BRT, por exemplo, para os corredores Norte/Sul e Leste/Oeste não está contando com o serviço. De acordo com o Grande Recife, ônibus convencionais fazem as linhas atendidas pelo veículo. Além disso, a linha Derby/Camaragibe foi desativada.  

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Além disso, ainda segundo o Grande Recife, os Terminais Integrados da RMR estão funcionando, com exceção do Pelópidas Silveira, em Paulista, que desde ontem segue fechado.

Veja os registros do repórter fotogáfico Paulo Uchôa no Centro do Recife: 

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No segundo dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a expectativa dos feras continua na manhã deste domingo (9). Pais e candidatos chegam tranquilos na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

A estudante Camila Cabral declara estar ansiosa para continuar as provas. “Estou mais nervosa por conta da redação, mas, apesar disso, me sinto preparada para responder as questões”, afirma.

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Já a estudante Bruna Cunha acredita que vai se sair melhor nas provas de hoje. "Minhas expectativas estão altas, principalmente para a redação e linguagens e códigos. Espero que o tema da redação seja obre água ou racismo”, declara.

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Para a administradora e mãe Sueli Cunha, o Exame é uma etapa importante para a vida dos estudantes e a relação entre pais e filhos é de companheirismo. “Nós sentimos uma mistura de sensações. Alegria, ansiedade e angústia por vê-los ralando para ter um futuro melhor. Isso é o reflexo de anos de dedicação. Agora, é só acreditar e seguir em frente”, revela.

As provas do segundo dia do Enem tiveram início às 12h e seguem até às 17h30. 

A poucas horas do início do segundo dias de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o trânsito em algumas das principais vias do Recife é tranquilo. Na Avenida Abdias de Carvalho, por exemplo, quase não há carros na estrada. A via é um dos principais caminhos até a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), local de prova do Enem. 

Na frente do bloco de Ciências Biológicas da UFPE a movimentação de carros e estudantes ainda é calma. Neste domingo (9), a prova do Enem tem início às 12h e segue até às 17h30. As matérias aplicadas são redação, matemática e linguagens.

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Com informações da repórter Aline Cunha

 

 

 

 

 

 

A Universidade de Pernambuco (UPE) divulgou neste segundo e último dia de provas do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) 1, que 7,4% dos estudantes inscritos não fizeram as provas. O número representa 2.053 candidatos faltosos, de um total 21.890 inscritos no processo seletivo.

Ainda, nesta segunda (16), apenas um vestibulando foi eliminado por porte de celular. Quem compareceu aos dois dias de prova resolveu 90 questões de matemática, física, português, língua estrangeira, filosofia, química, biologia, geografia, história e sociologia.

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Os candidatos que realizaram a primeira fase do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) concluíram nesta segunda-feira (16) o segundo e último dia de provas. Os feras do 1º ano do Ensino Médio fizeram 46 questões de química, biologia, geografia, história e sociologia. O processo seletivo é feito para estudantes ingressarem em um dos cursos da Universidade de Pernambuco (UPE) após três etapas do Sistema Seriado.

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Para Millena Larisa, de 15 anos, que fez as provas na Escola Politécnica de Pernambuco (Poli/UPE), a melhor foi a de biologia. "Quero fazer medicina e já me preparei bastante durante o ano. Para mim, as melhores questões foram as de biologia, que é uma matéria específica do curso que eu optei", afirmou a estudante.

A concorrente de Millena, Thaís Faierstein, 15, que também pretende ser médica, também achou a de biologia a melhor. "Consegui resolver os quesitos bem rápido. A mais difícil que eu achei foi a de química, mas mesmo assim acho que vai dar para tirar uma boa média nesse primeiro ano", disse Thaís.

O gabarito deste segundo dia de provas será divulgado pela UPE até às 14h de hoje (16). Ao todo, foram 21.889 inscritos e, somente nesse domingo (15), dia em que os candidatos resolveram 44 questões de matemática, física, português, língua estrangeira e filosofia, foram mais de 1,6 mil faltosos. A instituição ainda não divulgou o quantitativo de feras que não compareceram aos locais nesta segunda e, pela tarde, os vestibulandos farão o SSA 2, a partir das 14h15. A nota deste vestibular será informada no dia 24 fevereiro do próximo ano. 

Fotos: Augusto Cataldi

 

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BELO JARDIM (PE) - O segundo dia do Jardim Cultural levou mais de 30 mil pessoas para o Pátio de Eventos Nivaldo Jatobá, no Centro de Belo Jardim, na virada deste sábado (16) para o domingo (17). Quatro atrações levaram o público a dançar em ritmos diferentes, passeando pelas derivações do forró, além de samba, frevo e sertanejo, que teve o Show mais aguardado da noite com a dupla mineira César Menotti & Fabiano.

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O Samba Clube Retrô foi a primeira banda a subir ao palco. O grupo de Belo Jardim trouxe releituras de músicas consagradas nas vozes de Elis Regina, Bezerra da Silva e Zeca Baleiro. Na sequência foi a vez do também pernambucano Maciel Melo encantar a platéia. Ele trouxe um repertório que contemplou sucessos nos ritmos de xote, baião, forró, arrasta-pé e toada-forró. Músicas como Nos Tempos de Menino, A poeira e a estradaCabloco Sonhador (interpretada duas vezes), além de homenagens a Dominguinhos e Jackson do Pandeiro.

“Apesar de já ter um nome no cenário musical e de ter passado por várias cidades, essa é a minha primeira vez em Belo Jardim. Foi muito bom ver o público acompanhando, cantando as minhas músicas. Eu dei o meu melhor para esse show. Foi tão bom que eu não errei nada”, avaliou aos risos.

A terceira atração da noite foi o Grupo do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), comandado pelo maestro Mozart Vieira, que conversou com a reportagem do Portal LeiaJá e comentou a expectativa para a apresentação. “Para mim, que sou filho de Belo Jardim, é uma grande emoção. Mesmo depois de já ter passado por vários países, essa a primeira vez que nos apresentamos em um evento desta magnitude para cidade. Vai ser um momento especial”, disse. No palco, 10 músicos e dois vocalistas realizaram releituras de sucessos de Lenine, Luiz Gonzaga, Chico Sciense e o Rappa, além do bom e velho frevo.

Para encerrar as festividades já na madrugada deste domingo, a dupla sertaneja César Menotti & Fabiano subiu ao palco do pátio de eventos. Com mais de 10 anos de carreira, eles também estrearam na cidade de Belo Jardim. Ainda no camarim, eles não escondiam a ansiedade para encontrar com o público pernambucano. “A gente conhece um pouco da região, já sabemos que Belo Jardim é uma cidade musical e a expectativa é muito boa para tocar para esse público que entende de música”, comentou Fabiano. “Estamos muito felizes de estar aqui”, complementou César.

Já no palco, ao som de gritos, a dupla começou a lista de sucessos e não demorou para arrancar sorrisos e lágrimas dos fãs, principalmente do público feminino. Uma delas foi Valmíriam Machado, que veio de Caruaru, também no agreste, só para ver os dois. “Eles são meus ídolos e eu acompanho todas as músicas. Estou muito feliz. Show incrível”, comemorou.

O carinho dos fãs parece que chegou rápido ao coração da dupla. Já no final da primeira música, Fabiano deu uma pausa para mandar a seguinte mensagem: “Satisfação imensa por estar aqui hoje à noite. Muito obrigado pela presença de todos e que Deus nos abençoe porque a noite vai ser nossa”.

A partir daí, o que se viu foi um coral guiado por duas vozes principais. No repertório, a dupla mandou sucessos como próprios, como Leilão, Ciumenta e Caso Marcado, mas ainda fizeram covers das músicas Esperando na Janela - eternizada pela banda Cogumelo Plutão, e Você vai ver, de Zezé de Camargo e Luciano. No set list, ainda havia espaço para novas canções, como Não era eu, que já é sucesso nas rádios pelo país.

Ao final do show, o público avaliou a apresentação. “Foi muito lindo. Só não consegui tirar uma foto com ele. Mas já valeu a pena. Agora é esperar o próximo show”, comemorou a estudante Karla Santos.

Para esta quarta-feira, nos palcos principais estão previstas outras cinco atrações. O destaque fica por conta da banda Chiclete com Banana, que sobe ao palco a partir das 20h (horário local). As apresentações no Polo Ulisses Lima começam às 18h30.

A ex-mulher de Macarrão, Andrea Rodrigues, roubou as atenções na tarde desta terça-feira. Ela apareceu de surpresa e disse aos jornalistas que o ex-companheiro era apenas o "executor" das ordens do goleiro Bruno Fernandes. "Ele me contou que a ordem para matar Eliza partiu de Bruno." Andrea destacou que Macarrão não fazia nada sem o consentimento do amigo e patrão.

Bruno é acusado de ser o mandante do sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza Samudio, enquanto Dayanne Rodrigues é processada pelo sequestro e cárcere privado do bebê dela com o atleta.

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A mulher foi levada ao Fórum de Contagem (MG) pelo assistente de acusação José Arteiro, na tentativa de incluí-la como uma das testemunhas do julgamento. Ele não obteve sucesso na estratégia, uma vez que não havia mais prazo. Mesmo assim, as afirmações de Andrea causaram alvoroço no Fórum. Ela disse ainda que o ex não gostava de Eliza, mas negou que a modelo tivesse ficado aprisionada em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Depois de dois dias, o momento mais esperado do julgamento do goleiro Bruno Fernandes vai ocorrer na quarta-feira (6). O próprio goleiro será interrogado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pelos advogados de defesa de todos os acusados de envolvimento no sequestro, cárcere privado e assassinato da ex-amante do jogador, Eliza Samudio, de 24 anos, e do bebê que a vítima teve com o atleta.

Teve início no início da noite desta terça-feira o depoimento da ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, que ainda estava em andamento nesta terça. O goleiro foi retirado do plenário por ordem da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues para a oitiva de Dayanne.

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Bruno é acusado de ser o mandante do sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza, enquanto Dayanne é processada pelo sequestro e cárcere privado do bebê. Desde o início do julgamento, na segunda-feira (4), circulam rumores no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, de que o goleiro poderá confessar sua participação no crime. Mas a reportagem apurou que a defesa, apesar de assumir a morte da jovem, deve negar qualquer envolvimento do jogador com o crime. A estratégia seria atribuir o sequestro e o assassinato ao ex-braço direito do atleta, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão.

Em novembro passado, Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão, sendo 12 em regime fechado, depois de assumir que participou da morte de Eliza, mas alegou que o goleiro foi o mandante do crime. "Dissemos para ele (Bruno) contar o que sabe. Dissemos que a máscara já caiu. Ele não é mais goleiro do Flamengo. É um cidadão comum, um preso, um réu", declarou o advogado Tiago Lenoir, um dos defensores do jogador. Mas ele ressaltou que isso não significa que o acusado vá assumir que cometeu o crime. "Se ele confessar, a confissão vai surpreender até os advogados", avaliou.

Questionado sobre a possibilidade de o goleiro atribuir o crime a Macarrão, o advogado preferiu manter silêncio e disse apenas que, entre a palavra do goleiro e do ex-amigo, a do jogador teria "muito mais peso". "A confissão do Macarrão é completamente distinta das provas no processo", avaliou.

Depoimentos

Nesta terça, foi realizado o depoimento da segunda das duas testemunhas que o promotor Henry Wagner Vasconcelos, responsável pela acusação, quis ouvir em plenário. João Batista Alves Guimarães apenas confirmou que acompanhou a oitiva de Cleiton da Silva Gonçalves, outra testemunha do caso, à polícia. O promotor dispensou as demais testemunhas que havia arrolado.

Além de Guimarães, também foi realizado o depoimento de Célia Aparecida Rosa Sales, prima de Bruno. Vasconcelos ainda ressaltou que ela tem "relação de irmã" com o goleiro e a mulher foi ouvida na condição de informante, o que significa que ela não tem compromisso com a verdade como as testemunhas. Ela confirmou que teve que cuidar do filho de Eliza com Bruno, função que também coube a Dayanne após a mãe bebê ser levada do sítio do goleiro em Esmeraldas, também na região metropolitana da capital mineira, e não retornar mais.

De acordo com Célia, Eliza foi levada por Macarrão e por Jorge Luiz Lisboa Rosa, primo do jogador que tinha 17 anos à época. A informante disse que Eliza acreditou estar sendo levada para um apartamento que Bruno teria oferecido para ela morar com o filho do casal e que chegou a convidar pessoas que estavam no sítio para visitá-la. Porém, o promotor Henry Vasconcelos apontou uma série de contradições entre as declarações de Célia à polícia, na época das investigações, e as prestadas à Justiça.

Lágrimas

Durante o depoimento de sua prima, Bruno se manteve de cabeça baixa. Aparentando cansaço, ele passou o tempo todo apoiando os braços nas pernas e escondendo o rosto. Dayanne se mostrava bastante atenta, sempre de cabeça erguida. Quando seu interrogatório terminou, após mais de três horas, Célia não conseguiu conter as lágrimas e chorou copiosamente, mostrando-se bastante abalada com a pressão feita pelos advogados de acusação. Ela deixou o fórum rapidamente e evitou os jornalistas.

Durante a exibição de vídeos com reportagens sobre o desaparecimento de Eliza, feita a pedido da promotoria, o goleiro voltou a chorar e foi amparado por seu advogado, Lúcio Adolfo. O primeiro vídeo mostrou a amante de Bruno denunciando a uma TV ter apanhado do goleiro e ter sido obrigada por ele a tomar abortivos quando estava grávida de Bruninho.

Naquele momento, a mãe da modelo se emocionou e passou mal, deixando a sala do júri. Também foram exibidas entrevistas do tio de Jorge Luiz - que relatou como Eliza teria sido assassinada, no início das investigações, além da reconstituição dos últimos passos dela no sítio do goleiro, em Esmeraldas, e de depoimentos de Macarrão na prisão e em seu julgamento. A promotoria mostrou ainda entrevistas do goleiro nas quais ele mentia ao dizer que não sabia do paradeiro de Eliza. Enquanto Bruno parecia estar bastante emocionado, Dayanne permaneceu impassível.

A atual mulher do goleiro, a dentista Ingrid Guimarães, passou o dia na sala do júri assistindo aos depoimentos. Ela contou que se encontrou rapidamente com o ex-goleiro do Flamengo em uma sala reservada, durante o intervalo para almoço. "Não tive autorização para conversar com ele, apenas para abraça-lo".

 

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