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De acordo com a pesquisa mensal da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), de janeiro a julho de 2017, o nível de emprego na indústria de transformação paulista apresentou aumento de 0,37%, equivalente a oito mil vagas a mais em relação às contratações no mesmo período de 2016. Este resultado é o melhor apresentado desde 2013.

Entretanto, especificamente no mês de julho, houve retração de 0,08% - corte, em média, de 2 mil trabalhadores se comparado a maio. Dos 22 setores pesquisados, dois mantiveram-se estáveis, nove apresentaram ampliação no número de contratações e 11 tiveram que diminuir a quantidade de postos de trabalho.

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Dentre as ampliações nas vagas estão as indústrias de máquinas e equipamentos (1.426); produtos de borracha e de material plástico (1.142); veículos automotores, reboque e carrocerias (1.107). Os setores que mais apresentaram demissões foram: produtos alimentícios (2.070); produtos de metal (1.142); e couro e calçados (1.080).

O diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), Paulo Francini, avaliou que o resultado mostra uma estabilidade no mercado de trabalho. Por meio de nota, ele acrescentou ter sido uma surpresa o bom desempenho de empresas exportadoras. “Alguns setores, como máquinas e equipamentos, produtos de borracha e veículos automotores surpreenderam com contratações, influenciados pelas exportações, que têm ganhado fôlego.”

De acordo com dados divulgados hoje (24) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a balança comercial do estado apresentou superávit de US$ 2,9 bilhões no primeiro semestre de 2017. O crescimento foi de 11,8% nas exportações (US$ 28,7 bilhões) e de 4% nas importações (US$ 25,8 bilhões), em relação ao mesmo período em 2016

O município de São José dos Campos foi líder em exportações no estado, com US$ 4,3 bilhões entre janeiro e junho, o que representa alta de 48% se comparado ao mesmo período de 2016. Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação, matérias betuminosas, ceras minerais, aeronaves e aparelhos espaciais foram exportados. As importações somaram R$ 1,2 bilhão, recuo de 45,9% contra os primeiros meses de 2016. 

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Na segunda posição do ranking está a capital paulista com US$ 3,9 bilhões, queda de 10% na comparação com o primeiro semestre de 2016. São Paulo exportou açúcares e produtos de confeitaria (32,1% do total vendido). A capital apresentou aumento de 11,2% no setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. A cidade de Santos ficou com o terceiro lugar em exportações com US$ 2,4 bilhões, equivalente a 18,9% de alta. Foram destaque açúcares e produtos de confeitaria (36,5%).

Segundo o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, Thomaz Zanotto, “o aumento das exportações tem relação com o Plano Nacional de Exportações, mecanismos de financiamento às exportações e atividades da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos”.

Uma espécie de submarino amarelo - tal qual o da icônica canção dos Beatles, mas em tamanho "petit" e com sotaque baiano. Filho de pais brasileiros e alemães, o simpático robô subaquático FlatFish, na fronteira da inovação em manufatura avançada no País, promete revolucionar a inspeção de campos submarinos de petróleo - inclusive do pré-sal.

O escopo começou há três anos, mas no mês passado foi concluída a sua segunda fase, iniciada em agosto, com testes do protótipo na Baía de Todos os Santos. O projeto, no qual já foram investidos R$ 40 milhões, foi desenvolvido pelo Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), em Salvador (BA), em parceria com a BG Brasil, subsidiária da Shell, e com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e da ANP. O toque alemão vem da parceria com o DFKI, instituto referência em inteligência artificial.

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O equipamento pode realizar, de forma autônoma, inspeções de plataformas offshore, podendo permanecer submerso por meses. Entre uma missão e outra, ele fica "estacionado" em uma garagem subaquática, onde poderá se recarregar sozinho "O robô emite imagens de sonar, baseado em ondas acústicas, e em alta resolução", diz Antônio Mendonça, líder técnico do Senai e responsável pelo controle da operação. "Ele pode detectar quebras e outros problemas em tubulações, transmitindo os dados."

O principal ganho, afirma ele, é a redução drástica de custos. "O que o Flatfish tem capacidade de fazer hoje é realizado por um grupo de 200 pessoas, dentro de uma embarcação de apoio, com uma megaestrutura - que custa cerca de US$ 500 mil por dia", diz. "O robô, debaixo d’água, vai fazer inspeções frequentes, sem a necessidade de voltar para a superfície. O custo pode cair para US$ 100 mil por mês."

Na segunda fase, trabalharam 30 pessoas - 17 delas fixas. Os testes foram feitos em um catamarã, de onde lançavam o protótipo. O espaço, apesar de compacto, foi totalmente adaptado, com laboratórios, refeitório e até um elevador para um membro cadeirante.

"A equipe tem um francês e um alemão; de resto, todos são baianos", diz Mendonça, com orgulho. E não só baianos, como jovens - a média de idade é de apenas 24 anos.

O FlatFish passa agora para a terceira fase, de industrialização do produto. A Shell quer colocar a solução no mercado e já negocia com uma empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) anunciou, nesta segunda-feira (12), que a indústria acelerou o ritmo em 0,5%, no mês de abril em relação a março. 

No mês de abril, os principais avanços ocorreram em bens de capital (alta de 0,7%), que são equipamentos e máquinas de grande valor agregado, normalmente usados pelo setor produtivo para produzir mais. Na prática, mais bens de capital representam aumento de investimentos.

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Já os bens intermediários, que são produtos manufaturados e usados para produzir outros bens, avançaram 0,2% no período. A indústria extrativa mineral também apresentou bom desempenho no mês, avançando 4,4%; a de transformação cresceu 0,2%.

Dados da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-Regional) em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados hoje (9) indicam crescimento industrial de 0,6% em abril deste ano (2017). Este resultado positivo se aplica em apenas cinco dos 14 estados analisados. O destaque foi o avanço de 1,2% registrado em Santa Catarina, que eliminou parte da perda de 4% registrada em março.

Logo em seguida estão os estados de Pernambuco e Ceará, com variação de 0,6%, Minas Gerais com crescimento de 0,5%, inferior à média nacional de 0,6%. Já no Espírito Santo, a produção industrial ficou estagnada (crescimento de 0,0%) e repetiu o nível observado no mês anterior.

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De acordo com o IBGE, estes estados apresentaram maior dinamismo na fabricação de bens de capital, que são aqueles voltados para o setor agrícola e para a construção. Fabricação favorável em bens intermediários, que são os minérios de ferro, petróleo, celulose, siderurgia e extração de soja, e também de bens de consumo duráveis: automóveis e eletrodomésticos.

No caso do Amazonas, o estado eliminou parte da expansão de 5,5% verificada em março. No Rio de Janeiro houve interrupção na expansão, depois de três meses consecutivos de crescimento na produção (período em que acumulou ganho de 4% de taxas positivas). Goiás apresentou o segundo mês consecutivo em queda – retração de 4,5%.

As demais taxas negativas foram assinaladas por Rio Grande do Sul (-0,8%), Pará (-0,8%), Bahia (-0,7%) e São Paulo (-0,1%).

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) divulgou uma pesquisa relacionada a produção de motocicletas. De acordo com o estudo houve um recuo de 2,5% de janeiro a maio de 2017, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Foram produzidas 373.491 motocicletas este ano e nos primeiros cinco meses de 2016, foram fabricadas 382.970 unidades. Já em maio deste ano, foram produzidas 77.730 unidades, uma alta de 20,7% na comparação com o mês de abril (64.380 unidades). Em relação a maio do ano passado, o mês registra uma queda de 15,8%.

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Segundo a pesquisa, as vendas para as concessionárias chegaram a 67.859 motocicletas, alta de 10,6% sobre o mês anterior. Na comparação com maio do ano passado, houve queda de 22,2%. No acumulado do ano, foram vendidas 345.021 unidades, o que significa redução de 8% ante o mesmo período de 2016.

As exportações caíram 37,2%, com 3,519 unidades vendidas para o mercado externo em maio, ante as 5.606 unidades exportadas no mesmo mês de 2016. Em abril, quando foram enviadas 3.804 motocicletas a outros países, a queda foi de 7,5%. No acumulado de janeiro a maio, foram exportadas 24.767 motocicletas, volume 5,5% maior que o registrado em igual período do ano passado, com 23.477 unidades.

Com relação aos emplacamentos aumentaram 3,8%, com 79.533 unidades em maio, sendo que no mesmo período do ano passado, foram emplacados 76.644 unidades. No mês de abril houve crescimento de 22,4%. Segundo o estudo, a média de vendas por dia útil em maio foi de 3.615 motos, volume de 0,2% maior na comparação com a média de abril (3.609 unidades). No acumulado de janeiro a maio, as vendas totalizaram 355.464 unidades, uma queda de 10,3% ante o mesmo período de 2016.

De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), ao contrário de outros setores da economia que projetaram retração ou expansão mínima para este ano, a indústria de brinquedos espera crescer 10% em 2017.  “O brinquedo é desconectado desses problemas econômicos, vai direto ao coração”, diz o presidente da entidade, Synésio Batista da Costa.

O desempenho da indústria nacional de brinquedos tem crescido nos últimos oito anos. Segundo a Abrinq, desde 2009 o faturamento cresce continuamente, sempre com alta na produção nacional. Em 2016, o faturamento total da indústria foi de R$ 6 milhões. Este resultado significa crescimento de 7% em relação a 2015. “Em mais quatro anos a produção nacional deverá ficar com 70% do mercado”, acredita o presidente da Abrinq.

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Em primeiro lugar na preferência das crianças, segundo estatística da Abrinq, estão as bonecas e bonecos liderando as vendas com 18,7%, seguidos dos carrinhos (15,1%), patins, patinetes e veículos a bateria (12%) e os brinquedos que reproduzem o mundo real (10,2%).

Nas vendas por canais, destaque para o crescimento da participação da internet, que saiu de zero em 2009 e passou para 20,5% das vendas do setor no ano passado. As lojas especializadas são as campeãs de vendas, com 33,2%.

São Paulo é o maior mercado para a indústria do brinquedo no país, com 33%, seguido do Rio de Janeiro (9,8%), Minas Gerais (8,3%), Santa Catarina (6,6%) e Paraná (6%). Os dados, da Abrinq, referem-se às vendas de 2016.

De acordo com a Sondagem Industrial divulgada hoje (24) pela Confederação Nacional da Industria (CNI), o setor encontra dificuldades para superar a recessão econômica.

Segundo a CNI, o fraco desempenho reduziu o otimismo dos empresários e a perspectiva é de um número maior de demissões na indústria.

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Em maio, o indicador de expectativa sobre o número de empregados caiu para 48,7 pontos e continua abaixo da linha dos 50 pontos, que é a meta ideal. “Sem grandes perspectivas de melhora no cenário econômico, os empresários continuam pouco dispostos a investir”, diz a confederação. 

O índice de intenção de investimentos para os próximos seis meses ficou em 46,6 pontos em maio, uma queda de 0,4 pontos em comparação com o mês de abril. "Apesar do aumento de 7,2 pontos em comparação com o ano passado, as intenções de investir seguem baixas", afirma a pesquisa.

Faltam creches e escolas infantis no Brasil. Essa afirmação é o que se pode concluir dos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015, que relata que quase 75% das crianças com menos de 4 anos estão fora das creches e escolas infantis do Brasil. Um percentual muito distante da meta estipulada pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para 2024, de no mínimo 50% de acesso.

Isto significa que, dentre as 10,3 milhões de crianças nesta faixa etária no Brasil, 7,7 milhões não estão matriculadas na educação infantil. No Distrito Federal, são 21 mil crianças fora das escolas; 150 mil no Rio de Janeiro; Minas Gerais tem 733 mil – destacando-se como o segundo estado do país com o maior número de pequenos sem acesso à educação formal, atrás apenas de São Paulo com 1,2 milhão.

Claro que o Brasil deu passos largos na oferta de vagas em escolas, perseguindo os objetivos de universalização expressos no PNE. Porém, entre as 20 grandes metas do PNE, de julho de 2014, nenhuma foi atingida e entre elas, o acesso de todas as crianças de 4 e 5 anos à escola.

A Constituição Federal de 1988 garante o direito de acesso à escola a todos os cidadãos brasileiros. Entretanto, O acesso à educação é mais difícil nas áreas de periferia. A fila de espera numerosa e o sorteio de vagas nas creches são apenas alguns dos obstáculos para se chegar ao amplo acesso à educação. Quando a criança não tem garantido o acesso nem à educação básica, a situação pode se refletir em defasagens significativas na aprendizagem e na socialização que são difíceis de superar posteriormente.

O último censo divulgado, com dados de  2015, pelo Ministério da Educação (MEC) mostrou que a maioria das creches está localizada nas zonas urbanas (76,3%) e 40,7% das instituições são privadas. No entanto, apesar dos resultados mostrarem que essa é a única etapa da educação que apresentou aumento nas matrículas, 5,2% a mais que no ano anterior, a quantidade de creches no país não comporta todas as crianças que deveriam ser matriculadas.

É importante frisar que, tanto quanto ou até mais surpreendente do que a falta de acesso é a baixa qualidade da educação brasileira. Não é por acaso que somente 9% dos estudantes que concluem o Ensino Médio têm aprendizado adequado em Matemática. E se há algo muito errado na educação brasileira, o erro começa exatamente onde não deveria: na Educação Infantil, que repercute drasticamente no ensino superior, principalmente o privado.

Além da falta de vagas, há outros problemas que podemos citar: a falta de equidade; a baixa qualidade dos serviços educacionais nesta fase; a falta de investimento no preparo do professor; instalações inadequadas; a falta de um currículo para a educação infantil; entre outros.

Para mudarmos o Brasil é preciso entender que a educação, a começar pela infantil,  é a base de tudo. O principal problema do nosso país é que não conseguimos combinar crescimento da produtividade com avanço social.  Assim, a necessidade de termos uma educação infantil e creches que atendam à população em sua totalidade e promovam o aprendizado contínuo se faz, extremamente, essencial. Insisto que, melhorar a educação é fundamental para que o Brasil e qualquer sociedade cresça de forma sustentável no longo prazo com justiça social.

A produção industrial do Reino Unido caiu 0,4% em janeiro ante dezembro, segundo dados publicados nesta sexta-feira (10) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês). O resultado veio em linha com a previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal.

Na comparação anual, por outro lado, a indústria britânica ampliou a produção em 3,2% em janeiro. Neste caso, a projeção do mercado era de acréscimo um pouco menor, de 3%.

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O dado de produção industrial de dezembro foi revisado, para queda de 0,9% ante novembro.

Apenas a produção manufatureira do Reino Unido diminuiu 0,9% em janeiro ante dezembro, mas teve expansão de 2,7% na comparação anual. As projeções de analistas para a manufatura eram de recuo mensal de 1% e avanço anual de 2,5%. Fonte: Dow Jones Newswires.

A dificuldade das empresas em conseguir crédito no mercado também é retratada em uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). De um total de 430 indústrias de pequeno a grande porte, quase metade tentou contratar ou renovar alguma linha de crédito. Dessas, 11,7% tiveram o pedido recusado e 25,4% conseguiram menos de 60% do valor solicitado.

"As condições de crédito continuam muito ruins e, para a indústria, são piores. As empresas estão em grandes dificuldades, conhecidas pelos bancos", diz Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp.

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De acordo com a pesquisa, a situação foi pior entre aquelas empresas que buscaram crédito para pagar dívidas. Nesse grupo, 19,1% não tiveram o empréstimo aprovado. Para quem buscou linha de crédito para capital de giro, 11,6% não tiveram o crédito aprovado. Os motivos para a recusa dos bancos variou de garantias insuficientes ao elevado endividamento.

Mesmo para quem teve o empréstimo aprovado, as situações foram muito piores do que as do ano anterior. Algumas não aceitaram o crédito por causa do elevado custo e prazo curto.

Entre as empresas que tiveram o crédito recusado pelas instituições financeiras, o resultado foi o atraso ou renegociação com pagamento de fornecedores, cancelamento (ou redução) de investimentos e redução do quadro de funcionários. "É uma situação crítica que provoca um círculo vicioso. A elevação das margens e dos juros provocam inadimplência, que influencia na formação da taxa cobrada no mercado."

Segundo ele, diante da dificuldade de se financiar, uma das primeiras medidas adotadas pelas empresas é o atraso no pagamento de tributos. "A empresa não pode deixar de pagar funcionário porque senão a atividade para. O mesmo ocorre com fornecedores, que deixam de entregar a matéria-prima, por exemplo." Francini lembra que nos últimos três anos, o setor perdeu 500 mil empregos.

Para o pesquisador do Ibre/FGV e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público, José Roberto Afonso, historicamente era escasso o crédito para investimento de longo prazo, restrito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), hoje o crédito de curto prazo também sumiu. "Ou seja, as empresas não só ficam desestimuladas a se expandirem, como têm dificuldades até mesmo para produzir, contratar empregados e para funcionar no dia a dia." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em seminário realizado na manhã de quarta-feira (25), as projeções e perspectivas para a economia paraense e brasileira em 2017 foram discutidas. A programação foi organizada pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), por meio do Grupo Interinstitucional de Estudos e Análise Conjuntural (Geac). O evento reuniu representantes de instituições governamentais.

Durante o seminário, Eduardo Costa, presidente da Fapespa, explicou como o Estado do Pará deverá se manter no cenário da economia brasileira e mundial. De acordo com o presidente, o Pará tem uma perspectiva de crescimento de 1,27% do PIB, mas irá acumular um saldo negativo no mercado de trabalho. "Isso demonstra que o Estado do Pará está sendo fortemente impactado pela crise econômica nacional. De certa forma o comércio e a construção civil serão dois setores que contribuirão para essa desempenho negativo", informou.

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Segundo Raul Tavares, gerente do Centro Internacional de Negócios do Sistema FIEPA (CIN), a indústria extrativa vai responder praticamente por 86% de tudo que é produzido no Estado e comercializado no mercado internacional. De acordo com Raul, as projeções e a entrada em operação de novos projetos minerais farão com que o Pará tenha uma perspectiva de crescimento da indústria extrativa. "A perspectiva da indústria extrativa é de crescimento. Não podemos dizer da indústria de transformação, pois esta vem sofrendo processo de ajustamento em função de problemas externos", disse.

Noêmia Jacob, secretária de Estado e Gestão Estratégica, falou sobre um dos projetos que o governo do Estado está desenvolvendo para enfrentar a crise econômica. Segundo ela, um dos planos é o programa "Pará Sustentável", que busca o desenvolvimento a partir de questões ambientais. "Temos ações desenvolvidas em 14 cadeias produtivas distribuídas em cada região do Estado para que cada população possa ter o seu desenvolvimento econômico e associado a isso um olhar sobre os indicadores sociais", afirmou.

A secretária ainda destacou que a forma de produzir é um grande diferencial. "Sendo Amazônia não podemos produzir de qualquer forma. Temos que poduzir protegendo. Olhar para as questões poluidoras em geral e controlar o desmatamento. Então, penso que o olhar e as ações podem ser desenvolvidas a partir dessas questões", disse.

 

 

 

A produção industrial da zona do euro teve desempenho mais fraco do que o esperado em outubro, tanto na comparação mensal quanto no confronto anual.

Dados da agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, mostram que a produção da indústria do bloco teve leve queda de 0,1% em outubro ante setembro. Já na comparação anual, a produção cresceu 0,6% em outubro.

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Analistas consultados pelo Wall Street Journal previam aumento na comparação mensal de outubro, de 0,2%, e acréscimo anual mais expressivo, de 0,8%.

A Eurostat também revisou os dados de setembro, para queda mensal de 0,9% e ganho anual de 1,3%. Fonte: Dow Jones Newswires.

A produção industrial do Japão ficou estável em outubro ante setembro, segundo revisão publicada hoje pelo Ministério de Economia, Comércio e Indústria do país. Originalmente, havia sido estimado leve aumento de 0,1% na produção de outubro.

Os estoques da indústria japonesa diminuíram 2,1% na comparação mensal de outubro, dado que não sofreu revisão. Já os embarques aumentaram 2%, e não 2,2%, como se calculou inicialmente. Fonte: Dow Jones Newswires.

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A produção e o emprego continuam caindo na indústria brasileira. Os índices de evolução da produção e de emprego ficaram em 45,8 pontos em outubro, segundo a Sondagem Industrial da Indústria, divulgada hoje (21) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de 0 a 100 pontos. Índices abaixo de 50 pontos revelam queda da produção e do emprego. O fraco desempenho do setor está levando empresários a reverem a estimativa.

“A produção industrial, que costuma crescer em outubro, manteve o ritmo de queda do mês anterior e segue muito baixa, provocando elevada ociosidade no setor”, destacou a pesquisa. O índice de utilização da capacidade instalada caiu um ponto percentual em outubro na comparação com setembro e ficou em 65%. A pesquisa mostra ainda que os estoques estão dentro do planejado pelos empresários. O indicador de estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 50,6 pontos, próximo da linha divisória dos 50 pontos.

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O baixo volume de produção piorou as expectativas dos empresários industriais para os próximos seis meses. Os indicadores de expectativas de demanda, compra de matérias-primas, exportações e número de empregados ficaram abaixo dos 50 pontos em novembro. O número demonstra que os empresários esperam redução da demanda, das exportações, das compras de matérias-primas e dos empregos nos próximos seis meses.

A falta de perspectiva de recuperação no curto prazo reduziu a disposição de os industriais fazerem investimentos. O índice de intenção de investimentos ficou em 43,9 pontos em novembro. Mesmo com alta de 3,1 pontos em relação a outubro de 2015, o valor está 3,7 pontos inferior à média histórica, de 47,6 pontos para o mês.

A pesquisa foi feita entre 1º e 11 de novembro com 2.371 empresas industriais em todo o país. Desse total, 979 são pequenas, 862 são médias e 530 são de grande porte.

Como reflexo da queda do consumo e a retração do faturamento, quase sete em cada dez micro e pequenas indústrias paulistas enfrentam dificuldades para pagar o 13º salário dos funcionários neste ano. Para 17% delas, a situação é ainda mais grave e já se trabalha com a perspectiva de atrasar o repasse do benefício. Os dados são de um levantamento do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi).

As empresas paulistas correspondem a cerca de 40% do total de micro e pequenos fabricantes do País, segundo o Simpi.

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A fabricante de parafusos Tec Stam é uma das que terá de postergar o pagamento de fim de ano dos empregados. "É uma situação muito constrangedora. A segunda parcela, que deveríamos repassar para a equipe até dezembro, só vamos conseguir pagar em fevereiro, com recursos próprios", diz Humberto Gonçalves, sócio da firma.

Com os negócios em baixa, a empresa atrasou o cumprimento de contratos, o que a fez perder credibilidade com bancos e dificultou o acesso a crédito. "Fornecemos para diferentes segmentos, de máquinas e equipamentos a fabricantes de carrocerias para ônibus e caminhões, mas o capital fugiu, quem há dois anos tinha planos de investir teve de se preocupar em sobreviver, e diminuímos também. Hoje, a empresa opera com 30% de ociosidade.

Na indústria de cutelaria La Lupe, a queda estimada no faturamento em 12 meses até novembro é de 15%, o que também dificultará o pagamento do 13.º salário, segundo Sérgio Luiz Kyrillos, sócio da fabricante. "Estamos fazendo um esforço para não atrasar o pagamento, mas o ano está sendo cruel, sobretudo para quem faz artigos que não são de primeira necessidade."

Caso uma parte significativa dos micro e pequenos fabricantes atrase o 13.º, o impacto poderá ser grande nas vendas de Natal, lembra José Luis Oreiro, economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Os comerciantes já esperam vendas natalinas mais fracas para este ano, mas um consumidor com menos dinheiro no bolso e mais receoso de gastar pode fazer com que o nível de estoque nas lojas aumente e a indústria já começaria o ano que vem tendo de contrair a produção e demitir mais gente. É um cenário alarmante para todos."

Segundo Oreiro, a retração do mercado interno é ainda mais impactante para os fabricantes de menor porte, que não têm condições de exportar seus produtos, mesmo em um cenário de dólar mais valorizado. "Fica cada dia mais difícil reverter essa situação, em que as empresas operam com capacidade ociosa e sem perspectiva de melhora no consumo interno. Se nada for feito, pode chegar um momento em que a economia atinja um ponto de ruptura, caso a recessão se aprofunde."

Ele lembra que muitos Estados em crise já atrasam pagamentos de servidores e, caso a iniciativa privada tenha de fazer o mesmo, não haverá como evitar um Natal mais magro.

Conta atrasada

O cenário atual do mercado interno é negativo para qualquer lado que se olhe, mas os pequenos industriais têm uma fragilidade maior do que as empresas grandes quando precisam recorrer aos bancos em busca de crédito, lembra Gustavo Loyola, da Tendências Consultoria.

Nesse contexto, a maior restrição a empréstimos, que afeta a todos, acaba sendo mais perversa com os menores, o que também reduz as suas possibilidades de defesa durante a recessão econômica, avalia.

Em outubro, 11% dos empresários disseram ter deixado de pagar seus fornecedores no mês anterior e 19% admitiram não conseguir honrar dívidas com bancos ou financeiras, ainda de acordo com o levantamento do Simpi.

"É como uma bola de neve. A receita diminuiu e, sem recursos para arcar com seus custos operacionais, as empresas se tornam inadimplentes. O passo seguinte é cortar na carne e atrasar os benefícios dos funcionários", diz Joseph Couri, presidente do sindicato.

"Outubro e novembro são meses em que a produção nessas empresas costuma estar em alta, para atender às demandas de Natal do comércio, mas não é o que se vê neste ano. As máquinas estão paradas. Sem facilitar o acesso ao crédito para os micro e pequenos, não há muito o que o empresário possa fazer para tentar se reerguer." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A volta do crescimento da indústria no Brasil não se dará antes de 2018. Essa é a avaliação do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, que acompanhou a visita do presidente Michel Temer a Tóquio, no Japão.

Para o líder empresarial, o retorno do crescimento é moroso pela necessidade de se construir um "ambiente propício". "Essa recuperação não é imediata", entende. "O crescimento da indústria depende, além do otimismo que retornou e está retornando para o empresariado - o que já é importante -, do aumento do mercado interno e das possibilidades de exportações."

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Ainda segundo Andrade, a demanda interna precisa ser reaquecida, ao mesmo tempo em que o governo precisa retomar as negociações de acordos comerciais que estimulem as vendas ao exterior.

"As exportações dependem muito dos acordos internacionais que o Brasil está correndo atrás para fazer. E o mercado interno depende de confiança que está sendo readquirida, de investimentos, de geração de emprego", diz. "Eu acho que em 2016 nós estabilizamos, paramos de perder. Acho que 2017 vai ser um ano em que vamos começar a plantar para recuperar, mas o crescimento da indústria mesmo é em 2018."

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Na quarta-feira, 19, também em Tóquio, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou que apoia a política macroeconômica e o programa de concessões e privatizações do governo de Michel Temer. A declaração foi feita em dois momentos do encontro bilateral entre os dois líderes políticos. De acordo com o premiê, o Brasil "representa um enorme mercado, e a abertura pode tornar esse mercado ainda mais atraente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pernambuco deu um leve suspiro na economia. No segundo trimestre deste ano, o estado teve uma elevação real de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em comparação com o primeiro trimestre de 2016. O fato, entretanto, tem que ser acompanhado com cautela porque com relação ao segundo trimestre do ano passado, a queda é de 3,5%. Se for considerado o primeiro semestre, aí a redução está em 6,7%. 

Ao todo, o PIB do segundo trimestre alcançou R$ 38,5 bilhões. Para o presidente da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), Flávio Figueiredo, o cenário atual da economia pernambucana é de estabilização “e aponta para uma retomada do crescimento, que deve ocorrer realmente em 2017”, destaca. 

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O setor da indústria foi o que apresentou o melhor desempenho, com um crescimento de 8,8% com relação ao primeiro trimestre do ano. Segundo o diretor executivo de estudos e pesquisas da Agência Condepe/Fidem, Maurílio Lima, o desempenho no setor foi impulsionado pela melhoria nas indústrias da transformação e da construção civil. “Houve uma reação na área de construção civil, que mais contrata mão de obra”, explica. 

O segmento de serviços, o mais importante de Pernambuco, registrou um aumento muito pequeno, de 0,8%. Já na agropecuária, houve queda de 4,1%. Com relação ao setor de serviços, a análise dos especialistas é que o empresariado voltou a investir no mercado mas o consumidor ainda não confia para voltar a consumir como antes. Já o decréscimo na agropecuária seria principalmente devido a fatores climáticos, que afetaram as lavouras e a pecuária.

No Brasil, houve um decréscimo de 0,6% no PIB do segundo trimestre de 2016 na comparação com o primeiro trimestre e de 3,8% se comparado ao mesmo trimestre de 2015. Pernambuco mostrou uma situação do PIB melhor do que alguns outros estados que adotam a análise sazonal, como Bahia (- 3,7%) e Minas Gerais (-2,8%). 

O recente aumento nas importações no País parece esconder uma boa notícia sobre a atividade econômica. Os dados desagregados da balança comercial sugerem que há uma recuperação não apenas nos investimentos, mas também na produção industrial. As informações constam de um novo índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Indicador Mensal da Balança Comercial trará informações sobre a variação dos índices de preços das exportações e importações brasileiras, e também a variação de volume das exportações e importações.

Obtido com exclusividade pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o levantamento mostra que o volume importado de bens de capital em agosto aumentou 16% em relação ao mesmo período de 2015. Ao mesmo tempo, houve um salto de 41% nas importações de bens intermediários, que estão ligados à retomada da produção industrial.

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"Os resultados indicam uma melhora futura, porque os bens intermediários estão muito ligados à indústria. Se você começa a importar de forma consistente, pode significar uma retomada da produção industrial", lembrou Lia Valls, coordenadora de Estudos do Comércio Exterior do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).

O bom desempenho também foi influenciado pelo impacto positivo da valorização do real ante o dólar e da queda nos preços de itens importados. Mas a pesquisadora pondera que, no acumulado de janeiro a agosto, o volume de importação de bens intermediários ainda registra queda de 10,2%, embora o de bens de capital avance 11,7%.

As exportações brasileiras de bens de capital também cresceram no período, acumulando um avanço de 29,5% em 2016.

As demais categorias em uso também exportaram mais de janeiro a agosto em relação ao mesmo período do ano passado, um bom sinal sobre a atividade da indústria de transformação: bens de consumo duráveis (35,2%); bens de consumo não duráveis (6,8%); bens de consumo semiduráveis (15,8%); e bens intermediários (10,2%).

Em agosto, o volume de exportações de não commodities saltou 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o das commodities aumentou 2,4%. Segundo a FGV, as exportações brasileiras foram impulsionadas por acordos comerciais para vendas de automóveis, além de aviões e plataformas de petróleo.

"Está começando a reagir, mas pode arrefecer. Esse aumento de agosto pode ter sido pontual, porque quando você exporta uma plataforma de petróleo isso pesa muito, avião também", disse Lia.

No mês de agosto, o saldo da balança comercial foi de US$ 4,2 bilhões, com crescimento de 10% nas exportações e alta de 0,4% nas importações em relação ao mesmo mês de 2015.

O Indicador Mensal da Balança Comercial integra o conjunto de informações usadas para o cálculo do Monitor do PIB da FGV e agora passará a ser divulgado individualmente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O lucro das maiores empresas do setor industrial da China subiu 19,5% na comparação anual de agosto, depois de avançar 11% em julho, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) do país. O acréscimo no lucro foi o maior desde agosto de 2013.

Os ganhos de companhias da indústria chinesa com receita anual superior a 20 milhões de yuans totalizaram 534,8 bilhões de yuans (US$ 80,3 bilhões) em agosto.

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No período de janeiro a agosto, o lucro industrial chinês aumentou 8,4% em relação a igual período do ano passado. Entre janeiro e julho, os ganhos do segmento industrial haviam mostrando expansão anual de 6,9%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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