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Um dos chefes da Casa Militar do Palácio do Bandeirantes, o tenente-coronel da PM Marcelo Tasso, e outros três policiais militares estão sendo investigados sob a suspeita de escolta de 78 quilos de ouro extraídos ilegalmente. O carregamento foi apreendido. Os policiais alegam que a operação era legal.

A Casa Militar é órgão do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. Seu comandante é responsável ainda pela Defesa Civil do Estado e pela segurança do governador, Rodrigo Garcia (PSDB). A detenção dos policiais aconteceu - segundo documento sigiloso da Polícia Militar - às 15h desta quarta-feira, 4, no quilômetro 74 da Rodovia Castello Branco, na cidade de Sorocaba, na pista no sentido São Paulo.

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Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que foi registrado um boletim de ocorrência de averiguação de extração irregular de minério. Segundo a pasta, o tenente-coronel Marcelo Tasso está afastado do trabalho desde dezembro. A Corregedoria da Polícia Militar acompanha a investigação.

Um cabo e dois soldados da 1.ª Companhia do 5.º Batalhão de Polícia Rodoviária da PM pararam dois carros. O primeiro era um Toyota Corolla dirigido pelo motorista Wilson Roberto de Lucca. Nele estavam ainda o tenente-coronel e o terceiro-sargento da reserva da PM Marcelo Dantas, que trabalhou no 9.º Batalhão da PM. No segundo carro - também um Corolla - estavam o motorista Marcos Pereira dos Santos, o primeiro-sargento Gildsmar Canuto (da Casa Militar) e o soldado da PM Douglas Cristiano Burin, do 33.º Batalhão da PM.

Os PMs revistaram os dois veículos e encontraram 78 quilos de ouro. O metal estava em duas malas encontradas no Toyota dirigido por Santos e em uma mala no porta-malas do carro dirigido por Lucca, onde estava o tenente-coronel. Os policiais rodoviários levaram todos os detidos e o metal para a delegacia da PF de Sorocaba, que está tratando do caso.

Os policiais abordados disseram que tinham documentos que constatavam a legalidade do ouro, mas a Polícia Federal decidiu apreender todo o material para verificar a origem. O material foi encaminhado para realização de perícia em laboratório específico da corporação. A PF estima o valor da apreensão em R$ 23 milhões.

Além das três malas em que as barras de ouro estavam acondicionadas, os agentes da PF encontraram em um dos carros uma mochila com documentos diversos. Os papéis, que serão posteriormente analisados, indicam que o ouro seria oriundo de Mato Grosso e do Pará.

Os federais apreenderam ainda um avião - King Air - que teria feito o transporte do metal até Sorocaba antes de ele ser colocado nos dois carros interceptados na estrada. A corporação diz que a aeronave é objeto de sequestro criminal em outro inquérito. Assim, os investigadores também vão apurar as "circunstâncias da utilização proibida" do avião. Foram também apreendidos os celulares dos policiais e dos motoristas.

Até a noite desta quarta-feira, os federais estavam ouvindo os detidos, seis pessoas ao todo. Segundo a PF, o inquérito apura possível prática dos crimes de usurpação de bens da União e receptação dolosa. O Estadão não conseguiu localizar a defesa dos policiais. O espaço está aberto para manifestações.

A Rodovia dos Bandeirantes, uma das principais ligações de São Paulo com o interior do Estado, está com a pista no sentido interior interditada nesta sexta-feira, 15, para a passagem de uma motociata com o presidente Jair Bolsonaro. Os bloqueios acontecem em plena saída para o feriado da Semana Santa, quando a previsão é de que 750 mil veículos circulem pelo Sistema Anchieta-Imigrantes.

O presidente da República participa do evento "Acelera com Cristo" na companhia de outras autoridades, como o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo de São Paulo.

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De acordo com a concessionária CCR Autoban, que administra o sistema, a interdição ocorre desde as 8h pela Polícia Militar Rodoviária, a partir do km 13, junto à Marginal Tietê, até o km 134, no entroncamento com a Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304), em Santa Bárbara d’Oeste, na região de Campinas. A previsão é de que a Bandeirantes permaneça interditada até as 15h.

Durante o período da motociata, o tráfego do Sistema Anhanguera-Bandeirantes no sentido interior será permitido apenas pela Via Anhanguera (SP-330). Painéis de mensagens variáveis instalados no sistema orientarão os motoristas a usarem essa rodovia nos deslocamentos para o interior.

A pista sentido São Paulo da Bandeirantes não tem previsão de interdição, porém, todos os acessos a ela entre São Paulo e Santa Bárbara d’Oeste serão fechados pela Polícia Rodoviária.

Haverá bloqueios nos seguintes acessos à Bandeirantes: Rodoanel Mário Covas (SP-21), no km 24; Via Anhanguera (SP-330), no km 48: Rodovia Magalhães Teixeira (SP-083), anel viário de Campinas, no km 84; Rodovia Santos Dumont (SP-75), no km 87; Rodovia Adalberto Panzan (SPI 103/330), no km 95; Rodovia Jornalista Francisco Aguirra Proença (SP-101), no km 103, e Estrada Municipal SMR-40, no km 114.

Os acessos aos postos de serviços localizados no trecho também serão bloqueados. Viaturas da Polícia Rodoviária farão a varredura no trecho interditado para garantir que nenhum veículo fique retido, à espera do término do passeio de motos.

A CCR Autoban informou que vai disponibilizar todo efetivo para garantir a segurança do tráfego dos usuários, totalizando um aumento de 40% no total de viaturas e de 70% no número de colaboradores em comparação com um dia normal. Viaturas serão posicionadas em pontos estratégicos para dar fluidez ao trânsito nas demais rodovias do sistema.

A Prefeitura de Bandeirantes, localizada no Estado do Mato Grosso do Sul, prorrogou as inscrições para o concurso público destinado à contratação de 126 profissionais com níveis fundamental, médio, técnico e superior. Agora, interessados devem se inscrever até o dia 15 de novembro por meio do site da banca organizadora do certame.

Há oportunidades para as funções de agente de limpeza, vigia, pedreiro, técnico contábil, técnico de apoio escolar, técnico em enfermagem, agente comunitário de saúde, secretário escolar, administrador, jornalista, assistente social, psicólogo, entre outros. Para confirmar a inscrição, os candidatos devem custear uma taxa no valor de R$ 80 a R$ 200.

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A seleção será composta por uma prova objetiva com questões de língua portuguesa, matemática, conhecimentos específicos e legislações do município. Haverá também prova discursiva, prática ou de títulos para algumas funções. Efetivados, os profissionais trabalharão de 20 a 40 horas semanais e terão uma remuneração de R$ 1.065,75 a R$ 4.032, a depender do cargo escolhido. Saiba mais informações através do edital do concurso.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, classificou como "ruído" as recentes divergências entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Ruídos ocorrem. Estamos em um mundo onde a comunicação se faz de forma instantânea e a transparência é muito maior que em outros períodos", avaliou Mourão. "Acho que houve algum ruído na comunicação entre os dois", reforçou Mourão. Ele falou pelo menos mais duas vezes que houve "ruído", e ponderou que as coisas serão "acertadas"

Em resposta ao presidente da Câmara, Bolsonaro lamentou e avaliou como "irresponsável" a declaração do parlamentar fluminense quando disse que ele está "brincando de presidir o País". Antes, o presidente da República fez insinuação de que Maia "passa por um momento difícil" em entrevista gravada ao programa "Brasil Urgente", apresentado por José Luiz Datena, na TV Bandeirantes. Na semana passada, o marido da sogra do democrata, Moreira Franco, foi preso.

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Mourão voltou a afirmar que Maia é "importante" e "imprescindível no processo que estamos vivendo no Brasil pelo papel que ele tem dentro da Câmara dos Deputados".

Sobre a derrota na Câmara, minimizou a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que engessa parcela maior do Orçamento e torna obrigatório o pagamento de despesas hoje passíveis de adiamento. Sobre o assunto, disse que a questão "está sendo mal interpretada". "Muda muito pouco, dá mais poder ao recurso das bancadas, que torna impositiva, obrigatório este gasto. Tudo está atrelado à arrecadação."

"O orçamento é um crédito e se o financeiro não cobre este crédito, tem duas linhas de ação: ou você faz um contingenciamento ou começa a fazer aquela pedalada e dar aqueles restos a pagar que vão se juntando e acaba acontecendo o que ocorreu com a presidente Dilma", disse Mourão.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 27, que não houve ditadura militar no Brasil. Em entrevista ao programa do apresentador José Luiz Datena, na TV Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que as comemorações do 31 de março ficarão restritas aos quartéis militares e serão feitas apenas a leitura de datas relativas ao que ele chama de revolução democrática de 1964.

"Vamos citar as datas, os números. Só isso", disse. O presidente afirmou que, na época, os jornais e organizações civis defenderam a saída do ex-presidente João Goulart do poder. Ele também minimizou o fechamento do Congresso Nacional ao comparar a edição de decretos-lei e a edição de medidas provisórias pelos governos pós-ditadura e disse que o regime militar não acabou com as liberdades individuais no País.

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De acordo com Bolsonaro, o Congresso nos últimos 20 anos teve seus trabalhos interrompidos pela edição de muitas MPs que acabaram travando a tramitação de projetos de iniciativa dos parlamentares. O presidente, porém, admitiu que o regime militar teve problemas.

"Não foi uma maravilha. Regime nenhum. Qual casamento é uma maravilha? Se esse pessoal que no passado tentou chegar ao poder usando as armas e que hoje estão presos, se esse pessoal tivesse ganho aquela guerra, imagina como estaria o Brasil?", questionou em alusão a partidos de esquerda que lutaram contra a ditadura.

A determinação de que o golpe militar seja comemorado tem gerado críticas e reações de diversas instituições que contestam a ordem. A juíza federal da 6ª Vara de Brasília, Ivani da Silva Luz, mandou intimar o presidente sobre ação popular do advogado Carlos Alexandre Klomphas que pede para que sejam barrados os festejos em torno do aniversário do golpe. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo no domingo, 24, o presidente Jair Bolsonaro orientou os quartéis a celebrarem a "data histórica", quando um golpe militar derrubou o governo João Goulart e iniciou um regime ditatorial que durou 21 anos.

Relação com o Executivo

O presidente voltou a dizer que não tem problemas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. "Zero problema", afirmou ele. Mas disse que parlamentares "fazem tempestade em copo d'água" e questionou onde estaria errando. "Quem disse que teve ataque meu ao Rodrigo Maia? Quem disse que teve ataque meu ao Congresso?", questionou Bolsonaro, argumentando que seu erro foi escolher um ministério técnico, competente e independente. "Meu maior erro que cometi na política", declarou.

Segundo o presidente, quando se fala em velha e nova política, já se consegue no mínimo dividir o parlamento. "Pessoal reclama da aproximação. Que aproximação é essa? Não posso atender", afirmou.

Ele culpou ainda a imprensa pela impressão de que o cenário é de turbulência. "Tem muita coisa boa acontecendo. Lamentavelmente grande parte da mídia não divulga as duas coisas, prefere ficar na futrica, na fofoca", reclamou Bolsonaro, embora tenha dito mais adiante que busca aproximação com a mídia tradicional e não quer ser inimigo do jornalismo.

O juiz federal Sérgio Moro evitou nesta sexta-feira, 10, se posicionar sobre um suposto convite do senador e candidato à Presidência da República, Álvaro Dias (Podemos), para assumir o Ministério da Justiça, caso seja eleito. O magistrado declarou, em nota pública, "que a recusa ou a aceitação poderiam ser interpretadas como indicação de preferências políticas partidárias, o que é vedado para juízes".

Em debate na noite desta quinta-feira, 9, na TV Bandeirantes, Álvaro Dias afirmou: "Nós queremos institucionalizar a Operação Lava Jato como uma espécie de nossa tropa de elite no combate à corrupção. Cabo eleitoral dos investimentos, da geração de emprego, porque certamente nós enviaremos ao mundo uma outra imagem. A imagem de seriedade. O Brasil voltará a ser sério."

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O senador disse ainda: "Vou continuar combatendo os privilégios e combatendo a corrupção, por isso eu já convidei publicamente o juiz Sergio Moro."

VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA DE MORO

"Fui contatado por diversos jornalistas para comentar a respeito das afirmações públicas do Exmo Sr. Senador Álvaro Dias, candidato a Presidente da República, de que me convidará para ocupar o cargo de Ministro da Justiça caso seja eleito. Informo aos jornalistas e publicamente que reputo inviável no momento manifestar-me, de qualquer forma e em um sentido ou no outro, sobre essa questão, uma vez que a recusa ou a aceitação poderiam ser interpretadas como indicação de preferências políticas partidárias, o que é vedado para juízes."

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, não assistiu todo o debate entre os presidenciáveis na TV Bandeirantes.

"Ele não assistiu todo, assistiu umas partes só, achou que foi um debate com muita ausência de proposta e foi mesmo. Na verdade não tínhamos lá quem efetivamente era comentado no debate, comentaram programas que o PT tinha feito, tentavam a paternidade", disse Gleisi depois de fazer uma visita a Lula na sede da Polícia Federal em Curitiba.

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Na sala onde cumpre pena de 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula tem acesso a um aparelho de televisão com os canais abertos, entre eles a TV Bandeirantes. Segundo pessoas que têm acesso ao ex-presidente, a TV, livros e uma esteira na qual pratica exercícios são os únicos passatempos de Lula na prisão.

Ao contrário do que ocorreu no primeiro debate da Band, quando o PT organizou uma conversa "paralela" com eleitores pelas redes sociais, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), candidato a vice na chapa encabeçada por Lula, deve substituir o ex-presidente nos próximos debates, afirmou Gleisi, depois de cerca de três horas de conversa com Lula na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

A estratégia petista, no entanto, é insistir na Justiça para que Lula consiga participar dos programas, mas manter Haddad como "porta-voz" da campanha. "Vamos tomar todas as medidas necessárias para a participação do Lula e, se não conseguirmos, para a participação do Haddad. Não podemos ficar fora dos debates em respeito ao povo brasileiro", afirmou Gleisi. "Durante a campanha, nosso candidato a vice é o porta-voz do presidente", disse.

Lula foi impedido pela Justiça de participar do debate na Band, ocorrido na quinta-feira, 9. O PT, no entanto, elaborou outra estratégia: montou um evento paralelo de conversa transmitido pelas redes sociais, com a participação de Gleisi, Haddad e Manuela D'Ávila, que desistiu da sua candidatura à Presidência para apoiar Lula, e Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e integrante da coordenação da campanha petista. A falta de um petista no embate televisivo, segundo analistas ouvidos pela reportagem, colocou o partido numa situação difícil, já que deixou o eleitor com a impressão de que Lula não será mesmo candidato.

Haddad e Gleisi reforçaram que a lei eleitoral diz que, mesmo preso, o ex-presidente não teria seus direitos políticos suspensos, o que o autorizaria a participar de sabatinas e debates, e até da gravação de programas eleitorais. "Se de fato, como pensam nossos adversários, o Lula está fragilizado e é um preso comum, porque impedi-lo de participar dos debates se o Código Eleitoral garante a sua participação expressamente?", questionou Haddad.

O ex-prefeito de São Paulo disse que, durante a visita, Lula fez um apelo aos seus adversários na disputa eleitoral e aos meios de comunicação para que o ajudem a participar dos debates. "Lutar pela participação do Lula (nos debates) vai aumentar a audiência, as pessoas vão poder ouvi-lo, poder ouvir os seus adversários, que poderão questioná-lo sobre qualquer tema, e ele está muito disposto a isso. [...] (Lula pede) que lutem pelo fim da censura", afirmou.

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, reiterou na tarde desta sexta-feira, 10, que se for eleito quer ajudar a "limpar o nome" de 63 milhões de pessoas. O processo seria mediado pelo governo, que vai estimular o refinanciamento dessas dívidas.

Na proposta de Ciro, o processo pode ser feito via bancos públicos. O pedetista reconheceu que está em estudo também como estender às instituições privadas a medida, "se tiver espaço para afrouxar um pouco o compulsório".

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De acordo com o candidato, este processo de "mediação poderosa" do governo consiste na retirada da correção monetária e de "juros absurdos" sobre a dívida contraída pelos brasileiros. "Nós vamos ajudar a descontar todos os desaforos das dívidas dos brasileiros", afirmou o pedetista.

A proposta já vinha sendo falada pelo candidato nos últimos dias e ganhou repercussão ontem à noite, durante o debate da Band. Ciro reconheceu que usou o programa de TV para fixar a medida entre o eleitorado e os adversários. "Quero que meus adversários esculhambem mais minhas medidas, quero que esta (do refinanciamento) vire hit", afirmou.

Para o pedetista, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) tomou dele as propostas de tributação de dividendos e de zeragem de déficit público em 24 meses. "Reconheci aspas minhas nas falas de Alckmin ontem", ironizou.

Ao ser questionado sobre o temperamento dele, Ciro se esquivou de ser chamado de candidato "paz e amor". "Eu sou um doce de coco. Mas acontece que na política eu não estou para alisar, aí fico com fama de bocão", afirmou.

O governo dos Estados Unidos enviou três funcionários da embaixada no Brasil para acompanhar o debate entre candidatos à Presidência realizado pela Band, na noite desta quinta-feira, 9.

Emissários do governo do presidente Donald Trump fizeram anotações, conversaram com jornalistas e vão enviar um relatório a Washington com suas impressões sobre o programa.

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Na opinião de um dos funcionários da embaixada, que conversou em caráter reservado com o Broadcast Político/Estadão, faltou confronto entre os presidenciáveis brasileiros, diferentemente de como costumam ser os debates da eleição americana.

A principal dúvida do grupo, disse o emissário, é avaliar a probabilidade de um segundo turno entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL) e até que ponto a estratégia do PT de manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato terá efeito eleitoral.

Além das propostas e dos comentários, Washington quer monitorar o que os candidatos brasileiros falam sobre os Estados Unidos, disse o funcionário. O país de Donald Trump, porém, não foi tema do diálogo entre os presidenciáveis.

Sem a presença de candidato do PT no debate entre presidenciáveis na Band, não houve polarizações nos bastidores como em edições anteriores. Os únicos petistas na plateia foram o tesoureiro do partido, Emídio Souza, e o advogado Marco Aurélio Carvalho.

Quando chegou ao estúdio, a dupla logo soube que não havia lugares reservados para o PT e teve de buscar assento perto dos jornalistas. Ambos foram embora no segundo bloco. Muitos políticos, aliás, tiveram de dar meia volta, já que os candidatos tiveram apenas sete convites para distribuir.

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Fora do foco da câmera, Ciro Gomes (PDT) não escondia o incômodo por ser pouco acionado. Quando foi chamado pela primeira vez, levantou as mãos em agradecimento. Jair Bolsonaro (PSL) demonstrava nervosismo no começo do debate, quando foi interpelado por Guilherme Boulos (PSOL).

No primeiro bloco, o ex-militar ficou sentado durante todo o tempo para, segundo um auxiliar, demonstrar moderação. O general Augusto Heleno, que quase foi vice de Bolsonaro, disse a jornalistas que ajudou no "mídia training" do candidato e o aconselhou a ter moderação. No intervalo, porém, a estratégia mudou.

Apesar de ter levado vários assessores ao debate, Henrique Meirelles (MDB) ficou com a gravata torta durante quase todo o programa. Já o staff de Marina Silva (Rede) correu para levar um xale para ela no primeiro bloco, pois a candidata reclamava de frio no estúdio.

Geraldo Alckmin (PSDB) permaneceu impassível nos intervalos e parecia desconfortável no assento. Entre um bloco e outro, conversava com seu marqueteiro, Lula Guimarães. Entre os aliados presentes na plateia, estavam o ex-prefeito João Doria, a senadora Ana Amélia, sua vice, e Lu Alckmin. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Novidade de última hora na corrida presidencial, o candidato do Patriota, Cabo Daciolo, procurou se colocar como um concorrente dissociado da política. No debate, criticou o que chamou de "velha política", se referindo diretamente aos adversários.

Bombeiro, evangélico e com um discurso quase sempre exaltado, ele fez várias citações a Jesus Cristo e, nas considerações finais do debate, leu trecho da Bíblia, além de se apresentar como "servo do Deus vivo".

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No debate, Daciolo, ao questionar o candidato do PDT, Ciro Gomes, disse que o ex-ministro foi o "fundador do Foro de São Paulo" e perguntou o que ele sabia sobre a "Ursal (União das Repúblicas Socialistas da América Latina). "Não sei o que é isso e não fui fundador do Foro de são Paulo", respondeu Ciro. "Sabe, sim", insistiu o bombeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) relembrou na noite desta quinta-feira (9) durante debate na Band, críticas de membros do PSDB ao Bolsa Família. O candidato tucano, Geraldo Alckmin, retrucou e saiu em defesa do programa.

Ao ler o trecho de um editorial do PSDB em 2004 que chamava o programa de "populismo rasteiro", Meirelles pediu comentários de Alckmin sobre o tema. O tucano disse que era necessário "melhorar a memória do Meirelles". "O Bolsa Família é junção de programas do PSDB", afirmou.

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Na tréplica, Meirelles criticou a diminuição do programa Bolsa Cidadão no Estado de São Paulo. Alckmin reagiu e disse que os programas sociais do Estado de São Paulo "são muito bem avaliados".

O tucano afirmou ainda que é necessário investir recursos do BNDES na área social, principalmente no Nordeste.

Alckmin defendeu a diminuição do tamanho do Estado, o voto distrital misto, a reforma política e o aprimoramento dos sistemas de controles da corrupção.

O candidato Guilherme Boulos (PSOL) afirmou no debate da TV Bandeirantes, realizado na noite desta quinta-feira (9), que Henrique Meirelles (MDB) não é o único candidato de Temer nestas eleições. "Aqui tem 50 tons de Temer", afirmou, causando risos na plateia.

Meirelles afirmou, então, que é o candidato do "emprego, da renda e do crescimento econômico".

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O apoio ao governo de Michel Temer foi lembrado em outras participações.

Alvaro Dias (Podemos) atacou Meirelles ao dizer que ele "deveria dar explicações" a problemas do governo Temer. "O senhor na presidência do Banco Central apenas assistia a este espetáculo", afirmou.

Para o senador paranaense, é necessário "desaparelhar" o Estado brasileiro. "Se isso não ocorrer, o Brasil não vai alcançar índices de crescimento econômico", disse.

Os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Marina Silva (Rede) expuseram na noite desta quinta-feira (9), durante debate na Band, as posições que ambos têm a respeito do aborto.

Marina Silva defendeu mais uma vez a realização de um plebiscito sobre o tema. Já Boulos disse que, caso eleito, a questão não será tratada no âmbito do Código Penal. "Vai ser um tema do SUS. É muito cômodo negar o direito ao aborto às mulheres, e homens não assumirem filhos", criticou.

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No primeiro debate da disputa pela Presidência da República, promovido na noite desta quinta-feira (9) pela Band, os candidatos evitaram, na maior parte do tempo, o confronto direto. O encontro entre os presidenciáveis, que durou cerca de 3 horas, transcorreu em temperatura morna. A expectativa de que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, fosse o principal alvo de questionamentos dos adversários não se confirmou. Dono da maior coalizão partidária, o tucano Geraldo Alckmin enfrentou provocações dos rivais.

Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto nos cenários sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo preso e condenado na Lava Jato, Lula foi oficializado como candidato do PT no fim de semana passado. A defesa do petista tentou garantir sua presença no debate, mas os pedidos foram negados pela Justiça.

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Além de Bolsonaro e Alckmin, participaram do evento Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Cabo Daciolo (Patriota).

Com um discurso mais técnico, o candidato do PSDB procurou, em suas falas, citar dados de suas gestões em São Paulo, enquanto adversários tentaram associá-lo ao governo Michel Temer. Foi confrontado por medidas econômicas da gestão emedebista e sobre a aliança com Centrão. Marina Silva criticou a aliança do PSDB com o bloco partidário, que integra a base do Palácio do Planalto. A ex-ministra disse que o governo é responsável pelas "mazelas e tem assaltado o povo". "Isso é fazer mudança?", questionou ela ao tucano.

Alckmin afirmou que, para sair do "marasmo", é preciso aprovar reformas e que isso depende de uma "maioria" no Congresso. "Alianças são por tempo de TV, para se manter no poder. É a governabilidade com base no exercício puro e simples do poder", disse Marina. "Política é um caminho para mudanças e alianças são necessárias para implementar mudanças", respondeu o tucano.

Ciro e Alckmin divergiram em relação à reforma trabalhista, aprovada em 2017. O candidato do PDT perguntou ao tucano se ele iria manter a reforma trabalhista, que, na avaliação do ex-ministro, introduziu insegurança jurídica e é uma "aberração". Alckmin defendeu a reforma, que ele classificou como "avanço". "Mantenho a posição, reforma trabalhista vai estimular mais emprego", afirmou.

O Bolsa Família, marca de gestões petistas, foi elogiado por Meirelles e por Alckmin, que prometeram aprimorar o programa de distribuição de renda. O tucano aproveitou o tema para dizer que vai investir na área social, principalmente no Nordeste, levando "água ao semiárido".

O ex-ministro da Fazenda questionou o tucano ao dizer que o PSDB chamou o Bolsa Família de "Bolsa Esmola" e que o DEM, partido do Centrão que apoia Alckmin, afirmou que o programa "escraviza as pessoas". O tucano afirmou que vai ampliar o programa com dinheiro do "Bolsa Banqueiro".

O debate foi aberto com uma questão única para todos os candidatos: como combater o desemprego. Alvaro Dias gastou o tempo concedido se apresentando aos telespectadores e foi interrompido quando citava novamente a sua intenção de, se eleito, convidar o juiz federal Sérgio Moro para o Ministério da Justiça.

Na rodada de perguntas entre os candidatos, o momento mais quente ocorreu quando Boulos começou perguntando para Bolsonaro, a quem chamou de "machista", "racista" e "homofóbico". O líder o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) questionou o deputado sobre uma suposta funcionária fantasma mantida por Bolsonaro em Angra dos Reis. "Quem é a Wal", disse Boulos. Bolsonaro afirmou que ela é uma funcionária em situação legal e retrucou: "Pensei que fosse discutir política."

O candidato do PSL questionou uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo sobre a funcionária. "Eles foram lá e não acharam nada." Na tréplica, Boulos afirmou: "Wal é funcionária fantasma, que cuida dos cachorros do Bolsonaro em Angra dos reis. Wal é vítima. Bolsonaro é a velha política corrupta. O senhor não tem vergonha?", questionou Boulos. "Teria vergonha se invadisse casa dos outros", respondeu o deputado.

O tema "mulheres" foi citado por Alvaro Dias, que fez uma pergunta a Bolsonaro. Dias falou sobre a questão da diferença de salário entre homens e mulheres e da violência contra a mulher. Segundo Bolsonaro, a questão da misoginia foi um "rótulo que botaram" na minha conta". Disse que valoriza as mulheres e que, em breve, os homens é que vão querer ganhar igual às mulheres. Citou ainda seu projeto de castração química de estupradores que quiserem reduzir suas penas. "Mas as mulheres de esquerda são contra."

No primeiro debate entre os presidenciáveis da TV Bandeirantes sem a presença de um candidato do PT desde a redemocratização, não houve uma polarização de provocações nos bastidores como nas edições anteriores.

Os únicos petistas presentes na plateia foram o tesoureiro do PT, Emídio Souza, e o advogado Marco Aurélio Carvalho. Quando chegaram ao estúdio, a dupla logo soube que não havia lugares reservados para a sigla e teve que buscar onde sentar perto dos jornalistas.

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Acabaram indo embora no segundo bloco. Muitos políticos, aliás, tiveram que dar meia volta e ir embora, já que os oito candidatos tiveram apenas sete convites para distribuir entre aliados.

Fora do foco da câmera, Ciro Gomes (PDT) não escondia o incomodo por ser pouco acionado. Quando foi chamado pela primeira vez, levantou às mãos para o alto em agradecimento.

Já Jair Bolsonaro demonstrou nervosismo no começo do programa e virou um copo de água inteiro quando foi interpelado por Guilherme Boulos (PSOL). No primeiro bloco, ele ficou sentado durante todo o tempo para, segundo um auxiliar, demonstrar moderação.

O General Augusto Heleno, que quase foi vice de Bolsonaro, disse a jornalistas que ajudou no "mídia training" do candidato e o aconselhou a ter moderação. No intervalo, porém, a estratégia mudou. O deputado do PSL foi aconselhado pelo senador Magno Malta a mudar o tom, e seguiu a orientação.

No segundo bloco, Bolsonaro ficou de pé para parecer mais altivo. Seus apoiadores comentaram que se sentiram mais "confortáveis' com essa segunda versão. Mas ele não conseguia ficar parado e passou a se alongar.

O ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) levou vários assessores para a TV Bandeirantes, mas sua gravata ficou torta durante quase todo o programa.

Já o stafe de Marina correu para levar um xale no primeiro bloco, pois ela estava reclamando do frio no estúdio.

Alckmin permaneceu impassível nos intervalos e parecia um pouco desconfortável como o banco.

Os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) divergiram no debate da Band em relação à reforma trabalhista, aprovada em 2017.

Ciro perguntou ao ex-governador de São Paulo se ele iria manter a reforma trabalhista, que, na avaliação do ex-ministro, introduziu insegurança jurídica e é uma "aberração".

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Alckmin defendeu a reforma, que ele classificou como "avanço". "Mantenho a posição, reforma trabalhista vai estimular mais emprego", afirmou.

O candidato Cabo Daciolo (Patriota) defendeu, durante o debate da Band, mudança no formato de votação do País. Para Daciolo, que também é deputado federal, há fraude nas urnas eletrônicas. "Isso é preocupante", afirmou.

O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), o Tribunal da Lava Jato, negou liminarmente nesta quinta-feira, 9, o pedido do PT em um mandado de segurança para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participasse do debate entre os candidatos à Presidência na TV Bandeirantes esta noite. A informação foi antecipada pela coluna Direto da Fonte, da jornalista Sonia Racy.

Lula está preso desde 7 de abril na sede da Polícia Federal em Curitiba, cumprindo pena de 12 anos e um mês de reclusão no processo do triplex do Guarujá (SP).

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O mandado, com pedido liminar, foi impetrado pela direção do PT contra outra decisão de caráter liminar da juíza federal convocada para atuar no tribunal Bianca Geórgia Cruz Arenhart que, na segunda-feira, 6, já havia considerado que o partido era "parte ilegítima para a postulação" - a juíza negou a mesma liberação para Lula participar do evento.

No requerimento, o partido requisitou liminar da ordem para que o petista participasse "presencialmente ou, de forma subsidiária, por videoconferência ou por vídeos previamente gravados".

A relatora do mandado de segurança na 4.ª Seção do TRF-4, desembargadora federal Cláudia Cristina Cristofani, no entanto, voltou a negar o pedido.

A magistrada também considerou que o PT "não é parte legítima para ingressar com essa ação, pois, de acordo com a Lei de Execução Penal (Lei Federal nº7210/84), cabe ao próprio preso, por meio de sua defesa constituída, pleitear judicialmente benefícios em favor de quem está no cumprimento de pena".

Cristofani também destacou que "houve excesso de postulação de recursos no caso". Ela afirmou que "essa espécie de arranjo processual, ao forçar a reapreciação de postulações por incontáveis vezes, drena os recursos escassos do serviço público de resolução de litígios, financiado pela riqueza extraída da sociedade produtiva, pelo fruto dos esforços de empreendedores e de trabalhadores".

Para desembargadora, "o abuso de postulação que favorece determinada parte processual gera malefícios à sociedade", devendo ser tratado como uma questão de ética.

"Não se pode deixar de concluir, diante disso, que este comportamento tem implicações essencialmente éticas, e nessa condição deveria ser tratado pela cúpula do Judiciário, pela sociedade, e pelos órgãos de representação profissional", assinalou a desembargadora Cláudia Cristofani, ao indeferir o mandado de segurança em favor de Lula.

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou em suas redes sociais uma carta na qual lamenta seu não comparecimento ao debate desta quinta-feira (9) na TV Bandeirantes - o primeiro da campanha eleitoral nas eleições 2018. No texto, que foi divulgado nas redes sociais do petista, Lula, condenado e preso pela Operação Lava Jato desde abril, diz que a decisão da Justiça Federal de impedir sua participação no programa viola o direito do povo brasileiro e também dos outros candidatos de discutir as propostas de sua candidatura.

"A candidatura que lidera as pesquisas é impedida de debater com as demais suas propostas e ideias defendidas por milhões de brasileiros", diz Lula no texto. "Viola também a liberdade de imprensa, impedindo que um veículo de comunicação cumpra seu dever de informar e proibindo o público de exercer seu direito de ser informado. O nome disso é censura."

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Na carta, enviada da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, Lula diz ainda que é candidato porque não cometeu nenhum crime e deixou o cargo em 2010 com avaliação positiva recorde de 87%. "O Brasil precisa debater seu futuro de forma democrática. Ter eleições onde o povo, que já viveu dias melhores em um passado recente, possa escolher que caminho quer para o País, com a participação de todas as forças políticas da nação", concluiu.

Mais cedo, a desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4), negou o mandado de segurança do PT que pedia a participação do ex-presidente no debate. Os advogados do ex-presidente tinham entrado na quarta-feira com um recurso contra a decisão da juíza Bianca Arenhart, também do TRF-4, que negou o pedido para que o petista participe do debate eleitoral.

Ainda da prisão, Lula disse, segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, que o visitou nesta tarde, que o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, seu candidato a vice, será "sua voz e pernas" enquanto ele estiver preso.

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