Tópicos | cérebro

O magnata da tecnologia Elon Musk, CEO da Tesla, tem investido em uma espécie de inteligência artificial que pode mudar a maneira de consumir música. A tecnologia batizada de Neuralink propõe implantar um chip que levará as canções diretamente para o cérebro da pessoa, dispensando os fones de ouvido. 

O recurso também deve impulsionar o tratamento de doenças mentais, como depressão e vícios, e, teoricamente, permitir que pessoas com paralisia controlem dispositivos. O chip, que é ligado por fios mais finos do que o cabelo humano, foi anunciado por Musk via Twitter.

##RECOMENDA##

O anúncio dividiu a opinião dos internautas. Enquanto alguns especulam que o Neuralink poderia permitir que o ser humano "destrave todo o potencial do cérebro" e já falam até em "criar máquinas do tempo e de teletransporte", outros enxergam os perigos que a tecnologia pode acarretar.

O principal ponto levantado diz respeito à segurança do dispositivo, já que, até o momento, não há qualquer menção sobre protocolos de segurança que impediriam ataques de hackers ou uma manipulação indevida do chip. Questões como o envio de mensagens secretas entraram no debate, questionando se a pessoa que usar o chip terá total controle de seus comportamentos.

 

Uma paciente italiana, de 60 anos, recheou 90 azeitonas em menos de uma hora enquanto era submetida a uma cirurgia no cérebro para a retirada de um tumor.

O caso ocorreu em Ancona, na região central da Itália. Os médicos pediram para a mulher, cuja identidade não foi revelada, que realizasse alguma atividade durante o procedimento no lobo temporal do cérebro, que é responsável por controlar movimentos complexos no lado direito do corpo, além de fala e memória.

##RECOMENDA##

A cirurgia durou 2h30 e envolveu 11 equipes médicas diferentes no Departamento de Neurocirurgia do Hospital Riuniti.

Segundo o especialista Roberto Trignani, líder da operação, o procedimento foi um sucesso. Ele ainda explicou que já realizou mais de 60 cirurgias em pessoas acordadas, mas essa foi a primeira vez que uma paciente fez azeitonas recheadas. 

Da Ansa

João Vitor Mercury, um dos participantes do reality Soltos em Floripa, do Amazon Prime Video, deu uma notícia triste em seu perfil do Instagram. O empresário contou que está com um tumor no cérebro e que terá que passar por uma cirurgia já na próxima sexta-feira, dia 24, para retirar esse nódulo. Infelizmente, esta será a segunda cirurgia de João em apenas cinco meses, já que em novembro de 2019, o participante já tinha removido um outro tumor.

- Hoje vim compartilhar uma notícia nem um pouco agradável, mas é o que está acontecendo na minha vida. Vocês acompanharam a cirurgia que fiz ano passado, arrancou um tumor gigante da minha cabeça, fui operado às pressas quando estourou. E na ressonância que eu tinha feito, antes da cirurgia, deu para ver o tumor grandão, que retirou, e sobrou um nódulo do outro lado, de um centímetro. Aí a oncologista sugeriu a imunoterapia, relatou.

##RECOMENDA##

Após o sucesso do procedimento cirúrgico, João realizou quatro sessões de imunoterapia para eliminar o nódulo restante. Infelizmente, o tratamento não atingiu o resultado esperado.

- Fiz quatro sessões e a oncologista pediu para refazer a ressonância. Quando ficou pronto, entreguei e ela falou João, o nódulo aumentou de um centímetro para dois centímetros, e tem outro fora do cérebro. Vamos ter que operar de novo.

Considerado um dos mais extrovertidos de Soltos em Floripa, o participante admitiu que teve um dos piores dias de sua vida enquanto tentava assimilar tudo o que estava acontecendo. Felizmente, seu médico passou a segurança necessária para que ele pudesse enfrentar mais uma cirurgia.

- Estou tranquilo, confiante, o neurocirurgião conseguiu me tranquilizar e agora consigo dormir direito. Vou para essa cirurgia de coração aberto, de cabeça aberta - literalmente. Deus colocou isso na minha vida para eu aprender e sei que vou vencer. Já venci. A vida é muito louca, cada dia uma nova peça e vamos seguir em frente. Um beijo a todos.

Os médicos de Nova York que tratam pessoas com Covid-19 observam cada vez mais um sintoma que se soma à febre, tosse e falta de ar: muitos pacientes ficam tão desorientados que não sabem onde estão ou em que ano vivem.

A confusão se deve, às vezes, à falta de oxigênio no sangue, mas em alguns casos a desorientação parece muito eleva em relação ao dano sofrido nos pulmões.

Para Jennifer Frontera, neurologista do hospital universitário Langone, no Brooklyn, os casos provocam perguntas sobre o impacto do novo coronavírus no cérebro e no sistema nervoso.

Vários estudos começam a descrever o fenômeno. Uma pesquisa publicada na semana passada na revista da Associação Médica Americana indica que 36% de um grupo de 214 pacientes chineses observados por médicos tiveram sintomas neurológicos como perda de olfato, nevralgias, convulsões e derrames.

E um artigo do New England Journal of Medicine, a revista médica americana de maior prestígio, destaca que médicos franceses estudaram 58 pacientes com coronavírus e comprovaram que metade deles estavam desorientados ou agitados. Exames de imagens do cérebro mostraram possíveis inflamações.

"Todos dizem que é um problema de respiração, mas também afeta o que mais importa: o cérebro", declarou à AFP o diretor do Departamento de Neurologia da Universidade da Califórnia em San Francisco, S. Andrew Josephson.

"Se você sente que está confuso, se tem problemas para pensar, são bons motivos para consultar um médico", disse. "É provável que a ideia antiga de que você só deve procurar o médico em caso de falta de ar não seja mais válida".

- Os vírus e o cérebro -

Os virologistas não ficaram totalmente surpresos ao saber que o novo coronavírus, SARS-CoV-2, pode afetar o cérebro e o sistema nervoso, pois isto já foi observado com outros vírus como o da aids, o HIV.

Os vírus podem afetar o cérebro sobretudo de duas maneiras, explica Michel Toledano, neurologista da Mayo Clinic em Minnesota.

A primeira acontece pelo início de uma resposta imunológica anormal chamada de tempestade de citocinas, que provoca uma inflamação do cérebro denominada encefalite autoimune.

A segunda é produzida por uma infecção direta do cérebro, a chamada encefalite viral. O cérebro está protegido pela barreira hematoencefálica, que é responsável por bloquear as substâncias intrusas, mas que em algumas ocasiões pode falhar e permitir a passagem de alguma delas.

Alguns cientistas levantam a hipótese de que o nariz poderia ser a via de acesso até o cérebro, já que a perda de olfato é habitual para vários infectados pela COVID-19. Mas a teoria perde força com o fato de que muitos pacientes que perdem o olfato não sofrem graves problemas neurológicos.

A principal teoria é que o impacto no cérebro é fruto de uma resposta imunológica excessiva, mas para confirmá-la é necessário detectar o vírus no líquido cefalorraquidiano de um paciente.

Isto já aconteceu uma vez em um paciente de japonês de 24 anos, que teve o caso publicado no International Journal of Infectious Diseases.

Este paciente se mostrou desorientado, sofreu convulsões e o exame de imagem do cérebro revelou inflamações. Mas os cientistas preferem a cautela, pois trata-se de um único caso conhecido até o momento e que os exames para detectar o vírus no líquido cefalorraquidiano ainda não foram validados.

- Mais pesquisas -

Para confirmar o impacto do coronavírus no cérebro, Frontera, que é professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York, colabora em um projeto de pesquisa internacional que busca padronizar a coleta de dados.

Sua própria equipe observou crises convulsivas em pacientes de COVID-19 que jamais haviam sofrido este tipo de problema antes da doença, assim como minúsculas e "singulares" hemorragias cerebrais.

As pessoas que sobrevivem acabam, no entanto, consultando os neurologistas.

"Vemos muitos pacientes desorientados", afirma Rohan Arora, neurologista do hospital Long Island Jewish Forest Hills. Segundo ele, 40% dos que sobreviveram ao coronavírus sofrem estes problemas.

Não se sabe se os transtornos são duradouros. A passagem pela UTI com frequência provoca confusão nos pacientes, devido aos medicamentos administrados.

Mas o neurologista explica que, para os pacientes da COVID-19, o retorno à normalidade leva mais tempo para os que sobreviveram a um ataque cardíaco ou a um AVC.

Uma violinista ajudou os médicos a não danificarem uma importante zona de seu cérebro tocando o instrumento durante uma cirurgia para extrair um tumor - anunciou o hospital King's College de Londres nesta terça-feira (19).

Os cirurgiões desenvolveram uma técnica que lhes permitiu verificar, em tempo real, que as áreas do cérebro responsáveis pelo movimento das mãos não foram afetadas durante este delicado procedimento cirúrgico, destacou o hospital em sua página on-line.

A violinista Dagmar Turner, de 53 anos, integrante da orquestra sinfônica da ilha de Wight (sul da Inglaterra), foi diagnosticada com um tumor cerebral de crescimento lento em 2013. Ela pediu para ser operada quando o tumor estivesse desenvolvido.

A cirurgia foi realizada no mês passado.

A ideia de fazê-la tocar seu instrumento, despertando-a da anestesia no meio da operação, teve como objetivo proteger células importantes situadas no lóbulo frontal direito de seu cérebro, em particular.

Localizada ao lado do setor operado, esta zona controla, entre outras coisas, a mão esquerda, essencial para tocar seu instrumento.

"A ideia de não poder tocar mais me deixava arrasada", afirmou Turner, que agradeceu à equipe médica por ter feito "todo o possível", chegando a determinar em que posição operá-la para que ela pudesse tocar.

"Fazemos cerca de 400 ressecções (extirpação de tumores) por ano, o que com frequência implica despertar os pacientes para fazer testes de linguagem", indicou o cirurgião-chefe na operação, Keyoumars Ashkan.

"Mas foi a primeira vez que fiz um paciente tocar um instrumento".

Segundo ele, 90% do tumor foi extirpado, "incluindo todas as zonas suspeitas de (registrar) uma atividade agressiva", enquanto se permitia à violinista "conservar o uso pleno de sua mão esquerda".

"Graças a eles, espero me reintegrar muito em breve a minha orquestra", destacou Turner, que deixou o hospital três dias depois de sua operação.

Um jovem, de 21 anos, foi preso nessa quinta-feira (5) por suspeita de ter assassinado uma mulher e comido seu cérebro com arroz. Segundo as autoridades locais, a causa do crime foi porque a vítima falou em inglês, na ilha da Mindanao, nas Filipinas.

Lloyd Bagtong teria relatado a polícia que estava bêbado e com fome quando a vítima tentou comunicar-se em um idioma que ele não domina. “O suspeito disse que matou a vítima porque ela estava falando inglês. Isso provavelmente irritou ele", descreveu o capitão Maribeth Ramoga ao Straits Times.

##RECOMENDA##

De acordo com a investigação, após ser assassinada, ela teria sido decapitada com um facão e Bagtong teria usado um tecido - que pode ser parte da camisa vítima - para levar a cabeça para casa.

Ele afirmou que cozinhou um pouco de arroz e preparou uma refeição junto com o cérebro. Seu nome esteve presente em relatos de testemunhas, que apontaram tê-lo visto em companhia da vítima momentos antes do homicídio.

O corpo - não identificado - foi localizado com as mãos amarradas e apenas vestindo uma calça jeans, há cerca de três quilômetros da casa do suspeito. A polícia encontrou o crânio e um pano ensanguentado em um buraco próximo à residência.  

O rapaz está sob custódia e vai passar por uma avaliação psiquiátrica. Agora, a polícia tenta descobrir mais informações sobre a vítima, que pode ser uma turista, e pede que familiares de desaparecidos entrem em contato.

A jornalista Glória Maria preocupou fãs e amigos nesta segunda-feira (11). Dividindo a apresentação do Globo Repórter com Sandra Annenberg, Glória passou na manhã de hoje por uma cirurgia no cérebro.

De acordo com informações do colunista Alcelmo Gois, do jornal o Globo, a repórter teve uma neoplasia retirada. Após o procedimento cirúrgico, Gloria Maria não corre risco de vida, passa bem e segue internada no Hospital CopaStar, no Rio de Janeiro. 

##RECOMENDA##

Neoplasia é um tumor que ocorre pelo crescimento anormal do número de células, podendo ser diagnosticada em benigna ou maligna. O tumor benigno cresce de forma lenta e organizada, e não tem a possibilidade de evoluir para uma metástase. Já o maligno cresce com mais rapidez e possui a capacidade de alastrar para os tecidos vizinhos.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, negou a 'Cérebro', líder do PCC, a transferência para um presídio próximo de sua família. O ministro rejeitou o habeas corpus 174026, no qual a defesa de 'Cérebro' alegava o direito do apenado de cumprir pena em local próximo à sua residência.

Lewandowski destacou os riscos da transferência para negar o pedido do chefe da facção.

##RECOMENDA##

"O sentenciado responde por diversos delitos graves, possui longo período de pena a cumprir (27 anos, 1 mês e 7 dias), cumpriu pena no Regime Disciplinar Diferenciado, além do envolvimento com facção criminosa, exigindo maior cautela para transferência a fim de evitar risco de fuga e resgate do preso", alertou o ministro.

'Cérebro' está preso na Penitenciária II de Presidente Venceslau e alega que sua família, residente do Itaim Paulista, na zona Leste da capital, precisa se deslocar mais de 1.290 km (ida e volta) para vê-lo.

Ele está preso por roubo qualificado e formação de quadrilha.

O líder do PCC alega, também, sofrer retaliações da administração do presídio em que se encontra, 'em razão de ter realizado uma série de denúncias sobre falta de atendimento médico, descumprimento de horário de banho de sol e de tempo de visita familiar'.

Lewandowski concordou com o relator da ação no Suérior Tribunal de Justiça, que ponderou que a transferência está sujeita à conveniência e oportunidade da administração prisional.

"Com efeito, a orientação segundo a qual o direito de transferência do preso está sujeito ao juízo de conveniência da administração penitenciária encontra respaldo nesta Casa", cravou Lewandowski.

Uma mulher rifou o carro para o pagamento de uma cirurgia de urgência e o ganhador devolveu o automóvel para ajudá-la. O caso aconteceu em Londrina, no Paraná.

Em abril deste ano, Margarete Mormul descobriu dois tumores no cérebro. A família de Margarete decidiu rifar o automóvel que ela usava para trabalhar como motorista de aplicativo para levantar os R$ 100 mil da cirurgia.

##RECOMENDA##

As rifas foram vendidas por R$ 20 durante dois meses. O valor arrecadado não foi suficiente e a operação ocorreu pelo SUS. A mulher se recupera e o dinheiro arrecadado será utilizado para os remédios.

"O intuito da gente é ajudar as pessoas", diz o aposentado Célio Pereira de Carvalho, ganhador da rifa. "O Célio, ganhador, está me devolvendo o carro, a única coisa que eu tinha para trabalhar, minha fonte de renda", comemorou a mulher em um vídeo publicado em sua conta do Facebook.

[@#video#@]

O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) entra na campanha “Maio Cinza”, para conscientizar sobre o câncer do Sistema Nervoso Central (SNC). Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 4% das mortes por câncer estão associadas ao SNC, ficando entre os 10 tipos de câncer que mais matam no mundo - a estimativa era de mais de 11 mil novos casos deste tipo de tumor no último ano. Sem forma conhecida de prevenção, a detecção precoce é a maneira mais eficiente para conseguir a cura.

A doença é caracterizada por um tumor maligno formado pelo crescimento desordenado de células no cérebro, podendo ocorrer de forma primária, quando se origina no próprio cérebro, ou de forma metastática, quando o tumor tem origem em outro órgão e se espalha pelo corpo.

##RECOMENDA##

Para que ocorra o diagnóstico precoce é preciso atenção aos sintomas, que variam de acordo com a localização e extensão do tumor – entre eles: convulsões, tonturas, falta de equilíbrio, desmaios, dores de cabeça, perdas de visão, visão duplicada, gagueira e perda da fala; dormência em pernas ou braços; confusão mental, esquecimentos, dificuldade ou incapacidade de engolir os alimentos; movimentos involuntários, entre outros.

“Os sintomas estão relacionados com o tamanho e a localização em que esses tumores se desenvolvem. Como são sintomas que podem ser confundidos com outras doenças, é importante ficar atento às alterações no tipo e forma que eles se apresentam. Nas dores de cabeça, por exemplo, se começarem a ocorrer com intensidades diferentes do habitual, já é um alerta para procurar um médico”, destaca o coordenador do Serviço de Oncologia Clínica do HCP, Ilan Pedrosa.  

O médico alerta que, identificando um ou mais sintomas, o indivíduo deve procurar um profissional imediatamente, podendo ser um clínico geral ou um neurologista clínico que irá solicitar exames para confirmar o tumor, como a tomografia computadorizada e/ou a ressonância magnética.

“Identificado o tumor, o tratamento dependerá do tamanho e localização do câncer, podendo ser a radioterapia, quimioterapia e/ou cirurgia. Importante destacar que a cirurgia é o único tratamento curativo. Se o paciente tiver condições de ser operado, aumenta muito a chance de sobrevivência”, Pontua Ilan.

*Da assessoria

O cérebro pode ser treinado para curar as doenças que o acometem. Cientistas brasileiros acabam de apresentar uma técnica de treinamento cerebral capaz de modificar as conexões neuronais em tempo recorde. O trabalho, publicado na Neuroimage, abre o caminho para novos tratamentos para o acidente vascular cerebral (AVC), a doença de Parkinson e até a depressão.

O cérebro se adapta a todo momento - um fenômeno conhecido como neuroplasticidade. Essas mudanças na forma como funciona e conecta suas diferentes áreas são as bases do aprendizado e da memória.

##RECOMENDA##

Entender melhor essas interações permite o avanço na compreensão do comportamento humano, das emoções e também das doenças que acometem o cérebro. "Tudo o que a gente é, faz, sente, todo o nosso comportamento é reflexo da maneira como o nosso cérebro funciona", explica o neurocientista Theo Marins, um dos autores do estudo.

Algumas doenças, segundo o especialista, alteram esse funcionamento. E o cérebro passa a funcionar de maneira doente. "Ensinar" o cérebro a funcionar de maneira correta pode melhorar os sintomas de várias doenças.

Uma das ferramentas que vem sendo utilizadas para compreender melhor essas dinâmicas é o neurofeedback. Assim é chamado o treinamento do cérebro para modificar determinadas conexões. O estudo dos neurocientistas do Instituto IDOR de Ensino e Pesquisa e da UFRJ mostrou que o treinamento é capaz de induzir essas modificações em menos de uma hora.

Para fazer o trabalho, os cientistas contaram com 36 voluntários que se submeteram a exames de ressonância magnética. A atividade neuronal captada no exame é transformada em imagens apresentadas em computadores de acordo com a intensidade. Os voluntários acompanhavam as imagens em tempo real, aprendendo a controlar a própria atividade cerebral.

Enquanto 19 participantes receberam o treinamento real, outros 17 foram instruídos com falsa informação - o que funcionou como uma espécie de placebo. Antes e depois do treino, os pesquisadores registraram as imagens cerebrais que permitiam medir a comunicação (a conectividade funcional) e as conexões (a conectividade estrutural) entre as áreas cerebrais. O objetivo era observar como as redes neurais eram afetadas pelo neurofeedback.

Antes e depois

Ao comparar a arquitetura cerebral antes e depois do treinamento, os cientistas constataram que o corpo caloso (a principal ponte de comunicação entre os hemisférios esquerdo e direito) apresentou maior robustez estrutural. Além disso, a comunicação funcional entre as áreas também aumentou. Para os pesquisadores, é como se o todo o sistema tivesse se fortalecido.

"Sabíamos que o cérebro tem uma capacidade fantástica de modificação. Mas não tínhamos tanta certeza de que era possível observar isso tão rapidamente", conta Marins.

Desta forma, o treinamento cerebral se revelou uma ferramenta poderosa para induzir a neuroplasticidade. Agora, os pesquisadores esperam utilizá-lo para promover as mudanças necessárias para recuperação da função motora em pacientes que sofreram um AVC, que foram diagnosticados com Parkinson e mesmo com depressão.

"O próximo passo será descobrir se pacientes que sofrem de desordens neurológicas também podem se beneficiar do neurofeedback, se ele é capaz de diminuir os sintomas dessas doenças", disse a médica radiologista Fernanda Tovar Moll, presidente do IDOR. "Ainda falta muito para chegarmos a protocolos específicos. Quanto mais entendermos os mecanismos, mais terapias poderemos desenvolver." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A maioria dos concursos públicos traz em seu conteúdo programático a matéria de raciocínio lógico. Apesar de não representar a maior fatia de questões dentro de um certame, estar por dentro do assunto pode ser um ponto positivo para o candidato, principalmente nas provas mais concorridas. Quem pensa que a disciplina só tem relação com a matemática e finalidade de fazer você passar em um concurso se engana: ela envolve a excelência na capacidade de pensar e pode ajudar profundamente dentro do mercado de trabalho na resolução de problemas complexos no ambiente corporativo. 

Existem cursos que ajudam a preparar os estudantes para se dar bem em lógica. Os conteúdos são voltados para exercício e estímulo cerebral e quem passa por esse tipo de preparatório tende a se sair bem nas provas. De acordo com a professora Adriana Almeida, especialista no Método Supera de ginástica para o cérebro, os editais cobram este conhecimento por conta da dificuldade do assunto. “A tendência do concurso público é fazer um funil e só as pessoas mais bem capacitadas são as que vão ser aprovadas. A ideia é fazer que só entre quem realmente está fazendo um estímulo e tem um raciocínio lógico avançado”, analisa a educadora.

##RECOMENDA##

Uma dica dos especialista para se dar bem em uma prova de raciocínio lógico é fugir da resposta óbvia. Ela sempre vai aparecer entre as alternativas, no entanto, essa é a casca de banana do elaborador para levar o candidato ao erro. “O cérebro está muito acostumado a pensar no óbvio, no que a gente já aprende no dia a dia, ao longo da vida. Então quando a gente se depara com uma situação que foge à normalidade, o cérebro trava. Veja a questão, se você achar que ela está muito simples e a resposta é aquela mesma, certamente não é. Eles fazem propositalmente”, explica a professora Adriana Almeida.

Nessas horas é preciso pensar, analisar e procurar as soluções, algumas vezes o ‘pulo do gato’ está no próprio enunciado da questão, buscando a aptidão do candidato para interpretação de texto. Os concurseiros precisam manter uma rotina de preparação voltada à prática, buscando quesitos de provas passadas. Com isso, ele pode perceber onde está sua dificuldade e ter tempo hábil para saná-la. Se já está frequentando algum curso específico, anotar as dúvidas, os erros e pedir ajuda aos colegas ou professor é um passo importante, porque pode ser que a resposta fique mais clara quando se busca uma linha de pensamento guiada por outras opiniões.

Veja um exemplo de como a matéria pode aparecer em uma prova:

1. Um lago demora 20 dias para encher. Em cada dia enche o dobro do dia anterior. Quantos dias precisam para encher a metade do lago?

A. 15 dias

B. 19 dias

C. 20 dias

D. 10 dias

E. 18 dias

* A resposta está no final da matéria.

Para o estudante tentar encontrar uma lógica neste tipo de problema, a professora Adriana Almeida sugere que ele estimule especificamente as áreas cognitivas do cérebro, com atenção e pensamento estratégico. E como é que é isso? Respondendo questões e fazendo exercícios, que ajudam nessa estimulação. “A gente acha que ao longo do dia está estimulando, mas a gente não está. A maioria das atividades que a gente faz de forma automática. É muito importante que se tire um momento para fazer um estímulo cerebral”, orienta a docente, que aconselha ainda que os concurseiros que desejam desenvolver a habilidade pode procurar uma escola de ginástica para o cérebro.  

Veja abaixo mais um desafio de lógica:

2 . Gustavo, Paulo, Caroline, Rafael, Raquel e Julia combinaram de ir a uma festa. Sabemos que um deles não foi e temos as seguintes informações: Julia viu Caroline e Raquel na festa. Paulo e Gustavo chegaram juntos na festa. Quem não foi a festa?

A. Raquel viu Paulo na festa

B. Rafael viu Júlia na festa

C. Rafael não foi à festa.

D. Caroline não foi a festa

E. Gustavo foi a festa

* A resposta está no final da matéria.

Alceu Andrade é concurseiro. Já participou de certames que cobravam raciocínio lógico e teve algumas dificuldades. Hoje em dia, em busca de um resultado mais assertivo em relação ao assunto, ele frequenta aulas, que tem como objetivo a ginástica cerebral.  “Isso em uma prova para concurso nos permite ter um raciocínio mais além, mais rápido. Enquanto ainda estou lendo a questão já estou interpretando. Quanto tempo menos a gente gastar em uma questão, favorece mais lá na frente, dando oportunidade para revisar a prova”, ressalta o estudante.

Se pagar um curso preparatório não estiver dentro da realidade do candidato, pode-se buscar conteúdos na internet. Existem vídeos gratuitos com resoluções comentadas, questões de concursos públicos e no site da Método Supera, há alguns desafios com respostas para que as pessoas comecem a desenvolver o raciocínio lógico. “Tem que estar estimulando, com pensamento lateral, que é observar o problema de cima, esses estímulos são muito importantes para se pensar fora da caixa. Ir muito mais além, pensar de uma forma mais ampla”, finaliza a professora Adriana Almeida.

Confira agora um exemplo de exercício que pode aparecer em uma seleção pública, com explicação da professora Adriana Almeida, especialista no Método Supera de ginástica para o cérebro:

*Respostas

1 - 19 dias, porque no dia 19 o lago vai ter enchido metade do dia 20.

2 - Rafael não foi à festa.

Atividades físicas, sociais e de lazer praticadas por idosos e pacientes com doença de Alzheimer podem ajudar a preservar funções cognitivas e a retardar a perda da memória, mostra novo estudo desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP) e na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Os estímulos promovem mudanças morfológicas e funcionais no cérebro, que protegem o órgão de lesões que causam as perdas cognitivas.

A descoberta foi feita por meio de um experimento com camudongos transgênicos, os quais foram alterados geneticamente para ter uma super expressão das placas senis no cérebro. Essas placas são uma das características da doença de Alzheimer. Os animais foram separados em três grupos: os transgênicos que receberiam estímulos, os transgênicos que não receberiam e os animais-controle que não têm a doença.

##RECOMENDA##

“Quando eles estavam um pouquinho mais velhos, por volta de 8 a 10 meses, colocamos parte desses animais em um ambiente enriquecido, que é uma caixa com vários brinquedos, e fomos trocando os brinquedos a cada dois dias”, explicou Tânia Viel, professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e coordenadora do projeto.

O experimento durou quatro meses e, após esse período, eles foram submetidos à avaliação de atividade motora, por meio de sensores, e de memória espacial, com um teste chamado labirinto de Barnes. Os resultados mostram que os camudongos transgênicos que foram estimulados com os brinquedos tiveram uma redução de 24,5% no tempo para cumprir o teste do labirinto, na comparação com os animais que não estiveram no ambiente enriquecido.

Também foram analisados os cérebros dos camundongos. Ao verificar as amostras do tecido cerebral, os pesquisadores constataram que os animais transgênicos que passaram pelos estímulos apresentaram uma redução de 69,2% na densidade total de placas senis, em comparação com os que não foram estimulados.

Além da diminuição das placas senis, eles tiveram aumento de uma proteína que ajuda a limpar essa placa. Trata-se do receptor SR-B1, que se expressa na célula micróglia. O receptor faz com que essa célula se ligue às placas e ajude a removê-las. “Os animais-controle, sem a doença, tinham essa proteína que ajuda a limpar a placa, inclusive todo mundo produz essa proteína. Os animais com Alzheimer tiveram uma redução bem grande dessa proteína e os animais do ambiente enriquecido [que tiveram estímulos] estavam parecidos com os animais-controle”, explicou Viel.

A pesquisadora diz que o trabalho comprova hipóteses anteriores e que agora o grupo trabalha para ampliar a verificação em cães e seres humanos. Para isso, será necessário, inicialmente, descobrir marcadores no sangue que apontem a relação com a doença de Alzheimer.

“Em ratos, a gente analisa o cérebro e o sangue para ver se esses biomarcadores estão tanto no cérebro quanto no sangue. Quando a pessoa perde a memória, há algumas proteínas que aumentam no cérebro e outras que diminuem. Nos cães e nos seres humanos, a gente está vendo só no sangue”, justificou. Com a descoberta desses marcadores no sangue, será possível fazer experimentos similares ao do camundongo, com testes motores e de memória, para confirmar ou descartar as alterações em cães e seres humanos após os estímulos.

Para Tânia Viel, como não se sabe qual ser humano desenvolverá a doença, quanto mais aumentar a estimulação na vida dele, melhor vai ser para a proteção do cérebro. “É mudar a própria rotina. Muita gente fala que não teve tempo para fazer outras coisas, mas se a pessoa tiver condições e puder passear no quarteirão, já começa por aí, fazer uma atividade física e uma atividade lúdica, passear com cachorro, com filho, curso de idiomas, de dança. Isso ajuda a preservar o cérebro”, sugere.

O estudo foi publicado na revista Frontiers in Aging Neuroscience e recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

São Paulo - A Comic Con Experience 2018 (CCXP) recebeu uma verdadeira comitiva pernambucana no estande F22 do Artist’s Alley. Cerca de 20 quadrinistas, ilustradores e roteiristas marcaram presença na maior feira de cultura pop do mundo mostrando a força dos quadrinhos do Nordeste. Entre eles, Eron Villar que aproveitou a feira para fazer o lançamento da segunda edição de Cérebro.

Eron deu uma rápida pausa nos autógrafos ao público para falar com a reportagem do LeiaJá. Ele celebrou a presença do estado na CCXP 2018: “É muito especial porque Pernambuco vive um momento de efervescência muito grande em sua produção e é uma produção de qualidade”, disse. O quadrinista fez o lançamento de Cérebro 2, na feira, e também trouxe a São Paulo, pela primeira vez, a HQ Noiva 4.

##RECOMENDA##

O estande dos pernambucanos teve grande visitação nesta quinta (6), primeiro dia da feira. Eron celebrou a recepção dos visitantes da feira, muitos já conhecedores dos quadrinhos pernambucanos. Além de Villar, outros nomes como Rafael SAN, Fábio Paiva, Luciano Félix, Tony Silas e Roberta Cirne, marcaram presença no evento.

 

Médicos chineses removeram nove dentes do cérebro de um garoto de 5 anos. De acordo com o portal "Mirror", as estruturas ósseas se desenvolveram em um tumor que não havia sido detectado desde o nascimento. O caso só foi descoberto depois que a criança levou uma queda. Segundo informações, a criança caiu, começou a vomitar e reclamou de fortes dores na cabeça. Ao chegarem no Hospital Infantil da Universidade de Medicina de Zhejiang, na China, os pais do menino descobriram o tumor.

##RECOMENDA##

O garoto precisou passar por uma craniotomia que durou seis horas. "O cérebro humano é delicado como um tofu, ainda mais o de uma criança. Foi como retirar ossos de um ovo cru. Foi uma cirurgia muito complicada", disse Shen Zhipeng, cirurgião responsável pelo caso. O garoto foi diagnosticado com um tumor chamado teratoma, que é formado por diversos tipos de células germinativas, que, após se desenvolverem, podem dar origem a diferentes tipos de tecido do corpo humano.

Nesse tipo de tumor é normal surgir cabelo, pele, dente, unha e até dedos. "Todos sabem que leucemia é o câncer mais comum em crianças, mas poucos sabem que tumores no sistema nervoso central são o segundo tipo mais frequente", concluiu Shen Zhipeng.

Cinco anos depois de ter ficado paralítico em um acidente de motoneve, um homem nos Estados Unidos aprendeu a andar novamente auxiliado por um implante elétrico, em um potencial avanço para quem sofre de lesões na coluna.

Uma equipe de médicos da Mayo Clinic, em Minnesota, disse que o homem, usando um andador com rodas dianteiras, conseguiu cobrir o equivalente ao comprimento de um campo de futebol, emitindo comandos de seu cérebro para transferir o peso e manter o equilíbrio, o que acreditava-se ser impossível para pacientes paralíticos.

O homem, hoje com 29 anos, teve sua medula espinhal lesionada no meio das costas quando bateu sua motoneve em 2013. Ele está completamente paralisado da cintura para baixo e não consegue mexer ou sentir nada abaixo do meio do seu torso.

No estudo, cujos resultados foram publicados nesta segunda-feira na revista Nature Medicine, os médicos implantaram um pequeno dispositivo eletrônico na coluna do homem em 2016.

O implante operado sem fio, mais ou menos do tamanho de uma bateria AA, gera pulsos elétricos para estimular os nervos que - devido à lesão - foram permanentemente desconectados do cérebro.

"O que isso está nos ensinando é que essas redes de neurônios abaixo de uma lesão na medula espinhal ainda podem funcionar após a paralisia", disse Kendall Lee, neurocirurgião da Mayo Clinic e principal autor do estudo.

Poucas semanas depois do dispositivo ter sido ligado, o homem começou a dar seus primeiros passos desde o acidente - mas ainda estava suspenso em um arnês.

Surpreendentemente, após várias outras sessões de reabilitação e fisioterapia, ele conseguiu sustentar a maior parte de seu próprio peso corporal e dar passos em uma esteira.

"Nós não limitamos nossas expectativas e continuamos a desenvolver com segurança seu desempenho à medida que ele ganhou função", disse à AFP Kristin Zhao, diretora do Laboratório de Tecnologia Assistiva e Restauradora da Mayo Clinic.

"Isso é importante porque a própria mente do paciente foi capaz de conduzir o movimento nas pernas", acrescentou.

Embora o dispositivo tenha sido capaz de ajudar a gerar energia e controle na parte inferior do corpo do paciente, ele não fez nada para restaurar a sensação em suas pernas.

Isso inicialmente se mostrou desafiador. Sem a sensação física de andar registrada em seu cérebro, era difícil para ele fazer os ajustes instantâneos de equilíbrio que a maioria de nós faz sem pensar.

A equipe superou o problema instalando espelhos na altura do joelho para que o paciente pudesse ver em que posição suas pernas se encontravam enquanto caminhava.

Longo caminho à frente

Eventualmente, o homem conseguiu andar na esteira com apenas alguns olhares periódicos para as pernas.

As filmagens do experimento mostram-no andando bruscamente em uma esteira que se movia lentamente, usando um trilho de metal para se equilibrar.

Embora o efeito do dispositivo seja notável, o homem continua paralisado quando este é desligado.

"É importante entender que, mesmo com o sucesso que esse indivíduo teve na capacidade de andar durante a pesquisa, ele ainda realiza suas atividades diárias a partir de uma cadeira de rodas", disse Lee à AFP.

Em 2011, os eletrodos implantados na parte inferior da coluna de um homem paraplégico permitiram que ele se levantasse e recuperasse um pouco do movimento em suas pernas, mas a equipe acredita que esta é a primeira vez que um implante foi usado para fazer uma pessoa paralisada andar.

Por razões de segurança, o paciente atualmente só usa o dispositivo sob supervisão, mas as implicações do estudo - que a paralisia pode não ser permanente após lesão medular grave - podem ser significativas.

"Nossos resultados, combinados com evidências anteriores, enfatizam a necessidade de reavaliar nossos entendimentos atuais das lesões da medula espinhal, a fim de perceber o potencial de tecnologias emergentes para a recuperação funcional, que anteriormente acreditava-se que tinha sido perdida permanentemente", disse Lee.

O estudo foi realizado em conjunto com a Universidade da Califórnia em Los Angeles e foi parcialmente financiado pela Fundação Christopher e Dana Reeve.

Christopher Reeve, conhecido por seu papel no filme "Superman", ficou paraplégico depois de um acidente de cavalo em 1995.

Nos Estados Unidos, um cientista brasileiro combinou um conjunto de avançadas tecnologias para produzir em laboratório minicérebros com o material genético do homem de Neanderthal. A pesquisa inédita tem o objetivo de compreender as distinções entre os cérebros dos humanos modernos e de seus mais próximos parentes extintos, a fim de tentar compreender como surgiu a capacidade cognitiva que torna o cérebro do Homo sapiens tão especial.

O autor do estudo, que foi destaque em uma reportagem publicada na revista Science, é o geneticista Alysson Muotri, professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórina em San Diego (Estados Unidos) e diretor do programa de células-tronco da universidade. Os resultados, ainda não publicados, foram apresentados em um congresso na Califórnia.

##RECOMENDA##

"O objetivo final desses estudos é entender o que nos torna humanos, isto é, quais são as alterações genéticas que, ao longo da evolução, tornaram o cérebro humano diferente de qualquer outra espécie", disse Muotri ao jornal O Estado de S. Paulo.

O trabalho envolveu ferramentas de três áreas que vêm revolucionando a ciência: os estudos sobre DNA antigo, a tecnologia "Crisper" de edição do genoma e os organóides celulares - ou minicérebros - que são estruturas construídas a partir de células-tronco para simular o desenvolvimento cerebral.

Em comparação aos minicérebros feitos com células humanas, os que foram criados a partir do DNA Neanderthal - e que simulam aspectos do desenvolvimento do córtex cerebral da espécie extinta- apresentaram um formato distinto e diferenças em suas redes neurais. "Algumas dessas diferenças podem ter influenciado a capacidade dos Neanderthais para a socialização - que é uma das características especiais do cérebro humano", afirmou Muotri.

O DNA neanderthal foi extraído pela primeira vez em 2010 e o genoma da espécie foi sequenciado. Segundo Muotri, certas regiões do genoma neanderthal ainda existem na população humana, enquanto outras partes foram eliminadas por seleção natural. Usando ferramentas genômicas, o pesquisadore selecionou genes que só existiam nos neanderthais e que estavam relacionados ao desenvolvimento dos neurônios. "Decidimos então criar minicérebros com um dos genes neanderthais para avaliar a importância dessas diferenças genéticas.

"A equipe do cientista reprogramou células da pele humana para que elas se convertessem em células-tronco, que foram usadas para gerar os minicérebros. A ferramenta de edição de DNA foi usada para inserir no organóide uma das modificações encontradas no genoma neanderthal. Essa única modificação, segundo ele, afetou os minicérebros, que apresentaram diferenças em suas estruturas.

"Os neurônios que derivam dessas células apresentam uma redução em sua atividade. É muito provável que os neurônios dos neanderthais fizessem um número de sinapses menor do que o observado nos humanos modernos", disse. Segundo ele, as conclusões sobre como seria o cérebro neanderthal ainda são especulativas, mas o estudo mostra que as ferramentas podem ser usadas para avançar nessa direção. "Gosto de chamar esses estudos de neuroarqueologia. Como os arqueólogos, não vamos conseguir reconstruir o passado, mas vamos reunindo evidências que vão aprimorando as teorias." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Conhecido pelos hits "Tava na rua" e "Lá no meu barraco", o MC Pikachu divulgou um vídeo na noite de domingo (17) contando para os seguidores do Instagram que está com um tumor no cérebro.

"Rapaziada, vou explicar aqui o que aconteceu. Fiz uma ressonância agora, deu um tumor no cérebro, um turmozinho. Amanhã (segunda-feira) vou fazer uma cirurgia para retirar. Mas, se Deus quiser, vai dar tudo certo. Orem por mim, certo? Tamo junto, amo vocês. E logo, logo eu tô na pista de novo, quebrando tudo", contou.

##RECOMENDA##

O cantor sentiu fortes dores de cabeça durante uma viagem a Manaus, chegando a dar entrada em uma unidade de saúde. Ao retornar para São Paulo, onde mora, Pikachu passou dois dias na unidade de terapia intensiva (UTI).

Os admiradores do funkeiro torceram pela recuperação. "Deus te abençoe, irmãozinho. Estamos com você nessa", escreveu um dos internautas.

O roteirista Eron Villar lança, no próximo domingo (27), uma nova HQ, Cérebro. A revista foi produzida em parceria com o ilustrador Carlos Eduardo Cunha e será lançada na primeira Bienal Geek de Pernambuco. 

A revista terá periodicidade bimestral e será comercializada por R$ 15. A publicação traz a história do projeto Cérebro, um experimento desenvolvido por uma Coordenação Especial formada por várias polícias internacionais. O programa recruta agentes e soldados no intuito de desenvolver suas capacidades motoras e intelectuais acima da média dos seres humanos. 

##RECOMENDA##

Na primeira edição, Modus Operandi, a dupla Rone e Vitor, os primeiros desses agentes, desvendará um caso de tráfico de drogas que, a princípio, parece ser mais um cartel, mas acaba revelando-se no desenvolvimento de uma droga 'perfeita'.

[@#relacionadas#@]

Motor, pneu no asfalto, freio, buzina, passos, correria, vozerio, grito, música, telefone, máquinas. É praticamente impossível se desvencilhar do ruído no dia a dia. A data 7 de maio, que é conhecida como o Dia do Silêncio, é celebrada justamente para despertar nas pessoas o cuidado com a poluição sonora, capaz de trazer uma série de males.

Já se sabe que a poluição sonora causa danos como problemas auditivos, dor de cabeça, insônia, agitação, depressão. Em ambientes com som muito alto, as pessoas podem sofrer mau humor, tensão, stress e angústia. Uma cartilha distribuída pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em 2012 destacava: “A poluição sonora nos coloca sob prolongado estresse. Isto desencadeia sérios danos à saúde, como arteriosclerose, problemas de coração e neurológicos, doenças infecciosas, aumento do colesterol, problemas psicológicos e psiquiátricos, insônia, envelhecimento precoce, entre outros. O estresse crônico provoca a liberação excessiva de substâncias altamente nocivas à saúde, como por exemplo, a do hormônio cortisol. A perda ou diminuição da audição é apenas um dos males, como se percebe”

##RECOMENDA##

Então sabe-se o que o ruído causa e o que o silêncio, consequentemente, não. Mas a ciência tem notado que a ausência de barulho tem muito mais protagonismo do que se imagina.

Segundo um artigo da revista científica Nautilus, o silêncio começou a aparecer em pesquisas como um controle ou linha de base quando os cientistas pretendiam comparar os efeitos dos ruídos ou de música. O estudo do silêncio acabava ocorrendo por ‘acidente’. Um desses casos é o do físico Luciano Bernardi, que em 2006 publicou, com outros cientistas, o estudo “Mudanças cardiovasculares, cerebrovasculares e respiratórias induzidas por tipos diferentes de músicas em músicos e não-músicos: a importância do silêncio”.

A pesquisa de Bernardi constatou que os impactos da música podiam ser sentidos diretamente na corrente sanguínea, através de mudanças na pressão sanguínea, presença de dióxido de carbono e circulação no cérebro. Durante quase todo tipo de música havia mudança psicológica compatível com uma condição de excitação.

Os cientistas, entretanto, se surpreenderam com o resultado do silêncio entre músicas nos estudados - sendo que tal momento era considerado irrelevante para a proposta inicial, segundo reportagem da Nautilus. Pausas silenciosas de dois minutos se mostraram mais relaxantes que músicas que são consideradas relaxantes ou pausas longas realizadas antes do início do experimento. “Em conclusão, o presente estudo indica que a seleção apropriada de música, alternando ritmos e pausas mais rápidos e mais lentos, pode ser usada para induzir o relaxamento e reduzir a atividade simpática e, portanto, pode ser potencialmente útil no tratamento de doenças cardiovasculares”, aponta trecho do estudo. A pesquisa de Bernardi foi a que recebeu o maior número de downloads em 2006 na revista Heart.

Michael Wehr, da Universidade de Oregon, realizou um experimento em 2010 para conhecer o processamento sensorial no cérebro de ratos durante breves explosões de som. O começo de um som desperta uma rede de neurônios no córtex auditivo. Wehr constatou que há uma rede separada no córtex auditivo que também dispara quando o silêncio começa. "Quando um som para repentinamente, isto é um evento tão certo quanto quando um som para", ele explicou à Nautilus. Para o cérebro, então, a falta de ruído não é apenas um vazio.

O que ocorre quando o silêncio permanece foi objeto de estudo da bióloga Imke Kirst. Ela expôs grupos de ratos a música, sons de ratos filhotes, ruídos e silêncio. A pesquisadora imaginava que os bebês ratos fossem desenvolver novas células do cérebro e que o silêncio não produziria tal efeito.

Ela acabou constatando que duas horas de silêncio por dia desenvolviam células no hipocampo, região do cérebro relacionada com a formação de memória e aprendizado. Kirst acredita que a total ausência de som possa ser tão alarmante que desperte um alto nível de sensitividade nos ratos.

O crescimento de novas células não significa automaticamente algo benéfico, mas, no caso estudado, as novas células pareciam estar funcionando como neurônios, integrados dentro do sistema. O experimento é de 2013 e ainda é considerado preliminar, porém, condições como demência e depressão estão associadas a queda dos níveis de neurogênese do hipocampo. Kirst acredita na possibilidade futura de neurologistas encontrarem um uso terapêutico para o silêncio.

Meditação - A Universidade da Califórnia também identificou os benefícios da meditação. O processo de meditação ao longo dos anos é capaz de fortalecer as conexões entre as células do cérebro. A professora assistente Eileen Luders, do laboratório de neurologia, descobriu que meditadores de longa data conseguem processar informações de modo mais rápido. Ao todo, 100 pessoas foram avaliadas, sendo metade delas praticantes de diversos tipos de meditação (Samatha, Vipassana, Zen e outros). O grupo com os melhores resultados praticava meditação há cerca de 20 anos.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando