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Grampos da Polícia Federal indicam que um integrante do governo Agnelo Queiroz (PT) participou de uma operação para direcionar um contrato milionário, que vai girar até R$ 60 milhões por mês ao grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como o chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás e no Distrito Federal.

Diálogos interceptados na Operação Monte Carlo evidenciam que Milton Martins de Lima Junior, diretor financeiro e administrativo do DFTrans, órgão que gerencia o transporte público do governo do Distrito Federal, negociou com os contraventores para que a organização obtivesse a concessão para a bilhetagem eletrônica dos ônibus. A PF suspeita de eventual pagamento de propina. O diretor nega.

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As conversas, gravadas em junho de 2011, mostram Carlinhos Cachoeira orientando um de seus principais aliados, Gleyb Ferreira da Cruz, a negociar o contrato com o governo do DF.

O objetivo do contraventor era firmar uma sociedade com a Delta Construções, empresa suspeita de participação no esquema, para explorar o serviço. Dias antes, o governo do DF havia assumido a bilhetagem eletrônica, antes a cargo dos empresários do setor, e buscava um novo parceiro privado para operá-la.

Ao ouvir do parceiro que o negócio pode render, conforme estimativa, o equivalente a R$ 60 milhões por mês, Cachoeira se anima e avisa que acionará outro emissário para negociar com o diretor do DFTrans: "Pois é, porra! Tem que fazer contratar direto a Delta... tem que por o Cláudio amanhã com o Milton, entendeu?"

Em duas situações, o chefe do esquema pergunta a Gleyb quem é Milton, ouvindo que se trata do diretor que foi nomeado para organizar o DFTrans e detalhes de sua vida pregressa, como a atuação na Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). "Pois é, agora nós temos que pegar o negócio, então, nós temos que fazer o edital, uai", anima-se Cachoeira na conversa gravada. Ao ouvir que o governo do DF tinha urgência no serviço, ele sugere que o contrato seja feito sem licitação, em caráter emergencial.

Em conversa gravada no dia 14 de junho, Gleyb diz ao chefe, por volta das 19h30, que está aguardando Milton para um jantar. "Tem que chamar o cara, porque esse cara tem que tá junto... Fala assim, ó, não, a Delta tem interesse...", comenta Cachoeira. "A gente puxa o negócio lá e a Delta é que faz o serviço", responde Gleyb.

Por volta das 22h45, após o horário do encontro, o contraventor ouve de seu emissário o que seria o resultado da negociação: "O Milton, ele topa, num tem problema, não, agora tem que ver... a porcentagem que eu falei com ele... que eu falei pra gente fazer gestão cinquenta cinquenta e a gente usaria a nossa empresa usando a tecnologia da EB no negócio".

Esquema

No dia seguinte, por volta do meio-dia, Carlinhos Cachoeira pede a Cláudio (que não é identificado) que converse com o diretor da DFTrans e diz que Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, avaliará se entra no negócio, que poderá ser firmado sem licitação.

"Nós temos que pegar pra tocar e contratar, porque eles estão apaixonados no sistema dos coreanos. A gente contrata o sistema e faz o negócio do DFTrans. Rapaz, é um negócio de sessenta pau por mês, e dá pra aumentar trinta por cento, quer dizer, se a gente pegar um porcentual do aumento na licitação", explica.

O DFTrans ainda não definiu qual será a nova parceira para a bilhetagem. Segundo a empresa, a contratação ainda deve ser feita, possivelmente no mês que vem e em caráter emergencial, após a licitação para a escolha das novas concessionárias do transporte público, recém-lançada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois médicos que utilizavam em seus pacientes toxina botulínica (botox) de origem clandestina foram presos nesta terça-feira em Pernambuco, dentro da Operação Narke, deflagrada pela Polícia Federal em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na operação, foram presos cinco revendedores da substância ilegal em Minas Gerais, São Paulo e Paraíba, além de Pernambuco.

Resultado de nove meses de investigação, a operação apontou a venda ilegal da substância usada para tratamentos estéticos e de saúde, principalmente em estados nordestinos como Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe - também alvo das investigações. O botox sem registro da Anvisa era vendido para distribuidores, clínicas e profissionais de saúde. Doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos na rota do botox irregular. Sessenta e seis médicos e profissionais de saúde identificados nos oito estados investigados foram intimados a depor.

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De acordo com o delegado Humberto Freire de Barros, coordenador da operação que envolveu 80 policiais no País, o uso do botox clandestino visa o lucro. Enquanto a unidade do botox autorizado pela Anvisa pode custar até R$ 1 mil, o irregular era negociado por menos da metade do preço - em torno de R$ 400. A PF estima que o produto falsificado está em circulação no mercado há pelo menos cinco anos.

Ainda não se sabe a sua origem, mas, segundo o delegado, suspeita-se que venha de fora do País. Os revendedores recebiam o botox via correio e faziam o repasse para médicos e esteticistas.

Do total de prisões, três foram feitas em Pernambuco: além dos dois médicos - um do Recife e outro de Caruaru, no agreste -, foi preso um revendedor no bairro de Campo Grande, na capital. Com ele foi encontrado material em um depósito, que foi submetido a exames que revelaram "um teor ínfimo ou nulo da toxina botulínica", disse Freire de Barros. Numa segunda etapa da investigação, a PF vai procurar os pacientes que se submeteram ao tratamento a fim de verificar se apresentaram alguma reação adversa ao produto.

Os nomes dos presos não foram revelados. Eles poderão responder por crimes contra a saúde pública, contrabando e formação de quadrilha. Se condenados, as penas variam de 10 a 15 anos de prisão.

A Polícia Federal realiza, na manhã desta quarta-feira, a Operação Hidra, que combate a sonegação fiscal e adulteração de combustíveis em uma rede de postos de combustíveis de Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

De acordo com a PF, os agentes cumprem mais de cem mandados de prisão em 16 cidades. A Receita Federal afirma que as buscas estão concentradas no município de Guarapuava, localizado a 250 km de Curitiba e onde seria a base da quadrilha investigada.

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A investigação é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Guarapuava e identificou o esquema criminoso supostamente comandado por um núcleo familiar.

Simultaneamente, de acordo com a PF, estão sendo executadas medidas judiciais cautelares de bloqueio de contas bancárias em nome dos principais envolvidos e das empresas suspeitas, com objetivo de identificar recursos obtidos com as práticas supostamente ilícitas.

A Polícia Federal afirma que novas ações serão deflagradas pela Receita Federal ainda hoje, contando com mais elementos probatórios contra o esquema fraudulento.

Cidades alvo da Operação Hidra: Marília/SP, Ourinhos/SP, Balneário Camboriú/SC, Blumenau/SC, Lages/SC, Ponte Alta/SC e, no Paraná, Guarapuava, Curitiba, Ponta Grossa, Imbituva, Londrina, Bandeirantes, Campo Mourão, Cascavel, Assis Chateaubriand, Mal. Cândido Rondon, Medianeira, Candói e Pinhão.

Pelo menos cinco pessoas já foram presas hoje durante a Operação Pró-Vita, da Polícia Federal (PF), desencadeada com o objetivo de combater a comercialização de medicamentos ilegais e prática de abortos criminosos em série em dois Estados. Várias cartelas de medicamentos, entre elas de Pramil, foram apreendidas.

Serão cumpridos hoje 66 mandados judiciais, sendo 11 de prisão temporária, 33 de conduções coercitivas e 23 de busca e apreensão nas cidades de Barra do Garças, Alto da Boa Vista e Primavera do Leste, no Mato Grosso. Em Goiás, há mandados a serem cumpridos em Goiânia, Aragarças, Baliza e Aparecida de Goiânia.

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Além disso, a Justiça determinou o sequestro dos bens dos investigados. Entre as pessoas com prisão decretada há um médico, farmacêuticos e atendentes de farmácias da região de Barra do Garças. A investigação revelou a existência de uma rede criminosa, dividida em duas ramificações que interagiam nas práticas dos crimes.

A Polícia Federal prendeu hoje 19 suspeitos de tráfico de drogas durante a Operação Progresso nos municípios de Foz do Iguaçu (PR), Caçador (SC), Erechim, Passo Fundo e Porto Alegre (RS).

A maconha e cocaína eram trazidas do Paraguai pela ramificação de Foz do Iguaçu da quadrilha e distribuídas em Caçador e Erechim por duas diferentes famílias. Na cidade catarinense foram presos um pai e dois filhos. Na gaúcha, um homem, sua mulher e sua mãe. Também foram apreendidos 11 gramas de cocaína, uma balança de precisão com vestígio da droga, um veículo e mais de R$ 4 mil em dinheiro.

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Duas quadrilhas de assaltantes de bancos e estabelecimentos comerciais serão apresentadas pela polícia na manhã desta terça-feira (28). Os casos serão detalhados às 9h30, na sede operacional da Polícia Civil,na rua da Aurora.

Os integrantes das duas quadrilhas foram  presos em flagrante em duas operações distintas das Polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal. Um dos grupos foi responsável pelo roubo ao Banco Santander, no bairro de Parnamirim, na última sexta-feira (24).

A segunda quadrilha acabou detida na BR-101, na altura do Barro, no Recife, quando se deslocava para mais uma investida criminosa. No total, 12 pessoas envolvidas com roubos a agências bancárias foram tiradas de circulação pelos órgãos de segurança que atuam em Pernambuco.

Os guardas municipais do Recife podem passar a ter o porte de armas para trabalhar durante as fiscalizações nas vias da cidade. A possibilidade foi discutida pela Comissão de Segurança Pública da Câmara, em uma reunião presidida pelo vereador Maré Malta (PSD), na tarde da última quarta-feira (15), no prédio da Câmara de Vereadores do município, situado no bairro da Boa Vista.

O encontro aconteceu para debater os limites, as competências, responsabilidades e obrigações a serem cumpridas para que seja conquistada tal legalidade. O ponto fundamental da reunião foi a assinatura de um convênio com a Polícia Federal, garantindo o direito da utilização de armas de fogos pela força de segurança municipal.

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Para isso, o chefe de controle de armas e produtos químicos da Polícia Federal (PF), Eduardo Passos, falou sobre as exigências da entidade e os critérios para a concessão. Segundo ele, o município terá que criar uma ouvidoria e uma corregedoria própria, independente e atuante, além de formar os servidores com uma carga horária variável ao tipo da arma a ser utilizada e prestar treinamento de defesa pessoal. 

Em Pernambuco, apenas o município de Petrolina tem regulamentação para o porte. "A nossa intenção é ajudar ao máximo. Achamos importante a guarda municipal estar preparada para enfrentar o crime, mas não é a Polícia Federal quem arma a Guarda Municipal do Recife (GMR) e sim, a prefeitura. Cabe à PF verificar se estão sendo atendidos os requisitos necessários”, ressaltou Passos.

Já o comandante da GMR, Flávio Romárico, disse que a guarda já tem uma ouvidoria e corregedoria trabalhando de forma atuante e autônoma. De acordo com ele, todas as denúncias recebidas são apuradas e a corporação possui hoje 230 armas em condições de uso, além de outros equipamentos, todos com controle rigoroso - registrado por meio de assinatura de entrada e saída de qualquer equipamento de responsabilidade da GMR -.  

O vereador Maré Malta ressaltou também que há necessidade de armar a guarda para a defesa da sociedade e integridade física do cidadão e do profissional. “Eu acredito na capacidade da GMR e acredito que vamos ter a melhor guarda municipal do Brasil”, pontuou.

Além de Malta, estavam presentes na reunião os vereadores Almir Fernando (PCdoB), vice-presidente da comissão, o Presidente da Câmara Municipal, Jurandir Liberal (PT), entre outros convidados.

A Polícia Federal (PF) prendeu dez pessoas hoje durante a Operação Central, deflagrada para combater o tráfico de drogas na região central do Rio Grande do Sul. Os agentes também apreenderam R$ 33 mil em dinheiro, um caminhão, uma motocicleta, crack e maconha. A investigação, iniciada em setembro, mostrou que a quadrilha usava menores de idade para transportar a droga, que era distribuída na região de Santa Maria.

Em etapas anteriores foram presos outros 14 envolvidos com o tráfico e apreendidos 20 quilos de drogas e seis veículos. Segundo a PF, os envolvidos serão acusados pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção de menores.

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Noventa agentes da Polícia Federal e seis do Ministério da Previdência Social e do Ministério Público Federal, desencadearam nesta sexta-feira, 10, a Operação BPC, para cumprir de 39 mandados judiciais expedidos pela 5ª Vara Federal em Cuiabá, no Mato Grosso, contra quadrilha que fraudava benefícios da assistência social. Levantamentos preliminares apontam 50 benefícios com indícios de irregularidades e prejuízo estimado de R$ 950 mil, segundo a Polícia federal.

Os quatro mandados de busca e apreensão e 35 conduções coercitivas foram cumpridos nas residências de dois servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de um intermediário e na Agência da Previdência Social Cuiabá. Além dessas, 35 beneficiários do INSS foram conduzidos para prestarem depoimentos no interesse das investigações, nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo.

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Os trabalhos tiveram início a partir de denúncia feita na Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários em Cuiabá, pela filha de um dos segurados (beneficiários) investigados. Segundo ela, sua mãe, para conseguir um benefício assistencial, teria pago ao intermediário - suposto advogado - R$ 3 mil, divididos em 10 parcelas mensais.

As fraudes consistiam em inserções de dados falsos nos sistemas da Previdência Social, para serem utilizados nas concessões de benefícios previdenciários, bem como em declarações inverídicas dos segurados em relação à composição da renda familiar.

No universo de 101 mil inquéritos criminais que a Polícia Federal conduz em todo o País, menos de 300 estão acompanhados de procedimentos de interceptações de comunicações - telefônicas e telemáticas (e-mails). A informação é do delegado Roberto Ciciliatti Troncon Filho, superintendente regional da PF em São Paulo. Para ele, esse dado "evidentemente" derruba o mito de que o grampo é a principal ou a única arma da corporação no combate ao crime organizado.

"Na época em que houve a CPI sobre interceptações ilegais, com a suspeita de que um ministro do Supremo Tribunal Federal e um senador da República teriam tido suas comunicações interceptadas muito se falou, e a imprensa no afã de informar, acabou divulgando dados que não condizem com a realidade", afirma Troncon.

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O levantamento sobre as escutas da PF é relativo ao mês de agosto de 2011. São exatamente 288 investigações abastecidas com revelações colhidas a partir de interceptações autorizadas judicialmente. "Isso significa apenas 0,21% do total das investigações criminais realizadas pela Polícia Federal", assinala Troncon, que foi diretor de Combate ao Crime Organizado, unidade da PF que rastreia corrupção, lavagem de dinheiro, desvios de recursos públicos e outras atividades ilícitas.

Segundo o delegado da PF, essa média permanece. "O dado é desatualizado propositalmente porque no período de dezembro e janeiro há uma redução, até pelas férias forenses, desse ritmo de investigações, das diligências. Mas um dado de agosto é bastante representativo, aliás, ele repete balanço anterior, divulgado em maio de 2010, mantendo a média histórica de que apenas 0,3% do total das investigações se utilizam das técnicas de interceptação das comunicações", explica.

Troncon destaca que a previsão legal no Brasil, hoje, é da excepcionalidade do grampo, ou seja, só é solicitado e consentido em situações extraordinárias. Ele anota que a Justiça exige "demonstração da efetiva necessidade (da escuta), quando outras técnicas não puderem ser utilizadas".

"É assim que acontece e está representado justamente nesse porcentual ínfimo das investigações da PF em que é necessário o uso da técnica de interceptação de comunicações. A maioria esmagadora versa sobre investigações de organizações criminosas das mais diferentes matizes, tráfico de drogas, pedofilia praticada pela internet, fraudes eletrônicas e que exploram crimes financeiros."

A CPI das Escutas Telefônicas, à qual Troncon se referiu, foi encerrada em 2009 pela Câmara, após 16 meses de pesquisas. O relatório final, com 394 páginas, revelou o descontrole sobre a indústria do grampo. A CPI apurou 375,6 mil escutas em 2007 e 358,8 mil em 2008 - abrangendo todas as instituições policiais e também as sucessivas renovações de autorizações de grampos pela Justiça.

Troncon considera que a interceptação, "em determinados casos", é essencial. "Embora seja excepcional e complementar, particularmente em casos de organizações criminosas complexas ela (escuta) pode ser essencial para uma repressão eficaz."

O superintendente ressalta que, além da interceptação, a PF faz uso frequentemente de outras estratégias de investigação, "como a ação controlada e o retardamento da ação até identificação e desarticulação completa de todos os integrantes da organização criminosa". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A polícia Federal fechou, nesta quarta-feira (25), uma empresa de segurança privada clandestina no bairro de Itamambuca, em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo. Os agentes chegaram até o local após denúncias de abusos, por parte de seguranças contratados por uma sociedade de amigos de um bairro. Os materiais utilizados pelos supostos vigilantes foram apreendidos.

Os policiais constataram que pessoas da região formaram um grupo de vigias para realizar rondas e abordar pessoas em área pública, inclusive, na faixa da praia. Eles utilizavam cassetete, rádios (sem licença da Anatel) e agiam como se estivessem na área privada de um condomínio. A associação responsável pela empresa de segurança clandestina foi notificada a encerrar os serviços.

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No ano passado, a Polícia Federal de São Sebastião fechou outros dois grupos de vigilantes que atuavam sob comando de associações de bairro, sem a devida autorização da Polícia Federal.

Agentes da Polícia Federal do Paraná cumprem hoje pela manhã 16 mandados de prisão preventiva e 11 para busca e apreensão, nos Estados do Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina. A Operação Empório tem o objetivo de reprimir o tráfico interestadual de drogas. A PF ainda não tem número de presos.

Durante as investigações, que duraram três meses, foram apreendidas duas toneladas de maconha em um caminhão-tanque abordado em Curitiba, e 15 kg de cocaína e um fuzil, encontrados em fundo falso na lataria de um veículo localizado em Cascavel, no Paraná.

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As ordens de prisão e para as buscas foram expedidas pela Vara de Inquéritos Policiais, na capital do Estado, para onde os presos serão transferidos objetivando regular recolhimento ao sistema penitenciário.

O lobby dos delegados da Polícia Federal que querem ser reconhecidos na Constituição como carreira jurídica para obter prerrogativas dos magistrados - vitaliciedade, irredutibilidade de vencimentos e inamovibilidade - expôs um racha na corporação. Policiais que exercem outras funções na PF, como agentes e escrivães, alegam que o real objetivo dos delegados é engordar o contracheque - passariam a receber o equivalente a 95% do que ganham os ministros do Supremo Tribunal Federal, teto do funcionalismo.

"Transformar o cargo de delegado em carreira jurídica é criar o trem da alegria para aumento salarial e garantias injustificadas", aponta o Sindicato dos Servidores da PF em São Paulo. "A briga por garantias iguais às de juízes reflete apenas reivindicação de uma única categoria profissional, a dos delegados."

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A PF é composta por seis categorias - agentes, escrivães, papiloscopistas, administrativos, peritos e delegados. "Somos contra a transformação do cargo de delegados em carreira jurídica. Função de delegado é presidir inquérito policial, peça mecânica e repetitiva, que poderia ser conduzida, na prática, por qualquer pessoa com nível superior em qualquer área, não necessariamente bacharel em Direito."

Os delegados estão mobilizados para tentar aprovar este ano na Câmara e no Senado emendas à Constituição que os colocam no mesmo patamar dos juízes. Eles pediram apoio ao ministro José Eduardo Martins Cardozo (Justiça). Mas o Sindicato dos Servidores da PF tem outra sugestão. "Precisamos que o Congresso aprove leis rígidas no combate à corrupção, crime organizado, tráfico e lavagem de dinheiro."

A Federação Nacional dos Policiais Federais, com representações em todo o País, sustenta que as inconstitucionalidades da transformação dos delegados em carreira jurídica "são muitas, mas a principal delas diz respeito à vinculação do subsídio do delegado ao do membro do Ministério Público".

Marcos Wink, presidente da entidade, alerta que "os inconvenientes e problemas são de ordem fiscal, pelo impacto que isso representará, especialmente na esfera estadual, e de ordem política, pela reação de outras carreiras e corporações que mantêm os mesmos patamares remuneratórios e hierárquicos, como os coronéis da PM, que irão exigir tratamento isonômico".

"Carreira jurídica tem um cunho exclusivamente salarial", assinala Wink. "Na prática, cria uma espécie de delegado-juiz, com salário acima de R$ 25 mil."

"Nossa meta não é aumento salarial, mas garantias constitucionais para que os delegados possam presidir inquéritos contra a corrupção sem sofrer pressão política", afirma Amaury Portugal, presidente do Sindicato dos Delegados da PF em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal divulgou nesta quarta-feira (21), que o proprietário da empresa Texport Inc, responsável por exportar material hospitalar dos Estados Unidos para Pernambuco, é um brasileiro nascido no estado do Ceará, no Rio Grande do Norte. O caso está sendo investigado pela PF desde outubro de 2011, quando foram apreendidas 46 toneladas de lixo hospitalar em contêineres no Porto de Suape, no Município de Ipojuca. O produto estaria direcionado a empresa Na Intimidade, situada em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do Estado.

Um dia antes do pronunciamento da PF, agentes federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em três bairros de Fortaleza, no Ceará. Os policiais foram à residência do empresário e do irmão dele, que é proprietário de uma importadora de tecidos, também alvo de investigação na operação. Foram encontrados computadores, documentos e mais de R$ 320 mil em dinheiro, além de materiais hospitalares similares aos que foram apreendidos no Porto de Suape e nas empresas do Agreste de Pernambuco.

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Todo o material recolhido foi levado para a PF do Recife, e será entregue ao Instituto Nacional de Criminalística para realizar perícias. O resultado deve ficar pronto dentro de 40 dias. Segundo o diretor de combate ao crime organizado da Polícia Federal, Nilson Antunes da Silva, o dono da exportadora mora nos Estados Unidos e revendia os tecidos de hospitais americanos para as importadoras do irmão e as da empresa Na Intimidade. Ele acrescentou que, até o momento, só foram identificados apenas esses dois clientes da Texport Inc. Nenhum nome foi revelado.

 

Devolução - Todo o material que estava nos contêineres confiscados no Porto do Recife, voltou para seu país de origem na ultima terça-feira (20), segundo uma decisão tomada pela Alfândega da Receita Federal do Brasil, que autorizou a empresa Na Intimidade a fazer a devolução da carga.

O ex-governador de São Paulo José Serra disse hoje, por meio de nota, que é um "fato gravíssimo" a informação, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que a Polícia Federal (PF) grampeou o comitê eleitoral do PSDB no Acre durante a campanha eleitoral de 2010.

As escutas telefônicas a que o jornal teve acesso revelam detalhes da campanha do então candidato do PSDB ao governo estadual, Tião Bocalon, e conversas com a coordenação de campanha do então candidato José Serra, nome do PSDB à sucessão presidencial no ano passado. "Um fato gravíssimo que precisa ser investigado a fundo", cobrou o ex-governador. "Acrescenta-se a outros episódios da mesma natureza, como as quebras ilegais de sigilo fiscal na tentativa de usá-los como armas eleitorais", emendou.

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A PF confirmou ontem que um telefone do comitê do PSDB no Acre foi grampeado porque, segundo o órgão, estava em nome da deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), alvo de inquérito por fraude eleitoral. Em um dos diálogos, a que o jornal teve acesso, o secretário-geral do PSDB no Acre, Frank Lima, reclama a uma das coordenadoras nacionais da falta de material de campanha do então candidato à sucessão presidencial. Em 2009, um ano antes da campanha eleitoral, o sigilo fiscal da filha de José Serra, Verônica Serra, foi quebrado, bem como de lideranças do PSDB.

Policiais federais apreenderam na madrugada de sábado 15 mil pacotes de cigarros de origem estrangeira em três caminhões no Paraná.

O material foi encontrado em duas apreensões. A primeira fiscalização ocorreu numa estrada vicinal que da acesso ao Rio Iguaçu, na BR-163, quando uma equipe de policiais avistou um caminhão próximo a um porto clandestino. O condutor do veículo jogou o caminhão em direção à margem da estrada e fugiu em direção à mata, nas proximidades do município de Mercedes. Ele não foi encontrado. No caminhão tipo baú foi descoberto um compartimento camuflado contendo cerca de 12.500 pacotes de cigarros.

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Depois, próximo ao bairro Bela Vista, os policiais avistaram uma movimentação suspeita em meio a uma plantação de soja e, ao se aproximarem, flagraram dois caminhões saindo de portos clandestinos na região de Oliveira Castro. Os motoristas fugiram. Nos dois caminhões foram encontrados cerca de 2.500 pacotes de cigarro. Toda a mercadoria apreendida foi encaminhada à Receita Federal do Brasil.

Ladrões entram no Campo dos Amarais, em Campinas, para roubar pilotos. Passageiro tenta pegar carona em avião já na pista do Aeroporto Leite Lopes, de Ribeirão Preto. Catadores de papelão circulam por hangares em Sorocaba. Esses são apenas alguns flagrantes da insegurança que atinge os quase 700 aeroportos regionais.

Preocupada com isso e com os grandes eventos que o Brasil receberá nos próximos anos, como a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, a Polícia Federal planeja assinar convênios com as polícias estaduais para aumentar a segurança de quem usa a aviação nacional.

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"É inviável, em face das nossas atribuições, manter uma segurança nesses 700 aeroportos. Não há policiais disponíveis. Em razão disso, há um plano para que a PF fique só em grandes aeroportos internacionais ou de intensa movimentação de passageiros, como o de Congonhas", confirma o delegado Roberto Ciciliati Troncon Filho, superintendente regional da PF em São Paulo.

Só em São Paulo são quase 80 aeródromos públicos. Incluem de pequenos aeroclubes a aeroportos com grande movimentação regional, como os de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Bauru. Mesmo pistas regulares são usadas sem qualquer restrição por traficantes de drogas e ladrões.

Há suspeita, por exemplo, de que parte das joias roubadas no assalto à agência do Itaú tenha saído pelo Campo dos Amarais. E casos em que o assalto aconteceu na pista. Em setembro, um instrutor e um aluno ficaram sob ameaça de arma por cinco minutos, até que o suspeito revirasse a aeronave e fugisse, com dinheiro e pertences.

No restante do País, a situação não é diferente. Mesmo parte das pistas de pouso que recebem voos internacionais, como as de Uruguaiana (RS), Navegantes (SC), Corumbá (MS) e Boa Vista (RR), não conta com posto fixo da PF, que só é chamada quando há necessidade urgente.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), isso acontece porque a demanda por esse tipo de voo é pequena nesses locais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Seis pessoas foram presas hoje acusadas de integrar uma quadrilha especializada na fabricação de moeda falsa. Segundo a Polícia Federal, o grupo seria responsável pela produção de até R$ 300 mil falsos por mês, o que corresponderia a 20% do montante de moeda falsa que circula no país. Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão. Uma pessoa foi presa em flagrante.

Após dois meses de investigações, a PF localizou o estabelecimento que fabricava as moedas falsas que eram distribuídas para todo o País. Uma grande quantidade de dinheiro falso também foi encontrada no local.

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Foi divulgado, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23), pela Polícia Federal (PF) o balanço da Operação Casa 101. Casos de desvio de verba pública, corrupção, lavagem de dinheiro e peculato estão sendo investigados. A Controladoria Geral da União (CGU) detectou as irregularidades ao auditar 32 contratos do Departamento Nacional de Infrestrutura e Transporte (Denit) no Estado. Três dos contratos, para pavimentação, manutenção e conservação da BR-101 na região metropolitana do Recife estão sendo investigados. Os valores somados são superiores a R$ 370 milhões e o prejuízo aos cofres públicos é de R$67.106.618,00, em apenas um contrato.

Os nomes das empresas investigadas não foram divulgados pela PF. Entretanto, já foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão no Recife, Paudalho, Garanhuns e Maragogi (Alagoas), que resultaram na detenção de pessoas, que foram ouvidas e, em seguida, liberadas. A polícia também analisará dados contidos nos notebooks e CPUs apreendidos na operação. As contas bancárias dos suspeitos estão bloqueadas e seus bens foram sequestrados.

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De acordo com o chefe-adjunto da CGU, Fábio da Silva Araújo, os fiscais assinavam boletins de medição indicando que trechos das obras tinham sido feitos, enquanto que nem 15% deles tinham sido executados. E então eram liberados os empenhos para pagamento das construtoras.

Segundo a PF, a troca de favores entre empresas e fiscalização era tão escancarada, que as empresas contratadas para a execução de obras e serviços públicos forneceram mão de obra e material de construção para edificação de casa residencial de um servidor do Dnit. Por isso, a operação foi batizada de Casa 101, que está entre os bens seqüestrados.

A Polícia Federal (PF) vai investigar a morte de uma passageira de nacionalidade norte-americana a bordo de um transatlântico de origem holandesa que atracou na manhã de hoje no Porto do Rio de Janeiro.

Segundo a PF, uma equipe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fazia nesta manhã uma inspeção sanitária no navio, que chegou do Uruguai, para depois os agentes federais embarcarem no navio e iniciarem as investigações.

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De acordo com a Anvisa, a vítima pode ter morrido por causa de um surto de intoxicação alimentar, iniciado no navio quando ele ainda estava no Uruguai. Equipes da Secretaria Municipal da Saúde dão apoio à Anvisa.

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