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O chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, vai contar em uma grande audiência antimonopólio nesta quarta-feira (29) que sua rede social não teria sucesso sem as leis americanas que regulam a concorrência, mas também deve pedir que as regras da Internet sejam atualizadas.

"O Facebook é uma empresa orgulhosamente americana", destaca Zuckerberg em um discurso preparado antecipadamente para o encontro com o Comitê Judicial da Câmara.

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"Nossa história não seria possível sem as leis americanas que incentivam a concorrência e a inovação", acrescenta.

Zuckerberg também reconhece "preocupações sobre o tamanho e o poder das empresas de tecnologia".

"É por isso que pedi um papel mais ativo para governos e reguladores além de regras atualizadas para a Internet", continua.

A audiência sem precedentes também contará com os dirigentes Tim Cook, da Apple, Jeff Bezos, da Amazon, e Sundar Pichai, do Google e de sua controladora, Alphabet.

Os CEOs de quatro das empresas mais poderosas do mundo vão testemunhar remotamente a menos de 100 dias antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

O fundador da Amazon, Jeff Bezos, deve descrever a gigante do comércio eletrônico como um "sucesso" dos EUA, apesar de reconhecer que sua empresa deve ser "avaliada", afirmou em uma rede social.

Em uma mensagem mais desafiadora, Bezos postou: "quando você se olha no espelho, avalia as críticas e ainda acredita que está fazendo a coisa certa, nenhuma força no mundo poderá detê-lo".

O debate ocorre em meio a preocupações crescentes com o domínio das gigantes de tecnologia, ainda mais evidente durante a pandemia de coronavírus.

"Por fim, acredito que as empresas não deveriam fazer tantos julgamentos sobre questões importantes, como conteúdo nocivo, privacidade e integridade das eleições por conta própria", destacou.

- Grande vs má -

A expectativa é de que o debate extrapole o tema do abuso de poder nos mercados.

As atuais leis antimonopólio dos EUA dificultam maiores restrições à empresas simplesmente por serem grandes ou dominantes, sem danos aos consumidores ou abuso de poder de mercado.

"Acreditamos nos valores - democracia, competição, inclusão e liberdade de expressão - sobre os quais a economia americana foi construída", diz Zuckerberg.

Ele deve citar o exemplo da China que desenvolve e exporta uma versão da Internet com "ideias muito diferentes" do modelo americano.

"Acredito que seja importante manter os valores centrais de abertura e justiça que fizeram da economia digital da América uma força de empoderamento e oportunidade aqui e ao redor do mundo", continua Zuckerberg.

Também se espera que os diretores das empresas de tecnologia enfatizem como beneficiam os consumidores, principalmente durante a pandemia, e enfrentam a concorrência - principalmente da China.

Gigantes da mídia social enfrentam ataques por supostamente usar seu domínio para reprimir visões conservadoras - uma afirmação feita pelo presidente Donald Trump.

O Facebook tem sido acusado por não controlar discursos de ódio que promovem a violência, inclusive de Trump.

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou na última terça-feira (16) ao USA Today que os usuários vão poder desativar as propagandas políticas da rede social. De acordo com o empresário, a funcionalidade foi feita para aqueles que já decidiram o seu voto. A mudança será implementada nas próximas semanas nos Estados Unidos. Nos demais países, o recurso deve chegar apenas no fim do ano.

Com a nova ferramenta será possível desativar um anúncio político por meio da própria propaganda ou pelas configurações do Facebook e Instagram. Também será oferecida a opção de denúncia, caso a propaganda apareça depois da ativação.

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O recurso foi planejado por causa das críticas que a rede social recebeu nos últimos meses em função dos anúncios políticos que eram acusados de espalhar fake news.

O americano Mark Zuckerberg disse que o Facebook estava removendo informações falsas sobre o coronavírus e deu o exemplo do presidente Jair Bolsonaro, reconhecendo que a rede social não estava pronta para lutar contra interferências nas eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos.

O Facebook retirou uma alegação do presidente brasileiro Jair Bolsonaro de que os cientistas "mostraram" que havia uma cura para o coronavírus. "Isso obviamente não é verdade e é por isso que a removemos. Não importa quem diga isso", disse Zuckerberg em entrevista à rádio pública britânica BBC.

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O Facebook removerá da plataforma todo o conteúdo que cause "dano imediato" a qualquer usuário, acrescentou Zuckerberg.

O CEO e fundador da rede social também reconheceu que estava "atrasado" na luta contra a desinformação durante a última campanha eleitoral nos Estados Unidos.

Prevenir a interferência eleitoral representa uma "corrida armamentista" contra países como Rússia, Irã ou China, disse.

"Os países continuarão tentando interferir e veremos problemas como esse, mas aprendemos muito desde 2016 e tenho certeza de que podemos proteger a integridade das próximas eleições".

Em busca de reeleição, o presidente Donald Trump enfrentará o democrata Joe Biden em uma eleição planejada em 3 de novembro.

O Facebook foi acusado de contribuir para a vitória de Trump contra Hillary Clinton há quatro anos devido à desinformação publicada online por governos estrangeiros.

Em comunicado ao Senado dos Estados Unidos em outubro de 2017, o Facebook admitiu que o conteúdo apoiado pela Rússia alcançou 126 milhões de americanos em sua plataforma durante e após a eleição presidencial de 2016.

O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu nesta segunda-feira à União Europeia (UE) que tome a iniciativa na criação de um padrão global sobre a regulação das novas tecnologias, ante o risco de que os países adotem o modelo chinês.

"Neste momento, muitos países estão olhando para a China e pensando: "Parece que esse modelo talvez possa funcionar, talvez dê ao nosso governo mais controle", comentou Zuckerberg em videoconferência com o comissário europeu Thierry Breton. "Só acho que isso é muito perigoso e me preocupa que esse tipo de modelo possa se estender a outros países", assinalou o fundador da rede social.

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"O melhor antídoto seria ter um marco normativo claro que provenha dos países democráticos ocidentais e se converta na regra em todo o mundo", concluiu Zuckerberg, destacando a liderança normativa da Europa com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGDP), colocado em prática pela UE em 2018 e visto como um modelo em outros países, prevendo direitos reforçados para os internautas, como o seu consentimento explícito para o uso por empresas de seus dados pessoais coletados na UE.

O Facebook não terá mais eventos presenciais com mais de 50 pessoas até junho de 2021. A informação foi divulgada pelo próprio Mark Zuckerberg, em sua página na rede social e é decorrente das medidas de isolamento por conta do novo coronavírus. "estamos atrasando nossos planos de retornar ao escritório, a fim de priorizar a ajuda do restante da comunidade e da economia local a voltar a funcionar primeiro", disse o CEO da companhia.

Zuckerberg ressaltou que a maioria dos encontros, que antes eram presenciais, vão passar a acontecer virtualmente e que apenas alguns grupos de funcionários devem voltar ao escritório durante esse período. "Diante disto, estamos cancelando quaisquer grandes eventos físicos que planejamos com 50 ou mais pessoas até junho de 2021. Alguns deles serão realizados como eventos virtuais e compartilharemos mais detalhes sobre isso em breve. Da mesma forma, estendemos nossa política de nenhuma viagem de negócios até pelo menos junho deste ano", escreveu.

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No momento, apenas uma pequena porcentagem dos funcionários do Facebook poderá retornar mais cedo como revisores de conteúdo que trabalham em combate ao terrorismo ou prevenção de suicídio e automutilação e engenheiros que trabalham em hardware complexo, mas "no geral, não espere ter todos de volta em nossos escritórios por algum tempo", afirmou.

Por conta de previsões de um lento retorno da quarentena o executivo afirmou que quem acreditar que precisa de mais tempo em casa, após esse período, poderá retornar apenas após o verão norte-americano. “Seja porque estão em grupo de risco, porque escolas e campi foram cancelados e não há quem cuide das crianças, podem programar trabalhar de casa até pelo menos o verão", disse.

E finalizou afirmando que os usuários devem se preparar par um retorno gradativo. "Quando a sociedade finalmente começar a reabrir, ela deverá fazer isso lentamente, em ondas desconcertadas, para garantir que as pessoas que estão retornando ao trabalho possam fazê-lo com segurança e que minimizem a possibilidade de futuros surtos", encerrou o post.

O Facebook lançou o Facebook Pay, sistema que promete facilitar o envio e recebimento de pagamentos em todas as redes sociais e aplicativos da empresa de Mark Zuckerberg, como Instagram, Messenger e WhatsApp. O objetivo é oferecer para os usuários "uma experiência de pagamento conveniente, segura e consistente entre todas aplicações".

A ferramenta foi colocada em operação apenas nos Estados Unidos, sem previsão para chegada em outras regiões. Segundo a empresa, o "Facebook Pay" é uma espécie de carteira digital que permite a introdução dos dados de cartão de crédito, débito ou do PayPal, além de garantir que os internautas consigam fazer transferências e pagamentos entre si sem sair das redes sociais.

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"Os usuários já usam pagamentos em nossos aplicativos para fazer compras, fazer doações por uma causa ou enviar dinheiro. O Facebook Pay facilitará essas transações, enquanto continuará a manter as informações de pagamento seguras e protegidas", explica Deborah Liu, vice-presidente de marketplace e comércio do Facebook.

Como forma de segurança, a funcionalidade terá a opção de adicionar um PIN ou a biometria e identificação facial poderão ser usadas. O Facebook ainda explicou que o novo serviço utiliza estruturas financeiras já existentes, e não está relacionado ao seu projeto da moeda digital libra, duramente criticado.

Da Ansa

Os pedidos cada vez mais insistentes de desmantelar o Facebook representam uma ameaça "existencial" para a empresa, de acordo com seu chefe Mark Zuckerberg, que diz estar pronto para "ir para o combate" para evitar que isso aconteça, segundo o site especializado The Verge.

O site diz ter a gravação de uma sessão de perguntas e respostas entre Zuckerberg e seus funcionários em julho, durante a qual ele se refere a várias questões, incluindo ataques reiterados de Elizabeth Warren, a estrela em ascensão das primárias democratas para as eleições presidenciais de 2020.

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"Alguém como Elizabeth Warren acha que a solução é desmantelar as empresas", disse ele. "Se ela for eleita presidente, aposto que teremos uma luta judicial e aposto que venceremos". "Não quero iniciar um grande processo contra nosso próprio governo", disse o co-fundador da primeira rede social do mundo. "Mas, no final, se alguém tenta ameaçar algo existencial, você vai para a batalha e briga".

Gigantes tecnológicos como o Facebook ou o Google estão sujeitos a várias investigações de práticas anticompetitivas lançadas por alguns estados nos Estados Unidos e também estão na mira das autoridades europeias.

As reivindicações contra eles se referem à proteção de dados pessoais no domínio do mercado publicitário. Mas o desmantelamento dessas empresas não reduzirá, por exemplo, o risco de interferência nas eleições, segundo Zuckerberg. Em vez disso, o oposto pode acontecer "porque as empresas não podem mais coordenar e trabalhar juntas".

Tampouco reduzirá o problema dos ataques de ódio, porque todos os procedimentos implementados para combatê-los serão "mais fragmentados".

O Twitter, por exemplo, enfrenta os mesmos tipos de problemas que o Facebook, mas "nosso investimento em segurança é mais importante que sua cobrança", afirmou o CEO da rede social.

Em uma série de perguntas dos participantes da reunião, Zuckerberg também abordou o fato de não ter participado de uma audiência no parlamento britânico.

"Quando os problemas surgiram com a Cambridge Analytica no ano passado, eu apareci em audiências nos Estados Unidos, na União Europeia, mas seria tolice ir a todas as audiências nos países que querem me ver", disse.

Ele também mencionou o desenvolvimento de um novo aplicativo chamado Lasso, que visa competir com o popular aplicativo de vídeo chinês TikTok.

Contactado pela AFP, o grupo não ofereceu imediatamente sua reação à divulgação desses comentários de Zuckerberg.

O executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, manifestou nesta quarta-feira (26) apoio à legislação federal sobre privacidade e maior regulação da política de anúncios. Em evento no Colorado, porém, ele avaliou que os governos têm sido muito lentos para lidar com os problemas mais complexos da internet.

Zuckerberg afirmou que o Facebook atua com rapidez contra problemas como informações falsas e como aperfeiçoar o monitoramento de conteúdo online. "Regulação e um processo democrático robusto são o melhor meio de lidar com algumas dessas questões, mas também não iremos esperar para ver essas coisas acontecerem", disse ele.

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As declarações foram dadas horas após a Casa Branca lançar críticas à conduta das companhias do Vale do Silício e convocar uma reunião em 11 de julho para discutir a responsabilidade das plataformas online. O presidente americano, Donald Trump, reiterou nesta quarta-feira sua visão de que o Facebook e outras gigantes do setor de tecnologia têm um viés contra ele e seus partidários, o que as companhias negam. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Instagram decidiu não remover de sua plataforma o vídeo falso de Mark Zuckeberg, no qual uma versão criado por algoritmos do fundador da rede social diz que rouba e controla os dados das pessoas. A decisão é consistente com a política de uso dos produtos do Facebook, que no mês passado se recusou a remover um vídeo criado por algoritmos que retrata uma versão "bêbada" de Nancy Pelosi, líder do partido democrata na câmara de deputados - na época, a decisão do Facebook causou polêmica no meio político americano.

Ao site TechCrunch, o Instagram diz que tratará o vídeo do chefe da mesma maneira que trata material com conteúdo falso: o conteúdo será filtrado da aba Explorar e hashtags não funcionarão com o material. Para que isso aconteça, porém, agentes independentes de checagem precisam marcar o material como falso. No auge da polêmica do vídeo de Pelosi, Neil Potts, diretor de política pública do Facebook, garantiu que nem mesmo um vídeo falso de Mark Zuckerberg seria removido da rede social.

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O vídeo de Zuckerberg foi criado por meio de inteligência artificial - os algoritmos usam imagens reais do fundador do Facebook e combinam com os movimentos do rosto de outra pessoa, técnica conhecida como deep fake. O crescimento e sofisticação dos deep fakes já preocupam autoridades e especialistas sobre o seu impacto em processos eleitorais em diversas partes do mundo.

Os criadores do vídeo de Zuckerberg têm deep fakes de outras personalidades, incluindo Donald Trump e Kim Kardashian.

 

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Dia 30 de abril foi marco para quem está atento às mudanças do Facebook. Após a conferência de seus desenvolvedores, chamada de F8, que visa - principalmente - mostrar as novidades da rede social, Mark Zuckerberg também aproveitou para apontar uma nova postura da sua empresa. Depois de diversos escândalos envolvendo a privacidade de seus usuários, o mote da plataforma deixa de ser a conexão aberta de pessoas e passa a focar na manutenção da vida particular longe dos curiosos.

O futuro é privado. Essa era uma das frases que apareceram no painel no primeiro dia de F8. Mas, além de privado, ele é de quem quer fazer negócios. Pelo menos foi o que ficou claro nos anúncios dos representantes das redes sociais que fazem parte da empresa Facebook, como Instagram, WhatsApp e Messenger. Confira as principais novidades do primeiro dia:

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Facebook

O Facebook deixa, aos poucos, de ser uma rede para conectar novas pessoas. A proposta de Zuckerberg passa a ser a de conectar usuários com os indivíduos e comunidades com as quais partilha dos mesmos interesses, não apenas os amigos dos amigos na rede social. Para isso ser possível, o foco da plataforma passa a ser as melhorias para a aba Grupos.

Será possível receber recomendações relevantes de “Grupos” em outros lugares do aplicativo, como no Marketplace, na aba Jogos e no Facebook Watch. Além disso, recursos personalizados para atender diferentes comunidades, fazendo com que o conteúdo partilhado nelas seja mais facilmente compartilhado e colocado em destaque. Por fim, a ferramenta Conheça Novos Amigos unirá o usuário com pessoas dentro dessas comunidades - que tenham interesses em comum, mas apenas para quem for aberto a novas amizades.

Messenger

O mensageiro também trouxe novidades. Mais rápido e leve ele ganha duas ferramentas de destaque. A primeira é a vídeo chamada compartilhada. Em que o usuário poderá mostrar um vídeo do aplicativo do Facebook no Messenger para outras pessoas ao mesmo tempo, enquanto conversa ou faz uma ligação de vídeo.

A segunda é a criação do Messenger para desktop. O que deixa impossível não comparar com o finado MSN já que será possível fazer ligações de vídeos em grupo, ter suas conversas privadas normalmente e visualizar os Stories e mensagens de seus contatos.

Amigos, amigos e negócios à parte

E quem pensa que a triagem das amizades foi o foco da conferência, engana-se. Para os perfis empresariais, que encontraram nas redes sociais um espaço para chamar de seu, Zuckerberg também preparou novidades.

Messenger - será possível criar anúncios que levem os clientes a questionários, com intuito de conhecê-los melhor. Os dados continuaram sendo captados, mas agora de forma consensual, entregues pelos próprios usuários, como deveria ser. Além disso, quem oferece serviços poderá deixar tudo agendado pelo mensageiro. Sem a necessidade de marcações mais complexas.

Instagram - Até as marcas que usam de Digitais Influencers para atingir mais pessoas sairão ganhando. A partir da próxima semana, os usuários do Instagram poderão comprar os looks dos criadores de conteúdo apenas tocando na tela. Ao invés de mostrar apenas o perfil da marca desejada ou o preço, a plataforma irá redirecionar para uma espécie de shopping virtual.

WhatsApp - O WhatsApp foi o que apresentou menos novidades empolgantes. Também seguindo a linha de mercado virtual do Instagram, a rede possibilitará que empresas façam catálogos de seus produtos e enviem diretamente para seus possíveis consumidores. Mais uma forma de facilitar que produtos sejam adquiridos diretamente na rede.

Se pudesse, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, deletaria o dia 17 de março de 2018. Foi naquele sábado que uma reportagem conjunta dos jornais The Observer e The New York Times jogou luzes sobre a consultoria política Cambridge Analytica, que usou indevidamente dados de 87 milhões de usuários da rede social para campanhas como a de Donald Trump à presidência dos EUA em 2016. O escândalo abriu portas para o Facebook sangrar na pior crise de sua existência, mas parece não ter sido suficiente para transformar a empresa até aqui.

Para analistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, pouco importa o plano anunciado recentemente por Zuckerberg, dizendo que o futuro da empresa está em mensagens criptografadas. Segundo eles, a empresa segue adiante sem resolver os problemas escancarados pelo caso Cambridge Analytica. São vários: de exploração comercial de informações pessoais à quebra de privacidade, passando por influência políticas, notícias falsas e barreiras de seguranças frágeis.

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Não foi só uma crise de imagem própria: o Facebook pôs todo o setor tecnológico em xeque. "O caso afetou a forma como as pessoas enxergam o funcionamento das redes sociais", diz Carlos Affonso Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS). Procurado pela reportagem, o Facebook não esteve disponível para responder ao pedido de entrevista.

Aprendizado

Após o escândalo, instalou-se uma lupa de reguladores e críticos sobre as gigantes de tecnologia. Temendo ser "asfixiada" pela regulação, a empresa tomou medidas para transmitir a imagem de que aprendeu a lição. Mudou políticas de privacidade, simplificou configurações e tentou implementar uma mistura de inteligência artificial com aumento na equipe de moderadores humanos para aumentar a segurança na plataforma.

Com a preocupação, aumentou gastos e reduziu suas projeções de ganhos. Ao fazê-lo, porém, perdeu 20% de seu valor de mercado, na maior queda diária da história de Wall Street. O que assustou os investidores não era o uso de dados dos usuários, mas a perspectiva pessimista de crescimento. Em janeiro, porém, ao anunciar projeções otimistas, o sinal se inverteu: as ações chegaram a subir 10,8% em um só dia.

Se na matemática o resultado pode não ser o mesmo, no aspecto moral o último ano do Facebook parece um jogo de soma-zero. "Não vi nenhuma mudança genuína", diz David Kirkpatrick, autor do livro O Efeito Facebook. Para Bart Willemsen, diretor da consultoria Gartner, a explicação é simples: "a única coisa que pode mudar a posição do Facebook e prevenir episódios como os do passado é modificar o modelo de negócios", diz. "Hoje há um conflito: quando há impacto positivo para anunciantes, há prejuízo para a privacidade dos usuários - e vice-versa."

Desvio de rota

Há duas semanas, algo parece ter mudado o rumo do Facebook: a carta, em tom de manifesto, na qual Zuckerberg delineia que o futuro do Facebook está em mensagens criptografadas, integrando o WhatsApp, o Instagram e o Facebook Messenger em um só sistema. Supostamente, haverá mais privacidade para os usuários, mas, para os especialistas, é "um plano para inglês ver."

"É um tipo diferente de privacidade", diz Kirkpatrick. "A privacidade que preocupa as pessoas é que seus dados não serão protegidos, não a das mensagens". Na visão dele, oferecer mensagens criptografadas não muda o fato de que dados estão sendo coletados - e especialistas desconfiam até do grau de privacidade que o serviço pode oferecer no futuro.

Isso porque, ao serem criptografadas, as mensagens têm seu conteúdo intacto. Porém, seguem gerando informações úteis - os chamados metadados, que identificam os usuários, onde estão e até o horário da troca de mensagens. São dados que o WhatsApp pode ceder a investigações policiais - para Willemsen, do Gartner, também podem ser oferecidas a anunciantes.

Em uma superplataforma de mensagens, não é difícil imaginar que um usuário passe a receber anúncios de sofás em seu celular após trocar mensagens com o perfil de uma loja de móveis no Instagram - mesmo que a rede não saiba o que foi conversado. "A privacidade não diz respeito só ao conteúdo da mensagem, mas sobre qualquer informação dos indivíduos. É complexo", diz o analista do Gartner.

O Facebook está caminhando para se tornar uma plataforma "focada na privacidade" e concentrada na confidencialidade, anunciou nesta quarta-feira (6) o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, ao expor sua visão estratégica para transformar o gigante das redes sociais.

Para Zuckerberg, criticado por seu manejo considerado permissivo dos dados confidenciais dos usuários, o Facebook deve se tornar uma rede mais unificada e concentrada nas trocas privadas - em contraposição à publicação de posts visíveis para um grande número de pessoas - e nos formatos de "stories", que desaparecem em 24 horas.

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"Quando penso no futuro da internet, penso que uma plataforma de comunicações focada na privacidade será muito mais importante que as plataformas abertas atuais", considerou, anunciando também sua intenção de possibilitar pagamentos on-line "de forma privada e segura".

A mudança segue os novos gostos dos usuários de redes sociais. "Hoje em dia já vemos que as mensagens privadas, os 'stories' efêmeros e os pequenos grupos são de longe os formatos de comunicação on-line que crescem mais rápido", escreveu Zuckerberg em um texto de 3.000 palavras em sua página de Facebook.

O presidente do grupo tem a intenção de unificar de forma técnica a rede com seus outros serviços Messenger, Instagram e Whatsapp. Dessa forma seria possível trocar mensagens nessas redes, que poderiam adotar a criptografia de dados, como é o caso atualmente do Whatsapp.

"Nos próximos anos, planejamos reconstruir nossos serviços em torno dessa ideias", disse Zuckerberg, consciente do desgaste que a imagem do Facebook sofreu pelos casos de manipulação de dados.

Embora "não tenhamos atualmente uma boa reputação de poder construir serviços que protejam a privacidade (...), podemos evoluir para construir serviços que as pessoas realmente queiram", afirmou.

O presidente-executivo e criador do Facebook, Mark Zuckerberg, revelou nesta terça-feira (8) que sua meta pessoal para 2019 será convocar uma série de fóruns públicos sobre como a tecnologia pode servir melhor à sociedade.

"Meu desafio para 2019 é sediar uma série de discussões públicas sobre o futuro da tecnologia na sociedade - as oportunidades, os desafios, as esperanças e as ansiedades", escreveu Zuckerberg, em um post no Facebook.

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O anúncio surge em um período difícil para a empresa de mídia social, que tem sido criticada por seu tratamento de dados de consumidores privados. Zuckerberg, sem reconhecer diretamente as críticas, disse ter ciência da necessidade de sair da sua zona de conforto.

"Sou engenheiro e costumava construir minhas ideias e esperar que elas falassem por si mesmas", escreveu ele. "Mas, dada a importância do que fazemos, isso não funciona mais", completou. Zuckerberg planeja promover uma série de fóruns que serão transmitidos no Facebook, no Instagram e em outras mídias.

O executivo tem a prática de estabelecer uma meta pessoal a cada mês janeiro, como correr 365 milhas durante o ano, ou visitar todos os 50 dos EUA. "No ano passado, concentrei quase todo o meu tempo em abordar questões importantes em torno de eleições, discursos, privacidade e bem-estar", escreveu Zuckerberg.

O Facebook foi eleito em uma pesquisa a empresa de tecnologia menos confiável. De acordo com o relatório recente feito pela empresa Toluna, 40% dos mais de mil entrevistados disseram que não confiar seus dados pessoais na empresa de Mark Zuckerberg.

Essa profunda desconfiança decorre não só dos vários vazamentos de dados ocorridos durante o ano de 2018, mas também de revelações de como a empresa e seus principais executivos, Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg, lidaram com essas crises.

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Essas falhas afetaram o preço das ações do Facebook e a confiança dos usuários. Muita gente pensou até em deletar sua conta do Facebook em 2018 e assim surgiu a campanha chamada #DeleteFacebook.

O Twitter e a Amazon estão empatados em segundo lugar. O Uber ficou na quarta posição no ranking, com 7% no nível de desconfiança entre os usuários. A Lyft tem com 6% no índice. Por outro lado, a Netflix e Tesla tiveram os melhores resultados, com apenas 1% de desconfiança.

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Talvez Mark Zuckerberg deva passar a virada de ano com uma camisa amarela para tentar atrair mais sorte em 2019, já que em 2018 o presidente-executivo do Facebook perdeu uma enorme quantia de US$ 16 bilhões, após a rede social enfrentar uma série de escândalos e ver suas ações despencarem nos últimos meses.

De acordo com o Bloomberg Billionaires Index, o patrimônio líquido de Zuckerberg atualmente é de US$ 57 bilhões. Tal montante ainda faz dele a sexta pessoa mais rica do mundo, mas Zuckerberg começou o ano com um patrimônio líquido de US$ 73 bilhões. Em meados de julho, sua fortuna aumentou para US$ 82 bilhões.

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Nesse ponto, ele ultrapassou o renomado investidor Warren Buffet, subindo para o terceiro lugar na lista - atrás apenas de Jeff Bezos e Bill Gates em termos do tamanho de sua fortuna. Desde o final de julho, porém, Zuckerberg viu seu patrimônio cair - cerca de 98% de sua fortuna vem de sua participação no Facebook e quase um terço do valor da empresa foi perdido nos últimos cinco meses.

Depois de divulgar seus lucros do segundo trimestre no final de julho, nos quais o Facebook registrou uma quebra rara na receita e no número de usuários, a empresa sofreu a maior perda de valor em um único dia para qualquer empresa na história do mercado dos EUA.

Desde então, o Facebook tem lutado para recuperar as perdas, já que foi atingido por uma série de escândalos. O Facebook também está lutando contra alegações de que havia considerado a venda de dados de usuários para empresas, algo que a companhia negou publicamente.

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O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou que não pensa em renunciar ao cargo, apesar dos problemas sofridos pela rede social nos últimos meses. "Este não é o plano", afirmou Zuckerberg em uma entrevista para a CNN Business ao ser questionado se deixaria o comando da empresa.

O executivo também defendeu a número 2 da rede social, Sheryl Sandberg, muito criticada por sua gestão das crises que afetaram o gigante da internet. "Sheryl é uma parte realmente importante desta empresa e está liderando muitos esforços em muitas das grandes questões que temos", disse.

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Nos últimos meses o Facebook foi acusado de não ter impedido a interferência russa através de sua plataforma durante as eleições americanas de 2016. Também se viu envolvido no caso Cambridge Analytica, no qual os dados do usuário da rede social foram utilizados para ajudar o então candidato Donald Trump. Além disso, uma falha de segurança expôs os dados privados de milhões de usuários.

O jornal New York Times informou esta semana que o Facebook não revelou tudo o que sabia sobre a interferência russa e que contratou uma empresa de comunicação para divulgar informações negativas sobre outras companhias do Silicon Valley para desviar a atenção.

"Muitas coisas que estavam neste artigo, nós falamos antes com os repórteres e afirmamos a eles que de tudo o que vimos, aquilo não era verdade e eles escolheram publicar mesmo assim", declarou Zuckerberg.

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou nesta quinta-feira (15) a criação de uma "corte de apelação independente" que decidirá sobre conteúdos controversos e se estes podem permanecer on-line ou não. O anúncio foi feito durante uma teleconferência para abordar uma nova polêmica que envolve o grupo e uma empresa de relações públicas.

Para além dessa nova polêmica, Zuckerberg e sua equipe anunciaram ter aumentado a capacidade da rede social de detectar "mensagens de ódio" de qualquer tipo. O Facebook é regularmente acusado de não fazer o suficiente para suprimir mensagens e reconhece, por exemplo, que foi lento demais para reagir à propaganda do Exército de Mianmar em seu site contra a minoria dos rohinyas.

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"Cheguei à conclusão de que não deveríamos tomar tantas decisões sobre liberdade de expressão ou segurança", disse Zuckerberg. Os conteúdos controversos detectados através da inteligência artificial ou porque são reportados pelos usuários são revisados através de um sistema interno.

Mas uma espécie de "tribunal de apelação" independente, que deveria ser estabelecido no ano que vem, será responsável por decidir em casos de litígio. A composição da corte, assim como seu grau de independência, em concordância com os princípios que guiam o Facebook, serão determinados nos próximos meses.

A partir do ano que vem o Facebook vai publicar um relatório a cada três meses sobre o conteúdo eliminado do site. A frequência é equivalente à da publicação de resultados financeiros e uma forma de demonstrar que a empresa leva o assunto a sério.

"Conseguimos avanços na eliminação do ódio, da intimidação e do terrorismo da nossa rede", disse Zuckerberg, mas "devemos encontrar o equilíbrio entre dar voz às pessoas e nos assegurarmos de que estão seguras".

Uma agência de privacidade da União Europeia (UE) pode multar o Facebook no valor de US$ 1,63 bilhão por uma violação de dados anunciada na sexta-feira (28), na qual hackers comprometeram as contas de mais de 50 milhões de usuários da rede social. As informações são do The Wall Street Journal.

A multa será aplicada se os reguladores encontrarem evidências de que a empresa violou a nova lei de privacidade. O órgão europeu disse que requisitou mais informações à gigante tecnológica sobre a natureza e a escala da falha, incluindo quais residentes da UE podem ter sido afetados.

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Em comunicado, o regulador afirma que está preocupado com o fato de que o Facebook é incapaz de esclarecer a natureza da falha e o risco para usuários. Em resposta, uma porta-voz do Facebook ressaltou que a empresa responderá às questões e manterá os reguladores atualizados sobre demais desdobramentos.

A brecha permitiu o roubo de tokens de acesso ao Facebook, que funcionam como chaves, permitindo que as diversas contas permaneçam online, sem a necessidade de o usuário digitar sua senha toda vez que acessa a rede social.

Como resultado da violação, mais de 90 milhões de usuários do Facebook foram forçados a sair de suas contas, uma medida de segurança comum para proteger as informações guardadas nelas. O Facebook corrigiu a vulnerabilidade e notificou as autoridades policiais.

Com informações de agências

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Um hacker prometeu apagar o perfil do Facebook de ninguém menos que Mark Zuckerberg no próximo domingo (30). Escrevendo em um post na rede social para seus 26 mil seguidores, Chang Chi-yuan disse que pretende deletar a conta do fundador do Facebook e realizar uma transmissão ao vivo durante o processo. Chang é um hacker conhecido em Taiwan, segundo a Bloomberg.

Chang é conhecido como hacker de chapéu branco, aqueles que encontram bugs e falhas em plataformas e serviços e alertam seus responsáveis a fim de obter uma recompensa financeira. Ele já realizou ataques contra a Apple e a Tesla e até mesmo aparece no hall da fama da Line Corp, segundo uma reportagem da Bloomberg.

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O Facebook tem um programa contínuo de recompensas de bugs, no qual afirma que reconhecerá e recompensará os pesquisadores de segurança que relatam vulnerabilidades em seus serviços.

Se Chang concluir sua promessa, essa não será a primeira vez que o perfil de Zuckerberg será hackeado. Em 2011, um hacker conseguiu postar com sucesso uma atualização de status na conta de Zuckerberg. O Facebook ainda não se posicionou publicamente a respeito da ameaça feita por Chang.

"Estou apenas entediado e exploro isso como uma forma de ganhar algum dinheiro" disse Chang. Ele informou que vai transmitir a ação contra o bilionário às 7h no horário de Brasília na sua própria página na rede social.

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O Facebook trabalhou para lançar seu próprio smartphone pouco antes de sua flutuação caótica há seis anos, confirmou um ex-executivo. Chamath Palihapitiya, chefe de crescimento da rede social até 2011, revelou que fazia parte de uma equipe de funcionários que desenvolvia um smartphone rival da Apple e da Samsung.

Isso confirma os rumores de longa data de que a empresa planejou uma entrada direta no mercado de smartphones enquanto lutava para ganhar força em dispositivos móveis. No meio do caminho, o Facebook desistiu desse plano. Em vez disso, desenvolveu uma versão especial do sistema operacional Android, do Google, chamada Facebook Home.

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"Eu estava construindo um produto no Facebook que não foi lançado, eu estava construindo um telefone", disse Palihapitiya, falando na Universidade de Waterloo. Ele não revelou, porém, o motivo pelo qual a empresa desistiu de vender seu próprio aparelho.

Palihapitiya estava encarregado do crescimento internacional do Facebook, sugerindo que o dispositivo poderia ter sido direcionado a consumidores de mercados emergentes que não tinha orçamento disponível para possuir computadores.

Em 2012, quando suas ações caíram pela metade devido a problemas relacionados à ascensão dos smartphones, o Facebook decidiu introduzir mais anúncios em seus aplicativos. Palihapitiya, que se tornou um investidor de tecnologia depois de deixar o Facebook, agora é um crítico das táticas de crescimento da rede social.

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