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Uma família entrego à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), uma espécie de pintor-verdadeiro em Gravatá, Agreste de Pernambuco. O animal se encontra na lista de ameaçados em extinção.

De acordo com a CPRH, a família chegou a cuidar do animal por três meses, após o mesmo ter sido encontrado com asas cortadas e fratura na cauda. Ao resolverem levar o pássaro ao veterinário, os familiares descobriram qual era a espécie e decidiram entregá-lo à CPRH.

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A técnica em zootecnia Edivânia Bezerra do Nascimento disse ter recebido proposta de compra do pássaro, que possui plumagem incomum, com colorido misturando sete cores vivas. "Já cuidei de outros pássaros, encontrados machucados, mas sempre para depois soltá-los", ela afirmou.

O pintor-verdadeiro será encaminhado ao Centro de Triagem de Anmais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), onde passará por avaliação e um período de reabilitação antes de ser devolvido à natureza. A espécie ocorre apenas em fragmentos da Mata Atlântica de quatro estados: Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Com informações da assessoria

A extinção maciça de animais como rinocerontes, gorilas ou leões está se acelerando, e restam apenas 20 ou 30 anos para deter esta "aniquilação biológica", que põe em risco "as bases da civilização humana", alerta um novo estudo.

Mais de 30% das espécies de vertebrados estão em declínio, tanto em termos de população como de distribuição geográfica, indica o estudo, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) na segunda-feira.

"Esta é uma aniquilação biológica que acontece a nível global, mesmo que as espécies às que estas populações pertencem ainda existam em algum lugar da Terra", afirma um dos autores do estudo, Rodolfo Dirzo, professor de Biologia da Universidade de Stanford.

"A sexta extinção em massa já está aqui e a margem para agir com eficácia é cada vez mais estreita, sem dúvida duas ou três décadas no máximo", escreveram os autores.

Trata-se de um "ataque aterrador contra as bases da civilização humana", acrescentaram.

A Terra sofreu até hoje cinco extinções em massa, sendo a última delas a dos dinossauros, há 66 milhões de anos. Segundo a maioria dos cientistas, há uma sexta em curso.

Para os autores deste novo estudo, a extinção já "chegou mais longe" do que se pensava até agora com base em estudos anteriores, que se referiam exclusivamente à extinção das espécies, e não ao tamanho e à distribuição das populações.

Os pesquisadores da Universidade de Stanford e da Universidade Nacional Autônoma do México fizeram um mapa da distribuição geográfica de 27.600 espécies de pássaros, anfíbios, mamíferos e répteis, uma amostra que representava cerca da metade dos vertebrados terrestres conhecidos.

Também analisaram a queda de população em uma amostra de 177 espécies de mamíferos, a partir de dados detalhados do período de 1900-2015.

- Apenas 20.000 leões -

Desses 177 mamíferos, todos perderam ao menos 30% das zonas geográficas nas que estavam distribuídos, e mais de 40% deles perderam mais de 80% das suas áreas.

Os mamíferos do sul e do sudeste asiático foram especialmente afetados: nessa zona, todas as espécies de grandes mamíferos analisados perderam mais de 80% da sua área geográfica, indicam os pesquisadores em um comunicado que acompanha o estudo.

Cerca de 40% dos mamíferos - entre eles rinocerontes, orangotangos, gorilas e vários grandes felinos - sobrevivem hoje em 20%, ou inclusive menos, dos territórios em que viviam no passado.

A diminuição das populações de animais selvagens é atribuída principalmente ao desaparecimento de seu habitat, ao consumo excessivo dos seus recursos, à poluição ou ao desenvolvimento de espécies invasivas e de doenças. As mudanças climáticas também podem estar desempenhando um papel cada vez maior.

Este movimento alarmante se acelerou recentemente.

"Várias espécies de animais que estavam relativamente seguras há 10 ou 20 anos", como os leões ou as girafas, "agora estão em perigo", segundo o estudo.

Por exemplo, o leão (Panthera leo) estava presente na maior parte da África, no sul da Europa e no Oriente Médio, até o noroeste da Índia.

"Agora ficou reduzido a populações dispersas pela África subsaariana, com uma população residual na floresta de Gir", no oeste da Índia. "A imensa maioria das populações de leões desapareceram", indicam os autores.

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), restam apenas 20.000 leões no mundo.

Estas perdas "maciças" em termos de populações e de espécies são "um prelúdio do desaparecimento de muitas outras espécies e do declínio dos ecossistemas que fazem com que a civilização seja possível", adverte o autor principal do estudo, Gerardo Ceballos.

Os pesquisadores fazem um apelo para que se aja contra as causas do declínio da vida selvagem, especialmente contra a superpopulação e o consumo excessivo.

Devido às mudanças climáticas, um dos animais símbolos da Antártida, o pinguim-imperador, pode ter sua última marcha em 2100, segundo informam os pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS).

A pesquisa apontou que o aumento da temperatura e o derretimento do gelo são os principais motivos da redução do número da espécie, que é o maior e mais pesado da "família". Até o final do século, é estimada que haja uma redução de 19% da população de pinguins-imperadores.

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Que a espécie sofre risco de extinção, não é novidade. Mas, os pesquisadores franceses usaram um novo modelo de análise, mais complexo e que considera um número mais amplo de fatores - incluindo a maneira como os pinguins reagem às mudanças climáticas, migrando para locais mais adequados para sua sobrevivência.

Com a nova análise, os pesquisadores previram que, nos próximos 20 anos, a quantidade de membros da espécie deve ficar estável ou aumentar "levemente" se eles encontrarem melhores condições de sobrevivência.

No entanto, a partir de 2050, é previsto que o número de pinguins-imperadores diminua ano a ano, podendo a espécie desaparecer da Antártida por volta do ano 2100. 

O juiz federal Sérgio Moro decretou nessa quinta-feira (9) a extinção da punibilidade da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva em mais uma ação na Operação Lava Jato. A mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era ré em processo sobre supostas vantagens indevidas que teriam sido recebidas pelo petista de uma espécie de "caixa geral de propinas" junto ao Grupo Odebrecht, que teria relação com esquema de corrupção em contratos da Petrobrás.

Marisa morreu aos 66 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 3 de fevereiro deste ano. Na sexta-feira 3 de março, o juiz Moro determinou a extinção da punibilidade de Marisa Letícia no processo relacionado ao tríplex do Guarujá.

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Assim como na ação anterior, a defesa da mulher de Lula havia pedido a absolvição sumária. O Ministério Público Federal concordou com a declaração de extinção a punibilidade

Segundo Moro, "pela lei e pela praxe, cabe, diante do óbito, somente o reconhecimento da extinção da punibilidade, sem qualquer consideração quanto à culpa ou inocência do acusado falecido em relação à imputação".

"De todo modo, cumpre reconhecer que a presunção de inocência só é superada no caso de condenação criminal. Não havendo condenação criminal, é evidente que o acusado, qualquer que seja o motivo, deve ser tido como inocente. Assim, em vista do lamentável óbito, declaro a extinção da punibilidade de Marisa Letícia Lula da Silva", decidiu Moro.

O governo extinguiu 4.689 cargos em comissão, funções de confiança e gratificações temporárias. O corte consta em decreto publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (29). De acordo com o texto, a redução representará uma economia anual de R$ 240,003 milhões.

A maior parte dos cargos cancelados (3.033 postos) são de Direção e Assessoramento Superiores (DAS), que incluem secretários de ministérios e dirigentes de autarquias. Só com a redução desses cargos haverá uma economia de R$ 210,2 milhões.

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Foi criado um cronograma para a extinção, que vai de janeiro a julho de 2017. Na primeira leva, serão cortados, a partir de 1º de janeiro, 1.942 cargos DAS, 656 funções comissionadas, 370 funções gratificadas e 20 gratificações temporárias de atividade em Escola de Governo (GAEG).

Em 31 de março, serão extintos mais 992 cargos DAS, 54 cargos em comissão das agências reguladoras, 377 funções gratificadas e 80 GAEG. Por fim, em 31 de julho, serão cortados 99 cargos DAS e 98 funções gratificadas.

Um estudo realizado pela Sociedade Zoológica de Londres aponta o risco de extinção dos guepardos, espécie terrestre conhecida por ser a mais rápida. O levantamento aponta que apenas 7,1 mil guerpados sobraram na natureza.

Os animais estão ocupando agora apenas 9% do território que habitavam originalmente. No Irã, há menos de 50 guepardos enquanto no Zimbábue a quantidade caiu 85% em pouco mais de uma década.

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A expectativa da Sociedade Zoológica de Londres é que os guepardos percam o status de "vulneráveis" para "em perigo" na União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). 

Cerca de 77% desses felinos vivem fora das reservas de vida selvagem e outras áreas protegidas, aponta o estudo. Além da perca de habitat, os guepardos são alvos de ataques de criadores de gado, comércio ilegal de filhotes e tráfico ilegal da pele e partes do corpo do animal, queda do número de antílopes e atropelamento em estradas.

"Nossos estudos mostram que a necessidade de grandes espaços para os guepardos, aliada à complexa gama de ameaças enfrentadas pela espécie na natureza significa que elas estão muito mais vulneráveis à extinção do que havia se pensado", analisou a autora líder do estudo, Sarah Durant.

O Brasil lançou nesta quinta-feira (8) a nova edição do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, pela primeira vez com uma avaliação sobre quase todas as espécies de vertebrados que habitam os biomas terrestres e marinhos do Brasil e sobre uma parcela inédita dos invertebrados. O trabalho analisou o status de conservação de 12.254 espécies, seu risco de extinção e os motivos para isso e concluiu que a perda de hábitat provocada pela atividade agropecuária ameaça pelo menos 5% delas.

Do total de espécies investigadas, 1.173 são enquadradas em algum nível de risco de extinção (vulnerável, em perigo ou criticamente em perigo). E a agropecuária é fator de pressão sobre quase 600, liderando como a principal ameaça. Na sequência, para os animais terrestres, vem a destruição de ecossistemas causada pela expansão urbana e por ações relacionadas à geração e à transmissão de energia - esta especialmente importante na Amazônia por causa das hidrelétricas. Para as espécies marinhas, a quase totalidade dos animais em risco sofre com a pesca desordenada.

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Extinção zero

O diagnóstico foi apresentado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) durante a 13.ª Conferência de Biodiversidade da ONU, que é realizada em Cancún (México), como uma estratégia do País para o cumprimento de metas internacionais de combate à perda da biodiversidade. Uma delas prevê que se zere a extinção no mundo a partir de 2020.

Na prática, explica Claudio Maretti, do ICMBio, que apresentou o trabalho em Cancún, a partir daquele ano "nenhuma espécie pode piorar seu nível de risco de extinção". O ministro do Ambiente, Sarney Filho, que esteve na conferência no fim de semana passado, também lançou um compromisso de que 10% da espécies brasileiras listadas como ameaçadas melhorem seu status até 2020.

Segundo Maretti, daí vem a necessidade de análises amplas como as feitas pelo Livro Vermelho, que aponta, para cada uma das 1.173 espécies, o grau de perigo e a principal ameaça a ela. A lista de espécies propriamente dita já era conhecida há quase dois anos, mas é com o livro que são fornecidas as informações para balizar políticas públicas de conservação.

"É a avaliação que permite entender o que está acontecendo e quais espécies têm de ter restrição de uso e de captura ou que precisam de nova áreas protegidas", afirma Maretti. Ele destaca, por exemplo, a situação do caranguejo guaiamum (Cardisoma guanhumi). "Ele está na lista como criticamente ameaçado e fomos checar a situação com as comunidades locais. Percebemos que a principal causa não era a captura excessiva, mas a perda de hábitat, a destruição do mangue provocada em parte pelas fazendas de camarão. Um processo extrativista controlado pode até ajudar a proteger a espécie e a repovoar esses locais. Então precisamos fazer essas adequações." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As girafas, que perderam 40% de sua população nos últimos 30 anos, são, agora, classificadas como vulneráveis" e em perigo de extinção, alertou nesta quinta-feira a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

A população do mais alto animal terrestre caiu abaixo de 100.000 em 2015, principalmente devido a ameaças à seu habitat e caça furtiva, diz a organização de referência que, através da sua "lista vermelha", monitora o estado das espécies animais e vegetais no mundo.

"Estes majestosos animais estão enfrentando uma extinção silenciosa", observa Julian Fennessy, co-presidente do grupo encarregado de monitorar as girafas para UICN.

Agora, as girafas, até então consideradas pouco ameaçadas, estão na lista de animais "vulneráveis", primeiro nível que leva ao risco de extinção.

De nove espécies diferentes, três estão bem, uma estável, mas as outras cinco têm visto um declínio acentuado de sua população, segundo o relatório divulgado no México, à margem da Conferência da ONU sobre Biodiversidade em Cancún.

Nesta terça-feira (20), cerca de 50 pássaros, entre eles sabiá-laranjeira, papa-capim e sanhaçu-cinzento, ganharão a liberdade pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Após os animais passarem por um período de tratamento e reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas Tangara), localizado bairro da Guabiraba, a equipe da CPRH realizará a soltura dos bichos já reabilitados. 

De acordo com a CPRH, os animais viviam em cativeiro ou foram apreendidos em feiras livres nos seus ambientes de origem. As espécies comuns da Mata Atlântica serão destinadas aos remanescentes da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, unidade de conservação estadual, ou na região da Zona da Mata.

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Já os animais que ocorrem no bioma Caatinga ganham a liberdade em áreas com importante estágio de conservação, onde ocorre vegetação de caatinga arbórea, localizadas nos municípios sertanejos de Buíque, Serra Talhada, Salgueiro e Exu, no Sertão pernambucano.

O centro de recuperação que será inaugurado oficialmente no próximo sábado (24) foi batizado com o nome científico do pintor-verdadeiro, pássaro que só ocorre na mata atlântica nordestina e citado na lista nacional de espécies ameaçadas de extinção. De acordo com dados do centro, só em 2016 já foram realizados o tratamento de cerca de 5 mil animais silvestres.

Desde 2014, a Agência CPRH realiza operações sistemáticas de fiscalização e apreensão de animais em atendimento a denúncias e em feiras livres. O objetivo é combater a criação ilegal, o tráfico e o comércio clandestino de espécies nativas. Uma média de 600 animais por mês, a maioria aves, chegam ao centro de triagem para receberem os cuidados necessários e retornam à vida livre.

Para a gestora do setor de fauna da CPRH, a bióloga Patrícia Tavares, a grande  importância da soltura destes animais é estar repondo na natureza o que foi e é retirado. “Dessa forma, podemos garantir que as populações de fauna tenham número suficiente para a manutenção das espécies, evitando ou revertendo o status (ou classificação) de ameaça de extinção”, enfatizou.

Com informações da assessoria

Os tubarões brancos da África do Sul enfrentam a ameaça de extinção, após um rápido declínio nos números de exemplares, causado ​​pela caça de troféus, por redes para tubarões e pela poluição - de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira (20).

O projeto de pesquisa realizado durante seis anos ao longo da costa do país revelou que entre 353 e 522 tubarões ainda estão vivos, metade do que se pensava.

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"Os números na África do Sul são extremamente baixos. Se a situação continuar assim, os grandes tubarões brancos da África do Sul caminharão para uma possível extinção", disse a autora do estudo e pesquisadora da Universidade de Stellenbosch, Sara Andreotti.

Os cientistas fizeram o censo com base na coleta de amostras de biópsias e de fotografias das barbatanas dorsais dos grandes predadores, inclusive na área de Gansbaai, perto de Cape Town, um dos principais pontos turísticos de mergulho em jaulas para ver os tubarões.

"Chegamos à conclusão de que os tubarões brancos da África do Sul enfrentaram um declínio rápido na última geração e que seus números podem já estar baixos demais para assegurar sua sobrevivência", afirmou Andreotti.

Publicado na revista Marine Ecology Progress Series, o estudo também responsabilizou as redes para tubarões, a poluição dos oceanos e os anzóis na costa leste da África do Sul pela queda na população de tubarões brancos.

"As chances de sobrevivência são ainda piores do que pensávamos anteriormente", advertiu Andreotti. Os pesquisadores acreditam que 333 dos tubarões são capazes de se reproduzir.

Embora a população de tubarões brancos tenha diminuído na África do Sul, o estudo afirma que os animais ainda foram encontrados em grande número ao longo da costa de Canadá, Austrália e Estados Unidos.

Ataques de tubarões ocorrem com frequência no litoral sul-africano, em alguns casos provocando a morte de surfistas e nadadores.

Um cheiro doce e enjoativo enchia o ar enquanto Sherwood Robyn, um coala de 12 anos, era levado para uma pequena sala de exames no primeiro hospital para mamíferos marsupiais da Austrália.

De longe, ela aparentava boa saúde. Mas uma inspeção mais minuciosa revelou as "nádegas úmidas" - um sinal claro da infecção por clamídia, que está devastando o icônico animal nativo da Austrália. Sem qualquer cura disponível, Robyn já está passando por estágios avançados da doença sexualmente transmissível e, provavelmente, terá uma morte dolorosa dentro de alguns meses, segundo os veterinários.

A propagação e o impacto da doença têm sido intensificados pelo desenvolvimento humano que invade o território dos animais, disse à AFP Cheyne Flanagan, diretora clínica do Hospital Koala, na cidade de Port Macquarie. A doença "é impulsionada pela pressão sobre os animais. Quando há um habitat perturbado (...) eles são forçados a viver mais juntos, o que leva a uma maior interação entre eles", afirmou Flanagan.

Isso faz com que a doença se espalhe rapidamente, acrescentou a médica, lembrando que outros fatores, como o aumento da competição por território e por alimento, podem aumentar o problema. O prognóstico para Sherwood Robyn reflete a perspectiva terrível para as populações de coala na costa leste da Austrália com a perda de habitat, os ataques de cães, os atropelamentos, as mudanças climáticas e as doenças.

Acredita-se que havia mais de 10 milhões de coalas antes da chegada dos colonizadores britânicos, em 1788. Em 2012, uma contagem nacional revelou a existência de cerca de 330.000 exemplares desta espécie.

Em algumas partes do estado de Queensland, os coalas foram "efetivamente extintos", de acordo com um estudo recente. No estado de New South Wales, a população desse mamífero diminuiu mais de 30% desde 1990. Ambas as regiões, assim como o Australian Capital Territory, listaram o animal como "vulnerável" à extinção. "Eu não sou nem um pouco otimista", disse Damien Higgins, chefe do centro de saúde do coala na Universidade de Sydney, em relação às perspectivas de sobrevivência deste animal no longo prazo.

A clamídia, presente há algum tempo entre as populações de coala, pode causar cegueira, infertilidade e morte. A linhagem da doença nesses animais é diferente da humana: estudos recentes sugerem que ela pode ter se espalhado inicialmente para os marsupiais através dos animais trazidos pelos primeiros colonos europeus para a Austrália.

Mas o desenvolvimento humano crescente no território dos coalas exacerbou o impacto da doença nos últimos anos.

"Morte por mil cortes"

O Hospital Koala foi criado na cidade costeira de Port Macquarie em 1973, e nos últimos anos tem sido observada uma mudança significativa no tipo de pacientes. Flanagan diz que hoje são observados principalmente marsupiais mais velhos, e que os números de admissão caíram dramaticamente, sugerindo que as populações estão em extinção.

A médica acredita que as mudanças se devem à perda de habitat, uma vez que as árvores são derrubadas para abrir caminho para o desenvolvimento urbano, e descreve o impacto sobre os coalas como "morte por mil cortes".

Devido a esses cortes de árvores, coalas jovens são levados a procurar locais adequados para se estabelecer em áreas mais afastadas, o que os torna vulneráveis a atropelamentos por carros e a ataques de animais, disse o coordenador do hospital, Mick Feeney. O animal só come as folhas de uma pequena variedade de eucalipto - limitando a sua oferta de alimentos e aumentando os seus problemas.

"Não é um problema fácil de se lidar em uma área onde há um grande crescimento" populacional, disse à AFP o prefeito da área de governo local de Port Macquarie-Hastings, Peter Besseling. "As pessoas querem se mudar para o litoral, e precisamos estudar maneiras de proteger o coala a longo prazo", acrescentou.

Pesquisadores da Universidade de Sydney, que colaboraram com o Hospital Koala há décadas, estão trabalhando duro para mitigar os desafios enfrentados pela espécie, principalmente ao estudar as doenças que eles sofrem. "O outro aspecto é o controle de danos. Considerando que coisas como o desenvolvimento estão acontecendo, é necessário tentar reduzir de alguma forma o impacto sobre os coalas", disse Higgins.

"É um band-aid, de certa forma, para tentar manter as populações tão saudáveis quanto possível", completou o pesquisador.

A teoria prevalecente de que os mamíferos só prosperaram depois que o impacto de um asteroide extinguiu os dinossauros, há 66 milhões de anos, é duplamente errônea, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (8) na revista científica britânica Proceedings of the Royal Society B. Nossos predecessores de sangue quente se desenvolveram e se espalharam ao longo de milhões de anos enquanto os tiranossauros e outros gigantes carnívoros reinavam no planeta, disseram os pesquisadores.

Além disso, esses mamíferos foram bastante prejudicados quando o asteroide se chocou com a Terra, criando um incêndio hemisférico que foi seguido por uma queda forte e prolongada da temperatura global. "A visão tradicional é que os mamíferos foram suprimidos durante a 'era dos dinossauros'", disse a coautora Elis Newham, doutoranda em biologia evolutiva na Universidade de Chicago.

"No entanto, nossas conclusões foram que os mamíferos (da sub-classe) theria - os ancestrais da maioria dos mamíferos modernos - já estavam se diversificando consideravelmente antes do evento da extinção do Cretáceo-Paleógeno", também conhecido como fronteira K-Pg, que se refere à extinção em massa dos dinossauros e de outros répteis gigantes.

Os pesquisadores reuniram dezenas de estudos que desafiavam a antiga teoria. Mas a chave para a nova conclusão, segundo eles, estava nos dentes. Uma análise de centenas de molares de mamíferos que viveram durante os 20 milhões de anos anteriores à fronteira K-Pg revelou uma enorme variedade de formas - um sinal indicador de dietas variadas e diversidade de espécies.

Sobrevivendo a um evento de extinção

Os cientistas ficaram surpresos ao descobrir um declínio acentuado no número de mamíferos após o choque do asteroide. "Eu não esperava encontrar nenhum tipo de queda", disse o autor principal do estudo, David Grossnickle, também da Universidade de Chicago. "Isso não estava em conformidade com a visão tradicional de que, após a extinção, os mamíferos se multiplicaram", acrescentou.

Mais uma vez, os dentes ajudaram a tecer as conclusões, desta vez revelando quais mamíferos conseguiram cruzar a fronteira K-Pg, e quais não conseguiram. Aqueles com molares que indicam uma dieta especializada - apenas insetos ou apenas plantas, por exemplo - eram menos propensos a enfrentar o desastre do que aqueles cujos dentes indicam que eles estavam prontos para mastigar tudo o que estivesse disponível.

As conclusões podem trazer uma lição para o mundo de hoje, disse Grossnickle. Os cientistas dizem que a Terra está passando por mais um evento de extinção em massa, impulsionado principalmente pelas mudanças climáticas - apenas o sexto no último meio bilhão de anos, afirmou o pesquisador. "As espécies que sobreviveram 66 milhões de anos atrás, a maioria delas generalistas, podem ser um indicativo do que vai sobreviver nos próximos cem anos, ou nos próximos mil", disse Grossnickle em um comunicado.

A extinção do Cretáceo-Paleógeno dizimou três quartos das espécies vegetais e animais na Terra, incluindo todos os dinossauros que não podiam voar. Com exceção de alguns crocodilos e tartarugas marinhas, não há nenhuma evidência de que os tetrápodes - vertebrados de quatro membros - pesando mais de 25 quilos tenham sobrevivido.

A descoberta na década de 1990 da cratera de Chicxulub, de 180 km de largura, abrangendo a Península de Yucatán e o Golfo do México, mostraram o local onde o asteroide provavelmente se chocou. Após o evento K-Pg, novas formas de mamíferos, como cavalos, baleias, morcegos e os primatas surgiram e se espalharam em um mundo livre de dinossauros.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, assinou uma resolução proibindo a tramitação de processos ocultos na Corte. A justificativa é que a medida atende aos princípios constitucionais da publicidade, do direito à informação, da transparência e também aos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. Segundo a reportagem apurou, Lewandowski conversou com os demais ministros do STF antes de assinar a resolução, que data do dia 25.

Interlocutores do presidente do Supremo afirmam que a medida foi vista com bons olhos pelos magistrados, inclusive pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na Corte. O caso tem diversos processos tramitando de forma oculta no tribunal e que ganharão publicidade a partir de agora.

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O Supremo destaca, porém, que a nova resolução não vai causar prejuízo às investigações criminais, uma vez que medidas cautelares serão mantidas em sigilo até a sua execução, a fim de que a coleta da prova não seja prejudicada.

De acordo com a resolução, "os requerimentos de busca e apreensão, quebra de sigilo telefônico, fiscal e telemático, interceptação telefônica, dentre outras medidas necessárias no inquérito, serão processados e apreciados, em autos apartados e sob sigilo". Desta forma, esses procedimentos não conterão até que sejam devidamente cumpridos.

Com o fim da tramitação oculta será possível verificar a existência de investigações contra políticos que hoje estão ocultas no sistema do STF. Os processos poderão continuar tramitando sob sigilo, mas a população poderá saber, pelo menos, se há ou não uma investigação contra um parlamentar.

Antes da medida, o mais provável é que a eventual abertura de um processo contra a presidente afastada Dilma Rousseff tramitasse de maneira oculta na Corte. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a abertura de um inquérito contra a petista por suposta tentativa de obstruir as investigações da Lava Jato.

Um gato do mato pequeno (leopardo tigrinus), com cerca de 20 dias, foi resgatado no Sertão de Pernambuco. Trabalhadores encontraram o animal, que está em extinção, em Araripina e acionaram a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH ).

O gato foi recebido no Centro de Triagem de Animais Silvestres da Agência. Ele vai passar por um processo de reabilitação sob os cuidados dos analistas ambientais, que durará entre seis e oito meses. 

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Após esse processo ele vai voltar ao seu habitat natural.

Apesar da promessa do novo ministro Mendonça Filho (DEM) de que não haverá uma "gestão de choque", a classe artística recebeu com pesar a notícia oficial da extinção do Ministério da Cultura, agora unido à Pasta da Educação.

"Não há risco de descontinuidade, de interrupção nem de censura", disse o ministro na quinta-feira, 12, ao ser questionado sobre a junção dos dois ministérios no governo Michel Temer.

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Criado por um decreto de José Sarney em 1985, o MinC era um símbolo marcante da redemocratização, de acordo com Juca Ferreira, ministro do governo Dilma.

Veja algumas das reações de artistas à extinção do MinC:

Paulo Ricardo (músico e vocalista do RPM):

"Independente dos desdobramentos, acho fundamental o corte nesse número absurdo de ministérios. Na minha opinião, o inchaço da máquina é um dos maiores desafios que temos que enfrentar. Há uma simbiose intrínseca entre Educação e Cultura. Se bem administrado, a fusão pode funcionar. Mas, a princípio, sou a favor e estou otimista."

Lobão (músico):

"Uma maravilha! O MinC sempre foi uma excrescência! Muito feliz pela fusão e pelo nome de Mendonça Filho no MEC!"

João Barone (baterista do Paralamas do Sucesso):

"O Brasil, infelizmente, tem essa condição terrível de precisar desse insumos governamentais para a cultura. E, na verdade, a educação é que precisa muito mais do que além dessa merreca que acabam dando para a cultura. Se pararmos para analisar, a educação precisa de mais insumos, mesmo. A gente viveu durante esse período de vacas gordas uma certa ilusão de que a cultura seria levada a um outro patamar. Acho que fica todo mundo com pé atrás de que essas pequenas conquistas sejam melindradas com essa nova realidade. Espero que as discussões continuem e os avanços que foram feitos na cultura sejam mantidos."

Dado Villa-Lobos (guitarrista da Legião Urbana):

"Voltamos a viver como a 30 anos atrás. E a cada hora que passa envelhecemos dez semanas."

Danilo Santos de Miranda (diretor regional do Sesc São Paulo):

"Lamento muito a fusão dos dois ministérios. São lógicas diferentes. Um gestor de uma área para lidar com todos os temas dos dois ministérios tem de ser múltiplo, pois a política que ordena a educação não é a mesma que ordena a cultura, que lida com um lado mais espontâneo, transgressor".

Luís Terepins (presidente da Bienal de São Paulo):

"Acho que ter só um ministério pode garantir um status melhor, mas tudo vai depender do ministro, de como serão alocados os recursos. Não tem mesmo muito sentido manter vários ministérios".

Heitor Martins (presidente do Masp):

"Ainda não tenho claro para mim, mas o Ministério da Cultura teve um papel importante no resgate da Bienal durante o período 2009/2010.Pode funcionar dos dois jeitos, porque alguns países europeus adotam esse modelo de fusão. De qualquer modo, não é mesmo necessário ter tantos ministérios".

Eduardo Saron (diretor do Itaú Cultural):

"Se a fusão contribuir para o incremento dos recursos da Cultura, cujo orçamento é equivalente ao de 2008, acho positivo. É preciso encontrar um ponto de equilíbrio, pois a Educação sempre teve recursos mais expressivos. Nossos governantes têm de considerar que a cultura precisa se tornar central nas políticas públicas".

Paulo Pasta (pintor):

"Quando se tira a autonomia das duas áreas, é uma prova do descaso do governo com a educação e a cultura. É uma regressão, um atraso, que remete à política do regime militar."

Milton Hatoum (escritor):

"O fim do MinC e do McT e a nomeação de políticos irrelevantes à frente desses e de outros ministérios não me surpreendem. Cultura, educação e pesquisa científica foram rebaixados. A pantomima continua. Numa crônica de 1949, Rubem Braga escreveu: 'Nossa vida política é, em seu jogo diário, de um nível mental espantosamente medíocre. Mental... e moral. Há uma cansativa tristeza, um tédio infinito nesse joguinho miúdo de combinação através das quais se resolve o destino da pátria'."

Elias Thomé Saliba (historiador):

"Vejo tal medida - como muitas outras que já estavam em curso nos últimos dois anos -com perplexidade. Se isto se concretizar na interrupção de projetos culturais em andamento, será lamentável. Na história brasileira, talvez desde Gustavo Capanema, todas as vezes que um governo minimizou a cultura por razões orçamentárias obscureceu as mentes mais criativas e só aprofundou a crise."

Paulo Werneck (curador da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP)):

"A fusão é mais um sinal do encurtamento de horizontes do País. Vai na contramão de uma tendência internacional de valorização da cultura como política de Estado. A Itália aumentou em 27% o orçamento para a cultura neste ano, com um bilhão de euros só para o patrimônio histórico. No ano passado, Portugal recriou o seu Ministério da Cultura e o México elevou a Conaculta, maior fomentadora de cultura do país, ao status de ministério. O consolo é pensar que, neste governo, a manutenção do ministério significaria apenas mais um cargo à espera de um bispo da Igreja Universal, como aconteceu com a Ciência e Tecnologia."

Ignácio de Loyola Brandão (escritor):

"Começou mal o período interino do vice-presidente. De cara, desaparece o Minc, sem que se saiba como será. Na verdade, governos jamais ligaram muito para a cultura. Nunca esperei nada de governos, de modo que para mim o que era ruim, ruim fica. Um projetinho aqui, um programinha ali, e pronto. Se alguém souber quando houve uma política cultural merece o prêmio Nobel ou a mega sena. Nenhuma surpresa. Que o vice poeta tenha piedade."

Ricardo Lísias (escritor):

"Não sei como os artistas que apoiaram o golpe não morrem de vergonha!"

Humberto Werneck (jornalista e escritor):

"É um retrocesso absurdo fazer com que a Cultura volte a ser um apêndice da pasta da Educação. Desconfio que o governo provisório esteja apenas jogando para a torcida mais desinformada, ou seja, querendo faturar em cima de um corte que seria não nas verbas, mas apenas no número de ministérios. Se não for isso, pior ainda - pode-se imaginar que o orçamento da Cultura, já insuficiente, agora, com a pasta reduzida a apêndice, vai ficar ainda menor."

Luís Antonio Torelli (presidente da Câmara Brasileira do Livro):

"A Câmara Brasileira do Livro está atenta a todos os passos para a superação da crise brasileira e continuará a cobrar robustas políticas para a Cultura e para a Educação, em especial para o livro e a leitura."

Laura Erber (escritora, artista plástica e editora):

"A anunciada incorporação do Ministério da Cultura pelo Ministério da Educação deve ser recebida com perplexidade. A mensagem é bastante clara e sinaliza que, para o governo interino, cultura é algo supérfluo e sujeita a todo tipo de achatamento e descarte. Significa que entramos novamente em um período de obscurantismo cultural no que diz respeito às ações do Estado, como foi a era Collor que devastou diversos setores artísticos do País e deixou as instituições artísticas órfãs por muitos anos. Com todas as críticas que possamos fazer às políticas públicas para as artes do governo PT, ele teve certamente o grande mérito de assumir suas responsabilidades na área cultural, desencadeando debates cruciais, que ressignificaram e mudaram a compreensão das ações estatais no campo da cultura. Vejo essa fusão de ministérios como a interrupção de um processo fundamental de democratização da cultura que precisava amadurecer para rever os modelos de incentivo fiscal e as estratégias de descentralização."

Abrelivros, emitido por seu Presidente, o Sr. Antonio Luiz Rios:

"Entendemos que qualquer avaliação neste momento deva ter como referência a grave crise econômica que vivemos e a perspectiva de construção dos caminhos para a sua superação. A união dos ministérios da Cultura e da Educação deve ser vista nesse contexto. É claro que, para que as duas áreas sejam plenamente contempladas, apesar da escassez de recursos, é preciso que se estabeleça uma cultura de fusão, em contraposição à de incorporação: nem a cultura pode estar subjugada à educação, nem a educação à cultura. Essa fusão, caso ocorra de fato e não apenas formal e burocraticamente, pode encerrar um potencial muito positivo para as políticas públicas no País, ao tratar educação e cultura de forma integrada, sem as compartimentações usuais, em geral forçadas. Do ponto de vista das políticas de incentivo à leitura e de livros, podemos ter efeitos bem positivos."

Odilon Wagner (ator):

"Sob o guarda chuva da cultura encontram-se todas as áreas da economia criativa, são setores produtivos, que geram emprego, renda, conhecimento e cidadania. Não se trata de ideais partidários. Os partidos mudam, entram ministros, saem ministros, mas devemos lutar por políticas públicas de estado, que sejam permanentes no Ministério da Cultura. Conquistamos há quase 30 anos o direito a um Ministério que pense exclusivamente a vasta e pujante cultura nacional. Ele não foi criado para acomodar "amigos e aliados políticos". NÃO À JUNÇÃO COM A EDUCAÇÃO!"

Ruy Cortez (diretor teatral e produtor):

"A fusão dos ministérios é um enorme retrocesso, reflexo de um projeto neoliberal que não reconhece a centralidade e a magnitude que a cultura deve ocupar no processo de transformação do país. Esse projeto neoliberal que começa a ser implantado está superado internacionalmente e o Brasil, que ocupava até ontem uma posição de "avant-garde" em assuntos de política cultural internacional, não pode aceitar esse retrocesso."

Entre os dias 2 a 13 de fevereiro o Ibama-PE realizou uma operação para inibir o aprisionamento de animais silvestres e também a pesca ilegal no Rio São Francisco, em nove cidades do interior de Pernambuco. A ação resultou na apreensão de 83 animais, alguns ameaçados de extinção, incineração de gaiolas e cerca de R$ 80 mil em multas.

Os agentes lavraram cinco termos de apreensão e seis autos de infração nas cidades de Afrânio, Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó, Belém do São Francisco, Itacuruba e Mirandiba. Entre os animais encontrados estavam caititus, jacús e uma águia-chilena, três espécies sob risco de extinção, além de gambás, tatus pebas, seriemas, juritis, galos-de-campina, azulões, cutias, javalis, papagaios e caboclinhos.

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Outros animais, como jabotis e patativas, foram entregues voluntariamente aos fiscais. Após a apreensão, o Ibama-PE realizou a soltura das aves e várias gaiolas foram queimadas. 

O PSDB irá protocolar na Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) na tarde desta quarta-feira (20) uma representação para que seja investigado trecho de informações prestadas pelo ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró com pedido de uma ação de extinção do PT, isso caso sejam confirmados os fatos declarados pelo delator. O argumento dos tucanos é que o eventual recebimento de dinheiro do exterior para uso na campanha presidencial do PT de 2006, conforme apontado pelo ex-diretor de Internacional da estatal, é vedado pela Constituição e gera como consequência a perda do registro partidário.

Em documentação entregue à Procuradoria-Geral da República, antes do acerto da delação, Cerveró disse que a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 2006 recebeu R$ 50 milhões em propina, oriundos de uma negociação para a compra de US$ 300 milhões em blocos de petróleo na África em 2005. As informações foram divulgadas pelo jornal Valor Econômico na última segunda-feira, 18.

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Na representação que será protocolada nesta tarde na PGE, o PSDB aponta que "o proceder do PT põe em xeque a soberania nacional". "Não bastasse a enxurrada de recursos oriundos de corrupção, como demonstrou a Operação Lava Jato, agora é revelado que o Partido dos Trabalhadores se socorreu de recursos estrangeiros para suas campanhas eleitorais", consta da peça do partido.

"A extinção do PT não decorre da nossa vontade, decorre de uma consequência legal", afirmou o vice-presidente jurídico do PSDB, deputado federal Carlos Sampaio (SP), que anunciou a medida na sede nacional do partido. Na representação, o PSDB alega que "o recebimento de recursos de procedência estrangeira por partido político é ilegal, importando, quando comprovado o recebimento, cancelamento do registro e do estatuto do partido".

A representação tem como primeiro objetivo gerar a investigação das informações prestadas por Cerveró. Apenas se confirmado o recebimento de dinheiro do exterior em 2006, é que tem início a ação de perda do registro partidário. A eventual extinção do PT não gera a perda de mandato dos políticos eleitos pelo partido. Neste caso, os eleitos pela sigla teriam que se filiar a outra legenda, segundo os advogados do PSDB.

"Estamos falando de um ex-integrante da quadrilha da Petrobras que está preso e que afirma que teve ciência de uma transação que foi utilizada para abastecer a campanha do presidente Lula (). Ele (Cerveró) estava sendo ouvido em um processo de delação premiada", afirmou o tucano, ao defender que a Procuradoria Eleitoral tem elementos para instaurar a investigação.

Em delação premiada, Cerveró chegou a indicar também recebimento de propina no valor de US$ 100 milhões pelo "governo FHC".

Questionado se o partido considera Cerveró um delator confiável, Carlos Sampaio afirmou que o STF homologou a delação e, portanto, todos os fatos narrados pelo ex-diretor que possuem consistência devem ser investigados. "O que ele fala deve ser investigado, mesmo quando ele se refere ao PSDB. O PSDB quer que seja investigado tudo aquilo que a PGR entenda que tenha pertinência. Tem consistência? Deve ser investigado", respondeu o tucano.

Geólogos descobriram que o impacto de um asteroide no México há 66 milhões de anos acelerou a erupção de vulcões na Índia ao longo de centenas de milhares de anos. A combinação das duas catástrofes foi a causa de extinção de muitos animais marinhos e terrestres, incluindo os dinossauros, segundo o estudo que será publicado nesta sexta (2) na revista Science.

Ao longo de mais de 30 anos paleontólogos e geólogos têm debatido o papel dos dois grandes eventos na última grande extinção em massa, ocorrida no período Cretáceo. Enquanto alguns consideravam as erupções irrelevantes, outros afirmavam que o impacto havia sido fundamental.

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O novo estudo se baseia nos dados mais precisos até hoje sobre as erupções vulcânicas antes e depois do impacto do asteroide, que ocorreu na região do planalto de Deccan, na Índia, formando um grande conjunto de campos de lava conhecido como Deccan Traps.

Os novos dados mostram que os fluxos de lava de Deccan Traps, que estavam em erupção em um ritmo moderado, dobraram de intensidade ao longo de 50 mil anos após o impacto do asteroide ou cometa que os cientistas acreditam ter dado início à grande extinção do Cretáceo.

Tanto o impacto do asteroide como o vulcanismo cobriram o planeta com uma camada espessa de poeira e fumaça nocivas, modificando drasticamente o clima e levando inúmeras espécies à extinção.

"Com base na datação que fizemos da lava, podemos ter bastante certeza que o vulcanismo e o impacto ocorreram durante um período de 50 mil anos de extinção. Por isso, é um tanto artificial distinguir entre ambos como mecanismos de destruição: os dois fenômenos claramente estavam em curso ao mesmo tempo", disse um dos autores do estudo, Paul Renne, da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos.

"Será basicamente impossível atribuir os efeitos atmosféricos reais dos dois fenômenos. Eles aconteceram simultaneamente", afirmou Renne.

Os geólogos afirmam que o impacto mudou abruptamente o sistema de bombeamento dos vulcões, produzindo modificações importantes na química e na frequência das erupções.

Depois dessa mudança, as erupções vulcânicas de longo prazo provavelmente atrasaram a recuperação das espécies por 500 mil anos após a "fronteira KT", termo que remete ao limite entre o fim do período Cretáceo e o início do período Terciário.

Na fronteira KT, segundo os autores do estudo, há uma imensa lacuna de registros fósseis de grandes animais terrestres e de pequenos animais marinhos, indicando que a biodiversidade demorou a se recuperar.

"A biodiversidade e a assinatura química do oceano levaram cerca de meio milhão de anos para realmente se recuperarem depois da fronteira KT. Esse intervalo de tempo coincide com a duração da aceleração do vulcanismo", explicou Renne.

Outro dos autores, Mark Richards, também professor da Universidade de Califórnia em Berkeley - e o primeiro cientista a propor que o impacto de um asteroide ou cometa aumentou os fluxos de lava de Deccan Traps - diz que não se pode afirmar qual dos dois eventos realmente decretou a sentença de morte para a maior parte da vida na Terra. Mas, segundo ele, é cada vez mais difícil negar a ligação entre o impacto e o vulcanismo.

"Se nossos dados de alta precisão continuarem a deixar esses três eventos - impacto, extinção e aumento do vulcanismo - cada vez mais próximos, as pessoas terão que aceitar a alta probabilidade de uma coneção entre eles. O cenário que estamos sugerindo - de que o impacto desencadeou o vulcanismo - de fato explica o que antes nos parecia ser uma coincidência inimaginável", disse Richards.

Longa controvérsia

Em 1980, o geólogo Walter Alvarez e seu pai, o físico Luis Alvares -ambos da Universidade da Califórnia em Berkeley - descobriram provas do impacto de um cometa ou asteroide com a Terra há 66 milhões de anos. Desde então, cientistas têm discutido se o impacto foi uma das causas da extinção em massa que ocorreu naquele período, no fim do Cretáceo.

Alguns argumentaram que erupções vulcânicas gigantescas na Índia, ocorridas no mesmo período, haviam sido o principal motivo das extinções. Outros acreditavam que as erupções de Deccan Traps haviam sido um fator menor e a verdadeira destruição havia sido causada pelo impacto do asteroide, que deixou uma imensa cratera, apelidada de Chicxulub, na península de Yucatan, no México peninsula, and viewed the Deccan Traps eruptions as a minor sideshow.

No início de 2015, Richards, Renne e outros oito geocientistas propuseram o novo cenário: o impacto desencadeou erupções vulcânicas por todo o planeta, de maneira mais catastrófica na Índia, e os dois eventos combinados causaram a extinção do fim do Cretáceo.

Antes, em 2014, para testar a hipótese, a equipe coletou amostras de lava de diversas partes de Deccan Traps, a leste de Mumbai, registrando fluxos do início do processo - várias centenas de milhares de anos antes da extinção - e do seu final, cerca de 500 mil anos depois da extinção. Com tecnologias de datação de alta precisão, eles estabeleceram a cronologia das amostras de lava e a mudança na taxa dos fluxos ao longo do tempo.

Segundo os autores, os vulcões de Deccan Traps, que estavam em erupção de forma contínua e lenta, dobraram seu ritmo, com fluxos de lava mais volumosos, que cessavam de tempos em tempos e voltavam a explodir com grande intensidade.

Isso explica, de acordo com eles, porque houve uma mudança no bombeamento subterrâneo de lava, que alimenta os fluxos na superfície. "Câmaras de magma subetrrâneas que eram pequenas antes do impacto se abriram. Com isso, essas câmaras passaram a levar mais tempo para se encher de lava, mas quando entravam em erupção, cuspiam quantidades muito maiores", explicou Renne.

Segundo Richard, grandes terremotos de magnitude 9 ou 10 poderiam também ter aumentado os fluxos de lava em Deccan Traps. Mas as modificações simultâneas nos fluxos de lava e o impacto no fim do Cretáceo parecem ser mais que uma mera coincidência.

"Essas modificações são consistentes com uma taxa acelerada de produção de magma e de erupções que podem ter sido resultado de grandes terremotos como os que foram criados pelo impacto de Chicxulub", disse.

Depois de 8 jogadoras desmairem e serem hospitalizadas por conta de uma partida realizada às 15h, sob um calor de 39ºC, em Teresina, no Piauí, em jogo do Campeonato Brasileiro Feminino, a CBF começa a mudar de postura com relação às partidas realizadas em horários alternativos. Se antes os jogos que fogem do horário tradicional das 16h eram bem vistas pela entidade, agora passam a ser um problema. 

No caso da partida de futebol feminino, a CBF explicou por meio de nota oficial que dois motivos levaram o jogo ser realizado às 15h. “A partida entre Tiradentes (PI) e Viana (MA) foi marcada para este horário por dois motivos principais: como se tratava da última rodada, havia jogos de outros grupos que deveriam ser realizados no mesmo horário e foram disputados em estádios sem iluminação artificial; e necessidade de direcionamento da tabela para a exibição de jogo pelas emissoras detentoras dos direitos de transmissão. Frente ao ocorrido nesta quarta-feira, a CBF vai rever a questão dos horários das partidas, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste”, diz a nota. Segundo a Federação Piauiense, os riscos do jogo nesse horário já haviam sido alertados à CBF, que mesmo assim optou por não modificá-lo.

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O jogo no Piauí reflete uma reclamação que vem sendo recorrente nos jogos das 11h do Campeonato Brasileiro masculino de futebol. Muitos clubes e jogadores se queixaram do horário que faz as partidas serem realizadas debaixo de forte sol. E para estudar medidas a serem tomadas para evitar que novos problemas envolvendo os atletas ocorram, a CBF marcou uma reunião entre sua comissão de médicos para próxima quarta-feira (30).

Entre as prováveis modificações que podem ser feitas, está o aumento de paradas técnicas nos jogos, que acabariam englobando alguns realizados à tarde também, devido à chegada do horário de verão. A diminuição ou extinção do horário da manhã em partidas de futebol também não foi descartada apesar atualmente ser o que mais tem retorno financeiro devido aos grandes públicos que têm atraído.

Mais um exemplar do pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa), pássaro endêmico da região Nordeste, foi recapturado em Pernambuco. A ave figura na lista nacional de espécies ameaçadas de extinção, divulgada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e é a segunda apreendida no Estado em menos de uma semana. 

Desta vez, a apreensão foi no município do Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). Na semana passada, um exemplar do pintor-verdadeiro foi encontrado pela equipe do setor de fiscalização Florestal da CPRH, em uma gaiola, no município de Xexeu, na Mata Sul.

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“Nós resgatamos, em apenas três dias, 82 pássaros silvestres que estavam criados em gaiolas. As pessoas precisam se conscientizar que, embora as penas e o canto dos pássaros sejam encantadores, mantê-los presos é prejuízo ao meio ambiente, e se constitui em crime ambiental”, alertou o chefe do setor Florestal da CPRH, Thiago Costa Lima. 

De acordo com Lima, é comum a resistência das pessoas à entrega dos pássaros e a justificava de  que  os mesmos estão bem cuidados. “Mesmo assim, lembramos que o melhor lugar para os animais silvestres é no seu habitat natural, onde eles são livres. Quem gosta de prisão?”, argumentou. 

Dentre os pássaros resgatados estavam, além do pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa), caboclinho (Sporophila bouvreuil), canário (Sicalis flaveola), azulão (Cyanoloxia brissonii), sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), sibito (Coereba flaveola) e papa-capim (Sporophila caerulescens). Desde o início deste ano, o Setor de Fiscalização Florestal da CPRH contabilizou quase mil animais resgatados.

A campanha Voo Livre faz parte da programação da Semana da Fauna, realizada pela CPRH, que vai até a próxima sexta-feira (25), com ações que incluem fiscalizações, palestras, teatro ambiental, trilha ecológica e jogos. A programação completa está disponível no portal da Agência: www.cprh.pe.gov.br.

Com informações da assessoria

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