O secretário Executivo de Ressocialização do Estado, coronel Eden Vespaziano, repassou detalhes da operação que localizou, nesta quarta-feira (26), uma pistola calibre 380 no Presídio Agente de Segurança Penitenciária Marcelo Francisco de Araújo (PAMFA), no Curado, Zona Oeste do Recife. Em coletiva de imprensa, Vespaziano revelou que a arma poderia ser usada para homicídio ou fuga. O objeto será encaminhado à Polícia Civil.
A pistola encontrada por uma agente no pátio do presídio é a quarta arma de fogo achada apenas em 2015, nas unidades prisionais. "Estamos fortemente identificados neste objetivo de tirar as armas de dentro dos presídios”, relatou o coronel, descrevendo o balanço de ações deste ano. "Nós tivemos, só neste ano, 178 operações dentro das unidades prisionais e já tiramos aproximadamente 2.800 armas brancas, e essa é a quarta arma de fogo", contabilizou.
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De acordo com o secretário, a operação para localizar a arma começou na noite dessa terça-feira (25), mas a pistola só foi achada na manhã de hoje. “Ela foi encontrada no pátio da unidade dentro de uma bolsa preta. Ontem à noite começou a fiscalização e hoje pela manhã, numa ronda, encontramos a arma próximo ao Pavilhão B”, contou.
Questionado se a pistola passaria por alguma perícia, Vespaziano destrinchou os próximos passos, a partir de agora. “Vai ser encaminhada à Polícia Civil para essas perícias. Vai ser instaurado procedimento e vou pedir a abertura de um inquérito policial para trabalhar a questão da entrada da arma, como também, vamos fazer uma apuração pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) para investigar isso”, detalhou.
As investigações de como a arma entrou na unidade prisional e de quem pertence o objeto devem ser iniciadas ainda hoje. “Nós já temos indícios que fazem parte das investigações e estamos iniciando isso ainda hoje com a abertura de uma sindicância e encaminhamento para a delegacia”, reforçou o coronel.
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Depois do ocorrido, mesmo em meio à existência de revistas e vistorias nos presídios, Eden Vespaziano comentou as ações de segurança feitas para evitar a entrada de armas nas unidades prisionais. “Nós estamos com ações pontuais dentro do Complexo, com intervenções físicas, aumentando, inclusive, o nível de segurança dentro da unidade. Uma delas é a colocação de alambrados na área externa e outro de 6m de altura em cima de nossa muralha”, destacou, revelando a ampliação de câmeras. “Estamos reforçando com um número maior de câmeras com vídeo monitoramento e colocando um perímetro de segurança junto aos muros”, acrescentou, alegando que até o final do ano essas instalações estarão prontas.
Sobre o possível uso da arma, o coronel confirmou que a pistola deveria ser utilizada em homicídios ou fuga. “Provavelmente para as duas coisas. O importante é que estamos trabalhando para buscar essas armas dentro das unidades e trazer uma melhor condição de vida para quem está dentro e fora”, ressaltou.