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Todo ano, as secretarias estaduais de Saúde e o Ministério da Saúde promovem campanhas de vacinação contra a gripe. Mas por que esse esforço de imunização contra o vírus Influenza é necessário anualmente? As pessoas devem se vacinar todos os anos? E quem deve se vacinar?

Segundo a médica infectologista Ana Helena Gremoglio, a realização de campanhas anuais contra a gripe tem basicamente dois motivos. Um deles é o fato de o vírus Influenza ter muitas cepas diferentes, assim como ocorre com o novo coronavírus.

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Neste ano, por exemplo, a campanha de vacinação contra a gripe oferece imunizantes que protegem contra três tipos do vírus: H1N1, H3N2 e Influenza B. A iniciativa foi lançada no dia 4 de abril. O dia D de mobilização está marcado para 30 de abril.

“A vacina contra influenza é anual porque os vírus que circulam são diferentes, e ela precisa ser redesenhada para que pessoa crie imunidade. É diferente de outras vacinas em que os vírus não mudam tanto, como tríplice viral e hepatite”, explica a médica.

Pela presença das variantes, a cada ano as vacinas são adaptadas para proteger as pessoas contra as cepas mais comuns. Hospitais sentinela coletam amostras de pessoas utilizando o instrumento swab (que coleta amostras de materiais). Esses materiais são analisados por laboratórios centrais e, com isso, identificadas as principais cepas em circulação. Esse mapeamento subsidia a produção das vacinas para o ano seguinte.

Outro motivo para as campanhas anuais é o fato de as vacinas contra a gripe não manterem sua eficácia por mais de seis meses. Como o momento de maior circulação do vírus é durante o inverno, em geral as campanhas são lançadas no início do segundo trimestre do ano, em abril.

“A imunidade para influenza demora seis meses. É na época de maior transmissão viral que temos que estar com mais anticorpos. Ela é desenhada numa plataforma de modo que a imunidade máxima seja alcançada na mesma época de maior circulação viral e das temperaturas mais frias, quando pessoas tendem a ficar mais aglomeradas”, comenta a infectologista.

Queda

Ana Helena Gremoglio pondera que as campanhas de vacinação contra a gripe devem ser ampliadas diante da queda das taxas de imunização desde 2014. No ano passado, por exemplo, a campanha de vacinação contra a gripe atingiu 72,1% do público-alvo, quando a meta era aplicar as doses em 90% dos segmentos.

“As campanhas de vacinação existem, mas de forma muito aquém do que deveriam acontecer. Elas deveriam ser diuturnas, reforçando a importância, segurança e eficácia das vacinas. Desde 2014 que as campanhas de prevenção vêm sendo deixadas de lado. Às vezes, as pessoas acham que é melhor investir no atendimento do que na prevenção, mas em prevenção é mais barato e eficiente”, diz a médica.

A Prefeitura da Cidade do Paulista vai retomar a vacinação contra a influenza (gripe) na próxima segunda-feira (31). A imunização ocorrerá em cinco unidades de saúde do município. Cada uma aplicará 200 doses, totalizando 1.000 aplicações.

Não é necessário realizar agendamento. Para se vacinar, o munícipe deve apresentar documento de identificação com foto e cartão de vacinação.

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A Secretaria Municipal de Saúde iniciou a campanha de imunização contra a gripe em Paulista no mês de abril de 2021.

Diante do cenário epidemiológico da cidade, com a pandemia de Covid-19 e a epidemia de Influenza, é fundamental reforçar as medidas de prevenção contra os dois vírus, como distanciamento social, uso de máscara e higienização constante das mãos.

Veja os locais de vacinação e os endereços:

- USF Ana Nery:  Rua José Pereira de Amorim, 120 - Maria Farinha 

- Centro de Saúde Francisco Medeiros Dantas: Av. João Paulo, II, S/N, Mirueira

- Centro de Saúde Sebastião Monteiro do Amaral: Travessa General Canabarros, S/N, Paratibe

- USF Pau Amarelo: Rua Cavalheiros, S/N

- USF Euzanir Ferreira: Av. Lindolfo Collor, 1409, Artur Lundgren/Paratibe

Da assessoria

Com o aumento de casos de Covid-19 e Influenza em Pernambuco, medidas para contenção das doenças voltaram a ser anunciadas. Os rumores de um novo lockdown e de um possível adiamento do início das aulas no Estado ganharam força durante esta semana.

Previsto para iniciar em fevereiro de 2022, o ano letivo, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação e Esportes (SEE), ainda está mantido para 3 de fevereiro. Por meio de nota, a secretaria esclarece que as informações sobre um possível adiamento são falsas. "Qualquer alteração neste calendário será amplamente divulgada pelos meios de comunicação oficiais", diz trecho do comunicado enviado ao LeiaJá.

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Além disso, a pasta salienta que o retorno presencial à sala de aula da rede estadual de ensino não é obrigatório. "A rede estadual de ensino mantém as aulas remotas por meio do canal do EducaPE e segue avaliando o cenário epidemiológico junto com a Secretaria de Saúde de Pernambuco", ressalta.

A reportagem também questionou as prefeituras das cidades do Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guarapes sobre a manutenção do início do ano letivo, que está previsto para a primeira semana de fevereiro. Confira o que cada município, até o momento, decidiu:

Recife

A Secretaria de Educação do Recife, através de nota, afirmou que as aulas terão início no dia 4 de fevereiro e que "qualquer alteração será divulgada nos canais oficiais do órgão".

Ademais, a secretaria informa que os protocolos a serem adotados neste período de aumento dos casos do novo coronavírus e epidemia de gripe H3N2 em Pernambuco são os "estabelecidos pelo Governo do Estado e que seguirá acompanhando a situação da pandemia, bem como as decisões das autoridades de saúde estaduais e municipais".

Olinda

Também por meio de comunicado enviado à reportagem, a Secretaria de Educação de Olinda ressaltou que está monitorando, junto à Secretaria de Saúde da cidade, os dados referentes aos novos casos de Covid-19 e Influenza.

"Uma comissão foi montada para elaborar os impactos que esses números podem influenciar no retorno às aulas na rede municipal e, na última semana de janeiro, será divulgado o modelo mais adequado para oferta de aulas em todas as unidades de ensino", aponta.

Jaboatão dos Guararapes

No município, de acordo com a Secretaria de Educação, as aulas em 2022 estão previstas para o dia 7 de fevereiro. Segundo a assessoria, a expectativa é que cerca de 68 mil estudantes sejam matriculados nas escolas municipais.

A secretaria reforça que os protocolos de biossegurança estão sendo seguidos e que as instituições de ensino da cidade passaram por readequação para atender às normas sanitárias. "Foram instalados dispensers com álcool a 70%, novas pias e janelas foram abertas para garantir maior circulação do ar. Foram colocados tapetes sanitizantes nos acessos e no interior das escolas", diz a comunicação.

Paulista

Por e-mail, a assessoria da prefeitura de Paulista explica que nada foi definido. De acordo com a comunicação do município “ o governo estadual já se pronunciou e disse que a questão ainda não está definida”. No entanto, reforça-se que “Paulista, através da Secretaria de Educação, está fazendo uma série de reuniões com o colegiado da secretaria, sindicato e conselho para formalizar a decisão”.

Passaporte vacinal

Ao serem questionadas pelo LeiaJá sobre a possibilidade de exigência do certificado da vacina para os alunos das instituições de ensino, as secretarias do Recife e Jaboatão dos Guararapes asseguram que não será obrigatória a apresentação do certificado de vacinação contra Covid-19.

“A secretaria reforça que não será obrigatória a apresentação do passaporte vacinal para os alunos terem acesso às escolas da rede municipal, uma vez que, quem é menor de idade só recebe a vacina contra a Covid-19 diante da autorização dos pais ou responsáveis”, explica a assessoria de Jaboatão.

“A Secretaria pontua ainda que não há, atualmente, exigência do comprovante de vacinação para acesso às aulas”, responde a pasta da capital pernambucana à reportagem. As demais cidades, não responderam ao questionamento.

No mesmo segmento, a SEE também salienta que não há previsão para exigir a apresentação da comprovação vacinal.

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 Recomendadas incessantemente para controlar a pandemia da Covid-19, as máscaras de proteção foram deixadas de lado por parte dos recifenses a partir da aplicação das vacinas. Apesar do uso adequado ainda ser desrespeitado, neste sábado (8) uma maior adesão ao item foi percebida no comércio do Centro da cidade.

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O receio de ser contaminado pelo surto de gripe H3N2, que sobrecarrega hospitais públicos desde a segunda quinzena de dezembro, ou até mesmo receber o diagnóstico de coinfecção pelos dois vírus, fez com que o interesse pela barreira sanitária individual fosse reavivado.

No primeiro fim de semana de 2022 com movimentação nas ruas e lojas do comércio do Centro, a maior parte dos consumidores optou em reforçar os cuidados indicados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), que deve anunciar a volta de medidas restritivas nesta semana.

A demanda por doses contra o surto da gripe secou os estoques de vacina no Recife e obrigou a Prefeitura a solicitar mais de 160 mil doses ao Ministério da Saúde nessa sexta-feira (7). O levantamento oficial aponta que só restam 3.680 doses remanescentes da campanha do ano passado e considera o esgotamento das reservas. 

O prefeito João Campos (PSB) pressionou o Governo Federal e disse que o envio de novas remessas é fundamental para ampliar a distribuição à população. "Aqui no Recife, por exemplo, o nosso estoque termina no dia de hoje, tendo em vista a vacinação acelerada e cada vez mais intensa que estamos nós fazendo para garantir uma cobertura vacinal ampla”, constatou.

Com a epidemia que atravessa a pandemia da Covid-19, o índice diário de casos confirmados para H3N2 saltou de 8 para 138 entre 13 e 29 de dezembro, com picos de 314 casos no dia 27.

Ao todo, 599 mil doses contra a gripe foram aplicadas no Recife e, só entre 21 de dezembro do ano passado e a última quin ta (6), 91.624 vacinas foram disponibilizadas pela rede municipal de Saúde nas 150 salas de imunização e nos cinco shoppings da cidade, de segunda à sexta, das 8h às 16h. Ações itinerantes em locais vulneráveis também compõem o plano municipal.

Além do reforço de profissionais da saúde, 70 leitos foram abertos para pacientes com quadro de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI) junto com mais dois pontos de testagem para a H3N2 no no Parque Urbano na Macaxeira e no Compaz Ariano Suassuna.

Como vice-presidente de Relações Institucionais do Consórcio Conectar, que reune mais de 2 mil municípios, João Campos ainda enviou um ofício ao Ministério da Saúde para fornecer mais medicamentos e estrutura para o combate à gripe.

“Precisamos de um reforço de estrutura tanto pra montagem de estruturas de fixas e móveis para aumentar a capacidade de testagem e também o aumento do número de remédios antivirais. Com esses remédios é possível tratar de maneira imediata a influenza e os estoques nos municípios brasileiros estão bastante reduzidos”, reiterou o gestor.

Com a pandemia da Covid-19 e a epidemia da influenza A H3N2, brasileiros estão cada vez mais testando positivo para os dois vírus. Em último levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde na quinta-feira (6), Pernambuco confirmou 31 casos de coinfecções. 

Essa infecção dupla está sendo apelidada de ‘flurona’, que é uma designação definida a partir dos termos "flu" (gripe, em inglês) e "rona" (de coronavírus). No entanto, a flurona não é uma nova doença, apenas um apelido.

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A infectologista Angela Rocha confirma que a coinfecção não é rara na medicina, já tendo acontecido em outras situações. "Na hora que vários vírus circulam existe a possibilidade de ao mesmo tempo você se infectar com eles, principalmente esses dois vírus, tanto da influenza como da Covid-19, que a transmissão é predominantemente respiratória", detalha a especialista.

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, revelou que os primeiros casos de coinfecção foram registrados com o início da própria Covid-19, em 2020. "Como ficamos por um longo tempo sem nenhuma circulação do vírus da influenza, isto ficou até esquecido, mas agora, com esta forte aceleração da contaminação, estamos vendo novos casos", revela o secretário.

Longo salienta que não há indícios de que a infecção com os dois vírus ao mesmo tempo aumente a gravidade dos casos, já que - mesmo coinfectado -, o paciente não desenvolve o "duplo efeito".

Em Pernambuco, dos 31 casos registrados da flurona, apenas um evoluiu para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Trata-se de um homem de 77 anos, do município de Vitória de Santo Antão, que teve o início dos sintomas na segunda quinzena de dezembro de 2021.

Como evitar a coinfecção

A infectologista Angela Rocha corrobora que a influenza já circulava quando os casos de Covid-19 surgiram no país, no entanto, como na época as pessoas temiam a doença do novo coronavírus e estavam se cuidando mais com máscara, álcool em gel e distanciamento, os efeitos da influenza não foram sentidos na época.

Agora, com a população vivendo a falsa sensação de proteção por conta da vacina da Covid-19, acabou baixando a guarda e dando abertura para o início da epidemia da influenza A H3N2, que está circulando em um período que não era esperado pelos especialistas, já que a época da sazonalidade para essa doença é o período de chuva, entre os meses de maio, junho e julho de cada ano.

“A procura pela vacina da gripe diminuiu porque as pessoas estavam preocupadas com a Covid. Durante o ano passado, se exigia um intervalo entre a vacina da Covid e da influenza de 14 dias. Nesses 14 dias, a pessoa tomava a vacina da Covid-19, dando prioridade, mas não tomava da influenza, mesmo os grupos de risco que o Ministério [da Saúde] cobria”, assevera.

Por isso, a especialista declara que a população deve procurar um local mais próximo de aplicação da vacina contra a influenza do seu município. Ela salienta que ainda não existe vacina específica contra a cepa H3N2, mas o imunizante disponível contra a gripe pode auxiliar na redução dos sintomas caso seja infectado.

Além disso, Rocha sinaliza ser indispensável o uso de máscara de proteção, higienização constante das mãos e evitar as aglomerações de pessoas, só assim os casos de coinfecção e o combate aos vírus que estão circulando podem diminuir.

Em alerta para o surto de Influenza A H3N2 em meio ao cenário delicado da pandemia, o Governo de Pernambuco estuda voltar a estabelecer medidas restritivas nos próximos dias. O alto índice de doenças respiratórias desde o fim de 2021 e a incidência de pacientes coinfectados pelos dois vírus - flurona - sobrecarregou a rede de leitos.

 "Vamos ter que fazer algum nível de restrição de atividades. Muito provavelmente estaremos anunciando especialmente atividades sociais", disse o secretário de Saúde André Longo em entrevista à TV Globo nesta sexta-feira (7). 

O atual protocolo de convivência com a Covid autoriza eventos com até 7,5 mil pessoas ou 80% da capacidade com todos vacinados. "Na próxima semana, deve estar saindo esse novo protocolo com algumas mudanças que achamos importantes para esse momento que poderão ou não valer para fevereiro, março", acrescentou o gestor da pasta.

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--> PE confirma 31 casos de coinfecção por Covid e Influenza

Carnaval

Recife, Olinda e Jaboatão já cancelaram o Carnaval de rua, mas os camarotes privados ainda não foram suspensos. O vereador Rinaldo Júnio (PSB) entrou com uma ação no Ministério Público (MPPE) para impedir os eventos particulares que podem reunir até cinco mil pessoas

Sem mais detalhes sobre as novas proibições, Longo indicou que a realização das festas de Carnaval privadas será decidida na segunda quinzena de janeiro.

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O secretário estadual de Saúde, André Longo, confirmou durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6), que a situação provocada pela influenza em Pernambuco é pior do que a 1ª onda da Covid-19 em 2020. 

Nas últimas três semanas, a positividade geral dos casos de Covid-19 em Pernambuco tem oscilado entre 2% e 4%. Por outro lado, a positividade de influenza está em 58%. Esse aumento da circulação da influenza tem impactado diretamente nas solicitações por leitos e no adoecimento da população, principalmente os idosos.

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"Na última semana epidemiológica de 2021, tivemos uma aceleração epidêmica muito forte. Uma aceleração que, em 15 dias, dobrou o registro de casos de Srag e triplicou as solicitações de leitos", diz Longo.

Ao todo, foram 939 notificações de casos de Srag na última semana epidemiológica de 2021 – crescimento de 59% em uma semana e de 156% em 15 dias. Já na Central de Regulação, foram 797 solicitações por leitos de UTI, um aumento de 80% em comparação à SE 51 e de 204% em 15 dias.

De acordo com os dados de internação, no momento, 64% dos leitos para casos respiratórios na rede pública, (seja de UTI, seja de enfermaria) estão ocupados com pacientes com mais de 60 anos. Para se ter uma ideia, 67% dos casos de Srag por influenza estão nessa faixa etária, assim como 60% dos óbitos. 

Por outro lado, quando se analisam os casos totais por influenza A (H3N2), entre leves e graves, mais de 65% são na população entre 20 e 49 anos.

"É importante destacar que este cenário de forte aceleração epidêmica está relacionado ao fato de termos baixado a guarda. No final do ano e nestes primeiros dias de 2022, estamos vendo as pessoas, principalmente os mais jovens, se expondo muito mais. E o mais grave: sem a proteção mínima", pontua o secretário de Saúde.

Com o anúncio do cancelamento do carnaval de rua nos principais pólos de Pernambuco como medida de proteção a propagação das novas variantes da COVID-19 e do surto da gripe influenza H3N2, o deputado estadual Wanderson Florêncio acredita que o acolhimento ao setor cultural é necessária e por isso defende que o governo apresente uma proposta para os profissionais da cadeia produtiva o mais rápido possível.   

 Como complemento às medidas governamentais, Wanderson Florêncio propõe que o setor privado não sofra cancelamento de suas atividades, mas apenas adequação a protocolos mais rígidos e que nestes eventos sejam incluídos agremiações e artistas locais em suas programações.   

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“Nossa sugestão é que sejam incluídas agremiações como maracatus, caboclinhos, passistas, blocos líricos e os artistas locais na grade de programação desses eventos. Além de ser um ato solidário, ajudará a manter viva essas agremiações que são o expoente da nossa genuína cultura carnavalesca. Ganhará os eventos por imprimir a cultura pernambucana em sua marca e ganha também o setor cultural, que teria palco para se apresentar”, destaca Wanderson.   

“Esperávamos que o governo ao anunciar o cancelamento do carnaval já trouxesse as medidas voltadas ao setor cultural, mas isso não aconteceu, precisamos urgentemente da apresentação de como o Poder Executivo agirá em defesa da nossa cultura popular. Blocos tradicionais, maracatus, caboclinhos, escolas de samba, artistas e produtores locais precisam de uma retaguarda nesse momento”, finaliza Florêncio.

*Da assessoria 

Nesta quinta-feira (6), Pernambuco confirmou 31 casos de coinfecção de Covid-19 e Influenza A H3N2. Segundo o secretário de Saúde André Longo, um paciente de 77 anos, morador de Vitória de Santo Antão, na Mata Norte, precisou ser internado após apresentar sintomas gripais no fim de dezembro.

Longo reiterou a importância de se vacinar para os dois vírus e ressaltou que a coinfecção não significa necessariamente um quadro mais grave do que a infecção unitária. “Não há indício, porém, que a coinfecção aumente a gravidade dos casos, porque, ao contrário do que se faz sugerir por vezes, não há um duplo efeito", disse.

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Embora Pernambuco tenha passado mais de um ano sem registro de Influenza, conforme o gestor, a coinfecção já era esperada com a aceleração do contágio. "Apesar de terem criado agora até um nome para a coinfecção de Covid e influenza, nós sabemos que isto não é algo novo. Os primeiros registros se deram com a introdução da própria Covid-19 ainda em 2020, com notificação de casos em diversos lugares. Como ficamos por um longo tempo sem nenhuma circulação do vírus da influenza, isto ficou até esquecido, mas agora, com esta forte aceleração da contaminação, estamos vendo novos casos”, afirmou Longo. 

Os casos de coinfecção foram identificados em 17 homens e 14 mulheres nos municípios de Abreu e Lima (1), Caruaru (4), Cupira (1), Igarassu (1), Jaboatão dos Guararapes (4), Paulista (1), Recife (16), Salgueiro (2) e Vitória de Santo Antão (1).
As idades dos pacientes são: 0 a 9 (1), 10 a 19 (2), 20 a 29 (8), 30 a 39 (9), 40 a 49 (3), 50 a 59 (3) e 60 e mais (5), informou a pasta.

Com a disparada de doenças respiratórias em Pernambuco, dados apresentados pelo secretário de Saúde André Longo apontam que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) dobraram nos últimos 15 dias e a solicitação de leitos de UTI triplicou. Na coletiva de imprensa desta quinta-feira (6), o gestor fez um alerta aos municípios e convocou uma reunião com o governador Paulo Câmara (PSB) nesta sexta (7).

Pela terceira semana consecutiva, a alta dos indicadores de SRAG teve entre suas motivações o avanço da H3N2, que não circulava no Estado há mais um ano.

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Com 939 casos desde a semana passada, o índice subiu 59% em uma semana e 156% nos últimos 15 dias, informou o secretário.

O levantamento da Central de Regulação também preocupa com o registro de 797 solicitações de pacientes para internamento nas UTIs. A taxa representa o aumento de 80% em relação a penúltima semana de dezembro e 204% em 15 dias.

"Não haverá controle da doença se não houver um comportamento mais responsável por parte das pessoas quando forem sair de casa", advertiu.

Atenção aos idosos

Longo verificou que cerca de 20% dos idosos não tomou a vacina contra a gripe em 2020 e estipula como meta proteger 90% do público até fevereiro.

Mais ameaçados pelas doenças, pelo menos 64% dos leitos da rede pública voltaram a ser ocupados por idosos, que também são 67% de todos os casos graves de H3N2 e 60% das atuais mortes pela gripe.

A soma da Central de Leitos é de 1.701 vagas, sendo 857 de UTI. Na última quinzena, 378 novos postos foram disponibilizados para casos de SRAG e 150 de UTI, calcula a pasta. 

Afrouxamento do cuidado com os vírus

Não é só a circulação dos dois vírus explica a alta de casos graves. De acordo com o secretário, o desrespeito às medidas de proteção sanitária foram substanciais para o atual cenário. 

"Esse cenário de forte aceleração epidêmica está relacionado especialmente ao fato de termos baixado a guarda em dezembro e nesses primeiros dias de 2022. Estamos vendo as pessoas, especialmente os mais jovens, se expondo muito mais e muitas vezes sem guardar a proteção necessária e o uso da máscara", advertiu Longo.

Para alinhar as medidas de contingência e discutir com os prefeitos as principais demandas das cidades, o governador Paulo Câmara (PSB) convocou uma reunião com a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) para esta sexta (7).

A Secretaria da Saúde do Paraná confirma 375 casos e quatro mortes pela gripe influenza (H3N2), no estado; números contabilizados até essa quarta-feira (5). Do total de óbitos, três ocorreram ontem: um no município de Mandaguaçu e dois em Paranaguá.

Os pacientes, um homem de 64 anos e duas mulheres de 77 e 79 anos, estavam internados, tinham comorbidades e não se vacinaram contra o vírus Influenza no ano passado.

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A secretaria já considera a contaminação da gripe como comunitária, quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão.

O secretário da Saúde, Beto Preto, alertou a população sobre adoção de medidas que evitem o contágio. “Precisamos continuar nos cuidando com o uso de máscaras, álcool em gel e lavagem das mãos. Os casos têm aumentado consideravelmente todos os dias, acendendo um alerta para evitar uma possível epidemia de H3N2 no Paraná”, disse.

*Com informação do governo do Paraná

O balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirma que o número de mortes provocadas pela influenza H3N2 em Pernambuco subiu para 30 pessoas. Os casos também aumentaram e agora o Estado chega a 5.253 infectados pelo vírus. Os dados são de registros feitos até segunda-feira (3).

Nesta nova rodada de análises feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) foram obtidas 2.787 amostras laboratoriais positivas, sendo 19 novos óbitos.

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Dos 5.253 casos, 5.226 são de influenza A (H3N2) e 27 influenza A não subtipada. Do total de registros, até o momento, 371 (7,1%) apresentaram Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).

Ao todo, 30 óbitos, sendo 13 masculinos e 17 femininos, foram confirmadas para a influenza A (H3N2) e as idades dos pacientes variam entre 1 e 92 anos.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os pacientes apresentavam comorbidades e possuíam fatores de risco para complicação por influenza como diabetes, doença cardiovascular, doença renal crônica, cardiovasculopatias, hipertensão arterial e sobrepeso.

Nesta segunda-feira (3), a Prefeitura do Recife anunciou a abertura de 40 leitos no Hospital da Pessoa Idosa, em Areias, Zona Oeste do Recife, para tratamento de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (srag), causadas pelo vírus H3N2.

Desse total, 30 leitos são de enfermaria e outros 10 de UTI. A previsão é que, até o fim do mês, a unidade tenha todos os seus 70 leitos ativados para esta finalidade, caso necessário.

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"Essa é mais uma iniciativa da Prefeitura do Recife para amparar a população nesse momento de alta de casos de gripe na cidade. Já ampliamos a vacinação, anunciamos reforço de equipe e agora colocamos leitos à disposição, mas recomendamos sempre a cautela, o distanciamento social e o uso de máscara, além da higienização das mãos como forma de ajudar no combate às doenças respiratórias", disse o prefeito João Campos.

Os leitos montados pela gestão municipal estão sendo gerenciados pelo Sistema de Regulação Estadual. O ambulatório e o Serviço de Apoio e Diagnóstico da unidade de saúde seguirão com suas atividades normais, oferecendo exames laboratoriais e de imagem, além de consultas médicas e não médicas como as de psicologia, enfermagem e serviço social. 

A Prefeitura do Recife salienta que todos os cuidados de isolamento necessários serão mantidos para a segurança de pacientes ambulatoriais.

Na manhã deste sábado (1º) o prefeito do Recife João Campos visitou a Policlínica e Maternidade Professor Barros Lima, em Casa Amarela. No local funciona um dos Serviços de Pronto Atendimento do município voltado para os casos respiratórios. Na ocasião, o gestor municipal anunciou que vai contratar mais 126 trabalhadores da saúde para a rede municipal devido a epidemia de influenza - H3N2. Um investimento de mais de R$ 1 milhão por mês.

“Hoje é dia 1º de janeiro e a gente está visitando aqui a Barros Lima, estou na área da maternidade, mas aqui também funciona um SPA que é um serviço da Média Complexidade e faz o atendimento e o acolhimento das pessoas com doenças respiratórias. A gente está anunciando um incremento de 126 trabalhadores de saúde nas unidades de atendimento para pessoas que estão com sintomas respiratórios. Isso daí vai representar mais de R$ 1 milhão por mês que a Prefeitura vai investir para estar pronta e preparada para o crescimento do número de casos de influenza na cidade. Esses casos têm crescido dos últimos dias para cá, mas não tem crescido o número de casos graves e de óbitos, mas toda a estrutura tem que  estar pronta para fazer esse acolhimento”, explicou o prefeito do Recife. 

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“Então a gente faz, desde a Atenção Básica, o reforço nas equipes, a Média Complexidade em unidades como essa, a gente está aumentando as equipes que fazem as testagens, tanto para covid quanto para influenza, e a gente também aumentou as equipes do Atende em Casa. Então se você tem algum sintoma pode ligar para o Atende em Casa e todas as orientações serão repassadas. E a gente já está ficando pronto para garantir o atestado pelo Atende em Casa. Com trabalho e com seriedade, a gente vai enfrentando os desafios e desde o dia 1º a gente já vai mostrando qual é o nosso ritmo e qual é o nosso compromisso: trabalhar sempre e com muito respeito à ciência e à vida”, finalizou ele.

Para atender na Atenção Básica do Recife, serão contratados 12 médicos, 10 enfermeiros e 15 técnicos de enfermagem, todos plantonistas. Além disso, outras 13 pessoas serão convocadas para atuarem na área administrativa, totalizando 50 contratados. Já para a Média e Alta Complexidade, vão ser contratados oito vigilantes diurnos e um vigilante noturno, um total de nove plantonistas.

Para os postos de testagem, a PCR vai contratar 12 enfermeiros, 36 de técnicos de enfermagem, todos plantonistas. Ademais, quatro pessoas, diaristas, serão chamadas para a área administrativa. O total é de 52 pessoas. Por fim, o Atende em Casa terá um reforço de 15 trabalhadores: 10 médicos plantonistas e 5 enfermeiros plantonistas.

Na última segunda-feira (27), o prefeito João Campos se reuniu com a equipe da Secretaria de Saúde (Sesau) do município, em seu gabinete, e determinou a renovação por mais três meses do decreto de calamidade pública relacionado à pandemia. O objetivo foi garantir o reforço das estruturas de atendimento para que os recifenses que estejam com sintomas gripais possam receber a assistência adequada de forma mais rápida e eficiente.

Da assessoria

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, confirmou durante a coletiva da pasta nesta quinta-feira (30) que o estado passa por uma epidemia de gripe, influenciada principalmente pelo surto do tipo A da doença, a H3N2. “Estamos vivendo uma epidemia de H3N2 dentro da pandemia da Covid”, declarou Longo. Pernambuco acumulou mais de 2,4 mil casos de influenza nas últimas duas semanas e o número de óbitos subiu de cinco para 11.

Pela alta circulação da doença, os quadros de síndrome respiratória aumentaram, inflando a demanda por leitos de terapia intensiva no estado. Do total de registros, até o momento, 139 (5,6%) apresentaram Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

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Também durante a coletiva, a Secretaria de Saúde anunciou abertura de novos leitos de UTI no Plano de Contingência. De acordo com o gestor, nos últimos dias, o Governo do Estado abriu 193 vagas, sendo 36 de UTI. Ao longo das próximas semanas, ainda serão abertos mais 200 leitos, sendo 128 de terapia intensiva.

Os novos leitos foram abertos, a partir da última sexta-feira (24), nos hospitais Agamenon Magalhães (32); de Referência à Covid-19 Unidade Boa Viagem (10); Maria Lucinda (10 de enfermaria e 6 de UTI); Santa Maria, em Vitória de Santo Antão (20); Brites de Albuquerque, em Olinda (20 de enfermaria e 10 de UTI); Maria Vitória, em São Lourenço da Mata (15); Maria Vitória no Recife (10 de UTI); Evangélico (10); Apami Vitória (40); e Otávio de Freitas (10 de UTI). Nesta quinta-feira, ainda há a previsão de abertura de outros 20 leitos de UTI no Hospital Otávio de Freitas e no Memorial Guararapes. Atualmente, Pernambuco conta com 1.496 leitos para pacientes com SRAG, sendo 741 de UTI – a maior rede pública entre os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

“As contaminações estão ocorrendo dentro das residências. Então, se você tiver qualquer sintoma de gripe, faça o autoisolamento e coloque a máscara, mesmo estando dentro de casa. E precisamos de uma atenção toda especial com os idosos, as crianças e pessoas com comorbidades severas, que são mais suscetíveis ao agravamento. Este é um momento de proteger as pessoas que amamos. E as pessoas que amamos só estarão seguras se reforçarmos os cuidados individuais”, destacou o secretário estadual de Saúde.

Ao todo, dos 11 óbitos (sendo cinco masculinos e seis femininos), foram confirmados pela nova cepa do subtipo A (H3N2). Os pacientes eram residentes do Recife (6), Ipojuca (1), Olinda (1), Goiana (1), Tracunhaém (1) e São Lourenço da Mata (1). As idades dos pacientes variam entre 1 e 92 anos. As idades dos pacientes variam entre 1 e 92 anos. As faixas etárias são: 1 a 9 (1), 20 a 29 (1), 30 a 39 (1), 40 a 49 (1), 60 a 69 (5) e 80 e mais (2). Todos os pacientes apresentavam comorbidades e possuíam fatores de risco para complicação por influenza como diabetes, doença cardiovascular, doença renal crônica, cardiovasculopatias, hipertensão arterial e sobrepeso.

A Bahia registrou 673 casos de Síndrome Gripal (SG) por Influenza a H3N2, sendo 493 (73,3%) de residentes em Salvador, de acordo com o boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP) do Estado, nesta terça-feira (28).

Entre os casos notificados até a segunda-feira (27), evoluíram para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e necessitaram de hospitalização 114, e 8 evoluíram para óbito, sendo sete residentes em Salvador e um em Laje, representando uma taxa de letalidade de 7,1%.

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A maioria dos óbitos ocorreu na faixa etária acima de 80 anos (6 óbitos).

Os outros dois foram nas faixas de 60 a 69 anos (1 óbito) e 70 a 79 anos (1 óbito). Apenas um óbito não apresenta informações acerca da presença de comorbidade.

Monitoramento

O monitoramento da circulação de vírus respiratórios é realizado através da notificação dos casos de SRAG no sistema de informação SIVEP-GRIPE e de amostragem realizada por unidades sentinelas da Síndrome Gripal (SG).

Para efeito de notificação, segundo o boletim epidemiológico, "devem ser considerados os casos de SRAG hospitalizados ou os óbitos por SRAG independentemente de hospitalização".

Devido às instabilidades nos sistemas de informação do Ministério da Saúde, "o acesso aos dados de notificação de casos tem sido inconsistente e descontínuo, fazendo com que as informações permaneçam sujeitas a revisão", explica o boletim.

Testes laboratoriais podem ajudar a diferenciar casos de covid-19 ou de gripe comum e possibilitar o tratamento e o monitoramento adequado dos pacientes, de acordo com especialistas entrevistados pela Agência Brasil. Ambas doenças apresentam sintomas semelhantes, sobretudo nos primeiros dias, o que dificulta o diagnóstico clínico. Tosse, dor de cabeça, febre muscular, dor de garganta, coriza, vermelhidão nos olhos, olhos lacrimejantes. Todos são sintomas que podem ocorrer tanto nos casos de gripe como nos de covid-19. Os tratamentos, no entanto, são diferentes. 

Segundo o patologista clínico Helio Magarinos, diretor médico do Richet Medicina e Diagnóstico (RJ) e presidente regional da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial do Rio de Janeiro, a grande maioria dos casos de gripe se resolve sozinha. Já a covid-19 precisa ser monitorada, uma vez que os pacientes podem apresentar recaídas ou casos bastante graves. 

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Apenas em uma consulta médica, é difícil diferenciar as doenças. “Não é muito fácil fazer o diagnóstico clínico somente, precisa de testes que ajudam um pouco mais a fazer essa distinção”, diz Magarinos. 

Para o infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia Helio Bacha, é importante garantir que todos os pacientes sejam testados ao menos para covid-19. “É importante que o teste de covid-19 esteja disponível para todo mundo”, diz. “Elas [as doenças] têm histórico clínico diferente ao longo do tempo, mas os primeiros sintomas são muito parecidos, não dá para diferenciar: dor no corpo, mal estar, febre, sintomas de resfriado, rinite. Em alguns casos, temos na covid-19 uma evolução mais grave na segunda semana”.   

Além dos testes específicos voltados para a identificação de covid-19, laboratórios passaram a oferecer um novo teste, o covid multiplex, que utiliza a técnica de RT-PCR para detectar, além do vírus SARS-CoV-2, responsável pela covid-19, os vírus da Influenza A e da Influenza B, que são os dois principais causadores da gripe, e o Vírus Sincicial Respiratório, também conhecido pela sua sigla em inglês, como RSV, que atinge principalmente as crianças menores de 2 anos. O resultado do teste é liberado em até 48 horas e é realizado em raspados de nasofaringe, coletados através das narinas. 

Casos no Brasil 

O Brasil convive tanto com a pandemia de covid-19 quanto com uma epidemia de gripe em alguns estados. “A epidemia da covid, que teve um arrefecimento nos últimos dias, continua presente. Ainda corre risco, a gente está vendo o que está acontecendo em outros países com a nova variante. Não podemos relaxar”, diz Magarinos. 

 Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde indica que o Brasil tem mais de 30 casos registrados da nova variante do coronavírus, a Ômicron. As infecções pela Ômicron estão se multiplicando rapidamente na Europa, nos Estados Unidos (EUA) e na Ásia. Por isso, vários países retomaram medidas de distanciamento social.  O aumento do número de casos de gripe é um fenômeno que se repete ano após ano durante o outono e o inverno de cada hemisfério. Em 2021, entretanto, especialistas foram surpreendidos por uma epidemia que começou no Rio de Janeiro em plena primavera e dá sinais de já ter chegado a outros estados em pleno verão.

   Cuidados

Para se prevenir das duas doenças, é importante continuar a adotar medidas de prevenção contra vírus respiratórios, como usar máscara, evitar aglomerações e ambientes fechados e higienizar as mãos com frequência. Outro ponto importante é não sair de casa com sintomas de gripe.  “A epidemia não se espalha sozinha. É a gente que transmite”, disse a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flávia Bravo, em entrevista à Agência Brasil

O aumento de casos de infecções pelo vírus influenza no último trimestre deste ano tem atraído atenção para uma velha conhecida da humanidade. A gripe, como é chamada popularmente, tem gerado surtos regionais pelo país impulsionada pela introdução de uma nova cepa do subtipo A(H3N2), batizada de Darwin.

A primeira identificação da nova cepa no país foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras provenientes da cidade do Rio de Janeiro.

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Tipos de Influenza

Atualmente, são conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo, enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves. O tipo A da influenza é classificado em subtipos, como o A(H1N1) e o A(H3N2). Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata.

Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadigas.

H3N2

A cepa Darwin (recém-descoberta na Austrália) faz parte do tipo A. Nos últimos meses, ela contribuiu para um aumento de casos de gripe em um período atípico no Brasil – que, assim como os países do hemisfério sul, possui uma circulação maior do vírus influenza no inverno (entre julho e setembro).

De acordo com Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC, o grande número de pessoas infectadas com o vírus da gripe também é resultado da combinação de uma circulação reduzida do vírus influenza em 2020 com a baixa adesão à campanha de vacinação desse ano.

O pesquisador lembra que os cuidados para evitar o contágio e a transmissão da gripe são os mesmos que a população têm usado para frear a transmissão da Covid-19.

“Distanciamento social, evitar aglomerações, uso de máscaras, higiene constante das mãos e etiqueta respiratória. São medidas que vimos que ao longo do ano passado e que provavelmente fizeram com que várias viroses respiratórias desaparecessem de circulação. E, com certeza, mitigaram a transmissão do coronavírus”, afirmou Fernando Motta.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre o vírus influenza e o subtipo H3N2:

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Do Portal Fiocruz

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou neste sábado (18) três casos do vírus influenza A H3N2. Trata-se de duas mulheres, uma de 48 anos que reside na capital pernambucana, outra de 38 anos que trabalha no Recife, mas reside em Itambém, e um homem de 48 também recifense. Os casos vêm sendo investigados pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs/PE).

Os registros estão correlacionados e começaram a ser investigados após a mulher de 48 anos procurar o Cievs informando que o marido teve contato com trabalhadores que vieram de São Paulo e apresentou sintomas gripais. Ao realizar teste em laboratório particular o resultado deu positivo para influenza A e negativo para Covid-19.

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A outra mulher, de 38 anos, é funcionária do casal que testou positivo e começou a sentir os sintomas no dia 11 de dezembro. Todos negam viagem a outros estados.

Em nota, o secretário estadual de Saúde, André Longo, explicou que Pernambuco segue atento a todos os vírus que podem chegar a circular pelo Estado e, quanto aos casos de H3N2, foram tomadas as medidas necessárias para conter os danos, mas alertou que a população deve seguir higienizando as mãos e usando máscara.

“Pernambuco tem um sistema de investigação epidemiológica ativo e que analisa permanentemente quais os vírus estão circulando no Estado. Ao receber esse relato, foram realizadas todas as medidas necessárias para entender do que se tratava a ocorrência. Esse achado só reforça a importância do uso da máscara e a higienização das mãos, atitudes que ajudam a evitar diversas doenças, como a influenza e a Covid-19”, declarou André Longo.

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