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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não participará da reunião de cúpula das ONU sobre as mudanças climáticas em Dubai, depois de comparecer por dois anos seguidos ao evento com o objetivo de ressaltar a liderança americana.

Quase 70.000 pessoas, incluindo líderes de vários países e o papa Francisco, devem comparece à COP28, que começa na próxima quinta-feira (30) e pode ser a maior reunião sobre o clima da história das Nações Unidas.

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As agendas publicadas pela Casa Branca para Biden e a vice-presidente Kamala Harris não mostram viagens a Dubai esta semana.

Os compromissos de Biden incluem uma viagem ao estado do Colorado para destacar os investimentos em energia eólica, uma reunião com o presidente de Angola e a iluminação da árvore de Natal da Casa Branca.

Um funcionário do governo confirmou que Biden não planeja viajar à COP28 esta semana nem em uma etapa mais avançada da reunião, que termina em 12 de dezembro.

A fonte, que pediu anonimato, disse que a administração Biden ainda discute o envio de um representante de alto escalão à cidade dos Emirados Árabes Unidos.

John Kerry, enviado climático dos Estados Unidos, ex-secretário de Estado e senador, coordenará a delegação americana nas negociações da COP28.

O funcionário não apresentou explicações sobre a decisão de Biden, que se concentra há mais de um mês na guerra entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas e também tenta destacar a agenda interna a menos de um ano das eleições presidenciais.

Antes das viagens de Biden, não era habitual que o presidente dos Estados Unidos participasse das reuniões do clima da ONU.

Em 2021, Biden viajou a Glasgow para prometer que os Estados Unidos retomariam um papel de liderança no tema, depois que seu antecessor Donald Trump retirou o país do Acordo do Clima de Paris.

Biden também compareceu à COP27, ano passado, em Sharm el Sheikh, Egito.

O democrata priorizou o clima na política nacional, com a chamada Lei de Redução da Inflação, que canaliza bilhões de dólares para a economia verde, incluindo incentivos para automóveis elétricos.

A Polícia Nacional da Espanha deflagrou uma operação de resgate de mulheres brasileiras que teriam sido traficadas para aquele país para fins sexuais. A Operación Cousos teve início na semana passada e conta com apoio e acompanhamento da Polícia Federal brasileira.

Dois brasileiros suspeitos de praticarem tráfico de pessoas para a Europa foram presos na terça-feira (14) na cidade espanhola de La Coruña. O mesmo grupo vem sendo investigado em território brasileiro, no estado de Goiás.

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Acompanhados de policiais federais brasileiros, agentes espanhóis resgataram mulheres em Oviedo e em La Coruña. Segundo a PF, as mulheres brasileiras foram identificadas como vítimas da atuação da organização criminosa, que também agia na França.

A cooperação policial internacional possibilitou dar celeridade às investigações, em especial para a coleta de indícios de forma paralela nos dois países.

“Para se chegar à prisão dos envolvidos, houve o apoio de policiais brasileiros e do [corpo] policial espanhol em atividade no Centro de Cooperação Policial Internacional coordenado pela PF no Rio de Janeiro, além do suporte do adido policial da PF no país europeu’, informou, em nota, a PF.

Um leão escapou da jaula de um circo na cidade italiana de Ladispoli, na região do Lazio, e provocou pânico entre os moradores locais, antes de ser capturado na noite do último sábado (11).

O animal, batizado de Kimba, fugiu durante à tarde e vagou por algumas ruas da cidade, chegando a ser filmado por pessoas que estavam em suas residências ou em carros.

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Em uma mensagem nas redes sociais, o prefeito da cidade, Alessandro Grando, chegou a pedir "máxima atenção" aos vizinhos e alertou todos para evitarem sair de casa.

Um centro de comando logístico foi criado para mobilizar policiais e bombeiros na tentativa de capturar o animal. Além disso, veterinários foram acionados para utilizarem balas anestésicas para fazer o leão dormir e facilitar seu transporte.

Um helicóptero da Polícia Estadual sobrevoou a área e numa primeira fase, com a viseira infravermelha, conseguiu identificar o felino em um campo. Para facilitar as buscas, um trecho da rodovia local também foi fechado.

Após uma operação incessante, o animal foi capturado com tranquilizante e colocado em segurança. A polícia local investiga se a jaula onde ele estava foi aberta maliciosamente por alguém. O Ministério Público de Civitavecchia aguarda essas informações para analisar uma possível abertura de inquérito.

Em meio ao incidente, a polêmica sobre o uso de animais em circos voltou à tona e fez o prefeito de Ladispoli explicar que, em 2017, perdeu um recurso para proibir a prática.

"Espero que este episódio possa despertar algumas consciências e que possamos finalmente acabar com a exploração de animais nos circos", escreveu ele nas redes sociais.

Já ativistas dos direitos dos animais declaram que esperam "pela introdução de uma lei que proíba os circos com animais, também em conformidade com o novo artigo 9.º da Constituição que protege o ambiente, a biodiversidade e os ecossistemas, também no interesse das gerações futuras".

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Da Ansa

O grupo dos brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguarda, desde o início da manhã desta sexta-feira (10), a possibilidade de atravessar a fronteira de Rafah, com o Egito. A autorização para deixar o território palestino saiu após 34 dias do início das hostilidades no Oriente Médio. Ao todo, são 34 brasileiros ou palestinos em processo de naturalização que estavam nas cidades de Khan Yunis e Rafah, no sul de Gaza. 

Nesta manhã, o comerciante Hasan Rabee, de 30 anos, postou em uma rede social se despedindo da mãe. “O mais difícil da minha vida é deixar a minha mãe e dois irmãos e viajar e eles estão sem condições de vida”, lamentou o brasileiro que disse esperar que haja uma segunda lista com autorização para seus parentes deixarem o local.  

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Em seguida, Hasan mostrou em vídeo enviado à Agência Brasil o grupo que estava em Khan Yunis no ônibus em viagem para Rafah. As duas cidades palestinas são distantes cerca de 10 quilômetros. Ao chegar na fronteira, Hasan enviou mais dois vídeos informando que a passagem segue fechada. 

“Até esse momento, vai fazer meio-dia, as fronteiras estão fechadas. As ambulâncias ainda não chegaram para trazer os feridos. Se não entrar os feridos, ninguém pode viajar. Tem que chegar os feridos primeiros do norte da Faixa de Gaza”, relatou em vídeo.  O horário na Faixa de Gaza é cinco horas à frente do horário de Brasília.

Se nenhum novo problema ocorrer nesta sexta-feira (10), pode ser que os brasileiros consigam cruzar para o Egito.  Isso porque a fronteira de Rafah fechou por duas vezes nos últimos dias. Entre o último sábado (4) e a segunda-feira (6), a fronteira foi fechada porque Israel bombardeou um comboio de ambulâncias que se dirigia ao local. Na última quarta-feira (8), a fronteira foi novamente fechada por “questões de segurança”, segundo informou os Estados Unidos.

A Embaixada do Brasil na Palestina informou nesta quarta-feira (8) que os mais de 30 nacionais e parentes que permanecem no sul da Faixa de Gaza ficaram de fora da sexta lista de pessoas autorizadas a deixar o território.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que o governo de Israel tinha prometido liberar o grupo, que permanece nas cidades de Rafah e Khan Yunis, perto da fronteira com Egito, até esta quarta.

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A lista de hoje contempla 601 cidadãos de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Filipinas, Romênia e Ucrânia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já conversou sobre a repatriação dos brasileiros com seus colegas de Israel, Egito e da Autoridade Nacional Palestina.

Nesta quarta, o assessor internacional de Lula, o ex-chanceler Celso Amorim, participa em Paris de uma cúpula sobre a guerra no Oriente Médio convocada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Da Ansa

A Fifa baniu o ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) Luis Rubiales por três anos após o dirigente beijar sem consentimento a jogadora Jennifer Hermoso durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo Feminina, em agosto deste ano.

O Comitê Disciplinar da entidade considerou nesta segunda-feira (30) que Rubiales, que renunciou poucas semanas após o episódio, é culpado de violar o artigo 13, aquele sobre a violação das regras de fair play, integridade e lealdade.

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Rubiales já estava suspenso provisoriamente por 90 dias. Agora, sua desclassificação se aplica a todas as atividades nacionais e internacionais relacionadas ao futebol. Ele, no entanto, poderá recorrer da decisão.

No mês passado, o Ministério Público da Espanha chegou a formalizar uma denúncia de agressão sexual contra Rubiales em decorrência do beijo na boca forçado em Hermoso. O dirigente, porém, pediu desculpas pela atitude durante a cerimônia de premiação em Sydney, na Austrália, depois da final da Copa do Mundo feminina, a qual a Espanha venceu.

Ao longo da cerimônia, Rubiales distribuiu beijos no pódio, mas o episódio envolvendo Hermoso chamou atenção, pois o cartola abraçou a meia-campista do Pachuca, segurou seu rosto e a beijou na boca. A atleta, que foi titular na vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra, disse em uma live pós-jogo no vestiário que "não gostou" da atitude de Rubiales.

Da Ansa

Os 32 brasileiros que estão presos na Faixa de Gaza esperando autorização para deixar a região do conflito receberam recursos financeiros na quarta (25) e na quinta-feira (26) para comprar alimentos, água e materiais de primeira necessidade. O dinheiro foi transferido pelo governo brasileiro por meio do Escritório da Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia.  

Enquanto fazia compras na manhã desta quinta-feira, o brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, presenciou uma bomba caindo próxima ao mercado da cidade Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza.  

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“Não dá para sair de casa. Tem que parar isso, pelo amor de Deus. É arriscado pra caramba sair. Estou aqui na feira comprando coisas e a bomba cai do lado da feira. Absurdo”, lamentou.

Hasan vive em São Paulo e foi a Gaza com as duas filhas e a esposa para visitar a família, a poucos dias antes do início do conflito.  

O palestino naturalizado brasileiro contou à Agência Brasil que não encontra água mineral ou gás de cozinha.  

“Água mineral comprada a a gente não tem, porque você não acha. Antigamente, 500 litros (de água potável) eram 10 shekels, hoje 500 litros são 100 shekels, mas você não acha nunca. Não tem energia para filtrar essa água. Fruta é muito difícil achar na feira. A única coisa que a gente acha bastante é o pepino, o resto você não acha fácil não”, relatou.  

A família de Hasan Rabee também está há três dias sem gás de cozinha. “Esses recursos não valem nada se você não está achando para comprar. Comida, estamos fazendo enlatados e conservados, lata de atum, de carne e mortadela enlatada. Mesmo assim, farinha de trigo e pão a gente não encontra”, disse.  

Hasan disse que estão bebendo água encanada, que só chega no térreo do prédio, sendo que a família fica no terceiro andar. “Você tem que descer com galão de 20 litros, enche e sobe depois e descarrega. É sofrimento pra caramba”, lamentou.  

Brasileiros em Rafah

A brasileira Shahed al-Banna, de 18 anos, que está com outro grupo de 16 brasileiros na cidade de Rafah, informou que fizeram compras nessa quinta-feira. “Compramos farinha, óleo, azeite, tem verduras, queijos e shampoo”, afirmou a brasileira-palestina, em vídeo encaminhado nesta manhã.  

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Segundo informou à Agência Brasil o embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, “todas as famílias receberam recursos e estão comprando nos mercados locais. Como não há energia para a geladeira, produtos perecíveis não podem ser estocados”.  

Entidades de ajuda humanitária que trabalham na Faixa de Gaza têm alertado que a quantidade de mantimentos que entram no enclave palestino não é suficiente para atender a população.  

Segundo o Escritório para Assuntos Humanitários da ONU (Ocha), os cerca de 20 caminhões com ajuda humanitária que estão entrando em Gaza diariamente representam “cerca de 4% do volume médio diários de mercadorias que entravam em Gaza antes das hostilidades”.  

 A passagem do furacão Otis pelo México provocou a morte de pelo menos 27 pessoas, informou nesta quinta-feira (26) a ministra da Segurança do país, Rosa Icela Rodríguez.

Em uma coletiva de imprensa que teve a participação do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, a política revelou que quatro indivíduos estão desaparecidos.

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A cidade de Acapulco, que foi a mais impactada pelo fenômeno, permaneceu sem eletricidade, água encanada e serviços de comunicação por várias horas. Ao todo, cerca de 300 mil pessoas continuam sem energia.

Com ventos de até 270 km/h, o furacão deixou um rastro de destruição por Acapulco. Além dos danos estruturais e materiais, o fenômeno causou inundações e deslizamentos de terra.

O mandatário mexicano garantiu que um plano de ajuda à população afetada pelo furacão, principalmente as pessoas que vivem nas proximidades do porto de Acapulco, está com sua implementação em curso.

"Trataremos de tudo o que diz respeito aos danos causados não só em Acapulco, mas também em Coyuca de Benítez e outros municípios. O setor do turismo foi fortemente afetado", disse Obrador.

Acapulco é conhecido por suas praias paradisíacas, mas o município está isolado do restante do México. Os tradicionais centros comerciais e hotéis de luxo ficaram destruídos em função da violência do furacão.

"Queremos avisar aos turistas que o governo já enviou 30 ou 40 caminhões que ficarão estacionados em frente aos hotéis para iniciar um processo de evacuação para outros destinos", afirmou a governadora de Tabasco, Evelyn Salgado. 

Da Ansa

O furacão Otis, definido como "potencialmente catastrófico" pelas autoridades dos Estados Unidos, atingiu a costa oeste do México com chuvas intensas e ventos de até 270 km/h.

O fenômeno, que em algumas horas passou de uma tempestade tropical a um furacão de categoria 5 (atualmente na categoria 4), tocou o solo na cidade litorânea de Acapulco.

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A prefeita do município mexicano, Abelina López, confirmou que todos estão em "alerta máximo". Ela ainda pediu para os moradores ficarem em suas casas ou encontrarem refúgio nos abrigos de emergência.

A Conagua, agência nacional de águas do país, revelou que ondas de seis a oito metros poderão atingir várias localidades dos estados de Guerrero, onde fica Acapulco, e Oaxaca.

Ainda não há relatos de vítimas ou danos estruturais, mas algumas partes de Guerrero já estão sem energia elétrica. As escolas do estado mexicano também cancelaram as aulas desta quarta-feira (25). 

Da Ansa

Vários estrangeiros foram mortos, levados como reféns, ou estão desaparecidos, desde o ataque lançado em 7 de outubro pelo movimento islamista palestino Hamas contra Israel.

Mais de 1.400 pessoas morreram em território israelense nas mãos do Hamas, a maioria deles civis, segundo as autoridades israelenses.

Ainda de acordo com Israel, o Hamas sequestrou cerca de 220 israelenses.

Na Faixa de Gaza, quase 5.800 palestinos, a maioria deles civis, morreram nos incessantes bombardeios lançados em represália, informou o Ministério da Saúde do Hamas na Faixa de Gaza.

As mortes de mais de 200 cidadãos estrangeiros, muitos deles também com nacionalidade israelense, foram confirmadas pelas autoridades dos respectivos países, segundo uma contagem da AFP.

Veja abaixo a lista de vítimas estrangeiras em Israel, segundo as últimas informações disponíveis nesta terça-feira (24).

- Estados Unidos, França e Tailândia, os países mais afetados -

Trinta e um americanos morreram, e outros 13 estão desaparecidos, segundo a Casa Branca. O presidente Joe Biden disse que há americanos entre os reféns do Hamas.

Uma mulher americana e sua filha foram libertadas na sexta-feira.

Trinta franceses morreram, seis desapareceram e pelo menos uma francesa foi feita refém, segundo o Ministério das Relações Exteriores da França.

Trinta tailandeses foram mortos, segundo o governo tailandês, e 19, sequestrados.

- Rússia e Ucrânia -

Dezenove russo-israelenses foram mortos, e outros dois são mantidos como reféns do Hamas. Sete russos também estão desaparecidos.

Dezoito ucranianos morreram, segundo Kiev.

- Do Nepal a Portugal, passando pelo Brasil -

Reino Unido: Pelo menos 12 britânicos morreram, e cinco estão desaparecidos, de acordo com um novo relatório divulgado nesta terça-feira por Londres. Entre os mortos estão Yahel Sharabi, de 13 anos, morta junto com sua mãe, Lianne, e sua irmã mais velha, Noiya, de 16, disse sua família. O pai, Eli, ainda está desaparecido.

Nepal: Dez nepaleses foram mortos, segundo a embaixada do Nepal em Tel Aviv. E o contato foi "perdido" com outro.

Alemanha: Menos de dez alemães foram mortos e há "um pequeno número de dois dígitos" de reféns.

Argentina: O número de mortos chega a nove, com 21 desaparecidos. Entre estes últimos estão dois irmãos, Iair e Eitan Horn, disse seu pai.

Canadá: Seis canadenses estão mortos, outros dois ainda estão desaparecidos.

Portugal: quatro luso-israelenses estão mortos, e quatro, desaparecidos.

China: Quatro chineses morreram, outros dois estão desaparecidos.

Filipinas: Quatro filipinos morreram, incluindo uma mulher de 33 anos e um homem de 42 anos no ataque a um kibutz, assim como uma pessoa de 49 anos que participava de um festival de música. Dois filipinos também estão desaparecidos.

Romênia: Cinco romeno-israelenses, incluindo um soldado, morreram, e um é refém.

Áustria: Quatro austríaco-israelenses morreram. Outro continua desaparecido.

Itália: Três ítalo-israelenses morreram, segundo Roma - um casal por volta dos 60 anos de idade e um cidadão de 29 anos que estava no festival de música atacado.

Belarus: Três bielorrussos estão mortos, e outro, desaparecido.

Brasil: Morreram um homem e uma mulher brasileiro-israelenses, e uma brasileira.

Peru: Três peruanos mortos e quatro desaparecidos, ou reféns.

África do Sul: Dois sul-africanos morreram.

Chile, Turquia, Espanha e Colômbia anunciaram a perda de seus nacionais e que outro tinha desaparecido.

A Holanda anunciou que um menino de 18 anos, sequestrado no Kibutz Beeri, foi feito refém.

Camboja, Austrália, Honduras, Azerbaijão, Irlanda e Suíça disseram terem perdido um dos seus cidadãos. Não há relato de desaparecidos.

- Reféns ou pessoas desaparecidas -

México: um homem e uma mulher foram feitos reféns. Segundo fontes oficiais, os seguintes países também relatam desaparecimentos: Paraguai (dois), Tanzânia (dois) e Sri Lanka (dois).

A colisão entre dois cargueiros no Mar do Norte nesta terça-feira (24) deixou um morto e quatro desaparecidos entre os tripulantes do navio, que afundou, conforme novo balanço provisório dos serviços de resgate alemães.

"A bordo do navio naufragado, o 'Verity', havia sete pessoas. Quatro continuam desaparecidas, e duas foram resgatadas. Uma delas foi encontrada morta", disse o porta-voz dos serviços marítimos alemães, Christian Stipeldey, em entrevista coletiva.

A colisão aconteceu às 5h00 locais (00h00 de Brasília), a 22 quilômetros ao sudoeste de da ilha alemã de Helgoland.

A tripulação do menor cargueiro, o "Verity", com 91 metros de comprimento e 14 metros de largura, tinha sete pessoas, informou uma porta-voz do Serviço de Resgate (DGzRS).

O navio de bandeira britânica viajava de Bremen (Alemanha) para Immingham (Reino Unido).

"Uma pessoa foi resgatada e está recebendo atendimento médico. Seis continuam desaparecidas", afirmaram as equipes de resgate marítimo de Cuxhaven, cidade portuária do noroeste da Alemanha.

O segundo cargueiro, de 190 metros de comprimento e 29 de largura, o "Polesie" - com bandeira das Bahamas -, viajava entre Hamburgo, na Alemanha, e La Coruña, na Espanha.

Até o momento não foram divulgadas as mercadorias que eram transportadas nem as causas da colisão.

Várias embarcações de resgate participam das operações de salvamento, assim como um helicóptero das Forças Armadas.

O "Polesie", com 22 pessoas a bordo, ainda está navegando, segundo um comunicado.

O cruzeiro "Iona", que pertence ao grupo P&O Cruises, com sede na Grã-Bretanha, está na região e apoia as buscas.

"A bordo do 'Iona', as pessoas também podem receber atendimento médico", acrescentam os serviços de emergência.

A zona marítima do acidente é varrida por ventos que sopram com velocidade 6 na escala Beaufort, em um mar com ondas de três metros de altura.

Antes de se tornarem inimigos, Michael Cohen foi o advogado pessoal de Donald Trump e se orgulhava de ser seu "pitbull". Ambos são esperados nesta terça-feira (24) em um tribunal de Manhattan, em um julgamento civil que ameaça o império imobiliário do ex-presidente, que aspira a voltar para a Casa Branca.

Depois de pertencer durante muito tempo ao círculo mais próximo de Trump, antes de ser condenado a três anos de prisão no final de 2018 em um caso de pagamentos ocultos para proteger a reputação de seu ex-chefe, Michael Cohen é chamado ao banco das testemunhas no 15º dia deste julgamento civil, que vai durar até o Natal.

Donald Trump é acusado, junto com dois de seus filhos, Eric e Donald Jr., e dois executivos da Organização Trump, de ter supervalorizado, em centenas de milhões de dólares, o valor de seus campos de golfe, residências e arranha-céus de Nova York, na década de 2010 para obter empréstimos mais vantajosos dos bancos.

O ex-presidente pretende comparecer à audiência, o que anuncia um tenso cara a cara entre os dois homens que agora professam um ódio tenaz um pelo outro.

Em mensagem na rede X (ex-Twitter), Michael Cohen prometeu dizer "a verdade", "independentemente da campanha de difamação e assédio que Donald (Trump) continua travando contra mim".

Em outra publicação, acrescentou um desenho em que aparece atrás do favorito nas pesquisas primárias republicanas, com fundo de grades de prisão e a frase dirigida ao ex-chefe: "Vamos levar você de volta para sua cela".

- Credibilidade -

O ex-advogado, que se diz arrependido, será também uma das principais testemunhas de acusação em um dos quatro futuros julgamentos criminais de Donald Trump, em Nova Iorque, em março de 2024, sobre pagamentos para encobrir assuntos embaraçosos durante as eleições presidenciais de 2016.

Ele mesmo pagou US$ 130 mil (R$ 652,6 mil na cotação atual) à atriz pornô Stormy Daniels para manter silêncio sobre um suposto relacionamento com Donald Trump.

Michael Cohen já foi condenado neste caso e insiste em que agiu por ordem do seu antigo chefe.

Também está por trás do atual processo civil. Durante uma difícil aparição perante o Congresso dos Estados Unidos em fevereiro de 2019, afirmou que Donald Trump "inflou seu patrimônio quando isso convinha aos seus interesses".

A procuradora-geral do Estado de Nova York, Letitia James, abriu um inquérito e, após três anos de investigações, entrou com um processo exigindo, entre outras coisas, uma multa de US$ 250 milhões (R$ 1,25 bilhão na cotação atual).

Durante a investigação, Michael Cohen testemunhou sobre seu papel, confessando que tinha revisado para cima o valor de certos ativos imobiliários com o então diretor financeiro da Organização Trump, Allen Weisselberg, a pedido de Trump.

A defesa vai insistir na falta de credibilidade de uma testemunha de reputação duvidosa, condenada pela Justiça - em particular por mentir ao Congresso americano na investigação russa.

Uma israelense de 85 anos libertada pelo grupo islâmico Hamas disse nesta terça-feira (24) que foi agredida durante seu sequestro, mas que recebeu um bom tratamento durante seu cativeiro de mais de duas semanas na Faixa de Gaza.

"Os caras me bateram no caminho. Não quebraram minhas costelas, mas me machucaram e eu tive dificuldade para respirar", disse Yocheved Lifshitz a repórteres no hospital de Tel Aviv, um dia após sua libertação.

"Eles nos trataram bem" no cativeiro, disse Lifshitz, contando que um médico visitava os reféns a cada dois ou três dias e lhes dava medicamentos.

Lifshitz vivia no Kibutz Nir Oz, uma das comunidades israelenses perto da Faixa de Gaza onde combatentes do Hamas atacaram em 7 de outubro. Seu marido, também octogenário, está entre os mais de 200 reféns ainda mantidos em cativeiro em Gaza.

"Eles foram gentis conosco e cuidaram das nossas necessidades", respondeu ela, ao ser questionada sobre por que apertou a mão de um combatente ao ser libertada.

Yocheved descreveu seus captores como pessoas "muito amigáveis" e "muito corteses" que haviam se organizado antecipadamente para capturar os reféns.

"Eles pareciam estar prontos para isso. Prepararam por muito tempo. Tinham tudo de que homens e mulheres precisam, até xampu", disse aos repórteres.

"Comíamos a mesma coisa que eles, pão sírio com cream cheese, queijo derretido, pepino. Essa era a comida para o dia todo", completou.

Yocheved Lifshitz foi libertada junto com Nurit Cooper, de 79 anos, também residente em Nir Oz, três dias após a libertação de duas americanas.

A imprensa de Portugal anunciou nesta segunda-feira (23) a morte de Bobi, considerado o cão mais velho do mundo, aos 31 anos, e citou o dono do animal, morador de um povoado localizado no centro do país.

“Guardamos as melhores recordações de uma vida longa, em que foi feliz e, principalmente, fez muita gente feliz, especialmente sua família", declarou Leonel Costa.

Bobi, que morava no povoado de Conqueiros, perto de Leiria, “morreu aos 31 anos e 165 dias”, anunciou a organização Guinness World Records, que certifica recordes mundiais.

A vida tranquila de Bobi mudou no dia 1º de fevereiro, quando a Guiness anunciou que o animal, de pelo marrom, havia se tornado o mais longevo de todos os tempos. O cão tinha, então, 30 anos e 266 dias.

O título deu fama mundial a Bobi, que recebeu a visita de uma multidão e de jornalistas. O cão era um Rafeiro de raça pura, com expectativa de vida de 12 a 14 anos, informou o Guinness. Ele vivia cercado de gatos na casa do seu dono.

Ao menos 140 pessoas morreram na Faixa de Gaza em uma nova noite de bombardeios israelenses, informou nesta terça-feira (24) o movimento palestino Hamas, que libertou na segunda-feira duas mulheres sequestradas em seu ataque contra Israel de 7 de outubro.

Desde a ofensiva violenta do movimento islamista de 7 de outubro, o Exército israelense bombardeia sem trégua a Faixa de Gaza para preparar uma eventual operação terrestre contra o estreito e denso enclave palestino.

"Mais de 140 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em massacres cometidos por ataques da ocupação", afirmou o governo do Hamas no território.

O movimento islamista anunciou que mais de 5.000 pessoas morreram nos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, incluindo mais de 2.000 crianças.

As autoridades de Israel afirmam que mais de 1.400 pessoas morreram em seu território no ataque do Hamas, a maioria civis, que foram baleados, mutilados ou queimados no primeiro dia do ataque. Entre os mortos estão mais de 300 militares.

Durante a incursão,os combatentes islamistas também tomaram quase 220 reféns. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu na segunda-feira a libertação de todas as pessoas para uma possível discussão de trégua na guerra.

"Os reféns devem ser libertados, depois poderemos conversar", disse Biden.

Na sexta-feira, o Hamas libertou duas americanas e na segunda-feira fez o mesmo com duas idosas israelenses, que foram internadas na madrugada de terça-feira em um hospital de Tel Aviv, onde eram aguardadas por parentes.

O movimento palestino anunciou que tomou a decisão por "por razões humanitárias urgentes", após a mediação do Catar e do Egito.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, identificou as libertadas como Yocheved Lifschitz, de 85 anos, e Nourit Kuper, de 79, ambas de nacionalidade israelense e originárias do kibutz Nir Oz, onde foram sequestradas juntamente com os maridos, que ainda são mantidos reféns.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) anunciou que seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) morreram nas últimas 24 horas em Gaza.

Trinta e cinco funcionários da UNRWA morreram desde o início da guerra entre Israel e Hamas.

"Nos faltam palavras", afirmou a agência em sua conta na rede social X.

O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta terça-feira (24) que o conflito entre Israel e o movimento palestino Hamas não seja ampliado e considerou que a libertação dos reféns em Gaza deve ser o "primeiro objetivo", durante um encontro com o homólogo de Israel, Isaac Herzog, em Jerusalém.

"Penso que é nosso dever combater estes grupos terroristas, sem confusão, e diria que sem ampliar o conflito", declarou Macron.

O presidente acrescentou em seu encontro com o presidente israelense Herzog que "o primeiro objetivo que deveríamos ter hoje é a libertação de todos os reféns" sequestrados pelo Hamas - mais de 200, segundo as autoridades israelenses.

"Quero que tenham a certeza de que não estão sozinhos nesta guerra contra o terrorismo", disse Macron, antes de enfatizar a "necessidade" de visar de maneira precisa "estes grupos terroristas".

"Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para trazer a paz, a segurança e a estabilidade ao seu país e para toda a região", acrescentou o presidente francês.

Macron viajou a Israel nesta terça-feira para expressar solidariedade com Israel após o ataque surpresa de 7 de outubro do movimento islamista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, que deixou mais de 1.400 mortos no território israelense.

Em represália, o Exército de Israel bombardeia a Faixa de Gaza diariamente e, segundo o Hamas, mais de 5.000 palestinos morreram até o momento no território.

Macron também pretende se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e visitar a Cisjordânia para um encontro com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, informou o gabinete deste último.

O encontro em Ramallah com Abbas não foi confirmado até o momento pela presidência francesa.

O movimento islamista palestino Hamas anunciou nesta segunda-feira (23) que libertou duas mulheres sequestradas durante seu ataque em território israelense no último dia 7, que estavam retidas na Faixa de Gaza, território sob seu controle.

O porta-voz do braço militar do Hamas, Abu Obeida, afirmou que as duas reféns foram libertadas "por razões humanitárias urgentes", graças à mediação do Catar e do Egito. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou que facilitou a libertação das reféns.

O gesto, anunciado três dias após a libertação de duas americanas, não foi confirmado por autoridades israelenses. No entanto, a imprensa de Israel identificou as duas mulheres como Yocheved Lifshitz e Nurit Kuper, octogenárias do kibutz Nir Oz capturadas com seus maridos durante o ataque do dia 7. Já a imprensa do Egito informou que duas reféns libertadas pelo Hamas haviam chegado ao posto fronteiriço de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Segundo estimativas dos responsáveis pelo kibutz, cerca de um quarto dos seus 400 habitantes foram mortos, sequestrados ou estão desaparecidos.

O movimento islamista acusou Israel de ter violado "em oito ocasiões os acordos sobre a operação de libertação que haviam sido fechados com os mediadores para que a mesma ocorresse com sucesso".

Segundo autoridades israelenses, mais de 220 cidadãos de Israel, estrangeiros e com dupla nacionalidade foram levados à força para o enclave palestino por combatentes do Hamas durante o ataque de 7 de outubro, que desencadeou uma guerra na qual Israel tem bombardeado incessantemente a Faixa de Gaza para "aniquilar" o movimento islamista.

Líderes árabes e ocidentais reunidos neste sábado na "Cúpula da Paz", no Cairo, pediram um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, a entrega de ajuda maciça à Faixa de Gaza e uma solução definitiva para o conflito israelense-palestino, que já dura 75 anos.

O encontro, no entanto, terminou sem um comunicado conjunto, devido à falta de acordo entre os países árabes e ocidentais, informaram diplomatas árabes, no momento em que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, adverte que a Faixa de Gaza enfrenta "uma catástrofe humanitária".

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Mais de 1.400 pessoas morreram no ataque sem precedentes do Hamas contra Israel executado em 7 de outubro, segundo as autoridades israelenses. Mais de 200 pessoas continuam sequestradas pelo grupo islamista palestino.

Quase 4.400 palestinos morreram na Faixa de Gaza nos bombardeios diários israelenses em represália, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa o enclave.

Os representantes dos países ocidentais e árabes, no entanto, não conseguiram chegar a um acordo sobre um comunicado final, informaram diplomatas árabes à AFP. As negociações tropeçaram em dois pontos, segundo eles: os países árabes se negaram a assinar a “condenação clara ao Hamas” e “o pedido de libertação dos reféns” feito pelos ocidentais.

Dessa forma, a reunião de cúpula terminou com um comunicado da presidência egípcia que critica “uma comunidade internacional que mostrou, nas últimas décadas, sua incapacidade de encontrar uma solução justa e duradoura para a questão palestina”.

No começo do encontro, Guterres havia pedido uma ação rápida para “acabar com o pesadelo”. A Faixa de Gaza precisa de "uma entrega maciça de ajuda", insistiu, depois que 20 caminhões com assistência entraram no território palestino, procedentes do Egito, neste sábado.

A ONU calcula que são necessários ao menos 100 caminhões diários para ajudar os 2,4 milhões de moradores de Gaza, que enfrentam a falta de água, energia elétrica e combustíveis.

Guterres discursou para políticos do Egito, da Jordânia e da Autoridade Palestina, além de ministros das Relações Exteriores de países árabes e europeus, e dirigentes da Liga Árabe, da União Africana e da União Europeia. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, estava presente.

Rússia, China, Japão, Canadá e Estados Unidos também enviaram representantes, e Israel não participou do encontro

- 'Não iremos embora' -

O rei Abdullah II, da Jordânia, pediu "um cessar-fogo imediato", e o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, insistiu no "direito dos palestinos de estabelecer seu Estado". "Não podemos permitir que esse conflito se torne uma crise regional", declarou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, que governa na Cisjordânia, reiterou a necessidade de "acabar com a ocupação israelense dos Territórios Palestinos e de uma solução de dois Estados".

"Não iremos embora" das terras palestinas, repetiu três vezes Abbas, que ao lado do Egito e da Jordânia expressa oposição há vários dias à ordem israelense para que os habitantes do norte da Faixa de Gaza abandonem a área e prossigam para o sul, na fronteira com o Egito.

Os líderes políticos da região consideram que este é um primeiro passo para um "deslocamento forçado" de palestinos em direção ao Sinai egípcio. Abbas afirmou que isto seria o equivalente a "uma segunda Nakba" (catástrofe em árabe), em referência à expulsão de quase 760.000 palestinos após a criação do Estado de Israel em 1948.

- Vidas palestinas, vidas israelenses -

Abdullah II criticou "o silêncio global", que considerou uma "mensagem muito perigosa". "A mensagem que o mundo árabe recebe é alta e clara: as vidas palestinas importam menos do que as israelenses", declarou.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, denunciou "a ajuda militar incondicional a Israel, que serve apenas para manter a ocupação" dos Territórios Palestinos. Seu par saudita, Faisal bin Farhan, criticou a rejeição do Conselho de Segurança da ONU a duas resoluções que pediam o fim das hostilidades.

O Egito, que organizou a cúpula, quer desempenhar um papel diplomático importante no conflito. O país foi a primeira nação árabe a assinar um acordo de paz com Israel, em 1979, e desde então o Cairo atua como mediador habitual entre Israel e os palestinos, incluindo o grupo Hamas. Além disso, o Egito tem o único ponto de entrada para a Faixa de Gaza que não é controlado por Israel, Rafah.

O kibutz de Beeri, local de um dos piores massacres cometidos pelos comandos do Hamas que entraram no território de Israel no último dia 7, cura suas feridas e pede segurança.

Essa cooperativa agrícola localizada no sul de Israel fica a 4 km da fronteira com a Faixa de Gaza, de onde integrantes do movimento islamita palestino lançaram seu ataque. Segundo um balanço da ONG Zaka, que participou do recolhimento de corpos, mais de 100 habitantes morreram no ataque, o que representa cerca de 10% da sua população.

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De acordo com Romy Gold, um dos poucos moradores do kibutz que a AFP encontrou nesta sexta-feira (20), durante uma breve visita de jornalistas a essa área militar fechada, 108 pessoas morreram.

Juntamente com o kibutz Kfar Aza e o local onde acontecia uma rave, Beeri foi um dos locais que registraram o maior número de vítimas do ataque do Hamas, que deixou mais de 1.400 mortos do lado israelense, a maioria civis que foram baleados, queimados vivos ou mortos por mutilação.

Em Beeri, onde viviam 1.100 pessoas, os homens do Hamas "atiraram em todos, assassinaram crianças, bebês e idosos, todos a sangue frio", contou o porta-voz da ONG Zaka, Moti Bujkin, três dias após o ataque. Vários moradores foram sequestrados e estão entre os mais de 200 reféns israelenses ou estrangeiros levados para a Faixa de Gaza.

- Dez horas -

O ex-paraquedista Romy Gold, 70, que lutou na guerra árabe-israelense de 1973, assistirá neste domingo ao funeral de cinco membros de uma mesma família. “Não tenho certeza se algum de nós está em condição de entender o que aconteceu”, diz, armado com um fuzil. Por enquanto, ele pode retornar vez ou outra ao kibutz.

As armas dos comandos palestinos seguem entre os escombros, e as casas estão destruídas. Gold lembra que deram o alerta quando os homens do Hamas ultrapassaram a cerca de segurança. Em seguida, ele foi dar apoio aos dez moradores responsáveis pela segurança da comunidade.

"A equipe de emergência foi formada para sobreviver entre meia hora e uma hora, até o Exército tomar o controle. Durou dez horas e ficamos sem munição", contou Gold.

Do lado do Hamas, "eram 150, atirando com metralhadoras, lançando granadas. De alguma forma, alguns de nós sobreviveram. À nossa volta, famílias inteiras foram fuziladas, massacradas ou queimadas vivas", descreveu o ex-paraquedista.

Do grupo de defensores, cinco morreram e outros ficaram gravemente feridos. Segundo o Exército de Israel, dezenas de homens do Hamas foram mortos ou feitos prisioneiros em Beeri.

Gold defende uma invasão terrestre da Faixa de Gaza por tropas israelenses "o quanto antes". “Seja quem for que tenha cometido isso, não deveria nunca ser libertado, deve ser castigado."

Os bombardeios de represália à Faixa de Gaza realizados por Israel já mataram 4.385 palestinos, incluindo 1.756 crianças, segundo o balanço mais recente do Ministério da Saúde do Hamas. Trata-se da campanha militar israelense mais letal contra Gaza desde a retirada de suas tropas, em 2005.

A situação humanitária na Faixa de Gaza é "catastrófica", alertaram neste sábado (21) cinco agências da ONU, onde os hospitais estão lotados e as crianças morrem "a um ritmo alarmante".

A Organização Mundial da Saúde, o Programa Alimentar Mundial, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o Fundo das Nações Unidas para a População recordaram em um comunicado que a situação humanitária em Gaza já era "desesperadora" antes do conflito desencadeado pelo ataque do grupo islamita palestino Hamas em Israel, em 7 de outubro.

"Agora é catastrófica", disseram as agências, pedindo à comunidade internacional que "faça mais" para ajudar os moradores de Gaza.

"O tempo está se esgotando antes que as taxas de mortalidade disparem devido ao surgimento de doenças e à falta de capacidade de cuidados médicos", alertam.

A Faixa de Gaza, um território estreito com 362 km², está sob um "cerco total" imposto por Israel desde 9 de outubro, que cortou o fornecimento de água, eletricidade e alimentos.

De acordo com estas agências da ONU, "as crianças estão morrendo a um ritmo alarmante, privadas de seus direitos à proteção, à alimentação, à água e aos cuidados médicos".

"Os hospitais estão lotados de feridos. Os civis têm cada vez mais dificuldade em ter acesso a alimentos essenciais", acrescentam.

Neste sábado, um primeiro comboio de ajuda humanitária de 20 caminhões, segundo a ONU, procedente do Egito, entrou pela passagem de Rafah, em Gaza, a única porta de entrada que não é controlada por Israel.

No entanto, para a ONU, esta quantidade é insuficiente e a organização pede pelo menos 100 caminhões por dia para os 2,4 milhões de habitantes de Gaza privados de tudo.

Segundo autoridades de Israel, mais de 1.400 pessoas morreram em território israelense desde que o Hamas lançou sua ofensiva, a maioria eram civis que foram mortos no primeiro dia do ataque. Cerca de 1.500 combatentes do grupo islamita foram mortos na contraofensiva lançada pelo Exército de Israel, informou esta força de segurança.

O movimento palestino mantém mais de 200 pessoas em cativeiro.

Já em Gaza, mais de 4.300 palestino, majoritariamente civis, morreram nos constantes bombardeios de represália israelenses, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

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