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Retomada das bolsas internacionais e do petróleo permite uma quarta-feira de recuperação do Ibovespa. Esse movimento no exterior acontece mesmo sem uma razão positiva aparente e após a AstraZeneca informar que dará uma pausa em estudos de vacina contra a Covid-19.

Ontem, o Ibovespa fechou em baixa de 1,18%, aos 100.050,43 pontos, seguindo as bolsas americanas, que tivera o terceiro pregão de queda, mas hoje sugerem reação. Às 10h39, subia 0,83%, aos 100.876,02 pontos.

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Para o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira, seria importante o índice a não perder os suportes dos 100 mil pontos e dos 98 mil pontos para não acelerar uma pressão vendedora.

Com a agenda de indicadores sem força para direcionar os negócios, o noticiário corporativo pode assumir esse papel nesta quarta-feira, especialmente após a Oi aprovar a mudança no plano de recuperação judicial, abrindo espaço para a venda de ativos, o que tende a pressionar para cima as ações do setor na B3. TIM ON subia 2,74% e Vivo PN, 2,17%, às 10h41.

Além disso, os papéis do setor de consumo ficarão no radar, em meio ao encarecimento dos alimentos, por causa do dólar alto, o que leva o presidente Jair Bolsonaro a se reunir com o setor supermercadista hoje à tarde para tentar encontrar uma solução para o aumento.

O governo ainda quer zerar as tarifas de importação de alguns itens da cesta básica para facilitar a entrada dos produtos estrangeiros. ViaVarejo ON subia 0,99%, Lojas Americanas PN, 0,48%, Magazine Luiza ON 2,57%, e Lojas Renner ON , 0,43%. Pão de Açúcar ON subia 0,83%.

No Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, o grupo Alimentação saltou a 0,78%, depois de subir 0,01% em julho. A aceleração tende a reforçar preocupação com o encarecimento desses itens no momento em que o dólar parece não dar trégua - só em 2020 acumula valorização de quase 33%. Esse movimento pode ser um vetor de pressão em ações de consumo na B3.

O IPCA, por sua vez, desacelerou a 0,24%, depois de subir 0,36% no sétimo mês do ano, acumulando 2,44% em 12 meses. O resultado ficou perto da mediana de 0,25% das estimativas na pesquisa Projeções Broadcast (0,16% a 0,36%).

Às 9h13, o Ibovespa futuro subia 0,95%, aos 101.070 pontos.

No noticiário corporativo, destaque para a AstraZeneca, que ontem à noite anunciou a suspensão da fase três de testes de sua possível vacina contra a covid-19, após um voluntário no Reino Unido apresentar uma reação adversa grave. Em Londres, a ação da empresa farmacêutica anglo-sueca caem mais de 1,5%, mas as bolsas europeias sobem em torno de 1,00%.

"Existe certa frustração com a suspensão dos testes da vacina conduzidos pelo laboratório AstraZeneca, o que reduz a expectativa de conclusão do processo em breve. No Brasil, a tênue melhora externa e a possibilidade da divulgação de medidas de ajuste fiscal no âmbito da PEC do pacto federativo devem ajudar", avalia em nota o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria Integrada.

O senador Marcio Bittar (MDB-AC) deve apresentar hoje o relatório das ações de corte de despesas previstas na Proposta de Emenda Constitucional do pacto federativo. As medidas abrem um espaço de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões no Orçamento.

O petróleo também avança na faixa de 1,00% no mercado internacional, o que pode ser fonte de alívio para as ações da Petrobrás (sobe na faixa de 1%), enquanto a queda de 2,00% do minério de ferro no porto chinês de Qindgao limita ganhos dos papéis da Vale (0,67%).

As ações da petrolífera ainda tendem a reagir à notícia de a estatal iniciou a fase vinculante da venda de uma fatia entre 50% e 100% de sua participação na concessão BM-S-51, na Bacia de Santos, além do anúncio de recuo nos preços dos combustíveis nas refinarias ontem.

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Neste domingo (30), completa-se um ano do desastre ambiental causado pelo vazamento de óleo que atingiu, principalmente, o Nordeste brasileiro. Mesmo tendo passado todo esse tempo, até hoje não se sabe quem são os responsáveis por essa tragédia. Praias, mangues, rios e áreas de proteção ambiental de ao menos 130 municípios dos nove Estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro foram afetados por fragmentos ou manchas do petróleo cru.

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A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado na Ilha de Itamaracá, Pernambuco. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a registrar os fragmentos de petróleo cru, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos estavam sendo achados no Espírito Santo desde 7 de novembro, e no Rio de Janeiro, desde 22 de novembro.

Para se ter noção, em janeiro deste ano o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apontava que 433 locais atingidos pelo óleo ainda tinham fragmentos da substância. 

Paraíba foi o primeiro Estado do Nordeste com as manchas. Foto Chico Peixoto/LeiaJá Imagens/Arquivo

No mês de junho de 2020, a Marinha informou que continuava monitorando o aparecimento de pequenos fragmentos de óleo no litoral nordestino. Praias e costões dos estados de Alagoas e Pernambuco foram os locais onde registrou-se a continuidade de localização dos fragmentos do petróleo cru de origem desconhecida.

Especialistas apontavam que esses novos aparecimentos estavam acontecendo porque, após permanecer por meses em repouso no fundo do mar, a substância voltou a se soltar devido à ação das correntes marítimas combinadas a fatores meteorológicos.

Ainda no mês de junho deste ano, novas ocorrências foram registradas nas praias do Cupe e Muro Alto, localizadas em Ipojuca, e na praia de Tamandaré, na cidade que leva o mesmo nome. 

Foram toneladas de petróleo retirados do mar. Foto Arhur Souza/LeiaJá Imagens/Arquivo

Quando a população nordestina ainda se recuperava de tudo o que foi causado pelo vazamento do óleo, veio a pandemia da Covid-19 e uma realidade que os trabalhadores e moradores dessas localidades pensavam que não ia mais se repetir: o vazio das praias. Depois de meses fechadas por conta do novo coronavírus, até este domingo (30), nas praias de Pernambuco só está permitido o banho e que os banhistas fiquem na faixa de areia, sem cooler e com máscara. 

Essa situação pandêmica, segundo os trabalhadores da praia do Cupe, afasta os turistas e, consequentemente, quebra o ciclo econômico do local que está estagnado desde o mês de março, quando os decretos de isolamento social começaram em Pernambuco.

“Sempre quando acontece qualquer tragédia que atinge as praias nós somos os primeiros impactados com tudo isso. Se não tem turista, nem ninguém vindo para a praia não tem dinheiro e ninguém pra gente vender os nossos serviços”, diz um jangadeiro que não quis se identificar. Ele complementa dizendo: “Na época do óleo aqui nós, trabalhadores, fomos os primeiros a limpar todo esse litoral. Agora que a gente precisa do governo, ficamos mais de cem dias sem trabalho.”

Situação foi crítica, principalmente para quem trabalha no Litoral. Foto Arthur Souza/LeiaJá Imagens/Arquivo

Posicionamento Marinha

A Marinha do Brasil, responsável pelas investigações, aponta que terminou todo o seu trabalho, mas não identificou os culpados pelo derramamento de óleo. Agora, um relatório do que se foi apurado será entregue à Polícia Federal, que continuará investigando.

"A MB conduz, de forma ininterrupta, desde o aparecimento dos primeiros vestígios de óleo nas praias, uma investigação complexa, contando com a participação de diversas instituições, técnicas, científicas e especializadas, brasileiras e estrangeiras e tem trabalhado de forma cooperativa com o inquérito criminal instaurado pela Polícia Federal", revela.

Segundo a Marinha o relatório com conclusões entregues à PF contribui para a identificação do provável causador e a origem do crime ambiental. "Os trabalhos permanecerão até que o responsável seja identificado. É importante destacar que a MB e a PF trabalham juntas, e a PF vai consolidar essas informações para o desdobramento da investigação", pontua.

Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta quinta-feira (20) em queda, com temores sobre a demanda novamente pesando, após os Estados Unidos informarem alta nos pedidos de auxílio-desemprego no país.

O petróleo WTI para outubro, contrato mais líquido, fechou em baixa de 0,67%, a US$ 42,82 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 1,03%, a US$ 44,90 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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A cautela já predominada na maioria dos mercados pela manhã, após a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ter reforçado, na tarde da quarta-feira, 19, a percepção de cautela dos dirigentes sobre o quadro econômico e os riscos representados pela covid-19.

Na manhã desta quinta, o Departamento do Trabalho informou que os novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram 135 mil na semana, a 1,106 milhão, o que contrariou a previsão de 923 mil dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

Segundo relatório do Commerzbank, a visão do Fed conteve o apetite pelo petróleo nesta quinta.

Entre as notícias do setor, a Reuters apontou que alguns integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) precisam cortar sua produção, para compensar o excesso de oferta de meses anteriores, no âmbito do acordo comum.

Com a cotação do petróleo despencando nos últimos meses, Estados e municípios produtores se preparam para uma queda acentuada na arrecadação. Antes do início da pandemia da Covid-19, que forçou a retração do consumo, o esperado era que fossem distribuídos R$ 33,4 bilhões em royalties do petróleo no País neste ano. A estimativa agora caiu para R$ 18,4 bilhões, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Com a demanda em forte queda em todo o mundo, o preço do barril de petróleo (equivalente a 158,9 litros) tem desabado. No dia 20 deste mês, a cotação do óleo tipo WTI, referência nos Estados Unidos, chegou a ficar negativa (- US$ 37) pela primeira vez na história. Isso, é claro, tem reflexos no mercado brasileiro.

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Segundo dados da ANP, o preço do litro do petróleo do supercampo de Lula, no pré-sal - o maior do País -, por exemplo, registrou uma queda de 42,6% desde o início do ano, de R$ 1,57 para R$ 0,90.

Na mesma proporção, foram desvalorizados os outros dois maiores produtores nacionais - os campos Búzios e Sapinhoá, todos no pré-sal da Bacia de Santos.

Os preços no Brasil são definidos pela ANP, que considera três variáveis - a qualidade do petróleo, a cotação do óleo tipo Brent e o câmbio.

Buraco

No Estado do Rio, o efeito dessa redução pode ser catastrófico. A projeção atual de perda de arrecadação com royalties é de quase R$ 5 bilhões neste ano, "um buraco quase impossível de fechar", segundo o secretário de Fazenda, Luiz Cláudio Rodrigues de Carvalho. A perda acumulada no primeiro trimestre com essa receita já foi de R$ 1,42 bilhão.

Além de arrecadar menos, o governo estadual vai ter de antecipar o pagamento de títulos atrelados à cotação do petróleo. No auge da sua crise fiscal, há dois anos, o Rio fechou com investidores uma antecipação de receita do royalty, que seria paga no futuro, com correção de juros. Esses contratos de securitização previam, no entanto, que se a commodity ficasse abaixo de US$ 40, o pagamento pelo governo seria antecipado.

Hoje, essa dívida com a antecipação está em R$ 2,5 bilhões, mas, segundo Carvalho, o governo tem se reunido continuamente com os investidores e deve fechar em breve uma postergação do pagamento em até um ano e meio.

Obras

Na cidade de Maricá, no litoral fluminense - a maior arrecadadora de royalties de petróleo no País -, o efeito da perda de arrecadação deve se dar na postergação de obras. A prefeitura previa, por exemplo, licitar agora um grande projeto de saneamento básico. Mas o recurso separado para o início da obra foi reservado e todo esforço financeiro da prefeitura, remanejado para a construção de um hospital de campanha para atender a pacientes com covid-19.

Por ter o supercampo de Lula no seu litoral, Maricá tem direito a uma quantia bilionária todo o ano, paga pelas empresas petroleiras para compensar a exploração dos recursos naturais do município. Neste mês, vai receber R$ 291,5 milhões.

Para Décio Oddone, ex-diretor-geral da ANP, quem recebe royalties de petróleo precisa estar preparado para esses momentos de queda. "Toda arrecadação obtida da extração de petróleo e gás é volátil, porque os preços e o câmbio flutuam. É finita também, pois os recursos acabam." Por isso, afirma, devem ser bem administradas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O setor de petróleo registrava até o dia 14 de abril, 132 casos confirmados de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus (covid-19), sendo que 74 tiveram acesso a plataformas marítimas de exploração e produção, segundo informação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Até o momento não foi registrado nenhum óbito, segundo a agência.

Maior petroleira do País, a Petrobras tem se negado a informar o número de infectados na empresa desde quando informou que haviam 17 funcionários contaminados pelo coronavírus. Agora a companhia alega proteção à privacidade dos seus empregados.

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No dia 9 de abril, a Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo informou que uma plataforma operada pela SBM a serviço da Petrobras desembarcou pelo menos 53 empregados infectados pelo coronavírus.

Em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, no final de março, o presidente da Abespetro, associação que reúne as prestadoras de serviço do setor de petróleo, Adyr Tourinho, já alertava para o risco de contaminação nas plataformas de petróleo, devido ao ambiente próximo das unidades e do transporte para acessá-las. Ele previa que poderia haver um "apagão" de mão de obra pela dificuldade de reposição dos empregados e consequente queda de produção.

Fiscalização

Segundo a ANP, nas plataformas de petróleo a orientação é de que haja desembarque dos empregados com sintomas ou qualquer pessoa que teve contato com os casos confirmados. Se não houver condições de manter a operação segura com um efetivo mínimo, a agência determina a parada da produção.

A agência responsável pela fiscalização do setor informou ainda, que as empresas vêm diminuindo muito o número de pessoas a bordo das plataformas para evitar a disseminação da covid-19, e estabelecendo procedimentos de contingência para manutenção das operações de forma segura e em conformidade com a regulação.

Em meio a quedas generalizadas das bolsas mundiais por causa do choque negativo no barril do petróleo, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, diz que há motivos para otimismo. Em nota divulgada nesta quarta-feira (11), ele afirma ver na queda do preço da commodity "uma oportunidade para vários setores industriais, uma vez que o petróleo está em quase todos os segmentos produtivos".

"Esta redução no preço do petróleo irá baratear o custo de transporte em geral, cargas, ônibus urbano, carro de passeio e companhias aéreas", pontuou Skaf, que preside a Fiesp há 16 anos.

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Na nota, Skaf também destaca indicadores positivos da atividade industrial de janeiro (crescimento de 0,9% na margem) e diz que os indicadores confirmam "previsões de um bom começo de ano para a economia brasileira".

Um dia depois de os mercados financeiros ao redor do mundo registrarem perdas históricas, o presidente Jair Bolsonaro negou que haja uma crise e culpou a imprensa pela situação.

"Muito do que tem ali é mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propaga", disse Bolsonaro em evento em Miami. Na segunda-feira, 9, ele já havia dito que a disseminação da doença estava "super dimensionada".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também tem minimizado o coronavírus. Segundo fontes presentes no jantar entre Trump e Bolsonaro em Mar-a-Lago, no sábado, 7, os dois conversaram sobre a disseminação do vírus e estimaram que até o final de abril haverá uma melhora na situação.

Há 105.586 casos de coronavírus confirmados em 97 países e 3.584 mortes. Nos EUA, há mais de 600 casos confirmados e na Flórida, onde Bolsonaro está, duas pessoas morreram.

"Alguns da imprensa conseguiram fazer de uma crise a queda do preço do petróleo. É melhor cair 30% do que subir 30% do preço do petróleo. Mas isso não é crise. Obviamente, problemas na Bolsa, isso acontece esporadicamente. Como estamos vendo agora há pouco, as bolsas que começam a abrir hoje já começam com sinais de recuperação", afirmou na manhã desta terça-feira, 10, em evento a empresários.

A segunda-feira foi caótica para os mercados financeiros, com a disseminação do coronavírus e a violenta queda nos preços de barris de petróleo, em uma disputa de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia. As ações de empresas negociadas na B3 perderam em cifras o maior prejuízo da Bolsa em um único dia desde o início do Plano Real, em 1994. A Bolsa brasileira teve de suspender os negócios, depois que a queda passou de 10%, e em Nova York também houve interrupção temporária nas negociações ao longo do dia.

Nesta terça-feira, Bolsonaro voltou a negar que o governo possa aumentar o tributo federal sobre combustíveis, a Cide, como forma de compensar uma possível queda no preço da gasolina . "Zero, zero, não existe isso (sobre aumento da Cide). A política que a Petrobrás segue é a de preços internacionais, então a gente espera, obviamente, não como presidente, mas como cidadão, que o preço caia nas refinarias e seja repassado ao consumidor na bomba", afirmou o presidente.

Jantar com Trump

Bolsonaro afirmou que Trump está disposto a "buscar o livre-comércio" com o Brasil. "Discutimos questões pontuais, como é do interesse americano, etanol e carne de porco. Pedi para ele para que nós deixássemos questões pontuais e discutíssemos de forma mais ampla. Ele concordou. Então nossas assessorias vão começar a discutir livre-comércio mais amplo com EUA", disse.

Os dois países estão desde o ano passado negociando acordos pontuais de liberalização de comércio - o que não envolve negociação sobre tarifas, portanto, não se caracteriza como um acordo de livre-comércio. No jantar, as conversas confirmaram o interesse de formular um pacote de medidas para facilitar negociações entre os dois países.

Após as negociações na Bolsa brasileira ficarem paralisadas por 30 minutos, durante o acionamento do mecanismo de circuit breaker, as ações de Petrobras voltaram a ter forte queda nesta segunda-feira, 9. Os papéis ON recuavam 22,69% e os PN, 24%, às 12h27, enquanto o Ibovespa perdia 8,92%, aos 89.259,77 pontos.

Descontando o tempo de parada de pouco mais de meia hora, as ações foram negociadas por cerca de 45 minutos e, nesse tempo, a petroleira já perde R$ 67 bilhões.

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O petróleo do tipo Brent segue em queda, embora menos intensa do que o observado mais cedo, com baixa de 18%, após a Arábia Saudita decidir aumentar a produção da commodity e reduzir os preços, movimento interpretado como retaliação à falta de acordo entre os membros da Organização dos Países exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de cortes na produção.

De acordo com um analista do mercado financeiro, a decisão da Arábia Saudita pode colocar em risco novos projetos da Petrobras, assim como seu plano de investimentos. Outro especialista aponta que se a queda do preço do petróleo no mercado internacional perdurar a geração de caixa da Petrobras será afetada.

Frigoríficos e aéreas têm perdas

Ações de frigoríficos também se destacam entre as maiores quedas na B3. Os investidores começam a digerir as informações sobre problemas logísticos na China e aumento dos custos de produção, que estariam desafiando a indústria de carnes.

"Com o agravamento do coronavírus na China e a consequente desaceleração da economia chinesa, os portos se tornaram um problema, e contêineres parados no país passaram a ser desviados para outros destinos", disse a XP Investimentos em relatório.

A avaliação é que a menor circulação de pessoas na China reduzirá o consumo fora do lar, afetando negativamente a demanda por proteínas.

Por volta das 11h40, JBS ON chegou a cair 11,90%, Minerva ON perdia 12,21% e BRF ON tinha baixa de 8,70%. Já Marfrig ON caía 15,99%.

As aéreas também acumulavam perdas. As ações PN de Gol e Azul amargam caem em torno de 10% diante da disparada do dólar que às 11h47 tinha alta de 2,30%, a R$ 4,7403.

Na máxima, chegou a R$ 4,7927. De acordo com analistas, as empresas seguem afetadas, uma vez que cerca de 70% de seus custos são atrelados à moeda americana.

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse nesta segunda-feira (9) que o governo não deve aumentar impostos como forma de compensar os efeitos da queda do preço do petróleo porque a crise é "transitória". "Não podemos adotar imposto neste momento. Há uma carga que vale um terço do nosso PIB. Eu particularmente não vejo possibilidade de aumento de impostos", disse Mourão, ao chegar ao Palácio do Planalto. "A gente sabe que (a crise do preço do petróleo) também é transitória. Vamos ver qual a reação a Petrobras vai colocar", afirmou.

Os preços dos contratos do petróleo recuavam ao redor de 20% nesta segunda-feira, depois que a Arábia Saudita cortou o valor de venda do barril e indicou o início de uma guerra de preços entre os grandes produtores. Na abertura dos negócios no mercado asiático, ainda no noite de domingo (horário de Brasília). O preço do petróleo do tipo Brent chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo, no início dos Anos 1990.

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A decisão da Arábia Saudita vem na esteira do fracasso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre o tamanho da produção da commodity.

A Rússia se opôs ao corte de produção sugeridos pela Opep para estabilizar os preços da commodity em meio à epidemia de coronavírus, que desacelera a economia global e afeta a demanda por energia.

Na avaliação do sócio fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, a queda brusca dos preços do petróleo pode levar o Brasil para dois caminhos: a Petrobras pode reduzir o preço da gasolina e do diesel, mas com o risco de inviabilizar o etanol, ou o governo pode aumentar a incidência da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis para preservar a geração de receita da estatal.

Desde a greve dos caminhoneiros, a Cide está zerada para o diesel. Na gasolina, a cobrança é de 10 centavos por litro.

Mourão disse que a atividade global está caindo porque as pessoas estão deixando de trabalhar em decorrência das preocupações com o coronavírus. "Preocupa, mas é uma questão transitória."

Os analistas do mercado financeiro reduziram, pela primeira vez, a estimativa de crescimento da economia brasileira para um patamar abaixo de 2% neste ano, informou nesta segunda-feira o Banco Central, por meio da pesquisa Focus.

A epidemia do novo coronavírus e a disputa entre Arábia Saudita e Rússia sobre o preço do petróleo montaram um cenário caótico no mercado financeiro e derrubaram bolsas mundo afora nesta segunda-feira (9).

Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou o pregão com queda de 4,23%, perdendo 1.106,21 pontos e chegando a 25.040,46. Já a Bolsa de Valores de Milão lidera entre os piores desempenhos na Europa, com desvalorização de 9,87% no índice FTSE MIB por volta de 11h30 (horário local), em função das restrições impostas pelo governo na Lombardia e em 14 províncias de outras quatro regiões.

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As áreas afetadas formam um dos principais polos industriais da Itália, que já contabiliza 7.375 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2), com 366 mortes. O desempenho negativo do FTSE MIB é puxado pelas empresas petrolíferas Saipem (-19%) e ENI (-16%), também em função da decisão da Arábia Saudita de reduzir seus preços de exportação da commodity em 10%.

A medida é uma retaliação à Rússia, que se negou a fechar um acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir a produção e conter a queda dos preços por causa da epidemia de coronavírus.

As tensões também provocam quedas nas bolsas de Londres (-6,13%), Paris (-6,97%) e Frankfurt (-6,62%). A epidemia de coronavírus já contaminou mais de 110 mil pessoas ao redor do mundo e matou quase 4 mil. 

Da Ansa

A cotação do petróleo caiu mais de 30% neste ano, mas talvez o pior ainda esteja por vir, em um mercado no qual o novo coronavírus reduz a demanda, alertam especialistas.

Para conter a queda de preços em meio a uma redução do consumo de petróleo no mundo, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), reunida em Viena nesta semana, propôs a seus parceiros cortes adicionais de produção.

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A ideia da Opep, apoiada pela Arábia Saudita, consistia em diminuir a extração diária da commodity em 1,5 milhão de barris até o fim do ano.

A Opep propôs inclusive que seus sócios de fora do cartel tivessem apenas um terço do corte.

Principal aliado do cartel de produtores, "a Rússia não mordeu a isca", avaliou Andrew Lebow, do Commodity Research Group, que lembrou que a economia russa, mais diversificada que a dos sócios da Opep, é menos dependente do petróleo.

Segundo maior produtor mundial de petróleo, atrás dos Estados Unidos e à frente da Arábia Saudita, A Rússia reduziu suas previsões orçamentárias para um barril a 42,4 dólares, e se mostra satisfeita com o atual nível dos preços.

Para os produtores russos, todo barril retirado do mercado representa uma redução da receita e o risco de ceder partes do mercado aos Estados Unidos, que inunda o planeta com seu petróleo de xisto.

Desde dezembro o corte de produção da Opep+ (o cortes e seus parceiros) chega a 1,7 milhão de barris diários, em um contexto de excesso de oferta.

'Terra arrasada'

Os Estados Unidos, concorrentes da Rússia, extraem 13 milhões de barris diários e exportam entre 3 e 4 milhões.

"Os russos decidiram levar adiante uma política de terra arrasada. Não veem nenhuma razão para apoiar os produtores americanos", explicou John Kilduff, da Again Capital.

Os Estados Unidos não são membros da Opep, portanto não estão submetidos a suas decisões.

Os cortes atualmente em vigor expiram no fim de março, e sua renovação agora parece incerta.

"Se não houver cortes adicionais, isso significa que o excedente de petróleo no segundo e no terceiro trimestre será mais significativo que o mercado antecipava", alertou Lebow.

Uma oferta abundante leva a uma baixa dos preços, e em Nova York alguns especialistas esperam o barril de WTI abaixo de 40 dólares.

"Acho que podemos ver os preços do petróleo em Nova York abaixo dos 40 dólares", opinou John Kilduff, da Again Capital. "Ainda não chegou o pior da crise de demanda".

Com o golpe sobre o crescimento econômico representado pelo coronavírus, os agentes do mercado esperam que a queda de preços do petróleo continue.

"Os riscos de recessão são fortes. Historicamente, as recessões fazem os preços do petróleo baixarem", lembrou James Williams, da WTRG-Economics, que considera que o consumo mundial da commodity vai diminuir em 4 milhões de barris no primeiro trimestre.

"A menos que a economia chinesa se recupere rapidamente, as consequências econômicas do vírus repercutirão em todo o mundo, em particular na Europa e nos Estados Unidos", avaliou Williams.

Contra o desmonte do Sistema Petrobras e supostas violações no acordo coletivo de trabalho, na manhã desta quinta-feira (12), o Sindicato dos trabalhadores na Indústria do Petróleo de Pernambuco e Paraíba (Sindipetro PE/PB) subsidiou o valor do botijão do gás de cozinha e o comercializou a um "preço justo" no Grande Recife. A categoria distribui 200 vouchers e custeou o produto por R$ 30.

A ação pontual ocorre apenas hoje (12), no bairro de Vila Rica, em Jaboatão dos Guararapes, informou o sindicato. Com o prosseguimento da greve, novas ações voltadas à sociedade serão realizadas, porém uma nova distribuição de desconto está praticamente descartada. 

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Após 13 dias de ato, a assessoria do Sindipetro explicou que a ação é "para mostrar que o valor do gás de cozinha, combustíveis e derivados do petróleo não se deve aos impostos como o Governo alega. Ele se deve à política de preços da Petrobras, que coloca os preços de acordo com o mercado internacional”. No Grande Recife, o botijão é comercializado entre R$ 65 e R$ 70. Em outros locais do Brasil, o preço atinge R$ 90.

Se o dólar e o valor do barril aumentam, o preço dos derivados também sobe; ainda que o Brasil seja um produtor. “Esses impostos sempre existiram, o Governo tem totais condições de subsidiar a venda de combustíveis e derivado à população uma vez que o próprio Estado brasileiro é autossuficiente na produção desses produtos”, apontou.

Mais de mil trabalhadores podem ser demitidos - Com a confirmação do fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) no Paraná, o sindicato calcula que cerca de 1000 profissionais serão demitidos, entre servidores e terceirizados. Essa seria apenas uma das primeiras etapas para desencadear um processo desestruturação, que enfraqueceria a companhia e a economia da região.

“Essa demissão em massa funciona como um balão de ensaio para todo o sistema Petrobras. Muito possivelmente essas demissões vão ser aplicadas em outras unidades, sobretudo as que estão sendo colocadas à venda”, analisou.

O petróleo fechou em queda nesta segunda-feira, 13, com o WTI no menor nível em quase seis semanas, pressionado diante de incertezas sobre a manutenção do acordo de corte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), enquanto investidores ainda repercutem a diminuição de tensões no Oriente Médio.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro fechou em queda de 1,63%, a US$ 58,08 o barril, no valor mais baixo desde 3 de dezembro. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março caiu 1,20%, a US$ 64,20 o barril.

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Investidores acompanharam hoje a fala do ministro de Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, que afirmou ser muito cedo para falar sobre a possibilidade de a Opep+ manter cortes na produção para além de março, quando vence o atual pacto de restrição na oferta.

A incerteza sobre a manutenção do acordo de corte se sobrepôs ao otimismo com a assinatura de um acordo comercial inicial entre Estados Unidos e China, na quarta-feira, e às recentes tensões entre Washington e Teerã, que levaram à imposição de novas sanções americanas ao país persa.

"Investidores parecem convencidos de que o Irã não bloqueará o Estreito de Ormuz ou realizará ataques a remessas de petróleo", avalia o estrategista-chefe de mercado da FXTM, Hussein Sayed, em nota. "Isso ocorre porque as exportações iranianas para a China são uma fonte significativa da receita do governo e, sem ela, a crise econômica só vai agravar."

A especialista do Commerzbank Carsten Fritsch pondera, contudo, que "o risco do conflito aumentar novamente não deve ser ignorado; portanto, um certo prêmio de risco no preço do petróleo ainda é apropriado". Ela acrescenta, também, não esperar que o acordo de "fase 1" entre Washington e Pequim amplie a demanda do petróleo, como alguns apontam. "Na melhor das hipóteses, é provável que apenas impeça qualquer desaceleração adicional do crescimento", diz.

*Com informações da Dow Jones Newswires

O petróleo fechou em forte queda o pregão desta quarta-feira, 8, diante da diminuição de tensões entre os Estados Unidos e o Irã, que geravam preocupação sobre o fornecimento da commodity. Além disso, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano informou alta acima do esperado nos estoques do óleo no país.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro caiu 4,93%, para abaixo da marca de US$ 60, a US$ 59,61 o barril, no menor nível desde 12 de dezembro. O Brent para março, por sua vez, recuou 4,15%, a US$ 65,44 o barril, patamar mais baixo desde 16 de dezembro.

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Apesar do ataque iraniano a bases usadas por forças militares americanas no Iraque ontem à noite, as tensões entre os dois países diminuíram com o pronunciamento do presidente dos EUA, Donald Trump, que aplicou sanções ao país persa, mas afirmou que Teerã parece estar "se resignando, o que é uma coisa boa".

Além disso, o fato de que não houve mortos ou feridos no ataque de ontem indica que houve um acordo entre os governos de Washington e Teerã para evitar a escalada de conflitos, avaliaram Gunther Rudzit, professor e coordenador do núcleo de Oriente Médio da ESPM-SP, e Lucas Leite, professor de Relações Internacionais da Faap e especialista em política externa dos EUA, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Os analistas preveem que, agora, os contratos futuros de petróleo, que apagaram os ganhos da última semana, quando saltaram com a escalada de tensões, devem voltar à faixa anterior ao conflito.

Também hoje, o DoE informou que os estoques de petróleo no país subiram na última semana, ao contrário da previsão de queda, enquanto os de gasolina e destilaram avançaram bem mais do que o esperado.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 6, na esteira das tensões no Oriente Médio, após o ataque dos Estados Unidos no Iraque que matou o general Qassim Suleimani, comandante das Forças Quds, uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã. Os temores de queda na oferta da commodity permanecem, principalmente diante das ameaças de retaliação vindas do governo do Irã.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro subiu 0,35%, a US$ 63,27 o barril. E o Brent para março avançou 0,45%, a US$ 68,91 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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A escalada de tensão entre americanos e iranianos no fim de semana levou o mercado de petróleo às alturas durante a madrugada de hoje, quando o Brent chegou a superar os US$ 70 por barril. No radar estavam as declarações do general iraniano que passou a liderar a Guarda Revolucionária Islâmica após a morte de Suleimani. O novo líder dos Quds, Esami Ghaani, prometeu se vingar do ataque promovido pelos EUA.

O presidente americano, Donald Trump, por sua vez, foi ao Twitter afirmar que o Irã "nunca terá uma arma nuclear", em resposta ao país persa que decidiu não mais cumprir o acordo nuclear que impunha limites ao enriquecimento de urânio.

Trump já havia ameaçado o Irã de um ataque "de maneira desproporcional", caso o país decida revidar contra os americanos. Trump também ameaçou impor sanções ao Iraque após o Congresso daquele país aprovar uma resolução exigindo que tropas americanas deixem seu território.

O mercado teme que o Irã possa retaliar a morte do general Suleimani, atacando os EUA ou mesmo impedindo o escoamento de petróleo por meio do Estreito de Ormuz, como avaliam os analistas da Stifel. "Nesta semana, os preços do petróleo continuam em alta, em resposta à evolução da situação no Irã e no Iraque, em meio a temores de que as tensões crescentes possam atrapalhar os fluxos globais de petróleo através do Estreito de Ormuz."

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, pediu cautela hoje em meio às tensões geopolíticas, enquanto o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou para o risco de qualquer "erro de cálculo" no conflito.

A falta de notícias sobre o desenrolar das tensões entre EUA e Irã, ao longo do dia, fez os contratos de petróleo diminuírem ganhos mas, ainda assim, fecharem o dia em território positivo.

Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira (31), último pregão de 2019, em meio à liquidez fraca no mercado antes do Ano Novo, mas obtiveram fortes ganhos no ano.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro caiu 1,0%, a US$ 61,06 o barril, mas registrou alta de 34,5% em 2019, maior avanço desde 2016. Já o Brent para março também recuou 1,0%, a US$ 66,00 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), mas teve ganhos de 23,9% no ano.

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No último mês de 2019, o petróleo foi apoiado pelo anúncio do entendimento comercial preliminar entre os Estados Unidos e a China e pelo acordo alcançado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para cortes na produção da commodity em 2020.

Analistas do Commerzbank, Barbara Lambrecht e Carsten Fritsch lembram que o conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo "teve um efeito de frenagem perceptível na demanda de petróleo ao longo do ano, assim como a desaceleração da economia global".

Hoje, o presidente americano, Donald Trump, informou em sua conta oficial no Twitter que deve assinar a chamada "fase 1" do acordo comercial com os chineses no dia 15 de janeiro de 2020, em uma cerimônia na Casa Branca.

"Cortes mais profundos anunciados pela Opep+ em dezembro devem fazer um bom trabalho no apoio aos preços do petróleo em torno dos níveis atuais no primeiro trimestre de 2020", avaliam Warren Patterson e Wenyu Yao, analistas do ING. No início do mês, o cartel decidiu ampliar seu corte de produção em 500 mil barris por dia até março do próximo ano e a Arábia Saudita afirmou que fará cortes acima de sua cota.

Na visão do ING, porém, "o grupo precisará tomar medidas para enfrentar o superávit de oferta" no segundo trimestre. O Commerzbank, por sua vez, prevê que a Opep continuará ajustando a oferta e "ao abrir mão de sua própria participação no mercado, conseguirá manter o preço do petróleo em seu nível atual". (Com informações da Dow Jones Newswires)

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (30), interrompendo quatro dias de altas consecutivas. Às vésperas do feriado de ano novo, a baixa liquidez no mercado ajudou a derrubar os preços, além das expectativas em torno do crescimento da oferta diante da demanda pela commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro fechou em queda de 0,06%, valendo US$ 61,68 o barril, enquanto na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março teve recuo de 0,30%, a US$ 66,67 o barril.

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Pela manhã (em Brasília), os contratos futuros de petróleo subiam após o ataque americano a um grupo xiita apoiado pelo Irã no Iraque e na Síria. O Iraque alertou para uma possível resposta. Tensões na região podem influenciar a oferta e também os preços da commodity.

Esteve no radar dos investidores as sinalizações de que os Estados Unidos e a China podem assinar o acordo comercial "fase 1" na próxima semana. A publicação chinesa South China Morning Post informou, com base em fontes, que o vice-premiê da Liu He teria aceitado um convite dos americanos para liderar uma delegação aos EUA no próximo sábado. Mais tarde o assessor especial da Casa Branca, Peter Navarro, disse à rede Fox News que o pacto pode ser assinado na próxima semana.

Diante da baixa liquidez no mercado, no entanto, os preços do petróleo foram caindo ao longo do dia, ficando em território negativo bem próximo ao fechamento. De acordo com análise do Commerzbank, em princípio, o cenário para o petróleo permanece o mesmo em todos os mercados de energia: crescimento moderado da demanda e oferta abundante. "O cartel da Opep+ manterá sua produção apertada para o próximo ano. Como esse é o 'novo normal', o preço da commodity provavelmente será capaz de manter seu nível de US$ 60 por barril", avalia a instituição.

Centenas de iraquianos bloquearam neste domingo, pelo segundo dia consecutivo, o acesso a um campo de petróleo no sul do país, onde várias cidades permanecem paralisadas por um movimento de protesto iniciado há três meses.

O campo de Nasiriya, a 300 km ao sul de Bagdá, que produz 82.000 barris por dia, foi fechado por um protetos de manifestantes que exigem empregos, disseram autoridades do setor de petróleo.

Esta é a primeira suspensão da produção de um campo de petróleo no Iraque, o segundo produtor da OPEP, desde que as manifestações contra as autoridades, acusadas de corrupção e incompetência e seu parceiro iraniano, começaram em 1º de outubro.

No sul do país, a maioria das administrações e escolas está fechada há quase dois meses quase continuamente.

Neste domingo, em Diwaniya, os manifestantes declararam novamente uma "greve geral" para pressionar as autoridades.

Também houve várias manifestações e piquetes de greve nas cidades de Kut, Hilla, Amara e Najaf, confirmaram os correspondentes da AFP.

Após o movimento, o primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi renunciou no final de novembro, mas desde então as principais instituições não chegaram a um consenso sobre quem deveria substituí-lo.

Os atos violentos que marcaram o protesto deixaram quase 460 mortos e 25.000 feridos, a maioria manifestantes.

Após oscilar entre os campos positivo e negativo durante toda a sessão, o petróleo fechou em leve alta nesta sexta-feira, 27, em dia de baixa liquidez e influenciado pelas expectativas em torno da oferta e demanda pela commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro fechou em alta de 0,06% (US$ 0,04), a US$ 61,72 por barril, enquanto na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março teve elevação de 0,16%, a US$ 66,87 por barril.

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Sinais positivos da economia da China, com o avanço do lucro industrial chinês em novembro, alimentaram a perspectiva de aumento no consumo da commodity e deram fôlego aos preços, mas a possibilidade de suspensão do acordo de corte de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) atuou de forma contrária ao levantar dúvidas sobre o excesso de oferta. De acordo com a Reuters, o ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, afirmou que a Opep+ estuda acabar com o acordo de corte de produção.

Mais cedo, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou que os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram 5,474 milhão de barris, para 441,359 milhões de barris, na semana encerrada em 20 de dezembro. A queda foi maior do que a prevista por analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, de 2,1 milhões de barris. A produção média diária de petróleo subiu de 12,800 milhões de barris para 12,900 milhões de barris.

Já o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA baixou 8 na semana, a 677, informou hoje a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor.

Os contratos futuros de petróleo encerram a sessão desta quinta-feira, 26, em alta, reagindo ao otimismo nos mercados internacionais em torno da assinatura do acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. Ainda assim, o dia foi de baixa liquidez, com investidores já reduzindo suas negociações com o fim de ano em vista.

Assim, na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato para fevereiro do WTI fechou em alta de 0,93% (+US$ 0,57), a US$ 61,68 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março subiu 0,91% (+US$ 0,60), a US$ 66,76 o barril.

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Investidores operaram em clima de otimismo ao longo do dia, com boas expectativas para o acordo comercial EUA-China. No feriado de Natal, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse a repórteres que deve haver uma cerimônia para a assinatura do entendimento, que agora estaria aguardando, apenas, ajustes finais de tradução.

Um pacto entre as duas maiores potências do mundo, no entendimento de diversos analistas, tende a conter a desaceleração da economia global e, assim, aumentar a demanda pela commodity energética, dando força às suas cotações.

O clima positivo para o comércio deixou em segundo plano, ao menos por ora, a notícia veiculada ontem de que Arábia Saudita e Kuwait chegaram a um acordo para retomar a produção de petróleo em uma área compartilhada, encerrando uma disputa de mais de cinco anos.

A volta da produção na chamada "zona neutra" deve significar um aumento da oferta do óleo no mercado, apesar de os dois países envolvidos já terem garantido que a retomada não significará quebra no pacto de cortes de produção assumido junto à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

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