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A prefeitura de Mairiporã liberou a aplicação da vacina da febre amarela a todas as moradoras grávidas da cidade, localizada na Grande São Paulo. A recomendação é destinada a mulheres em qualquer idade gestacional.

No perfil da Prefeitura no Facebook, a secretária de Saúde de Mairiporã, Grazielle Bertolini, faz um chamamento para as gestantes tomarem a vacina. "Procurem as nossas unidades de saúde, venham conosco e não amarelem", disse.

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Em nota informativa de 2017, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação de apenas gestante que "reside em local próximo onde ocorreu a confirmação de circulação do vírus".

Até quinta-feira, 11, Mairiporã tinha 33 notificações de casos suspeitos de febre amarela, dos quais 11 pacientes acabaram morrendo. A cidade tem ao menos dois óbitos causados pela doença confirmados pelo Estado. Desde 2017, 40 pessoas contraíram a doença no Estado, das quais 21 morreram.

Patricia Abravanel posou com as irmãs, Daniela e Renata, e juntas fizeram uma foto repleta de amor.

As três filhas de Silvio Santos estão grávidas ao mesmo tempo e, na legenda deste clique publicado no Instagram, a apresentadora mostrou o quanto está animada com este fato:

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No começo do ano estávamos de férias e brincávamos com a possibilidade de ficarmos grávidas juntas. Não é que Deus curtiu a ideia e fez acontecer mesmo? Super ansiosa aguardando a chegada desses bebês.

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A Organização Pan-americana da Saúde (OPS) pediu, nesta terça-feira (24), às mulheres grávidas que tomem a vacina contra a gripe "para prevenir complicações durante a gestação e proteger os recém-nascidos".

"A imunização das futuras mamães é essencial", indicou o escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) em um comunicado, no qual recomendou a aplicação da vacina contra a influenza em grávidas em qualquer etapa da gestação.

A influenza, também conhecida como gripe, é uma infecção viral do sistema respiratório, muito contagiosa, que a OPS considera um problema de saúde pública, capaz de causar doenças graves e levar à hospitalização das futuras mamães e dos recém-nascidos.

As grávidas estão particularmente expostas a problemas causados pela influenza, porque a gravidez implica mudanças fisiológicas nos sistemas cardiopulmonar e imunológico, explicou a entidade, que alertou que o perigo aumenta conforme a idade da gestante.

"As vacinas contra a influenza são seguras e eficazes, e são utilizadas há mais de 70 anos", disse Cuauhtémoc Ruiz, chefe da Unidade de Imunização Integral da Família da OPS.

A vacinação durante a gravidez protege o feto através da transmissão, de mãe para filho, de altas concentrações de anticorpos.

Segundo vários estudos, o risco de mortalidade no primeiro ano de vida é quase o dobro nos bebês nascidos de mães que tiveram gripe durante a gravidez do que nos nascidos de mães que não tiveram.

A OPS lembrou também que a influenza nas grávidas pode causar morte fetal, parto prematuro, baixo peso ao nascer ou fazer com que o bebê nasça pequeno para a sua idade gestacional.

Um vídeo que está circulando na web tem feito muito sucesso entre usuários. Duas mulheres grávidas aparecem dançando a música “Despacito”, do cantor porto-riquenho Luis Fonsi com participação de Daddy Yankee. O caso aconteceu na Maternidade José Maria de Magalhães Neto, bairro de Salvador (BA).  Evellin Costa, de 23 anos, e Caroline Pereira, de 26, estavam dançando para ajudar na dilatação do colo do útero.

Elas foram orientadas pelas enfermeiras a se mover e fazer agachamento para facilitar o parto. Evellin conta que, então, preferiu dançar. Ela deu à luz a uma menina dois dias depois da gravação. Caroline, a outra mulher que aparece no vídeo, teve um menino 4 dias depois. 

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Na legenda da gravação, postado em sua página do facebook no dia 19 de junho, Evellin escreveu “37 Semanas, 7 centímetros de dilatação e nada de Nicole sair. O que tem para hoje Despacito para ver no que vai dá”. Atualmente, o vídeo já tem mais de 1 milhão de visualizações. 

Confira o vídeo aqui

Em cinco anos de funcionamento, a Penitenciária de Pirajuí registrou 180 nascimentos - lembrando que os partos são realizados na rede pública de saúde. A maioria das detentas tem idade entre 18 e 30 anos e algumas já tiveram cinco filhos - três deles nascidos durante a pena. Assim que mãe e bebê recebem alta, voltam para a prisão. A sala de amamentação tem copa com fogão e geladeira, facilitando o preparo de mamadeiras e de comida.

De acordo com a assistente social Josiane Gomes, a saída do bebê para a família ou adoção é um momento traumático. "A psicóloga faz um rito para que a separação seja menos difícil. A entrega do bebê é agendada em comum acordo e a família comparece."

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Quando a detenta não tem parentes ou nenhum familiar se apresenta, é acionada a rede assistencial pública e o juiz da Vara da Infância e da Juventude faz o encaminhamento para um abrigo e, posteriormente, adoção. "Só tivemos dois casos de destituição do poder da mãe. As crianças estavam abrigadas, as mães saíram da prisão e simplesmente desapareceram", diz Josiane.

Números

Das 20 unidades femininas do sistema prisional paulista, 8 têm estrutura para atender mães com bebês. Atualmente com 7.689 detentas, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), elas acolhem 130 gestantes e 83 mães com bebês. Além de Piraju, estão equipadas com alas de puérperas as penitenciárias femininas de Mogi-Guaçu, Tremembé 2, Tupi Paulista e Votorantim, e o Centro de Ressocialização de Itapetininga, no interior; em São Paulo, há a Penitenciária da Capital e o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) do Butantã. Elas também possuem creches destinadas aos bebês a partir dos 4 meses. Outras duas unidades nesse novo padrão estão sendo construídas em Guariba, no interior, e São Vicente, no litoral.

A SAP desenvolve com a Defensoria o programa "Mães no Cárcere", de apoio a essas detentas. O trabalho possibilita pedidos de prisão domiciliar para gestantes ou mães com filhos menores de 12 anos, bem como a defesa das presas em processos de destituição do poder familiar. Nem a SAP nem a Defensoria tem o número de ações já propostas. O setor de estatística do Tribunal de Justiça (TJ-SP) informou que os dados referentes a esse tipo de ação não podem ser extraídos pelas ferramentas estatísticas atuais. A Defensoria Pública da União (DPU) também não tem dados fechados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Fisioclínica da Universidade da Amazônia (Unama) possui inúmeros programas de atendimento à população. Dentre eles está um serviço de atendimento obstétrico para gestantes que precisam cuidar da saúde durante o período de gestação.

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O projeto foi iniciado em agosto de 2016. A ideia surgiu da disciplina ”Saúde da Mulher”, do curso de Fisioterapia. Um dos objetivos, além do bem-estar das futuras mamães que terão seus filhos por parto normal, é o de ensinar de maneira mais qualificada aos estudantes a fisioterapia pélvica, um novo procedimento para melhorar a saúde das gestantes. Outro motivo para a implantação do atendimento é a carência de fisioterapia obstétrica na cidade de Belém.

O tratamento pode ser feito a partir da 12ª semana de gravidez, desde que a gestante possua autorização médica. A fisioterapeuta Jéssica Godim explica como a sessão de atendimento funciona. “A sessão dura cerca de 40 minutos e é feita em duas vezes na semana. Acompanhamos tanto no pilates estúdio, que são os aparelhos utilizados, quanto no solo, que são os pesos, faixas e bolas utilizadas”, esclarece. Jéssica ainda acrescenta que no final da gravidez há também uma preparação para o parto, chamada “preparação do períneo”. “A única contra-indicação é para aquelas mulheres que possuem hipertensão; então, recomendamos atividades físicas durante a gravidez”, finaliza.

Kelly Paixão, paciente da fisioclínica, fala sobre o que acha das atividades e que resultados ela espera alcançar durante a gravidez. “Eu acho o projeto muito bom, porque eu possuo uma vida bastante agitada, trabalho e estudo, sou bastante sedentária e vir pra cá faz eu me sentir melhor, mais relaxada”, relata. “Eu faço pilates, espero poder controlar meu peso e também manter a saúde e o bem-estar do meu bebê para que ele nasça saudável”, acrescentou.

Os interessados no atendimento podem procurar a Fisioclínica da Unama, localizada na avenida Alcindo Cacela, 395, Umarizal, e se informar a respeito de taxas, inscrições e horários. Saiba mais no vídeo abaixo.

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A distribuição de repelentes para gestantes beneficiárias do Bolsa Família deve começar em março, mais de um ano depois do que havia sido prometido pelo Ministério da Saúde. A partir do dia 24, a empresa vencedora de um pregão promovido pela pasta deve entregar aos Estados as primeiras remessas do produto, considerado uma ferramenta importante para a prevenção da síndrome congênita provocada pelo zika.

Se confirmado o cronograma estabelecido pelo governo, os repelentes vão chegar em meio ao aumento de casos de doenças relacionadas ao Aedes aegypti. É justamente no verão que a incidência de dengue, chikungunya e zika se eleva. Além da zika, o temor é que este ano haja um aumento expressivo de casos de chikungunya, que pode provocar também doenças graves no bebê. Para especialistas ouvidos pela reportagem, o ideal seria que o produto começasse a ser distribuído logo no início do verão.

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O primeiro anúncio de que o governo faria a distribuição de repelentes como forma de se tentar conter o avanço da microcefalia provocada pelo zika foi feito em dezembro de 2015. O então ministro Marcelo Castro afirmara que a medida seria estendida a todas as gestantes. Um mês depois da declaração, o alcance da estratégia foi reduzido para o grupo de grávidas atendidas pelo Bolsa Família e o prazo para o cumprimento da medida, adiado várias vezes.

A primeira data prevista para o cumprimento da promessa era fevereiro de 2016. Na época, o País registrava a marca de 508 bebês com confirmação de microcefalia e outros 3.935 casos em investigação. De lá para cá, houve uma troca de ministros da Saúde e um aumento significativo da doença. No último boletim sobre a má-formação, com dados até 31 de dezembro de 2016, os casos confirmados haviam saltado para 2.366. Havia ainda outros 3.183 investigados.

A distribuição de repelentes para gestantes beneficiárias do Bolsa Família é considerada importante sobretudo em razão do perfil das mães de bebês com síndrome congênita de zika. Uma análise feita pelo Ministério da Saúde, no ano passado mostrava que a taxa de prevalência de bebês com microcefalia era maior entre mães na faixa etária até 24 anos, de cor negra e com até sete anos de escolaridade.

A estimativa do Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário é de que a estratégia de distribuição de repelentes contemple 484 mil gestantes, o mesmo número de mulheres grávidas atendidas pelo benefício em 2016. "Esse indicador é constante, daí nossa previsão", afirmou o secretário executivo do MDSA, Alberto Beltrame.

A entrega no dia 24 nos Estados, no entanto, é apenas o primeiro passo até a chegada do produto nas mãos das beneficiárias. Dos armazéns estaduais, os repelentes precisam ser levados às prefeituras que, por sua vez, vão decidir a melhor forma de distribuição.

Em alguns casos, ela poderá ser feita no posto de saúde onde a mulher faz o pré-natal. Em outros, nos centros de referência de assistência social. "A decisão será norteada conforme o entendimento local", disse Beltrame.

O governo estima que o produto comece a ser entregue às mulheres grávidas da Bolsa Família a partir de março. Beltrame observou, no entanto, que esse cronograma poderá sofrer alterações, caso haja algum atraso da empresa fornecedora. Pelo contrato, serão feitas sete entregas. A última deve ocorrer em até 300 dias depois da assinatura do acordo.

De acordo com Beltrame, Estados já foram informados sobre o quantitativo que irão receber, para que possam organizar a logística de distribuição. "Em nível local, uma relação de gestantes do Bolsa-Família será cruzada com a relação das gestantes em pré-natal, definindo desta forma o público alvo", disse.

Inicialmente, disse o secretário-executivo, havia uma discussão entre o governo se a distribuição deveria ser feita nos postos de saúde ou nos centros de atendimento social. O Ministério da Saúde defendia que a entrega fosse feita nos Centros de Referência de Assistência Social. O argumento era a de que a clientela atendida pelo benefício seria apenas gestantes do Bolsa Família e o Sistema Único de Saúde, por definição, é universal.

O pré-natal, por outro lado, é feito nas unidades de saúde. A alternativa encontrada foi deixar a decisão a critério das prefeituras. "Elas têm sob seu comando tanto a Secretaria Municipal de Saúde quanto a de Assistência Social, além de conhecer, como ninguém, a realidade local", disse Beltrame.

Um ano após o anúncio feito pelo governo federal, os repelentes prometidos a grávidas beneficiárias do Programa Bolsa Família ainda não começaram a ser entregues. O pregão para a compra dos produtos foi feito em dezembro do ano passado e o processo de licitação está em andamento.

A expectativa do Ministério da Saúde é de que, uma vez concluída a fase da licitação, os repelentes passem a ser entregues cerca de 15 dias depois. Ainda segundo a pasta, a burocracia comprometeu a agilidade do processo, já que houve dificuldade em encontrar empresas com capacidade de fornecer o produto em grandes quantidades.

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Diante dos entraves, a nova previsão do governo federal é que os repelentes comecem a ser distribuídos no fim deste mês – cerca de um mês após o início do verão, período em que as chuvas intensas contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. O vetor transmite os vírus da dengue, febre chikungunya e Zika.

O anúncio

Em janeiro de 2016, o governo federal anunciou que distribuiria gratuitamente repelentes a grávidas que participam do Programa Bolsa Família. A ação buscava intensificar o combate ao mosquito, responsável pelo aumento dos casos de microcefalia no país.

O ministro da Saúde à época, Marcelo Castro, informou que iria se reunir com fabricantes de repelentes para estudar a viabilidade de fornecer a quantidade necessária. Segundo ele, o governo trabalha com o número médio de 400 mil gestantes aptas a receber o produto em todo o país.

O decreto

Em abril do ano passado, a então presidente Dilma Rousseff assinou decreto que instituía o programa de prevenção e proteção individual de gestantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica contra o Aedes aegypti.

De acordo com a publicação, se caracterizam como em situação de vulnerabilidade socioeconômica as gestantes que integram famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família.

A definição de quais os insumos que seriam adquiridos e distribuídos ficaria a cargo do Ministério da Saúde que, conforme o decreto, atuaria de forma conjunta com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para a implementação do programa.

Um estudo que acompanhou 57 gestantes paulistas infectadas pelo zika reforça a hipótese de que o vírus pode causar diversos danos aos bebês além da microcefalia. E as anomalias podem acontecer independentemente do trimestre de gravidez em que a mãe foi infectada.

Coordenada por Mauricio Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e integrante da Rede Zika (força-tarefa formada por pesquisadores de São Paulo apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp), a pesquisa monitorou 1.200 grávidas do interior, das quais 57 tiveram a confirmação de contaminação pelo vírus zika, com casos de infecção em todos os trimestres da gestação.

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Após todos os partos, os pesquisadores verificaram que nenhum dos bebês nasceu com microcefalia, mas, ao realizarem exames mais aprofundados, descobriram que 35% das crianças desenvolveram alguma anomalia. "Vinte dos 57 bebês nasceram com algum tipo de má-formação discreta, como surdez unilateral, danos na retina, cistos cerebrais ou inflamação em artérias cerebrais. O próximo passo é investigar a importância desses achados no desenvolvimento da criança", explica o cientista.

Nogueira diz que há situações que comprovam que o bebê pode ser prejudicado, mesmo se a contaminação pelo vírus ocorrer no fim da gravidez. Em um dos casos, a mulher contraiu a doença com 36 semanas de gestação e, mesmo assim, o bebê nasceu com sinais de infecção cerebral. "Os resultados indicam que a microcefalia deve ser mesmo só a ponta do iceberg, ela não deve ser o fenômeno mais provável entre os que o zika pode causar. Muitas crianças devem ter desenvolvido alguma anomalia mais leve que não foi notada. Se esses 20 bebês, por exemplo, não estivessem participando da pesquisa, sairiam da maternidade como crianças normais, porque tinham peso e perímetro cefálico dentro do esperado", afirma.

Pesquisa realizada por cientistas da Fiocruz e publicada em março no periódico The New England Journal of Medicine já mostrava que 29% dos bebês de mães que tiveram zika apresentaram alguma anomalia, mesmo quando a infecção era tardia, ou seja, nos últimos meses da gravidez.

Outros estudos

O grupo de pesquisa de São José do Rio Preto conduz ainda outros dois estudos sobre a ação do vírus zika. Em um deles, os cientistas estão monitorando há um ano um grupo de 1.500 pessoas para verificar, por exames de sangue, quais foram infectados mesmo sem sintomas. Isso porque, no caso da dengue, a estimativa é de que apenas 20% das pessoas infectadas sejam sintomáticas, o que aponta que os números das epidemias sejam muito maiores do que os registrados pelo Ministério da Saúde.

A outra pesquisa busca saber se os diagnósticos de zika e dengue estão sendo dados corretamente, uma vez que, em períodos epidêmicos, eles costumam ser feitos apenas por critérios clínicos e epidemiológicos, sem a realização de exames. "Colhemos cerca de 1.500 amostras de pessoas que passaram por serviços de saúde e receberam diagnósticos por critérios clínico-epidemiológicos. Verificamos que cerca de 15% das pessoas que saíram do serviço com diagnóstico de dengue tinham, na verdade, zika; enquanto 20% a 30% dos que saíram achando que tinham zika estavam com dengue", conta.

Nogueira explica que o diagnóstico correto é importante tanto para definir as providências a tomar em cada caso, de acordo com as possíveis complicações de cada doença, quanto para que os dados de saúde pública não tenham distorções. "Se o governo for avaliar se oferece uma vacina contra a dengue na rede pública, por exemplo, ele precisa saber o real alcance da epidemia." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC, na sigla em inglês) emitiu uma nova recomendação que diz que mulheres grávidas não devem viajar para a chamada "área de transmissão" de zika na Flórida e as mulheres grávidas que vivem na região devem tomar medidas de prevenção.

O CDC lançou a recomendação nesta segunda-feira (2) após o governador da Florida Rick Scott ter afirmado que há 10 novos casos de zika vírus, aumentando para 14 o número total de casos no estado.

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A organização ainda divulgou que os homens e mulheres que visitaram essa região desde o dia 15 de junho devem esperar pelo menos oito semanas para tentar conceber um filho. O zika fica no esperma por meses e, portanto, homens com sintomas do vírus deve esperar ao menos seis meses antes de tentar ter um filho. Fonte: Associated Press.

Nesta terça-feira (19), mais um boletim sobre o panorama da Microcefalia em Pernambuco foi emitido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e registrou mais uma morte por Microcefalia. Há duas semanas não se registrou mais nenhum óbito, no entanto, na última semana o número subiu para 77 casos. 

Desde o dia 1 de agosto de 2015 a 16 de julho de 2016 foram notificados 2.061 casos, sendo 931 prováveis; 1.177 descartados e 371 confirmados. Já dentre o número de mortes, 39 deles foram natimortos e 38 neomortos (óbito logo após o nascimento). Apesar de possuírem Microcefalia, a SES informa que em nenhum dos casos esta foi a causa básica da morte. 

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Dentre os protocolos aplicados, há também o destinado às gestantes. Nos dados foram notificadas 4.402 grávidas com exantema – manchas pelo corpo –, e 29 confirmações de Microcefalia intra-útero. Ainda de acordo com a SES, a presença das manchas no corpo não é determinação de que o bebê será acometido pela doença. 

Depois de inocular o vírus da zika em macacas grávidas, um grupo internacional de cientistas revelou que a infecção torna o paciente imune a novas infecções por zika e que a gravidez prolonga drasticamente o tempo de permanência do vírus no corpo do paciente.

O estudo, liderado pelo virologista americano David O’'Connor, da Universidade de Wisconsin, em Madison (Estados Unidos), foi publicado nesta terça-feira, 28, na revista científica Nature Communications.

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Em fevereiro, o jornal O Estado de S. Paulo noticiou com exclusividade que a equipe de O'Connor havia conseguido pela primeira vez infectar macacos com o vírus da zika e planejava infectar macacas grávidas, a fim de compreender os casos em que a infecção pode causar microcefalia.

O novo experimento é o primeiro a ter realizado um modelo para o estudo sobre zika em primatas não-humanos. Segundo os autores, agora que o modelo está disponível, os estudos sobre o vírus poderão avançar mais rápido, abrindo caminho para a descobertas de terapias e vacinas.

A equipe que participou do estudo, que também incluiu cientistas da Universidade Duke (Estados Unidos), é formada por especialistas em doenças emergentes transmitidas por insetos, genética, imunologia, pediatria e obstetrícia.

"O que mostramos com o modelo para o estudo em macacos é bastante coerente com o que foi observado em pessoas em estudos epidemiológicos", disse a pediatra Emma Mohr, da Universidade de Wisconsin, outra das autoras do estudo.

"É importante para nós demonstrar em um laboratório o que as pessoas têm observado em humanos - que a viremia (infecção pelo vírus da zika) cessa dentro de cerca de uma semana e que, depois disso, o paciente está protegido de futuras infecções pelo mesmo vírus", disse Emma.

Os cientistas infectaram macacos com a linhagem do vírus da zika que está causando a epidemia no Brasil e que foi revelada na América do Sul em 2015. Eles constataram que, 10 semanas depois, os mesmos macacos já resistiam à mesma linhagem do vírus.

"Essa é uma excelente notícia para o desenvolvimento de uma vacina. Esse resultado sugere que o tipo de imunidade que ocorre naturalmente é suficiente (para deter o vírus). Se formos capazes de mimetizar esse processo em uma vacina, provavelmente teremos uma vacina muito bem sucedida", disse O'Connor.

O estudo também mostrou um claro contraste na duração da infecção em macacas grávidas, em comparação aos macacos machos e às macacas que não estavam grávidas. Embora os animais não gestantes tenham ficado livres do vírus 10 dias após a infecção, o vírus persistiu no sangue das macacas grávidas por períodos de 30 a 70 dias.

A infecção prolongada tem implicações para os impactos severos do vírus zika durante a gravidez. Cientistas já haviam comprovado que a zika está ligada à ocorrência de problemas neurológicos em bebês, como a microcefalia.

"Temos boas notícias para a maior parte das pessoas: se você não está grávida e não tem risco de ficar grávida, você nem precisa se preocupar com a zika. Por outro lado, minha preocupação com o vírus da zika na gravidez é muito maior agora que há seis meses", disse O'Connor.

Hipóteses

Uma possível explicação para a persistência do vírus na gravidez é que o sistema imunológico das mães esteja comprometido demais para eliminar o vírus com a rapidez suficiente. "A outra hipótese é que essa persistência seja um indicativo da infecção no feto e aquilo que observamos na corrente sanguínea da mãe seja a presença do vírus no feto, voltando para o organismo da mãe por meio da corrente sanguínea", disse O'Connor.

Segundo ele, se a segunda hipótese estiver certa, é provável que os fetos tenham uma infecção prolongada, que permanece muito mais tempo do que a infecção da mãe. Caso se confirme esse processo - proposto pela primeira vez pela obstetra Rita Driggers, da Universidade Johns Hopkins (Estados Unidos) -, ele poderia oferecer uma oportunidade para avaliar os riscos para um feto em desenvolvimento sem recorrer a testes invasivos.

"Se for esse o caso, poderemos medir semanalmente a carga viral presente em uma mulher grávida infectada com o zika. Isso nos forneceria uma indicação de qual é o grau provável de danos ao feto. Se uma mulher grávida for a uma clínica com zika e uma semana depois não apresentar mais sinais da infecção, isso poderia ser uma boa indicação de que o feto provavelmente não será afetado", explicou O'Connor.

Utilizar a quantidade de vírus no sangue de macacas ou mulheres grávidas como um indicador para a infecção do feto também poderá fornecer aos cientistas que pesquisam tratamentos para proteger os bebês de danos neurológicos um método para avaliar seus progressos.

Os autores do estudo, no entanto, alertam que ninguém ainda compreende realmente a gama de problemas que a infecção por zika durante a gravidez pode causar aos bebês. "No Brasil, as crianças mais velhas nascidas de mães com zika durante a gravidez têm apenas um ano de idade, aproximadamente. Nós não temos nenhuma ideia se algumas das crianças que são aparentemente normais terão algum problema que só se manifestará em outras fases da vida", disse O'Connor.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que casais que vivem em locais com o surto do zika vírus adiem uma gravidez. Para os estrangeiros ou mesmo moradores locais que apresentaram algum sintoma, a sugestão publicada pela entidade é de que esperem pelo menos seis meses para iniciar uma gravidez.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo havia publicado há dez dias, um primeiro alerta já havia sido publicado no final de maio pela entidade. Mas, desta vez, a OMS optou por fazer uma diferenciação maior entre estrangeiros que visitam locais com o surto e as mulheres vivendo em zonas com a presença do mosquito.

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"Nossa sugestão é de que pessoas em locais com surto adiem ou considerem adiar uma gravidez", disse Christian Lindmeier, porta-voz da OMS. Para a entidade, mulheres nesses países devem ter acesso a informação e medidas de prevenção, como preservativos. A recomendação deixa claro também que, por enquanto, não existe uma outra alternativa para se proteger e que, para a população em locais com a presença do mosquito, a melhor forma de evitar a má-formação é mesmo evitar uma gravidez.

Alertando para o fato de que a transmissão sexual do vírus é mais importante que se imaginava, a OMS decidiu duplicar os prazos de espera para mulheres que queiram engravidar. Pela primeira vez, calendários são recomendados a diferentes grupos de risco e a entidade deixa claro que a proliferação do vírus em relações sexuais é "mais comum que previamente assumido".

A orientação está sendo feita depois que novos estudos realizados pela entidade e cientistas apontaram que o vírus tem um período maior de permanência no sêmen, além do que se previa. Alguns estudos chegaram a indicar que a carga do vírus em um sêmen é 100 mil vezes maior que no sangue e ele pode permanecer ativo por 14 dias. Num do estudos, um homem que deixou as Ilhas Cook para o Reino Unido registrou a presença do zika vírus em seu sêmen 62 dias depois do início dos sintomas.

No total, dez países já registraram essa transmissão, entre eles EUA, França, Itália e treze casos na Alemanha.

O Brasil registrou 91.387 casos de suspeita de contaminação pelo zika vírus no primeiro trimestre do ano, informou o ministério da Saúde na terça-feira (26). O boletim epidemiológico do órgão revela, ainda, que a doença foi confirmada em 2.844 grávidas.

Só no Nordeste foram reportados 30.286 casos de suspeita de zika entre 3 de janeiro e 2 de abril. A região também foi a mais afetada pelo surto de microcefalia, detectado em outubro de 2015.

A malformação congênita no cérebro dos bebês, que cientistas associam à contaminação de grávidas pelo zika vírus, causa sequelas permanentes e limita o desenvolvimento motor e intelectual dos portadores.

"É impossível ter uma ideia da proporção de grávidas infectadas pelo vírus que terão bebês com microcefalia. Até agora, a maioria desses casos foi em mulheres que ficaram doentes durante o primeiro trimestre da gravidez", afirmou o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do ministério, Cláudio Maierovitch.

Em todo o país, três pessoas morreram por causa do vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a chikungunya. Os dados são os primeiros oficiais sobre o zika no país, e chegam depois do governo ter determinado, no início do ano, que todos os casos de suspeita do vírus deveriam ser registrados.

Até então, as autoridades estimavam que 1,5 milhão de brasileiros tinham contraído o zika. Não existe tratamento nem vacina para a doença. Outra estatística do Ministério da Saúde revela que foram confirmados 1.198 casos de bebês com microcefalia, de 7.228 suspeitas, de outubro a abril, que o governo relaciona com o zika.

O possível vínculo entre o vírus e a malformação levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar emergência global.

Nesta segunda-feira, a subdiretora-geral da OMS, Marie-Paule Kieny, disse que o vírus está "claramente" perdendo terreno no Brasil, provavelmente devido ao fim do verão austral, período em que a proliferação do mosquito é maior.

O zika pode causar também transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré, doença que provoca paralisia e pode levar à morte do paciente.

O governo brasileiro informou também que no primeiro trimestre do ano foram registrados 802.429 casos de suspeita de dengue, 13,7% a mais que no mesmo período de 2015, com 140 mortos, e 39.017 casos de chikungunya, que aumentaram 426%.

Após aprender a conviver com os cuidados para evitar a contaminação com o vírus zika, as gestantes ganharam uma nova preocupação: prevenir-se do surto antecipado de H1N1. Repelente e álcool em gel viraram itens do dia a dia das grávidas, que fazem parte do grupo de risco para as duas doenças. Para evitar a gripe, que já fez 55 vítimas no Estado de São Paulo, elas também enfrentam a saga para conseguir a vacina, em falta em várias clínicas.

No fim do ano passado, a empresária Catarina Leite de Macedo, de 35 anos, deixou de ir ao casamento da cunhada e de visitar os parentes em Pernambuco com medo da zika. "Cancelei a passagem e meus pais vieram para cá. Só saio na base do repelente, meu médico mandou usar blusa de manga, roupas claras." Com a chegada fora de época da gripe, ela recebeu novas orientações. "Meu médico começou a mandar mensagem para todas as pacientes para a gente se vacinar. Saiu alertando."

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Foi quando começou a peregrinação para conseguir o imunizante. "Fui em seis clínicas de vacinação e só consegui na última. Fiquei quase três horas. Já tinha ligado para mais três e não tinha conseguido." A indicação foi tomar a vacina tetravalente, mas só estava disponível a versão trivalente. Mesmo assim, ela tomou. "É o meu primeiro filho. Já perdi (bebês) duas vezes e essa gestação está sendo supermonitorada. Fiz cirurgia de tireoide e tenho de fazer consultas e ultrassons a cada 15 dias. Acontece isso só eu para ficar mais amedrontada."

Ao saber que estava grávida, a hoteleira Fernanda Guerreiro Dourado, de 29 anos, deixou de visitar os pais em Águas de São Pedro, no interior paulista, por medo dos casos de gripe em Piracicaba, cidade próxima. "Meus pais vêm todo mês para me ver. A minha filha é prioridade", diz.

Mas ela ainda não conseguiu tomar a vacina. "Entrei duas vezes na lista de espera, mas não fui vacinada. Se a clínica abre às 8 horas, as senhas já acabam uma hora antes. Tem de chegar muito cedo." Fernanda diz que a gestação tem sido diferente do que ela imaginava. "Achei que ia andar de vestidinho. Não tenho problema, não tive enjoo, mas tenho de me preocupar com essas coisas."

Para evitar o estresse em um período que deveria ser especial, a hoteleira optou por evitar acompanhar as notícias sobre as doenças. "No começo, eu pesquisava e ficava paranoica. Agora, procuro me informar sobre os cuidados."

Orientações

Ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, Paola Fasano diz que as grávidas devem seguir as recomendações para evitar a contaminação tanto pelo vírus zika quanto pelo H1N1, mas sem criar uma situação de pânico. "O estresse nunca é bom. Sabemos que a informação corre rápida e de maneira descontrolada, leva a um medo. A gestação é um momento de muita expectativa e as grávidas devem conversar com o obstetra que vai colocá-las a par de tudo sobre a gestação."

Paola diz que, no caso da gripe, é importante que as gestantes evitem locais com aglomeração, mantenham as mãos higienizadas e não tenham contato com pessoas contaminadas. "O H1N1 pode ser mais perigoso no segundo e no terceiro trimestre da gestação, pois a mulher está com o abdome aumentado, o que diminui a expansão pulmonar. Se ela tiver febre, tosse e dificuldade respiratória, deve procurar um médico imediatamente", alerta. A ginecologista afirma que já tem recomendado para pacientes máscaras ao frequentar ambientes com aglomeração e o uso do álcool em gel, além da vacinação.

Graciela Morgado, ginecologista da Maternidade Pro Matre Paulista, recomenda ainda que as mulheres invistam em bons hábitos alimentares para aumentar a imunidade. "É importante ter uma dieta saudável, alimentando-se de três em três horas e se mantendo hidratada." Ela também fala sobre a importância de não se desesperar. "A gestante deve se acalmar e não precisa ficar enclausurada."

Desde a terceira semana de gravidez, a assessora de imprensa Carla Caroline, de 28 anos, colocou uma regra em casa: as janelas não podem ficar abertas. Usa repelente diariamente e evita roupas que deixem as pernas ou os braços expostos.

A ida e a volta para o trabalho ganharam cuidados especiais. "Ando de transporte público, quando alguém tira o lenço do bolso ou espirra, entro em pânico. Faço três baldeações no metrô. Fico mais tempo na plataforma para pegar um vagão mais vazio. E saio mais tarde de casa para pegar um horário mais tranquilo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Colômbia registra 58.838 pessoas infectadas pelo vírus do zika, dos quais 10.812 correspondem a mulheres grávidas, superado o pico epidêmico do vírus, registrado em fevereiro, informou neste sábado o Instituto Nacional de Saúde (INS). Segundo o último boletim epidemiológico, na semana entre 13 e 19 de março se notificaram "seis novos casos confirmados e 3.108 suspeitos por clínica".

No total, a Colômbia relata 58.838 casos de zika desde o início de la circulação do vírus, dos quais 2.361 foram confirmados por laboratório e 56.477 suspeitos por clínica. A comunidade científica, que continua investigando as consequências e complicações da infecção por zika, suspeita da relação desse vírus com alterações neurológicas.

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Na Colômbia, foram confirmadas 997 mulheres grávidas infectadas com zika, às quais se somam 9.815 casos suspeitos. Se trata de um grupo populacional vulnerável pelas suspeitas de que o vírus provoque microcefalia no feto. Desde o começo da epidemia até 19 de março, 50 bebês nasceram vivos com essa malformação congênita irreversível.

No país foram notificado 381 casos de síndromes neurológicas com antecedentes compatíveis com infecção por zika. Desses, 258 manifestaram a Síndrome Guillain-Barré (SGB). Segundo o INS, "se observa uma correspondência no comportamento da notificação de casos de SGB e a curva de notificação de casos de morte por zika".

O boletim também destacou um aumento de casos de paralisia flácida aguda em menores de 15 anos, todos eles de sexo masculino. Enquanto em 2015, a Colômbia registrou seis casos, em 2016 foram reportados 29, quatro na última semana. A Colômbia superou neste mês o pico epidêmico do vírus do Zika, registrado durante as duas primeiras semanas de fevereiro, com uma melhora dos dados mais rápida do que a esperada.

Cartagena, Santa Marta e a ilha de San Andrés, três dos principais pontos turísticos do Caribe colombiano, registraram uma queda do número de casos e estão entrando em uma fase endêmica, segundo o INS. Entretanto, na maioria do país continua havendo circulação ativa do vírus e alguns departamentos, como Meta (centro), Quindío (oeste) e Valle del Cauca (sudeste) continuam na etapa de transmissão ativa e os infectados pelo vírus continuam aumentando. O zika é transmitido pelo mosquito Aedes egypti, que também transmite dengue, a fiebre amarela e chikungunya.

Pelo menos 900 gestantes do Estado de São Paulo já receberam o diagnóstico suspeito de zika, revelou ontem ao Estado Gizelda Katz, diretora de emergências em saúde do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde. Até agora, nenhum dos fetos desenvolveu microcefalia, mas as mulheres seguem sendo monitoradas, uma vez que a má-formação pode aparecer nos exames somente em estágios mais avançados da gravidez.

No grupo de mulheres que já deram à luz, há 38 casos confirmados de microcefalia com suspeita de ligação com o zika e 112 em investigação no Estado.

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De acordo com Gizelda, como ainda não há exames diagnósticos de zika em volume suficiente para testar toda a população com sintomas, as gestantes estão sendo priorizadas. "De casos autóctones de zika confirmados em laboratório temos 101, dos quais 84 são gestantes", contou ela, após participar de evento sobre o zika promovido pelo Instituto Emílio Ribas. Os demais registros ainda estão sendo investigados.

Segundo a diretora, a maioria das gestantes com suspeita da doença é de Ribeirão Preto. "Essa é a região que vai ser o epicentro de zika no Estado. Se formos ver a história da dengue em São Paulo, ela está se repetindo agora com zika. Na década de 90, a primeira transmissão importante de dengue começa lá: Ribeirão Preto, Barretos, São José do Rio Preto, depois ela se espalha. O zika vai repetir a mesma história, talvez um pouco mais rápido", diz.

Segundo a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto, 425 grávidas já receberam diagnóstico suspeito de zika neste ano.

Circulação viral

Outros indícios mostram que o vírus está circulando com mais intensidade em território paulista. Há 20 dias, a Faculdade de Medicina de Jundiaí iniciou uma pesquisa com gestantes saudáveis para comparar com um segundo grupo com sintomas de zika.

Os pesquisadores, no entanto, surpreenderam-se ao verificar que, das 56 amostras colhidas de grávidas sem sintomas, 80% tinham a presença do zika. "Esses resultados são preliminares, estamos repetindo os testes, mas é assustador", disse Saulo Passos, professor de pediatria da faculdade.

Paralelamente ao acompanhamento das gestantes saudáveis, o Hospital Universitário da Faculdade de Jundiaí realizou quatro partos de crianças com microcefalia em apenas 15 dias. Três das mães testaram positivo para zika. "Antes era raríssimo ter um caso desse no hospital", conta Saulo. A análise dos casos é mais um dos trabalhos da Rede Zika, força-tarefa de pesquisadores paulistas.

O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério, Claudio Maierovitch, afirmou que, se as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti não forem suficientes para diminuir os índices de infestação, a epidemia de zika vivida pelo Nordeste no ano passado poderá se repetir no resto do País. "Se nossos esforços não derem o resultado esperado, vamos ter notícias muito ruins no Sudeste e Centro-Oeste", disse.

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro acompanha 5.660 grávidas com manchas vermelhas no corpo. São cerca de 50 casos novos suspeitos de zika por dia, desde 18 de novembro de 2015, quando a notificação de grávidas com exantemas (manchas na pele) começou. Os exames de 235 mulheres deram positivo para zika, mas ainda não há informações de que os bebês tenham alguma sequela neurológica.

Os dados da Superintendência de Vigilância Epidemiológica mostram que tem havido redução do número de casos registrados nas últimas seis semanas, apesar de o vírus zika continuar circulando no Estado e continuar subindo o número de casos de pessoas contaminadas na população em geral.

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Para o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, isso pode estar ocorrendo porque as grávidas têm aumentado as medidas de proteção contra o mosquito Aedes aegypti, como o uso de repelentes.

Desde o início do ano, o Estado confirmou apenas dois casos de microcefalia associados à zika. Outros 289 estão sob investigação. Dos 289 casos em investigação, 231 são de bebês já nascidos e os outros 52 são referentes ao período intrauterino. Em seis casos, não há essa informação no prontuário. Do total de casos investigados, 98 mulheres relataram histórico de manchas vermelhas pelo corpo ao longo da gravidez.

A Secretaria de Estado de Saúde iniciou programa de atendimento a essas mães no Instituto Estadual do Cérebro. As mulheres grávidas de bebês com suspeita de microcefalia serão acompanhadas desde a gestação. As crianças nascidas com a má-formação estão passando por exames e consultas com diferentes especialistas.

O Estado também informou que registrou 50 casos suspeitos de Síndrome de Guillain-Barré, desde julho de 2015. Destes, 21 casos possuem relato de manchas vermelhas na pele e seguem em investigação; 17 casos aguardam resultados de exames laboratoriais. Em outros nove casos, foi confirmado que a paralisia ocorreu depois da infecção pelo zika. Três casos foram descartados por não apresentarem quadro clínico compatível.

Entre as mais de 50 novas recomendações da OMS apresentadas na terça-feira (8), uma parte significativa se refere ao desenvolvimento de pesquisas e novos produtos para combater a zika. Mas a OMS adiantou não ter dinheiro para esses projetos.

Há um mês, a entidade fez um apelo de emergência por US$ 56 milhões para liderar um projeto mundial em busca de respostas, vacinas e diagnósticos. "Recebemos apenas US$ 3 milhões (5% do valor)", declarou a diretora-geral Margaret Chan à reportagem. "Precisamos de mais e estamos fazendo um apelo aos governos. É fácil dizer que vamos fazer isso ou aquilo. Mas precisamos de financiamento", insistiu.

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Entre as recomendações, a OMS pede que se intensifiquem as pesquisas, até em nível histórico, sobre zika, microcefalia e Guillain-Barré. Ainda solicita que seja dada prioridade para a criação de novos diagnósticos, especialmente para grávidas, uma vez que só se vislumbra uma vacina para a zika a médio prazo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os cientistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) racham e não chegam a um consenso para declarar o vírus zika como emergência internacional. A entidade realizou nesta terça-feira, 8, uma reunião de emergência para lidar com os casos, depois que novos estudos apontaram para uma possível associação entre o vírus, a microcefalia e a Síndrome de Guillain-Barré. Mas, para os pesquisadores, os resultados ainda não são suficientes para justificar declarar o zika como o alerta internacional.

Para mulheres grávidas, porém, a OMS recomenda evitar as viagens para zonas com surtos, além de sugerir que parceiros usem preservativos caso um deles tenha ido para um local com surto de zika. Medidas de fortalecimento do alerta também foram anunciadas, com maior foco em pesquisas e para o controle do vetor.

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"Desde 1º de fevereiro, muitas pesquisas fortaleceram a associação entre zika e microcefalia. O número do grupo de risco é maior", disse Margaret Chan, diretora-geral da OMS. "Deveremos ter mais casos de zika e em nova áreas geográficas", afirmou. "As mulheres estão muito preocupadas e podemos entender."

Chan indicou que haja "provável relação" entre zika e microcefalia. Mas que novas pesquisas ainda precisam ser feitas.

A entidade, portanto, optou por manter o alerta internacional apenas sobre microcefalia e a Síndrome de Guillain-Barré, sem ainda incluir o vírus. Ficam válidos os pedidos para que nenhum país imponha restrições de viagens a pessoas ao Brasil. Mas a OMS insiste na necessidade de um combate agressivo contra o mosquito Aedes aegypti, o vetor do zika.

Em 1º de fevereiro, a OMS já havia feito um primeiro encontro. Mas, sem provas contundentes, declarou apenas a microcefalia e a Guillain-Barré como emergências. Naquele momento, não existiam indícios suficientes para ligar o vírus aos fenômenos. Um mês depois, porém, vozes dentro da entidade estimavam que evidências se acumulavam na direção de apontar uma associação.

Dentro da OMS, um grupo insistia que já estava na hora de declarar o zika como o alerta, ainda que ainda faltasse uma prova final da associação com as doenças. "As evidências se acumulam", disse na segunda-feira, 7, o chefe do Departamento de Surtos da OMS, Bruce Aylward.

Mas, para outro grupo, mesmo os casos confirmados eram considerados como "limitados" e "insuficientes" para justificar a emergência internacional. Depois de seis horas de reuniões, a falta de consenso acabou obrigando a OMS a não chegar a uma nova conclusão e apenas anunciar que manteria o status quo.

Um dos fatores que iria ser considerado era a proliferação de países onde existe uma associação aparente entre o zika e a Guillain-Barré, responsável por afetar o sistema imunológico e que ataca parte do sistema nervoso. Em 1º de fevereiro, havia três países com a tendência de alta. Atualmente, são nove: Brasil, Colômbia, El Salvador, Polinésia Francesa, Suriname, Venezuela, Martinica, Porto Rico e Panamá.

Mas nem isso convenceu uma parte dos cientistas. No Brasil, foram 1,7 mil casos registrados em 2015, 19% acima da média. No Estado da Bahia, a OMS aponta para 42 casos da síndrome, dos quais 62% tinham uma "história consistente com uma infecção do zika".

Na Colômbia, eram 201 casos da síndrome até 14 de fevereiro com suspeitas de relação com a infecção do vírus. Entre 1º de dezembro de 2015 e 8 de janeiro de 2016, 118 casos foram registrados em El Salvador, enquanto a média anual é de 169 casos. Já na Venezuela, foram 252 casos apenas no mês de janeiro. Dois casos da síndrome foram confirmados em pessoas contaminadas pelo zika na Martinica, um em Porto Rico e outro no Panamá.

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