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Como se reinventar a cada temporada? Onde encontrar inspiração? Os estilistas atribuem boa parte de suas coleções a suas viagens, como na Louis Vuitton e na Issey Miyake, que desfilaram nesta quinta-feira (26), no segundo dia de desfile de primavera-verão da Semana de Moda de Paris.

Anos 1970 na Louis Vuitton

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O homem Vuitton é um grande andarilho: depois do Butão e da América profunda, nas coleções anteriores, ele foi parar no Rajastão, maior estado da Índia. O designer britânico Kim Jones explica ter se inspirado na "terra dos reis", no noroeste do país.

Cintura alta, bem ajustada, camisas de manga curta, óculos de sol redondos: o ar é totalmente seventies. Mas o homem Vuitton não tem nada de hippie... ele é hiper sofisticado.

Nosso viajante gosta de estampados chevron, aquele padrão em zigue-zague que adorna camisas de manga curta e retoma o Karakoram, motivo clássico da marca. Pequenos espelhos aparecem bordados em algumas peças, remetendo ao trabalho artesanal indiano.

Em 2015, o homem Vuitton prefere as cores caramelo, cáqui e azul, mas não se importa de vestir uma jaqueta bomber de seda laranja, ou um agasalho cor-de-rosa. Ele ousa até misturar cores: faixas cinzas, formando o "V" de Vuitton, cortam uma camiseta laranja de gola rosa.

O desfile também foi ocasião de mostrar acessórios: bolsas, é claro, com ou sem monograma. Os modelos também carregaram estojos de instrumentos e, para os aventureiros mais chiques, tapetes.

O criador Nicolas Ghesquière, que em março apresentou sua primeira coleção feminina para a Vuitton, assistiu o desfile na primeira fila.

A sensualidade de Dries Van Noten

O estilista belga Dries Van Noten conquistou os convidados da plateia e arrancou aplausos. Sensualidade, elegância, conforto: tudo isso em materiais bonitos, que dão vontade de tocar.

A transparência alterna com o brilho da seda. Roupas de baixo saem de casa para serem vistas na rua, como os ternos que lembram, em muito, confortáveis pijamas.

Dá para imaginar a coleção usada por um intelectual boêmio, prestes a mostrar seu torno, com a camisa aberta. Dries Van Noten optou por valorizar a parte de cima, ainda que as calças e as bermudas sejam um sucesso total.

As cores? Bege, verde esmeralda, bordô, vermelho papoula.

Verão e mar com Issey Miyake

A passarela, feita de pranchas, dá a deixa. O designer da Issey Miyake, Yusuke Takahashi, imaginou sua coleção enquanto passava férias no arquipélago de Palau, no Pacífico.

Diferentemente da sobriedade apresentada pelas grifes da quarta-feira, com Miyake foi possível sentir o cheiro e o calor da primavera-verão. No lugar de modelos sisudos, o desfile contou com homens bronzeados de sorriso no rosto.

A marca japonesa propõe, num guarda-roupa completo (do terno ao chapéu de palha), uma moda ampla, confortável, divertida. Abacaxis, pitaias e bananas dão um toque pop-art às roupas feitas de fibras naturais, como o abacá. o resultado é descontraído e elegante.

Criaturas estranhas aparecem em algumas roupas: o designer tomou emprestadas algumas fotos do livro "Abysses" de Claire Nouvian, fundadora da associação Bloom, que milita pela preservação do fundo do mar. Medusas, lulas e outras criaturas saem das grandes profundezas para a luz das passarelas.

"Foi um belo presente" da Issey Miyake, disse Claire Nouvian à AFP. "Aliando o talento de um designer japonês e uma mensagem ambiental, esperamos sensibilizar o mundo da moda. As grandes profundezas estão sendo devastadas", lamenta.

Os desfiles de moda continuam nesta sexta-feira, com destaque para a maison Givenchy.

A Torre Eiffel, monumento emblemático de Paris, foi fechada ao público nesta sexta-feira (13) por uma greve dos funcionários do serviço de segurança. A empresa que administra o monumento, a SETE, anunciou o fechamento e lamentou "um movimento social do qual não foi informada previamente" e que "penaliza os visitantes".

Os agentes do serviço de segurança da Torre Eiffel, funcionários de empresas privadas terceirizadas, pedem salários melhores e "o fim da terceirização em cascata", segundo um comunicado do sindicato CGT.

A Torre Eiffel é visitada diariamente por entre 25.000 e 30.000 turistas.

Estão abertas as inscrições para o Festival da Canção Francesa 2014. Com o tema O Melhor da Música Francesa, o evento tem o objetivo de valorizar e divulgar o repertório das canções em língua francesa. Podem participar pessoas de nacionalidade brasileira e maiores de 18 anos. As inscrições são gratuitas e seguem até o dia 13 de junho. O vencedor nacional leva uma viagem de seis dias para Paris com tudo pago.

Para se candidatar, o interessado deve preencher a ficha de inscrição, disponível no site da Aliança Francesa Recife e enviar uma gravação em formato MP3 com uma interpretação pessoal de qualquer canção em francês, com duração de no máximo quatro minutos, juntamente com a cifra da música escolhida. Além disso, é preciso encaminhar uma cópia de documento oficial com foto. 

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O material deve ser entregue em uma das unidades da Aliança Francesa Recife, localizadas no Derby (Rua Amaro Bezerra, 466) e em Boa Viagem (Rua Tenente Domingos de Brito, 756). Cada candidato deve se inscrever com apenas uma música.

O ministério francês da Cultura disse nesta sexta-feira estar "muito surpreso com a reviravolta" em torno da reabertura do museu Picasso em Paris, fechado há cinco anos para reformas, após declarações feitas pelo filho do pintor espanhol. "Tenho a impressão de que a França está de brincadeira com meu pai e comigo", disse Claude Picasso em entrevista ao jornal francês Le Figaro, divulgada nesta sexta-feira.

Claude Picasso, que representa a família no conselho administrativo do museu, exige da ministra da Cultura, Aurélie Filippetti, um engajamento maior para abrir o museu em junho, e que a atual presidente, Anne Baldassari, esteja à frente do local. O ministério da Cultura revelou à AFP, em meados de abril, que a abertura do museu, estabelecimento público, poderia ser adiada para setembro. Anne Baldassari, cujos métodos de administração têm sido contestados, acredita que a abertura ocorrerá no final de julho, segundo uma fonte ligada ao caso.

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A entrega das obras do Hôtel Salé, que abriga o museu no bairro do Marais, centro de Paris, "está com um mês de atraso. Ainda existem obras que estão inacabadas em outros prédios" que compõem o museu, declarou à AFP nesta sexta-feira Vincent Berjot, diretor-geral de Patrimônio do ministério. Segundo Berjot, para quem as declarações de Picasso são "excessivas", a ministra Filippetti mantém contato regular com o filho do pintor e com outros membros da família.

"Nós temos o mesmo objetivo, que é valorizar a genialidade de Picasso e de sua obra", disse Berjot. "O ministério investiu 19 milhões de euros [cerca de 62 milhões de reais] na reforma do museu e está recrutando 40 novos funcionários", explicou.

"Este esforço, num contexto orçamentário complicado, mostra a qual ponto o ministério está comprometido com o museu e com a valorização da obra de Picasso", argumentou Berjot.

"Quando investimos tanto, quando recrutamos pessoal, quando ampliamos a estrutura, acho que não estamos de brincadeira com a obra de Picasso. Nós estamos lhe fazendo uma grande homenagem", estimou.

Contando com mais de 5.000 obras do pintor Pablo Picasso (300 pinturas, 300 esculturas), o rico acervo do Museu Picasso foi formado a partir da doação da coleção particular do artista, em 1973. O conjunto das obras aumentou graças às doações de seus herdeiros, em 1979, e dos herdeiros de Jacqueline Picasso, em 1990. O espaço foi inaugurado em 1985.

A área de exposição vai passar de 1.600 metros quadrados para 3.800 metros quadrados. O custo das obras ultrapassa os 52 milhões de euros, dos quais 19 milhões foram subsidiados pelo governo francês.

Com bigodes parecidos com os de Hitler e suásticas pintadas nos seios, militantes do movimento feminista Femen protestaram nesta terça-feira, em Paris, contra o partido de extrema direita Frente Nacional.

Vinte e duas ativistas imitaram uma formação militar diante do edifício em que acontecia uma entrevista coletiva do partido. Elas gritaram frases como "Marine fascista", em referência a presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen.

Com as palavras "epidemia fascista" escritas no corpo, as manifestantes não conseguiram entrar no local, mas denunciaram o que chamam de "epidemia fascista que se espalha pela Europa".

O protesto durou pouco mais de 10 minutos. A polícia cercou as 22 ativistas, que foram detidas.

O vereador do Recife, André Regis (PSDB), vai iniciar, no próximo domingo (27), uma série de viagens para recolher informações sobre o sistema público educacional e participar de eventos sobre educação em alguns países da Europa. Um dos locais onde Regis aportará é a Finlândia, o país foi escolhido por ter um dos melhores sistemas de ensino do mundo. A viagem, segundo o tucano, não trará nenhum gasto da Câmara Municipal do Recife.

“O objetivo é me qualificar melhor para o debate a cerca, não apenas, das questões relacionadas à infraestrutura. Vou estudar a partir de casos bem sucedidos de implementação de programas no campo pedagógico, no ensino propriamente dito e no programático, além da preparação dos professores”, explicou Regis, que preside a Comissão de Educação e Cultura da Casa José Mariano. 

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Ao desembarcar na Finlândia, o vereador vai participar de encontros oficiais com autoridades da Unesco. E em Helsinki, vai se reunir com representantes do departamento de educação local e visitará as escolas da região. O tucano também vai visitar a sede da Unesco em Paris, onde participará do seminário “Global Action Week on Education for All”, vai se encontrar com o subdiretor geral  de Educação da entidade, Qyian Tang, e com a equipe que avalia periodicamente a qualidade do ensino público de vários países, entre eles o Brasil, por meio do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA).

A passagem do parlamentar pela Europa, além de base para o mandato, também servirá para um livro que André Régis está escrevendo. “Isso tem sido subsídio para um livro que estou escrevendo em torno de propostas para a educação no Brasil e em especial para o Recife. E oportuniza uma discussão, num patamar mais elevado, sobre a educação no Recife, mesmo com a realidade distinta”, ponderou o tucano. 

A poluição atmosférica que atinge há dias Paris obrigou o governo a impor a partir desta segunda-feira na capital e em seus arredores o rodízio de automóveis, inicialmente considerado uma medida impopular.

Salvo exceções, apenas os automóveis e motos com placa ímpar podem circular a partir das 5h30 locais (1h30 de Brasília).

Compartilhar o carro, trabalhar de casa ou utilizar o transporte público são algumas das possíveis soluções para os proprietários de veículos com placas terminadas em número par.

Sem precedentes desde 1997, a decisão tomada no sábado, a oito dias das eleições municipais, conta com o apoio da esquerda e dos ecologistas, mas foi duramente criticada pela oposição e pelas associações de motoristas.

A oposição tenta capitalizar eleitoralmente a medida, enquanto o governo fala de responsabilidade frente ao fenômeno, que pode se prolongar por vários dias.

Para compensar os transtornos de não poder utilizar seu próprio veículo e encorajar os que contam com este direito a não fazê-lo durante um dia, os transportes públicos estão gratuitos na região.

Cerca de 700 policiais estarão mobilizados na capital e em seus arredores para garantir o cumprimento da circulação alternada, e os infratores serão multados com 22 euros se pagarem no ato e com 35 se o fizerem a partir dos três dias seguintes à infração.

Milhares de pessoas marcharam neste sábado (8) à tarde em diferentes ruas de Paris, por ocasião do Dia Internacional dos Direitos das Mulheres. Por trás de uma faixa que pedia "Chega de violência contra as mulheres", a passeata principal, que reuniu 2.100 pessoas segundo a polícia, respondeu à convocação de associações feministas, de defesa dos direitos humanos, de sindicatos e de partidos de esquerda.

Várias associações internacionais também estiveram presentes para defender, em particular, o direito ao aborto, em xeque na Espanha. "Abortar, um direito. Integristas ilegais", exigia a associação Solidariedade Mulheres do Mundo Inteiro.

"Não queremos mendigar nosso direito a abortar", disseram as espanholas que estavam na passeata. Já as iranianas pediam "não ao véu obrigatório", acompanhadas por tâmeis, mulheres do Curdistão com trajes tradicionais e por tunisianas.

Segundo Nicole Savy, do grupo feminino da Liga dos Direitos Humanos, na França, "os direitos das mulheres estão bem representados, mas as leis não são aplicadas". Para ela, o exemplo do aborto é "o mais surpreendente, porque se fecham hospitais, maternidades, e os centros de interrupção voluntária da gravidez são cada vez menos numerosos".

No mesmo horário, em outro bairro da capital francesa, prostitutas e defensores das mulheres que usam véu caminharam juntos, em uma marcha que reuniu cerca de mil pessoas - segundo os organizadores - e 850 - de acordo com a polícia.

Sete mulheres, que se proclamaram militantes do mundo árabe e muçulmano, protestaram nuas em Paris, contra "a opressão". Com bandeiras de Tunísia, Irã, França e arco-íris, elas tiraram a roupa na frente da entrada do Museu do Louvre e caminharam entre as fontes que ficam ao lado da pirâmide de acesso. Entre elas, estava Amina Sboui, uma ex-militante do Femen que deixou o grupo feminista por ser, segundo ela, islamofóbico.

Os ministros de Relações Exteriores dos Estados Unidos, Reino Unido e da Ucrânia reuniram-se nesta quarta-feira (5) em Paris para discutir a crise na região ucraniana da Crimeia, mas o chefe da diplomacia russa, ministro Sergei Lavrov, recusou-se a participar do encontro, segundo autoridades britânicas e norte-americanas. A ausência de Lavrov ressalta o crescente racha entre Moscou e o Ocidente, após o envio de milhares de militares russos para a Ucrânia.

O secretário de Estado norte-americano John Kerry e o secretário de Relações Exteriores britânico William Hague se reuniram nesta quarta-feira para um encontro dos quatro signatários do Memorando de Budapeste - Estados Unidos, Reino Unido, Rússia e Ucrânia - para tentar reduzir a tensão sobre a Crimeia e dar início ao diálogo entre Kiev e Moscou, segundo as fontes.

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O memorando de 1994 resultou do desmantelamento do arsenal nuclear de Kiev, que então era o terceiro maior do mundo, em troca de garantias dos Estados Unidos, da Rússia e do Reino Unido de que as fronteiras territoriais ucranianas seriam respeitadas e defendidas. Washington, Londres e Kiev acusam o presidente russo Vladimir Putin de violar o Memorando de Budapeste, que é considerado um tratado em vigor.

"Bem, estamos gratos por ter aqui nossos amigos da Ucrânia e do Reino Unido...parceiros do acordo de Budapeste de 1994", disse Kerry durante reunião realizada na residência do embaixador norte-americano em Paris. "Infelizmente, há um membro faltando, mas espero que nesta tarde nos encontremos com esse membro adicional."

O ministro interino de Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Deshchytsia, declarou que "é um momento decisivo e importante e esperamos realizar também consultas com a Rússia, de forma bilateral e multilateral".

Autoridades norte-americanas e ucranianas ainda não sabiam como realizar uma reunião entre Lavrov e Deshchytsia. Moscou declarou publicamente que não reconhece o governo de Kiev que assumiu o controle do país após a queda de Viktor Yanukovich.

Kerry vai participar de uma reunião bilateral com Lavrov ainda nesta quarta-feira, também em Paris. A delegação norte-americana pode tentar incluir a Ucrânia no encontro, embora funcionários do governo norte-americano não tenham confirmado esta possibilidade. Fonte: Dow Jones Newswires.

A atriz americana Meryl Streep, indicada ao Oscar pela 18ª vez, disse nesta sexta-feira (14), em Paris, que está "muito feliz" que "ainda não tenham se cansado" dela e de seu trabalho. Este ano, a rainha do Oscar está na disputa na categoria de melhor atriz, por seu papel como viciada em drogas no drama familiar Álbum de Família, no qual Julia Roberts interpreta sua filha.

"Isso é o mais incrível: que ainda não tenham se cansado de mim, ou do meu trabalho. Por isso, estou muito feliz, muito agradecida", declarou Meryl, em Paris, na estreia do filme na França. O dramaturgo Tracy Letts, que ganhou um Pulitzer pela obra de teatro que inspirou Álbum de Família, também escreveu o roteiro do filme. Meryl contou que ficou "encantada" quando viu a peça.

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"Assisti à peça há sete anos (...) Fiquei encantada, me fez rir e me emocionou", declarou, revelando a liberdade que sentiu "ao interpretar uma pessoa que diz exatamente o que pensa". Meryl Streep levou seu último Oscar há dois anos por seu papel como Margaret Thatcher, em A dama de ferro. Suas outras duas estatuetas foram as de melhor atriz coadjuvante em 1980, por Kramer vs. Kramer, e de melhor atriz em 1983, por A escolha de Sofia.

Dez anos após a morte de Henri Cartier-Bresson, o Centro Pompidou, um dos mais importantes museus de arte moderna de Paris, inaugura uma grande retrospectiva sobre o fotógrafo francês, cuja obra abrange boa parte do século 20. Mais de 500 fotografias, desenhos, pinturas, filmes e documentos ajudam a fazer uma releitura sobre o trabalho do fotógrafo.

Henri Cartier-Bresson (1908-2004) foi "constantemente visto como o homem de um único tipo de foto, aquela do 'instante decisivo'", explica à AFP Clément Chéroux, representante da exposição. "Nós queríamos demonstrar que existem vários Henri Cartier-Bresson", diz Chéroux. A mostra do Centro Pompidou é a primeira retrospectiva consagrada ao artista, na Europa, desde sua morte.

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Ainda jovem, Cartier-Bresson se aventurou na fotografia e se encontrou no surrealismo. "Em seguida aparece um fotógrafo que se alia politicamente aos comunistas e se interessa pelo cinema como meio de propaganda. O fotojornalista surge apenas em 1947, com a criação da agência Magnum", conta Chéroux, curador de fotografia no Museu Nacional de Arte Moderna.

Filho de um empresário da indústria têxtil, o jovem Cartier-Bresson adora pintar e desenhar. Ele passa a integrar o atelier do pintor André Lhote, onde adquire o gosto pela composição e pela geometria, e encontra René Crevel, que o apresenta aos surrealistas. Em 1930, ele vai para a África, onde vive um ano. Deixando de lado o apelo exótico despertado pelo continente, Cartier-Bresson fotografa o ritmo de vida africano.

"Olhar sobre a vida"

De volta a França, ele compra uma câmera Leica, "o instrumento perfeito para o desenho acelerado e o exercício do olhar sobre a vida", como explicou em 1986. "Eu revirava os lugares e saía por aí com esse aparelho. Mas, além disso, eu levava comigo uma bagagem literária e visual". Após compor, intuitivamente, fotos seguindo a proporção áurea e fazer imagens surrealistas que buscam captar a "beleza convulsiva" de André Breton, Cartier-Bresson se volta para um fotografia documental. Companheiro de luta dos comunistas, ele clicou a pobreza e as primeiras folgas remuneradas.

No cinema, ele dirige diversos documentários, um deles sobre a Guerra da Espanha. Preso pelos alemães no início da Segunda Guerra Mundial, ele foge e entra para a Resistência. Cartier-Bresson fotografa a libertação de Paris, em 1944, mas também dos campos de deslocados na Alemanha, onde faz a célebre imagem de uma delatora encontrada pela mulher que ela havia denunciado.

Com David Seymour e Robert Capa, Cartier-Bresson funda a cooperativa Magnum. "Queríamos ser testemunhas da nossa época". Na Índia, ele fotografou Gandhi um pouco antes de seu assassinato. Na China, ele viu a chegada dos comunistas ao poder. Na França, cobre a independência das colônias e maio de 1968. "Chegar com passos de lobo, ser discreto (...) se forçamos as pessoas, não temos nada", ensinava Cartier-Bresson.

Um pequeno filme dos anos 1960 permite compreender melhor sua maneira de trabalhar. Vestido de forma elegante, ele se mistura à multidão parisiense diante dos painéis de cartazes, Leica em mãos. Como um gato, ele olha em torno de sua prole antes de se misturar a ela, rápido como um flash. Com ele, nada de reenquadramentos nem de retoques. Ele não gosta da cor, que não tem "a força e a abstração" do preto e branco.

Em 1970, ele abandona a reportagem fotográfica para voltar a sua primeira paixão, o desenho. Encantado com o budismo, ele faz, então, fotos contemplativas.

A moto Harley-Davidson oferecida de presente ao Papa Francisco, estimada entre 12.000 e 15.000 euros, foi vendida nesta quinta-feira a um comprador europeu por 241.500 euros, durante um leilão em Paris, anunciou a Casa Bonhams.

Brilhando, como se tivesse acabado de sair da fábrica, a moto papal é um modelo de catálogo, uma Dyna Super Glide. A Harley-Davidson ofereceu o presente ao pontífice por ocasião do 110º aniversário da marca americana em junho de 2013.

O Papa Francisco nunca a conduziu, contentando-se em por a sua assinatura no tanque. O santo padre doou a moto para a organização católica Caritas Roma. O recurso proveniente desta venda será usado para a reforma de um abrigo para sem-teto, em Roma.

Na quarta-feira, primeiro dia da exposição pública, muitos curiosos, fãs de máquinas bonitas, observaram a moto, apresentada junto a outras 300 lendas automotivas, incluindo modelos da Rolls-Royce, Facel Vega, Cadillac e Panhard centenários, na nave do Grand Palais que recebe o primeiro salão do automóvel de Paris.

Milhares de opositores ao casamento gay ou à "teoria do gênero" protestavam neste domingo (2) em Paris, em uma nova demonstração de força que revela o fortalecimento do conservadorismo na França.

Em um ato "pela família e pelas crianças", os manifestantes começaram a se reunir no início da tarde no centro de Paris. Os organizadores previam o comparecimento de dezenas de milhares de participantes. Em outras partes da França, principalmente em Lyon, manifestações também estavam sendo realizadas.

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"Hollande, não queremos a sua lei!", gritava a multidão, composta principalmente de católicos tradicionalistas, mas também de muçulmanos ultraconservadores. Os manifestantes exibiam uma faixa com o lema: "Família: educação, solidariedade, dignidade".

Para Abdel e Said Ahmet, dois pais de família argelinos que dizem compartilhar os "valores comuns" com os manifestantes católicos, "é a família que deve ser responsável pela educação sexual, e não o governo".

Uma semana depois dos tumultos que marcaram a manifestação contra Hollande - que tiveram 19 policiais feridos e 226 pessoas detidas -, o ministro do Interior, Manuel Valls, advertiu que não toleraria atos de violência de manifestantes.

Logo no início da manifestação na capital francesa, a Polícia deteve doze militantes de um pequeno grupo de extrema direita no momento em que eles se preparavam para se juntar a uma passeata.

Após as mobilizações de novembro de 2012 contra o casamento homossexual, uma parcela mais conservadora da população francesa vê o casamento entre pessoas do mesmo sexo como uma ameaça à sociedade e teme a liberação da procriação medicamente assistida (PMA) para os casais de mulheres, a legalização das "barrigas de aluguel" e a pretensa "teoria do gênero".

O governo do presidente socialista François Hollande não prevê esses projetos, mas os assuntos geram um clima que alguns observadores consideram "repugnante" na França.

Cenário de um forte debate político, a França foi marcada pelo que muitos consideram um divisor de águas para a esquerda - a Revolução Francesa de 1789. Desde então, os ânimos no país se exaltam quando os esquerdistas chegam ao poder. Nos anos 1930, as ligas da extrema direita se mobilizaram para desestabilizar o governo de esquerda e a República. Em menor medida, a chegada do socialista François Mitterrand à Presidência, em 1981, causou revolta em meio ao eleitorado mais conservador.

Nas últimas semanas, uma "Marcha pela Vida" dos opositores ao aborto, em 19 de janeiro, e, depois, uma manifestação anti-Hollande, no dia 26 do mesmo mês, extrapolaram do quadro habitual de contestação política.

Durante essa manifestação, que terminou em confrontos com a Polícia, pequenos grupos de extrema direita questionaram a República e intensificaram uma ofensiva racista e antissemita. François Hollande pediu atenção diante "dos movimentos extremistas, racistas".

"Teoria do gênero"

Durante a semana, uma nova polêmica eclodiu com um rumor segundo o qual as escolas estariam incitando as crianças a rejeitar sua identidade sexual, e até mesmo a se masturbar. Esse rumor, que não tem fundamento mas que atrai principalmente os muçulmanos, retoma a argumentação de grupos de extrema direita de inspiração católica que acusam o governo de querer impor a "teoria do gênero", interpretada como a negação da diferença entre os sexos e a promoção da homossexualidade.

Os organizadores da manifestação deste domingo pediram na sexta-feira a "retirada imediata" de uma experiência em curso em algumas escolas destinada a promover a igualdade entre meninas e meninos, e que visa, segundo eles, "a remodelar a atitude e a maneira de ser das crianças".

Antes da manifestação, Manuel Valls denunciou o surgimento de um "Tea Party à francesa" e pediu que a "direita republicana" se "desvencilhe claramente" desse movimento. O ministro do Interior mencionou "uma onda dos anti: anti-elites, anti-Estado, anti-impostos, anti-Parlamento, anti-jornalistas... Mas também e, principalmente, os antissemitas, os racistas, os homofóbicos... Todos simplesmente anti-republicanos".

Milhares de pessoas foram às ruas de Paris neste domingo de chuva para protestar contra a política do governo de François Hollande - constataram jornalistas da AFP.

A política estimou que cerca de 17.000 manifestantes participaram do movimento chamado "Dia de Raiva", mas os organizadores falam em 120.000 pessoas, número superestimado, segundo os jornalistas que estavam no local.

Os organizadores - uma reunião de movimentos de direita e extrema-direita e de católicos conservadores - tinham como objetivo denunciar a "ação deletéria" do governo "que nos leva à beira de um precipício".

Eles pediram para que o presidente socialista deixe o cargo "imediatamente".

Os manifestantes, muitos vindos com seus familiares, desfilavam gritando "não ao casamento gay" ou "Europa secessão, a França é uma nação".

Simpatizantes do polêmico comediante Dieudonné, cujo espetáculo foi proibido pela justiça recentemente, em razão do conteúdo fortemente racista e antissemita, também participaram da passeata.

O desfile partiu da praça da Bastilha e seguiu até a esplanada de Invalides, distante cerca de 5 quilômetros.

O Front National, partido de extrema-direita liderado pela política Marine Le Pen, informou que não fazia parte dos grupos que se manifestavam neste domingo.

O movimento "Manif pour Tous", líder da oposição contra o casamento homossexual na França, também informou que não tinha envolvimento com o "Dia de Raiva".

À margem da manifestação, uma dezena de militantes feministas do grupo Femen gritaram "vão ralhar em outro canto", antes de serem detidas pelas forças de segurança.

Três estilos diferentes passaram pelas passarelas da Semana de Moda de Paris nesta quarta-feira, com as coleções para a primavera-verão de Valentino, Elie Saab e Jean-Paul Gaultier.

Os dois estilistas da Valentino, Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli, desfilaram um universo imaginário, onírico. Vestidos em tule e transparências, que lembram as saias das bailarinas, reforçam o ar de 'fada' da mulher pensada pela grife italiana.

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Tanta delicadeza é resultado de um esforço, por assim dizer, homérico. Para realizar uma das mais emblemáticas peças da coleção, o casaco com ornamentos de plantas e animais foi resultado de mais de "1.500 horas no ateliê" - explica uma nota entregue aos convidados do desfile.

Batizado "O jardim do Éden", um vestido também feito de tule mostra Adão e Eva no paraíso, bordados em fio de seda. Em seguida, vemos uma grande serpente bordada subir pelo corpo de outra modelo. Outro look traz um grande africano estampado num casaco de cashmere cinza.

No jardim encantado de Valentino, há espaço para esvoaçantes vestidos de crepe - que adornam o corpo ao sugerirem contornos - e conjuntos de calça e blusa que lembram os quimonos orientais, feitos em seda dourada ou verde escura.

À paleta de cores naturais escolhida por Maria Grazia e Pierpaolo, somam-se o cinza e o bege, muito presentes nos looks que se dirigem a uma mulher "de espírito mutante". Destaque também para a delicada estampa da partitura de "La Traviata", ópera de Giuseppe Verdi.

Um universo fantástico também foi trazido pelo estilista francês Jean-Paul Gaultier, que transformou suas mulheres em borboletas. Foram 46 modelos apresentados, tão variados quanto as borboletas da natureza. Entre saias, calças e vestidos, muitas transparências e aplicações.

Num dos poucos modelos mais complexos da coleção do "enfant terrible" da moda francesa, as asas de uma borboleta azul dão lugar a um vestido curto de organza e tule. Com Gaultier, até a noiva vira "showgirl" e desfila com um enorme véu cheio de plumas brancas. "Tive a ideia para esta coleção em Londres, quando visitei uma loja cheia de borboletas. Vi as cores e depois as formas. Na natureza, tudo já está pronto", explicou.

Para encerrar o borboletário do francês, o desfile contou com a presença da dançarina erótica Dita Von Teese, muito aplaudida ao surgir num corselete turquesa.

Da floresta de Valentino e Gaultier as passarelas de Paris foram para o tapete vermelho das premiações de Hollywood com o desfile de Elie Saab. O estilista libanês, mestre na arte de criar vestidos cheios bordados com pérolas, paetês e pedras, propõe modelos sensuais, cheios de transparências e fendas.

Os vestidos aparecem em tons de rosa chá, jasmim, vermelho e amarelo. O estilista aposta em tule e renda e, nas modelagens, dá um presente às mulheres que sonham em ser princesas ao apresentar vestidos "paniers" (ndlr: armações usadas para dar volume às saias) dignos da realeza. Para as mais sóbrias, Saab propõe fluidos vestidos em musselina drapeada.

Estimulados pelo exemplo espanhol, milhares de opositores ao direito ao aborto tomaram as ruas do centro de Paris, neste domingo, para protestar contra um projeto de lei que, segundo eles, banaliza a interrupção voluntária da gravidez na França.

A chamada "marcha pela vida" reuniu cerca de 16 mil pessoas, segundo a polícia, e mais de 40 mil, de acordo com os organizadores.

Os ativistas protestavam contra algumas disposições do projeto de lei, que será discutido a partir desta segunda-feira pelos deputados franceses e que, afirmam seus críticos, "banaliza totalmente" a interrupção voluntária da gravidez.

Os manifestantes, que gritavam "sim à vida" e "Viva Espanha", agitavam as cores vermelha e dourada da Espanha, cujo governo de direita quer proibir o direito ao aborto, votado em 2010. Apenas casos muito específicos seriam permitidos.

O protesto reuniu muitas pessoas do interior da França, incluindo famílias e padres. No sábado, o movimento chegou a receber o apoio do papa Francisco, que lhes pediu que "mantenham viva sua atenção diante de um tema tão importante".

A poucos quilômetros dali, uma manifestação oposta com entre 200 e 300 pessoas defendia que "abortar é meu direito". A convocação desse ato foi feita pelo Sindicato do Trabalho Sexual e das Feministas.

Mais de 220 mil abortos são realizados todos os anos na França, onde a interrupção voluntária da gravidez foi legalizada em 1975. Desde janeiro de 2013, a prática conta com reembolso total da Seguridade Social.

Ventos de liberdade sopraram neste domingo sobre as coleções outono/inverno de moda masculina em Paris, com a celebração da individualidade por Lanvin e uma homenagem do britânico Paul Smith ao lendário Jim Morrison, astro do rock rebelde por excelência.

"Já era hora de sair daquela linha muito perfeita", disse Paul Smith, 67, ao definir o estilo de sua nova coleção. "Em todo lugar, as pessoas estão buscando algo um pouco mais forte e mais poderoso."

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Outra característica dominante de Smith são as estampas, de notas musicias e animais, incluindo flamingos, em referência à Costa Oeste americana, onde Morrison viveu. A variedade de materiais usados foi grande: cashmere, angorá, seda, lã, jérsei. "A coleção é muito fluida, os astros do rock gostam de estar confortáveis!"

Do preto e cinza, os tons passam ao bege e malva. Em casos extremos, chegam ao rosado. As estampas que lembram motivos de tapetes são uma homenagem ao trabalho têxtil artesanal. Destacam-se ainda os colares no estilo hippie dos anos 1970.

A 'liberdade de escolha' de Lanvin

Sob as esplêndidas claraboias da Escola de Belas-Artes de Paris e o olhar atento, na primeira fila, do ator americano Will Smith, que não perdeu um desfile importante esta semana, os estilistas da Lanvin - Lucas Ossendrijver e Alber Elbaz - apresentaram uma coleção dedicada à "liberdade de escolha".

Também aqui houve uma abundância de materiais e variedade de silhuetas: calças muito justas ou largas, e cintura alta ou baixa. O look roqueiro dominou, mas também havia conjuntos clássicos ou do tipo que se vê nas ruas. "Trata-se da individualidade, de deixar as pessoas livres", explicou Alber Elbaz.

O homem Lanvin se distingue por suas cores. Combina o tom da camisa com o do sapato, que também aparece em cores chamativas.

Guarda-roupa unissex

Desde o primeiro modelo, o estilista japonês Rynshu mistura os sexos. Quando alguém vê sua coleção, imagina perfeitamente uma mulher que roubou algumas peças do guarda-roupa do companheiro. O conjunto é predominantemente escuro, mas o preto aparece juntamente com lamê azul ou cinza. O estilo é punk e glamouroso.

Nos materiais, Rynshu optou por veludo, jacquard bordado com fios dourados ou prateados, cashemira e cordeiro. Agnès B: cinema e look francês 'adaptado à vida real'

A estilista Agnès Troublé, fundadora da marca Agnès B, deu carta branca para os primeiros modelos de seu desfile a Adrien Beau ("Les Condiments Irréguliers", 2010), que trouxe personagens saídos do século XIX, revisitados com um toque de ironia.

Em seguida, na coleção de sua autoria, Agnés dominou a lã, salvo em conjuntos para a noite, em que se destacaram materiais sintéticos brilhantes, com cortes ajustados. "É um estilo muito francês, inspirado na 'Nouvelle Vague', mas, ao mesmo tempo, atual", explicou à AFP. "É uma roupa usada há 20 anos e que continuará sendo usada por mais 20. Não são looks para a passarela, são peças para serem vendidas nas lojas, roupa adaptada à vida. Gosto dos bons cortes, bons materiais, que podem ser combinados facilmente e sempre vestem bem."

As coleções de Outono-Inverno 2014 começaram a aparecer nas passarelas da Semana de Moda Masculina de Paris ontem. Confira aqui os principais momentos do dia. 

Y/Project
A estreia de Glenn Martens no Y/Project mostrou o jovem talento belga reunindo uma linha sombria porém refinada em uma mistura de pretos e azuis profundos. O denim se destacou com fechos metálicos e foram adicionados toques de luxo pelos diversos couros que incluíam os de canguru, de cavalo e de carneiro. A silhueta drapeada mista dos homens aparece com cortes mais apertados, enquanto as peças femininas de estreia da marca também apresentam uma certa promessa graciosa.

Carven
Uma mesa de bilhar deu boas-vindas aos modelos de Guillaume Henry, que chegaram com roupas utilitárias, estampas de rabiscos de livro de atividade escolar estampados, casacos trespassados e ternos com corte slim usados com camisas sem colarinho. Essa coleção também atenua a paleta de cores para o outono, misturando bege sólido, preto, branco, azul escuro e bordô com tartan (tipo de xadrez) e estampas xadrezes.

Walter Van Beirendonck
Nesse desfile, houve de tudo um pouco: capacetes Wermacht de feltro criados pelo famoso modista Stephen Jones, slogans e desenhos geométricos nos cabelos curtos à la exército por Charlie Le Mindu, casacos esportivos desconstruídos de feltro em cores de clube e uma estampa de dentes de crocodilo. Nos dias de hoje, lançar modelos na passarela com cocares de índios nativos americanos é normalmente um desastre de relações públicas (veja Victoria Secret), mas o slogan "Pare com o racismo" pintado com spray foi uma sacada inteligente.

"Violetta", a mais nova queridinha da Disney, tem conquistado fãs em todo o mundo como protagonista da novela adolescente de mesmo nome gravada na Argentina, um fenômeno que ganhou as redes sociais e que tem gerado um lucrativo mercado.

"Amo a Violetta! Ela é linda e canta bem", resume Samira Gómez, uma argentina de 10 anos que sonha em ir a um show da jovem estrela.

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Assim como Samira, milhões de meninas dos cinco continentes cantam, dançam e sonham com "Violetta", a primeira novela 'teen' coproduzida pela Disney América-Latina e Disney EMEA (Europa, Oriente Médio e África).

Martina Stoessel, de 16 anos, filha de um produtor de TV argentina, é a jovem por trás deste sucesso globalizado.

Com um elenco formado por atores da Argentina, México, Brasil, Espanha e Itália, o programa, exibido pelo Disney Channel de vários continentes, também está disponível na América Latina em alguns canais da TV aberta e via Netflix, além de ter sido dublado para o italiano, francês, russo, português e inglês.

O auge da estrela 'teen' veio com seu show "Violetta ao vivo", cujas apresentações começaram em julho de 2013 na Argentina e continuaram pela Espanha, Itália e França, com entradas esgotadas.

O encerramento da turnê, que esta semana se apresenta em Paris, será em 28 de fevereiro no estádio Luna Park de Buenos Aires.

"Amor, música e paixão, essa sou eu, Violetta!", se apresenta a personagem, uma adolescente solitária e talentosa que, após vários anos na Europa, volta com seu pai para Buenos Aires, onde nasceu e onde encontra amigos, se apaixona e descobre sua vocação para a música, herança de sua falecida mãe.

"Seguindo o exemplo das novelas latino-americanas, reinventamos o formato para criar 'Violetta', uma novela Disney para o século XXI", explica Cristiana Nobili, produtora da Disney EMEA, que atribui o sucesso da série à grande resposta do público online, especialmente nas redes sociais.

A novela, que iniciará sua terceira temporada em abril, reúne 4,5 milhões de fãs no Facebook. No YouTube, seus vídeos alcançaram mais de 597 milhões de views no Brasil e na América Latina.

"Violetta exibe diferentes culturas e tradições sob uma mesma história de música, sonhos, amor e amizade, valores universais", declarou à AFP Cecilia Mendonça, vice-presidente e gerente-geral do Disney Channel Latin America.

Roupas, maquiagem, livros, álbuns de figurinhas: o furacão "Violetta" se apropriou do universo infanto-juvenil, especialmente do feminino.

"O formato foi pensado desde o início para propiciar uma enorme variedade de produtos de entretenimento em diferentes plataformas (shows ao vivo, discos, produtos de consumo) que se complementam e conectam", afirma Mendonça.

Os quatro álbuns da série - "Violetta", "Cantar é o que sou", "Hoje somos mais" e "Violetta ao Vivo" - são discos de platina e ouro em vários países.

A fama parece não ter mudado Stoessel, que conta com 750.000 seguidores no Twitter e que na semana passada esteve com o Papa Francisco em Roma.

"'Tini' é uma jovem que mantém os pés no chão, não se envolve em escândalos, é autêntica e espontânea", elogia Fernando Fagioli, do Grupo Identidad, ao explicar "a grande empatia" de Stoessel com seu público.

Cerca de 200 modelos de alta costura de Paco Rabanne, criados originalmente para desfiles e utilizados em peças de teatro e ópera, serão leiloados pela Casa Drouot de Paris em 22 de janeiro. Os vestidos, chapéus, joias e sapatos foram desenhados entre meados dos anos 70 e os anos 90. Alguns dos vestidos foram feitos de alumínio, pedras, metal e plástico.

Todas as peças foram reunidas entre 1979 e 2009 por Jorge Zulueta e Jacobo Romano, fundadores do Grupo Ação Instrumental, companhia argentina que tem o objetivo de renovar a linguagem tradicional da ópera. "Os vestidos-esculturas, utilizados a serviço de nossos heróis e heroínas de nossas óperas, permitiram elevar o gesto dramático da música", indicaram em um informe divulgado à imprensa pela Casa Artcurial, responsável pelo leilão.

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Entre as peças especiais do leilão estão um vestido curto de 1981 composto de placas metálicas e uma saia com penas de cisne (estimados entre 2.000 e 3.000 euros), um vestido de 1977 feito com contas de madeira (entre 3.000 e 4.000 euros), um vestido "Cleópatra", composto de cilindros metálicos (entre 2.000 e 3.000 euros).

Também serão leiloados grandes vestidos drapeados e caftãs de musseline de seda, entre muitos outros itens. Paco Rabanne, citado no comunicado de imprensa, considera que não há fronteira entre a alta costura e o vestuário cênico, já que ambos "são feitos para ser inflado, exagerado, dos sonhos".

Esta é a segunda venda de modelos do estilista pertencentes ao espanhol Jorge Zulueta e Jacobo Romano. Em janeiro de 2012, 300 vestidos, esculturas e acessórios assinados por Paco Rabanne foram vendidos por 140.000 €.

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