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A governadora Raquel Lyra (PSDB), a vice-governadora Priscila Krause (Cidadania) e mulheres que integram o primeiro escalão do Governo de Pernambuco, desceram para a porta do Palácio do Campo das Princesas nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, e recebeu as feministas presentes no ato em defesa da luta por direitos das mulheres. O lema do ato deste ano foi “Mulheres nas ruas contra: o racismo, o feminicídio, o transfeminicídio, o encarceramento em massa, pela legalização do aborto, por uma democracia popular e sem anistia para golpistas”. 

As lideranças das organizações sociais que estavam no ato e foram recebidas por Raquel Lyra entregaram um documento à governadora com reivindicações para a implementação de políticas públicas de enfrentamento da violência de gênero contra as mulheres. A criação de programas de empregabilidade para mulheres, fortalecimento das instituições de saúde e segurança para as mulheres constam entre os itens apresentados. 

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Por sua vez, a governadora propôs a criação de um grupo de trabalho para definir as políticas públicas. No Instagram, a governadora ressaltou que “mulher deve ser tratada com respeito e atenção”. “Por isso, decidi não apenas receber uma comissão, mas encontrar com todas as participantes do Ato 8 de Março”.

“Sou uma de vocês no Governo de Pernambuco, mas não serei a governadora que posso ser se não tiver o apoio, o trabalho, a compreensão do que podemos fazer em cada tempo, junto com vocês”, salientou a tucana. 

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O dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher, e marca as lutas e conquistas das mulheres em todo o mundo. As principais pautas levantadas, não apenas na data, mas também diariamente, são ligadas às garantias e direitos fundamentais, principalmente na afirmação das políticas públicas que defendem a existência da mulher na sociedade.

Uma das figuras que representa uma importante parcela das mulheres na política é Robeyoncé Lima, primeira advogada trans negra de Pernambuco. Dentro da política, Robeyoncé foi candidata a deputada federal nas últimas eleições, recebendo mais de 80 mil votos em todo o estado. Ela enxerga a representatividade da mulher trans na política como um vasto caminho a ser trilhado.

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Robeyoncé Lima, primeira advogada trans negra de Pernambuco/Crédito: Julio Gomes/LeiaJáImagens

“É importante porque a gente tem hoje uma dificuldade de representatividade. Nós, inclusive, somos o país que mais mata pessoas trans no mundo, e a gente precisa ocupar a política, que é o espaço de tomada de decisão em que se decide sobre nossas vidas”, declarou a ex-deputada estadual.

A deputada estadual Dani Portela (PSOL) compartilha da mesma visão, ao observar que, mesmo havendo um aumento do número de candidatas a cargos eletivos na política local, ainda não se vê um número efetivo de mulheres negras eleitas. “O Brasil é um país que tem um dos piores índices de participação de mulheres na política. Há menos mulheres na política no Brasil do que no Afeganistão, por exemplo.”, explica a deputada.

Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), dos 49 deputados eleitos, apenas seis são mulheres. Diante das estatísticas atuais, Portela defende que a parcela ainda é muito desigual. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2021, as mulheres são 51,1% da população. Em Pernambuco, a população feminina não foge à regra, preenchendo mais de 52% da demografia do estado. Além disso, a deputada ainda observa que a população brasileira é, no geral, negra, entre pretos e pardos. “Negros e negras são maioria na população brasileira, maioria na população de Pernambuco, e por que essa maioria não se reflete nos lugares de decisão?”, ela questiona.

“Muitas vezes escuto nas ruas as pessoas me dizendo ‘Dani, você se parece com uma tia minha’, ou com uma mãe, uma vizinha. E aí eu pego esse ‘parecer’ fisicamente e pergunto para a pessoa: olha aqui para o Parlamento. Olha para os deputados federais e estaduais, vereadores e vereadoras. Quem se parece com a tua irmã, prima ou vizinha? Por que as pessoas que estão lá não se parecem conosco? Porque nós não estamos chegando a esses lugares.”, declara Dani Portela, que faz parte da pequena parcela de deputadas negras na Alepe.

De acordo com o portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Mulher, 52% da população eleitoral no Brasil é composta por mulheres. No entanto, apenas a expressão de mulheres candidatas a cargos políticos nas últimas eleições, em 2022, foi de 33%, e apenas 15% foi eleita.

"Não existe democracia efetiva sem a maior participação das mulheres negras nos espaços políticos", finaliza Dani Portela.

Nesta quarta-feira (8), no Dia Internacional da Mulher, movimentos e coletivos se reuniram no centro do Recife, em frente à Câmara Municipal, para caminhar em defesa dos direitos das mulheres. Encabeçado pela Marcha das Margaridas, o ato do 8M reivindica direitos das mulheres em todo o país, unindo as vozes de diversos coletivos. 

Um deles é o Movimento Pão e Rosas, que levanta pautas em prol dos direitos das mulheres. Ao LeiaJá, Cristina Santos, militante do movimento, a marcha é símbolo das muitas lutas diárias vividas pelas mulheres em todo o país. "A gente vem de anos de governos onde as mulheres fizeram uma forte linha de combate”, explicou Cris. 

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A caminhada tem como objetivo levar o Manifesto Feminista 8M à governadora Raquel Lyra, reivindicando pelas vidas das mulheres em todo o estado.

Para Maria Rejane, assistente social e ativista do movimento da Marcha das Margaridas, se faz presente no ato para defender diversas pautas. “A questão da equidade de gênero, da equiparação salarial Eu acho que devem se juntar os poderes legislativo e executivo do estado, além de suas secretarias, para levantar pautas, e todos juntos buscarem soluções. Eu acho que não pode permanecer nessa dimensão que está.”, declarou Rejane.

Feminicídio em Penambuco

Em 2022, Pernambuco contabilizou 72 casos de feminicídio, quando mulheres são mortas apenas por serem mulheres. No Brasil, o número chegou a 1,4 mil mulheres mortas no ano passado. Dentro da militância, Cristina vê uma necessidade crescente de reunir forças para continuar na caminhada.

“A gente sempre parte que para enfrentar a violência contra a mulher, a gente tem que construir um forte movimento de mulheres. Aqui a gente tem números alarmantes quanto ao feminicídio, e particularmente em relação às mulheres trans. Dentro do nosso movimento, a gente acha que tem que defender programa de emergência contra o feminicídio e o transfeminicídio, e isso passa por abrigos, passa pela garantia de emprego pleno, passa pela defesa, no caso das mulheres trans, ao acesso da livre construção dos seus corpos, para não acontecer novamente o que aconteceu com Lorena Muniz.”, relembra Cris.

Lorena Muniz, mulher trans, do Recife, morreu em fevereiro de 2021 em uma clínica de estética em São Paulo. Ela estava inconsciente na mesa de cirurgia quando um incêndio tomou conta do local e ela não foi retirada pelos responsáveis.

A ex-deputada estadual Robeyoncé esteve no ato em defesa da vida das mulheres trans negras. “Estamos unindo forças. Nós, mulheres brancas, negras, trans, os diversos tipos de mulheres, porque a gente sofre o mesmo tipo de machismo, e a gente precisa que o governo do estado tome providências ao enfrentamento desse tipo de violência”, defendeu a advogada.

“A gente acha que passa por um forte movimento de mulheres na rua para enfrentar o patriarcado e o machismo, e passa por um plano de emergência para enfrentar as consequências do patriarcado e do machismo.”, finalizou Cris Santos.

Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a ativista Maria da Penha falou, através de um vídeo publicado na página 'As Penas', coletivo de apoio social, jurídico e psicológico às mulheres, sobre esperança e mudança no cenário político.

"Olá! Nesse 8 de março, eu venho aqui falar de esperança e compromisso. Esperança porque estamos em um momento de reconfiguração política com novos mandatos em todo o país", disse. 

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Neste Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, 8 de março, a prefeita de Uberaba (MG), Elisa Gonçalves (Solidariedade) publicou nas redes sociais alguns ataques que recebe diariamente de moradores da cidade na internet. Na publicação, a gestora exaltou que “nem tudo são flores”, e que, além de todo o trabalho, precisa “lidar e conviver com esse tipo de ataque misógino”. 

Ataques como “te odeio”, “você vai pagar, desgraçada”, “meu sonho era saber que alguém matou você”, “você é lixo para mim”, foram expostos por Elisa Gonçalves no seu perfil oficial do Instagram. 

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“Nós ainda temos que lidar e conviver com esse tipo de ataque misógino, machista e que reforça o desrespeito que ainda existe contra nós, mulheres, principalmente, quando estamos em cargos ocupados, historicamente, por homens”, disse a prefeita, ao comentar sobre como é ser mulher e ocupar um cargo majoritariamente masculino. 

No entanto, de acordo com Elisa, “esse tipo de ataque que diminui e descredibiliza muito mais pelo simples fato de ser mulher, não me abala”. “Sigo firme e focada no propósito de trabalhar, diariamente, pela nossa cidade e por cada um e cada uma que vive aqui. Também por aqueles que torcem contra. A mulher pode ser o que ela quiser e estar onde quiser”, salientou. 

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A Casa Marielle Franco, localizada em frente à Praça do Derby, no Recife, é onde cerca de 200 mulheres e suas famílias se reúnem em um acampamento provisório realizado pelo Movimento Sem Terra (MST) desde a última segunda-feira (6). A concentração foi montada para que hoje, 8 de março, elas participem do ato do 8M, caminhada pelo Dia Internacional da Mulher.

De acordo com a coordenação de comunicação do MST, nos últimos dias chegaram ônibus de quase todas as regionais do estado com assentadas para participarem da passeata, que sai do Parque 13 de Maio, no centro do Recife, até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. O intuito é entregar à governadora Raquel Lyra (PSDB) as reivindicações de moradia digna para os integrantes do movimento.

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Uma das participantes é Mauriceia Matias, vinda do assentamento Normandia, localizado em Caruaru, no Agreste do estado. “Entre outros pontos, pontuamos a condição de produção. Como é que a mulher consegue se empoderar a partir, inclusive, de sua economia, da sua geração de renda? E a partir daí gerar todas as suas condições”, ela explicou ao LeiaJá.

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Além disso, Mauriceia menciona outro ponto crucial dentro dos pedidos do movimento, em relação ao acesso à alimentação. Políticas públicas já existentes, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que são iniciativas do governo federal, precisam chegar com mais eficiência a essas populações. “Para que as mulheres camponesas possam produzir em uma larga escala para que possa ser entregue na merenda escolar dos municípios e do estado”, ela defende.

Na terça-feira (7) foram realizadas rodas de debate e oficinas, em que foram elaboradas as pautas inseridas nas reivindicações para o governo do estado. “O campo, infelizmente, não tem a mesma visibilidade do que a capital, mas imaginar que a gente pode fortalecer o campo é uma forma de organização para a gente contribuir para os municípios onde residimos”, concluiu Mauriceia.

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O Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (8), foi escolhido pela categoria da enfermagem pernambucana para reivindicar pautas que já perduram décadas: melhores salários e condições de trabalho. Aproximadamente 1.500 pessoas caminharam pelo Centro do Recife, rumo à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no fim da manhã.

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O foco se deu ao Projeto de Lei 2564/2020, de autoria do senador Fabiano Contarato (REDE-ES) e que institui piso salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras. A categoria exige que autoridades pernambucanas apoiem o projeto, com urgência, na esfera federal. O texto do PL, aprovado no Senado, aguarda encaminhamento do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), para votação.

“Sabemos que foi nesta data que mulheres trabalhadoras foram vítimas da sociedade, porque não queriam reconhecer os direitos que elas reivindicavam. Elas terminaram pagando com a vida. De certa forma, vemos isso acontecer com a enfermagem”, explica ao LeiaJá Cleice Xavier de Moraes (vídeo abaixo), de 46 anos, técnica de enfermagem e diretora do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe).

Em Pernambuco, onde técnicos de enfermagem do primeiro nível recebem subsalário (proposta base de R$ 774 e sem reajuste há mais de uma década), outras caminhadas deram apoio à causa. Houve concentrações em Caruaru, Palmares, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Parnamirim, Salgueiro, Cabrobó, Pesqueira, Garanhuns e Petrolina.

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Após a chegada do grupo à Alepe, representantes das entidades foram recebidos pelo presidente da Casa, o deputado Eriberto Medeiros (PP), para entregar um documento que solicita ao Legislativo a inclusão dos cerca de 10 mil profissionais, que são contratados, no Projeto de Lei Estadual 1.341/2020, que também prevê o reajuste salarial de servidores.

“É sub-humano vivermos em cima de um salário base de R$ 774, se uma cesta básica hoje é no valor de R$ 1.100. A gente não vive, estamos sobrevivendo e tentando nos virar de várias formas, para tentar garantir no mínimo o pão de cada dia. Somos uma categoria sofrida, apesar de estarmos presentes em todos os momentos da vida do ser humano, seja ele de qualquer âmbito da sociedade”, afirmou Eliade Avelino Pinto, de 42 anos, técnica de enfermagem e militante, atuante do Hospital Getúlio Vargas.

Caso aprovado na íntegra, o PL 2564/2020 traria a remuneração de R$ 4.750 para jornada de 30 horas semanais para enfermeiros, de R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e de R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.

De acordo com o presidente do Satenpe, Francis Herbert, Pernambuco possui cerca de 120 mil trabalhadores, entre Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros, distribuídos nos setores público, privado e filantrópico. Desse número, mais de 84 mil são da enfermagem de nível médio e 80% do contingente é formado por mulheres.

"A enfermagem vai às ruas novamente para dizer à sociedade e aos representantes da Câmara Federal que basta esperar. A enfermagem jamais faltou com o povo brasileiro e conta com os parlamentares para que não faltem com a enfermagem. São mais de 20 anos de luta por dignidade, respeito e salário decente. A sociedade reconhece que é justo e necessário a aprovação do piso nacional da categoria", completou.

A iniciativa foi promovida pelo Fórum da Enfermagem Pernambucana, composto pelo Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (Seepe), Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) e Associação Brasileira de Enfermagem - seção Pernambuco (Aben-PE).

Com o lema “Pela vida das mulheres, nenhum direito a menos”, centenas de mulheres protestaram pelas ruas do Centro do Recife nesta quinta-feira (8), Dia Internacional da Mulher. Aos gritos de “eu tô na luta, eu quero ver as mulheres no poder”, as manifestantes saíram do Parque 13 de maio em direção à Praça do Derby. Durante o percurso, pararam algumas vezes para que alguns grupos fizessem performances. Entre as principais reivindicações da 8M, a Paralisação Internacional de Mulheres, está o fim da violência e a garantia de direitos. 

Dados da Secretaria de Defesa Social (SDS) apontam que no ano de 2017 2.134 mulheres foram vítimas de estupro em Pernambuco e mais de 300 foram assassinadas. Os casos de violência doméstica e familiar chegaram a 33.188. Segurando cartazes pedindo a legalização do aborto e a participação das feministas na política, a médica Sandra Valongueiro, 73 anos, fez questão de participar do ato. “As mulheres estão morrendo, adoecendo, temos obrigação de ir às ruas para cobrar que isso mude, não podemos ficar caladas. Temos que fazer barulho, discutir tudo isso, dar visibilidade a essas questões, que são claramente políticas”, refletiu. 

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Mãe de dois meninos e uma menina, a produtora Fábia Tarraf, 40 anos, levou a pequena Maitê, de apenas 6 meses, para acompanhar o ato. “Convivo com muitos homens e percebo como o mundo é machista. O machismo está em casa, no trabalho, em todo canto. Então é importante demais que desde novinha Maitê já se empondere, se posicione nisso. Por mais que ela não entenda agora, quero que ela já cresça sabendo encarar esse problema”, contou. “É importante demais que as mulheres venham, lutem, independente da idade”, completou Fábia.

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Moradora de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, a cientista social Hanna Barbosa, 27 anos, aproveitou a manifestação para chamar atenção para um problema que atinge as mulheres do seu município: a falta de uma delegacia da mulher na cidade. Hanna faz parte da ONG Minha Igarassu e, junto com a ONG Meu Recife, preparou um abaixo-assinado para pedir a implantação da delegacia no município. Ela e várias outras mulheres que fazem parte da organização arrecadaram assinaturas durante a manifestação. 

Mais de 200 pessoas já assinaram o manifesto, que foi lançado na quarta-feira à noite (7). “Aproveitamos esse momento para denunciar a falta de um local específico para atender as mulheres que precisam de ajuda. É um trabalho extremamente necessário para que os direitos das mulheres sejam defendidos. Elas não podem esperar dias para que a denúncia chegue até uma das duas delegacias do município, que só prioriza crimes como assalto, roubo e homicídio, e nunca se importam com os problemas enfrentados pelas mulheres”, reclamou Hanna. “Em 2013 o Governador Paulo Câmara prometeu a construção da delegacia e até agora, cinco anos depois, isso ainda não foi cumprido”, completou.     

Nascida no Brasil, o país onde o números de mulheres negras assassinadas chegam a quase o dobro da taxa das mulheres brancas, a dona de casa Evandra Dantas, 51 anos, aprendeu desde cedo que a vida da mulher, e especialmente a negra, não é fácil. “Muitas vezes tenho medo de sair de casa, não me sinto segura. Nós, mulheres negras, sofremos ainda mais preconceito, violência, e tantas outras coisas. É muito difícil. E mais difícil aqui no Recife”, desabafou. Para ela, o dia 8 de março significa luta. “Nessas manifestações encontro apoio, força pra lutar. As mulheres negras estão morrendo, os filhos dela também. O Governo não faz nada por nós, então temos que ir às ruas reclamar, fazer barulho. Quem sabe, assim, o Governo faz alguma coisa, olha pra gente e algo muda. Quanto mais reivindicarmos, melhor”, pontuou Evandra. 

Na programação da Paralisação Internacional de Mulheres, houve também rodas de diálogos sobre 10 eixos temáticos que representam as diversas lutas que travam no seu dia a dia. No fim do protesto, na praça do Derby, houve apresentação cultural com alguns artistas locais. A organização do protesto não divulgou dados sobre quantas pessoas participaram da manifestação. 

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