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Após o veto ao projeto de lei que visava acabar com a meia-entrada de eventos culturais e esportivos no Estado de São Paulo feito por Carlos Pignatari (PSDB), governador em exercício, entidades estudantis se manifestaram sobre o tema neste sábado, 30.

Nas redes sociais, a União Nacional dos Estudantes (UNE) chamou o veto de "vitória" e afirmou que a entidade "segue na luta" para que ele "seja mantido". Já a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) destacou: "Nossa formação não é só dentro da sala de aula! Nossa formação também se constrói com acesso a cultura, esporte e lazer", fazendo também provocações ao deputado estadual Arthur do Val (Patriota), autor do projeto, que defendia que não houvesse diferenciação na venda de ingressos para todas categorias com direito ao benefício, como estudantes ou idosos.

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Em entrevista ao Estadão na última quinta-feira, 28, o deputado justificou sua intenção: "É uma ingenuidade gigante achar que o empresário vai baixar o seu lucro por altruísmo. Eu faturo aqui X para fazer tal evento cultural. Ah, agora tem a lei da meia-entrada para estudante? Eu vou perder um pouquinho do meu lucro aqui? Então eu aceito perder um pouquinho aqui. Claro que não. O que ele faz? Ele aumenta o valor dos ingressos e aqueles que forem vendidos de forma inteira, que na verdade vai ser o dobro, é lucro. Na prática é isso que acontece, todo mundo sabe que, na prática, não existe a lei da meia-entrada. No mais, se a lei de meia-entrada é garantia de abaixar os preços, então o meu PL é bom porque ele é a meia-entrada é para todos."

"É uma ingenuidade gigante achar que tabelar preço de uma forma ou de outra funciona. O tabelamento de preços em nenhum lugar do mundo, em momento algum da história, funcionou. Inclusive, no Brasil, na nossa história recente nós tivemos uma experiência com isso e ela não foi bem sucedida. Tabelamento de preço não funciona", continuou.

'Meia-entrada é instrumento elitista'

 

Uma possível extinção da meia-entrada tem apoio por setores culturais, embora muitos empresários da noite evitem o assunto por saberem se tratar de algo polêmico e impopular entre os estudantes. Na última sexta-feira, André Sturm, cineasta e presidente do Belas Artes Grupo, que controla as salas de cinema Belas Artes, na Rua da Consolação, opinou ao Estadão: "A meia-entrada é um instrumento elitista, excludente, que faz o preço do ingresso ser muito mais alto do que deveria", comentou. "O que acontece em São Paulo, especificamente, é que 60% ou 70% dos ingressos são vendidos assim, aí os cinemas precisam multiplicar o preço final por dois. Por que o estudante paga meia-entrada e o motorista de Uber não?"

Christian Zucchi Tedesco, vice-presidente executivo do Grupo Tom Brasil, que controla a casa de espetáculos Tom Brasil, em São Paulo, declarou: "A meia-entrada é ótima na ideia, tem no mundo todo. Um projeto para dar acesso à cultura para pessoas necessitadas e à classe média também. Fantástico. Mas, ao mesmo tempo, se torna horrível na forma como é implementada no Brasil. Ela acaba fazendo com que o preço do ingresso seja muito mais caro do que já é e cria distorções."

Carlos Pignatari vetou integralmente o projeto de lei na sexta-feira, 29, alegando que a proposta "mostra-se incompatível com as normas gerais expedidas pela União". A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado deste sábado, 30.

O Ministério da Economia e a Agência Nacional do Cinema (Ancine) se manifestaram a favor do fim da meia-entrada em cinemas. A decisão está sendo avaliada devido a queda na compra de ingressos do tipo inteira nos últimos anos.

Segundo dados informados pelo governo federal ao portal Exame, o Sistema de Controle de Bilheteria (SBC) vêm monitorando mais de 3 mil salas de cinemas no Brasil desde 2017, e em 2019 constatou que mais de 80% dos ingressos vendidos foram o do tipo meia-entrada.

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O Brasil é o único país que tem a meia-entrada como obrigação por lei, que coloca como um direito para estudantes do ensino fundamental e superior, seja ele de escola pública ou particular, além de outras categorias de consumidores. Em alguns casos, a modalidade também pode ser oferecida quando existe parcerias entre os cinemas e outras empresas.

A Ancine abriu uma pesquisa pública para discutir a viabilidade dessa modalidade obrigatória por lei, que ficará em aberto até 13 de agosto. O Ministério da Economia já se mostrou favorável ao fim da modalidade, mas a decisão final ainda será tomada.

Até o momento, a medida está lidando apenas com a meia-entrada para cinemas. Nada foi dito em relação a outros segmentos, como eventos ou shows.

Os estudantes que desejam fazer a carteira de estudantes 2020, na Região Mteropolitana do Recife (RMR), já podem pedir a solicitação por meio do site do Grande Recife Consórcio de Transporte. O período para realizar a inscrição é até o dia 31 de dezembro. Neste ano, pela primeira vez, a Carteira de Identificação Estudantil (CIE) conta com uma versão digital, que pode ser acessada por meio de um aplicativo disponível em sistemas Android e iOS.

O documento estudantil assegura ao estudante o direito ao pagamento de meia-passagem, por meio da compra de créditos com o VEM Estudante, além do benefício da meia-entrada em ingressos para cinema, shows, entre outros. A carteira de estudante pode ser adquirida por alunos dos ensinos de níveis infantil, fundamental, médio, cursos técnico profissionalizante e cursinhos pré-vestibulares.

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O requerimento é feito de forma online, por meio do site Grande Recife Consórcio de Transporte. Lá, o estudante ou responsável deve clicar no link “Carteira de Estudante”. Depois, deve selecionar a opção “Acesso para o Estudante” e informar o nome completo e data de nascimento do aluno. Após, verificar os dados que aparecem na tela e, caso deseje, alterar a foto. Se as informações estiverem certas, é só fazer a solicitação de emissão do boleto e realizar o pagamento na Caixa Econômica Federal (agências, lotéricas, internet, autoatendimento e correspondente Caixa Aqui).

Se algum dado precisar ser modificado, o estudante deve entrar em contato com a instituição de ensino antes de gerar o boleto, no valor de R$ 13,50. Se o aluno não estiver cadastrado no sistema, ele mesmo poderá inserir os dados no site e solicitar a confirmação pela escola para gerar o boleto.

A Carteira de Estudante é feita em até 30 dias corridos, após a compensação do pagamento da taxa. Munido do documento, o estudante poderá instalar o aplicativo CIE PE (Carteira de Identificação estudantil de Pernambuco), e adquirir também uma versão digital da Carteira. O aplicativo fará a leitura do QR Code que tem no documento físico e validará os dados para serem acessados pelo celular. 

Os estudantes poderão ter acesso à novidade a partir do dia 31 de março, quando o o aplicativo será disponibilizado. 

Chico Buarque virá a Pernambuco em maio para fazer shows de sua nova turnê “Caravanas”, que já passou por Belo Horizonte, Rio de Janeiro e tem agenda também para São Paulo. Em Pernambuco, o cantor fará uma rápida temporada de 3 a 6 de maio, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco.

Depois do Recife, a turnê também passará por Salvador. A turnê é inspirada no álbum homônimo lançado pelo cantor e será apresentado na íntegra, além de nortear todo o repertório da apresentação, dialogando com o restante da playlist do show, que trará 19 músicas de diferentes fases da carreira do artista, do início dos anos 1960 até hoje. 

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Na quinta (3) e na sexta-feira (4) Chico subirá ao palco às 21h30, enquanto o show do sábado (5) será às 21h e o do domingo (6) às 20h. Os ingressos poderão ser adquiridos a partir da próxima sexta-feira (23) na bilheteria do teatro ou através da internet e custam R$ 490 a inteira na plateia e R$ 250 no balcão, ambos com direito a meia-entrada para estudante, idosos, professores e pessoas com deficiência. É necessário comprovar o direito à meia-entrada na entrada do evento através de documento com foto. 

Serviço

Shows de Chico Buarque no Recife

3, 4, 5 e 6 de maio, às 20h, 21h e 21h30 

Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Pernambuco, que fica na  Av. Prof. Andrade Bezerra, S/N - Salgadinho, Olinda

Plateia R$ 490 (inteira) e Balcão R$ 250 (inteira) à venda na internet e na bilheteria do teatro

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O Diário Oficial da União desta sexta-feira (23) traz a publicação da Lei 13.179 que obriga o fornecedor de ingresso para evento cultural pela internet a tornar também disponível a venda de meia-entrada. Segundo a lei, a comprovação da situação de beneficiário da meia-entrada será feita na entrada do evento cultural, mediante a apresentação da documentação exigida.

O governo federal publicou nesta terça-feira no Diário Oficial da União (DOU) decreto com as regras para a emissão de meia-entrada no País. De acordo com o texto, que regulamenta lei aprovada em dezembro de 2013, o benefício deve ser assegurado em 40% do total de ingressos disponíveis para venda ao público em geral.

Têm direito a pagar a metade do preço nos ingressos estudantes, jovens de baixa renda e deficientes. Para ter direito ao benefício, os alunos precisam apresentar a Carteira de Identificação Estudantil (CIE), a carteirinha do estudante. O documento pode ser expedido pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), pelos diretórios centrais dos estudantes (DCEs) e os diretórios acadêmicos.

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Os jovens de baixa renda também terão direito à meia-entrada com a apresentação da chamada Identidade Jovem, documento que será emitido pela Secretaria Nacional da Juventude. O órgão, com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social, ainda precisa regulamentar como será a emissão. A presidente deu prazo para que o documento seja emitido até 31 de março de 2016.

Já as pessoas com deficiência, podem apresentar o cartão de Benefício de Prestação Continuada da assistência Social ou documento emitido pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Quando a pessoa com deficiência precisar de acompanhante, este também terá direito ao ingresso com a metade do preço.

O decreto determina que os estabelecimentos comerciais e culturais deverão disponibilizar em local visível ao público as informações atualizadas sobre o número total de ingressos e a quantidade disponível para venda à metade do preço. Na ausência dessas informações, quem têm direito à meia-entrada poderá pagar a metade do preço mesmo que o porcentual dos 40% de ingressos tenha sido esgotado.

As regras da meia-entrada valem para todas as categorias de ingressos disponíveis para venda ao público em geral, inclusive camarotes e áreas especiais. Não se aplica, porém, aos serviços adicionais eventualmente oferecidos nesses lugares.

Nos casos de fraude, a presidente amenizou as sanções previstas ao vetar a perda definitiva de autorização para emissão do documento estudantil. O decreto estabelece apenas multas e suspensão temporária da autorização para quem emitir irregularmente as carteirinhas.

O Procon-PE está fiscalizando possíveis irregularidades na venda de ingressos para o São João da Capitá, que será realizado nos próximos dias 12 e 13 de junho. De acordo com o órgão, nos anúncios feitos para o show é divulgada a meia-entrada para todos, o que vai de encontro à lei, que exige um valor diferenciado para a meia-entrada. Fiscais do Proncon-PE estarão no Chevrolet Hall, em Olinda, às 14h, para verificar a veracidade da informação.

A Lei Federal N°12.933, de 2013, que garante a meia-entrada, afirma que se o benefício está sendo oferecido a todos, a lei não está sendo cumprida e o consumidor deve denunciar ao Procon-PE. A concessão do direito ao benefício é assegurada em 40% do total dos ingressos disponíveis para cada evento.

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Segundo o Procon-PE, têm direito à meia-entrada os estudantes regularmente matriculados nos níveis e modalidades de educação e ensino que comprovem sua condição mediante a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE). É um direito também de jovens de 15 a 29 anos de baixa renda, inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e cuja renda familiar mensal seja de até dois salários mínimos. Em todo o Brasil, idosos também possuem direito ao benefício. Em Pernambuco, desde 2002, professores têm acesso à meia-entrada.

As produtoras de eventos devem disponibilizar o número total de ingressos e o número de ingressos disponíveis aos usuários da meia-entrada, em todos os pontos de venda de ingressos, de forma visível e clara, assim como o aviso de que houve o esgotamento.

Com informações da assessoria

Os acompanhantes de pessoas portadoras de deficiência física podem ser beneficiados com a proposta que determina direito à meia-entrada em atividades culturais realizadas no Recife. O projeto de Lei apresentado pela vereadora Isabella de Roldão (PDT), já foi apreciado pela Câmara dos Vereadores e aguarda apenas o parecer da Prefeitura.

De acordo com a autora da matéria, os portadores de deficiência necessitam de direitos iguais e o acesso à cultura irá facilitar a inclusão social. “O objetivo principal proporcionar a igualdade de direitos aos cidadãos, criando condições que permitam aos deficientes físicos usufruir dos espetáculos culturais, esportivos e de diversão sadia como os demais cidadãos”, defendeu Roldão. 

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A vereadora ainda ressaltou que o acompanhante deve ser visto como agente facilitador da inclusão. “Devemos pensar na pessoa com deficiência e olhar para ela não como alguém que precisa de privilégios, mas sim como alguém que precisa de oportunidades. E para dar esta oportunidade temos que nos adequarmos para agregar e incluir. Outro olhar necessário a esta reflexão é quanto ao acompanhante. Este deve ser visto e tratado como “intérprete”, veículo, canal, mediador”, concluiu. 

A lei federal 12.933/2013 já assegura o direito à meia-entrada aos acompanhantes dos portadores de necessidades especiais.  “ Também farão jus ao benefício da meia-entrada as pessoas com deficiência, inclusive seu acompanhante quando necessário, sendo que este terá idêntico benefício no evento em que comprove estar nesta condição, na forma do regulamento”, informa o artigo oitavo.

No entanto a vereadora alerta que a falta de regulamentação reflete o descumprimento da legislação. “Apesar de a lei federal nº 12.933/2013 versar sobre isto, a ausência de sua regulamentação sustenta seu descumprimento. Recife, e nós, como legisladores dessa cidade, devemos vestir a camisa da inclusão, da justiça e da igualdade para votarmos esta matéria e mais uma vez cumprirmos com nosso papel de agirmos em favor do povo e de suas demandas”, concluiu Isabella de Roldão.

A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.933 que dá direito ao pagamento de meia-entrada para estudantes, idosos, pessoas com deficiência e jovens entre 15 e 29 anos comprovadamente carentes em espetáculos artístico-culturais e esportivos. Segundo a Lei, publicada na edição desta sexta-feira (27), do Diário Oficial da União (DOU), a concessão do direito ao benefício da meia-entrada é assegurada em 40% do total dos ingressos disponíveis para cada evento.

O texto aprovado pelo Congresso foi sancionado com três vetos. Na mensagem enviada ao Senado para justificar os vetos, a presidente Dilma esclarece que decidiu vetar parcialmente, por inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público, o projeto de lei que trata da matéria.

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Um dos pontos vetados, o parágrafo 3º do artigo 1º, referia-se ao desconto a estudantes no transporte coletivo local. Segundo a exposição de motivos, também publicada no DOU, "o dispositivo proposto, ao regular as condições para a concessão de benefícios para estudantes nos sistemas de transporte coletivo local, invade a esfera de competência dos municípios e pode vir a prejudicar usuários que já disponham de acesso a tais benefícios."

Outro ponto vetado, o parágrafo 7º do artigo 1º, dizia que somente terão direito ao benefício os idosos que apresentarem documento oficial de identidade no momento da aquisição do ingresso e na portaria do local do evento. O governo avaliou que os benefícios voltados às pessoas idosas já estão totalmente regulados pelo Estatuto do Idoso e decidiu vetar esse item.

O terceiro veto, ao inciso 3º do parágrafo único do artigo 3º, refere-se aos casos de emissão irregular ou fraudulenta de carteiras estudantis. O item vetado dizia que as unidades que cometerem essa irregularidade estariam sujeitas a perda definitiva da autorização para emissão de carteiras estudantis.

Ouvido, o ministério da Justiça sugeriu o veto e justificou que "as penas previstas nesse dispositivo seriam aplicadas em face de associações estudantis, cuja composição de membros é dinâmica, por sua própria natureza.

A previsão de uma pena definitiva acabaria por prejudicar, de um lado, dirigentes da associação que jamais participaram de quaisquer irregularidades e, de outro, os próprios estudantes filiados àquela associação, que teriam mais dificuldades para conseguir a sua Carteira de Identificação Estudantil".

O plenário do Senado aprovou ontem (4), em votação simbólica, proposta que restringe a concessão de meia-entrada em eventos culturais e esportivos no país. O projeto, que segue para sanção presidencial, limita o benefício a 40% do total de ingressos. Terão direito estudantes, jovens de baixa renda de 15 a 29 anos e pessoas com deficiência. Antes da votação do texto final, os senadores aprovaram uma emenda que retirou os idosos da cota.

Essa mudança de última hora levou a crítica de produtores culturais, que acusaram os governistas de quebra de acordo. Eles afirmaram que o governo havia se comprometido a incluir as pessoas acima de 60 anos na cota dos 40%. O presidente da Associação de Produtores de Teatro do Rio, Eduardo Barata, disse que a alteração vai acarretar um aumento geral do preço dos ingressos, uma vez que os idosos são a maior parte dos convites de meia-entrada. "Houve quebra de acordo e violação do regimento", criticou Barata.

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O relator do projeto, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) rebateu as críticas e disse que as mudanças foram realizadas de acordo com as regras do regimento. Segundo o peemedebista, o Estatuto do Idoso, que já garante o benefício, sobrepõe-se à norma específica aprovada. "A supressão pode, sim, ser feita por decisão do plenário", garantiu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que foi acusado de ter violado o regimento da Casa.

O benefício não se aplicará a eventos como a Copa do Mundo 2014 e a Olimpíada de 2016. Pelo texto, os descontos também não são cumulativos a outras promoções e convênios, tampouco se aplica a serviços adicionais eventualmente oferecidos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (4), em votação simbólica, uma proposta que restringe a concessão de meia-entrada em eventos culturais e esportivos no País. O projeto, que segue para sanção presidencial, limita a 40% o total de ingressos que podem ser vendidos pela metade do preço de tabela. Terão direito ao benefício estudantes, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência. Antes da votação do texto final, os senadores aprovaram uma emenda que retirou os idosos da cota dos ingressos.

Essa mudança de última hora levou à crítica de produtores culturais, que acusaram os governistas de quebra de acordo. Eles afirmaram que o governo havia se comprometido a incluir os cidadãos acima de 60 anos na cota dos 40%. O presidente da Associação de Produtores de Teatro do Rio, Eduardo Barata, disse que a alteração acarretará um aumento geral do preço dos ingressos, uma vez que os idosos são a maior parte dos convites de meia-entrada.

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"Houve quebra de acordo e violação do regimento", criticou Barata, que acompanhou a votação e atribuiu as modificações ao "momento eleitoreiro" atual. De acordo com ele, não era possível fazer essa mudança na última votação do Senado porque o projeto original da Casa e depois a Câmara haviam incluído os idosos na reserva da meia-entrada.

Durante as discussões em plenário, o líder do PSDB na Casa, Aloysio Nunes Ferreira (SP), protestou contra a modificação, que, segundo ele, viola as regras de tramitação de projetos. Ferreira sugeriu que as associações culturais possam recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar as mudanças aprovadas. Barata disse que analisaria qual providência seria adotada diante das mudanças.

O relator do projeto, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) rebateu as críticas e disse que as mudanças foram realizadas de acordo com as regras do regimento. Conforme Vital do Rego, os cidadãos acima de 60 anos dispõem de uma regra geral que tem de ser seguida, o Estatuto do Idoso, que se sobrepõe à norma específica aprovada nesta quarta-feira, a que regulamenta a meia-entrada. "A supressão pode, sim, ser feita por decisão do plenário", afirmou o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que foi acusado de ter violado o regimento da Casa.

Exceções

O benefício de se pagar a metade do preço de tabela, contudo, não se aplicará a eventos como a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas do Rio de 2016. Pelo texto, os descontos também não são cumulativos a outras promoções e convênios, tampouco se aplicam a serviços adicionais eventualmente oferecidos em camarotes, áreas e cadeiras especiais.

O texto original, de 2007, previa a concessão de meia-entrada apenas para estudantes e pessoas com mais de 60 anos. A última versão da Câmara incluiu as pessoas com deficiência e os jovens de baixa renda de 15 a 29 anos, independentemente de vinculação ao sistema educacional, mas que precisam estar inscritos no cadastro único de programas sociais do governo federal e ter renda familiar de até dois salários mínimos.

A comprovação dessa situação ficaria para um regulamento futuro. No caso das pessoas com deficiência, a meia-entrada é concedida até mesmo quando necessário, ao acompanhante. O projeto não explicita como a pessoa com deficiência comprovará o direito ao benefício, deixando para um regulamento futuro. Já os idosos precisam apenas apresentar a carteira de identidade.

Na compra do ingresso, os estudantes precisam apresentar carteira de identificação estudantil emitida pelas seguintes instituições e entidades: Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), entidades estaduais e municipais filiadas àquelas, Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs), centros acadêmicos. As carteirinhas terão validade de um ano, sendo renovadas ao término de cada período, com um modelo padronizado nacionalmente.

Foi aprovado nesta terça-feira, 26, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte o substitutivo da Câmara dos Deputados ao projeto de lei do Senado (PLS 188/2007) que regulamenta o benefício da meia-entrada em espetáculos artísticos, culturais, esportivos e de entretenimento.

Segundo a Agência Senado, a concessão ficará restrita a 40% dos ingressos disponíveis (e não se aplica à Copa do Mundo de 2014 e à Olimpíada de 2016).

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Os integrantes da comissão aprovaram pedido de urgência para votação no plenário, e esperavam que a matéria fosse agendada para votação ainda nesta terça-feira, 26. No fim da tarde, porém, o presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou que vai colocar como primeiro item da pauta do plenário da próxima terça-feira, 03.

O requerimento foi apresentado pelo relator da matéria na comissão senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Originalmente, o projeto, dos ex-senadores Eduardo Azeredo e Flávio Arns, previa o benefício para estudantes e idosos com mais de 60 anos.

O substitutivo da Câmara incluiu as pessoas com deficiência e os jovens de baixa renda de 15 a 29 anos, independentemente de vinculação ao sistema educacional. No caso das pessoas com deficiência, a meia-entrada pode ser concedida, inclusive ao acompanhante.

JUVENTUDE

O senador Vital do Rêgo disse que recebeu pedidos para que a votação fosse acelerada. Inácio Arruda (PCdoB-CE) destacou que o projeto corresponde aos anseios da juventude. Cyro Miranda (PSDB-GO), que relatou a matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), falou que o texto agrada a "gregos, troianos e goianos".

Na CCJ, onde o parecer também tinha sido favorável, apenas o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) votou contra. Ele alegou que a regulamentação da meia-entrada já havia sido esgotada com a aprovação do Estatuto da Juventude - sancionado pela presidente Dilma Rousseff em agosto.

O atual sistema de meia-entrada no Brasil apresenta falhas e tem benefício real duvidoso. Essas são as principais conclusões de um estudo feito pelo pesquisador da área de contabilidade Carlos Martinelli, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEAUSP). Segundo o levantamento, como consequência da falta de "cotas limite" para a venda de ingressos de meia-entrada, muitas vezes "a fatia dos beneficiários chega a beirar entre 70% e 80% do público total pagante", o que eleva o valor do tíquete médio e provoca "desequilíbrio e inevitável falência de transferência de renda".

Para Martinelli, a estimativa de um elevado número de pagantes de meia-entrada é computada na formação do preço dos ingressos. E o valor médio é estabelecido em um patamar que permita a viabilidade financeira do evento. "É uma média ponderada que leva em conta a receita projetada de ingressos a serem vendidos além de custos como local e estrutura, produção, cachê, entre outros."

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O estudo, intitulado "O Impacto da meia-entrada na precificação de ingressos e no planejamento estratégico de companhias de entretenimento", foi elaborado com base em pesquisas feitas com promotores de eventos, principalmente grandes shows musicais. Segundo o pesquisador, um dos entrevistados - todos têm sua identidade preservada - afirmou que "quem acha que paga meia-entrada, na verdade paga quase inteira. E quem paga inteira, na verdade paga quase o dobro".

Entre as sugestões apresentadas pelo levantamento para tentar buscar uma solução para o problema estão a criação de um limite de idade máxima para que estudantes tenham o benefício; a diminuição do porcentual de desconto de 50% para algo em torno de 30%; o estabelecimento de uma cota limite também por volta de 30% para a concessão de ingressos de meia entrada. Além disso, há promotores de eventos que apontam como solução a extinção do benefício.

Outro ponto levantado por Martinelli faz referência a chamada 'máfia' ou 'farra' das carteirinhas. "A centralização da concessão de carteirinhas poderia ser uma solução, pois hoje é muito fácil as pessoas falsificarem o documento para conseguirem o desconto", afirma o pesquisador. Desde 2001, uma regulamentação federal permitiu que documento de qualquer instituição de ensino valha para a concessão da meia entrada. "Tem até site de compra coletiva que oferece carteirinha de estudante", completa.

Segundo a pesquisa, outra situação que acaba resultando no elevado valor dos ingressos é a falta de contrapartida financeira por parte dos governos que estabelecem as leis que preveem o direito a meia-entrada. "A ausência de contrapartidas dos governos e cotas limites inviabiliza o benefício do desconto efetivo que, para porcentagens altas de adesão de meia-entrada, praticamente inexiste. Quando existe, jamais chega a 50%. Portanto, não se paga 'meia' em ingresso algum", conclui o pesquisador.

O pesquisador destaca ainda que Estados e municípios têm autonomia para oferecer eventuais descontos a outros grupos, como professores ou deficientes físicos. "Em Curitiba, por exemplo, doadores se sangue pagam meia entrada", diz. Isso, segundo Martinelli, amplia a insegurança dos promotores de shows e faz com que haja discrepância ainda maior no preço dos ingressos dependendo da localidade.

Copa foi o estopim

Martinelli afirma que o estopim para a realização do estudo foi o debate em torno da Lei Geral da Copa. "Antes, poucos questionavam a questão da meia entrada. Mas quando a alta cúpula da Fifa começou a questionar isso e virou um debate duro com o governo, o assunto ganhou espaço para ser discutido."

Atualmente, a única lei federal que trata do assunto é o Estatuto do Idoso. Recentemente, o Senado aprovou o Estatuto da Juventude, que fixa uma cota de 40% dos ingressos de eventos artístico-culturais e esportivos reservada para os estudantes. O Projeto de Lei 4.571, que também prevê a ampliação do direito à meia-entrada a jovens de baixa renda com idade até 29 anos, está atualmente em discussão no Congresso.

O vereador do Recife, Eriberto Rafael (PTC) apresentou Projeto de Lei à Câmara Municipal do Recife que assegura aos integrantes da Guarda Municipal do Recife o pagamento de meia-entrada do valor cobrado para o ingresso em teatros, musicais, circo, cinema e similares das áreas de esporte, cultura e lazer do Recife. A matéria deverá ser analisada pelas comissões que tem autonomia acrescentar emendas e pareceres dos relatores como as de: Legislação e Justiça; de Finanças e Orçamento e de Educação, Cultura, Turismo e Esportes.

De acordo com a proposta do parlamentar a meia-entrada corresponderá à metade do valor do ingresso cobrado, ainda que sobre o seu preço incidam descontos ou atividades promocionais. Para usufruir do benefício, os profissionais deverão apresentar a Carteira Funcional emitida pelo respectivo Órgão ao qual é vinculado. Se o projeto virar lei, caberá ao Executivo Municipal, através dos órgãos responsáveis, proceder com a fiscalização, autuando os estabelecimentos que a descumprirem. 

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O vereador Eriberto Rafael justificou que os profissionais da Guarda Municipal trabalham sob risco iminente e precisam de momentos de lazer. “O trabalho desenvolvido por profissionais da segurança pública é descrito como sendo um dos mais estressantes, uma vez que constantemente são expostos ao perigo, devendo intervir em situações de conflito e tensão, seja no trânsito, em manifestações populares etc. O pagamento de meia-entrada do valor do ingresso seria uma forma de incentivar momentos de descontração, lazer e cultura”, argumentou.

Para o projeto se transformar em lei terá que cumprir toda tramitação nas comissões temáticas e depois ser votado em plenário.

A votação do projeto que regulamenta a meia-entrada em eventos artísticos, culturais e esportivos foi adiada nesta terça-feira, 23, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Ao longo do dia, um grupo de artistas realizou um ato na Casa e participou da sessão pedindo a aprovação. O interesse deles é pelo artigo que cria uma cota para a venda dos ingressos pela metade do preço. A votação deve acontecer nesta quarta-feira, 24. Como tem caráter conclusivo, o projeto pode seguir direto para o Senado, salvo se tiver recurso para votação no plenário da Câmara.

Estiveram presentes na Câmara os atores Odilon Wagner, Caco Ciocler, Beatriz Segall e Tânia Bondezan. Odilon preside a Associação dos Produtores Teatrais Independentes e acredita que a limitação de ingressos vendidos com meia-entrada pode ter como efeito uma redução no preço total dos bilhetes entre 20% e 35%. O projeto em debate prevê uma cota mínima de 40% dos ingressos para ser vendido com meia-entrada a estudantes, idosos, deficientes e pessoas de baixa renda de até 29 anos incluídas no cadastro único do governo federal.

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O principal ponto de discussão na comissão é sobre a regulamentação da emissão de carteirinhas de estudantes. O relatório de Vicente Cândido (PT-SP) determina que caberá a três entidades, União Nacional de Estudantes (UNE), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), padronizarem o modelo do documento junto com o Instituto Nacional de Tecnologia de Informação (ITI), que é público. Somente poderão emitir os documentos para serem aceitos pela nova lei entidades filiadas a essas três organizações dos estudantes. "Esse modelo único vai impedir as fraudes", justifica Cândido.

A proposta de criar um oligopólio de carteirinhas tem resistências. Alguns parlamentares desejam ampliar as que poderão emitir o documento enquanto outros querem normas mais rígidas para emissão e fiscalização obrigatória do governo federal. Diante do debate, não foi possível realizar a votação porque a Ordem do Dia no plenário teve início, suspendendo os trabalhos das comissões.

Fraudes na venda de ingressos fizeram a Coordenadoria de Defesa do Consumidor (Codecon) autuar balcões de vendas no Shopping Iguatemi nesta quinta (9). Os balcões da Ticketmix e Balcão de Ingressos foram denunciados por não respeitarem a ‘lei de meia’ para idosos e estudantes.

Ingressos para Vaquejada de Serrinha, que acontecerá de 6 a 9 de setembro, no interior da Bahia, e para o show de Fábio Júnior, amanhã (11), no Salvador Hall, estavam sendo vendidos sem a necessidade de apresentação do documento. Rose Estrela, chefe de coordenação da Codecon, afirmou que “verificamos no momento da fiscalização que sem a solicitação de nenhuma comprovação de direito a meia-entrada, ficou configurado que a venda de ingresso era realizada a preço único, contrariando a lei".

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Os funcionários nos balcões alegaram que também faziam a venda de ingressos à meia-entrada, e que não havia nenhum controle interno para distinguir os ingressos vendidos pela metade do preço e os que não eram, assim como a necessidade de comprovantes de matrícula ou carteiras de identidade.

Os estabelecimentos terão até dez dias para apresentarem suas defesas, e podem sofrer sanções e multas. As gerências da Ticketmix e do Balcão de Ingressos não se pronunciaram formalmente à respeito do fato.

*Por Diogo de Oliveira

O veto da presidenta Dilma Rousseff a um dos artigos da Lei Geral da Copa para manter a venda de ingressos pela metade do preço a estudantes abre caminho para uma batalha judicial da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e entidades estudantis. A avaliação é do deputado Vicente Cândido (PT-SP), que foi relator da matéria na Câmara.

“O que pode dar mais problema é o veto da suspensão da meia-entrada nos estados e municípios. Mantém-se o acordo com as entidade e elas não vão acionar ou litigar, cobrar da Fifa a meia-entrada porque está mantida a questão das carteirinhas, que é um acordo. Mas [o veto] abre espaço para litígio e para exigência da meia-entrada”, alertou Cândido.

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Com o veto, ressaltou o deputado, a Fifa terá dois caminhos: adotar a meia-entrada para os estudantes, assumindo os custos dessa operação, ou negociar a suspensão do benefício nos estados e municípios. “Apesar da possibilidade de litígio, acredito em um acordo. São menos atores agora e o acordo com a UNE [União Nacional dos Estudantes] que representou todas as entidades estudantis, está assegurado”, ponderou o petista.

O parlamentar disse que foi consultado a respeito dos vetos, mas mostrou-se surpreso com a supressão, a pedido do Ministério das Relações Exteriores e da Advocacia-Geral da União, de dois artigos (48 e 49), que tratavam de regras para emissão de vistos. “O que me surpreendeu foi a sugestão de veto feita pelo Itamaraty, porque foi um texto exaustivamente discutido com o ministério. Estavam com a informação errada e ainda assim insistiram”, criticou.

Em relação aos demais vetos, Vicente Cândido avaliou que a presidenta agiu corretamente para melhorar o texto aprovado pelo Congresso. Aprovada no mês passado pelo Congresso Nacional, após apreciação de deputados e senadores, a Lei Geral especifica, entre outros aspectos, condições para venda de ingressos e regras para a entrada facilitada de turistas. Estabelece ainda critérios de proteção e exploração de direitos comerciais e condições em que deverão ser feitas a transmissão e a retransmissão do Mundial.

A presidente da República, Dilma Rousseff, decidiu jogar para estados e municípios a decisão sobre a venda de ingressos pela metade do preço para estudantes durante as Copas das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014. A ação é semelhante à que o governo já havia feito em relação à venda de bebidas alcoólicas nos estádios. A Lei Geral da Copa foi sancionada pela presidente com seis vetos parciais.

Entre as mudanças feitas pelo Executivo, a principal é o veto a um dispositivo incluído pelo Congresso que suspendia leis estaduais e municipais relativas a meia-entrada e gratuidades. Pelo texto do Congresso, apenas o Estatuto do Idoso, que é federal, garantia descontos em ingressos em todas as categorias. Agora, a Fifa vai ter de negociar com cada ente federado se desejar restringir o direito à compra de ingressos por metade do valor.

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Na justificativa do veto, a presidente acata orientação do ministério da Justiça e da Advocacia-Geral da União (AGU) de que não seria possível manter o dispositivo por ser este um caso de legislação concorrente, em que União, estados e municípios possam ter opiniões diferentes. "Ademais, lei federal que suspenda gratuidades e descontos previstos em normas de Estados e Municípios pode representar violação ao pacto federativo", argumentaram os ministérios.

Com essa decisão, todos que têm direito à meia-entrada em estados e municípios poderão comprar ingressos pela metade do preço em qualquer das categorias que serão colocadas à venda pela Fifa, inclusive na que prevê ingressos populares.

A presidente vetou ainda, a pedido do ministério do Esporte, um dispositivo que reservava 10% dos ingressos para todos os jogos do Brasil para a categoria popular. O argumento é o de que a Fifa vende os ingressos antes da classificação das seleções para as fases finais da Copa e não seria possível fazer essa reserva.

Foram retirados do texto ainda dois artigos sobre trabalho voluntário durante os eventos da Fifa porque o governo entende que a legislação atual já é suficiente para regularizar essa prática. Outros dois vetos são a artigos que tratam da emissão de visto para estrangeiros. O ministério das Relações Exteriores não concordou com os prazos fixados e com a inscrição na lei da modalidade de visto eletrônico.

A Lei Geral da Copa dá garantias à Fifa para a realização de seus principais eventos no Brasil. A entidade passa a ter maior garantia de sua marca e maior controle das ações nos estádios e em suas imediações. A proposta disciplina ainda a venda de ingressos, os direitos de transmissão, a responsabilidade civil do governo entre outras ações relativas aos eventos.

O novo substitutivo do Projeto de Lei Geral da Copa exclui os índios do direito à meia-entrada nos jogos da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. O parecer com as alterações ao texto anterior foi entregue na segunda-feira pelo relator, deputado Vicente Cândido (PT-SP), e deverá ser votado nesta terça-feira na Comissão Especial da Câmara encarregada de examinar o projeto.

De acordo com a Agência Brasil, pelo novo texto, idosos, estudantes e participantes do Programa Bolsa Família são os únicos a ter direito ao desconto de 50% em 300 mil ingressos para a Copa do Mundo e 50 mil para a Copa das Confederações. A compra de tais ingressos, porém, está sujeita a sorteio.

Além dos indígenas, também perderam o direito à meia-entrada na nova versão os deficientes físicos e os proprietários de armas de fogo que aderirem à campanha do desarmamento. Pela versão do substitutivo, os ingressos para estes "serão objeto de acordo entre o Poder Público e a Fifa".

Já com relação aos deficientes físicos, o substitutivo diz que "os entes federados e a Fifa poderão celebrar acordos para viabilizar o acesso e a venda de ingressos para pessoas portadoras de deficiência, considerada a existência de instalações adequadas e específicas nos locais oficiais de competição".

O prefeito Gilberto Kassab (PSD) vetou projeto aprovado pela Câmara que criava a meia-entrada para os 72 mil professores ativos e aposentados da rede municipal de ensino. Kassab é o terceiro prefeito que rejeita a proposta - Marta, em 2003, e Serra, em 2005, fizeram o mesmo.

A proposta estabelecia o desconto em espetáculos, cinemas, e exposições. Os professores estaduais já contam com o benefício desde 2001, quando a Assembleia derrubou veto do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

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No veto, Kassab afirma que o custo adicional da meia-entrada acabará sendo repassado ao preço final dos ingressos. Presidente do Sindicato Municipal dos Professores, o vereador Cláudio Fonseca (PPS) diz que vai articular uma reação no Legislativo. "Agora temos de derrubar o veto".

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