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Cientistas da Nova Zelândia encontraram nas fezes de uma foca-leopardo um pendrive cheio de fotos e vídeos tirados, provavelmente, por alguém que estava de férias. A amostra estava armazenada há mais de um ano e seria utilizada para pesquisa sobre a saúde desses animais.

O dispositivo ainda estava em boas condições de uso "considerando de onde veio", disse o Instituto Nacional de Pesquisas Atmosféricas e Aquáticas (NIWA, em inglês). A descoberta, entretanto, é tratada com preocupação pelos pesquisadores. "É muito preocupante que esses incríveis animais da Antártida tenham plásticos como esse dentro deles", avaliou a voluntária Jodie Warren.

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Os cientistas deixaram o pendrive secar por semanas antes de checá-lo. Nele, há fotos e vídeos de leões-marinhos. A única pista do dono é um vídeo que mostra a ponta azul de um caiaque.

O instituto divulgou algumas imagens a procura do dono do dispositivo. "Se ele é seu e você quer de volta, vem com um preço. Os pesquisadores de foca-leopardo gostariam de um pouco mais de fezes de foca, por favor", brinca o instituto em texto no site oficial.

Imagine um mundo em que smartphones, laptops e outros produtos eletrônicos não precisem de baterias para funcionar. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e de outros países deram um passo nessa direção, criando o primeiro dispositivo que pode converter a energia dos sinais Wi-Fi em eletricidade.

"Criamos uma nova maneira de alimentar os sistemas eletrônicos do futuro - aproveitando a energia Wi-Fi de maneira que seja facilmente integrada em grandes áreas - para trazer inteligência a todos os objetos ao nosso redor", explicou o co-autor do artigo e professor do MIT, Tomás Palacios. A pesquisa foi tema de artigo publicado nesta segunda-feira (28) pela revista científica Nature.

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O conceito é baseado em um novo design de antena criado por pesquisadores do MIT, bem como muitas outras instituições, e consegue captar a energia das ondas de rádio ao nosso redor.

As antenas de coleta de energia, chamadas de rectennas, existem há muito tempo, mas elas apresentam desvantagens. Em primeiro lugar, são um equipamento caro e, por serem rígidas, só podem extrair energia de uma porção limitada do espectro de ondas de rádio.

Este novo design criado pelos pesquisadores do MIT utiliza um material barato chamado dissulfeto de molibdênio que resulta em retinas finas e flexíveis que podem coletar energia de uma ampla gama de ondas de rádio.

Com o dissulfeto de molibdênio, os cientistas foram capazes de construir a porção retificadora da antena com apenas três átomos de espessura. Isso significa que elas podem ser incorporadas em dispositivos portáteis finos, leves e até flexíveis.

Essa antena, segundo o MIT, pode coletar eletricidade com até 40% de eficiência de sinais sem fio de até 10 gigahertz, o que inclui sinais de Wi-Fi e celular que estão sempre ao nosso redor - mas que geralmente são desperdiçados.

Por serem baratas de construir, essas novas antenas têm potencial em uma ampla gama de indústrias. Elas poderiam ser usadas ​​para alimentar dispositivos médicos implantáveis ​​onde a segurança das baterias é uma preocupação.

Pensando em uma escala muito maior, os pesquisadores acreditam que a invenção também poderia ser usada ​​para energizar estradas inteligentes, pontes e outras estruturas de engenharia civil. Os cientistas, porém, dizem que ainda é preciso um longo processo para que o dispositivo ganhe um versão comercial.

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Cientistas da Universidade de Washington criaram um aplicativo que dá a um smartphone a capacidade de detectar uma overdose e alertar outras pessoas serviços de emergência ou familiares do usuário.

Chamado Second Chances, o software ainda está em desenvolvimento, mas os pesquisadores esperam que ele seja aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta medicamentos nos EUA, para, eventualmente, ser comercializado.

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Os cientistas explicam que quando as pessoas sofrem uma overdose sua respiração muda em um padrão específico e previsível. O aplicativo usa a tecnologia de sonar para detectar essas mudanças e alertar um amigo, parente ou médico que pode fornecer medicamentos para reversão do quadro crítico.

O aplicativo não utiliza câmeras ou microfones para identificar uma overdose, em vez disso funciona enviando silenciosas ondas sonoras para o tronco das pessoas a até um metro de distância. Em seguida, ele monitora os sinais que são refletidos de volta, porque eles mudam quando os padrões respiratórios ficam alterados.

A parte complicada, segundo os cientistas, foi ensinar o algoritmo a reconhecer quais padrões correspondiam a uma overdose. Para fazer isso, a equipe testou o aplicativo com 194 voluntários de um centro de consumo de droga assistido em Vancouver, no Canadá.

Na clínica de Vancouver, os participantes injetaram opióides sob supervisão da equipe médica e os que apresentaram overdose foram ressuscitados. O aplicativo, instalado em um Galaxy S4, identificou corretamente cerca de 96% das overdoses em que a respiração parou por 10 segundos ou menos.

Também foi capaz de detectar 87% das vezes em que a respiração diminuiu significativamente e previu corretamente 19 das 20 overdoses simuladas. O aplicativo não deve ser executado o tempo todo em segundo plano no celular.

Em vez disso, a ideia é que as pessoas que usam opiáceos liguem o aparelho nos minutos antes da injeção e desligue-o assim que ficar claro que estão em segurança. Agora, a equipe de cientistas está trabalhando para melhorar a interface do usuário e tornar o algoritmo mais sensível.

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Um novo tipo de bateria que só precisa ser carregada uma vez por semana foi desenvolvida por cientistas. A célula de energia é criada usando flúor em vez de lítio tradicional, permitindo que ela dure até oito vezes mais. Segundo os pesquisadores, a descoberta pode ser usada para alimentar a próxima geração de smartphones.

Pesquisadores da Caltech, da Nasa, do Laboratório Nacional de Lawrence Berkeley e do Instituto de Pesquisa Honda desenvolveram as baterias à base de flúor. A tecnologia tem sido estudada por décadas, mas esta é a primeira vez que os cientistas desenvolveram uma versão recarregável.

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"As baterias de flúor podem ter uma maior densidade de energia, o que significa que elas podem durar mais tempo - até oito vezes mais do que as baterias em uso atualmente", disse o pesquisador da Caltech, Robert Grubbs. "Mas o flúor pode ser um desafio, especialmente porque é tão corrosivo e reativo", completou.

A alta densidade de energia do flúor dificulta a estabilização em temperatura ambiente. Para contornar isso, os pesquisadores adicionaram um novo tipo de líquido eletrolítico ao componente. A medida foi capaz de estabilizar a bateria, produzindo a primeira célula de flúor recarregável do mundo.

"Ainda estamos nos primeiros estágios de desenvolvimento, mas esta é a primeira bateria de flúor recarregável que funciona à temperatura ambiente", escreveu o autor do estudo, Simon Jones. As baterias de flúor funcionam de forma diferente das normais de íons de lítio.

Elas operam de maneira negativa, atraindo elétrons através de um condutor, em vez de eliminá-los. Agora, a equipe busca realizar mais pesquisas para melhorar o desempenho e a estabilidade da nova bateria, que poderá estar presente em breve nos seus próximos smartphones. A pesquisa foi publicada na revista Science.

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Há 130 anos, ele carrega o peso do mundo nas costas: apelidado de o "grande K", o protótipo internacional do quilograma (IPK), usado como padrão para todas as medidas de massa, será em breve substituído por uma constante matemática imaterial.

A 26ª reunião da Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM), que acontece de 13 a 16 de novembro em Versalhes (oeste de Paris), deve avalizar uma nova definição do quilograma formulada com base na constante de Planck (h) da Física Quântica.

A massa desse cilindro em platina iridiada, que mede 3,9 centímetros de comprimento e 3,9 centímetros de diâmetro, definiu o quilograma desde 1889.

Ele está conservado, cuidadosamente, no Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) em Sèvres, perto de Paris.

Sobre ele, pesa uma grande responsabilidade: o IPK encarna a referência internacional para todas as medidas de massa no mundo, seja para dosar medicamentos, cortar fatias de presunto, pesar um bebê ou equipamentos industriais. Os países possuem seus padrões, os quais comparam periodicamente com cópias históricas do "grande K" - elas mesmas comparadas ao padrão supremo.

"O quilograma é a última unidade de medida baseada em um artefato físico", ressalta o diretor-geral do LNE (Laboratório Nacional de Metrologia e de Testes) francês, Thomas Grenon.

"O problema é que ele vive sua vida, ele pode flutuar, o que não é de todo satisfatório, vistos os níveis de precisão, dos quais precisamos hoje", completou.

Então, em maio do próximo ano, o "grande K" cederá oficialmente seu trono ao "h". Essa constante, descoberta em 1900 pelo físico Max Planck, é produto de uma energia por um tempo. E a energia está ligada à massa pela célebre equação E = mc2.

Depois de vários anos de trabalhos científicos, o valor do h foi fixado em 6,62607015 X 10 potência menos 34 Joule.segundo.

- 3 redomas, 3 chaves -

E por que uma revolução desse porte? Os cientistas se deram conta de que a massa do protótipo internacional havia variado ligeiramente em relação àquelas das seis cópias feitas na mesma época e conservadas no BIPM.

A massa do IPK divergiu da massa da média dessas réplicas de cerca de 50 microgramas. O BIPM multiplicou, então, as precauções para proteger o IPK.

"Ele foi conservado dentro de três redomas de vidro, em um cofre situado em um cômodo ultralimpo no subsolo do Pavilhão de Breteuil", afirmou Estefania de Mirandes, secretária-executiva do Comitê consultivo das unidades do BIPM.

O cofre é fechado a três chaves, que ficam com três pessoas diferentes e que devem estar presentes ao mesmo tempo para que possa ser aberto.

O acesso ao cômodo precisa de uma autorização especial. Uma vez por ano, o cofre é aberto para verificar visualmente o estado do IPK.

Estefania De Mirandes já o viu várias vezes. Em 2014, o grande K foi levado para os laboratórios do BIPM, onde se fizeram várias medições dele.

"Em princípio, é possível avariar o IPK durante uma medida e alterar sua massa, porque é um objeto frágil", reconheceu.

"Imaginem se deixássemos esse protótipo cair!", exclama a diretora de Pesquisa Científica no LNE, Maguelonne Chambon.

Um pesadelo que perdeu o sentido.

Logo o padrão do quilograma será feito com base na constante de Planck por meio de uma balança do watt, também chamada balança de Kibble, por conta do nome de seu inventor (o físico britânico Bryan Kibble), e que consiste em converter uma massa em uma potência elétrica.

Apenas alguns países têm hoje uma balança de watt, incluindo a França, que desenvolveu uma no LNE, em Trappes, região parisiense.

A Conferência Geral de Pesos e Medidas reúne os representantes de 60 Estados-membros e 42 Estados e entidades econômicas associadas.

Um manifesto intitulado Cientistas pela Democracia, que está circulando na comunidade acadêmica desde o dia 17, já recebeu mais de 1.600 adesões até a manhã desta quinta-feira, 25.

Sem citar o nome de nenhum candidato, o documento pede respeito à democracia e faz um apelo contra "qualquer tipo de violência", discriminação e intimidação.

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"As imperfeições do processo democrático necessitam correções, porém nunca deverão servir de pretexto para que renunciemos à democracia. Também repudiamos, com veemência, toda e qualquer apologia à tortura, as inúmeras formas de violação e as ameaças à preservação do meio ambiente praticadas por regimes autoritários do passado e do presente", diz o documento.

O primeiro nome no manifesto é o do físico Sergio Rezende, professor da Universidade Federal de Pernambuco e ex-ministro de Ciência e Tecnologia no governo Lula, entre 2005 e 2010; seguido da bióloga molecular Helena Nader, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); e várias outras lideranças da comunidade científica e acadêmica.

"A iniciativa pertence a um grupo de pesquisadores, de diversas áreas. Não é uma iniciativa organizada por sociedades ou organizações científicas, e se trata mais de uma iniciativa de cidadania", disse ao blog o imunologista Manoel Barral-Netto, pesquisador da Fiocruz e professor da Universidade Federal da Bahia, que é um dos organizadores do manifesto.

A motivação, segundo ele, foi um "desconforto com a situação atual do país, com claros sinais de possibilidade de comprometimento do estado democrático", assim como "várias declarações de desrespeito às instituições" que vêm sendo feitas ao longo da campanha eleitoral.

"Como houve uma receptividade bastante positiva, decidiu-se por solicitar às sociedades científicas a divulgação do texto pelos seus meios de comunicação com os sócios", diz o pesquisador.

Abaixo, a íntegra do manifesto:

"Cientistas pela democracia

Nós cientistas brasileiros, independente de nossas posições políticas ou ideológicas, vimos a público reafirmar o nosso pétreo compromisso com a democracia. A ciência, como bem público, precisa do ambiente democrático para progredir e produzir seus benefícios. Os regimes autoritários muito frequentemente instrumentalizam a ciência para fins contrários aos interesses da sociedade. A boa ciência necessita da crítica e do contraditório, do reconhecimento das diferenças e do respeito a opiniões divergentes, todas características que somente podem florescer em ambiente democrático.

As imperfeições do processo democrático necessitam correções, porém nunca deverão servir de pretexto para que renunciemos à democracia. Também repudiamos, com veemência, toda e qualquer apologia à tortura, as inúmeras formas de violação e as ameaças à preservação do meio ambiente praticadas por regimes autoritários do passado e do presente.

O fazer ciência pela vida, pelo progresso social, pelo bem estar da população, passa pela garantia da manutenção das liberdades, dos direitos humanos, pela pluralidade de ideias, pela eliminação da intimidação, da discriminação e da tortura, e pela oposição a qualquer tipo de violência, qualquer que seja sua motivação (étnica, de gênero, sexualidade, posição política ou qualquer outra).

Necessitamos sempre aperfeiçoar e consolidar a democracia para que a ciência avance e possa contribuir para as transformações sociais, tão necessárias à nossa sociedade.

Em 17 de outubro de 2018. "

Um tubarão raro, visto pouquíssimas vezes pelos humanos e até por cientistas, foi encontrado morto por pescadores que trabalhavam na praia da Pedra do Sal. Tal situação desperta um alerta entre os pesquisadores da vida marinha no litoral do Estado. O animal é conhecido popularmente como Tubarão-boca-grande, sendo o seu nome científico Megachasma pelagios.

Encontrado nesta segunda-feira (10), está foi a primeira vez que a aparição do tubarão foi registrada no Piauí, segundo relatou Geórgia Aragão, doutoranda em Sistemas Costeiros e Oceânicos, ao site Cidade Verde. Ela reforçou ainda que no mundo todo pouquíssimos animais do tipo já foram vistos.

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O tubarão-boca-grande é um filtrador e não possui dentes como outros grandes tubarões e se alimenta de plânctons e medusas. A especialista dispara que, por ser um animal tão raro, a sua morte pode estar relacionado a "interação pesqueira ou mesmo a uma patologia do animal. Mas há várias hipóteses que precisam ser analisadas", apontou a especialista Geórgia.

O animal foi encontrado no litoral com marcas de mordida de tubarão charuto e parecia fresco, levantando a hipótese de que sua morte tivesse sido recente.

Cientistas disseram nesta terça-feira (21) ter confirmado a existência de gelo na superfície da Lua pela primeira vez, uma descoberta que poderia um dia ajudar os humanos a sobreviverem no satélite natural da Terra.

Sinais de gelo na Lua têm sido relatados por cientistas há anos, mas observações anteriores podiam ser explicadas por outros fenômenos, como o solo lunar excepcionalmente refletivo, disseram os autores do estudo.

"Esta é a primeira vez que cientistas têm evidências definitivas da presença de gelo na superfície", disse à AFP o principal autor do estudo, Shuai Li, do Instituto de Geofísica e Planetologia do Havaí.

O gelo está principalmente nas sombras das crateras nos polos lunares e foi detectado usando instrumentos que foram levados na nave espacial Chandrayaan-1, lançada em 2008 pela Organização de Pesquisa Espacial Indiana.

Usando dados do instrumento Moon Mineralogy Mapper (M3) da Nasa, os pesquisadores identificaram três assinaturas químicas "que definitivamente provam que há gelo de água na superfície da Lua", disse um comunicado da Nasa.

As regiões polares onde o gelo se encontra são "super frias", disse Li, observando que as temperaturas mais quentes nunca ultrapassam -157 graus Celsius.

Não está claro exatamente quanto gelo existe na superfície, já que os instrumentos só conseguiram detectar gelo dentro de alguns milímetros da superfície da Lua, disse o pesquisador.

Mas a Nasa disse que, se houver gelo suficiente, "a água possivelmente será acessível como um recurso para futuras expedições para explorar e até permanecer na Lua".

A agência espacial americana aspira a levar humanos à Lua nos próximos anos pela primeira vez desde as célebres missões Apollo dos anos 1960 e 1970.

Li disse que a melhor maneira de descobrir mais sobre o gelo da Lua e como acessá-lo como um recurso seria enviando um robô para explorar os polos lunares.

O estudo completo foi publicado na edição de segunda-feira da revista científica Proceedings of National Academy of Sciences.

Uma equipe de cientistas italianos e egípcios informou ter descoberto no sul do Cairo, no Egito, o queijo mais antigo do mundo entre corpos mumificados que datam de 3,2 mil anos a. C. De acordo com o estudo publicado no periódico Analytical Chemistry nesta terça-feira (7), apesar do queijo já ser um dos alimentos mais arcaicos, o pedaço milenário encontrado chega a atingir o nível científico.

Os pesquisadores descobriram o pedaço de queijo -mix de cabra, de vaca e de ovelha- coalhado no Egito nos tempos dos faraós. A "massa esbranquiçada" foi encontrada durante as escavações da tumba de um alto funcionário em Saqqara, no sul do Cairo. "É provavelmente o mais antigo resíduo sólido de queijo já encontrado até agora", enfatiza o estudo da Universidade de Catania e Cairo.

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A pesquisa estabelece, além disso, o período em que a produção de laticínios se desenvolveu no antigo Egito e é capaz de determinar os hábitos socioeconômicos e culturais que se derivaram dessa prática. O túmulo em que estava o queijo foi descoberto por alguns caçadores em 1885, mas a sua localização nunca tinha sido registrada e o sepulcro se perdeu embaixo das areias do deserto do Saara. Somente, então, em 2010 ele foi redescoberto por um grupo de arqueólogos da Universidade do Cairo.

O uso da proteômica -área que estuda o conjunto de proteínas em uma amostra- em resíduos de comidas antigas é ainda um campo inexplorado e poderia levar a novos desenvolvimentos em inúmeras disciplinas. O queijo encontrado era destinado à viagem eterna do proprietário da tumba: Pthames, prefeito de Tebe e oficial durantes os reinos de Seti I e Ramses II (1290-1213 a.C.). O time de pesquisadores foi coordenado pelo professor Enrico Ciliberto e a responsável pelas escavações arqueológicas foi a professora Ola el-Aguizy. As investigações também permitiram que fosse traçada uma sequência peptídica atribuída à bacteria Brucella melitensis, causadora da brucelose, doença conhecida como "febre mediterrânea". Essa infecção foi espalhada por todo o Antigo Egito.

Até agora, as provas dessa difusão derivam dos efeitos revelados nos restos de algumas múmias, mas o estudo permite também "acessar o primeiro caso absoluto da presença de brucelose na época faraônica através de provas biomoleculares", contaram à ANSA os realizadores do estudo.

Da Ansa

Um grupo de pesquisadores australianos anunciou nesta quarta-feira (18) um novo teste de sangue para detectar melanoma em sua etapa inicial, o que constitui uma descoberta mundial que poderá salvar muitas vidas.

O exame poderá ajudar os médicos a detectar o melanoma, um câncer de pele muito agressivo, antes que se propague para o resto do corpo, de acordo com os cientistas da Universidade Edith Cowan, cujo trabalho foi publicado pela revista Oncotarget.

Na pesquisa, participaram 105 pacientes com melanoma e 104 pessoas saudáveis.

O procedimento experimentado permitiu diagnóstico precoce do melanoma em 79% dos casos, segundo os autores da pesquisa.

"Este teste sanguíneo é muito promissor como detector potencial porque pode identificar o melanoma em sua etapa inicial, quando ainda pode ser tratado", afirmou Pauline Zaenker, a principal pesquisadora, em um comunicado.

"Os pacientes cujo melanoma é detectado em um estado precoce têm uma taxa de sobrevida de cinco anos entre 90% e 99%", afirmou Zaenker.

Caso contrário, a taxa de sobrevivência cai para 50%.

Atualmente, o melanoma é detectado mediante um exame clínico realizado por um médico, que, em caso de lesão suspeita, procede a uma extração para a realização de uma biópsia.

"Examinamos um total de 1.627 tipos diferentes de anticorpos para identificar uma combinação de dez anticorpos, a mais apta a assinalar a presença de melanoma nos pacientes confirmados em comparação com os voluntários saudáveis", explicou Zaenker.

A equipe de pesquisa prepara um trabalho clínico que durará três anos para validar as conclusões e dispor de um teste que possa ser utilizado pelos médicos.

Un câncer em cada três é de pele, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Austrália é o país com uma das maiores prevalências de melanoma no mundo.

Cientistas criaram acidentalmente um novo tipo de carbono que pode tornar as baterias em nossos telefones, tablets e laptops mais seguras, potentes, rápidas de carregar e duráveis.

Uma equipe internacional de pesquisadores, liderada pela Universidade Lancaster e pela Universidade de Jilin, na China, anunciou o novo material, chamado OSPC-1, na revista científica Angewandte Chemie.

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Esse novo carbono apresenta um potencial excepcional, capaz de armazenar mais do que o dobro de íons de lítio e, portanto, de energia, na mesma velocidade média de carregamento. Outra grande vantagem do OSPC-1 é sua segurança, pois o material não cria dendritos.

Estas são fibras metálicas que podem se formar quando o lítio fica preso na superfície do grafite. Se os dendritos se acumulam e alcançam o cátodo, eles são capazes de causar curto-circuito nas baterias e fazê-las explodir em chamas.

O OSPC-1 também pode ser muito mais duradouro que o grafite. A equipe de cientistas testou mais de 100 ciclos de carga e descarga e não encontrou sinais de deterioração na bateria.

No entanto, o grafite é o padrão da indústria porque é muito barato para produzir e pode ser facilmente obtido. Os pesquisadores reconhecem que o OSPC-1 seria mais caro, pelo menos inicialmente.

Portanto, eles acreditam que as aplicações iniciais mais prováveis do novo material ​​seriam para situações em que a segurança é a consideração primordial - como em satélites espaciais e aeronaves.

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Cientistas coreanos desenvolveram um novo robô criado para pessoas solitárias. Chamado Fribo, ele é um pequeno dispositivo parecido com um gato que ouve todos os sons que surgem em uma casa. O objetivo é determinar quando o usuário está limpando, cozinhando ou assistindo TV. Em seguida, o aparelho repassa essa informação para um outro Fribo localizado na casa de um amigo.

De acordo com os cientistas, o robô oferecerá informações para outras pessoas de uma maneira que estimule a interação. "A principal função do Fribo é compartilhar as atividades diárias para aliviar o sentimento isolado e a solidão quando se vive em casa sozinho", escreveram os pesquisadores, em um artigo publicado recentemente.

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O Fribo pode reconhecer sons como um motor, um microondas ligado, uma máquina de lavar em funcionamento, ruídos das portas de entrada e muito mais. O robô também tem um sensor ultrassônico usado para detectar se o usuário está em um cômodo ou não, junto com medidores de temperatura, umidade e luz ambiente.

Em uma demonstração, o robô consegue ouvir um usuário abrindo a geladeira e repassa essa informação para um outro Fribo instalado na casa de um amigo, incentivando os dois a conversarem sobre a refeição que está prestes a ser realizada.

Os pesquisadores disseram que o Fribo foi projetado para maximizar a privacidade e nunca revelará quem, por exemplo, acabou de abrir uma geladeira, a menos que o destinatário pergunte e o remetente concorde em revelar sua identidade.

No artigo publicado, os pesquisadores disseram que testaram a tecnologia com pequenos grupos de amigos. Aquelas pessoas que tinham um Fribo em casa aumentaram seu nível de socialização. Mas, segundo os cientistas, é necessário realizar uma pesquisa mais aprofundada para descobrir como o dispositivo pode ajudar os jovens.

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O primeiro exemplar descoberto do homem de Cro-Magnon tinha o rosto repleto de nódulos benignos em consequência de uma doença genética, anunciou uma equipe de cientistas franceses.

Encontrado em 1868 em caverna de Les Eyzies de Tayac, sudoeste da França, o primeiro esqueleto de Cro-Magnon é o de um Homo Sapiens homem de 28.000 anos.

Por ocasião do aniversário de 150 anos da descoberta, o fóssil, cujo crânio é conservado no Museu do Homem de Paris, foi reexaminado pelo legista e antropólogo Philippe Charlier e outros cientistas, como o paleantropólogo Antoine Balzeau.

"Após os estudos, estabelecemos uma proposta de diagnóstico: sofria de uma neurofibromatose de tipo 1", explicou Charlier à AFP.

A doença genética provoca o desenvolvimento de tumores benignos dos nervos periféricos, tanto superficiais como profundos (neurofibromas), assim como o surgimento de manchas na pele.

A pesquisa foi publicada nesta sexta-feira pela revista médica The Lancet.

A equipe de cientistas fez uma análise antropológica e médica sobre o homem de Cro-Magnon e utilizou um scanner no Museu Nacional de História Natural.

Depois compararam os dados obtidos com as informações de diferentes registros anatômicos e patológicos na França, o que permitiu estabelecer o diagnóstico.

O crânio do homem de Cro-Magnon "apresenta uma lesão ao nível da frente que corresponde à presença de um neurofibroma, que teria desgastado o osso", afirmou Charlier.

"Seu conduto auditivo interno esquerdo também foi danificado, supostamente por um tumor que cresceu", completou.

"Com esta proposta de diagnóstico, fizemos uma reconstituição realista do rosto deste homem de idade mediana, levando em consideração sua patologia", explicou.

O rosto ficou cheio de neurofibromas: um grande nódulo na frente, outros menores nas sobrancelhas e alguns perto do nariz e dos lábios.

"Tinha nódulos em todas as partes", disse Charlier.

A curiosidade dos cientistas não tem limites: pesquisadores suíços e americanos estudaram de perto os patos de borracha que flutuam nas banheiras das crianças e, às vezes adultos, com resultados pouco encorajadores.

Um comunicado intitulado "Os patinhos feios do banho", publicado nesta terça-feira (27) pelo Conselho Federal Suíço, detalha suas conclusões: qualquer objeto plástico imerso em um líquido já contaminado por nossas abluções se torna uma verdadeira bomba de bactérias e fungos.

Uma equipe de cientistas do Instituto Eawag de Pesquisa sobre a Água, da Escola Politécnica Federal de Zurique e da Universidade Americana de Illinois deixou nove patos de borracha durante onze semanas em água limpa e outro grupo em "água de banho usada com resíduos de sabão, sujeira, suor e bactérias do corpo humano".

Os patos expostos à água suja tinham fungos e 80% de todos os patos estudados desenvolveram germes potencialmente patogênicos, especialmente legionella e outras bactérias muito resistentes.

O problema vem principalmente do interior do brinquedo, difícil de limpar. "Quando a criança aperta a barriga para fazer a água sair, não é estranho que o jato tenha uma cor escura", ressalta o estudo.

"Isso pode fortalecer suas defesas imunológicas - nesse caso, é mais positivo", diz o microbiologista Frederik Hammes, da Eawag. Mas, ele salienta, "também pode causar irritações nos olhos e ouvidos ou infecções gastrointestinais mais problemáticas".

Então, temos que desistir dos patinhos ou limpá-los completamente após cada uso?, perguntam os pesquisadores. Ou, como alguém na internet recomenda, cobrir os buracos dos patinhos para que não entre ou saia água?

Hammes sugere uma solução mais científica: endurecer os regulamentos sobre os polímeros usados ​​na fabricação de todos os brinquedos destinados ao banheiro.

A pressão arterial elevada pode causar doenças cardíacas e até um acidente vascular cerebral. O problema é que, por ser silenciosa, a condição nem sempre é tratada a tempo. Mas uma nova tecnologia pode mudar isso, facilitando o processo de aferir a pressão sanguínea com o auxílio de um smartphone. As informações são da revista Science Magazine.

Cientistas criaram um acessório de smartphone que afere a pressão arterial de forma rápida e simples, eliminando a necessidade de qualquer equipamento especializado. O usuário coloca seu dedo em um sensor e é guiado por um gráfico exibido no telefone para aumentar gradualmente a força aplicada.

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Enquanto isso, outro sensor mede o volume de sangue circulando na artéria, iluminando o dedo e detectando mudanças na forma como a luz é absorvida. O software no telefone, em seguida, usa esta informação para determinar a pressão sanguínea. Os pesquisadores testaram seu protótipo em 30 pessoas.

Embora o dispositivo não tenha sido tão preciso como um monitor de braço, os cientistas dizem que a precisão pode ser melhorada a medida que o usuário realize várias medições ao longo do tempo.

Segundo os cientistas, os smartphones modernos já contêm a maior parte do hardware necessário para se transformarem em monitores portáteis de pressão arterial, o que seria particularmente útil nos países onde o acesso assistência médica é limitado, mas onde os celulares inteligentes estão se tornando comuns.

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Cientistas australianos criaram a primeira bateria de prótons recarregável no mundo, um passo crucial para um armazenamento de energia mais barato e ambientalmente amigável. Embora a invenção seja apenas um protótipo de pequena escala por enquanto, ela tem potencial para competir com os modelos de íon de lítio atualmente disponíveis.

A bateria recarregável, criada por pesquisadores da RMIT University de Melbourne, na Austrália, usa carbono e água em vez de lítio. O pesquisador principal do projeto, professor John Andrews, disse que à medida que o mundo avançava para as energias renováveis, existe uma necessidade de criar tecnologias que dependem de materiais mais baratos e abundantes.

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"As baterias de íon de lítio são ótimas, mas dependem de recursos escassos e onerosos", disse ele. O pesquisador diz que a vantagem é que a invenção armazena prótons em um material à base de carbono, que é abundante na natureza.

Além disso, a própria bateria não produz emissões de carbono e pode armazenar eletricidade a partir de energias renováveis ​​de emissão zero. Os pesquisadores estimam que a invenção pode estar comercialmente disponível dentro de cinco a dez anos.

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Uma equipe de cientistas israelenses inventou e patenteou um colírio que pode curar problemas de visão sem a necessidade de cirurgia corretiva e eliminar para sempre o uso dos óculos de grau. Quando pingadas em córneas de porcos, as gotas produziram melhorias na miopia e na visão prolongada. Um teste clínico com seres humanos está programado para ser realizado no fim deste ano.

Segundo informações do jornal Jerusalem Post, o oftalmologista David Smadja, um dos responsáveis pela pesquisa e desenvolvimento do colírio, revelou que as gotas poderiam revolucionar o tratamento oftalmológico e optométrico de pacientes com miopia, hipermetropia e outras condições refratárias.

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Segundo ele, existem maneiras de usar o colírio para substituir lentes multifocais para que as pessoas possam ver objetos a partir de várias distâncias. "Este é um novo conceito para corrigir problemas refratários", acrescentou Smadja. Não foi informado, porém, com que frequência as gotas deveriam ser aplicadas para substituir os óculos.

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A pia de brinquedo esquecida no quintal tem tudo o que o mosquito precisa: um recipiente com água parada, limpa e protegida do sol, à sombra de uma pitangueira. Um verdadeiro spa para as larvas de Aedes aegypti que se multiplicam ali. Duas crianças brincam na varanda, e apenas um quarteirão acima estão as florestas da Serra da Cantareira e do Horto Florestal, que teve sua população de macacos dizimada pela febre amarela no ano passado.

Se um dia a doença voltar a se disseminar por ambientes urbanos, é num cenário como esse que a invasão deve começar. Uma espécie de zona mista, onde a selva de concreto paulistana, infestada de mosquitos Aedes aegypti, se mescla com as florestas úmidas da Mata Atlântica, lar dos mosquitos Haemagogus e Sabethes, vetores da febre amarela silvestre.

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A bióloga Rafaella Ioshino, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), coleta dezenas de larvas e ovos de mosquito da pia de brinquedo. A aparência dos ovos e a maneira como as larvas se amontoam no tubo de ensaio são típicas do Aedes. "Elas não gostam de luz, por isso se aglomeram no fundo do tubo para criar um ambiente mais escuro."

Enquanto isso, nos fundos da casa, a coach Priscila Martos, de 33 anos, debruça-se sobre a pia da cozinha. Está abatida pela perda da mãe, Sandra, que morreu de febre amarela há pouco mais de um mês. Ela tinha 55 anos, e não estava vacinada. A família toda havia optado por não se imunizar, temendo possíveis reações adversas da vacina. "A gente busca fazer as coisas de uma forma mais natural", justifica Priscila.

Só depois que sua mãe adoeceu é que a família resolveu se vacinar. "Acabamos tomando por medo mesmo", diz o marido, Alexandre dos Santos. "Foi por milagre que (o vírus) não pegou mais ninguém por aqui.

A visita dos pesquisadores faz parte de uma investigação científica, para certificar que o vírus da febre amarela não está mesmo circulando entre os mosquitos nem entre as pessoas de áreas de risco como essa, na zona norte de São Paulo.

Como muitos casos de febre amarela são assintomáticos, existe a possibilidade de que a transmissão urbana da doença - quando o vírus é passado de pessoa a pessoa pelo Aedes aegypti - tenha ocorrido (ou esteja ocorrendo) de forma pontual nessas regiões, sem ser percebida. Nesse caso, uma detecção precoce seria essencial para a tomada de ações preventivas de saúde pública.

O plano é coletar mosquitos, larvas e, quando possível, amostras de sangue e urina de moradores que não tenham sido vacinados, para saber se estão carregando o vírus.

Zona de risco

A zona norte de São Paulo foi a mais afetada pelo surto de febre amarela que se espalhou pela região metropolitana desde o ano passado. O Horto Florestal chegou a ficar três meses fechado, depois que macacos mortos foram encontrados no parque, em outubro.

Desde então, a maior parte da população local foi vacinada, reduzindo drasticamente o risco de disseminação da doença. Ainda assim, a pesquisa poderá revelar se o vírus continua circulando na região.

Os cientistas capturam os mosquitos com uma espécie de aspirador de pó portátil, que eles passam pelos cantos da casa, embaixo das mesas, dentro de armários e outros lugares escuros onde os insetos se escondem durante o dia. Os mosquitos ficam presos numa redinha, e depois são transferidos para tubinhos plásticos.

"Pega tudo mesmo, e manda eles para o inferno", diz a aposentada Florinda de Jesus Souza, de 77 anos, moradora do bairro há quatro décadas. "É uma coisa terrível, um bicho tão pequeno matar uma pessoa."

Na casa da família Martos, os pesquisadores encontram dois mosquitos Aedes aegypti adultos. As larvas coletados no quintal podem ser de Aedes aegypti ou Aedes albopictus, uma outra espécie, típica de ambientes silvestres, mas que também circula por regiões periurbanas, e também pode transportar o vírus da febre amarela, segundo uma pesquisa recente do Instituto Evandro Chagas, no Pará.

Na maioria das casas visitadas, os resultados foram positivos, com moradores vacinados e atentos à eliminação de criadouros. Mas o mosquito é astuto, altamente resiliente, e aproveita qualquer brecha para se reproduzir.

Escondido

Em um bar da região, o dono Samuel Viana conta que não pôde se vacinar por causa de um problema nos rins. Como alternativa, caprichou no inseticida e no repelente, para manter o Aedes aegypti afastado.

Parece ter funcionado. Os pesquisadores não encontram nenhum mosquito dentro do bar. No topo da casa, porém, o olho treinado de um cientista encontra um ninho fervilhando de larvas, dentro de um buraco escuro de cano no chão da laje.

A presença de muitas larvas e poucos mosquitos é exatamente o que Rafaella esperava encontrar, considerando as condições meteorológicas da semana. "Tivemos alguns dias de frio, seguidos de chuva, e agora muito calor", explica ela, torrando sob o sol na laje, enquanto a enfermeira Maria Manoela Rodrigues, da Faculdade de Medicina de Jundiaí (uma das instituições parceiras do projeto), colhia sangue de Viana no andar de baixo.

Todas as larvas, ovos e mosquitos serão analisados para saber de que tipo são e se levam algum vírus dentro deles - seja de febre amarela, dengue, zika ou chikungunya. "Queremos determinar quais espécies estão infectadas e com o quê", diz a pesquisadora Margareth Capurro, do ICB-USP, uma das coordenadoras da pesquisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos EUA, criaram uma pele eletrônica que pode ser completamente reciclada. A chamada e-skin também é capaz de se regenerar automaticamente se for cortada. O dispositivo é basicamente um filme fino equipado com sensores que podem medir pressão, temperatura, umidade e fluxo de ar.

A pele é feita de três compostos comercialmente disponíveis misturados em uma matriz e encadernados com nanopartículas de prata. Quando é cortada ao meio, ela consegue recriar as ligações entre os produtos químicos e se regenerar. Segundo os cientistas, a expectativa é que um dia a descoberta possa ser utilizada em próteses, robôs e tecidos inteligentes.

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A descoberta, porém, ainda não pode ser comercializada. Apesar de ser macia, ela não é tão elástica quanto a pele humana. Mesmo assim, os pesquisadores estão animados pois o material pode ser totalmente reciclado caso seja gravemente danificado.

Para fazer isso, os cientistas usam uma solução específica que dissolve a matriz da pele sintética em várias moléculas, permitindo que todos os materiais sejam reutilizados para criar outro pedaço. Segundo os pesquisadores, esse processo leva cerca de 30 minutos a 60 graus celcius ou 10 horas à temperatura ambiente.

O processo de cicatrização, porém, é mais ágil e leva de uma a meia hora em temperatura ambiente. Mas essa não é a primeira pele eletrônica criada. Uma feita na Europa permite aos usuários manipular objetos virtuais sem tocá-los, usando ímãs. Outra desenvolvida no Japão pode transformar uma camisa inteligente em um controle para videogames.

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Pela primeira vez na China, cientistas conseguiram reconstruir orelhas humanas a partir de tecnologia de impressão 3D e células humanas, de acordo com um artigo publicado na revista "EBio Medicine" nesta terça-feira (30). A reconstrução foi feita em pacientes que sofrem de microtia - uma deformidade congênita em que a orelha não é desenvolvida até os primeiros meses de gestação. Ela afeta a audição, mas também pode acarretar outros problemas de caráter fisiológico e psicológico.

Os cinco pacientes tinham entre 6 e 9 anos de idade. Para a reconstrução do órgão, os cientistas escanearam as orelhas e transferiram os dados para uma impressora 3D, criando um molde novo. A cartilagem do órgão foi desenvolvida in vitro, ou seja, fora do organismo vivo. Para tal, foram utilizados condrócitos - células presentes no tecido cartilaginoso - que foram colocados em um suporte biodegradável e desenvolvido em tubo de ensaio.

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Além disso, a cartilagem foi utilizada para a reconstrução auricular dos pacientes e alcançou resultados satisfatórios ao longo da maturação do tecido, que levou aproximadamente 2 anos e 5 meses. De acordo com a revista "EBio Medicine", a microtia atinge 1 em cada 5 mil pessoas mundo. Mas, em países latino-americanos e asiáticos, esse índice aumenta. Como o corpo humano possui diversas reações ao processo, a cirurgia ainda não pode ser feita para fins estéticos.

Da Ansa

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