Durante a abertura do 1º Seminário Regional Programático da aliança PSB, Rede Sustentabilidade e PSB, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, neste sábado (22), os políticos sulistas engrandeceram a participação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e da ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), na postulação pela presidência da República. Corroborando o coro que recepcionou Campos, entoando “Brasil urgente, Eduardo Presidente!”, ao ser convidado para compor a mesa.
Ao discursar, o deputado federal Beto Albuquerque (RS) contou aos militantes os sonhos da vida dele, incluindo, entre eles, o desejo de ver Campos comandando o Brasil, através da chamada nova política. “Sonho com um Brasil sem desigualdades, eficiente, que seja capaz de resolver, não de enrolar e empurrar com a barriga. Sonho com um Brasil que seja governado pelo povo e não pela velha elite. Aqui está à chave da chamada nova política, que não é ter pouca idade, nem inventar tudo de novo, é ter a capacidade de reunir em um programa as diferencias convergências e o interesse do povo”, afirmou o deputado, criticando a atuação do Governo Federal na região do Sul.
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Albuquerque ainda elencou ainda as deficiências da região, causadas pelo governo de Dilma Rousseff (PT), como no setor energético e na economia. “A presidenta Dilma veio quinta-feira sem corar o rosto num silencio sepulcral de quem desistiu de renegociar a dívida dos gaúchos, santa catarinense e paranaense. (...) Nós queremos um governo solidário com o nosso país”, disparou o pessebista.
Um dos intermediadores da aliança entre Marina e Campos, o senador Pedro Simon (PMDB), também participou do encontro. Simon afirmou que ficava satisfeito com o que estava vendo ser feito pela aliança programática, além disso, ele garantiu que se sentia a vontade em participar do evento, apesar de fazer parte de uma legenda forte da base de Dilma. “Vivemos aqui um momento muito importante, primeiro para mostrar que o Brasil não tem dono”, disse.
“A Dilma tem suas qualidades e os seus defeitos, destes em Brasília, o maior é no nível da governabilidade, no toma lá da cá, aprova este projeto que eu nomeio um ministro. Isto tem que acabar”, cravou, alertando que nesta eleição “as coisas terão que ser definidas mesmo”. Simon disse ainda que um dos motivos pelo qual apoia Eduardo é a proximidade com o seu avô, Miguel Arraes, que segundo o senador “foi uma das pessoas mais dignas e corajosas”.
“Não sei o que o meu partido vai decidir, mas eu estou aqui por duas obrigações, a primeira não é por ti. É por teu avô. (...) Estou aqui também pela minha irmã Marina... A união de todos vocês é muito importante. Marina e Eduardo, uma grande chapa”, afirmou.
No encontro, o cantor Márcio Padula homenageou os partidos com uma música gaúcha em homenagem a aliança programática e recitou versos incluindo parte das diretrizes programáticas.
A discussão das diretrizes foi dividida em seis grupos: Estado e democracia; Economia para o desenvolvimento sustentável; Educação, cultura e inovação; Políticas sociais e qualidade de vida; Novo urbanismo e pacto pela vida e Política regional.
No dia 28 de outubro aconteceu o primeiro encontro programático da aliança, em novembro foi criado o site Mudando o Brasil que recolheu sugestões populares para a criação do documento Diretrizes para o Programa de Governo, que foi lançado no último dia 4, em Brasília, sendo levado para os estados que acrescentarão suas sugestões na construção daquilo que será apresentado aos eleitores durante a campanha.