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Enquanto a presidente Dilma Rousseff entregava 564 apartamentos no conjunto Nova CCPL, em Manguinhos, zona norte do Rio, na manhã deste domingo (1º), agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local apreenderam 800 kg de maconha e uma balança de precisão em uma das favelas do complexo. Com apoio do Batalhão de Ações com Cães (BAC), os policiais patrulhavam um beco na Rua Fiscal Monteiro, quando os animais sentiram o cheiro da droga.

O material foi encontrado em uma casa na localidade conhecida como Vila Turismo. O caso foi registrado na 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso).

As 15 favelas que compõem o Complexo da Maré, na zona norte do Rio, começaram a ser ocupadas pelas Forças Armadas na manhã deste sábado, numa operação envolvendo tanques e outros veículos militares, que transportam 2.500 agentes. O conjunto de favelas, que tem 10 quilômetros quadrados de área e 130 mil habitantes, estava ocupado pela Polícia Militar desde o último domingo.

Apesar do avanço dos blindados do Exército e da Marinha pelo complexo da Maré, a rotina nas comunidades praticamente não mudou. Até pouco antes das 7 horas deste sábado (5), não havia registro de confrontos nem de prisões.

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A única novidade era que moradores se aglomeram perto dos tanques militares para fotografá-los. "Arma a gente já viu muitas, é comum, mas tanque de guerra eu não conhecia", disse uma moradora que se identificou apenas como Maria do Carmo, de 47 anos.

Policiais civis fazem operação nas favelas da Rocinha e do Vidigal, na zona sul, para cumprir 16 mandados de prisão e 43 de busca e apreensão para desmantelar uma quadrilha de estelionatários. O grupo atua há três anos e movimenta cerca de R$ 50 mil. Entre as vítimas está um desembargador.

Participam da operação "Robin Hood" agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com apoio da 1ª Central de Inquérito do Ministério Público.

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A quadrilha se especializou em desviar e alterar cheques usados para pagamentos de entregas feitas por motoboys. De acordo com as investigações, depois de receber o pagamento em cheque de um cliente quando fazia a entrega, o motoboy de estabelecimento comercial Maurício Beserra prestava conta em dinheiro, com o mesmo valor da compra. Ele repassava o cheque para outro integrante da quadrilha, que alterava o cheque e depositava na conta de pessoas aliciadas pelo bando. Os donos das contas correntes ganhavam comissão.

Morador da Rocinha, Hugo Leonardo Gama dos Santos é apontado como o chefe da quadrilha. O tio dele, Adailton Gama Cabral, tinha a função de encontrar pessoas que recebiam o depósito das contas.

Os policiais civis vão atuar na Rocinha, onde há 10 mandados de prisão e 16, de busca e apreensão. Os agentes também farão incursões no Vidigal, nos bairros de Botafogo, Tijuca, Madureira/Bento Ribeiro, Penha, Ramos, Bangu e no município de Nilópolis, na Baixada Fluminense.

O Bing Maps, da Microsoft, chega com um novo projeto: mapear as favelas do Brasil. Essa novidade teve seu anúncio em um post no blog oficial do Bing. O objetivo do projeto é destacar lugares das maiores favelas do mundo (Rio de Janeiro e Joanesburgo), por exemplo, onde vivem milhões de pessoas. 

No post, o diretor sênior da empresa, Stefan Weitz, questionou a ausência dos mapas online em regiões mais pobres. "Como atrair clientes para o seu restaurante se o endereço não está no mapa virtual? Como esses clientes fariam check-in no Foursquare?", pergunta.

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As casas das pessoas que moram em comunidades não aparecem nos mapas atuais. Segundo pesquisas, menos de 1% desses conjuntos foram mapeados. No entanto, os moradores desses luhares não estão à margem da tecnologia. Eles tem acesso à tecnologia móvel dos celulares. O projeto ainda está sendo discutido na Global Innovation Summit, na Califórnia, onde várias ONGs, governos e especialistas estão estudando esta questão e a possível aceleração nas descobertas que derão ser mapeadas. 

Ainda segundo o post da Microsoft, a gigante do Brasil já começou a construir uma infraestrutura capaz de mapear as favelas de cidades como o Rio de Janeiro.

 

O documentário "Francisco de Buenos Aires", uma coprodução argentino-italiana que atualmente ainda está sendo rodada, vai ser lançado nas favelas da Argentina em 13 de março, quando se completa um ano de pontificado de Jorge Bergoglio. "As filmagens estão muito adiantadas. O documentário vai ter pré-estreia em várias favelas e hospitais de Buenos Aires, porque deve ser fiel ao protagonista da biografia", afirmou o diretor argentino Miguel Rodríguez Arias.

Ainda não se tem certeza se o próprio Papa aparecerá na cinebiografia, que abordará sua fé, sua paixão pelo futebol, seu deleite pela música e a literatura e sua amizade com o escritor Jorge Luis Borges. Não deverá fazer referência a questões mais polêmicas como o papel do jesuíta Bergoglio durante a ditadura argentina (1976/83) nem sua militância no peronismo, o principal movimento político desde a segunda metade do século XX na Argentina.

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Rio de Janeiro – Somente 1,6% dos moradores de aglomerados subnormais (favelas, invasões, assentamentos etc) tinha diploma universitário no Brasil, ante 14,7% da população residente de outras áreas das cidades, em 2010. Os dados são da pesquisa Áreas de Divulgação da Amostra para Aglomerados Subnormais, lançada pela primeira vez hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  A nova pesquisa utiliza dados do questionário da amostra do Censo 2010, aplicado em mais de 6 mil domicílios brasileiros para diferenciar com mais detalhes a vida nas favelas e nas demais áreas da cidade.

O pesquisador da Coordenação de Geografia do IBGE, Maurício Gonçalves e Silva, lembrou que embora as desigualdades entre moradores de favelas e de outras áreas urbanas do Brasil não sejam novidade, a dimensão dessas discrepâncias sociais e educacionais foi dada pela primeira vez com o estudo.

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“Não é que todos devam ter nível superior, mas ver que na mesma parte da cidade pessoas que convivem no mesmo ambiente, nas mesmas ruas, têm níveis de escolaridade tão diferentes mostram dois mundos em um mesmo espaço”, comentou o pesquisador. Ele deu como exemplo os bairros da Glória e de Copacabana, na zona sul da cidade, onde cerca de 50% dos moradores de favelas não tinham instrução, enquanto entre os moradores de outras áreas do bairro 50% tinham nível superior completo.  

Em relação aos rendimentos, 31,6% dos moradores dos aglomerados subnormais tinham rendimento domiciliar per capita até meio salário mínimo, ante 13,8% nas outras áreas urbanas. Apenas 0,9% dos moradores de comunidades carentes tinham rendimento domiciliar per capita de mais de cinco salários mínimos, ante 11,2% nas demais áreas da cidade.

Quase 28% dos trabalhadores moradores dessas comunidades não tinham carteira assinada em relação às outras áreas da cidade (20,5%). A exceção foi verificada em Florianópolis, onde 10,5% dos moradores de comunidades pobres não tinham carteira assinada, ante 15,1% das demais áreas da cidade.

O estudo mostra também que a geladeira e a televisão eram os bens praticamente universalizados tanto nos domicílios irregulares quanto nas habitações regulares. Também não foi verificada diferença na posse de motocicleta entre as duas áreas, sendo 11,3% nas demais áreas e 10,3% nos aglomerados subnormais. As desigualdades maiores foram registradas quando a pergunta era sobre posse de máquina de lavar, computador e acesso à internet. Menos da metade dos moradores em aglomerados subnormais (41,4%) tinha máquina de lavar, ante 66,7% dos moradores nas demais áreas; 27,8% tinham computador, em comparação com 55,6% da população das outras áreas; e 20,2% tinham computador com acesso à internet, contra 48% das demais áreas.

Ao comparar o tempo de deslocamento para o trabalho gasto por moradores de favelas com o de outras partes da cidade, a pesquisa revelou pouca variação entre um grupo e outro. Enquanto 19,7% dos trabalhadores brasileiros que moravam em aglomerados subnormais demoravam mais de uma hora por dia no deslocamento para o trabalho, esse percentual para quem morava em outras áreas da cidade era 19%. No Rio de Janeiro, 21,9% dos moradores de favelas levavam mais de uma hora por dia para chegar ao trabalho, enquanto nas outras áreas da cidade essa proporção era 26,3%. Em Salvador, a diferença era 21,8% para os moradores de habitações irregulares e 22,12% para as irregulares.

Em São Paulo, 37% da população residente em aglomerados subnormais levavam mais de uma hora para chegar ao local de trabalho, em contraste com 30% dos moradores das demais áreas da cidade. No caso do Rio e de Salvador, o pesquisador ressaltou que a topografia dessas cidades colaborou para que as pessoas ocupassem áreas centrais também como estratégia para economizar tempo e dinheiro no percurso casa-trabalho.

Um incêndio de grandes proporções atingiu no início da tarde desta quarta-feira, 14, as favelas Bandeira 1 e 2 no bairro de Del Castilho, zona Norte do Rio. As comunidades ficam embaixo do viaduto Alvarino J. Fonseca, que liga os bairros de Del Castilho e Maria da Graça.

As favelas foram construídas entre a linha 2 do metrô e o ramal de Belford Roxo, dos trens suburbanos da Supervia. As duas concessionárias suspenderam a circulação das composições por medida de segurança.

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O subsecretário municipal de Defesa Civil, Marco Motta, disse que havia cerca de 200 barracos na região. "A NRS Logística que utiliza uma via térrea para transporte de cargas, já estava fazendo um levantamento das famílias para que fossem incluídas em programas habitacionais do governo do Estado".

Os bombeiros informaram que três pessoas ficaram levemente feridas devido a queimaduras. O viaduto permanecerá interditado ao trânsito até que seja feita uma avaliação estrutural.

Essas mesmas favelas já haviam sido destruídas por um outro incêndio em 2006.

O responsável pelas viagens internacionais do Vaticano, Alberto Gasbarri, visitou na manhã desta quinta-feira, 25, duas comunidades do Complexo de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro, uma das favelas mais cotadas para receber a visita do papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), entre os dias 23 e 28 de julho. A comitiva esteve nas localidades de Mandela e Varginha. De carro, o comboio passou pelas favelas da Mangueira, Tuiuti e Jacarezinho, todas na zona norte e com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Também no Jacarezinho, apesar de a comitiva não ter parado, é grande a expectativa por uma visita do papa.

Em Mandela, a visita incluiu a igreja de São Miguel Arcanjo, onde os religiosos responsáveis pela organização da Jornada rezaram, no dia 16 deste mês, a missa que marcou a contagem regressiva para o encontro católico. Na ocasião, os moradores já se mostravam animados com a possibilidade de receberem o papa. A ansiedade foi reforçada nesta quinta com a visita da comitiva do Vaticano. Mandela vai receber cem jovens durante a Jornada. Quinze ficarão hospedados no salão da igreja e os demais em 50 casas oferecidas pelos moradores. A comunidade de Varginha foi visitada logo em seguida.

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O Complexo de Manguinhos e a favela vizinha Jacarezinho receberam UPPs em janeiro deste ano, o que dissipou da região a maior cracolândia da cidade. Os usuários de crack, no entanto, passaram a vagar por áreas próximas, ao longo da Avenida Brasil. No Complexo de Manguinhos, no mês passado, três policiais da UPP foram afastados do trabalho de rua depois de serem acusados por moradores de participarem de um tiroteio que levou à morte de um jovem da comunidade. Como um dos pontos de reflexão da jornada é a vulnerabilidade dos jovens diante das drogas, a ideia é que o papa visite uma favela que, embora já tenha UPP, ainda esteja no processo de pacificação e não seja ponto turístico, como se transformaram várias comunidades pacificadas da zona sul.

Em agenda extensa, os enviados do Vaticano tiveram nesta quinta uma reunião com o prefeito Eduardo Paes, almoçaram com o governador Sérgio Cabral e visitaram outros quatro pontos: a Quinta da Boa Vista, que será sede da Feira Vocacional da Jornada; o terreno em Guaratiba onde o papa Francisco participará de uma vigília e rezará a missa de encerramento; o Riocentro, onde haverá eventos paralelos com jovens, e o Forte de Copacabana, onde o papa descerá de helicóptero e embarcará no papamóvel para seguir pela orla, nos dias 25 e 26 de julho.

Não é preciso ir a um restaurante refinado e caríssimo para experimentar carne de coelho, faisão, jacaré ou capivara. Quem quiser subir o morro pode encontrar as iguarias na mais conhecida favela do Rio de Janeiro. É só procurar pelo Glimário, um chef recifense que já trabalhou em locais famosos antes de se tornar um empreendedor.

Glimário dos Santos é o dono do Porcão da Rocinha - alusão a uma tradicional churrascaria carioca -, e seu restaurante exótico, na Travessa Gregório, está listado no recém-lançado Guia Gastronômico das Favelas do Rio. "Qualquer hora do dia você chega lá e fala: "eu quero comer uma coisa diferente". Ele tem. Num lugar que ele chama de freezer mágico", diz o pesquisador e diretor cinematográfico Sérgio Bloch, responsável pela seleção dos 22 estabelecimentos citados no guia, que vão de restaurantes a biroscas, bares a terraços caseiros, em oito favelas do Rio.

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O passeio pode revelar não só uma bela vista da Baía de Guanabara, mas também experiências gastronômicas interessantes e memoráveis. No Morro Santa Marta, o Pôr-do-Santa é um evento que acontece todo primeiro sábado do mês, quando turistas e moradores se reúnem para uma feijoada completa ao som de samba na famosa Laje do Michael Jackson, que guarda uma estátua em bronze do Rei do Pop e homenageia o local que serviu de cenário para um dos clipes do músico, They don't care about us, gravado em 1996.

O visual na Laje do César, no morro da Babilônia, localizado no Leme, zona sul do Rio, vem acompanhado de feijoada, moqueca ou mocotó. Mas é preciso ligar para (21) 2530 2506 e fazer reserva para apreciar a vista e a comida. Também no Leme, no vizinho morro Chapéu-Mangueira, está o Bar do David, que serve quitutes premiados, como o tropeiro carioca e o bolinho de frutos do mar. Os dois já foram citados até no The New York Times.

Jabá

Na região portuária, um boteco no Morro da Providência oferece petiscos no fim de semana e pratos variados de almoço executivo: é o Sabor das Loiras e Gelada do Moreno, homenagem aos donos Rosana Damasceno e Reinaldo da Silva. Do cardápio, Rosana destaca o jabá com jerimum na massa, que é uma lasanha de carne seca com seu fruto predileto. O prato integrou um festival gastronômico do Rio, em novembro do ano passado.

Há opções também na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, e no Vidigal, vizinho à Rocinha, como o Bar Lacubaco, do casal Fábio e Fabíola, que traz um elogiado filé ao molho madeira com arroz à piemontesa. Na zona norte, as variedades de cardápio no Complexo do Alemão incluem a hamburgueria Doce Lar, os mixes de açaí da D&G Lanches, além de botecos que oferecem pizzas e tapioca.

A ideia de montar um roteiro surgiu quando Sérgio Bloch fazia um documentário sobre as Unidades de Polícia Pacificadora do Rio, em 2010. A equipe de filmagem perdia muito tempo para descer o morro e ir comer em restaurantes no asfalto, então começou a procurar lugares bacanas para almoçar dentro das comunidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a ocupação policial nos Complexos de Jacarezinho e Manguinhos, na zona norte do Rio, usuários de crack migraram para viadutos da Avenida Brasil, perto da Ilha do Governador. Eles se escondem atrás de tapumes da obra do BRT Transcarioca, corredor de ônibus que vai ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto do Galeão.

Desde a ocupação, no domingo, 240 usuários foram levados a abrigos da prefeitura. Desses, 224 são adultos (sem obrigação de seguir internados) e 127 continuam nos abrigos. Procurado, o secretário de Saúde, Hans Dohmann, não deu entrevista.

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Autorizado pela Justiça, o tratamento compulsório de jovens dependentes é questionado pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP-RJ), que aponta "regresso à lógica manicomial" em abrigos mantidos pela prefeitura. Há 178 vagas para internação compulsória no Rio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia após a ocupação das polícias civil e militar, o movimento foi tranquilo nas ruas do Complexo de Manguinhos, Jacarezinho e Mandela, na zona norte do Rio. Tropas do Bope, do Batalhão de Choque e agentes da Polícia Civil continuam ocupando as ruas e realizado operações de busca na comunidade. Helicópteros também fazem patrulha na favela.

De acordo com o coronel Frederico Caldas, relações públicas da PM, policiais do Bope e do Batalhão de Choque vasculham as favelas em busca de suspeitos de envolvimento com o tráfico, armas e drogas. Ainda não há informações sobre presos.

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Na manhã desta segunda-feira foram iniciados os trabalhos de conservação e ordem pública, com equipes de limpeza, iluminação e assistência social. Pela manhã a Secretaria Municipal de Assistência Social acolheu 71 pessoas. Ao todo já são 175, sendo 18 menores de idade. Eles foram identificados e levados em seis vans para abrigos da Prefeitura.

Ao longo da linha férrea, em Manguinhos e na entrada da favela do Jacarezinho, Equipes de 90 garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) retiravam sofás, colchões, lonas e barracas na área utilizada pelos usuários de crack como cracolândia.

Vinte equipes de iluminação da Rioluz realizaram troca de lâmpadas em diferentes vias. Entre os moradores, o clima é de apreensão. "A gente estava muito agitado e com medo ontem (domingo). Nós não sabemos o que vai acontecer, mas aos poucos a gente vai se tranquilizando", disse a moradora Luciane Pacheco, de 42 anos.

As polícias Militar e Civil do Rio, com auxílio de militares da Marinha, vão ocupar na madrugada de domingo as favelas de Manguinhos, do Jacarezinho, Mandela 1 e 2, e Varginha, na zona norte do Rio de Janeiro. Após a pacificação dos complexos da Penha e do Alemão, também na zona norte, Manguinhos e Jacarezinho se tornaram o principal reduto de traficantes daquela facção.

A ocupação do complexo da favelas abrirá caminho para a implantação da 29ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) até o fim do ano. O governo do Estado promete inaugurar 40 UPPs no Rio e na Região Metropolitana até 2014.

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Ao contrário da ocupação da Favela da Rocinha, em novembro de 2011, que contou apenas com efetivo da Polícia Militar, desta vez a operação contará com homens da Polícia Civil e também da Marinha. Os militares utilizarão veículos blindados do tipo lagarto anfíbio (CLANF), capazes de transitar por qualquer tipo de terreno. Nessas favelas são comuns barreiras de concreto e de trilhos de trem fincados em vielas. Os obstáculos são colocados por traficantes para dificultar a entrada dos veículos blindados da polícia, conhecidos como Caveirões, que são sobre rodas.

Nesta quinta-feira, a Polícia Militar realiza operações em oito favelas da mesma facção com o objetivo de evitar a fuga de bandidos de Manguinhos e do Jacarezinho. Até o início da tarde, 13 pessoas haviam sido presas e quatro menores apreendidos. Foram apreendidos armas, drogas e munição. A operação ocorre nas comunidades Jorge Turco, Cajueiro, Juramento, Chapadão, Vila Kennedy, Barreira do Vasco e Complexo do Lins, na capital; e Salgueiro, em São Gonçalo.

A uma semana das eleições, três mil homens do Exército e da Marinha começam amanhã a entrar nas favelas da zona oeste do Rio e também do Complexo da Maré, na zona norte, para dar apoio às equipes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). O presidente do tribunal desembargador Luiz Zveiter, disse que o objetivo é manter a ordem e combater a propaganda eleitoral irregular nesses locais, dominados por traficantes ou milícias.

"A última semana de campanha é a mais crítica. É quando vai haver a maior quantidade de irregularidade possível, pois muitos candidatos fazem de tudo para conseguir o maior número de votos", disse Zveiter.

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Por dia, serão empregados dois mil homens do Exército e mil da Marinha. A lista de comunidades que serão ocupadas pelas tropas federais foi concluída hoje, após uma reunião da qual participaram Zveiter, representantes das Forças Armadas e das polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar, na sede do TRE-RJ, no centro do Rio.

Nesta segunda-feira, o Exército estará nas favelas Gardênia Azul, em Jacarepaguá, e Muquiço, em Guadalupe. Já as tropas da Marinha seguirão para a comunidade Fogo Cruzado, na Maré. Os militares permanecerão nesses locais das 8 horas às 18 horas. O trabalho se estenderá até sábado, véspera do pleito. Até lá, o Exército e a Marinha vão estar em 23 favelas da cidade. Cada localidade receberá as tropas por um dia.

O centro de comando e controle que está sendo montado na sede do TRE começará a funcionar na próxima sexta-feira. É de lá que as autoridades envolvidas na segurança das eleições em todos os 92 municípios do Estado do Rio vão acompanhar o processo. Será montado um telão que mostrará em tempo real a posição de todas as viaturas da Polícia Militar (PM) envolvidas na operação. Isso será possível devido aos dispositivos de sistema de posicionamento global (GPS, na sigla em inglês) instalados em todos os carros da PM do Rio.

O comandante geral da PM fluminense, coronel Erir Costa Filho, disse que 15 mil homens estarão nas ruas dedicados exclusivamente às eleições nos próximos sábado e domingo. Ao todo, a operação contará com 30 mil homens, em sistema de rodízio.

A menos de quatro meses de deixar o cargo, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) homologou ontem a licitação com os maiores contratos da gestão: R$ 3,36 bilhões para o programa que prevê reurbanizar 118 favelas e recuperar as orlas das Represas Billings e do Guarapiranga. Os 13 lotes da concorrência contemplam algumas das maiores empreiteiras do País, no mais audacioso projeto de recuperação ambiental já realizado no Brasil.

Ao todo, 46 mil famílias devem deixar, até o fim de 2016, habitações precárias construídas em áreas de mananciais e de preservação localizadas no extremo da zona sul da capital. Entre elas, 13 mil vão deixar seus barracos nos próximos meses e receberão bolsa-aluguel mensal de R$ 300 até a construção de novos conjuntos habitacionais na mesma região.

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O plano tem 70% de verbas da Prefeitura, 19% do governo estadual e 11% da União, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). É a terceira e última fase do Programa Mananciais, que começou em 1996. O objetivo é reduzir a contaminação nos mananciais que abastecem 4,5 milhões de moradores da Grande São Paulo.

Inicialmente, serão removidas as famílias que vivem dentro de uma faixa de aproximadamente 50 metros dos mananciais. São domicílios onde é impossível fazer a coleta de esgoto, além de estarem em Área de Preservação Permanente (APP), conforme a Secretaria Municipal de Habitação, responsável pelas obras.

O futuro sucessor de Kassab também vai herdar os contratos, que têm prazo de 36 meses para serem executados. Caso decida rever os valores pagos pela gestão atual, o novo prefeito terá de pagar multas que podem chegar a 10% sobre o valor total de R$ 3,36 bilhões.

Parques. Os espaços nas margens da Billings e da Guarapiranga ocupados hoje por favelas deverão dar lugar a parques lineares. A ideia do governo municipal é alavancar o turismo ecológico nessa região, castigada pelo despejo de esgotos e de poluentes industriais há mais de cinco décadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Policiais militares apreenderam uma granada, uma bomba caseira e uma pistola de brinquedo nesta terça-feira (28), no Conjunto de Favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro.

Os agentes do 22º BPM (Maré) também encontraram dois celulares, um rádio transmissor e 56 frascos de lança-perfume. Dois automóveis foram recuperados. O material apreendido foi encaminhado para a 21ª DP. Ninguém foi preso.

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Mais de 1 bilhão de crianças no mundo vivem em áreas urbanas, mas muitas estão fora das escolas e não têm acesso aos serviços de saneamento básico nem de saúde. As favelas do Brasil foram citadas, por especialistas estrangeiros, como exemplos de falta de qualidade de vida para as crianças. A solução de parte desses problemas, segundo os peritos, está em ações políticas eficientes e na atenção adequada para as crianças mantidas em uma situação que classificam de invisibilidade.

A conclusão está no relatório O Estado das Crianças do Mundo de 2012: Crianças no Mundo Urbano, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Detalhes do documento serão divulgados nesta terça-feira (28), na Cidade do México, a capital mexicana.

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Abid Aslam, que participou das pesquisas para a elaboração do relatório, ressaltou que “mais da metade da população mundial vivem em cidades e vilas”. De acordo com ele, a solução está na “decisão política”: “[Não se pode permitir que] determinados interesses mantenham o problema em segredo, deixando essas crianças invisíveis. Isso é algo que precisa mudar".

Em comunicado divulgado no site do Unicef, o pesquisador destacou que o aumento de crianças em áreas urbanas é gerado por mudanças de hábitos. Segundo ele, antes as famílias iam para as cidades em busca de melhores oportunidades. Mas, com o crescimento urbano, há mais crianças nascidas nas cidades e os serviços de saneamento e saúde, por exemplo, não acompanham esse movimento.

Aslam deu como exemplos as favelas no Quênia e no Brasil. De acordo com ele, a inserção dessas populações nos ambientes urbanos, sem infraestrutura adequada, leva ao aumento da violência e à ausências de itens básicos, como água potável e educação.

"Eles [os moradores das favelas e outras regiões sem infraestrutura] não sabem, mas muitas vezes, de uma semana para a outra, de um mês para o outro, de um ano para o outro, estão vivendo cada vez com menos qualidade de vida, pois não têm condições de ir para escola nem água potável”, disse Aslam.

Segundo o pesquisador, "o relatório contém evidências de que quando se quer incluir, como direito, os pobres, marginalizados e sem voz no processo decisório, todos se beneficiam".

Embora a capital pernambucana venha demonstrando crescimento econômico, a Região Metropolitana do Recife (RMR) ocupa o quinto lugar no ranking das áreas com maior concentração de favelas do Brasil. Os números fazem parte do levantamento “Aglomerados Subnormais – Primeiros Resultados”, com base no Censo 2010 e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), nesta quarta-feira (21).

De acordo com a pesquisa, aproximadamente 11,4 milhões dos brasileiros (6% da população) moravam em áreas subnormais. Em Pernambuco, 852 mil pessoas (22% do total registrado no país) vivem em 255 mil moradias irregulares. No ranking, as primeiras posições foram ocupadas pelas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belém e Salvador, respectivamente.

O levantamento ainda mostrou que 17 cidades pernambucanas possuem moradias irregulares. Confira a lista quantitativa:

Recife (102.271)
Jaboatão dos Guararapes (67.244)
Olinda (25.491)
Cabo de Santo Agostinho (25.417)
Paulista (12.192)
Caruaru (4.229)
São Lourenço da Mata (3.827)
Camaragibe (3.113)
Moreno (2.922)
Abreu e Lima (2.162 )
Escada (2.135)
Araçoiaba (1.358)
Ipojuca (1.071)
Igarassu (997)
Ilha de Itamaracá (810)
Itapissuma (289)
Toritama (288)

A pesquisa destacou o entorno do bairro de Casa Amarela, na zona norte do Recife, que concentra 15.215 mil residências precárias e abriga cerca de 53 mil moradores. Esses números fazem com que a localidade ocupe o 6° lugar no ranking de maiores concentrações urbanas de favelas no país.

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O Brasil tinha 11,42 milhões de pessoas morando em favelas, palafitas ou outros assentamentos irregulares em 2010. O número corresponde a 6% da população do País e consta do estudo Aglomerados Subnormais, realizado com dados do último Censo e divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A comparação com levantamento realizado há vinte anos indica que quase dobrou no período a proporção de brasileiros que moram nessas áreas, em condições precárias. Em 1991, 4,48 milhões de pessoas (3,1% da população) viviam em assentamentos irregulares, número que aumentou para 6,53 milhões (3,9%) no Censo de 2000.

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O IBGE ressalva que, apesar de o conceito de aglomerado subnormal ter permanecido o mesmo desde 1991, foram adotadas inovações metodológicas e operacionais no Censo 2010 e que, por isso, a comparação dos dados "não é recomendada". O objetivo da mudança, segundo o instituto, foi aprimorar a identificação de favelas. Entre as inovações adotadas em 2010, houve o uso de imagens de satélite de alta resolução e a realização de uma pesquisa específica para melhorar a informação territorial.

Ao todo, foram identificados 6.329 aglomerados subnormais em 323 municípios do País. Trata-se de um fenômeno majoritariamente metropolitano - 88,2% dos domicílios em favelas estavam concentrados em regiões com mais de 1 milhão de habitantes. As regiões metropolitanas de São Paulo, Rio e Belém somadas concentravam quase a

metade (43,7%) do total de domicílios em assentamentos irregulares do País. Mapas preparados pelo IBGE mostram grande diferença na distribuição desse tipo de moradia. Em São Paulo, por exemplo, predominam áreas de pequeno porte e concentradas na periferia, ao contrário do Rio, onde há um espalhamento maior pelo território.

Em Belém, mais da metade da população (54,5%) vivia em assentamentos irregulares no ano passado. É a maior proporção do País. No município do Rio, eram 22%. Em São Paulo, 11%. Campo Grande foi a capital com menor proporção de população em moradias desse tipo - 0,2% dos habitantes.

A região Sudeste concentrava metade (49,8%) dos domicílios ocupados em aglomerados subnormais do País, com destaque para os Estados de São Paulo (23%) e Rio de Janeiro (19%). A região Nordeste tinha 28,7% do total, a Norte 14,4%, a Sul 5,3% e a Centro Oeste 1,8%.

O perfil do morador de favelas apurado pelo IBGE mostra que a idade média nessas áreas era de 27,9 anos em 2010, ante 32,7 anos nas áreas regulares dos municípios. A população na faixa de 0 a 14 anos correspondia a 28,3% do total nas favelas, enquanto nas áreas urbanas regulares essa proporção era de 21,5%. Já na faixa de 60 anos ou mais, era de 6,1% nos aglomerados e de 11,1% nas urbanizadas regulares.

A densidade média de moradores é mais alta nos domicílios em favelas do que nas áreas urbanas regulares dos municípios. Essa diferença é mais acentuada nas regiões Sudeste, Sul e Centro-oeste, mas a região Norte apresentou as maiores médias de moradores por domicílio em assentamentos irregulares: no Amapá, chegou a 4,5. A média nas favelas do Estado de São Paulo foi de 3,6 moradores por domicílio. Já nas áreas urbanas regulares, a média ficou em 3,2.

Além da população mais jovem, as favelas também concentravam um número maior de pessoas que se declararam pretas ou pardas do que áreas urbanas regulares dos municípios. O porcentual de pretos e pardos nas favelas chegou a 68,4%, ante 46,7%.

O IBGE destaca na publicação que os investimentos em habitação e saneamento "não foram suficientes para atender à forte e crescente demanda" de pessoas que sucessivamente se deslocaram para cidades em busca de oferta de trabalho.

Quando deixou a Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, por causa de uma enchente, Maria José Correa, 41, não imaginava que voltaria à favela 17 anos depois por causa de uma oportunidade de trabalho. Diferentemente do tempo em que uma das raras saídas para se manter era entrar para o tráfico, como conta, hoje a pacificação da comunidade está abrindo novas perspectivas. Com receio de que a falta de emprego nas favelas cariocas pacificadas ponha em risco os resultados obtidos pelas ações das forças de segurança do Rio, o governo do Estado está firmando parcerias com empresas dispostas a subir o morro, treinar a população e contratar.

Esse tipo de iniciativa é vista como uma forma de inserir no mercado de trabalho pessoas pouco capacitadas, que dificilmente conseguiriam um emprego por conta própria.

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"A preocupação do governo é com aquele grupo que ficou desempregado. Se não dermos oportunidades, isso pode atrapalhar o processo de pacificação", diz a presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio (Codin), Conceição Ribeiro, que está em busca de empresas interessadas em recrutar nas comunidades que receberam Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

A primeira parceria foi fechada com a Nestlé, que levou uma equipe à Cidade de Deus para ensinar técnicas de vendas. No fim da capacitação, na semana passada, a empresa abriu inscrições para os interessados em vender sorvetes e outros produtos na comunidade. Maria José, uma das cerca de 70 pessoas que fizeram o curso, estava lá para se cadastrar.

Para driblar a falta de qualificação, porém, é necessário investir em treinamento. Em parceria com o Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos, o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio (SindRio) já recebeu cerca de 600 currículos em balcões instalados em oito comunidades pacificadas, desde junho do ano passado. Desse total, 400 moradores foram encaminhados para entrevistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um contingente de 180 policiais militares de oito batalhões participam nesta manhã de operação no complexo de favelas de Senador Camará, na zona oeste do Rio de Janeiro. O objetivo da ação é cumprir mandados de prisão, busca e apreensão e também verificar denúncias de que traficantes teriam fugido do Morro da Mangueira, na zona norte, e estariam se escondendo na comunidade. No domingo, a Mangueira foi ocupada para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Segundo a PM, não há informações sobre presos ou feridos até o momento. Os militares, que contam com o apoio do Batalhão de Polícia Rodoviária, procuram armas, drogas e veículos roubados ou com irregularidades na documentação. A polícia montou barreiras em alguns pontos da Avenida Brasil para evitar uma possível fuga de traficantes pela via.

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