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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, viajará de domingo, 22, ao dia 28 deste mês para promover evento de apresentação do setor de comunicações brasileiro e das condições do leilão de concessão da faixa de 700 MHz para transmissão de dados de quarta geração, o 4G.

Durante a próxima semana, Paulo Bernardo viajará para Nova York e Londres, onde participará de reuniões com investidores. A autorização para a sua viagem, concedida pela presidente Dilma Rousseff, foi publicada nesta sexta-feira, 20, no "Diário Oficial da União".

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Em maio, o ministro afirmou que a realização do leilão dificilmente passará de agosto, sendo que a previsão é de que ocorra em meados do mês. A previsão de arrecadação do novo leilão 4G, feita pelo Ministério da Fazenda, é de R$ 7,5 bilhões, mas o valor pode ser maior, caso haja concorrência, afirmou na época Paulo Bernardo.

A Motorola começou a vender o Moto G com acesso à rede 4G e suporte para cartão MicroSD de até 32 GB no Brasil. Inicialmente, esta versão do smartphone está disponível apenas nas lojas da operadora Claro. A partir da próxima semana, o gadget será comercializado nas loja oficiais da fabricante.

Segundo a página do produto no site da Claro, o Moto G com suporte ao 4G é comercializado em planos pré e pós-pago. No plano pré, o usuário deve desembolsar R$ 749 para ter o aparelho em mãos. No plano pós, é necessário pagar R$ 49 pelo smartphone se assinar um plano que custa R$ 329 mensalmente. A venda deste modelo aprimorado não exclui do catálogo da Motorola a versão original do Moto G.

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O Moto G equipado com internet móvel de quarta geração possui as mesmas configurações do Moto G tradicional. Ou seja, processador quad-core Qualcomm Snapdragon 400 de 1,2 GHz, 1 GB de memória RAM, tela HD de 4,5 polegadas com Gorilla Glass, processador gráfico Adreno 305, 8 GB de memória interna e câmera traseira de 5 megapixels (frontal de 1,2 megapixels).

Quase oito meses após ter entrado de forma mais agressiva na comercialização de planos de dados para smartphones e transformar seu negócio antes restrito ao serviço de rádio, a Nextel passa a oferecer o 4G. A partir desta semana, a companhia começa o serviço celular de quarta geração no Rio de Janeiro, depois prevê levá-lo a São Paulo, afirma o vice-presidente de Marketing, Comercial e Inovação da Nextel, George Dolce, em entrevista ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado. Ao mesmo tempo, a companhia vem expandindo os serviços de voz e dados e espera chegar à marca de 1 milhão de usuários de 3G ainda este mês.

No Rio, o 4G da Nextel vai operar numa faixa da frequência de 1800 MHz. A companhia investiu em equipamentos e utilizou torres já existentes. Dolce não revela, porém, o montante aportado até o momento. A expectativa da companhia é de que um leilão para a mesma frequência em São Paulo ocorra ainda este ano.

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A entrada no mercado de 4G simboliza um novo passo na trajetória da Nextel. Depois de alguns testes, em outubro começou a estratégia comercial mais forte de venda de serviços de 3G para smartphones no Brasil. Entre março de 2013 e março de 2014, 244 mil novos usuários entraram para a base total da Nextel no Brasil, que totalizou 4,1 milhões de clientes, segundo balanço da holding NII, que controla a companhia. Os clientes WCDMA, padrão de 3G, já eram em março 645 mil. "A empresa de hoje não tem nada a ver com o que ela era há um ano", comenta o executivo.

A estratégia comercial também mudou. O negócio de rádio era mais voltado para clientes corporativos, mas hoje eles são apenas 50% da base. Para alcançar o público pessoa física, a Nextel teve que aumentar em cerca de 70% seu número de lojas em doze meses, chegando a aproximadamente 730 pontos de venda.

Paralelamente aos investimentos no 4G, a companhia vem expandindo sua rede própria. Hoje, a cobertura própria está nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes. Para outras regiões, a companhia tem um acordo com a Vivo que permite o uso da rede da companhia para atender clientes de 3G. A parceria por enquanto não vale para o 4G. "Esse é um acordo firmado no 3G, passível de ser expandido para o 4G", diz. Pelo acordo, a Nextel pagará à Telefônica Brasil o montante de R$ 1,038 bilhão por serviços ao longo de cinco anos.

A Nextel acredita que os investimentos no Brasil em 2014 podem chegar ao patamar de R$ 1 bilhão. O montante é a maior parte dos aportes anunciados pela NII Holdings para o ano. Em fevereiro, a companhia divulgou uma meta (guidance) de capex de US$ 600 milhões a US$ 700 milhões em todos os países onde opera, incluindo Chile, México e Argentina.

Dolce não descarta ainda a possibilidade de a Nextel participar do leilão da frequência de 700 Mhz no Brasil. Em maio, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que a realização do leilão dificilmente passará de agosto. "Assim como para as outras operadoras, é algo que nos interessa", afirma Dolce. "A Nextel tem interesse em expandir sua operação no Brasil e a frequência de 700 MHz é relevante", comentou. O executivo afirma, porém, que a companhia ainda vai avaliar a possibilidade de utilizar uma faixa que já possui, na frequência de 850 MHz, para oferecer o 4G. "Hoje já existem soluções tecnológicas para isso e poderíamos usar essa frequência para lançar o 4G", comentou, "por que não falar até em 5G?", acrescentou.

Apesar de reportar crescimento na base de usuários no Brasil, o resultado da NII Holdings no primeiro trimestre foi um prejuízo de US$ 376,1 milhões, aumento de 81% em relação às perdas no mesmo período do ano anterior. A companhia anunciou que está passando por uma reestruturação e planeja explorar opções estratégicas, que incluem a venda potencial de partes dos negócios, parcerias ou alianças, em meio a problemas de liquidez. De acordo com Dolce, porém, este processo não deve impactar o crescimento no Brasil. "Estamos blindados de qualquer turbulência, pois entregamos resultado e crescemos", diz. "A matriz entende que o Brasil oferece grandes oportunidades", afirma.

A TIM informou que a partir deste mês estará disponível o roaming internacional para 10 países no 4G. Turistas da Itália, França, Espanha, Bélgica, Holanda, Rússia, Chile, Japão, Hong Kong e Taiwan que estiverem em visita ao Brasil poderão navegar na rede 4G da Tim.

A companhia lembrou que será preciso que os aparelhos dos visitantes sejam compatíveis com a frequência utilizada no Brasil para o acesso ao 4G (2,5 Ghz). Para utilizar o 4G aqui, os usuários devem entrar em contato com suas respectivas operadoras para consultar as condições de uso do serviço no País.

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A Oi ampliará sua rede 4G a partir deste sábado, informou a empresa de telefonia em comunicado. O serviço, que já era oferecido em 24 cidades do País, atenderá a outros 21 municípios brasileiros.

São eles: Rio Branco (AC); Feira de Santana (BA); São Luís (MA); Contagem (MG); Campo Grande (MS); João Pessoa (PB); Jaboatão dos Guararapes (PE); Teresina (PI); Londrina (PR); Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São Gonçalo (RJ); Porto Velho (RO); Aracaju (SE); Guarulhos, Osasco, Ribeirão Preto, Santo André, São José dos Campos e Sorocaba (SP) e Palmas (TO).

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A Telefônica Vivo informa que passa a oferecer, a partir deste sábado, 31, seu serviço 4G em mais oito municípios de seis Estados (São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rondônia e Acre). Segundo o comunicado divulgado nesta sexta-feira, 30, a cobertura da empresa atinge agora 94 municípios, onde vivem 65,3 milhões de pessoas.

A empresa vai lançar o serviço 4G em Bragança Paulista e Piracicaba (SP), Gramado e Canela (RS), Vespasiano (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e São Lourenço da Mata (PE). Entre os 86 municípios que a Telefônica Vivo já atendia, encontram-se as 12 cidades-sede da Copa do Mundo, que tiveram o serviço ativado no ano passado.

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A operadora Oi, anunciou, nesta quinta-feira (29), a expansão de toda sua rede de telefonia móvel 3G na Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com a companhia, foram adquiridos equipamentos mais tecnológicos, econômicos e leves para aumentar a qualidade nas chamadas e a velocidade de navegação. Na ocasião, a empresa também adiantou que começará a comercializar a rede 4G na cidade de Jaboatão dos Guararapes até o fim deste mês - mesmo amargando a liderança de reclamações no Procon do município em 2013 e em janeiro deste ano.

Para o presidente da Oi, Zeinal Bava, os moradores de Jaboatão dos Guararapes vão notar uma melhoria nos serviços a partir de agora, sendo que até julho o novo sistema estará completamente otimizado. “A equação só vai fechar quando nós tivermos capacitado as pessoas que trabalham nas operações de campo. Este trabalho é crítico para a gente poder dar muito mais qualidade no futuro. Para isso, fizemos este trabalho intenso em todo o Brasil. Em julho deste ano vamos virar esta página e o projeto estará completamente implantado, inclusive em Jaboatão”, finaliza Bava.

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Com a iniciativa, a capacidade de transmissão de dados de rede na região aumentará 247% e de voz 35%. Até o momento, 75% dos trabalhos de modernização foram realizados, sendo que a conclusão do projeto está prevista para outubro deste ano. No total, o investimento da Oi para melhorar os serviços de 3G e implantar o 4G em Jaboatão dos Guararapes foi de R$ 36 milhões.

O Moto G, smartphone de desempenho médio da Motorola, ganhou, nesta terça-feira (13), uma versão melhorada, com acesso à rede 4G e suporte para cartão MicroSD de até 32 GB. O novo modelo possui as mesmas características físicas e de software do seu antecessor e será vendido no Brasil pelo preço sugerido de R$ 799.

A venda deste modelo aprimorado não exclui do catálogo da Motorola a versão original do Moto G. A novidade deverá chegar a mais 40 países, além do Brasil.

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Especificações técnicas:

Tela: HD de 4,5"

Processador: quad-core Qualcomm Snapdragon 400 de 1,2 GHz

GPU: Adreno 305

Bateria de 2070 mAh

Memória RAM: 1 GB

Câmera de 5 MP (frontal de 1,2 MP)

O BNDES bancará a compra dos conversores digitais de TV que as empresas de telecomunicações terão de fornecer aos beneficiários de programas sociais se quiserem levar um dos lotes do próximo leilão de 4G. A informação foi confirmada nesta terça-feira (15) pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que garantiu que a indústria nacional de eletrônicos terá plenas condições de oferecer os cerca de 27 milhões de aparelhos necessários para atender a todos os domicílios onde moram as 72,7 milhões de pessoas que estão inscritas no Cadastro Único da União.

"Não podemos encerrar a transmissão analógica de televisão sem que os conversores cheguem às casas das pessoas. Temos que ter providências para garantir a transição porque a televisão ainda é o entretenimento mais presente nos lares brasileiros", afirmou Bernardo.

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De acordo com uma fonte graduada da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a estimativa de gasto adicional que as teles que vencerem o leilão de 4G teriam apenas com os conversores digitais ultrapassa R$ 1,3 bilhão. Esse cálculo considera 27 milhões de unidades por um preço médio de R$ 50. E seria justamente esse o valor que seria financiado pelo BNDES.

"O BNDES com certeza irá participar, não só no financiamento para as empresas de telecomunicações adquirirem os aparelhos, mas também emprestando para os fabricantes nacionais. Trata-se de uma atividade econômica necessária e oportuna para o País. Se já não houver uma linha de crédito específica para isso, o banco deve criá-la", enfatizou Bernardo.

Falta - Para o ministro, não faltarão aparelhos no mercado. "A indústria de aparelhos eletrônicos e de informática é uma das que mais crescem no Brasil. Dados recentes mostram uma expansão superior a 30% na produção do setor."

O apoio do BNDES alivia ainda mais o peso financeiro para que as companhias de telecomunicações adquiram a faixa de 700 mega-hertz (MHz) para reforçarem seus serviços de 4G. Embora a frequência seja avaliada em R$ 12 bilhões, o Ministério da Fazenda espera uma arrecadação de apenas R$ 7,5 bilhões com o certame, cujo edital está em fase de consulta pública, ainda sem valores.

A distribuição dos conversores digitais - e a instalação de filtros anti-interferência do 4G no sinal de TV digital - é praticamente a única obrigação que as teles terão na faixa de 700 MHz. Com o BNDES por trás dessa operação, avaliou o ministro, o leilão se torna ainda mais atrativo para que novas empresas de telecomunicações possam entrar no mercado brasileiro.

"O leilão anterior de 4G ( na faixa de 2,5 gigahertz, realizado em 2012) tinha metas rígidas de cobertura, que o novo edital não traz. Esse edital de 2014 é mais benéfico para novas companhias que poderão estrear no Brasil com mais competitividade", avaliou Bernardo. Ele revelou ainda que o governo pretende fazer "road shows" nos Estados Unidos, Europa e até mesmo na Ásia para apresentar as condições do leilão a potenciais interessados.

Ainda em 2007, o ex-presidente Lula anunciou a liberação de R$ 1 bilhão pelo banco de fomento para financiar a venda no varejo do produto a preços populares. Procurado, o BNDES informou que essa linha já se encontra desativada, mas o banco ainda possui linhas abertas para a pesquisa e desenvolvimento dos conversores, produção de softwares e aparelhamento das emissoras. "O BNDES poderá estudar a abertura de linhas para a aquisição dos aparelhos dependendo da demanda e da necessidade futura", acrescentou a instituição, por meio de sua assessoria de imprensa.

Radiodifusores - Para Bernardo, a proposta de regulamento de convivência entre o 4G no 700 MHz e a TV Digital deve tranquilizar os radiodifusores, que fazem lobby pelo adiamento do leilão até que haja a garantia de que um serviço não causará interferência no outro. "A nossa expectativa é de que esse regulamento seja suficiente. Além disso, as emissoras terão outra tranquilidade porque o edital determina que as teles sejam as responsáveis pela instalação dos filtros necessários onde houver interferência", avaliou.

O Brasil já conta com o 4G na faixa de 2,5 GHz nas maiores cidades, mas essa frequência é compatível com número menor de aparelhos de celular e ainda tem alcance menor, o que obriga as empresas a instalarem mais antenas. Com o 4G na faixa de 700 MHz, as teles poderão ampliar o alcance do serviço e colocar uma variedade maior de aparelhos celulares no mercado. "A nossa expectativa é de fazer um bom leilão, que com certeza vai propiciar o crescimento da oferta do serviço principalmente nas regiões metropolitanas", concluiu Bernardo.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou na tarde desta quinta-feira (10) a proposta de regulamento de convivência entre o sinal de TV Digital e a internet móvel de quarta geração (4G) na frequência de 700 megahertz (MHz). Com as normas que ainda passarão por uma fase de consulta pública, o órgão regulador espera dar solução para todos os casos em que possa haver interferência entre os dois serviços. Na maioria dessas ocorrências, será necessária a instalação de um filtro no cabo que liga as antenas aos televisores.

A certeza de que o 4G não atrapalhará a transmissão da TV Digital está no centro de uma batalha movida pelos radiodifusores em Brasília, inclusive com a participação ativa do Congresso Nacional. As emissoras de TV querem adiar o leilão da faixa de 700 MHz até que todas as hipóteses de interferência do sinal sejam solucionadas.

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De acordo com o conselheiro relator da proposta, Rodrigo Zerbone, a própria configuração da redistribuição de canais de TV diminuirá os casos de interferências com o sinal de 4G. Para licitar a faixa de 700 MHz, os canais serão realocados até o número 51. Após essa parte do espectro eletromagnético, haverá uma "banda de guarda" de 5 MHz e outros 5 MHz destinados a comunicações de segurança pública, antes de se começar de fato a faixa voltada para o 4G. "Na maior parte do País, o canal 51 não é usado, e por isso a banda de guarda chegará a 16 MHz ou mais nesses locais. Além disso, os canais de maior potência ficarão afastados dos limites entre os dois setores", afirmou Zerbone.

Para formatar a proposta de regulamento de convivência entre os dois serviços, a Anatel realizou uma série de testes em laboratório e posteriormente de campo, na cidade goiana de Pirenópolis, situada a 150 quilômetros de Brasília. De acordo com Zerbone, mesmo buscando o pior cenário possível de interferência nos testes realizados, foram identificadas poucas ocorrências tanto do sinal de 4G atrapalhando a recepção da TV Digital como no sentido inverso. Entre os instrumentos para mitigar essas interferências, a proposta de regulamento cita uma distância mínima entre as antenas transmissoras e os aparelhos receptores, alterações em antenas, mudança da potência dos sinais emitidos e a instalação de filtros nos aparelhos.

"Os testes apontam que a convivência entre os dois serviços é plenamente possível. Na maioria dos casos, não há qualquer efeito devido à distância entre as duas faixas. E a maior parte da interferências identificadas podem ser resolvidas apenas com a instalação de filtros adicionais nos televisores", completou Zerbone. Desta forma, as eventuais interferências poderiam ser resolvidas com um simples filtro instalado no cabo que liga as antenas aos televisores. A consulta pública sobre o regulamento será aberta pela Anatel no dia 2 de maio e terá duração de 30 dias.

As dificuldades técnicas para evitar interferências entre o sinal de emissoras de radiodifusão e operadoras de telefonia na faixa de 700 megahertz (MHz) pode adiar a realização do leilão, previsto para agosto, do sinal de quarta geração (4G), conforme indicou o presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente.

"Eu não diria que é inviável, mas é um desafio ter o leilão em agosto com testes ainda em andamento e apresentando situações que precisam ser endereçadas sob o ponto de vista técnico", afirmou o executivo em entrevista, após participar de um fórum sobre inovação empresarial. "Infelizmente, ainda tem uma série de informações técnicas que precisam ser divulgadas", completou.

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Atualmente, a faixa de 700 MHz é ocupada por algumas emissoras de rádio e televisão, cujas operações precisarão ser realocadas, de modo a evitar interferências com o sinal do celulares de 4G, que passarão a ocupar a mesma faixa. Em paralelo, o governo discute se os custos dessa limpeza da faixa serão repassados às operadoras que vencerem o leilão.

No último mês, também ganhou força uma discussão entre o Tesouro Nacional e o Ministério da Comunicação para elevar o valor das outorgas em leilão, com o objetivo de aumentar a arrecadação do governo e dar um suporte extra às metas de superávit fiscal. Em contrapartida, haveria menos exigências às operadoras, cenário que desagrada o ministério, pois pode levar a uma redução dos investimentos das empresas para melhora da qualidade dos serviços de telefonia.

Questionado sobre o assunto durante a entrevista, Valente se limitou a dizer que é prematuro falar de valores e prazos e reforçou que a principal preocupação da empresa é que haja disponibilidade de informações técnicas para poder se planejar para o leilão. "Quando houve o leilão de 2,5 GHz, em maio (de 2012), nós começamos a nos planejar em outubro do ano anterior. Isso nos permitiu preparar um bom lance e garantir o sucesso da expansão do 4G para a 75 cidades que estamos hoje".

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira (6), que o Tesouro Nacional quer que a arrecadação do governo com o leilão da faixa de 700 MHz seja a melhor possível para contribuir com a meta fiscal. A frequência será licitada neste ano e será destinada para a cobertura 4G.

Bernardo afirmou ter sido procurado pelo secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, para discutir o assunto, mas disse que o valor da outorga da faixa ainda não foi definido. "O Tesouro me procurou e não tem porque esconder isso. O Arno precisa cumprir a meta fiscal, quer saber qual é a arrecadação e até deixou claro que tem interesse de que a arrecadação seja a melhor possível", afirmou o ministro ao chegar na sede do ministério em Brasília.

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Ele reconheceu que a faixa de 700 MHz vale mais que os R$ 6 bilhões estimados no Orçamento, mas lembrou que as obrigações que as teles terão que cumprir no leilão vão reduzir a outorga. "Com certeza vale muito mais que R$ 6 bilhões, talvez até mais que R$ 12 bilhões, mas temos que considerar que vamos colocar, com certeza, a obrigação de ressarcir as despesas com interferência e liberação da frequência. E isso diminui a outorga", afirmou.

O ministro negou que o governo estude oferecer um tratamento diferenciado para as transmissões em alta definição de empresas de serviços online, como a Netflix, destinando parte da faixa para essas companhias. "Isso nós não vamos fazer de jeito nenhum. O governo é a favor da neutralidade de rede. Isso está no nosso projeto de marco civil de internet e vai ser respeitado", afirmou. "Não tem possibilidade de que uma parte da faixa não esteja submetida à neutralidade de rede. Isso pode ser desejo de alguém, mas isso não está sob cogitação de jeito nenhum."

De acordo com Bernardo, o governo trabalha com a ideia de dividir a faixa de 700 MHZ em quatro lotes nacionais. "Dois lotes é muito pouco provável, não é isso que está sendo discutido", afirmou. Segundo ele, todas teriam o mesmo tipo de obrigação. "Não estamos caminhando por aí (diferenças de obrigação entre faixas)", afirmou.

Atualmente, o mercado de telefonia celular possui cinco concorrentes - Claro, Vivo, Oi, Tim e Nextel. "Quatro lotes nacionais é o natural. Pode acontecer de não vender todos. Ninguém é obrigado a comprar. Mas pode ser que outra empresa que não esteja entre as atuais resolva comprar. Até onde eu sei, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai trabalhar com a ideia de estimular a concorrência internacional."

Bernardo disse ainda que não está definido quem vai bancar as despesas da população de baixa renda com a aquisição da TV digital ou conversores de sinal. "Não temos ainda definido se isso vai ser feito pelo governo ou se vai ser pelas empresas compradoras da frequência", afirmou.

"De qualquer forma, se nós queremos arrecadar mais, temos que criar condições para que a frequência seja usada o mais rapidamente possível. Isso quer dizer que a recepção tem que ser resolvida. Se você vende uma frequência e fala que vai levar dois anos para ser desocupada, é evidente que isso é um fator de desvalorização do produto do leilão."

O acesso à banda larga móvel está abaixo da meta estabelecida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo avaliação da agência reguladora sobre os planos de melhorias das prestadoras do serviço, três das quatro empresas que operam em todo o País não conseguiram cumprir a meta, estabelecida pela Anatel, de acesso à rede em 98% das tentativas.

A Claro atingiu o objetivo de acesso a dados nas redes 3G e 2G entre agosto e outubro do ano passado. A TIM e a Vivo chegaram ao percentual na rede 3G, mas ficaram abaixo da meta na rede 2G. A operadora Oi não conseguiu cumprir a tarefa nas duas redes.

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Para o serviço de voz, as quatro operadoras ultrapassaram a meta de 95% das chamadas completadas sobre o total de tentativas. Segundo a Anatel, as operadoras de telefonia móvel investiram R$ 17,39 bilhões em melhorias desde 2012. O valor representa 55% do total previsto para ser investido até o fim deste ano (31,79 bilhões).

Este é o 5º ciclo de avaliação, e os dados são referentes aos meses de agosto, setembro e outubro de 2013. O levantamento é feito a cada três meses, desde 2012, quando a comercialização de linhas foi suspensa, após confirmação de queda na qualidade da prestação do serviço de telefonia móvel. Na ocasião, a Anatel impôs a todas as empresas a obrigação de apresentar um plano nacional de ação com medidas capazes de garantir a melhoria na qualidade.

A operadora TIM disse que já está dedicando esforços para o aprimoramento necessário do acesso à rede de dados 2G. A Vivo ressaltou que está "firmemente comprometida" com a melhoria contínua da qualidade dos serviços e do atendimento prestados aos clientes. A Oi esclareceu que as situações em que as metas estipuladas não foram alcançadas já foram mapeadas e estão sendo "cuidadosamente analisadas e tratadas" pela companhia.

Um levantamento realizado pela OpenSignal elencou quais são as melhores operadoras de telefonia móvel em 16 países e um dos resultados obtidos surpreendeu: a Claro do Brasil oferece 4G com a maior velocidade no mundo. No estudo, a velocidade média da tele é de 27,8 Mbps. A velocidade média de download do 4G no Brasil é de 21 Mbps; a da Itália, a segunda colocada, é de 22,2 Mbps e da Austrália, a vencedora, é de 24,5 Mbps. Entretanto, nem sempre rapidez significa boa qualidade.

O estudo ainda ressaltou que a cobertura LTE do Brasil é reduzida em comparação com os outros países pesquisados. Quando é analisado o tempo médio que o usuário passa conectado, o Brasil cai para a 14ª colocação, o que dá a entender que o sinal não possui qualidade significativa.

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Os países analisados foram Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Estados Unidos, Filipinas, França, Hong Kong, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Suécia. A OpenSignal utiliza apps de Android e iPhone para analisar as condições da conexão móvel em todo o mundo.

A introdução dos sistemas de banda larga móvel 4G/LTE na faixa de frequência de 700 MHz poderá causar interferências prejudiciais em milhões de televisores, caso medidas adequadas de mitigação não sejam adotadas, concluiu a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (Set). Segundo estudo, que já foi submetido ao Ministério das Comunicações e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no caso da recepção de TV digital, a interferência significará interrupção da programação, imagens congeladas ou tela negra.

“Em todos os países que iniciaram a regulamentação para operação do serviço móvel celular em faixa adjacente à de televisão, as questões de interferência entre os serviços estão no cerne das discussões”, afirma o presidente da Set, Olímpio José Franco.

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A Resolução 625/2013 da Anatel estabeleceu que o 4G/LTE ocupe a faixa de frequência de 698 a 806 MHz, que ficou conhecida como a faixa de 700 MHz, adjacente à de 470 a 698 MHZ que continua destinada no Brasil à TV aberta. Essa mesma resolução especifica parâmetros técnicos para assegurar a convivência, porém vincula a licitação da faixa de 700 MHz, prevista para este ano, ao estabelecimento de um regulamento para a resolução das situações de interferências prejudiciais.

“Os resultados obtidos nos testes realizados pela Universidade Mackenzie mostram que, nos casos críticos, para preservar a qualidade da recepção do sinal de TV, é necessária uma combinação de diversas medidas de mitigação. Entre elas, alterações das antenas, adição de filtros nos televisores e nos transmissores LTE”, informa o presidente da Set. 

Principais medidas

Entre as medidas propostas pela entidade para permitir a convivência do 4G/LTE e da TV digital em faixas adjacentes está a revisão dos sistemas domésticos de recepção de TV, em sua ampla maioria frágeis e antigos. “A necessidade de reformular o parque doméstico de antenas de recepção implica em custos expressivos, que ainda precisam ser calculados e um enorme desafio logístico. Também impõe aos profissionais da SET a responsabilidade de apoiar o desenvolvimento de profissionais e a especificação de equipamentos adequados a essa tarefa”, observa Franco.

No anseio de buscar mais receitas para produzir uma meta fiscal elevada, a equipe econômica do governo começou a discutir um aumento de até R$ 2 bilhões no valor da outorga do único leilão que envolve pagamento de bônus ao Tesouro Nacional previsto para este ano - das faixas de frequência de 700 mega-hertz (MHz) para a quarta geração de serviços móveis (4G).

O leilão está previsto para agosto, e será dividido em quatro lotes nacionais, de R$ 1,5 bilhão de outorga para cada companhia, gerando pagamento total de R$ 6 bilhões aos cofres públicos.

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Esse dinheiro deve ser pago ao Tesouro ainda neste ano. Uma das ideias levantadas é aumentar a parcela dos lotes para quase R$ 2 bilhões, o que elevaria a outorga total para cerca de R$ 8 bilhões.

"Já tive conversas com o secretário (do Tesouro) Arno Augustin sobre o leilão, e especificamente sobre o valor da outorga. Já estamos discutindo isso seriamente, mas ainda não há nenhuma definição", afirmou ao Estado o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

O ministro informou que equipes técnicas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), do Ministério das Comunicações e do Tesouro Nacional estão debruçadas neste momento sobre os termos do leilão do 4G.

A estimativa de receita fiscal com esse leilão ainda não consta de documentos oficiais, uma vez que o edital para a concorrência pela frequência ainda está em consulta pública. Na licitação da faixa de 2,5 giga-hertz (GHz) do 4G realizada em junho de 2012, os valores dos lotes arrematados pelas operadoras somaram R$ 2,9 bilhões.

O leilão deste ano envolve uma faixa de alcance muito maior, o que também exige uma carga maior de investimentos das companhias. Será necessário realizar a "limpeza do espectro" das faixas, hoje ocupadas por quase 2 mil canais em 833 municípios.

Interferência

As empresas devem desocupar essas faixas e conter as interferências de sinais entre os serviços de telecomunicações e televisão aberta. Em seguida, devem operar o lote arrebatado no leilão.

"Ainda é preciso estimar quanto as empresas vão precisar investir para operacionalizar as faixas, e isso será decisivo para determinar o valor da outorga", disse Bernardo. O objetivo da equipe econômica, ao estudar a possibilidade de elevar o valor da outorga do leilão do 4G, é salvar um ano dramático do ponto de vista fiscal, uma vez que não estão previstas as enormes receitas extraordinárias que irrigaram os cofres do Tesouro em 2013.

Esse expediente de elevar o valor da outorga para engordar a meta fiscal já foi usado no ano passado, quando o Tesouro venceu as discussões técnicas com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ao definir em R$ 15 bilhões o bônus de assinatura do contrato de partilha do petróleo do pré-sal de Libra (SP). De início, o bônus seria de R$ 10 bilhões.

Resultado

Em 2013, o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) economizou R$ 75,3 bilhões para o pagamento dos juros da dívida, superando a previsão de poupar R$ 73 bilhões. A elevação do bônus de Libra e o refinanciamento de débitos antigos com o Fisco ajudaram a cumprir a meta fiscal de 2013.

A pressão sobre a política fiscal é grande, e a presidente Dilma Rousseff sabe disso. Há um risco razoável de as agências de rating, como Moody’s e Standard & Poor’s (S&P), rebaixarem a nota de crédito do Brasil.

Em junho do ano passado, diante da deterioração fiscal brasileira, as agências revisaram para "negativa" a perspectiva da nota do País. Na quinta-feira (6), o diretor de ratings soberanos e finanças públicas para a América Latina da S&P,

Roberto Sifon-Arevalo, afirmou em Nova York que não viu mudanças na condução econômica brasileira, e que a política fiscal continua expansionista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul anunciou que está se preparando para desenvolver a tecnologia 5G, que será mil vezes mais veloz que a atual 4G-LTE e terá um investimento de US$ 1,5 bilhão. A expectativa é que a inovação esteja em fase de testes em 2017 e seja disponibilizada comercialmente em 2020, quando Tóquio, a capital do Japão, sediará os Jogos Olímpicos.

Segundo o órgão, com a 5G será possível baixar um arquivo de 800MB em apenas um segundo. O investimento injetado também inclui a criação de funcionalidades para a tecnologia, como a transmissão de streaming de conteúdos em Ultra HD e hologramas.

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Quanto ao seu uso, o serviço deve ser implementado em parceria com as empresas de telecomunicações SK Telecom e Korea Telecom, além de fabricantes como Samsung e LG. O governo da Coreia do Sul estima que as vendas projetadas para indústrias relacionadas que poderão utilizar a infraestrutura 5G pode chegar a US$ 310 bilhões entre 2020 e 2026. 

A Lenovo, maior fabricante de computadores do mundo, deu mais um passo na trilha para se firmar no mercado dos smartphones. A companhia anunciou nesta semana o lançamento do seu primeiro telefone inteligente com tecnologia 4G, o Vibe Z. Apesar do atraso em relação às outras empresas, o aparelho consegue se destacar por ser ultrafino (7,9 milímetros) e possuir alta definição (1920 x 1080 pixels).

Seu sistema operacional é o Android 4.3 (Jelly Bean) e seu desempenho fica por conta do processador Qualcomm Snapdragon T800 Quad-core com 2.2 GHz. Além disso, o smartphone possui GB de memória e até 16 GB para armazenamento interno.

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Para fotografar, os usuários do Vibe Z contarão com uma câmera de 13 megapixels e uma lente com abertura 1.8 para ajudar em situações de pouca luz. Além disso, a câmera frontal é de 5 megapixels.

O Vibe Z custará a partir de US$ 549 e estará disponível em fevereiro na Indonésia, Malásia, Tailândia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas. No Brasil, o celular estará a venda a partir do segundo semestre deste ano. Além deste modelo, a Lenovo também revelou outros dois modelos de smartphones que suportam o uso de dois chips.

 

 

O barateamento dos custos das ligações entre diferentes operadoras de celular pode trazer concorrentes estrangeiros para o leilão de 4G de 2014, avalia o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende.

Segundo ele, empresas que ainda não atuam no Brasil cogitam entrar na disputa marcada para o primeiro semestre do próximo ano, ameaçando as posições de TIM, Claro, Oi e Vivo, que podem ficar fora da faixa de 700 megahertz (MHz). Se alguma dessas empresas perder um dos quatro lotes que serão licitados, a saída será comprar capacidade da vencedora para conseguir operar nessa frequência.

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Fontes do governo admitem, nos bastidores, que a norte americana AT&T e a britânica Vodafone manifestaram interesse na disputa prevista para o primeiro semestre.

A expectativa de chegada de uma nova empresa no mercado brasileiro de telefonia e banda larga móvel era comentada por especialistas do setor desde o leilão anterior de 4G, realizado em junho de 2012, para a faixa de 2,5 gigahertz (GHz). Mas os lotes nacionais da primeira disputa foram todos arrematados pelas quatro grandes teles que já atuam no País.

Para Rezende, o principal impedimento para a entrada de uma nova companhia em um mercado maduro como o brasileiro era a alta taxa de interconexão paga pelas empresas em ligações para aparelhos de operadoras concorrentes. Em 2011, essa taxa custava R$ 0,48 por minuto, mas, caiu para R$ 0,16 este ano e deve chegar a R$ 0,10 em 2016. A partir daí, a tarifa será definida por modelo de custos.

“Indicadores do ano passado mostravam que, a cada 10 minutos de voz, 8 eram falados dentro da própria rede. É o efeito clube, muito alto para concorrentes internacionais. O ideal é que o efeito clube baixe para algo entre 40% e 50% das chamadas, o que deve ocorrer com a queda das tarifas de interconexão”, afirmou Rezende. “Essa perspectiva da redução da tarifa de interconexão e o leilão da faixa de 700 MHz podem atrair investidores internacionais.”

A data final para o leilão será definida em janeiro, quando deve vir a público o edital. O governo aposta que a disputa deve render R$ 6 bilhões, segundo antecipou o jornal O Estado de S. Paulo.

Venda de capacidade

Segundo Rezende, caso alguma nova companhia arremate um dos quatro lotes, a companhia brasileira que ficar de fora teria que comprar capacidade de rede de um dos vencedores. “Serão quatro lotes na faixa de 700 MHz, mas pode haver, como no Chile, a chamada exploração industrial, com novos equipamentos que realocam eficiência no uso do espectro. Você pode ver que tem uma área com ociosidade e outra com congestionamento. Daria para gerenciar espaço para outra operadora”, afirmou.

O uso compartilhado dessa infraestrutura é uma alternativa para as empresas vencedoras do leilão, que podem se dividir na instalação da rede fora das maiores cidades do País. O edital ainda está sendo finalizado pela agência reguladora, mas deve prever essa opção para o atendimento de localidades de médio e pequeno porte.

Em ambas as parte do espectro eletromagnético é possível transmitir dados com velocidades mais de dez vezes superiores às obtidas pelos smartphones que operam no 3G.

A frequência de 700 MHz é indispensável para as teles porque permite utilizar a tecnologia com maior alcance de cobertura, necessitando a instalação de menos antenas que as demandadas pela faixa de 2,5 GHz.

Para Rezende, investir na faixa de 700 MHz é uma necessidade para as empresas. A perspectiva, segundo ele, é que a participação dos dados na receita das companhias seja cada vez mais relevante. “A faixa de 700 MHz é um ativo importante, porque o valor investido na faixa agrega mais valor ao próprio negócio”, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cobertura da tecnologia 4G já chegou a 74 municípios brasileiros neste ano, informou o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil). Segundo o diretor executivo da entidade, Eduardo Levy, essas cidades concentram 30% da população. Até outubro, o País já contabilizava 731 mil acessos 4G.

O alcance supera o compromisso assumido pelas prestadoras de serviços de telecomunicações, que era atender 50% da área urbana das cidades sede da Copa do Mundo até o fim deste ano - Cuiabá, Curitiba, Manaus, Natal, Porto Alegre e São Paulo. Até abril deste ano, a cobertura já havia chegado às cidades sede da Copa das Confederações: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.

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Segundo o SindiTelebrasil, as teles já instalaram 8.551 antenas com a nova tecnologia. Considerando as tecnologias 2G e 3G, a quantidade de antenas instaladas supera os 15 mil. Até maio de 2014, a cobertura 4G terá que chegar a todas as capitais e aos municípios com mais de 500 mil habitantes.

A prioridade da cobertura 4G, segundo a entidade, são corredores de circulação de moradores e turistas, como aeroportos, redondezas de estádios, pontos turísticos e locais de grande concentração de pessoas.

Estádios - As teles devem investir R$ 200 milhões para oferecer cobertura indoor nos 12 estádios da Copa. Essa cobertura, no entanto, não faz parte das obrigações das companhias e é negociada com os administradores de cada estádio. As empresas também pretendem instalar redes Wi-Fi nas proximidades das arenas.

Mas, de acordo com Levy, é muito provável que haja problemas no Itaquerão, em São Paulo. Isso porque as operadoras precisam de 150 dias para executar as obras após a liberação pelos estádios. "Tivemos esse acidente recentemente. Vai ficar em cima da hora. Talvez tenhamos em São Paulo o mesmo problema que tivemos na Copa das Confederações", afirmou. "É uma pena, porque é uma cidade importante."

A instalação da cobertura indoor foi concluída nos estádios de Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife, e está em andamento em Belo Horizonte e no Rio. Mas a rede Wi-Fi não foi autorizada em Belo Horizonte e Recife.

Nas demais cidades sede, acordos comerciais foram firmados em Manaus, Natal e Porto Alegre. Há negociações em Cuiabá e Curitiba, e nenhum acordo em São Paulo. As negociações envolvem o pagamento mensal pelo aluguel de uma sala nos estádios para instalação dos equipamentos. O problema é os estádios nem sempre aceitam os valores oferecidos pelas teles.

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