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Bastante irritado com a arbitragem do duelo diante do Avaí, o técnico Givanildo Oliveira criticou que esse vem sendo um problema recorrente nas últimas partidas do Náutico na Série B. O comandante alvirrubro citou os duelos com Ceará e CRB para apontar outros exemplos onde a equipe foi prejudicada por falhas do juiz. Ainda assim, bastante irritado, reconheceu, assim como seus atletas que o time não teve grande atuação.

“Não vou dizer que fizemos um grande jogo. Não vamos esconder uma coisa pela outra. A maneira que ele apitou nos prejudicando. Mas, é ter todo cuidado possível, porque eles mandam, são autoridades e você não pode falar nada. Depois que vim para o Náutico, contra o Ceará tivemos um pênalti no Rony não marcado, mas ganhamos, só que com o CRB não ganhamos, tivemos um gol limpo que foi dado impedimento e perdemos. Esse de hoje tanto a falta e o pênalti não existiram”, criticou o técnico.

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Experiente, Givanildo revelou estar se comedindo nas palavras para evitar uma futura suspensão por conta das críticas. “Você trabalha, mas às vezes vai embora o trabalho de um ano por uma arbitragem errada como hoje. Lamentamos muito. Agora, não posso falar muito porque a vontade era de xingar, de dizer o que quero, mas não posso porque se não sou suspenso”, pontuou.

As críticas do técnico não se restringiram apenas ao juiz, mas também ao quarto árbitro que se dirigia constantemente ao banco de reservas do alvirrubro. “Você fica de mãos atadas ali na beira do gramado. Fica um regra (4º árbitro) enchendo seu saco, o de hoje só ia no nosso banco, no do Avaí não ia. Você tem que suportar isso porque ser expulso é chato demais. Você não pode ir no vestiário, nem no campo. Isso que queria de desabafar do juiz. Do nosso futebol acho que não jogamos bem”, avaliou. “Só demos um chute a gol no primeiro tempo que foi o do Vinícius, de falta, então é pouco para quem quer chegar. Isso eu não vou esconder”, complementou.

Uma arbitragem polêmica que deixou os jogadores do Náutico bastante irritados ao final do confronto com o Avaí, onde perdeu pelo placar por 3 a 0. A falta que originou o primeiro gol dos catarinenses e o pênalti marcado ao final primeiro tempo foram pontos de bastante reclamação por parte dos alvirrubros contra o juiz Diego Almeida Real. Porém, mesmo diante das críticas feitas, os atletas também reconheceram que o time não teve boa atuação jogando em Santa Catarina.

O volante João Ananias foi um dos mais exaltados contra a arbitragem apontando que o juiz influenciou no resultado da partida. “Vocês viram os dois gols que o juiz deu. Aí atrapalha nosso trabalho, o que a gente faz no decorrer do ano. Claro que não podemos colocar a culpa só no juiz, mas ele contribuiu muito. O torcedor viu que a gente tentou, mas contra o juiz e contra todos fica difícil”, comentou o atleta.

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Já o lateral Joazi preferiu evitar críticas ao árbitro e avaliou que o time pernambucano poderia ter rendido mais na partida que tinha teor decisivo para a equipe. “A gente precisava muito vencer nesse jogo aí. Não vamos culpar só a arbitragem. A gente tinha que jogar e ganhar, isso sim”, cobrou.

Protagonista nos dois lances que originaram os dois primeiros gols do Avaí, o zagueiro Igor Rabello reforçou as críticas dos companheiros ao afirmar que não cometeu falta em nenhum dos lances. “Era um jogo importante para gente como para o Avaí e na minha opinião, e na de várias pessoas, não houve a falta que ele disse que foi clara. Não foi falta. O pênalti também foi duvidoso, cheguei com pé na frente, ele chutou meu pé e o juiz deu pênalti. É complicado, não gosto de falar de árbitro, mas a situação é complicada” criticou o defensor na saída de campo.

Com a situação complicada, ainda há chances matemáticas do acesso, caso o Timbu ganhe os dois próximos jogos da Série B e os adversários diretos na briga pelo G4 percam seus jogos nas próximas rodadas. É nessas contas que o atacante Bérgson se baseia para cobrar por duas vitórias nos jogos seguintes. “A bola ainda rola, temos mais dois jogos, e enquanto tiver esperança vamos lutar”, afirmou. O Náutico volta a campo no sábado (19), em Juiz de Fora, contra o Tupi-MG.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Arbitragem Esportiva do Rio de Janeiro, Marçal Mendes, afirmou que árbitros são pressionados pelo presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, para que não cometam erros em jogos do Palmeiras, líder do Brasileirão.

Segundo ele, a pressão é feita porque o dirigente é conselheiro vitalício e sócio benemérito do Palmeiras. As afirmações foram feitas em audiência pública do Ministério Público do Trabalho, no Rio de Janeiro.

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Os erros de arbitragem têm sido recorrentes nesta edição do Brasileiro. O Palmeiras costuma enviar documentos e vídeos à CBF quando se sente prejudicado. No último mês, a diretoria palmeirense chegou a convocar uma entrevista coletiva para questionar a pressão do Flamengo. O time rubro-negro, por sua vez, reclama de benefícios ao time paulista.

O Ministério Público do Trabalho ainda não se pronunciou sobre eventuais providências a respeito das críticas de Mendes. Por meio de sua assessoria, o Palmeiras informou que não vai se posicionar.

A Comissão Nacional de Arbitragem planeja lançar na primeira quinzena de dezembro um plano nacional com o objetivo de melhorar o nível dos integrantes da área no futebol brasileiro. Pelo projeto, árbitros, assistentes e analistas de desempenho vão passar a ser treinados e avaliados com base em critérios mais rígidos e quem não apresentar o nível desejado de qualidade será afastado do quadro nacional e até da Fifa.

O trabalho é uma tentativa de dar resposta ao mau momento da arbitragem - a cada rodada do Campeonato Brasileiro muitos erros estão sendo cometidos - e está sendo elaborado pelo coronel Marcos Marinho de Moura, que completa nesta sexta-feira um mês à frente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF.

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Homem de confiança do presidente da entidade, Marco Polo Del Nero - o coronel comandou a arbitragem na Federação Paulista de Futebol (FPF) entre 2005 e janeiro desde ano - Marinho substituiu o desgastado Sergio Corrêa na CBF e, desde que chegou, está debruçado sobre o projeto.

Marinho defende os árbitros, atualmente sob uma saraivada de críticas. Apesar de dizer que são bem preparados, reconhece que estão longe do ideal. "Existe um espaço muito grande ainda para a gente melhorar. Pelos próprios resultados que vemos hoje, é inegável que existe certa deficiência na aplicação da regra em termos de uniformidade, na parte disciplinar e até na parte interpretativa", disse, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

Ele admite ter constatado que, por mais boa vontade que tenham, alguns têm dificuldade de fazer bom trabalho. "Não têm o talento que a gente quer". Essa notória deficiência está balizando o projeto, cujo formato ainda não está fechado. Mas a CBF estuda participar da formação dos árbitros e assistentes desde a base - atualmente são as federações estaduais as responsáveis pela formação, mas muitas não têm os cursos necessários. "Vamos buscar descobrir talentos. Se unir talento, com treinamento e observação, num período de três a quatro anos você tem um árbitro de qualidade, de nível", acredita.

A ideia é implantar o novo método já em 2017 e a formação e o aperfeiçoamento dos árbitros irá além dos ensinamentos técnicos e da preparação física e psicológica. De acordo com Marinho, será feito um trabalho de monitoramento, de análise de desempenho, com base em vídeos, relatórios, observações in loco e estabelecimento de critérios que deverão ser cumpridos. E quem não atingir o nível mínimo estabelecido, será rebaixado - o que significa sair do quadro nacional e também da Fifa, se for o caso.

"Vamos criar uma central para que possamos acompanhar todos os jogos e que todos (árbitros e assistentes) tenham no máximo em 48 horas um feedback do que foi a sua atuação, o que precisa ser melhorado, com imagem para ilustrar. Aí, vai ter cobrança muito mais efetiva, porque nós vamos ter uma análise de desempenho real", afirmou o chefe da arbitragem.

Marinho promete ser rígido na avaliação e assegura que o protecionismo não terá vez no futuro. "Ao chegar ao final do ano, se aquele árbitro não correspondeu, cai de ranking e pode até sair do quadro da CBF. Tudo com análise de desempenho. Quem não estiver dentro das nossas expectativas vai sair".

O sorteio da CBF colocou o árbitro Jailson Macedo Freitas à frente da partida entre Sport x Ponte Preta, junto aos assistentes Alessandro Rocha de Matos e Dibert Pedrosa Moisés, o que revoltou a direção do time rubro-negro. Tanto o juiz, quanto o primeiro assistente são baianos e, de acordo com a diretoria leonina, isso influencia diretamente na briga contra o rebaixamento, já que o Vitória-BA é um adversário direto na tabela.

"É uma aberração ter um árbitro baiano na partida do Sport, quando a gente briga diretamente com o Vitória pela permanência na Série A", disse o vice-presidente executivo do Sport, Arnaldo Barros, em entrevista à Rádio Jornal nesta quarta-feira (26).

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O Leão entrou com uma manifestação formal aos presidentes da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol e da própria CBF. "Eles dizem que estamos desenvolvendo uma teoria da conspiração e utilizaram como argumento o fato de um pernambucano apitar o jogo do Vitória. É assim que eles enxergam os árbitros nordestinos", disparou Arnaldo.

Medida Cautelar


Sport teria entrado com medida cautelar no STJD pedindo um novo sorteio (Reprodução/Instagram/Wellington Campos)

O jornalista Wellington Campos Amaral, da Rádio Itatiaia, publicou uma foto de uma medida cautelar inominada que o Sport teria ajuizado no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva. No documento, o Leão pede um novo sorteio na arbitragem da partida contra a Ponte Preta. A alegação é de que a escolha do árbitro irá causar insegurança tanto para o clube, quanto para o juiz.

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“O que esse cara fez hoje aqui tinha que sair direto para a delegacia”. A frase do volante Rithely define o sentimento dos jogadores do Sport sobre a arbitragem do mineiro Ricardo Marques Ribeiro na partida entre o rubro-negro e o Palmeiras. Apontando alguns erros contra o Leão, os atletas do time reclamaram mais acintosamente de um pênalti não marcado após toque de mão do zagueiro Mina. Após a partida, bastante exaltados, Rithely e Diego Souza deram declarações fortes contra o juiz do confronto.

O volante Rithely culpou a derrota do time exclusivamente a arbitragem e relatou um favorecimento constante a adversários do Leão na Série A. “Estamos perigando na tabela, hoje, perfeitamente, por culpa da arbitragem. O que esse cara fez hoje aqui tinha que sair direto para delegacia porque ele roubou nós bonito. Quando é lá na ilha, o braço colado a bola bate e eles dão pênalti. Aqui, o cara está com a m*** do braço desse tamanho e o b*** do árbitro faz uma m*** dessas, não dá a p*** do pênalti.  Quando chega lá na Ilha, coloca uns árbitros tudo cagado e aqui manda vir esses cara para roubar nós. Desse jeito, fica díficil mesmo”, esbravejou o atleta em entrevista para o canal Sportv na saída de campo.

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Diego Souza também não guardou críticas sobre o mineiro. Ele insinuou favorecimentos aos líderes da Série A, Palmeiras e Flamengo. “Estou de saco cheio de tanto que falo, às vezes fico até marcado pelas coisas que falo, mas o que aconteceu aqui é a mesma coisa que colocar um nariz de palhaço. Minha vontade é de sair de campo com 10 minutos de jogo, mas não saio por honrar essa camisa do Sport e por ter pessoas que torcem muito pela gente aqui. Foi vergonhoso hoje, mais uma vez. O campeonato é desenhado para o Flamengo e para o Palmeiras, então tira o resto, faz um campeonato à parte só com eles. São todos beneficiados e a gente brigando numa situação difícil, num jogo difícil, onde ele tem que pagar caro por tudo que aconteceu hoje”, declarou.

Além das críticas dos atletas, o presidente do clube João Humberto Martorelli registrou uma reclamação formal junto ao presidente da CBF e da Comissão de Arbitragem como primeira medida com relação aos erros do árbitro na partida contra o Palmeiras. A CBF não se pronunciou sobre o assunto.

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O imbróglio envolvendo a concessão do Maracanã terá nesta terça-feira mais um capítulo, por ora o mais duro dele. Cansado de tentar negociar com o governo do Estado do Rio de Janeiro, o Consórcio Maracanã, que administra a arena, entrará com pedido de arbitragem para entregar a concessão.

A empresa manifestou o interesse em devolver a administração em junho, mas a Casa Civil estadual, responsável pelas negociações, não se posicionou.

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Pelo contrato assinado em 2013, cabe à Fundação Getúlio Vargas (FGV) julgar eventuais litígios entre as duas partes. Uma câmara de conciliação formada por três árbitros irá avaliar a questão. A corte vai definir desde as condições para devolução até a data para que todas as pendências sejam resolvidas. A decisão é definitiva, mas o resultado só deverá ser conhecido no próximo ano.

A renegociação do contrato se arrasta desde que ele foi assinado, já que o escopo do acordo foi modificado. Originalmente, a concessionária teria o direito de demolir o Parque Aquático Julio Delamare, o estádio de atletismo Célio de Barros e a Escola Municipal Friedenreich, todos no entorno do Maracanã. Nos locais, seriam construídos bares, restaurante, dois estacionamentos e um heliponto. Mas, após protestos, o governo do Rio manteve as instalações.

A mudança no contrato é apontada pela concessionária - formada pela Construtora Odebrecht, que detém 95% doas ativos, e pela norte-americana AEG - como principal motivo pelos sucessivos déficits na administração do estádio. Nos três primeiros anos, foram mais de R$ 170 milhões de prejuízo.

O governo cogitou simplesmente repassar a concessão para outros investidores - empresas estrangeiras teriam manifestado interesse -, mas voltou atrás por receio de ações judiciais. Novo edital deverá ser lançado até dezembro. Enquanto isso, o Consórcio Maracanã segue administrando o estádio.

Sem dar detalhes sobre a confusão ocorrida na noite desta quinta-feira, no clássico entre Fluminense e Flamengo, o árbitro Sandro Meira Ricci afirmou na súmula da partida que "nada houve de anormal" no polêmico clássico, válido pela 30ª rodada do Brasileirão.

A partida foi marcada por um momento de forte confusão da arbitragem, liderada por Meira Ricci. Os assistentes Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse completaram o trio. Todos pertencem ao quadro da Fifa e representaram o Brasil na Copa do Mundo de 2014.

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Toda confusão começou aos 39 minutos do segundo tempo. O árbitro marcou impedimento no gol do zagueiro Henrique no primeiro momento. Depois, recuou e validou o gol. E, por fim, anulou novamente. A discussão do lance causou longos 13 minutos de paralisação até a decisão final.

Na súmula, Meira Ricci foi econômico ao descrever a confusão. "O jogo foi paralisado por 10 (dez) min, aos 40' min do 2º tempo, pelos atletas de ambas as equipes terem protestado contra a decisão da arbitragem em um lance de impedimento", afirmou.

Em seguida, justificou o acréscimo de tempo ao fim do segundo tempo. "Acrécimo de 7 minutos no segundo tempo, sendo 5 minutos pela paralisação a partir do 40º minuto do segundo tempo, conforme relatado no campo 'ocorrência/observação', mais 2 minutos em razão de substituições e retirada de atletas em maca", registrou. Em outro trecho da súmula, dedicado a "observações eventuais", o árbitro surpreendeu ao afirmar que "nada houve de anormal".

Após a confusão, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, revelou que pedirá a anulação da partida. "Eu sou o maior defensor do uso do vídeo no futebol brasileiro. Porém, no momento, ele é irregular. A regra é igual para todos e, neste jogo, não foi", disse o dirigente, em entrevista à Rádio Tupi.

O duelo que aconteceu no estádio Raulino de Oliveira ainda ficou marcado por uma briga durante o intervalo, em ação de marketing feita pelos clubes. Nela, torcedores de ambos os times participaram de uma disputa de pênaltis, que terminou em agressão após provocação do torcedor rubro-negro.

Extremamente satisfeito com o resultado e o rendimento do time, Tite exaltou o trabalho de todos os jogadores e comissão técnica e se disse “desconfortável” com o canto dos torcedores em sua homenagem. O técnico brasileiro ainda cutucou a arbitragem, segundo ele, a responsável pelo comportamento que resultou no cartão amarelo de Neymar.

“Toda vez que eles cantavam eu ficava desconfortável e ia para o banco de reservas. Sou eu o escolhido, mas tivemos dificuldade porque atletas chegaram tendo jogado até mesmo na segunda-feira e com tempos de sono diferente. Então o trabalho da fisioterapia e da preparação foi fundamental para que a gente pudesse manter o ritmo que tivemos hoje”, explicou.

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Para Tite, o comportamento irritado de Neymar, que acabou lhe rendendo o cartão e a suspensão para o próximo jogo, foi resultado de erro de arbitragem. “Houve um número excessivo de faltas (em cima dele) para desequilibrar emocionalmente e acho que a arbitragem errou (ao permitir isso)”, disse o técnico.

Mesmo assim, Tite afirmou que vem conversando com Neymar para que ele evite esse tipo de problema. “Os adversários farão isso e ele tem que ter a maturidade para não cair nessa. Não o substitui no intervalo, mas conversei com ele e disse que voltaria, mas não iria reclamar de adversário e nem de árbitro. Só jogar. Ele levou uma falta e ficou quieto”, contou.

Entre as virtudes da seleção na goleada, Tite falou sobre a seriedade com quem os jogadores trataram o jogo. “A equipe mostrou maturidade. O clima era de já ganhou, mas os atletas deixaram isso de fora. Mantemos o respeito e não ficamos de toque de lado”, elogiou.

Características dos jogadores

“Os nossos jogadores não são mais de imposição física. Eles são móveis. Os nossos laterais são construtores. Sei que é cedo, que é prematuro, mas começa a se desenhar uma consolidação desse grupo”

Sem Neymar

“Vou contar uma coisa. Ele vinha numa sequencia de nove jogos consecutivos. O Luis Enrique queria tirar ele para ele não estourar (se machucar), mas o Messi se lesionou e não foi possível. O time tem que ser forte sem o Neymar e quando ele estiver, tem que ajudar na parte tática para fortalecer o grupo”

 

O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, demonstrou muita irritação ao falar sobre a eliminação do time na Copa do Brasil para o Corinthians, depois de derrota por 1 a 0 no Itaquerão. O dirigente pediu para fazer um pronunciamento para criticar o árbitro Rodolpho Marques e afirmar que a equipe carioca costuma ser muito prejudicada em jogos contra paulistas.

Bastante irritado, Siemsen se disse indignado. "A arbitragem brasileira tem um problema sério. A gente vem jogar aqui neste lindo estádio, mas sempre joga contra 12 jogadores. A CBF está na hora de repensar, acordar, evitar essa vergonha que a gente vem passando por aqui", criticou. O resultado de quarta, somado ao 1 a 1 no confronto de ida, fez o Corinthians avançar às quartas de final do torneio.

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O Fluminense reclamou principalmente da anulação de três gols por impedimento. O último deles, já no segundo tempo, foi o que mais irritou Siemsen porque o auxiliar demorou para confirmar a posição irregular de Richarlison. "Como um gol se demora uma barbaridade para se anular? Não tenho nada contra as pessoas de São Paulo, mas não é possível que quando a gente joga contra Palmeiras e Corinthians jogamos contra 12, nunca é equilibrado", comentou.

Siemsen reclamou que no ano passado, nas semifinais da Copa do Brasil, contra o Palmeiras, o Fluminense foi prejudicado com a marcação de pênaltis para o time paulista. A expulsão de Marquinho, aos 40 minutos no segundo tempo, também deixou o dirigente revoltado. Como Fluminense e Corinthians voltam a se enfrentar no domingo, no Itaquerão, pelo Brasileiro, o mandatário fez um ataque. "O que posso esperar no domingo? Outra arbitragem vergonhosa?", provocou.

No caminho entre a tribuna de onde viu o jogo até a sala em que fez o pronunciamento, Siemsen conversava no elevador com funcionários do clube e desabafou: "É melhor perder por W.O. do que vir aqui e ser desse jeito". A partida foi decidida com um gol de Rodriguinho, aos 23 minutos do segundo tempo.

O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, disse que a cabeça quente pela derrota fez Siemsen reclamar dessa forma efusiva. "Você fica nervoso de perder. A gente sabe que a arbitragem erra pra cá, erra pra lá, às vezes saio eu reclamando do que o juiz errou. Quando eles voltarem para casa para ver os lances, vão ver que o juiz atuou de forma correta", defendeu.

O Santos criticou bastante a arbitragem de Rodrigo Batista Raposo, do Distrito Federal. O juiz expulsou o meia Lucas Lima por cera, ainda no primeiro tempo, quando o duelo estava empatado por 1 a 1. Para os atletas, jogar com um a menos no Beira-Rio tornou a missão de conquistar pontos no Sul quase impossível.

"Não vou fugir da responsabilidade. Temos muita culpa, o time não estava bem nas últimas partidas, mas o jogo estava totalmente controlado. Ele [o árbitro] se atrapalhou inteiro e é complicado falar disso, pois posso pegar um gancho. O que aconteceu aqui foi ridículo e o Inter não precisa disso. A forma que expulsou o Lucas Lima não existe. Melhor eu parar de falar", desabafou Victor Ferraz.

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Lucas Lima tomou seu primeiro cartão amarelo logo aos 18 minutos de partida, ao demorar para cobrar uma falta da intermediária. A cena se repetiu aos 44 minutos, quando colocou a bola para cobrar escanteio, mas deixou para seu companheiro chutar a bola. Quando saiu da jogada, ele apontou tentando mostrar para o árbitro que não faria a cobrança.

Só que o juiz não deu a mínima para a explicação, mostrou um cartão amarelo e depois o vermelho. Lucas Lima saiu de campo inconformado e, quando chegou ao banco de reservas, descontou numa garrafa de água, irritado, e chorou bastante. Segundo o volante Renato, o juiz não entendeu o lance. "A gente tem jogada ensaiada. Se não pode fazer isso, fica difícil", reclamou.

O empate entre Santa Cruz e Chapecoense foi amargo para todos os tricolores. A forma com que o time deixou a vitória escapar nos minutos finais foi frustrante. Ao soar do apito final, o árbitro do Distrito Federal, Savio Pereira Sampaio, foi eleito um dos responsáveis pelo resultado negativo, por ter marcado um pênalti para o time visitante aos 40 minutos do segundo tempo. E, pelo que contou após o jogo, a diretoria coral teria tomado satisfações.

Na súmula, Savio colocou, como ocorrência, supostas ofensas que o diretor do Santa, Jomar Rocha, teria cometido contra ele na zona mista. Incluindo palavrões, Jomar teria dito que ele poderia incluir tais xingamentos na súmula e o árbitro candango o fez.

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Confira o que o dirigente supostamente disse:

Diretor nega

O Portal LeiaJá entrou em contato com Jomar Rocha na manhã desta quinta-feira (8) para ouvir sua versão. Segundo o diretor, não houve tais declarações. "Não é do meu perfil esse tipo de comportamento. Não falei, e meu advogado vai tomar as providências", afirmou.

Perder nunca é bom, mas quando se esteve duas vezes à frente no placar, a dor é maior. Assim ficaram os jogadores do Náutico. Por duas vezes o meia Vinícius colocou o timbu em vantagem, mas, com dois pênaltis e um gol relâmpago, o Sampaio Corrêa virou o jogo, para a irritação dos atletas alvirrubros. "É uma covardia o que fizeram com a gente aqui hoje. Você se prepara muito para chegar e fazer um bom jogo, aí vem o árbitro e marca dois pênaltis na mesma hora. Complicado jogar desse jeito", desabafou Vinícius após o apito final.

O volante Maylson também ficou na bronca. No caso dele, ainda teve um extra: Rayllan o tirou do jogo com um carrinho violento por trás que o árbitro potiguar, Caio Max Augusto Vieira, puniu apenas com o cartão amarelo. "Falei para o rapaz que a entrada dele é errada. Não precisa disso, somos colegas de trabalho, cada um defendendo seu time. Ele podia ter acabado com minha carreira. Estou aqui com uma dor insuportável", reclamou.

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A reclamação dos alvirrubros é maior no primeiro pênalti marcado pela arbitragem. Mas é consenso que o apagão sofrido na sequência teve um peso enorme no resultado final. "O segundo pênalti foi, mas o primeiro não existiu. Erro dele. Mas a gente precisa também se cobrar. Não podemos perder assim, afinal a distância para o G4 vai ficar cada vez maior. Precisamos reagir o quanto antes e voltar a conquistar os resultados", completou Maylson.

O técnico Alexandre Gallo também fez coro quanto a má atuação do juiz. O que aconteceu com a equipe após o primeiro pênalti, entretanto, nem ele entendeu. "O jogo estava sendo difícil, principalmente após o pênalti que desestabilizou bastante. No primeiro foi gritante o erro, o segundo nós concordamos que houve. Ficamos chateados pois também no caso do carrinho ele não aplicou a regra. A FIFA diz claramente qual a punição para carrinho por trás. Nós fizemos um bom segundo tempo até aquele momento do pênalti, depois houve aquilo inexplicável", disse.

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Com atuação bastante criticada pelo técnico Oswaldo de Oliveira e por dirigentes e jogadores do Sport, o árbitro Grazianni Maciel Rocha relatou na súmula da partida ofensas recebidas pelo diretor de futebol do Leão, André Zanotta após o término do jogo. Segundo o carioca, o dirigente se dirigiu até ele no momento em que caminhava até vestiários e reclamou de forma acintosa do pênalti marcado a favor do Internacional, que resultou no gol dos gaúchos ainda no primeiro tempo. 

 “Fui abordado pelo Sr. André Zanotta, diretor executivo da equipe do Sport Club do Recife, no momento em que passava pelo corredor que dá acesso aos vestiários. O dirigente citado saiu do seu vestiário e proferiu, de forma acintosa, as seguintes palavras: ‘você deveria ter vergonha do pênalti que marcou!; meu jogador disse que você pediu desculpas pelo erro que cometeu! (sem identificar o jogador)’, sendo contido por membros de sua comissão técnica, que o fez retornar para seu vestiário”, escreveu no documento da partida.

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Ainda em seu relatório Grazianni se defendeu das acusações que foram feitas por André Zanotta. “Afirmo que em nenhum momento falei com algum jogador e muito menos proferi a frase citada pelo dirigente”, complementou o carioca classificado por Oswaldo de Oliveira como inexperiente. O dirigente poderá ser enquadrado no Art. 187 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por ofender moralmente o árbitro, podendo pegar uma suspensão que varia de 30 a 180 dias, além de pagamento de multa.

A base das criticas sobre o árbitro do confronto deste último domingo (28), na Arena de Pernambuco, foi a penalidade assinalada por ele sobre o venezuelano Seijas aos 8 minutos do primeiro tempo, quando o jogador caiu na área após contato com o volante Paulo Roberto. Além da penalidade, Grazianni ainda puniu o volante com o cartão amarelo. Logo em seguida, ainda na etapa inicial de jogo deixou de aplicar os mesmos critérios numa penalidade que foi sofrida por Gabriel Xavier a favor do time rubro-negro.  

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O empate com o Internacional veio nos minutos finais de jogo. Muito disso porque o Sport sofreu com o antijogo do time gaúcho. O técnico Oswaldo de Oliveira comentou a atuação do adversário deste domingo (28).

"O Inter está em uma situação inadequada para ele. É um clube que fica muito nas primeiras posições e nessa versão de 2016 está em baixo. Não é algo elaborado por eles nesse sentido, o jogador faz isso inconscientemente. A gente entende, mas não aprova porque o antijogo é ruim para nós. A gente até previa que isso poderia acontecer e estimulei meus jogadores de buscar o gol incessantemente e saber passar por isso", afirmou.

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O árbitro carioca Grazianne Maciel Rocha, por sua vez, não escapou das críticas do comandante rubro-negro, que foi expulso de campo por reclamação. A atuação do juiz foi motivo de muita revolta por parte da torcida, por conta de um pênalti marcado nos minutos iniciais de jogo.

"Eu não falo da intenção do árbitro, não acho que ele tenha intenção de prejudicar. Por exemplo, nosso jogo com o Vitória, a arbitragem foi de um juiz sem lastro no campeonato, inexperiente e, para nós, foi catastrófico. Coincidência que era meu conterrâneo, carioca como o de hoje. Minha dúvida é: tem que fazer laboratório contra o Sport? Todo árbitro começa contra o Sport? O pênalti não houve sequer toque. Aí você pega um jogo duro, times engalfinhados, ele marca um pênalti e acaba com o jogo", desabafou o treinador.

Na próxima quarta-feira (31), o Sport volta a enfrentar o Santa Cruz pela Copa Sul-Americana e existe uma expectativa pelo retorno de Diego Souza ao time titular do Sport. O comandante rubro-negro está confiante de que o meia irá estar entre os titulares e comemora poder montar sua 'trinca' na direita.

"O Diego é um jogador que é titular incontestável, tem uma qualidade que aprecio muito e acredito que vai jogar na quarta, sim. Ele se faz ausente também pela sua importância na construção de jogadas pelo lado direito. Quando a gente tem o Diego, o Everton e o Samuel juntos, costumamos criar boas jogadas por esse setor. Até por isso o Everton hoje não conseguiu construir tanto e precisei colocar o Apodi para ajudar na criação. Ele entrou muito bem", comentou Oswaldo de Oliveira.

Nos dias 26 e 27 de agosto, será realizada a 1ª Competição Regional Nordeste de Arbitragem na área de direito, na unidade Boa Viagem da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau. O evento prevê estimular a prática da arbitragem judicial entre estudantes e recém-formados na área jurídica e a participação na Competição Nacional de Arbitragem da Comissão de Conciliação, Mediação e Arbitragem da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco.

A palestra de abertura será realizada às 19h da próxima sexta-feira (26) pelo mestre em direito e Secretário Geral da Câmara de Arbitragem Empresarial - Brasil (CAMARB), Felipe Moraes. Já no sábado (27), será realizada uma competição entre equipes de arbitragem. Os participantes serão avaliados pelo painel de árbitros, formado por advogados especialistas em direito societário e arbitragem.

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Podem participar os estudantes matriculados em curso de graduação em direito ou graduados na área há no máximo dois anos. Os participantes também não podem estar inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Serão ofertadas 60 vagas para gratuitas de ouvintes para estudantes e profissionais de direito. As inscrições podem ser realizadas pelo site da Escola Superior de Advocacia em Pernambuco (ESA-PE).

Serviço

1ª Competição Regional Nordeste de Arbitragem

Local: Auditório da UNINASSAU- Centro Universitário Maurício de Nassau, unidade Boa Viagem

Endereço: Rua  Jonatas de Vasconcelos, 316 - Boa Viagem

Datas:dias 26 e 27 de agosto

Horário: 19h

Numa tentativa de amenizar as constantes críticas à qualidade da arbitragem brasileira, a CBF anunciou nesta segunda-feira a criação de uma comissão especial para avaliar os árbitros que vão apitar cada uma das 20 rodadas restantes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. A entidade promete uma premiação de R$ 500 mil aos melhores trios ao fim das competições.

"Queremos um grupo que analise os problemas de forma independente, avaliando e apontando soluções, aplicando medidas corretivas e, ao mesmo tempo, premiando aqueles que têm um bom desempenho. É necessário ressaltar que existe um processo de evolução na arbitragem brasileira e estas ações vêm ao encontro disso. Temos consciência que erros podem acontecer, mas o intuito é sempre agregar experiências para que o trabalho seja cada vez melhor e mais justo", explica o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.

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De acordo com a entidade, a comissão a ser formada será "independente" e será liderada pelo português Vitor Pereira, que já apitou duas Copas do Mundo. Também foi chefe da Comissão de Arbitragem da Federação Portuguesa por mais de dez anos. A comissão também contará com dois ex-árbitros brasileiros: José Roberto Wright e Cláudio Vinícius Cerdeira.

Eles darão notas para o desempenho dos árbitros a cada rodada. Estes números vão formar um ranking, a ser divulgado também a cada rodada. O grupo independente poderá impor punições aos juízes e assistentes que eventualmente cometerem erros e até indicá-los para programas de reciclagem.

Para que esta avaliação possa ser sistematizada, os jogos da Séries A e B terá a partir de agora trio de arbitragem fixos. Assim, será possível estabelecer notas e definir um ranking para que os melhores sejam premiados ao fim dos campeonatos. Os valores vão alcançar R$ 500 mil, segundo a CBF.

O ranking dos trios de arbitragem também será considerado na hora dos sorteios, respeitando também os jogos de clubes dos estados dos respectivos árbitros. A CBF não deu maiores detalhes de como vai funcionar este novo sorteio.

Após a vitória sobre o Sport por 3 a 1, que isolou o time alviverde na liderança do Campeonato Brasileiro com 28 pontos, a palavra de ordem do técnico Cuca foi “confiança”. Para o treinador, o resultado conquistado fora de casa demonstra evolução na postura do time, que havia perdido o último confronto longe de seus territórios para a equipe do Cruzeiro.

Velocidade, frieza e precisão foram as chaves para o triunfo do Palmeiras, segundo o comandante palestrino. “Nós treinamos e pensamos o jogo na fórmula da velocidade. Deu certo, encaixamos, tanto que nosso primeiro gol foi assim. Levamos um gol que incendiou o adversário e a torcida, mas fomos felizes e tivemos a frieza de atravessar um mal momento no jogo, aproveitamos as oportunidades que tivemos e conseguimos o segundo e o terceiro gol. Foi um jogo difícil, então temos que valorizar muito essa vitória”.

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Perguntado sobre a arbitragem, Cuca não viu as supostas falhas atribuídas ao juiz gaúcho Anderson Daronco. Na jogada do gol rubro-negro, o zagueiro colombiano Mina, que estreou pelo time paulista no jogo desta segunda-feira (4), disputou a bola com o atacante Rogério, que caiu na área e pediu pênalti. Apesar do gol, os jogadores do Leão pediram cartão amarelo para o defensor, que já tinha levado um no primeiro tempo de jogo. “Eu acho que foi uma atitude correta da arbitragem. O Daronco deu a vantagem e o Sport chegou ao gol. Eu não vi a falta, então acho que o árbitro não favoreceu um infrator”, rebateu o comandante.

Apesar de Mina não ter sido expulso e da vitória alviverde, o torcedor palmeirense saiu preocupado do jogo com o Sport. Outros três jogadores foram punidos com cartão amarelo e estavam pendurados, desfalcando o time no clássico contra o Santos, na terça-feira (12), no Allianz Parque. Três nomes de peso do time de Cuca: Gabriel Jesus, Róger Guedes e Thiago Santos. Mas Cuca manteve a palavra de ordem, mesmo para falar sobre os desfalques. “Lamentamos a perda de jogadores importantes para um duelo com um adversário tão perigoso como o Santos, mas agora o que faz a diferença para nós é confiar no nosso grupo como um todo e em nosso torcedor. Ele vai ser nosso diferencial e ponto de equilíbrio para o próximo jogo”, declarou.

O técnico ainda ressaltou o amadurecimento da equipe que, dentre suas peças chave, conta com vários jogadores jovens e que ainda tem muito o que mostrar no campeonato brasileiro. “É um time muito jovem. No nosso ataque temos o Erick com 21, o Róger Guedes com 19, o Gabriel Jesus 19, o Tchê Tchê 22, então são meninos. É natural que eles não tenham o encaixe, a experiência. Isso vem com o passar dos jogos”, concluiu.  

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Além da exigência de maior respeito aos árbitros, uma outra "cruzada" poderá contribuir no curto prazo para o aumento do tempo de bola rolando no Campeonato Brasileiro: é a "cruzada contra a praga da simulação", como define o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa. Os árbitros estão sendo instruídos, de acordo com o dirigentes, a não tolerar a simulação. São lembrados constantemente que, quando induzidos ao erro, viram alvo de críticas pesadas, enquanto o simulador passa incólume.

"A simulação é nociva e faz parte dessa condição de respeito. É contabilizada contra o árbitro", afirmou Sérgio Corrêa. "Quando ele erra, tem de ser cobrado, mas também é preciso cobrar do jogador que simula. Se um atleta não quer que sua equipe seja prejudicada por simulação, tem de agir de forma correta".

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Há quem esteja do outro lado e concorde. É o caso do técnico do Fluminense, Levir Culpi, que também diz condenar as ações deliberadas para enganar o juiz. "A simulação sempre deixa o árbitro em situação muito difícil. A gente já nasce querendo enganar o árbitro".

O responsável pela comissão de arbitragem diz que essa cruzada está em fase inicial, mas destaca que a exigência de maior respeito também já resultou em outro fator positivo: a redução do número de faltas e de cartões.

No ano passado, o Campeonato Brasileiro já apresentou índice compatíveis com os principais campeonatos europeus, com exceção do Inglês, em que normalmente só as faltas mais violentas são marcadas. "A média de cartões amarelos pelo mundo é próxima da brasileira. A de vermelhos, em seis países, também. Depois de comparar anos e anos, vimos que o Brasil está no mesmo patamar dos outros", disse Sérgio Corrêa.

O ex-árbitro gaúcho Leonardo Gaciba enfatiza, porém, que essa melhora é recente e está bastante ligada à "cruzada pelo respeito". "O futebol brasileiro era mais faltoso, mas em 2015 veio para o bolo (está dentro da média dos principais campeonatos)", observou.

SEM REPRESSÃO - Reservadamente, alguns árbitros têm reclamado de que se sente pressionados a deixar o jogo correr, visando redução no número de faltas. Sérgio Corrêa vê a reclamação como descabida. "A média de faltas caiu e as pessoas acharam que demos ordem aos árbitros para não marcarem. Isso é absurdo. O árbitro pode marcar 100 faltas numa partida, se elas existirem. Mas se ocorrerem 100 contatos físicos que não são falta, não devem marcar".

Intolerante mesmo os árbitros devem ser com os treinadores que azucrinam suas vidas à beira do campo. A orientação é para punir com expulsão. Gaciba defende a medida. "Tem técnico que é especialista em incendiar o público, joga para a torcida", disse o ex-árbitro. "Em 1999, a área técnica foi concedida ao treinador para que falasse com a equipe dele. Mas o sentido foi deturpado. Tem treinador que está ali (na área técnica) mais para cobrar do árbitro do que para falar com seus atletas".

Nas primeiras rodadas do Brasileirão, muitos técnicos foram tirados das partidas, mas o número de expulsões têm diminuído. Recém-chegado ao futebol brasileiro, o português Paulo Bento já teve problemas com a arbitragem, mas afirma que uma das funções do treinador é orientar os jogadores a ter disciplina em campo.

"Acho que o futebol deve ser valorizado pelo positivo, ou seja, que meus jogadores joguem de uma forma leal e que tentem fazer um jogo com maior tempo útil possível", definiu.

A bola está rolando mais no Campeonato Brasileiro. Desde 2014, o tempo médio efetivo das partidas aumentou pouco mais de 4 minutos. É o que mostra o estudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com base nas 10 primeiras rodadas das duas competições anteriores e da atual. E a tendência é de crescimento.

Em 2014, as 100 primeiras partidas apresentaram média de 52 minutos e 27 segundos de tempo efetivamente jogado. Em 2015, a média subiu para 54min05s e este ano atingiu 56min32s. São números melhores, por exemplo, que os definitivos das Copas do Mundo de 2010 (54min04s) e de 2014 (55min14s). A Fifa considera ideal que um jogo tenha no mínimo 60 minutos de bola rolando.

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Curiosamente, essa evolução é consequência de uma medida que tem como objetivo combater as atitudes agressivas de jogadores e treinadores contra árbitros e auxiliares. Em 2015, a comissão de arbitragem da CBF lançou a campanha do respeito e determinou aos juízes que fossem mais rigorosos contra as constantes reclamações.

"A gente observou uma série de situações negativas contra os árbitros. Era árbitro sendo empurrado, jogadores partindo sistematicamente contra a arbitragem... Aí, instituímos a cruzada pelo respeito", disse o presidente da comissão de arbitragem, Sérgio Correa.

A determinação foi para os juízes não tolerarem chiadeira exagerada e coações. A partir dela, aumentou o número de cartões e expulsões. A consequência foi que, com o tempo, as reclamações diminuíram em quantidade e intensidade e o jogo passou a fluir melhor.

"Esse (o aumento do tempo de bola rolando) não era o objetivo da CBF quando lançou a campanha do respeito, mas acabou acontecendo naturalmente", considerou o ex-árbitro gaúcho Leonardo Gaciba, que tabula os dados para a CBF. "O objetivo era a diminuição do número de faltas, que realmente estava alto. Aí parou aquele negócio de jogador fazer bolo em volta do árbitro, que paralisa muito o jogo".

Para Gaciba, no entanto, não é só isso. Ele vê outro fator importante para o crescimento do tempo de bola rolando. "Esse é um dos legados da Copa do Mundo. Os caras começam a ver o jogo mais intenso, mais jogado e começa a praticar. Estou falando de árbitro, jogador e treinador".

O número de faltas também foi reduzido. Mas é o "ganho colateral" que chama mais atenção. A melhora é sensível. Considerando-se apenas as 10 primeiras rodadas, jogos com mais de 60 minutos ocorreram 6 vezes em 2014, 18 em 2015 e 34 neste Brasileirão, ou seja em 34% das partidas. Nos 100 primeiros confrontos de 2016, 5 tiveram mais de 70 minutos de jogo efetivo - Santa Cruz e Flamengo teve 73min17.

NADA DE META - Embora comemore, Sérgio Correa diz que a CBF não persegue um índice específico. "Não estabelecemos meta e sim o conceito. Se a tendência se confirmar, vamos ultrapassar os 100 jogos (com ais de 60 minutos, ao fim do campeonato). Mas não estamos preocupados com isso", garantiu o dirigente, enfatizando que 4 minutos a mais em um jogo representa 1 quilômetro a mais percorrido pelo jogador.

Essa intensidade preocupa jogadores e treinadores, por causa do desgaste maior. "Os jogos são muito intensos e, para piorar, o desgaste dos atletas não são unicamente pelos 90 minutos. Temos que somar as viagens, o pouco tempo de descanso e para recuperação", lamentou o técnico do São Paulo, o argentino Edgardo Bauza.

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