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O pacote anunciado nessa quarta-feira, 17, pelo presidente argentino, Mauricio Macri, para tentar amenizar a crise não será suficiente para reverter a trajetória de queda da economia - nem reduzir os impactos que a recessão no país vizinho tem causado no Brasil. O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, projeta uma recessão de 2,2% na Argentina em 2019 e nessa quarta revia para baixo a estimativa de crescimento da indústria brasileira por causa da queda esperada nas exportações para o país. O novo número será divulgado apenas na próxima semana, mas será inferior ao 1,9% que havia sido calculado em março.

"No fim de 2018, esperávamos uma melhora na Argentina no segundo semestre deste ano. Essa expectativa não se configura mais. A notícia de hoje (quarta-feira), de se mexer nos preços dos produtos, é péssima, é um sinal de que as coisas saíram do controle", disse Luana Miranda, economista do Ibre. "Estamos finalizando a nova projeção da indústria, muito em parte por causa do efeito argentino", acrescentou.

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Em recessão, a Argentina deve reduzir ainda mais as compras de produtos brasileiros, principalmente de itens industrializados. Luana destaca que, entre janeiro e abril de 2018, os embarques do Brasil para o país cresceram quase 8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Após a chegada da crise - entre maio e dezembro -, eles despencaram 30%. No acumulado de 2019, o recuo chega a 48%.

Além de prejudicar as exportações e a indústria brasileira, situação argentina serve de alerta para o País, diz o economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos. "O excesso de gradualismo é uma estratégia de risco alto, que depois pode criar a necessidade de um ajuste econômico e social mais forte", afirma, em referência a política de Macri de fazer um ajuste fiscal lentamente. O gradualismo é apontado por economistas como um dos responsáveis pela crise argentina.

Ramos destaca ainda que, no Brasil, se fala da necessidade de se fazer um ajuste desde o fim do primeiro mandato de Dilma Rousseff. Até agora, porém, muito pouco foi feito. "Estamos incubando vulnerabilidade." O economista compara o cenário argentino atual com o do Brasil do fim de 2014, quando Joaquim Levy assumiu o ministério da Fazenda e as expectativas estavam desancoradas, o câmbio desvalorizado e a inflação subia apesar dos altas na taxa de juros básica, a Selic, impostas pelo Banco Central. "A situação argentina é muito parecida, mas num patamar muito maior."

Janela de oportunidade

Para o economista Fabio Giambiagi, a crise no país vizinho mostra a "importância de não se perder uma janela de oportunidade" para fazer um ajuste. Na Argentina, diz ele, havia esse espaço no começo do governo Macri, quando o mercado estava de lua de mel com o presidente.

Giambiagi destaca, no entanto, que, apesar de também ter a necessidade de passar por um ajuste fiscal, o Brasil está em uma situação melhor que a da Argentina, pois não há descontrole de preços nem déficit de conta corrente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O termo “nova economia” foi utilizado pela primeira vez em 1996, pela revista norte-americana BusinessWeek e fala da transição de uma economia baseada na indústria para uma economia baseada nos serviços. Apesar de já se terem transcorrido 23 anos, a expressão se mantém atual, pois o cenário econômico mundial tem se renovado, e cada vez mais rapidamente. Com o desenvolvimento das novas tecnologias, a economia de serviços ganha força e impulsiona o crescimento das startups.

Nesse cenário, a inovação e a disrupção são as palavras de ordem. O foco deixa de ser o ambiente físico para ser o virtual. E é assim que surgem as grandes empresas nascidas em garagens, as startups que explodem criando soluções que mudam paradigmas e facilitam a vida das pessoas. Essa nova economia é composta por quatro tipos de negócios: os criativos, os sociais ou de impacto, os inovadores e os escaláveis.

A disrupção é sempre presente na realidade da nova economia. Se, antes, uma empresa dependia das demandas do mercado, hoje ela própria cria uma necessidade. Imagine que, 15 anos atrás, os smartphones nem existiam e todo mundo vivia muito bem sem eles. Hoje, é quase impensável para muitas pessoas sair de casa sem seu aparelho. Acontece que rompeu-se um paradigma de mercado com o surgimento de um novo nicho, mais moderno e tecnológico. Isso é disrupção.

Na era da nova economia, empresas que não trabalham com disrupção correm grande risco de ficar para trás na competição pela clientela. Afinal, estamos permanentemente conectados e o ambiente digital tornou-se parte do dia a dia. Quem não se utiliza desse meio de infinitas possibilidades acaba se restringindo e não consegue alcançar o público que poderia.

Essa característica volátil e mutável do mercado se reflete na forma como as empresas se comportam atualmente. Estima-se que os negócios tenham tempos de vida mais curtos – de três a cinco anos. Se isso significa que estão fadados à morte? De jeito nenhum, caso consigam se reinventar e adaptar às novas realidades que se apresentam a cada momento. É um trabalho árduo e complicado, que requer muita atenção ao mercado e ao público, mas necessário para quem quer sobreviver. Em suma, a nova economia exige muito mais dedicação dos empreendedores e empresários para que suas companhias se mantenham sempre competitivas.

A produtora de videogames Activision Blizzard anunciou que demitirá cerca de 800 pessoas, apesar de ter registrado uma receita recorde em 2018. A empresa faturou US$ 7,5 bilhões no ano passado, ante US$ 7 bilhões em 2017.

Os games de sucesso publicados pelo grupo incluem "Call Of Duty", "Overwatch" e "Candy Crush Saga". A Activision Blizzard é formada por vários estúdios, incluindo a editora de Crash Bandicoot, a Activision, a Blizzard, e a gigante dos jogos para celular, King.

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A Activision Blizzard tem cerca de 9.600 funcionários e 8% deles serão demitidos. Segundo a empresa, a maioria dos cortes não está relacionado aos departamentos de desenvolvimento de jogos. O estúdio de games para celular Z2Live, sediado em Seattle (EUA), será totalmente fechado, com a perda de 78 funcionários.

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Depois que a recessão ficou para trás, a recuperação gradual da atividade econômica em 2017 trouxe esperança de dias melhores no setor industrial. Mas 2018 revelou-se como uma sucessão de baldes de água fria. Quatro em cada 10 segmentos da indústria de transformação encerraram o ano em crise, segundo levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) obtido com exclusividade para o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Dos 93 subsetores industriais investigados, 37 enfrentavam uma crise de moderada a fulminante, ou seja, 40% dos segmentos industriais acumularam uma queda na produção maior que 1% no ano em relação a 2017. Outros 14 segmentos ficaram estagnados.

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O levantamento foi feito com base na Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o Iedi, 2018 trouxe maior fragilidade para a recuperação industrial, com uma desaceleração bastante disseminada entre os segmentos pesquisados.

Segundo Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi, os segmentos que lideraram as quedas (ver ao lado) são muito ligados aos fluxos de renda e à desaceleração do setor industrial como um todo. "Entre os que estão com melhor desempenho, há vários que tinham uma base de comparação muito baixa ou com perfil muito exportador, como fabricantes de papel e celulose, produtos de carnes, caminhões e ônibus, tratores e equipamentos agrícolas."

Pelo menos cinco dos 37 subsetores em crise em 2018 pertenciam à indústria têxtil. "Os anos de 2015 e 2016 foram uma catástrofe. Em 2017, crescemos. Terminamos o ano numa trajetória positiva, e nosso prognóstico para 2018 era um PIB com crescimento em torno de 3%", lembrou o presidente da

Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Valente Pimentel.

Segundo Pimentel, 2018 ia razoavelmente bem até abril. Em maio, a greve de caminhoneiros começou a mudar o rumo do setor. "Esse quadro foi muito frustrante", definiu Pimentel.

A greve dos caminhoneiros provocou uma desorganização da produção industrial brasileira, reforçou Bernardo Almeida, analista da Coordenação de Indústria do IBGE. "Além disso, as incertezas eleitorais prejudicaram as decisões tanto de consumo quanto de investimentos.", enumerou Almeida.

A indústria nacional cresceu 2,3% no primeiro semestre de 2018, em relação ao mesmo período do ano anterior. No segundo semestre, a conjuntura menos favorável se traduziu num freio na produção, houve apenas ligeira alta de 0,1%, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE.

Almeida lembra que a indústria encerrou o ano com avanço de 1,1%, mas ainda sustentada pelo desempenho positivo do início de 2018. "Nós corremos o risco de trocar um processo de recuperação por um processo de banho-maria, de andar de lado", alertou Rafael Cagnin, do Iedi. "A contar pelo quarto trimestre de 2018, o primeiro trimestre de 2019 vai ser difícil, há um ajuste. Foi um freio muito forte ao longo do ano passado inteiro. O ano de 2019 vai depender muito de quais indicativos que a equipe econômica vai dar. Apesar dos indicadores econômicos mais favoráveis, ainda há incertezas no cenário doméstico", acrescentou.

Melhora

As perspectivas para este ano, porém, ainda são otimistas. Em 2019, o mercado externo deve atrapalhar menos a indústria, enquanto a demanda doméstica pode ajudar mais, prevê o superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Aloisio Campelo.

"O desempenho deve ser melhor do que no ano passado ao longo dos trimestres, mas não será exuberante, até porque a Pesquisa Industrial Mensal traz um carregamento estatístico negativo", disse Campelo. "No segundo semestre, a indústria pode ganhar um pouco mais de ritmo, dependendo da aprovação das reformas que estão sendo apresentadas pelo governo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Responsável pelo funcionamento da indústria, o engenheiro mecânico é o construtor de máquinas para o bem estar do homem. O profissional projeta, executa e realiza a manutenção de máquinas e ferramentas para indústria e sistemas de automação de produção.

Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2017, levantamento contendo detalhes do ensino superior no ano e realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), quase 132 mil pessoas realizaram matrículas nos 374 cursos de graduação na área oferecidos no Brasil. Desse total, 35.237 começaram a engenharia em uma instituição pública, enquanto 96.612 se matricularam na graduação privada.

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De acordo com a Federação Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial, o dia do engenheiro mecânico é comemorado em 5 de julho, como forma de homenagem ao profissional Delmiro Gouveia (1863-1917), responsável pela interiorização do desenvolvimento do país.

Um manual intitulado “Salário Mínimo”, publicado pela primeira vez em 1995 pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), indica o salário mínimo do profissional de engenharia. Segundo o documento, para uma jornada de trabalho de seis horas diárias, calcula-se seis vezes o valor do salário mínimo em vigor. O valor resultante que deve ser considerado o piso do engenheiro.

Estudante do décimo período de engenharia mecânica da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, Dilson Silva entrou na graduação porque já tinha experiência na área. “Trabalho há dez anos com mecânica, fiz o curso técnico e tive a oportunidade de, em 2013, ingressar no superior”, conta. O planejamento do rapaz ao terminar sua formação é alcançar um mestrado. “Após terminar aqui vou fazer um mestrado para tentar ser professor”, explica Dilson.

Thiago Goudard, 23, está no nono período de engenharia mecânica e a escolha da profissão foi diante de sua experiência anterior no curso técnico. “Eu queria fazer engenharia da computação, inclusive comecei a graduação, mas também iniciei um curso técnico de mecânica industrial. Quando eu vi o que realmente era o curso, gostei e mudei minha graduação”, relembra.

Ramos de atuação

Segundo a coordenadora do curso de engenharia mecânica da UNINASSAU, Adriane Mendes, o profissional terá várias áreas a seguir após formado. “Ele pode atuar desde pequenas indústrias, na elaboração de máquinas, até mesmo nas grandes companhias. Além disso, ele também pode desenvolver sua atuação no campo acadêmico, se tornando um docente”, conta a professora.

O engenheiro e professor Daniel Ricardo afirma ter escolhido a docência por afetividade. “Eu amo ensinar, então quando saí da faculdade fui direto para o mestrado. Defendi minha dissertação e agora sou professor”, conta o docente.

Ele ainda explica que alguns colegas de profissão estão em áreas totalmente diferentes. “O campo de atuação na engenharia mecânica é muito grande. Tenho amigos de faculdade que estão atuando no setor automobilístico e até mesmo na construção de turbinas eólicas”, diz o professor Daniel Ricardo.

Sonho de ser engenheiro

Almejando entrar na graduação de engenharia mecânica, Jeiel André, 19, está finalizando seu curso técnico em mecânica industrial. “Quando acabar, vou iniciar meus estudos como engenheiro mecânico. Imagino que terei noção de mais coisas do que tenho agora e vou saber fazer algumas máquinas que ainda não sei. A graduação só vai ter a acrescentar para mim”, comemorou o rapaz.

O sonho do estudante é entrar em uma indústria. “Quero muito ir para uma empresa e poder colocar em prática tudo o que aprendi no técnico e vou aprender na graduação. Após consolidado no mercado, quero ir em busca de um mestrado e quem sabe ensinar”, revela Jeiel.

Confira abaixo o vídeo com mais detalhes sobre o curso de engenharia mecânica:

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À frente da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia do governo Bolsonaro, o economista Adolfo Sachsida vai preparar a comunicação de defesa das reformas que serão necessárias para o ajuste das contas públicas.

Segundo ele, a ideia é apresentar, antes mesmo das críticas que virão em relação às medidas, informações técnicas que mostrem a importância da aprovação das mudanças. Esse trabalho até já começou, no caso da defesa do corte das alíquotas das contribuições do chamado Sistema S (que inclui entidades como Senai, Senac e Sest). Sachsida disse que o corte representará dinheiro no bolso das empresas. "Precisamos de medidas que sigam a seguinte linha: todos que podem vão contribuir com o ajuste", afirmou.

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Qual será a prioridade da nova Secretaria de Política Econômica?

A função será formular a política econômica e preparar as narrativas para as reformas. Preparar um amplo conjunto de evidências para acompanhar as reformas. Nós identificamos que, na vez passada, o governo (Temer) teve um problema de comunicação. Muitas vezes, ele saía atrás. A questão da reforma da Previdência foi emblemática. O governo estava, no fundo, atacando os privilégios, mas a narrativa ficou contra ela. Então, toda vez que houver uma medida, vamos preparar informações técnicas de resultados empíricos dando suporte às medidas do governo. Não é que o governo está querendo mudar algo porque é mau, ruim, neoliberal. Precisamos mostrar que alguns ajustes na economia vão ser necessários.

Quanto à reforma da Previdência, há uma grande expectativa?

Existe, sim. Mas, se me permite, eu gostaria de falar sobre o Sistema S. Nós temos hoje no Brasil 12 milhões de desempregados, 13 milhões em subemprego. São 25 milhões de pessoas em situação financeira terrível. Temos de resolver essa situação. Ao mesmo tempo, existe uma herança maldita do PT. Ele acabou com as contas públicas. Elas estão esgotadas. Nós precisamos ajudar os desempregados, mas, ao mesmo tempo, não temos dinheiro. Acabou o dinheiro. Então, precisamos de medidas que sigam a seguinte linha: todos que podem vão contribuir com o ajuste. Nessa linha, temos de procurar como é possível dinamizar o emprego, mas sem usar dinheiro público. Precisamos que outros ajudem. Vamos identificar.

Como assim?

Nós sabemos que, se abaixar o custo de contratação do trabalho, vai ter mais emprego. Onde podemos fazer isso? Vamos procurar. Uma das possibilidades é no Sistema S. Ele cumpre várias funções importantes. De maneira alguma eu quero dizer que o Sistema S não é bom. Ele cumpre várias tarefas extremamente importantes. Contudo, quanto será que ganha um diretor do Sesi, do Senai? Quando olhamos salários, me parece que o salário dos dirigentes do Sistema S estão acima do mercado. Não é pouco.

A transição já mapeou esses salários?

Já tem isso. Eu prefiro não falar valores para não constranger, mas ela já existe. Os salários estão razoavelmente acima do mercado. Eu prefiro não falar valores. Existe gordura para queimar. Aí, você vai lá e olha a sede do Sesi e do Senai. São sedes que estão num padrão acima do que seria de se esperar de um país com a renda do Brasil. Temos duas vertentes que mostram que têm gordura. Se começa a gastar muito dinheiro com salários dos dirigentes e com as sedes, é menos recurso para treinamento.

Como vai queimar essa gordura?

Vamos queimar não é para o dinheiro ir para o governo. É para o dinheiro ficar na empresa. Para ela ter mais dinheiro para investir, contratar mais funcionários. Essa é a medida que temos hoje e estamos propondo. É uma medida pró trabalhador.

Significa cortar em quanto as alíquotas que as empresas pagam?

Eu deixo para o ministro Paulo Guedes responder. Ele já citou alguns números. Essa decisão é dele. O que nós estamos mostrando é que existe uma lógica econômica por trás disso.

A ex-presidente Dilma também propôs mudanças na desoneração da folha...

Não é a mesma coisa. Têm duas grandes diferenças entre o que a Dilma fez e o que estamos fazendo. A primeira, e que pouca gente fala, é que a desoneração da Dilma era temporária, transitória. Não era algo permanente. Se você chega para a empresa e diz que vai pagar menos imposto, mas que no ano que vem aumenta de novo, ela vai investir? Não, ela põe o dinheiro no bolso. A segunda diferença é que era para setores específicos, não para toda a economia. O que nós estamos fazendo é uma redução permanente e para todos. Todas as empresas que contribuem para o Sistema S vão contribuir um pouquinho menos agora e de maneira permanente.

Para reduzir, as alíquotas, no entanto, será necessária aprovação de projeto no Congresso e o governo precisará de apoio para fazer a mudança...

Perfeito. Ninguém fará nada de maneira tempestiva. Estamos falando sobre a SPE e a primeira entrevista é sobre o Sistema S. Justamente porque estamos chamando a discussão.

A pressão contrária será muito grande?

É um vespeiro, mas como eu disse: todos que podem vão ter de dar a sua contribuição. E eu apontei dois indícios muito claros que existem gorduras. O Brasil precisa desse dinheiro. Mas o governo não vai pegar o dinheiro do Sistema S e colocar no bolso. O que eu estou falando é: vamos deixar parte desse dinheiro nas empresas.

Quanto?

O Sistema S arrecada cerca de R$ 18 bilhões por ano. Então, dá para deixar alguns bilhões nas empresas. Algumas empresas vão aproveitar essa folga no caixa para contratar mais gente e outras vão aproveitar para pagar contas. O efeito global na economia é que o custo de contratação vão diminuir. As empresas vão contratar mais. A rentabilidade vai aumentar e haverá incentivo ao investimento.

A exemplo das mudanças no Sistema S em elaboração, o governo avalia outras medidas?

Sim, tem um amplo conjunto de medidas que estamos analisando, sempre tentando desburocratizar a economia.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou alta de 0,5 pontos e atingiu 94,8 pontos em dezembro. A segunda alta seguida do setor, apesar de ele ainda apresentar um ritmo moderado de atividade, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (27).

"Mesmo após a segunda alta consecutiva, a confiança do setor industrial segue abaixo dos níveis alcançados no primeiro semestre do ano e sinaliza um ritmo morno de atividade na virada para 2019", explica o superintendente de estatísticas públicas da FGV, Aloisio Campelo Jr. "Em relação à situação corrente, a boa notícia do mês foi a melhora sobre a demanda interna, sugerindo um quadro de normalidade", acrescenta.

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No último mês do ano, 11 dos 19 segmentos pesquisados apresentaram melhora na confiança. O Índice da Situação Atual (ISA) teve alta de 1,8 ponto, para 96,0 pontos, em seu segundo avanço seguido.

Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE) se manteve em queda e recuou 0,7 ponto, para 93,8 pontos, seu menor nível desde junho de 2017. "Apesar disso, as expectativas para a evolução da produção e do emprego no horizonte de três meses continuam refletindo a perda de fôlego observada pelo setor nos meses anteriores. Mas no horizonte de seis meses, as empresas sustentam uma visão otimista para os negócios", afirma Campelo Jr.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) também apresentou queda em dezembro, com recuo de 0,6 ponto percentual, para 74,6%, o menor patamar desde outubro do ano passado.

A produção industrial do Reino Unido teve desempenho pior do que o esperado em outubro, prejudicada pelo resultado da manufatura.

Dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) mostram que a indústria britânica produziu 0,6% menos em outubro do que no mês anterior. Na comparação anual, houve queda de 0,8% na produção.

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Analistas consultados pelo Wall Street Journal previam recuo mensal de 0,2% e contração anual de 0,4%.

Apenas a produção manufatureira do Reino Unido encolheu 0,9% entre setembro e outubro e diminuiu 1% no confronto anual, informou o ONS. Fonte: Dow Jones Newswires.

Mulheres empreendedoras criam novas empresas para diferenciarem-se na nascente indústria do "sextech", com a fabricação de vibradores conectados e outros brinquedos sexuais tecnológicos projetados por e para o gênero feminino.

Os brinquedos sexuais criados por homens costumam ser pensados com a ideia, frequentemente equivocada, dos homens sobre o que satisfaz sexualmente as mulheres, explica Stephanie Alys, cofundadora da MysteryVibe, que projetou o vibrador chamado Crescendo.

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"Por este motivo, há muitas mulheres que criam os produtos que desejam para elas mesmas", assegurou Alys à AFP durante a Web Summit, a feira anual da economia digital, que reúne milhares de empresários e investidores e que foi celebrado de segunda a quinta-feira em Lisboa.

Diferentemente da maioria de vibradores que imitam a forma do sexo masculino, o Crescendo é flexível para ajustar-se melhor à forma da vagina e vibra em diferentes pontos.

Pode ser conectado a um aplicativo que modula o ritmo de vibrações e que foi baixado por 500.000 pessoas, explica Alys, que coordena "um coletivo de empresárias da indústria sextech formado por cerca de 50 de mulheres em Londres".

A empresa londrina MysteryVibe já causou sensação com a apresentação de seu primeiro vibrador tecnológico, que a usuária pode controlar com um aplicativo móvel. Coberto de veludo, este objeto sexual é maleável e dispõe de seis motores vibradores, um deles na ponta.

- "Saúde e bem-estar" -

A Dame Products, uma empresa criada em Nova York por duas mulheres, criou o pequeno Fin, que pode ser apertado com dois dedos, e o Eva, que "se sustenta nos lábios genitais", afirma Alexandra Fine, cofundadora da Dame Products.

"As mulheres adoram saber que esses brinquedos foram projetados por outras mulheres", assegura à AFP Fine, que participou de um debate no Web Summit em que só participaram mulheres. Segundo o site de análises de mercado Statista, o setor dos brinquedos sexuais pode alcançar o valor mundial de 29 bilhões de dólares em 2020.

As empresas de brinquedos sexuais idealizados por mulheres não se diferenciam somente por seus produtos, mas também pelas campanhas de publicidade. "Pôr imagens de uma mulher sexy em uma caixa não me faz sentir sexy, na verdade me incomoda", reconhece a criadora da Dame Products.

Esta empresa prefere colocar seus produtos na categoria de "saúde e bem-estar" com o objetivo de que em uma loja estejam "na mesma estante que uma vela aromática ou uma escova de dentes".

"As mulheres temem por sua reputação quando compram brinquedos sexuais", afirma Polly Rodriguez, que fundou em Nova York a associação "Women of Sex Tech", que reúne 70 mulheres designers de brinquedos sexuais.

No entanto, Rodriguez afirma estar muito surpresa pela reação positiva das pessoas quando explica que participou da fundação da Unbound Babes, que comercializa 75 produtos sexuais.

"Estou adorando fabricar produtos que são bonitos, acessíveis e que, de certa forma, questionam o patriarcado", conclui Rodriguez.

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge, inicia neste domingo (4) uma missão na China com o objetivo de aumentar e diversificar as exportações brasileiras com o país asiático, que é o maior parceiro comercial do Brasil. De janeiro a setembro deste ano, o Brasil vendeu para a China um total de US$ 47,2 bilhões em produtos, principalmente soja, petróleo e minério de ferro. Esse volume comercializado representa 26,3% do total das exportações brasileiras para o exterior.

Entre as principais agendas de trabalho de Marcos Jorge no país, está uma visita ao ministro chinês da Indústria e Tecnologia da Informação, Miao Wei, e uma visita à Feira Internacional de Importação da China, em Xangai. 

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Também participam da viagem os ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e da Agricultura, Blairo Maggi, além de representantes da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Ainda neste domingo, os ministros deverão se encontrar, em Xangai, com a delegação de 120 representantes de 72 empresas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). À noite, está previsto um jantar oferecido pelo presidente chinês, Xi Jinping.

Feira internacional

Na segunda-feira (5), o Brasil inaugura o pavilhão na 1ª edição da Feira Internacional de Importação e Exportação da China, cujo objetivo é promover as exportações de produtos estrangeiros ao país asiático. Coordenada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), a delegação brasileira será composta por cerca de 90 empresas do setor de alimentos e agrícola, equipamentos médicos e de saúde, comércio de serviços (software, engenharia e serviços esportivos) e de bens de consumo (moda e vestuário).

Maior comprador de produtos brasileiros, a China também é o segundo maior mercado consumidor e importador entre todos os países do mundo. No total, mais de 3 mil expositores de mais de 130 países apresentarão seus produtos em uma área de exibição de 240 mil metros quadrados entre os próximos dias 5 e 10. São esperadas mais de 2,8 mil empresas de 140 países, que reúnem cerca de 150 mil compradores durante o evento em busca de bens e serviços estrangeiros.

Em nível governamental, 82 países e três organismos internacionais promoverão exposições institucionais e está confirmada a presença de chefes de estado, de governo, de ministros e de vice-ministros, cujo número supera 200 integrantes, segundo o MDIC. 

Oportunidades

Essa é uma das poucas feiras do planeta em que o foco é a importação. As empresas estarão na disputa por uma fatia dos US$ 10 trilhões que os chineses estão dispostos a gastar, nos próximos cinco anos, na compra de produtos industriais e agropecuários. Integram a delegação brasileira empresas de economia criativa, setor no qual o Brasil já é reconhecido em especial pelo design, pela criatividade e pela inovação. Também serão destaque os setores de editoração, games, música e futebol.

“O Brasil é um país criativo, diverso e sustentável, com empresas e marcas de destaque mundial que oferecem produtos e soluções tecnológicas de vanguarda para os desafios globais da nossa sociedade”, afirmou o presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe, ex-embaixador brasileiro na China. Ele disse ter certeza que o público que for à feira vai se encantar com o que o Brasil tem para mostrar.

O Brasil pode aproveitar a feira para se posicionar melhor no mercado chinês, disse a ministra conselheira para assuntos econômicos e comerciais da Embaixada da China, Xia Xiaoling. “A China tem 1,3 bilhão de consumidores e esse é um mercado enorme que o Brasil não pode perder”, acrescentou.

As commodities respondem por grande parte das exportações do Brasil para a China, mas a diplomata lembra que o Brasil não tem apenas commodities e que a China está disposta a comprar vários outros produtos como aviões executivos, vinhos brasileiros, cachaça, produtos derivados de leite, artigos de moda como sandálias e vestuário, biocombustíveis, veículos flex, entre outros.

O setor industrial pode ser tema presente no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ,que será realizado nos dias 4 e 11 de novembro. Os vestibulandos que vão prestar o Exame devem ter em mente as diferentes fases e evoluções que englobam a indústria no Brasil e no mundo.

Professores alertam que as questões envolvendo o assunto podem vir acompanhadas de charges, gráficos e textos relacionados à escala de produção e desenvolvimento do setor, destacando ainda que os enunciados dos quesitos podem abordar dados e estatísticas ligados à economia, como a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) de determinados países.

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De acordo com o professor de geografia Charlinton Soares, é importante ressaltar que a indústria sempre passa por uma evolução técnica. O educador destaca ainda as características de cada revolução industrial. “Sobre indústria o fera deve ter em mente que todas as evoluções são evoluções técnicas, com grande auxílio da tecnologia no decorrer dos anos, que proporcionaram o uso do maquinário utilizado nas fábricas bem como o auxílio e utilização de novas matérias primas para produção”, afirmou.

“A primeira revolução industrial, a princípio, transformou a manufatura da indústria a vapor, em magnofatura, com ênfase na produção em larga escala; já a segunda revolução teve grande foco na produção e no consumo de petróleo e seus derivados, bem como teve um papel fundamental da energia elétrica; A terceira fase da revolução industrial teve a novidade do uso da microeletrônica robótica, produzindo com base na química fina, como perfumes e remédios”, pontua o docente.

Segundo o professor, a indústria atual é chamada de “indústria 4.0”, aquela que se renova a cada dia com produtos inovadores e moderniza ainda mais os meios de produção. “As questões costumam abordar a globalização. Hoje a chamada ‘indústria 4.0’ está fragmentada e com isso, vários países passam pelos processos de produção, o avanço global industrial permite que um carro seja montado com peças chinesas, motor alemão e pneus italianos".

O educador ainda destaca: "Os feras devem estar atentos para a estrutura das questões, que podem trazer charges e gráficos a serem interpretados. Porém, o mais comum é que os enunciados dos quesitos tragam textos abordando dados econômicos, como por exemplo a participação da indústria no PIB de alguns países”, destacou.

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Em busca de uma aproximação com o mercado, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, traçou uma estratégia para a recuperação do setor industrial que prevê "manter preços macroeconômicos, como juros e câmbio, em patamares competitivos e estáveis, possibilitando o planejamento empresarial", respondeu a equipe do candidato à reportagem.

O jornal O Estado de S. Paulo enviou as mesmas perguntas à campanha do candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Elas não foram respondidas até a publicação deste texto. O programa do candidato não menciona uma estratégia específica para a recuperação da indústria. O candidato já anunciou que, se eleito, fundirá a pasta da Indústria e Comércio Exterior ao superministério da Economia, comandado por Paulo Guedes. A proposta foi criticada na terça-feira, 9, pelo presidente da Anfavea, Antonio Megale.

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No caso de Haddad, o novo foco, anunciado pela sua equipe, é diferente do que consta no próprio programa de governo, elaborado quando Luiz Inácio Lula da Silva ainda era o candidato. O programa fala em um plano de "reindustrialização" e explica que a estratégia começaria com um forte aumento na taxa de investimento. "Para tanto, o setor produtivo estatal deverá ser reconfigurado para fortalecer setores industriais estratégicos", diz o documento. "Assim como os bancos públicos deverão assumir papel importante no padrão de financiamento da reindustrialização." Esses pontos do programa "original" não foram repetidos agora pela equipe de Haddad, mesmo porque não deram certo no governo Dilma Rousseff.

A equipe do candidato petista, no entanto, mantém na recuperação do mercado consumidor interno um pilar da retomada da atividade econômica. "Em segundo lugar, é fundamental retomar o dinamismo do mercado consumidor interno, através do aumento da renda, da retomada do emprego e do crédito", informa.

Um terceiro pilar da recuperação industrial é a intensificação do comércio com parceiros internacionais, principalmente os que compram produtos manufaturados, como o latino-americano.

O programa passa ainda por medidas que aumentem a competitividade da indústria nacional, como a reforma tributária "que desonere a produção" e a redução da burocracia que dificulta a vida das empresas.

Questionada especificamente se a política industrial lançaria mão de subsídios com recursos federais, a campanha não respondeu. Tampouco citou setores a serem priorizados numa eventual política industrial, mas disse que eles deverão ter como objetivos: o desenvolvimento tecnológico, a transição ecológica, a geração de empregos, a melhoria da qualidade de vida e da distribuição de renda, além da obtenção de divisas estrangeiras. Esses critérios deverão ser aplicados inclusive à indústria automobilística.

Comércio exterior

Em relação a acordos internacionais de comércio, os dois afirmam que é preciso abrir mais o mercado brasileiro, reduzindo tarifas de importação e adotando medidas para facilitar o comércio. Eles, porém, divergem na estratégia para isso.

O programa de Bolsonaro prega a redução de "muitas alíquotas de importação e barreiras não tarifárias" como forma de promover o crescimento econômico de longo prazo. "O Brasil é um dos países menos abertos ao comércio internacional, a consequência disso é nossa dificuldade em competirmos em segmentos de alta tecnologia."

Já na equipe de Haddad a visão é contrária a uma "abertura indiscriminada", em que as tarifas de importação sejam reduzidas "sem receber nada em troca, o que enfraquece ainda mais nossa indústria", segundo respostas enviadas pela equipe do candidato.

As estratégias são contrárias também na busca de acordos comerciais. Para a equipe de Bolsonaro, eles devem ser bilaterais. Já na equipe do PT a orientação é dar ênfase ao multilateralismo e aos acordos regionais.

Em sabatina na Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizada em julho, Bolsonaro afirmou que o Mercosul havia sido bom em sua concepção, mas que com o tempo "passou a ser arma que integra ao bolivarianismo o Brasil".

Haddad quer ampliar a participação brasileira em organismos multilaterais e fortalecer elos com parceiros históricos, além de buscar mercados na África e no Oriente Médio.

O programa do PSL fala em buscar parcerias com países que possam agregar "valor econômico e tecnológico" ao Brasil. "Deixaremos de louvar ditaduras assassinas e desprezar ou mesmo atacar democracias importantes como EUA, Israel e Itália", diz o documento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O faturamento industrial teve forte recuo em julho, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 3, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com o mês anterior - e excluindo os efeitos de calendário -, as vendas das fábricas brasileiras caíram 3,8% no sétimo mês deste ano.

Ainda assim, o volume faturado em julho pelo setor foi 6,8% maior que ao registrado no mesmo mês de 2017. Considerando as vendas de janeiro a julho de 2018, o desempenho foi 5,0% superior ao do mesmo período do ano passado.

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"A retração confirma o padrão oscilante da atividade industrial nos sete primeiros meses de 2018, sobretudo após a crise dos transportes rodoviários", considerou a CNI, no documento.

Além do menor faturamento, houve redução na quantidade de horas trabalhadas na indústria em julho, com queda de 2,4% em relação a junho. Esse foi o quarto mês consecutivo de recuo no indicador.

Em relação a julho de 2017, no entanto, houve um aumento de 0,3% nas horas trabalhadas. No acumulado de 2018 até julho, o tempo de trabalho na produção foi 0,7% maior que o verificado no mesmo período do ano passado.

Em julho, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) no parque industrial brasileiro evoluiu 0,6 ponto porcentual, passando de 76,7% para 77,3% (de acordo com dado ajustado). Em julho de 2017, a UCI estava em 77,4%.

"Para os empresários, as incertezas em relação ao resultado das eleições e também as turbulências da economia internacional turvam o horizonte da economia e dificultam uma recuperação mais expressiva da atividade industrial", afirmou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

As principais empresas do País no setor de carnes tiveram um segundo trimestre difícil. A temporada de divulgação de balanços aponta que, juntas, Marfrig, JBS, BRF e Minerva terminaram junho no vermelho, e o prejuízo líquido dessas quatro empresas é de quase R$ 4 bilhões. Problemas internos, dificuldades para exportar e a greve dos caminhoneiros, que parou o País, são apontados como os principais motivos.

As companhias que atuam na produção de aves e de suínos foram as mais prejudicadas pela paralisação de maio. A Seara indicou em seu balanço financeiro um prejuízo de R$ 113 milhões no segundo trimestre. A BRF outros R$ 75 milhões.

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"As empresas dependem do translado de insumos e de produção. O transporte do País gera perdas quando funciona, imagina ficando 11 dias parado?", diz Álvaro Frasson, da Spinelli. Sem transporte, as empresas não conseguiam escoar a produção e nem receber insumos e rações. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estimou um prejuízo de R$ 3,15 bilhões a todo o setor de aves, suínos, ovos e material genético, após a manifestação.

As perdas com a falta de transporte podem ter sido maiores, pois há dificuldade de mensurar a queda de rendimento dos animais no período, sinalizou um dos vice-presidentes da BRF, Lorival Luz, em teleconferência. Segundo a JBS, controladora da Seara, unidades precisaram descartar animais ou reduzir a alimentação e, por consequência, a produtividade caiu.

O mercado de bovinos foi menos afetado pela greve, mas os abates caíram. A Marfrig estima ter deixado de abater 80 mil cabeças no segundo trimestre. O prejuízo líquido foi de R$ 582 milhões no trimestre.

Inferno astral

Os números negativos, além da greve dos caminhoneiros, são resultado de uma combinação de fatores internos e externos. Algumas dessas empresas sofrem com embargos para exportação de seus produtos ou ainda precisaram lidar com trocas em seu alto escalão.

A BRF, por exemplo, conseguiu vender mais no segundo trimestre e registrou uma receita líquida de R$ 8,2 bilhões, alta de 1,9% ante o segundo trimestre de 2017. Ainda assim, a empresa teve um prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre, 846,4% maior do que o registrado um ano antes.

O mau desempenho foi atribuído às restrições impostas pelo mercado europeu, greve dos caminhoneiros e medidas antidumping da China. A empresa também foi alvo de duas operações da Polícia Federal: a Carne Fraca, deflagrada em março do ano passado, e a Trapaça.

Em crise, a gigante brasileira dos frangos anunciou uma reestruturação de operações e financeira, que está sendo conduzida pelo executivo Pedro Parente, ex-Petrobrás, atualmente no comando executivo da BRF.

Já na Seara, da JBS, o volume de vendas caiu 10,6%, após recuo nas exportações. A greve dos caminhoneiros travou os embarques, mas a Seara também foi prejudicada pelo fechamento do mercado russo para a carne suína brasileira. A JBS teve prejuízo de R$ 911 milhões.

As quatro principais companhias de proteína animal do País também foram afetadas pela alta nos custos de produção, por causa da alta nos preços do milho, usado para fabricar ração, além da variação cambial.

A Minerva, por exemplo, teve prejuízo de quase R$ 1 bilhão afetada pela variação cambial e estuda fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de uma subsidiária no Chile, em busca de oportunidades de investimento.

As empresas do setor de alimentos foram as que mais perderam valor de mercado na Bolsa com a greve dos caminhoneiros - depois do setor de petróleo. No total, as empresas brasileiras listadas na Bolsa valem hoje R$170 bilhões a menos do que antes da greve, segundo a Economática. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Representantes das indústrias brasileira e japonesa entregarão aos governos de seus países uma proposta para o início da negociação de acordo comercial entre o país asiático e o Mercosul. O documento, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, foi fechado em reunião entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a confederação industrial japonesa (Keidanren) nessa segunda-feira (24).

Entre as sugestões está a eliminação da maioria das tarifas de importação e exportação em 10 anos. Pelo lado brasileiro, o documento defende a eliminação de tarifas no comércio de carne, frango, biodiesel, frutas, açúcar, etanol e têxteis. Os japoneses esperam a redução nas taxas sobre carros, autopeças, máquinas e equipamentos.

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As indústrias defendem o lançamento das negociações na reunião do G-20 em novembro. Entre 2000 e 2017, as exportações do Mercosul para o Japão cresceram 136% e as importações de produtos japoneses pelo bloco, 31%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Há alguns anos, não era possível que o padrão de consumo fosse estimulado junto a uma política de desenvolvimento sustentável. Equilibrar o uso dos recursos naturais com a política de produção era tido por países desenvolvidos como impossível.

Quando falamos em indústria 4.0, o Brasil ainda engatinha no uso de tecnologias que unem automação e internet. Os números de uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PwC) com 2 mil empresários em 26 países revelam a lentidão brasileira para se adaptar à “indústria do futuro”, em que as operações são digitalizadas e a análise de dados é primordial aos negócios.

A indústria 4.0 tem sido temida por muitos por ter sido associado à substituição da mão-de-obra humana por robôs, entretanto, sua premissa traz o uso da tecnologia  e chega para tornar a produção mais eficiente e menos agressiva aos recursos naturais. A Indústria 4.0 utiliza-se da união de sistemas físicos e informáticos para analisar um grande volume de dados e possibilitar às máquinas um processo de aprendizagem. Ela é a utilização de uma série de tecnologias, como: robótica, simulação, integração de sistemas, internet das coisas, entre outras.  Nesse sentido, o Brasil está longe do desenvolvimento no contexto da engenharia digital, da gestão integrada da cadeia de fornecimento e dos serviços digitais.

Um estudo realizado pela University of Washington divulgou que das 500 maiores empresas existentes, somente 60% vai existir daqui 10 anos. Isso porque elas não vão resistir à era digital e o produto, que hoje é fabricado, ou o serviço, que hoje é oferecido,  não será mais consumido no futuro. Esse movimento de mudança está sendo criado pelas empresas disruptivas, que possuem uma mentalidade diferente da grande maioria.

Todas essas empresas apresentam processos tecnológicos que tem seis elementos característicos: vivem na busca da inovação, estão acompanhando a 4ª Revolução Industrial e as tecnologias mais recentes; são completamente voltadas para o digital; são fortes participantes e preocupadas com o ecossistema; são planejadoras exponenciais; são ágeis e são centradas no cliente.

No Brasil, o investimento das  empresas está  bem abaixo do investimento tecnológico da média industrial mundial. Por aqui,  apenas 21% dos empresários afirmam que vão investir cerca  de 6% de seus recursos em inovação tecnológica. Enquanto isso, no mundo, a média é de 43%. A culpa por essa falta de investimento é justificável: todos os entraves já conhecidos pelos brasileiros, seja por falta de infraestrutura, falta de política de inovação, crise ética e econômica ainda sem perspectiva de fim, etc.

Comparando com a Alemanha, é possível entender mais claramente nosso atraso. Por lá, o conceito de Indústria 4.0 surgiu em 2011 e, na indústria automobilística, por exemplo, 80% das empresas usam inteligência artificial, automação e robótica, as chamadas máquinas inteligentes, que se autoalimentam. O investimento na educação para a criação de mão-de-obra especializada para acompanhar essa revolução também foi considerada essencial.

Somente uma em cada dez empresas brasileiras investe em  inovação com operações digitais. A quarta revolução industrial é uma solução, não só  para se destacar em meio a um cenário de crise, mas para sobreviver. É preciso melhorar a eficiência para fazer mais consumindo menos.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China caiu levemente na passagem de maio para junho, de 51,1 para 51, segundo pesquisa final divulgada pela IHS Markit em parceria com a Caixin Media.

Apesar da ligeira baixa, a leitura acima da marca de 50 indica que a manufatura chinesa continuou se expandindo no mês passado, mas em ritmo um pouco mais comedido.

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O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 1,56% em abril de 2018. A taxa é superior a março deste ano (1,08%), e a abril do ano passado, que teve queda de 0,11%. Os números foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o instituto, 21 atividades industriais tiveram alta de preços em abril. As principais foram as de refino de petróleo e produtos de álcool (4,31%), indústrias extrativas (4,83%), metalúrgica (2%), e alimentos (1,28%). Apenas três setores tiveram deflação em seus produtos: bebidas (-1,91%), farmacêutica (-1,52%) e impressão (-0,41%).

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Os insumos industrializados usados no setor produtivo tiveram inflação de 2,26% e as máquinas e equipamentos tiveram alta de 1,9%. Já a inflação dos bens de consumo semi e não duráveis chegou a 0,34%, enquanto a alta dos bens de consumo duráveis ficou em 0,14%.

As encomendas à indústria da Alemanha caíram 0,9% em março ante fevereiro, marcando a terceira queda consecutiva no cálculo ajustado, segundo dados divulgados hoje pela agência de estatísticas do país, a Destatis. O resultado frustrou analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço de 0,5% nas encomendas.

O fraco desempenho se deveu às encomendas externas, que sofreram queda de 2,6% em março ante o mês anterior. As encomendas domésticas, por outro lado, mostraram expansão de 1,5% no período.

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O dado mensal de encomendas gerais de fevereiro foi revisado, de alta de 0,3% para redução de 0,2%, informou a Destatis. Fonte: Dow Jones Newswires.

A mudança no perfil de consumo de alimentos e bebidas se tornou um desafio para as grandes indústrias desses setores - lá fora e aqui no Brasil. Segundo a consultoria Euromonitor, o consumo de refrigerantes no mercado brasileiro projetado para 2022 estará 20,3% abaixo do que se via em 2012. Na mesma comparação, a demanda por chicletes terá queda de 20,9%, enquanto a categoria geral de doces vai recuar 19,6%.

A indústria que se expandiu com o desejo do brasileiro de experimentar novas categorias agora está sendo obrigada a se adaptar a novos tempos, em que o apelo saudável será o nome do jogo.

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Isso vai se refletir tanto no crescimento de certos tipos de produtos processados - como as bebidas à base de água de coco e os salgadinhos feitos de cenoura e batata-doce, por exemplo - quanto no retorno aos alimentos frescos.

A mudança de mentalidade, que já é realidade na Europa e nos EUA, obrigou as grandes indústrias de alimentos a rever estratégias. Gigantes como Pepsico, Unilever, Coca-Cola, Ambev e Nestlé se movimentam em diferentes frentes para convencer os consumidores de que seus produtos não são potenciais riscos à saúde.

Entre as estratégias adotadas para se adequar à nova realidade estão mudanças em fórmulas de produtos (com versões com menos açúcar e gorduras), redução de embalagens (para controlar a quantidade consumida) e a aquisição de marcas menores que já nasceram direcionadas ao apelo saudável.

Reportagem publicada em setembro do ano passado pelo jornal americano The New York Times mostrou que, dos anos 1980 para cá, o foco de grandes grupos internacionais no mercado nacional multiplicou por três o índice brasileiro de obesidade, que era de 7% há cerca de 40 anos. Hoje, segundo a Euromonitor, a taxa está em 22%. E deve chegar a 26% em 2022.

Analista sênior da Euromonitor, Angelica Salado diz que o consumidor já vê uma clara relação entre o excesso de industrializados na dieta e o ganho de peso. "A preocupação com o problema existe, apesar de ainda estar mais ligada à estética do que à saúde em si." Ela diz, no entanto, que a tendência das opções saudáveis está consolidada.

O consultor em marcas Ricardo Klein, da Top Brands, diz que a adoção de um estilo mais saudável pelos brasileiros, no entanto, ainda pode esbarrar no fator preço. Na opinião do especialista, esse processo de migração será percebido primeiro nas classes A e B. "É um processo que vai ser sentido em um prazo mais longo, pois, para a maioria dos consumidores brasileiros, a compra desse tipo de produto, que tem apelo premium, acaba fazendo a conta não fechar no fim do mês." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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