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O Japão registrou um roubo de moedas virtuais avaliado em 6,7 bilhões de ienes (60 milhões de dólares), após um ataque de hackers, anunciou uma operadora de câmbio virtual.

A Tech Bureau, com sede em Osaka e que administra a plataforma de moedas virtuais Zaif, afirmou que seu servidor foi tomado ilegalmente e uma transferência de dinheiro foi realizada.

"Nos recusamos a comentar os detalhes deste acesso ilegal, pois é um crime. Já solicitamos às autoridades que investiguem", afirmou a Tech Bureau em um comunicado.

A empresa informou que as moedas virtuais roubadas eram bitcoin, monacoin e bitcoin cash.

"Vamos preparar medidas para que os ativos dos clientes não sejam afetados pelo ataque", completou a empresa, que receberá apoio financeiro de seu maior acionista, Fisco Group.

O Japão é o maior centro para as moedas virtuais e quase 50.000 estabelecimentos do país aceitam bitcoin.

Imagine a quantidade de energia elétrica consumida por residências, comércio e iluminação pública em toda a cidade de São Paulo. Essa é aproximadamente a quantidade de eletricidade gasta para produzir a moeda virtual bitcoin, de acordo com um novo estudo.

De acordo com a pesquisa realizada com uma nova metodologia pelo economista holandês Alex de Vries, especialista em bitcoins do Experience Center da PwC na Holanda, a rede de computadores envolvida na produção de bitcoins consome no mínimo 2,55 gigawatts por hora - um valor semelhante ao da energia elétrica consumida na cidade de São Paulo, ou em um país como a Irlanda.

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Especialistas têm manifestado preocupação com a enorme quantidade de energia elétrica necessária para o processo industrial envolvido na emissão da moeda virtual bitcoin, mas até agora, esse consumo não havia sido medido por nenhum estudo científico rigoroso.

Com a crescente valorização do bitcoin, o autor afirma que esse consumo deverá crescer de forma expressiva até o fim de 2018, alcançando 7,7 gigawatts - cerca de 0,5% do consumo mundial de energia elétrica. A pesquisa teve seus resultados publicados nesta quarta-feira, 16, na Joule, a revista científica do grupo Cell dedicada a estudos sobre energia.

"Temos visto muitos cálculos improvisados, mas nós precisamos de uma discussão mais científica sobre o rumo dessa rede. Neste momento, de forma geral, a informação disponível tem qualidade bastante baixa. Por isso espero que esse artigo seja utilizado como fundamento para mais pesquisas", disse De Vries ao jornal O Estado de S. Paulo.

O economista, que é fundador do blog Digiconomist, dedicado a fornecer informações usuários de "criptomoeadas", afirma que uma única transação com bitcoin consome tanta eletricidade como a média de uma residência holandesa durante um mês. Se até o fim do ano o consumo subir mesmo para 7,7 gigawatts, ele será equivalente ao de um país como a Áustria.

"Para mim, 0,5% já é bastante chocante. É uma diferença extrema em comparação ao sistema financeiro convencional e essa demanda crescente de eletricidade definitivamente não vai nos ajudar a alcançar nossas metas climáticas", afirmou De Vries.

De acordo com o economista, se o preço do bitcoin continuar a crescer da maneira como os especialistas estão prevendo, a rede poderá chegar a consumir nos próximos anos algo em torno de 5% da eletricidade do mundo. "Isso seria terrível", afirmou.

Embora o bitcoin seja uma moeda virtual, sua produção causa problemas bastante concretos como a emissão de carbono na atmosfera. Na China, país que concentra o maior número de "mineradores" de bitcoins, a maior parte da energia elétrica é produzida pela queima do combustível fóssil. "A eletricidade com base em carvão está disponível na China com taxas muito baixas e país concentra mais da metade das 'minas' de bitcoin", disse De Vries.

Um estudo feito por ele em dezembro de 2017 em uma "mina" de bitcoins na Mongólia - onde a matriz energética também se baseia no carvão - estimou que uma única transação com o bitcoins pode ter uma "pegada de carbono" semelhante à de um passageiro voando por uma hora em um Boeing 747. "Pelos nossos cálculos, são emitidas mais de 440 quilos de carbono para cada transação com o bitcoin."

Energia para "mineração"

Os bitcoins são criados por um processo complexo no qual supercomputadores processam continuamente cálculos matemáticos de alta complexidade, em milésimos de segundos, por meio de um software específico.

A cada 10 minutos, o software lança uma equação matemática diferente. Ligados em uma espécie de rede paralela na web, os computadores competem pela chance de desvendar essas equações, para criar a próxima cadeia de transações. O usuário do comutador que decifrar primeiro os códigos é premiado com um lote de 12,5 bitcoins. Esse processo é conhecido como "mineração".

"Você está gerando números o tempo todo e as máquinas que são usadas para isso gastam eletricidade. Se você quiser uma fatia maior do bolo, vai precisar aumentar seu poder computacional. Com isso, há um grande incentivo para que as pessoas aumentem seus gastos em computadores e em eletricidade", explica De Vries.

Metodologia

A metodologia de estimativa do gasto de energia utilizada por De Vries se baseia em calcular em que momento o incentivo deixa de ser economicamente viável. Os princípios econômicos, segundo ele, sugerem que toda a rede de bitcoins em determinado momento alcançará um equilíbrio no qual os custos dos computadores e da eletricidade utilizados na mineração chegarão a igualar o valor do bitcoin produzido. A partir da obtenção desse dado, ele consegue quantificar a eletricidade que a rede utilizará até alcançar o ponto de equilíbrio.

Outros pesquisadores já haviam utilizado o mesmo princípio em estudos anteriores, mas De Vries foi mais longe. Ele utilizou as informações do Bitmain, o maior fabricante de máquinas de mineração de bitcoins, para estimar quanto dos custos de mineração estão associados aos gastos com hardware, excluindo a eletricidade.

Embora De Vries tenha confiança em suas estimativas, ele afirma que o problema de seu método é que os fabricantes dos computadores são extremamente sigilosos com seus dados. "Às vezes a melhor informação que temos é um relato instável de testemunhas oculares. É com esse problema que temos que trabalhar a partir de agora."

Segundo De Vries, fazer uma boa estimativa do consumo de eletricidade pelo bitcoin é importante para determinar a sustentabilidade das criptomoedas e para ajudar a formular as políticas relacionadas a elas. Ele afirma que, nos Estados Unidos, alguns estados já começaram a impor restrições à mineração de bitcoins.

"Mas é preciso que essas políticas tenham fundamento em estudos sérios. Acredito que meu método é importante nesse aspecto, porque ele permite olhar para frente. O seu foco não é o que fazemos agora, mas para onde estamos indo. Acho que isso é algo que realmente precisamos conhecer para poder traçar políticas sobre o assunto", disse.

De Vries afirma, porém, que seus resultados deixam espaço para discussões sobre o método. "Acho que todos concordarão com os números que obtivemos sobre o consumo mínimo de energia utilizada para a produção do bitcoin. Mas as estimativas futuras realmente deixam grande espaço para discussão. De fato, não temos uma abordagem consensual, neste momento, para estimar o consumo de eletricidade no futuro. Espero que meu trabalho abra essa discussão. Eu estou fazendo essa pesquisa, mas tem muita gente que também deve estar estudando isso", declarou.

Segundo dados do site Bitcoin Average, em 2017 o Brasil se tornou o quarto maior mercado do mundo em negociação de bitcoin. Foram quase 1.150 bitcoins negociadas em 24 horas no país. Mas, apesar das flutuações que apresenta periodicamente, a moeda digital continua à atrair milhares de investidores todos os dias, e por se tratar de um bem importante assim como imóveis e veículos, a criptomoeda também deve ser declarada no Imposto de Renda.

"A Bitcoin é, assim como o real ou o dólar, uma moeda. O contribuinte deve declará-la pelos valores históricos de aquisição, no entanto o imposto só é cobrado quando a moeda for vendida com lucro", explica Heber Dionízio, contador da Contabilizei, escritório responsável pela contabilidade de mais de 5 mil empresas em todo o Brasil.

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"Desde 2017, a Receita Federal incluiu a moeda digital nas instruções de declaração. Todos os valores, entre R$ 1 mil e R$ 35 mil devem ser declarados. E os ganhos com alienação, cujo valor mensal ultrapasse R$ 35 mil, são tributados com alíquota de 15%, a título de ganho de capital", completa Dionízio.

O contador ressalta que a forma correta de se tratar o Bitcoin e qualquer outra moeda digital no momento de preencher o programa da Receita Federal é "outros bens e direitos", dentro da opção de "Fichas de declaração".

O período para que pessoas físicas efetuem a Declaração do Imposto de Renda começou no dia primeiro de março. Todos os residentes no Brasil e que, em 2017, receberam um rendimento anual tributável acima de R$ 28.559,70 são obrigados a apresentar a Declaração. Para que a restituição seja recebida mais rapidamente, é importante que as pessoas comecem a se organizar para entregar a declaração logo no início do prazo.

Após quatro dias desaparecido, um pastor evangélico da Assembleia de Deus Missão, de São José dos Campos-SP, confessou para a polícia que simulou um sequestro. Ainda segundo os policiais, ele pediu resgate de três bitcoins para a família, cujo valor unitário estava cotado em cerca de R$ 35 mil na quinta-feira (1º), data em que ele se apresentou. 

O pastor estava desaparecido desde a segunda-feira (26), quando foi visto no bairro Vista Verde, zona leste da cidade, onde encontrou com outro pastor, segundo o G1. Inicialmente, Alexandre Geraldo dos Anjos, conhecido como Sandro, de 34 anos, foi até a delegacia dizendo ter sido sequestrado, mas conseguido fugir do cativeiro.

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O homem foi encaminhado para uma delegacia especializada, onde confessou que o sequestro era falso após ser pressionado. Segundo a Polícia Civil, uma denúncia informava que o pastor tinha almoçado em um restaurante no período em que estava como desaparecido. Uma equipe foi até o local, pegou filmagens e confirmou que o homem almoçava de forma tranquila. 

De acordo com o G1, o pastor relatou que estava com dívidas e precisava de dinheiro para quitá-las. A família não chegou a pagar o valor do resgate. Alexandre foi ouvido e liberado. Ele deverá responder por estelionato.

A empresa alemã Sikur lançará o primeiro smartphone totalmente criptografado, testado por hackers e dedicado a armazenar criptomoedas como o bitcoin de forma segura. O chamado SIKURPhone será lançado por US$ 799 (ou R$ 2.589) em agosto deste ano. Apenas 20 mil unidades estarão disponíveis a esse preço.

A Sikur disse que colocou seu dispositivo à prova contratando hackers profissionais para atacar o modelo. A empresa afirma que o smartphone foi submetido a rigorosos testes por dois meses, mas ninguém conseguiu obter qualquer informação guardada nele.

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O smartphone tem tela de 5,5 polegadas com resolução Full HD (1920 x 1080), processador MediaTek MT6750, 4 B de memória, 64 GB de armazenamento, câmera traseira de 13 MP e bateria de 2.800 mAh. Mas o seu recurso de destaque é uma carteira criptografia incorporada para armazenar e proteger as moedas digitais.

O dispositivo funciona com o sistema operacional SikurOS, uma versão customizada do Android, que garante a criptografia dos dados da carteira digital, dos serviços de mensagens, das ligações e de outros aplicativos.

Ele também possui autenticação de impressões digitais, que a empresa afirma que pode ajudar a recuperar dados pessoais se o dispositivo for perdido ou se o usuário esquecer sua senha pessoal de acesso.

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O bitcoin chegou a cair abaixo da barreira de US$ 6 mil nesta terça-feira, estendendo um movimento de desvalorização que eliminou mais de US$ 200 bilhões de seu valor de mercado em quase dois meses.

Na mínima do dia, o bitcoin foi negociado a US$ 5.947,40, acumulando desvalorização de cerca de 70% desde que atingiu a máxima histórica de US$ 20 mil em dezembro, de acordo com a CoinDesk, principal consultoria de moedas digitais. Às 8h20 (de Brasília), o bitcoin havia se recuperado parcialmente e operava a US$ 6.614,34, com queda de 4,3% ante ontem.

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O último tombo do bitcoin coincide com um forte movimento de queda nos mercados globais de ações. Nos EUA, o Dow Jones caiu mais de 1.175 pontos ontem, sua maior queda histórica em um único dia. O movimento de liquidação se espalhou para as bolsas da Ásia durante a madrugada e também afeta os mercados europeus nesta manhã.

Nas últimas semanas, o bitcoin ficou pressionado em meio a iniciativas na Coreia do Sul, China e Índia para restringir operações com as chamadas criptomoedas. Além disso, há relatos recentes de bolsas de moedas digitais que sofreram ataques de hackers no Japão e Coreia do Sul. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um casal de operadores de câmbio britânico especializado em moedas virtuais foi forçado sob a mira de uma arma a transferir seus bitcoins para o computador de assaltantes, informou o jornal Daily Mail. O incidente ocorreu no dia 22 de janeiro, mas foi relatado pela primeira vez neste domingo (27). Não está claro de quanto foi o prejuízo da dupla.

Danny Aston e sua namorada, Amy Jay, que geriam conjuntamente uma empresa comercial de criptografia, foram forçados a transferir digitalmente uma quantia de bitcoins por quatro homens que invadiram sua casa na cidade de Moulsford, em Oxfordshire.

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Os assaltantes vestidos com balaclava pularam sobre uma cerca, derrubaram uma porta e forçaram os comerciantes a transferirem seus bitcoins para um computador. Ninguém ficou gravemente ferido, disse uma porta-voz da polícia local. As autoridades investigam como os suspeitos encontraram os dois corretores.

A principal suspeita é de que os ladrões sabiam que Aston era um operador de câmbio virtual. Na internet, o britânico trabalhava sob condição de anonimato, mas alguns dos seus clientes referiam-se a ele pelo seu verdadeiro nome, o que pode ter ajudado os ladrões a identificá-lo e encontrar sua casa.

O bitcoin é uma moeda virtual que foi criada em 2009. Em dezembro de 2016 atingiu o valor máximo de US$ 19.511, embora desde então tenha caído abaixo de US$ 10 mil.

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O rapper norte-americano 50 Cent afirmou nesta terça-feira (23) que se esqueceu de cerca de 700 bitcoins ganhadas em 2014, cujo valor atualmente pode chegar a US$ 7,7 milhões. Na época, o músico permitiu que seus fãs comprassem o disco "Animal Ambition" usando frações da moeda, que valia apenas US$ 662.

Com as vendas, 50 Cent acumulou por volta de 700 bitcoins, que ficaram esquecidas em sua conta até agora. Atualmente, cada uma pode valer mais de US$ 11 mil. O rapper compartilhou sua descoberta no Instagram e Twitter. "Estou tão orgulhoso de mim", comentou.

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"Vou mandar a real. Eu esqueci que fiz isso", disse. O rapper é apenas uma das muitas pessoas que adquiriram bitcoins muito antes da moeda se tornar o hit do momento e acabaram se esquecendo disso. Atualmente, um bitcoin custa entre US$ 10 mil e US$ 12 mil. Em relação à cotação de meados de dezembro, quando bateu recordes, o ativo financeiro já perdeu cerca de 50% do valor.

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O preço do bitcoin e de outras moedas digitais despencou, depois que o principal político financeiro da Coréia do Sul disse no início da semana que uma repressão à negociação desses ativos ainda era possível. Em pouco mais de 24 horas, o valor do bitcoin foi de US$ 12.328,27 para US$ 9.610,05 às 12h33 (horário de Brasília) desta quarta-feira (17). O valor significa uma queda de quase 50% em apenas um mês, de acordo com a Bloomberg.

O ministro das finanças, Kim Dong-Yeon, disse em uma entrevista à estação de rádio de Seul, TBS, que proibir a negociação das moedas digitais era uma opção. Ele informou que a decisão estava sujeita a uma revisão minuciosa do governo.

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Segundo a CBC News, as observações das autoridades sul-coreanas têm influenciado os mercados globais de bitcoin e de outras moedas digitais nas últimas semanas. A alta demanda dos investidores por estes ativos financeiros chegou a criar uma espécie de taxa que os sul-coreanos precisam pagar para comprá-los.

Nos EUA, o órgão regulador de títulos e câmbio alertou para os riscos de se investir em criptomoedas e perder tudo, já que elas não estão respaldadas pelas leis que protegem os investimentos comuns. A comissão também reiterou que está fazendo todo o possível para perseguir estas violações, segundo um comunicado.

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Os pesquisadores da Kaspersky Lab identificaram um esquema de fraude que distribuiu e instalou secretamente um software de mineração de criptomoedas, como o bitcoin, nos computadores de usuários por meio de versões piratas de programas muito usados no trabalho e no lazer, como editores de fotos e de texto.

Segundo a Kaspersky Lab, diversos sites ofereciam o download de software pirata gratuito, inclusive de utilitários e aplicativos conhecidos, para se infiltrarem nos computadores das vítimas. Os criminosos usaram nomes de domínio semelhantes aos reais. Ao finalizar o download, o usuário recebia um arquivo comprimido com um programa de mineração embutido.

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O arquivo comprimido de instalação vinha com arquivos de texto com informações de inicialização, como endereços de carteiras e pools de mineração - uma espécie de servidor que reúne vários participantes e distribui a tarefa entre seus computadores.

Depois de instalados, os mineradores começavam a funcionar silenciosamente no computador da vítima, gerando dinheiro criptografado para os criminosos. De acordo com a pesquisa da Kaspersky Lab, em todos os casos eles usaram o software do projeto NiceHash, que sofreu recentemente uma violação de cibersegurança importante.

"Embora não seja considerado malicioso, o software de mineração reduz o desempenho do sistema do dispositivo, o que inevitavelmente afeta a experiência geral do usuário. Ele também aumenta a conta de energia elétrica da vítima", disse o analista de malware da Kaspersky Lab, Alexander Kolesnikov.

"Claro, algumas pessoas podem não se importar de saber que desconhecidos estão enriquecendo às suas custas, mas recomendamos que os usuários resistam, pois mesmo não sendo realizadas usando software malicioso padrão, essas atividades são fraude", complementa.

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Foi por acaso que o cearense Rocelo Lopez, de 45 anos, ficou milionário. Dono de uma empresa de tecnologia, ele aceitou, em 2013, a oferta de um cliente que queria quitar suas dívidas de uma forma nada convencional: pagaria tudo, mas com uma moeda até então desconhecida, a bitcoin. "Era pegar ou largar. Eu decidi pegar e guardar", conta. De lá para cá, essa moeda teve uma valorização de 21.000%. Só nos últimos 12 meses, foram 1.300%.

Nenhum outro investimento formal conseguiu essa proeza, o que provocou um frenesi em torno da novidade por parte de investidores e levantou um alerta sobre o risco de uma bolha, por parte das autoridades monetárias. A bitcoin é uma moeda que não existe no mundo físico, como as notas que carregamos na carteira. As transações não passam por bancos centrais nem por qualquer entidade regulatória. É tudo virtual.

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Rocelo Lopez gostou da novidade e, ao tentar entender os meandros desse instrumento financeiro, descobriu que o dinheiro pesado viria não da compra e venda das moedas virtuais, mas da "produção" delas. É o que ele faz hoje no Paraguai.

A emissão de bitcoins é um processo industrial, de uso intensivo de energia elétrica, ainda não regulamentado em nenhum país. Lopez cruzou a Ponte da Amizade para reduzir custos, em busca de uma conta de luz mais barata, e acabou abrindo caminho para uma nova leva de jovens empresários brasileiros que atravessaram a fronteira para fabricar bitcoins.

Equações

Essa "produção" é feita por supercomputadores, equivalentes a seis videogames de última geração cada um, que realizam cálculos matemáticos de alta complexidade em milésimos de segundos. Juntas, as máquinas estão ligadas a uma espécie de rede paralela na web. Tudo isso foi desenvolvido em 2009 por um programador anônimo de computação. Ele estabeleceu em seus códigos computadorizados que, a cada dez minutos, o software da bitcoin lança uma equação matemática diferente na internet. O computador que desvendar primeiro a fórmula é recompensado com um lote de preciosos 12,5 bitcoins.

Hoje, cerca de um milhão de máquinas funcionam ininterruptamente emitindo 3,6 mil novas unidades de bitcoins todos os dias e consumindo 30 terawatts por hora (Twh) de luz elétrica, mais do que um país como a Irlanda ou a Dinamarca. Segundo dados da empresa britânica Power Compare, o volume de eletricidade que já foi utilizado para colocar no mercado o estoque atual de bitcoins equivale ao consumo de 159 países por ano.

Como todo produto, a viabilidade da moeda virtual depende do custo-benefício de sua fabricação. Para os brasileiros que estão hoje dedicados a essa atividade, o valor da conta de luz é o que mais pesa no bolso. Por isso, o Paraguai virou uma alternativa para alguns deles.

Antonio Lin, dono de uma fábrica com 350 máquinas, conta que o custo operacional pode ser quase dez vezes mais baixo no Paraguai em comparação com o Brasil. "Uma máquina custa de US$ 2 mil a US$ 5 mil e, trabalhando, consegue se pagar em quatro meses, dependendo da cotação do dólar e do bitcoin. Mas a conta de luz, se for cara, coloca tudo a perder", diz.

Um quilowatt custa para os fabricantes de bitcoin US$ 0,04 no país vizinho. No Brasil, o preço da energia mais barata é sete vezes maior, em torno de US$ 0,28. Essa diferença se dá porque o Paraguai ainda é superavitário em eletricidade.

Primeiro a se instalar em Ciudad del Este, Rocelo Lopez produz 8,3 bitcoins por dia, o que rende, segundo ele, um faturamento bruto de R$ 14,5 milhões por mês. Hoje ele tem seis mil máquinas em um espaço de 750 metros quadrados. Elas consomem, por mês, 10 megawatts de energia, equivalente a 2 mil casas paraguaias - média calculada com base nos dados da Ande, a estatal responsável pela distribuição de eletricidade no país. "Apesar de ser um negócio rentável, a bitcoin é uma moeda volátil. Temos de economizar bastante para não correr o risco de perder dinheiro", afirma. Antes do Natal, em 24 horas, a moeda sofreu uma desvalorização de 25%, com uma onda inesperada de vendas.

Hoje, três grandes operações de mineração estão em atividade na Ciudad del Este. Elas dividem um mesmo condomínio industrial a cerca de 20 km do lado brasileiro da Ponte da Amizade. A localização exata é guardada sob sigilo pelos empresários, que temem principalmente pela segurança, além de receios com relação a espionagem industrial.

Sigilo

Esconder uma fábrica de bitcoin, entretanto, é uma tarefa difícil. O barulho do sistema de ventilação das fontes de energia e o estalo dos HDs podem ser ouvido a um quarteirão de distância. As fábricas também operam sob forte calor e o respiro dos galpões improvisados no teto e nas paredes entregam que, ali, as supermáquinas estão em atividade. Com empresários jovens, sem formação industrial e ainda sem o domínio das principais tecnologias de refrigeração, a temperatura no interior de uma fábrica de bitcoin pode facilmente ultrapassar os 50°C.

"É um inferno lá dentro", diz Thiago da Silva Rodrigues, que tem 100 máquinas em operação em um espaço locado dentro da empresa de Rocelo, mas está preparando um galpão para instalar cerca de mil computadores. "O calor é sufocante, é difícil trabalhar", diz Fernando Zanatta, outro empresário do ramo. As máquinas de bitcoin operam com uma fonte de alta rotação, que gera calor. "Se colocar ar-condicionado, o oxigênio condensa no teto da empresa e a água vai cair em forma de chuva aqui dentro. Vamos queimar todas as máquinas", diz Antonio Lin.

Para não contratar profissionais especializados e correr o risco de ter seus segredos desvendados, os brasileiros que foram "fabricar" bitcoins no Paraguai lançaram mão de soluções caseiras e improvisadas para amenizar problemas como o da temperatura: criaram um túnel de vento com uma parede de radiadores refrigerados e fizeram buracos no teto para a troca de ar, por exemplo. Nenhum deles tem formação para lidar com um processo fabril do porte que a atividade de emissão de moedas virtuais exige. São programadores, administradores de empresas e cientistas da informação que mudaram de rumo para apostar no bitcoin.

Em meio aos altos e baixos desse novo mercado, a empreitada no país vizinho parece estar dando certo para esse grupo de brasileiros. Pelo menos por enquanto, eles têm desfrutado de uma vida de milionários na Ciudad del Este. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo da Coreia do Sul anunciou medidas duras para combater a negociação de criptomoedas e disse estar considerando fechar as bolsas de bitcoin que operam no país.

Uma legislação nova está propondo banir o uso de contas anônimas de moedas virtuais a partir de janeiro e evitar que os bancos forneçam serviços para transações não identificadas de criptomoedas nas bolsas de bitcoin.

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O governo também alertou que as moedas virtuais podem ser "vulneráveis aos danos de fraude de investimento ou ataques hacker às bolsas".

Na semana passada, a bolsa sul-coreana Youbit suspendeu os negócios e decretou falência após ser hackeada pela segunda vez em oito meses, perdendo uma enorme fatia de suas reservas digitais. Investigadores estão estudando a possibilidade de envolvimento da Coreia do Norte no caso.

A cotação do bitcoin caiu após o anúncio das medidas nesta quinta-feira na Ásia. De acordo com a CoinDesk, principal consultoria do setor, a moeda virtual era cotada a US$ 14.161,79 às 12h34 (de Brasília).

Muitos coreanos correram para o bitcoin e outras criptomoedas neste ano, o que ajudou a impulsionar seu valor. Neste mês, a Coreia do Sul chegou a ser apontada como responsável por 1/4 das negociações globais de bitcoin, de acordo com a Coinhills.

O frenesi incomodou as autoridades do país, que levantaram preocupações sobre a especulação e o risco dos investidores perderem dinheiro com as quedas acentuadas da moeda ou com os ataques hacker nas bolsas. O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Lee Nak-yon, também alertou que o interesse crescente por criptomoedas pode "levar a um fenômeno seriamente distorcido ou patológico". Fonte: Dow Jones Newswires.

A última sexta-feira, 22, vai ficar na memória dos investidores de bitcoin José Aparecido Maia dos Santos, de 48 anos, e Divina Inácia de Souza, de 44. Mas não foi pelo pior revés da história da moeda virtual, que até então disputava um rali sem precedentes de valorização. Calhou que no dia exato em que o bitcoin perdeu 35% de seu valor de mercado, eles resolveram se casar. Com direito a festa milionária e lua de mel coletiva, tudo bancado à vista, com os lucros realizados, adivinha do quê? Sim, do bitcoin.

Segundo eles, o casório custou R$ 750 mil no total. Divina entrou com vestido importado de Barcelona. Os convidados se serviram de uísque importado, vinho de primeira e drinques da moda. E todo mundo desfrutou da decoração preparada pelo cerimonialista Antônio Osmanio, que já trabalhou com o governador e Chitãozinho & Xororó.

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Por falar em música, o show para 400 convidados foi da dupla Bruno e Marrone. Eles cobraram R$ 310 mil entre custos de deslocamento e cachê para uma apresentação de 1h45 minutos. O pagamento poderia ser feito em dinheiro, cheque ou em bitcoin. "Eles cobram 1 bitcoin por apresentação", conta José Santos.

E neste sábado, 23, às 20h, o casal e todos os dez padrinhos embarcaram para a lua de mel coletiva, com as despesas da viagem pagas pelos novos. O grupo vai para Itapema (SC), para festejar Natal e réveillon. Depois, todos vão embarcar para um cruzeiro pela costa nacional.

"A gente ficou rico. Minha mulher sempre quis um casamento assim, com o show do Bruno e do Marrone. Com essa valorização do bitcoin, realizamos o nosso sonho", diz ele, que conta ter hoje alguns milhões de reais na conta bancária, mas que prefere não revelar por questões de segurança.

Tempo difíceis

José e Divina estão juntos há 23 anos e têm quatro filhos. Eles se conheceram em um ônibus, na cidade de Campo Grande (MS). Contam que tinham uma vida de classe média, trabalhando na construção civil.

Até que em 2015, em meados do ano, resolveram investir algum dinheiro. Tinham dois carros, um que valia R$ 30 mil e outro que na tabela Fipe era avaliado em R$ 35 mil. Venderam o mais caro por R$ 22 mil e com o dinheiro compraram a moeda virtual, que vinha se valorizando um pouco mais do que a renda fixa até então.

"Na época um bitcoin custava R$ 1,6 mil. Neste ano chegou a passar de R$ 50 mil", diz ele.

Com a conta bancária cheia - ele diz que continua comprando bitcoins e outras moedas virtuais -, o casal diz que quer se divertir. Não tem nem seis meses eles partiram para um cruzeiro para o Caribe. Agora o casamento dos sonhos e, no futuro, o que vier à cabeça.

"Eu faço umas 90 cerimônias por ano. Posso dizer que o José e a Divina têm muito dinheiro. Pagaram tudo à vista. Eu parei de contar quando a conta chegou a R$ 680 mil", diz o cerimonialista Antônio Osmanio. "Foi uma festança."

O bitcoin apagou 25% de seu valor em cerca de 24 horas, à medida que uma onda de vendas atingiu o mercado de criptomoedas antes do feriado de Natal.

Recentemente, o bitcoin operava em torno de US$ 12.500, segundo a CoinDesk. A moeda virtual, que é notoriamente volátil, começou o mês de dezembro valendo cerca de US$ 10.000 e chegou a se aproximar de US$ 20.000 na última semana, mas tem mostrado tendência de desvalorização desde então.

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Em relação a seu pico mais recente, o bitcoin perdeu em torno de US$ 121 bilhões em valor de mercado em menos de uma semana, o equivalente a mais que o dobro da capitalização de mercado da fabricante americana de veículos elétricos Tesla, por exemplo.

Outras moedas alternativas ao bitcoin também sofreram com o movimento de liquidação. Entre 31 moedas digitais com valor de mercado de pelo menos US$ 1 bilhão, 29 tiveram perdas recentes, de acordo com o provedor de dados CoinMarketCap.

A ether, segunda maior moeda virtual em valor de mercado, despencou 26% nas últimas 24 horas. Já a chamada litecoin sofreu um tombo de 32%. Fonte: Dow Jones Newswires.

Suas mensagens são sedutoras e suas fotos, atraentes, mas as sereias que tentam enfeitiçar os executivos sul-coreanos do bitcoin poderiam ser hackers norte-coreanos, advertem especialistas.

Diante das múltiplas sanções por seu programa nuclear, a Coreia do Norte implementa um batalhão de aguerridos hackers para encontrar novas fontes de divisas, embora o negue veementemente.

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Suas habilidades neste terreno ficaram em evidência com o ciberataque à Sony Pictures Entertainment em 2014, que foi considerado uma vingança do regime pelo filme "A Entrevista", uma sátira que zombava do líder norte-coreano, Kim Jong-Un.

Mas as vítimas passaram a ser financeiras, como bancos ou plataformas de troca da criptomoeda bitcoin. Washington acusou recentemente Pyongyang do ciberataque mundial "Wannacry", que em maio infectou 300.000 computadores em 150 países.

Segundo meios sul-coreanos que citam serviços de inteligência do país, hackers norte-coreanos se fazem passar por mulheres jovens no Facebook para se aproximarem dos funcionários de plataformas de câmbio, aos que terminam enviando arquivos com vírus.

Também bombardeiam os executivos com e-mails em que fingem buscar emprego e em que anexam currículos com vírus para roubar dados pessoais e profissionais. Segundo Moon Jong-Hyun, diretor da empresa de cibersegurança EST Security de Seul, nos últimos anos se multiplicaram este tipo de estratégias contra membros de alto escalão do governo e do exército.

"Abrem contas do Facebook e mantêm vínculos de amizade durante meses antes de apunhá-los pelas costas", explica.

"Organização criminosa"

Simon Choi, diretor da empresa Hauri de Seul, reuniu grandes quantidades de dados sobre hacking norte-coreano. Em sua opinião, devido às novas sanções impostas pela comunidade internacional, "as operações de hacking da Coreia do Norte passaram de ser ataques contra 'o Estado inimigo' a ser um negócio lucrativo".

Os hackers norte-coreanos estão de olho no bitcoin ao menos desde 2012, explica. Quando sua cotação dispara, o mesmo acontece com os ataques. A falta de regulação e a "debilidade dos controles contra a lavagem" de dinheiro em muitos países também ajudam a explicar o "atrativo" das moedas virtuais, indica a empresa americana especializada FireEye.

Estas divisas "se tornaram um objetivo interessante para um regime que atua em muitos sentidos como uma organização criminosa", escreveu em setembro a FireEye.

A empresa explica que entre maio e julho a Coreia do Norte tentou em três ocasiões hackear plataformas sul-coreanas de troca de criptomoedas para "encher as arcas do Estado ou da elite de Pyongyang".

E em outubro, o grupo de hackers Lazarus, vinculado ao Norte, lançou uma campanha de roubo de dados contra a indústria do bitcoin, segundo a companhia americana Secureworks.

"Imprevisíveis"

Pyongyang é acusada de ter roubado, em 2016, 81 milhões de dólares do Banco Central de Bangladesh (BCB), e em outubro passado, 60 milhões de dólares do banco taiwanês Far Eastern International. A Coreia do Norte rejeita veementemente essas acusações, que considera "difamatórias", mas para os analistas os rastros deixados mostram que não são tão falsas.

O ataque contra o BCB foi vinculado a "atores estatais da Coreia do Norte", segundo a empresa Symantec, e o do banco taiwanês apresentava certas "características" do Lazarus, segundo a britânica BAE Systems.

O dinheiro costuma ser lavado em cassinos das Filipinas e de Macau ou em plataformas chinesas de divisas, explica Lim Jong-In, professor de cibersegurança da Universidade da Coreia, em Seul.

Segundo especialistas, os talentos norte-coreanos são recrutados desde muito jovens e formados em instituições de elite, como a Universidade tecnológica Kim Chaek ou a Universidade militar Kim Il-Sung de Pyongyang. Há mais de 7.000 hackers.

Para Kevin Mandia, diretor da FireEye, a Coreia do Norte faz parte de um quarteto, junto com o Irã, Rússia e China, responsável por mais de 90% das violações informáticas contabilizadas por sua empresa. Enfrentar os hackers norte-coreanos é "interessante", porque "eles são difíceis de prever", diz.

O bitcoin é um dos assuntos do momento tanto na área tecnológica quanto econômica. Antenada, uma prostituta de 21 anos anunciou no Twitter que aceita as criptomoedas como forma de pagamento de seus serviços.

"Agora você pode trocar btc por bct kkkkkk Estou aceitando bitcoin! Em São Paulo até dia 21 de dezembro de 2017" (sic), escreveu a jovem.

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O serviço estaria sendo ofertado por R$ 400, o que equivale a 0,0062 bitcoins, segundo a cotação desta quarta-feira (20). 

A Estônia pode ser o primeiro país do mundo a emitir sua própria moeda virtual. Batizada provisoriamente de “Estcoin”, a criptomoeda pode ser usada como forma de pagamento para empresas que possuem negócios virtuais no país, chamadas de e-residents (moradores eletrônicos em tradução livre). A conversão será feita pelo valor do euro no dia do pagamento, segundo informações da agência Reuters. Porém, a ideia não é uma iniciativa do governo do país, e sim de Kaspar Korjus, empresário do ramo de tecnologia.

A proposta foi recebida com grande entusiasmo pelo setor privado e o empresário busca apoio dos políticos nessa empreitada. O argumento é de que o investimento os e-residents vão gastar €1,8 bilhões (quase R$ 8 bilhões) no país nos próximos oito anos, conforme levantado por uma consultoria independente. “O propósito do Estcoin é acelerar isso (investimento) e, ao mesmo tempo, trazer mais interessados no desenvolvimento digital do país”, declarou o empresário.

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Entre os pontos negativos apontados pelos parlamentares da Estônia estão o fato de que empresas podem usar esse novo tipo de transação para escapar dos impostos e a declaração do Banco Central Europeu de que reconhece apenas o euro como moeda corrente no bloco. Outros países já tentaram colocar esse plano em prática, entre eles a Suécia e a Venezuela, mas sem resultados satisfatórios.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu o uso de moedas virtuais, como o bitcoin, em arrecadação e gastos de campanha eleitoral nas eleições gerais do próximo ano no Brasil, de acordo com diretrizes publicadas nesta segunda-feira (18). Segundo o TSE, as resoluções aprovadas regulamentam as regras da legislação em vigor e servem de balizas que os candidatos devem respeitar para não sofrerem sanções.

O texto proíbe o uso das chamadas moedas virtuais, como a bitcoin, na arrecadação e gastos de campanha. O TSE levou em conta pareceres recentes do Banco Central (BC) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que apontaram para os riscos de transação com esse tipo de ativo, que não oferece garantia de qualquer país.

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O bitcoin existe desde 2009, mas recentemente passou a dominar as manchetes ao redor do mundo com sua enorme valorização. O ativo não é produzido por governos ou bancos e só existe virtualmente. Em meio a oscilações bruscas, cada moeda chegou a valer mais de US$ 18,5 mil (R$ 69 mil).

As transações são validadas com uma tecnologia chamada blockchain, que não permite apagar nenhum registro, e são realizadas em um ambiente codificado, o que, em tese, garante a segurança dos dados. A mais famosa moeda digital é o bitcoin. Mas há outras, como o ethereum e o IOTA.

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O Banco Central (BC) emitiu um comunicado alertando para os riscos de se investir em moedas virtuais. Com a supervalorização, a procura por bitcoins disparou desde o início do ano. A criptomoeda começou o ano valendo cerca de US$ 1 mil dólares (pouco mais de R$ 3,3 mil reais) e atingiu o pico de US$ 11.186,29 (R$ 36 988,03) este mês. “Moedas virtuais do jeito que estão hoje com essa subida vertiginosa, onde não há lastro, não há ninguém para regular, levam a um risco tal que o Banco Central emitiu um comunicado”, disse o presidente da entidade, Ilan Goldfajn.

A nota emitida pelo BC é uma espécie de reforço para o comunicado divulgado no mês passado que chamava atenção para o fato de que não há garantia de troca da moeda virtual pelos valores em espécie. “Não há, no arcabouço legal e regulatório relacionado com o Sistema Financeiro Nacional, dispositivo específico sobre moedas virtuais. O Banco Central do Brasil, particularmente, não regula nem supervisiona operações com moedas virtuais”, alerta a instituição.

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Na Inglaterra, o vice-governador para a Estabilidade Financeira, Jon Cunliffe, chamou a atenção para o fato de que uma queda repentina na cotação da moeda pode trazer relativa instabilidade financeira para a economia de um país e “quebrar” financeiramente pessoas físicas.

A startup financeira britânica Revolut criou um projeto para facilitar a aquisição de bitcoins por leigos. Outras duas moedas virtuais também estão disponíveis, o Litecoin e o Ether. O plano da empresa é disponibilizar transações em 25 moedas, incluindo franco suíço, zloty polonês, forint húngaro e, claro, as libras britânicas. As transações terão uma carga de 1,5% na conversão das moedas reais para as virtuais.

A empresa começou operando com cartões de crédito pré-pagos para que estrangeiros pudessem viajar por diversos países sem se preocupar com a compra de moedas do local de destino. No início do ano, começou a prestar um serviço de abertura de conta-salário para que trabalhadores pudessem escolher, a partir daí, o destino dos vencimentos.

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Segundo o site The Next Web, a Revolutt entrou com um pedido de licença para operar como um banco da União Europeia, o que permite que a empresa processe transações financeiras em 27 países do bloco. A startup também possui negócios nos Estados Unidos e trabalha para se tornar uma empresa global.

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