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Marcus D'Almeida garantiu um feito histórico para o Brasil no tiro com arco masculino nas Olimpíadas ao garantir a classificação para as oitavas de final nos Jogos de Tóquio, nesta quarta-feira (28).

O brasileiro, que na primeira rodada derrotou o britânico Patrick Huston por 7 a 1, bateu na etapa seguinte o holandês Sjef van den Berg por um novo 7 a 1 e se classificou para próxima fase.

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Na história do esporte no Brasil, apenas Ane Marcelle havia avançado às oitavas, na Rio 2016, onde foi eliminada.

Agora Marcus vai enfrentar por uma vaga nas quartas o italiano Mauro Nespoli, medalha de prata por equipes em Pequim 2008, mas 58° no individual, e ouro também por equipes em Londres 2012, onde foi o 33º na classificação geral.

As brasileiras Ana Patrícia e Rebecca foram derrotadas por Graudina e Kravcenoka, da Letônia, por 2 sets a 1 (15/21, 21/12 e 12/15) nesta quarta-feira (28), pela segunda rodada do Grupo D do torneio de vôlei de praia dos Jogos de Tóquio.

Essa foi a primeira derrota da dupla do Brasil, que ocupa o 16º lugar no ranking mundial, nesta edição das Olimpíadas. Na estreia na capital japonesa, Ana Patrícia e Rebecca venceram a dupla do Quênia.

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O boxeador brasileiro Keno Marley se classificou para as quartas de final da categoria meio-pesado (até 81kg) ao derrotar nesta quarta-feira (28) o chinês Daxiang Chen em dois rounds.

Na arena Kokugikan, o baiano de 21 anos, medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2018 e prata no Pan-Americano de 2019, encaixou um golpe de direita no chinês, que ficou desestabilizado, garantindo a vitória no primeiro round por 10/9.

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Na etapa seguinte, o brasileiro seguiu agressivo, acertando o tronco do oponente e encaixando outros golpes. Mas num contato de cabeça, o chinês teve um corte no supercílio, não tendo mais condições de seguir no ringue. Assim, os juízes declararam a vitória de Keno por nocaute técnico.

Agora o boxeador baiano vai lutar por uma vaga na disputa por medalha na sexta-feira (30), contra o britânico Benjamin Whitraker, de 24 anos.

As brasileiras Luisa Stefani e Laura Pigossi garantiram vaga nas semifinais do torneio de duplas dos Jogos Olímpicos de Tóquio, após uma vitória de 2-1 sobre a dupla americana Bethanie Mattek-Sands e Jessica Pegula (cabeças de chave N.4).

Luisa e Laura foram derrotadas no primeiro set por 6-1, mas se recuperaram e venceram a segunda parcial por 6-3, o que levou a partida para o match tie-break, no qual as brasileiras superaram as americanas por 10-6.

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Nas semifinais, a dupla brasileira enfrentará as vencedoras do duelo entre as autralianas Samantha Stosur e Ellen Perez e as suíças Belinda Bencic e Viktorija Golubic.

Os brasileiros Pepê Gonçalves e Ana Sátila garantiram vaga nas semifinais da canoagem slalom nos Jogos de Tóquio, nesta quarta-feira (28), em suas respectivas modalidades.

No Centro de Canoagem Slalom Kasai, Ana Sátila registrou o quarto melhor tempo das eliminatórias da C1, com 109s90.

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Já Pepê Gonçalves avançou para as semifinais da K1, ficando entre os 20 classificados para a etapa seguinte, com o tempo de 92s91.

A semifinal e a final do K1 acontecerão na madrugada de sexta-feira (30), a partir das 2h (horário de Brasília).

Já a semifinal e a final do C1 feminino serão disputadas nesta quinta-feira (29), a partir das 2h.

A judoca brasileira Maria Portela foi eliminada nesta quarta-feira (28) dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 ao ser derrotada por Madina Taimazova, representante do Comitê Olímpico Russo, nas oitavas de final em uma luta longa e polêmica.

Na tradicional arena Nippon Budokan na capital japonesa, o duelo, pela categoria até 70kg, durou quase 15 minutos. A brasileira recebeu um terceiro shido, a advertência mais leve, e o combate terminou com a vitória da russa no golden score.

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Maria Portela havia conseguido aplicar um wazari, mas o golpe não foi computado pelo pelo juiz mexicano Everardo Garcia, após uma consulta aos árbitros de vídeo.

Logo depois da derrota, Maria Portela deixou o tatame aos prantos, inconformada com sua eliminação no torneio individual. A gaúcha ainda tem a chance de lutar na competição por equipes.

Um dia depois de seu surpreendente abandono da competição por equipes, a superestrela americana da ginástica artística Simone Biles anunciou que não vai disputar a final do individual geral na quinta-feira (28), o que deixa em dúvida sua continuidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em que ela parecia destinada a reinar.

"Após uma avaliação médica adicional, Simone Biles se retirou da final do individual geral nos Jogos Olímpicos de Tóquio, com o objetivo de se concentrar em sua saúde mental", afirmou a Federação Americana de Ginástica no Twitter a respeito da disputa programada para quinta-feira.

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A americana também está classificada para as quatro finais de aparelhos.

A campeã, um ícone que vai além do esporte, desistiu da final por equipes na terça-feira (27) para não comprometer sua saúde mental. Ela citou "demônios na cabeça" e muita pressão para administrar pelas expectativas criadas a respeito de sua participação nos Jogos.

"Assim que eu piso no tablado, sou só eu e a minha cabeça, lidando com demônios em minha cabeça. Tenho que fazer o que é certo para mim e concentrar na minha saúde mental, e não prejudicar minha saúde e meu bem-estar, explicou a americana à imprensa na terça-feira.

Pouco antes, a ginasta de 24 anos desistiu de competir na final por equipe após passar pelo primeiro aparelho, a trave, onde ficou abaixo de seus padrões habituais, com nota de 13,766 pontos.

Biles deixou por alguns minutos o local de competição, antes de retornar com status de reserva para acompanhar o final da disputa por equipes, na qual a Rússia, que compete sob bandeira neutra devido à suspensão do país devido aos escândalos de doping que envolveram o Estado, conquistou o ouro, superando Estados Unidos (prata) e Grã-Bretanha (bronze).

Biles, capaz de movimentos extraordinários, incluindo quatro que levam seu nome, é considerada a melhor ginasta de todos os tempos.

A atleta de Ohio ainda pode participar nas quatro finais por aparelhos (salto, solo, trave e barras assimétricas) de 1 a 3 de agosto.

- 'Dar um passo atrás' -

Vencedora de cinco medalhas na Rio-2016, quatro de ouro, Biles explicou na terça-feira à imprensa que sua participação nas demais finais seria decidida dia a dia.

"Ela será examinada diariamente para determinar se disputará as provas individuais da próxima semana", confirmou a federação.

Desde que abandonou a prova por equipes na terça-feira, Biles recebeu várias mensagens de apoio, que vão além do mundo do esporte, incluindo da ex-primeira-dama Michelle Obama e da porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

"Apenas uma pequena recordação: os atletas olímpicos são humanos e estão fazendo o melhor que podem. É muito difícil estar no auge no momento certo e fazer a rotina de sua vida sob tanta pressão. É realmente muito difícil", escreveu no Twitter Aly Raisman, que integrou a equipe olímpica ao lado de Biles na Rio-2016.

Depois dos Jogos no Rio de Janeiro, Biles tirou um ano sabático. Ela revelou que estava entre as vítimas de agressão sexual do médico da equipe americana de ginástica Larry Nassar, atualmente preso, e se identifica como "uma sobrevivente".

Ela também denunciou publicamente a passividade das autoridades esportivas americanas. "Depois de tudo o que enfrentei com a federação, reencontrar o amor ao esporte e ser simplesmente Simone tem sido um longo caminho", afirmou recentemente.

Na terça-feira, entre momentos de lágrimas e sorrisos ao lado das colegas de equipe, ela declarou: "As coisas aconteceram assim. As meninas fizeram o que tinham que fazer. Tenho todo o apoio que precisava. No fim, você sabe o que é bom para você e, por isso, decidi dar um passo atrás".

Isolados em quarentena em um hotel e sem condições de competir, atletas holandesas manifestaram frustração nesta quarta-feira (28), denunciando o que descreveram como uma "prisão olímpica" e exigindo mais tempo ao ar livre.

Todos os atletas participantes dos Jogos Olímpicos passam por exames diários e, caso apresentem resultados positivos, devem ser isolados ou hospitalizados.

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A organização olímpica holandesa denunciou, na terça-feira (27), condições de isolamento "inaceitáveis" para seis membros de sua delegação em Tóquio confinados em "quartos muito pequenos", sem ventilação e luz do dia.

Em um vídeo postado no Instagram nesta quarta-feira, a skatista holandesa Candy Jacobs, de 31 anos, afirmou que continua apresentando resultado positivo oito dias após o início de sua quarentena.

"Ontem (terça) entramos em greve porque precisamos de ar de fora, de tudo (...) porque nada abre. As janelas estão fechadas, as portas nunca abrem. Isso não está correto bom", criticou.

Ela e seus cinco companheiros compatriotas que estão na mesma situação - entre eles o lutador de taekwondo Reshmie Oogink, um membro da equipe técnica de canoagem, o skiffer Finn Florijn e o tenista Jean-Julien Rojer - fizeram uma "greve" sem sair do hall do hotel.

Depois de 7 a 8 horas, eles acabaram com 15 minutos por dia de acesso a uma janela aberta, de acordo com Candy.

Confinados cada um em seu quarto, os holandeses só podem sair para buscar comida, que é "a mesma todos os dias", também reclamou Oogink.

O nadador brasileiro Guilherme Costa, avançou para as finais do 800m livre masculino nesta terça-feira (27), em Tóquio. Mas a abreviação do seu nome, como 'G. Costa', acabou gerando um meme nas redes sociais. Um usuário do Twitter tirou foto da chegada dele na piscina e brincou dizendo,”Gal Costa medalha de prata em Tóquio no auge dos seus 75 anos”. 

Até a artista entrou na onda e publicou que havia 'sido prata' nos jogos olímpicos. Ela compartilhou a imagem e ainda agradeceu: “Sou prata em Tóquio!!! Obrigada pela torcida!”. Sobre o ‘verdadeiro nadador’, o avanço para a final ainda teve direito a quebra do recorde Sul-americano, depois de registrar o tempo de 7:46.09. 

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A equipe brasileira do revezamento 4x200 metros livre, formada por Luiz Altamir, Fernando Scheffer, Breno Correia e Murilo Sartori, conseguiu se classificar para a final da prova nos Jogos de Tóquio.

O Brasil avançou para a final da prova pela primeira vez desde os Jogos Olímpicos de Barcelona-1992.

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Nas eliminatórias, a equipe da Grã-Bretanha obteve o melhor tempo (7:03.25). O quarteto brasileiro se classificou em oitavo lugar, completando a prova com 7:07.73.

A classificação no Centro Aquático de Tóquio foi dramática, já que as oito primeiras equipes das eliminatórias avançavam. A Austrália terminou em segundo e a Itália em terceiro.

A final do revezamento será disputada 0h26 de quarta-feira (horário de Brasília).

Fernando Scheffer conquistou a primeira medalha para o Brasil na natação em Tóquio, o bronze nos 200 metros livres, com o tempo de 1:44.66, o novo recorde sul-americano da prova.

Gabriel Medina não escondeu o quanto está chateado por ter ficado sem a medalha de bronze na disputa pelo terceiro lugar nas Olimpíadas de Tóquio. Nas redes sociais, o surfista se desculpou com sua torcida.

"Dei meu melhor. É f***a quando isso acontece, dá uma tristeza, desculpa galera. Valeu pela torcida! Seguimos! Fé em Deus", escreveu.

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Yasmin Brunet, esposa do surfista, não se conformou com o resultado. No Instagram, a modelo disse que ele foi roubado na cara dura.

"Lindo você foi incrível!!!! Você foi roubado na cara dura e ninguém fez nada!!! Você fez tudo oq podia e muito mais!!! O Brasil todo viu!!!", disparou.

Horas antes, em uma live que contava com mais de 60 mil pessoas, a modelo já havia falado sobre Medina ter sido prejudicado pelos juízes que deram notas superiores para o japonês Kanoa Igarashi, que ficou com a medalha de bronze.

"Tá vendo? Se eu tivesse lá, eu pegava esse juiz. Vou nem falar nada. Infelizmente, como o surfe é subjetivo, dá para roubar fácil para as pessoas. É isso, puxam para o país".

Ela ainda pediu que os fãs cobrassem o Comitê Olímpico Brasileiro, o COB, para que defendessem o surfista. A organização, aliás, foi a responsável por negar a ida de Yasmin ao Japão para acompanhar Medina:

"O COB, a CBSurf está lá para representar os brasileiros, para defender eles. Todo mundo aqui viu que o Gabriel foi absurdamente roubado. Eles fizeram algo, não? Eles vão fazer alguma coisa? Não. Não vão fazer nada".

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Uma tempestade tropical avançou nesta terça-feira (27) em direção ao Japão, durante as Olimpíadas, gerando ondas propícias às competições de surfe e interrompendo outros eventos com chuva e ventos fortes.

Os organizadores dos Jogos de Tóquio reagendaram as competições de remo e arco e flecha por causa dos ventos da tempestade tropical Nepartak, com rajadas de até 108 km por hora.

A tempestade, atualmente 190 km a leste da cidade de Choshi, inicialmente se dirigida para a capital japonesa, mas mudou de curso para o norte e agora deve atingir o continente na manhã de quarta-feira (noite de terça no Brasil) na região de Miyagi.

Miyagi e a vizinha Ibaraki sediam vários eventos olímpicos, um dos poucos locais que podem receber fãs, e os organizadores dizem que os eventos não serão afetados pela tempestade.

"As provas em Miyagi e Ibaraki serão realizadas conforme programado. Esperamos que os espectadores venham acompanhar os eventos", declarou Masa Takaya, porta-voz dos Jogos de Tóquio.

Na terça-feira, a tempestade trouxe vento e chuva em partes da costa leste do Japão, criando condições difíceis para o triatlo feminino em Tóquio. A competição começou com 15 minutos de atraso devido ao clima, e as estradas molhadas causaram várias quedas na etapa de ciclismo.

Mas as condições estavam melhores na competição de surfe em Chiba, a leste de Tóquio. Os organizadores decidiram iniciar mais cedo as baterias das quartas e semifinais femininas e masculinas para aproveitar as ondas nesta terça-feira.

O porta-voz do governo japonês, Katsunobu Kato, disse à imprensa que a tempestade está se movendo lentamente, causando fortes ventos e mar agitado ao longo de grande parte da costa nordeste do país.

Ele alertou sobre chuvas fortes na quarta-feira em torno de Tóquio e nas regiões de Tohoku (nordeste) e Hokuriku (noroeste), para onde o ciclone se dirigirá após atingir o continente.

Kato pediu à população local a "prestar atenção às informações sobre o clima e às ordens de evacuação".

Alguns serviços de trem na área onde ocorrerá a tempestade foram cancelados e ordens de evacuação não obrigatórias foram emitidas ao redor da cidade de Atami, que semanas atrás foi atingida por fortes chuvas que causaram um deslizamento de terra que deixou 21 mortos.

A temporada de tufões no Japão vai de maio a outubro, com os meses mais movimentados em agosto e setembro. Em 2019, o tufão Hagibis atingiu o Japão no meio da Copa do Mundo de Rugby, matando mais de 100 pessoas.

A Suíça dominou a competição de mountain bike feminino dos Jogos de Tóquio-2020 nesta terça-feira (27), ocupando as três primeiras colocações, algo sem precedentes desde que a modalidade passou a fazer parte do programa olímpico em 1996.

Ao final dos 20,5 km do traçado de Izu, no sopé do Monte Fuji, o ouro foi conquistado por Jolanda Neff, enquanto suas compatriotas Sina Frei e Linda Indergand levaram a prata e o bronze, respectivamente.

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Neff se mostrou imbatível. A suíça assumiu a liderança desde os primeiros quilômetros, aumentando gradativamente a vantagem até ter uma margem relativamente confortável de um minuto em relação a suas perseguidoras, para administrar essa vantagem com calma depois.

No difícil e técnico circuito de Izu, que se complicou ainda mais com a forte chuva que caiu poucas horas antes da prova, as suíças não cometeram erros, enquanto muitas de suas adversárias perderam tempo com escorregões ou falhas técnicas.

Jolanda Neff, 28 anos, era uma das favoritas, já que faz parte da elite mundial: campeã mundial da maratona de mountain bike em 2016, depois cross-country e revezamento no ano seguinte. Ela também tem quatro títulos de campeã europeia em seu currículo.

Versátil, Neff também já competiu no ciclismo de estrada, em que conquistou dois títulos de campeã suíça (2015 e 2018).

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Ítalo Ferreira, primeiro campeão olímpico do surfe, começou a domar as ondas usando como prancha uma tampa de isopor da caixa térmica em que seu pai guardava os peixes que vendia.

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O atleta de 27 anos também conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos de Tóquio-2020 nesta terça-feira (27), nas ondas de Chiba, a 100 quilômetros da capital japonesa, que aparentemente não tinha nada para intimidá-lo.

As ondas de Chiba são menores, com vento e às vezes "mais lisas" do que as de outros locais de competição e semelhantes às de Baía Formosa, sua cidade natal no Rio Grande do Norte, disse Ítalo em entrevista à AFP antes dos Jogos. "Para mim não muda muito, já tenho experiência e malícia para surfar nessas condições”, afirmou.

Desde a infância, as pranchas melhoraram em qualidade e os troféus se acumularam.

"Um dia um primo me deu uma prancha quebrada, mas era suficiente e melhor do que isopor. Aí meu pai me comprou uma prancha, ele pagou com um peixe e o resto em dinheiro. A partir daí comecei a surfar um pouco mais", lembra o surfista.

"Viemos de lugares onde temos que nos superar. Cada vitória dá muita garra, muita perseverança, isso nos torna mais profissionais, nos dá mais vontade de vencer", disse ele.

Até a adolescência, ele via o que agora é sua profissão como um hobby. Mas passou a disputar torneios locais, aos quais às vezes entrava pedindo dinheiro em mercados e farmácias, e Luiz "Pinga" Campos, renomado descobridor de surfistas, notou seu talento.

"Foi quando percebi que poderia ir mais longe se me dedicasse totalmente e, assim, cada vez que vencesse um campeonato, poderia ajudar meus pais”, lembrou Ítalo.

As expectativas se confirmaram: aos 10 anos, venceu um torneio local, aos 14 se tornou bicampeão mundial Pro Junior, em 2014 foi campeão brasileiro, em 2015 foi admitido na World Surf League (WSL) e em 2019 se tornou o terceiro brasileiro a conquistar o título mundial, depois de Gabriel Medina (2014 e 2018) e Adriano de Souza (2015).

- Novos horizontes -

A inclusão do surfe como uma das novas modalidades em Tóquio abriu novos horizontes para ele, após a paralisação que a pandemia impôs no ano passado em todas as competições.

"Que bom que foi agora (a estreia do surfe), porque posso participar e representar o Brasil com outros atletas. Espero que seja incrível e possamos dar um show", disse Ítalo sobre a expectativa para os Jogos.

"Estou ansioso pela oportunidade de competir nas Olimpíadas e mostrar meus talentos", afirmou o atleta, que mostrou confiança de sobra.

"Me sinto um dos favoritos, vencer é uma coisa que venho trabalhando e um desejo (...), de certa forma pode mudar a minha vida, é uma coisa que ninguém conquistou ainda e que seria histórico", disse ele à AFP.

Esta geração de surfistas brasileiros campeões deu visibilidade ao esporte, em um país dominado pelo futebol.

O próprio Ítalo jogava bola quando criança, mas acabou brigando quando sofreu uma falta. "No surfe você desconta na onda, não precisa bater em outra pessoa", brincou.

Após cada torneio, Ferreira volta à Baía Formosa, para partilhar as suas alegrias com a família e amigos. E desta vez não será diferente. "Vou me divertir, que é a parte mais fácil do surfe".

Os brasileiros Alison e Álvaro Filho foram derrotados pelos americanos Lucena e Dalhausser por 2 a 1 (24/22, 19/21 e 15/13) nesta terça-feira, pela segunda rodada do Grupo D do torneio de vôlei dos Jogos de Tóquio.

A dupla brasileira, que é a 5ª no ranking mundial e que tem o atual campeão olímpico Alison (ouro na Rio 2016), teve um confronto bastante equilibrado com os representantes dos Estados Unidos, número 8 do mundo.

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"A nossa chave é a da morte. A gente sabia, e isso nos faz sair da zona de conforto. No primeiro set, a gente tinha dois pontos na frente e perdemos por dois, ou seja, perdemos o controle. O vôlei de alto nível é decidido no detalhe. Agora é descansar e pensar no próximo jogo", disse Alison em entrevista à TV Globo.

Essa foi a primeira derrota na competição dos brasileiros, que estrearam com vitória sobre os argentinos Julian Amado Azaad e Nicolas Capogrosso por 2 sets a 0. Já os americanos foram derrotados no duelo anterior pelos holandeses Brouwer e Meeuwsen.

O nadador brasileiro Fernando Scheffer conquistou a medalha de bronze nos 200m livres na manhã desta terça-feira (27) (noite de segunda-feira no Brasil), nos Jogos de Tóquio.

No Centro Aquático da capital japonesa, Scheffer completou a prova com o tempo de 1:46.66, atrás dos britânicos Tom Dean (1:44.22), que ficou com o ouro, e Duncan Scott (1:44.26), que ganhou a prata.

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O grande ausente da prova foi o chinês Sun Yang, campeão olímpico na Rio 2016 e ouro nas duas últimas Copas do Mundo, que está suspenso por doping e não participa desta edição das Olimpíadas.

Com esta conquista de Scheffer, de 23 anos, o Brasil soma quatro medalhas nos Jogos de Tóquio, depois de duas no skate (Kelvin Hoefler e Rayssa Leal, na modalidade street) e uma no judô (Daniel Cargnin, na categoria até 66 kg).

"Quando caí para essa prova, não estava pensando em tempo ou colocação, só queria fazer minha prova, colocar na água tudo que treinei e nadar feliz a cada braçada, aproveitando cada metro. É uma sensação muito especial, parece que estou sonhando ainda", declarou o brasileiro ao fim da prova, em entrevista ao canal SporTV.

Nos Jogos Olímpicos de 2016, a equipe brasileira de natação foi uma das decepções nas provas de velocidade, ficando de fora dos pódios. A única medalha conquistada neste esporte foi o bronze de Polyana Okimoto na maratona aquática.

A dupla brasileira Evandro e Bruno Schmidt se impôs e venceu os marroquinos Mohammed Abicha e Zouheir Elgraoui por 2 sets a 0 na segunda rodada do torneio de vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Tóquio, com parciais de 21/14 e 21/16.

Apesar dos ventos no Shiokaze Park, Evandro e Bruno não encontraram grandes dificuldades para superar os adversários nos dois sets.

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Os brasileiros têm 100% de aproveitamento, já que na estreia derrotaram a dupla chilena formada pelos primos Marco e Esteban Grimalt por 2 a 1.

Na sexta-feira (30), no encerramento da fase de grupos, Evandro e Bruno vão enfrentar os poloneses Michal Bryl e Grzegorz Fijalek.

O torneio olímpico de vôlei de praia tem seis grupos com quatro duplas cada.

As duas primeiras de cada chave avançam assim como as duas melhores terceiras.

As outras quatro terceiras se enfrentam em uma repescagem.

A judoca brasileira Ketleyn Quadros foi derrotada na repescagem da categoria até 63kg pela holandesa Juul Franssen, nesta terça-feira (27), e se despediu das chances de chegar ao bronze nos Jogos de Tóquio.

Antes de enfrentar a atleta da Holanda, a porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura das Olimpíadas na capital japonesa venceu duas lutas e perdeu uma nas eliminatórias.

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No duelo com Franssen, Ketleyn Quadros sofreu duas punições e, faltando menos de um minuto para o fim sofreu o ippon, que deu à judoca da Holanda o direito de disputar a medalha de bronze.

O brasileiro Ítalo Ferreira conquistou a primeira medalha de ouro da história do surfe nas Olimpíada, ao derrotar o japonês Kanoa Igarashi na final dos Jogos de Tóquio.

O surfista potiguar terminou a bateria decisiva com 15,14 pontos, contra 6,60 de Igarashi na praia de Tsurigasaki, que fica no município de Chiba, a 100 quilômetros da capital japonesa.

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O australiano Owen Wright levou o bronze, ao superar o outro brasileiro que estava na competição, Gabriel Medina, na decisão do terceiro lugar (11,97 a 11,77).

O surfe é um dos esportes incluídos no programa de Tóquio-2020 pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para tentar atrair uma audiência mais jovem.

E assim como no caso do skate (com as pratas de Kelvin Hoefler e Rayssa Leal na categoria street), a nova modalidade olímpica deu muitas alegrias ao Brasil.

Ítalo Ferreira confirmou a ótima fase (campeão mundial em 2019, segundo lugar no ranking mundial de 2021) e subiu ao lugar mais alto do pódio.

"Eu vim com uma frase para o Japão: diz amém que o ouro vem. Eu treinei muito nos últimos meses, mas só tenho que agradecer a Deus por tudo. Meu intuito é ajudar as pessoas e as famílias", declarou após a conquista à rede Globo

"Eu queria que a minha avó estivesse viva para ver isso. Sou muito feliz pelo que me tornei, pelo que fiz pelos meus pais. Sempre pedi para que esse sonho fosse realizado e aconteceu", completou o potiguar.

Na final, Ítalo levou um susto nos primeiros minutos: sua prancha quebrou e ele precisou trocar por uma peça reserva. Mas depois do problema, ele dominou completamente a decisão.

O Brasil teve chances de conquistar outra medalha na primeira disputa da história do surfe olímpico, mas Gabriel Medina (campeão mundial em 2014 e 2018, atual líder do ranking mundial) foi derrotado nos últimos minutos das semifinais pelo japonês Igarashi. Na disputa do bronze, ele perdeu por apenas 0,20 ponto para o australiano Owen Wright.

As finais do surfe estavam programadas inicialmente para quarta-feira, mas foram antecipadas em um dia devido a uma tempestade tropical que forçou a mudança de algumas competições olímpicas.

A previsão meteorológica indicava mar agitado nesta terça-feira em Tsurigasaki, mas um mar calmo na quarta-feira.

A primeira medalha do surfe na estreia da modalidade nas Olimpíadas foi para o australiano Owen Wirght, que nesta terça-feira (27) derrotou o brasileiro Gabriel Medina por apenas 0,2 ponto.

O surfista paulista, que acabou eliminado na semifinal ao tomar uma virada nos minutos finais da bateria do japonês Kanoa Igarashi, desta vez perdeu para Wright por 11.97 a 11.77.

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Desde o início da luta pelo bronze, o surfista da Austrália se manteve na frente na pontuação, mas sem abrir muita vantagem.

Nos minutos finais, Medina precisava de uma nota 5.98 para virar e tentou um aéreo, mas não conseguiu tirar a vantagem do adversário e acabou ficando fora do primeiro pódio da modalidade nos Jogos Olímpicos.

Apesar desta derrota, o Brasil tem pelo menos a prata garantida no surfe masculino, já que Ítalo Ferreira está na final, onde vai enfrentar Igarashi, a partir das 03H46 desta terça-feira (horário de Brasília).

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