Tópicos | Cruzeiro do Sul

Um motociclista morreu, nesta quinta-feira (27), após ter seu veículo atingido por uma viatura da Polícia Federal na cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre. A polícia civil do Estado vai investigar o acidente.

Segundo a imprensa local, testemunhas afirmaram que a viatura - descaracterizada - ultrapassou um sinal vermelho e atingiu a moto em cheio. Segundo a PF, o condutor do carro oficial, que "estava em diligência", prestou socorro à vítima, mas o motociclista não resistiu aos ferimentos.

##RECOMENDA##

A PF não esclareceu se a viatura estava circulando com a sirene ligada no momento do acidente automobilístico.

O município de Cruzeiro do Sul, o segundo maior do Acre, ficou cerca de 5 horas sem internet e telefonia na última terça-feira (19) por um motivo inusitado. Um pica-pau foi o responsável pelo ocorrido. As informações são do G1.

A Oi, que realiza o serviço na região, informou que a interrupção foi causada por volta das 14h30. O pica-pau perfurou com o bico uma caixa que protege os fios de fibra ótica.

##RECOMENDA##

Equipes de empresas de telefonia foram acionadas para o local. O serviço começou a ser normalizado ainda durante a tarde.

A Polícia Civil de Cruzeiro do Sul, no Acre, está investigando um caso de três irmãos, de 9, 11 e 13 anos, encontradas dormindo em um chiqueiro. As crianças foram resgatadas pela Polícia Militar na noite da quarta-feira (8).

Os irmãos dormiam próximos a animais, como porcos e galinhas. O caso deve ser configurado como abandono e maus tratos. “A gente tem uma perpetuação do crime de maus-tratos, até porque vizinhos descreveram que não era a primeira noite, mas seria mais ou menos a terceira que as crianças dormiam naquele local”, disse o delegado Luis Tonini para reportagem do G1.

##RECOMENDA##

A mãe das crianças contou ao G1 que perdeu o controle sobre os filhos e que eles não obedecem mais. “Eu estou muito transtornada porque eles saem assim. Nunca fui bandida e agora a polícia invadiu minha casa, porque eles somem pelo mundo”, ela pontuou. Para o delegado, entretanto, o fato dos pais não saberem onde os filhos estão também é considerado abandono.

O chiqueiro onde as crianças estavam fica a 20 metros de distância de onde moram. A denúncia partiu dos vizinhos.  

Morreu nessa terça (26), a pequena Ana Carla, de seis meses de idade, estrangulada pelo próprio pai, no último sábado na comunidade São João, na zona rural de Cruzeiro do Sul, no Acre. A bebê estava na UTI do Hospital do Juruá, onde passou quase semana lutando pela vida. Na segunda (25), os médicos já haviam anunciado a morte cerebral da menina.

Segundo o ac24horas, Ana Carla Rocha Brandão, 18 anos, mãe dá criança, disse que Antônio Jardeson de Souza Feliz, 20 anos, enforcou a filha porque estava incomodado com o constante choro.

##RECOMENDA##

O ato cruel ocorreu na manhã do último sábado no imóvel onde o casal residia. No hospital, a mãe da criança disse que ao chegar em casa encontrou a filha desacordada e o esposo muito nervoso. Antônio Jardeson se apresentou na delegacia no mesmo dia em que a filha teve morte cerebral e continua preso preventivamente.

Os jornalistas do impresso Cruzeiro do Sul, diário com mais de cem anos que circula na cidade de Sorocaba, fizeram um protesto nas edições dos dias 29 e 30 de abril e 2 de maio, contra uma decisão do conselho administrativo do grupo que controla o impresso, deixando de publicar seus nomes nas matérias do jornal. O movimento teve aval do presidente interino do periódico, já que o titular deixou o posto por motivos médicos.

A manifestação dos jornalistas foi motivada pela decisão do membro do Conselho Consultivo da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), Antônio Domingues Farto Neto, que também é promotor de Justiça, de pautar a edição do veículo, segundo informações do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP). De acordo com o Portal Comunique-se, Farto Neto esteve na redação do jornal e atribuiu o sucesso da greve geral à cobertura que os profissionais do veículo fizeram durante a semana.

##RECOMENDA##

A denúncia registrada pelo SJSP alega que o promotor disse aos jornalistas que era preciso “limpar o desserviço” e criar uma “agenda positiva”, destacando o trabalho da Polícia Militar e da Guarda Civil de Sorocaba. Além disso, consta no documento que as fontes que dariam entrevistas para falar sobre o assunto, escolhidas por Farto Neto, seriam o comandante do Comando de Policiamento do Interior, coronel Antônio Valdir Gonçalves Filho, e o secretário de Segurança e Defesa Civil do município, José Augusto de Barros Pupin.

Essa semana, os jornalistas voltaram a assinar suas matérias e o SJSP - Regional de Soracaba emitiu uma nota sobre o ocorrido. “Diante dos fatos denunciados, o SJSP-Regional Sorocaba lamenta profundamente que um promotor de Justiça, um homem público e com papel de grande responsabilidade na sociedade, se preste ao papel de intimidar profissionais da imprensa”.

As barracas montadas no canteiro central da Avenida Cruzeiro do Sul escondem uma realidade de medo e apreensão entre comerciantes e moradores dessa região. A situação vai além do consumo de drogas, das constantes confusões e do acúmulo de lixo. Muitas da pessoas que ocupam os abrigos improvisados com sacos plásticos estão doentes.

Uma travesti identificada apenas como Leila, visivelmente debilitada após o diagnóstico de uma pneumonia, aguarda há dias por atendimento médico. Ela tem HIV, e por isto seu estado de saúde requer uma atenção maior. "A gente fica aqui e se não for a solidariedade de quem também tá na rua a gente morre. De vez em quando aparece uma assistente social que promete que vai cuidar da gente, mas é só de vez em quando", afirma.

##RECOMENDA##

Manoel Barbosa da Silva vive há cinco anos nas ruas. Vindo de Maceio, onde trabalhava como entregador de jornal, recentemente tomou conhecimento que tinha sífilis. Iniciou o tratamento junto a rede municipal de saúde pública, mas desistiu. "Olha, eu até comecei a tomar as injeções de penicilina, mas ai começou a faltar, então eu desisti, mas vou começar de novo pois tá me nascendo umas feridas esquisitas", disse.

Os comerciantes da região parecem não terem conhecimento dos problemas de saúde da região. A maior parte das reclamações diz respeito ao alto consumo de drogas na região. Os relatos dão conta de que isto tem motivado muitas brigas, que por vezes chegam a terminar dentro dos estabelecimentos comerciais.

As reclamações também dizem respeito ao estado de conservação dos pontos de ônibus. Quem normalmente passa pela região se queixa do péssimo estado de conservação das paradas, sempre com muito lixo e até falta de cobertura.

Em um comunicado enviado por e-mail a prefeitura ressalta que atua diariamente na região, quer por meio de assistentes sociais ou demais ações preventivas. O órgão esclarece ainda que se acaso forem constatadas as reclamações quanto aos pontos de ônibus, tudo será resolvido após uma vistoria feita pelos departamentos responsáveis.

O liquidante do banco Cruzeiro do Sul, Eduardo Bianchini, entrou com pedido de falência da instituição, tanto do banco como de demais empresas do grupo, na 2ª Vara de Falências de São Paulo.

O liquidante justificou a ação por indícios de infrações administrativas e/ou penais e também em função da moeda de liquidação em 42%. A moeda de liquidação é, portanto, inferior aos 50% exigidos para que contabilmente o BC possa justificar um pedido de falência. Esses 50% têm de cobrir o passivo dos quirografários, ou seja, dos credores que têm recursos a receber, mas não possuem garantia.

##RECOMENDA##

O ativo total do banco está em R$ 4 bilhões, enquanto o passivo é de R$ 8,2 bilhões, o que o gera um Patrimônio Líquido (PL) negativo de R$ 4,2 bilhões.

A ação foi solicitada pelo liquidante com autorização posterior do Banco Central. O Banco Cruzeiro do Sul e demais empresas do grupo estão em liquidação extrajudicial desde 14 de setembro de 2012. Em dezembro do ano passado, foi feita a divulgação do Quadro Geral de Credores do Banco Cruzeiro do Sul, que entrou em liquidação ao se tornar um escândalo de fraude de gestão do sistema financeiro.

A Justiça, que chegou a manter os controladores presos por um mês, denominou o caso como "uma das mais graves fraudes da história financeira brasileira" e a imprensa internacional chegou a classificá-lo como uma "história de terror".

História

O Banco Central decretou a liquidação da instituição após algumas tentativas de se encontrar uma "solução de mercado" para o banco. Durante três meses, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) tentou negociar os ativos do Cruzeiro do Sul com o Banco Santander, como uma forma de evitar a liquidação, mas a empreitada fracassou.

A decisão do BC sobre a liquidação do Cruzeiro do Sul se deu por causa de "sucessivos prejuízos que vinham expondo seus credores ao risco anormal, a deficiência patrimonial e a descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro". Esta é a forma padrão que a instituição muitas vezes usa quando vê indícios de fraude de gestão.

Fraude e prisões

As inspeções ao banco indicaram, até onde se sabe atualmente, um rombo de quase R$ 4 bilhões e cerca de 600 mil contratos de empréstimos fraudados, fechados com CPF falsos ou que não existem. Há indícios ainda de irregularidades em fundos de investimentos negociados pelo Cruzeiro do Sul, além de possibilidade de ter ocorrido maquiagem de balanço.

O caso foi parar na polícia. Os controladores da instituição, Luís Felippe Índio da Costa e seu filho Luís Octávio Índio da Costa foram presos em outubro de 2012 de forma preventiva. Eles teriam tentado movimentar parte de seus bens que estavam bloqueados fora do Brasil, mas acabaram liberados quase um mês depois.

Além disso, um grupo de quase 20 diretores foi indiciado pela Justiça. Recentemente, os controladores do banco, temendo o pedido de falência, tentavam negociar diretamente com credores.

Por conta de todos esses episódios, as investigações do Cruzeiro do Sul ocorrem na área administrativa e também na criminal. A gestão do banco e a ação de seus controladores são apuradas pela Justiça Federal, Ministério Público, Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

[@#galeria#@]

Na noite desta sexta-feira (23) por volta das 20h, no bairro da Tamarineira, no Recife. Um ônibus da linha Macaxeira/Av. Norte, perdeu o controle e se chocou contra o muro do residencial Condomínio Cruzeiro do Sul, na esquina da Avenida Norte com a Rua Cônego de Alencar. O coletivo estava lotado, houve feridos, mas nenhuma vítima fatal.

##RECOMENDA##

Segundo testemunhas, o ônibus vinha em alta velocidade no sentido subúrbio, quando bateu em um “gelo baiano” que estava mal posicionado, devido a um acidente anterior. O pneu do coletivo estourou provocando a perda do controle e invadindo o condomínio.  “Eu estava deitava assistindo televisão, quando escutei um barulho ensurdecedor, corri de casa achando que o prédio estava desabando”, relatou a aposentada, Mirian Gomes da Fonseca, moradora do andar térreo.

Segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), foram contabilizados quatro feridos, nenhum em estado grave. O motorista do coletivo sofreu cortes e escoriações e foi resgatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e passa bem. Quatro veículos foram afetados no acidente.

O Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) em São Paulo decidiu na terça-feira (19) que o banqueiro Luís Octávio Índio da Costa, ex-controlador do Cruzeiro do Sul, pode responder em liberdade o processo criminal em que é réu por suposta prática de gestão fraudulenta de instituição financeira, crime contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro. Por unanimidade, três desembargadores da 1.ª Turma da corte - Vesna Kolmar, José Lunardelli e Marcio Mesquita - acolheram habeas corpus, em julgamento de mérito, a favor do acusado.

A ordem de prisão contra Índio da Costa e o pai dele, Luís Felippe, havia sido decretada em outubro pelo juiz Márcio Ferro Catapani, da 2.ª Vara Criminal Federal, que atendeu requerimento da Procuradoria da República "em razão da capacidade dos investigados de causar prejuízo efetivo à ordem pública, suspeitas de subtração de bens da ação do Estado e do risco do desfazimento de seu patrimônio, acarretando prejuízos para a ordem econômica". A Procuradoria calcula que o rombo atingiu R$ 1,25 bilhão.

##RECOMENDA##

Índio da Costa ficou preso 17 dias, até que sua defesa recorreu ao TRF3 e obteve liminar no habeas corpus, concedida pelo desembargador Lunardelli - a custódia do pai do banqueiro foi revogada pelo próprio juiz de primeiro grau.

Na sessão de terça-feira (19), o tribunal confirmou a liminar ao aceitar os argumentos da defesa sobre a "falta de necessidade da manutenção do decreto de prisão".

No julgamento, a Procuradoria insistiu para que a corte restabelecesse a prisão de Índio da Costa alertando para o risco de fuga e dilapidação patrimonial.

O criminalista Roberto Podval sustentou que o próprio acusado apresentou-se espontaneamente quando sua prisão foi ordenada. Podval enfatizou que o banqueiro entregou à Justiça a relação de seus bens, o que já havia feito perante o Fundo Garantidor. "Desde então o patrimônio dele (Índio) está embargado, logo não existe a menor razão para que fique preso", assinala o criminalista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou nesta segunda-feira (7) 17 integrantes responsáveis por prática de ilícitos financeiro-administrativos no Banco Cruzeiro do Sul, liquidado em setembro, com um rombo bilionário. Dentre eles, estão os ex-controladores da instituição, Luís Octávio Azeredo Lopes Indio da Costa e Luís Felippe Indio da Costa, além de administradores, membros de auditoria e outros funcionários.

Os denunciados são acusados de formação de quadrilha, crimes contra o Sistema Financeiro - gestão fraudulenta, estelionato, apropriação indébita, "caixa dois" -; crimes contra o Mercado de Capitais; e lavagem de dinheiro. Eles não só fraudavam empréstimos consignados para cobrir as necessidades de caixa do Cruzeiro do Sul, mas também com fraudes contábeis, desvios e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes. Esses ilícitos foram cometidos, conforme nota da Procuradoria da República à imprensa, entre janeiro de 2007 e março de 2012, pouco antes de o Banco Central intervir no Cruzeiro do Sul.

##RECOMENDA##

Luís Octávio Azeredo Lopes Indio da Costa, Luís Felippe Indio da Costa, Horácio Martinho Lima e Maria Luíza Garcia de Mendonça ainda são alvo de uma segunda ação penal, ajuizada nesta segunda, também relativa a fraudes no Cruzeiro do Sul. "Durante 2008 e o primeiro quadrimestre de 2009, eles promoveram, indevidamente e de forma fraudulenta, o incremento de resultados positivos artificiais nas demonstrações financeiras da instituição, por intermédio da celebração de cessão de direitos creditórios a Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), utilizando-se de taxas em condições discrepantes das praticadas no mercado financeiro", destaca a procuradora da República Karen Louise Jeanette Kahn, autora das duas ações penais, em um trecho da denúncia.

Segundo ela, o objetivo dos acusados era gerar, artificialmente, resultados positivos e promover a distribuição pessoal dos lucros e dividendos decorrentes em proveito próprio. Horácio Martinho Lima e Maria Luíza Garcia de Mendonça concretizaram, conforme nota do MInistério, transações que criaram resultados que possibilitaram o pagamento de juros sobre capital próprio de R$ 31 milhões, o pagamento de dividendos de R$ 63,5 milhões em 2008 e a alteração significativa dos resultados do Cruzeiro do Sul.

A Polícia Federal em São Paulo concluiu inquérito sobre rombo de R$ 1,35 bilhão no Banco Cruzeiro do Sul e indiciou 17 investigados, incluindo os ex-controladores da instituição, os banqueiros Luís Felippe e Luís Octávio Índio da Costa, pai e filho.

Também foram enquadrados integrantes do conselho de administração - entre eles, Maria Luísa Garcia de Mendonça, ex-diretora da contadoria, e Horácio Martinho Lima, superintendente de operações e contratos de empréstimos consignados.

##RECOMENDA##

Foram indiciadas pessoas usadas para a prática de ilícitos que levaram à queda do Cruzeiro do Sul, ou seja, que teriam agido como laranjas. A PF pediu à Justiça alienação antecipada de todos os bens do grupo apreendidos no curso da investigação.

O Índio da Costa e os outros sob suspeita foram indiciados por crimes financeiros, gestão fraudulenta de instituição financeira, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, manipulação de ações na Bolsa de Valores e na gestão de fundos de investimentos.

O relatório final aponta práticas ilícitas dos banqueiros e relata o drama de centenas de vítimas que perderam suas aplicações. A PF aponta, ainda, uma sucessão de fraudes relativas a empréstimos consignados, transferência de valores para empresas ligadas aos ex-controladores do banco, fraude contábil e simulação de aquisição de mercadorias para desfalcar o caixa da instituição. O relatório informa que Luís Felippe e Luís Octávio são os responsáveis pela derrocada do Cruzeiro do Sul.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Banco Bonsucesso arrematou ontem em leilão, por R$ 1,52 milhão, o cartão para viagens do Banco Cruzeiro do Sul, o Star Cash. O cartão pré-pago permite o carregamento e o uso em até 15 moedas estrangeiras na bandeira Visa.

Segundo comunicado, foram emitidos 16 mil cartões Star Cash, número que deve ser ampliado nos próximos meses. A expectativa é de que o cartão entre em operação pelo Bonsucesso em até 30 dias, que se utiliza de 800 correspondentes bancários, além de corretoras de câmbio e valores. Em outubro, o Bonsucesso iniciou as operações de um cartão pré-pago chamado MEO Cartão Dinheiro, válido no território nacional.

##RECOMENDA##

A Justiça Federal deu prazo de cinco dias para Maria Luísa Garcia de Mendonça, ex-diretora de contadoria do Banco Cruzeiro do Sul, depositar R$ 1 milhão em conta judicial a título de fiança. Se ela não acatar a ordem, poderá ter a prisão decretada. Em decisão tomada no último dia 6, o juiz Márcio Ferro Catapani, da 2.ª Vara Criminal Federal em São Paulo, advertiu que poderá "reanalisar o pedido de prisão preventiva" formulado pela Polícia Federal.

Catapani rejeitou pedido de reconsideração da fiança de R$ 1,8 milhão imposta a Horácio Martinho Lima, ex-superintendente de operações e contratos de empréstimos consignados do banco. "Em razão da magnitude da lesão causada e do proveito em tese auferido pelo agente (Horácio Lima) entendo que o valor fixado encontra-se dentro da razoabilidade", destacou o juiz. "Há notícia de que (Lima) tenha havido ganho muito superior àquele noticiado inicialmente."

##RECOMENDA##

Ao pedir a reconsideração, a defesa de Lima alegou que ele está com todos os bens indisponíveis, por ordem do próprio Catapani, e não teria como levantar o valor determinado. O juiz concordou com substituição por hipoteca de bem imóvel, mas mandou intimar a defesa para que informe o porcentual de cada proprietário sobre a casa "bem como a idade dos filhos que compartilham da propriedade do referido bem".

"Acho o valor excessivo para uma pessoa que tem o patrimônio bloqueado, mas vamos cumprir o que o juiz determinou", disse o criminalista Celso Vilardi, que defende Lima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O executivo Luís Octávio Índio da Costa, ex-presidente do Banco Cruzeiro do Sul, tem um novo endereço: Cadeião de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Capturado na segunda-feira (22) pela Polícia Federal, por suspeita de gestão fraudulenta de instituição financeira, crime contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro, Luís Octávio não tem formação superior. Caiu no sistema prisional habitualmente reservado a ladrões violentos e traficantes.

O pai dele, Luís Felippe, também ex-controlador do Cruzeiro do Sul, está sob custódia da PF, mas em regime domiciliar, porque é octogenário. A prisão dos executivos foi decretada pelo juiz Márcio Ferro Catapani, da 2.ª Vara Criminal Federal em São Paulo, como "medida cautelar para garantir a ordem econômica e a aplicação da lei penal". Antes de ser removido para a prisão de Pinheiros, Luís Octávio foi interrogado pela PF durante uma hora. Ele respondeu a todas as perguntas.

##RECOMENDA##

A Procuradoria da República vê semelhanças entre roubo à mão armada e a gravidade de golpes atribuídos aos banqueiros. "Não há diferença entre retirar do convívio social agentes de graves delitos patrimoniais, como autores de roubos a bancos, e autores de crimes financeiros dessa dimensão, que atingem concomitantemente diversos segmentos e valores que caracterizam a atuação e proteção estatais em prol do bem estar social."

A PF cumpriu o mandado de prisão de Luís Felippe na terça-feira (23), no Rio de Janeiro, onde fez buscas nos endereços de dois ex-integrantes do conselho de administração do banco, Maria Luísa Garcia de Mendonça, diretora contábil do banco, e Horácio Martinho Lima, superintendente de operações e contratos de empréstimos consignados - os dois são apontados como membros de organização criminosa.

Fiança

A PF requereu a prisão de Maria Luísa e Horário. O juiz não acolheu o pedido, mas fixou fianças, de R$ 1 milhão e de R$ 1,8 milhão. Proibiu os suspeitos de viajarem ao exterior, confiscou-lhes os passaportes, impediu-os de exercerem atividade no mercado financeiro ou dispor de bens próprios ou de terceiros.

Catapani considerou "concreto o risco de que os investigados ocultem, dissimulem e se desfaçam de seu patrimônio, que há de ser utilizado para ressarcir as vítimas e recompor o patrimônio da instituição". O criminalista Roberto Podval, que defende Luís Octávio, vai pedir ao juiz reconsideração da medida. Ele afirma que a PF não o deixou acessar os autos antes do interrogatório. "Tempos nebulosos na PF."

A investigação é acompanhada pela procuradora Karen Louise Kahn. A PF mergulhou na contabilidade do Cruzeiro do Sul e apurou sucessão de condutas ilícitas no dia a dia do banco. O inquérito, conduzido pelo delegado Milton Fornazari Junior, aponta resgates fraudulentos de valores de correntistas de fundos de investimentos e participações, procedimento vedado pela CVM - 154 clientes lesados em R$ 171,5 milhões.

Foi descoberto esquema de lavagem de dinheiro nos moldes do Banco Panamericano - lucros e dividendos obtidos por meio de transações ilícitas foram desviados para uma conta de empresa de propriedade dos dirigentes, a Patrimonial Maragato, e uma conta de familiares de Índio da Costa.

A PF alegou magnitude da lesão causada por meio de gestão fraudulenta, indução em erro de sócio ou investidor em operação ou situação financeira e inserção de elemento falso ou omissão em demonstrativos contábeis. A Procuradoria pediu o sequestro de bens dos banqueiros dada a "capacidade de manipulação, periculosidade e elevado risco de ocultação".

A PF rastreia offshores em paraísos fiscais. A procuradora Karen Kahn alerta que a prisão representa "novo paradigma de critérios para se entender que o perigo do poder intelectual de banqueiros que agem na ilegalidade é pior do que aquele gerado por arma de fogo". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Polícia Federal informou que cumpriu na manhã de segunda-feira dois mandados de busca e apreensão em uma residência e uma empresa de ex-controladores do Banco Cruzeiro do Sul. Segundo a nota da PF, os mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, foram cumpridos numa residência na capital paulista e numa empresa no Rio de Janeiro, "aparentemente utilizada para a ocultação de bens adquiridos ilicitamente".

A PF informa que, a seu pedido, a Justiça determinou também a indisponibilidade de bens imóveis, veículos, e de recursos em investimentos bancários e no mercado financeiro de titularidade dos investigados.

##RECOMENDA##

Ainda conforme o comunicado da PF, o inquérito iniciou-se em 2010 para apurar a ocultação de prejuízo e a criação de resultados positivos artificiais nas demonstrações financeiras do banco durante o ano de 2008 e o primeiro quadrimestre de 2009. "Segundo os autos, essas operações teriam levado ao pagamento indevido de dividendos a acionistas e outros valores aos controladores do banco."

De acordo com a PF, os envolvidos foram indiciados por crimes contra o sistema financeiro: gestão fraudulenta e indução ou manutenção de investidor ou repartição pública a erro por meio de sonegação de informações ou divulgação de informações falsas; além do crime de formação de quadrilha, cujas penas variam de 1 a 12 anos de reclusão.

"Esse inquérito foi instaurado para apurar fatos diversos aos que levaram à intervenção do Banco Central no Banco Cruzeiro do Sul S.A. e não se confundem com os que levaram à instauração de outra investigação pela Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros na Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro", destaca a PF, no comunicado. "Tendo em vista que ambos os inquéritos encontram-se sob segredo de justiça, a PF se atém às informações da presente nota", conclui.

Após ter apresentado rombo que pode superar os R$ 4,5 bilhões, o Cruzeiro do Sul foi liquidado pelo Banco Central na última sexta-feira, depois de ter ficado sob administração temporária do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) por pouco mais de três meses. A liquidação foi feita porque não houve interessados em comprar o banco.

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, afirmou nesta sexta-feira que o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e o Banco Central (BC) "fizeram um trabalho admirável" para tentar evitar a liquidação dos bancos Cruzeiro do Sul e Prosper. No entanto, segundo ele, "eram casos muito difíceis e, infelizmente, não teve o resultado que esperávamos, que esses bancos pudessem, eventualmente, ser comprados por outros".

Na avaliação de Portugal, mesmo com a liquidação o sistema bancário brasileiro "é sólido, muito resistente, bastante capitalizado, bastante líquido e isso se aplica a todos os bancos, sejam pequenos ou médios". Mesmo com o episódio sendo classificado como "lamentável" pelo presidente da Febraban, na avaliação de Portugal, "não haverá desdobramentos e complicações para o restante do sistema, que tem resistência para superar isso", ratificou.

##RECOMENDA##

Portugal participa do Fórum Exame, em São Paulo, e evitou comentar a palestra do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, no mesmo evento, não pediu a ampliação de crédito e a redução de spreads dos bancos privados, como faz costumeiramente em pronunciamentos. "Não acho nada, não vou comentar."

As negociações com o Santander fracassaram e o Banco Cruzeiro do Sul deve ser liquidado pelo Banco Central. As conversas do banco espanhol com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) se arrastaram até a madrugada desta sexta-feira, mas, sem acordo, e como não houve outras propostas, o FGC recomendou ao BC a liquidação do Cruzeiro do Sul.

A venda a outra instituição financeira era uma das duas condições para evitar a liquidação do banco sob intervenção. A outra era de que credores do Cruzeiro do Sul aceitassem um desconto médio de 49% nas dívidas. Como nesta sexta-feira vence uma dívida externa do Cruzeiro do Sul no valor de US$ 1,5 bilhão, não havia mais tempo para negociar. O BC deve se manifestar sobre o assunto ainda nesta manhã.

##RECOMENDA##

O patrimônio líquido do Cruzeiro do Sul está negativo em R$ 2,23 bilhões e fontes ouvidas pela Agência Estado avaliaram que o rombo na instituição pode ser maior do que os R$ 3 bilhões, algo como R$ 4,5 bilhões ou até mais. Esse pode ter sido, segundo as mesmas fontes, um dos motivos que fizeram os possíveis candidatos interessados em comprar o banco desistir do negócio.

Nesta quinta-feira (13), os papéis da instituição dispararam e subiram 24,50%, um sinal de que o mercado acreditava em uma solução que não a liquidação.

O presidente do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), Celso Antunes, disse que o rombo no Banco Cruzeiro do Sul chegou a R$ 3,1 bilhões. O patrimônio líquido, após ajustes, ficou negativo em R$ 2,23 bilhões.

Em coletiva à imprensa realizada em São Paulo na noite desta terça-feira, o presidente do FGC informou que essa diferença será "socializada" entre credores locais e externos e o FGC. Segundo Antunes, o FGC fará proposta aos credores locais e externos para recompra desses títulos com um deságio médio de 49,3%. Os credores externos têm R$ 3,3 bilhões em papéis do banco, enquanto os credores locais, R$ 430 milhões. O FGC cobrirá o passivo relativo a linha DPGE e depósitos de até R$ 70 mil.

##RECOMENDA##

Em 4 de junho, o Banco Central decretou regime de administração especial temporária para o Cruzeiro do Sul.

A proposta de compra título do Cruzeiro do Sul pelo FGC, com a aplicação de deságio médio de 49,3%, considera o prazo de maturação de cada uma das séries das emissões, sua participação relativa no passivo do Cruzeiro do Sul e sua senioridade.

O FGC contratou os Bancos HSBC e Bank of America Merrill Lynch como coordenadores da operação. Para a finalização da oferta existem duas condições cumulativas: a adesão de no mínimo 90% dos valores dos papéis objeto das ofertas e a obtenção de proposta firme de compra do controle da instituição por parte de outra instituição já autorizada a funcionar no mercado pelo Banco Central. Caso qualquer das condições não seja cumprida, a operação será automaticamente cancelada, situação na qual o FGC recomendará ao Banco Central a imediata liquidação extrajudicial da instituição.

A oferta tem prazo de encerramento previsto para o dia 12 de setembro. O FGC está ofertando também a possibilidade de aquisição do controle acionário do banco às instituições ou conglomerados financeiros já em funcionamento no pais e que preencham determinados requisitos.

Dessa forma, a soma dos deságios aplicados a todos os credores, caso se obtenha sucesso nas operações, será de valor equivalente ao patrimônio líquido negativo apurado no balanço especial de abertura, ou seja, R$ 2,236 bilhões, a ser acrescido dos custos incorridos na operação.

Assim, diz o FGC, o ônus pela eliminação do patrimônio liquido negativo será equitativamente distribuído entre credores externos, credores internos não garantidos ou garantidos parcialmente e o fundo.

O Banco Central (BC) decidiu rebater as críticas sobre o papel da instituição e do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) no recente caso do Banco Cruzeiro do Sul. No início do mês, foi anunciada a intervenção no banco privado, que recebeu linha de crédito de R$ 1,3 bilhão do FGC e passou a ser administrado pelo fundo. A decisão recebeu algumas críticas pelo modelo usado, especialmente o fato de que recursos foram usados para resolver problemas de um banco e não dos clientes.

"Distintamente do que poderia pensar o observador menos versado em regulação financeira, os papeis institucionais do Banco Central e do FGC não decorrem de entendimentos informais entre as duas entidades, sendo, ao revés, estritamente demarcados pela legislação em vigor, que lhes impõe atuação complementar", cita artigo do procurador-geral do BC, Isaac Sidney Menezes Ferreira, publicado no site da revista "Consultor Jurídico".

##RECOMENDA##

O argumento do BC é que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) prevê que a ação para evitar a insolvência e outros riscos no sistema financeiro fica a cargo de duas instituições: o próprio BC, que pode conceder operações de redesconto e empréstimos, e "Fundos, e outros mecanismos, constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei".

"O Fundo mencionado no primeiro parágrafo do art. 28 da LRF é, precisamente, o FGC. Trata-se de associação civil privada, cujos associados são as instituições do Sistema Financeiro Nacional, constituída 'na forma da lei'", diz o artigo. Além da LRF, o procurador-geral lembra que o próprio estatuto do Fundo Garantidor também prevê esse papel. Entre os objetivos do FGC, está "proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação", "contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional" e ainda "contribuir para prevenção de crise bancária sistêmica".

O texto afirma ainda que, quando são observados problemas em instituições financeiras, "o BC pode atuar discricionariamente para decidir a respeito da ferramenta legal mais apropriada a cada caso concreto (medidas preventivas e saneadoras)". Segundo Ferreira, entre as saídas possíveis está "a verificação da existência de soluções viáveis de mercado e, se ausentes, a adoção do regime especial menos traumático do ponto de vista sistêmico".

Já o papel do FGC, "seja como garantidor de créditos, seja ao praticar operações de assistência e de suporte financeiro, conforma-se a seu escopo institucional, mostrando-se adequada à luz do ordenamento jurídico em vigor, notadamente da LRF". "Infere-se que o desenho institucional adotado no Brasil, caracterizado pela conjugação harmoniosa dos esforços e conhecimentos técnicos do Banco Central e do FGC, viabiliza a alocação eficiente e responsável de recursos públicos e privados, de modo a prestigiar soluções de mercado que permitam a continuidade de empreendimentos economicamente viáveis", cita o artigo.

Indagada sobre uma possível investigação do Banco Cruzeiro do Sul e suas empresas a partir da intervenção deflagrada nesta segunda-feira pelo Banco Central, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não descartou a hipótese. A autarquia afirmou somente que "acompanha e analisa as informações e movimentações do mercado, tomando as medidas cabíveis, quando necessário".

Há vários processos registrados na autarquia envolvendo o Banco Cruzeiro do Sul. Desde 2008 há pelo menos oito (parte deles já extintos) em que o requerente foi a Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da própria CVM, tendo como foco avaliar as demonstrações financeiras e periódicas prestadas pelo banco à autarquia, um indicativo de potenciais irregularidades nos dados enviados. A autarquia, no entanto, não comenta casos específicos.

##RECOMENDA##

O Banco Central (BC) oficializou na manhã de hoje a intervenção no Banco Cruzeiro do Sul e em outras quatro empresas do grupo, por meio do mecanismo conhecido como Regime de Administração Especial Temporária (Raet), pelo prazo de 180 dias. (Mariana Durão)

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando