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Após deputados elegerem chapa organizada pela oposição e dissidentes do PMDB para a comissão especial de impeachment, líderes no Senado avaliam que a votação é a primeira derrota do governo no processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. "É uma vitória daqueles que querem avançar na questão do afastamento da presidente da República. Agora, a maioria dos membros da comissão será pró-impeachment", afirmou o presidente do PSDB, Aécio Neves (PSDB-MG).

A chapa foi eleita por 272 votos a 199, garantindo 39 dos 65 nomes que integrarão a comissão especial. "O melhor momento dela (Dilma) seria hoje. Se ela não conseguiu colocar nem uma frente na comissão, de agora para frente, o cenário é mil vezes pior", afirmou o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO).

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Na avaliação dos líderes, a atual composição da comissão tende a um parecer favorável ao impeachment.

Para o líder do governo, José Pimentel (PT-CE), a questão ainda diz respeito apenas à Câmara dos Deputados. "Os líderes da Câmara estão administrando essa questão, ainda não chegou no Senado", afirmou. Mesmo questionado quanto a sua opinião como líder no Congresso, ele foi taxativo. "Também não chegou ao Congresso."

A escolha do novo líder do governo no Senado deve ficar para janeiro. A possibilidade foi discutida nesta segunda-feira, 30, durante reunião entre os líderes da Casa e o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo). A ideia conta com a simpatia da presidente Dilma Rousseff.

Neste cenário, os quatro vice-líderes se dividiriam na função, com a ajuda do atual líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE). Na semana passada, o Palácio do Planalto chegou a anunciar que escolheria um novo nome para o posto no mesmo dia em que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi preso sob a acusação de obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

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A rapidez para tomar a decisão seria uma resposta para evitar a paralisação das votações no Congresso, especialmente as relativas às medidas do ajuste fiscal. O adiamento da escolha, por sua vez, passa pela dificuldade de encontrar um nome adequado para a função. Os atuais vice-líderes - Hélio José (PSD-DF), Paulo Rocha (PT-PA), Wellington Fagundes (PR-MT) e Telmário Mota (PDT-RR) - são considerados senadores com pouca influência sobre seus pares.

Outros nomes sondados, como o senador Blairo Maggi (PMDB-MT), não aceitaram o convite. Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), o governo acertou ao adiar a escolha. Ele descarta que o novo posicionamento do Planalto tenha sido fruto da falta de opção. Para ele, a posição reflete o novo momento do governo Dilma, mais aberto ao diálogo e às demandas da base aliada.

A prisão de Delcídio Amaral (PT-MS) já traz implicações negativas para o governo. Com reunião do Congresso Nacional cancelada em razão da detenção do senador, o principal prejuízo foi o adiamento da votação sobre a nova meta fiscal. Outras pautas prioritárias e ligadas ao ajuste do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também seguem prejudicadas. Dentro da bancada do PT, a ordem é não perder o ânimo e correr para aprovar o que for preciso.

"O esforço é não deixar nada parar, tocar e concluir o ano apontando as saídas da economia para entrar em 2016 com outro clima, outras condições", afirmou Paulo Rocha (PT-PA). Para o senador, Delcídio dialogava com a oposição e demais setores da máquina política, mas outros articulares estão preparados para dar sequência às pautas de interesse do governo.

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A estratégia é dar espaço a outros nomes que já participavam da articulação. "Naturalmente, o Delcídio sempre dava uma ajuda em questões do orçamento, mas o grande articulador no Congresso é o (José) Pimentel (PT-CE)", argumenta Humberto Costa (PT-PE). Outros senadores que devem assumir protagonismo são os peemedebistas Romero Jucá (RR) e Eunício Oliveira (CE). Recém-chegado ao partido da base, Blairo Maggi (PR), também tem bom trânsito com demais parlamentares.

Prioridade

A meta fiscal é a maior preocupação do governo atualmente. Correndo o risco de ter as contas reprovadas novamente e estar suscetível a pedidos de impeachment, a presidente Dilma Rousseff buscava um relaxamento da meta que, em vez de superávit, lhe permitisse um déficit de R$ 119,9 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na noite desta quinta-feira (25) que, após a votação que manteve a prisão do líder do governo na Casa, Delcidio Amaral (PT-MS), decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todas as futuras votações semelhantes serão abertas na Casa.

O peemedebista destacou que a decisão da maioria do plenário pela votação aberta no caso do petista revogou o dispositivo do Regimento Interno do Senado que estabelecia que esse tipo de votação deveria ser secreta. "Nos já avançamos com relação a ampliação das modalidades (cuja cotação é aberta), esta (prisão de parlamentares) não estava incluída, mas, hoje, por deliberação da maioria do plenário do Senado Federal, ela passa a ser incluída antes mesmo da decisão do Supremo Tribunal Federal", afirmou Renan em entrevista à imprensa após a sessão.

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A decisão do STF a que ele se referia foi a liminar concedida pelo ministro do Supremo Luís Edson Fachin, minutos antes da decisão dos senadores, para que a votação do caso de Delcidio fosse aberta. O presidente do Senado destacou que o Regimento Interno é um conjunto de regras que o parlamento aprova para organizar melhor os trabalhos, mas que pode a qualquer momento ser revogado pela maioria dos parlamentares. "Então hoje, pela maioria dos senadores e senadoras, foi revogado o dispositivo do Regimento que dizia que essa votação era secreta", afirmou o peemedebista na entrevista.

Questionado se a votação de Delcidio tivesse sido secreta o placar teria sido outro, Renan afirmou que não. Ele avaliou que a sessão desta quarta-feira tenha sido "talvez" o "dia mais doloroso do Congresso Nacional, do Senado especificamente". "Mas nós fizemos a nossa parte, cumprimos a Constituição e rapidamente decidimos. E o resultado foi a manutenção da decisão do Supremo", ponderou.

Em votação aberta, o plenário do Senado Federal decidiu por 59 votos a favor manter a decisão do Supremo Tribunal Federal de prender o senador Delcídio Amaral (PT-MS). Foram 13 votos contrários e uma abstenção. Não houve manifestações dos senadores após o anúncio do resultado.

A manutenção da prisão de Delcídio Amaral foi recebida por um plenário em silêncio. Como na votação anterior, que definiu se o voto seria aberto ou não, o PMDB liberou a bancada. O líder do PT, Humberto Costa (PE) orientou os petistas a votar pelo relaxamento da prisão, lamentando não poder afirmar que essa era também uma posição do partido. Depois de anunciar o resultado, o presidente do Senado, Renan Calheiros, declarou que a decisão seria encaminhada ao STF e encerrou a sessão.

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Sete dos 13 senadores investigados na Operação Lava Jato manifestaram-se na noite desta quarta-feira, 25, pelo voto secreto no eventual relaxamento de prisão do líder do governo na Casa, Delcídio Amaral (PT-MS). A proposta do voto sem o registro nominal de votos, contudo, foi derrubada pelo plenário do Senado: 52 senadores votaram a favor do voto aberto, apenas 20 secreto e ainda houve uma abstenção.

Votaram pelo voto secreto os seguintes senadores investigados na Lava Jato: Fernando Collor (PTB-AL), Benedito de Lira (PP-PI), os peemedebistas Edison Lobão (MA) e Valdir Raupp (RO), os petistas Gleisi Hoffmann (PR), Lindbergh Farias (RJ) e Humberto Costa (PE).

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Apenas três investigados posicionaram-se a favor do voto aberto: Romero Jucá (PMDB-RR), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

Outros dois investigados, os senadores do PP Gladson Cameli (AC) e Ciro Nogueira (PI), presidente do partido, não participaram da votação. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não votou porque, pelo regimento interno na Casa, ele não se manifesta.

A reunião da CPI do Futebol que estava marcada para esta quarta-feira (25), no Senado, foi adiada pela segunda vez seguida e agora está planejada para acontecer na quarta da semana que vem. De acordo com a Agência Senado, adiamento desta vez se deve à sessão do Congresso Nacional que deveria começar às 15h.

A sessão do Congresso Nacional, entretanto, foi adiada logo em seguida para que o Senado pudesse analisar o pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), em mais um desdobramento da Operação Lava Jato. No início da noite desta quarta, teve início a sessão extraordinária que votará o caso.

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Estava prevista para a sessão desta quarta-feira a votação de 23 requerimentos (sendo 10 deles secretos) que pedem o demonstrativo de resultados e lucros e a quebra de sigilos bancários e fiscal do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 e de pessoas e empresas ligadas à CBF e a seus dirigentes.

A votação dos requerimentos deveria ter acontecido há duas semanas, mas a reunião à época foi adiada a pedido de um grupo de senadores, que pedia mais tempo para analisar a questão. No mesmo dia, os senadores Romário (PSB-RJ) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) conseguiram reunir assinaturas suficientes para prorrogar a CPI, que deveria acabar dia 22.

O senador Jorge Viana (PT-AC) anunciou, há pouco, que o Senado recebeu o expediente do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão do líder do governo na Casa, Delcídio do Amaral (PT-MS). Segundo a Agência Senado, Viana disse que uma sessão extraordinária para votar se o petista deve permanecer em reclusão ou não foi convocada para às 17h.

De acordo com a Constituição Federal (CF), os senadores não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. No caso de Delcídio, o plenário deve deliberar, por voto da maioria dos membros, sobre a prisão.

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Viana também informou que a sessão do Congresso Nacional, que estava prevista para 15h30, foi cancelada. O senador não divulgou uma nova data para a apreciação dos vetos presidenciais.

 

 

O líder o Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou, nesta quarta-feira (25), que a bancada da legenda votará favorável a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender o líder do PT na Casa, o senador Delcídio do Amaral (MS). 

Caiado informou a posição do colegiado após uma reunião que aconteceu na manhã de hoje. Na avaliação dele, a Polícia Federal, o STF e a Procuradoria Geral da República são “unânimes ao sinalizar a prisão” e não cabe ao Senado contestar a decisão “decisão num momento tão grave e que abala o Senado Federal”. “Existem provas contundentes e graves que não autorizam com que Senado desautorize instituições”, observou em publicação no Twitter. 

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Para o democrata, como Amaral é líder do governo na Casa se faz necessário um posicionamento do PT. “Ele não é apenas um senador, ele é líder do governo. A presidente também deveria se pronunciar. Estamos vendo uma regra constitucional nunca usada ser transformada em fato concreto no Governo PT. É um momento de constrangimento. É uma tragédia para o Senado”, avaliou.

Assim como os outros líderes, Ronaldo Caiado participa, neste momento, da reunião convocada pelo presidente do Senado, Ranan Calheiros (PMDB-AL) para deliberar sobre o assunto. 

Caberá ao plenário do Senado decidir sobre a prisão do líder do governo na Casa, senador Delcídio Amaral (PT-MS). De acordo com a Constituição Federal, desde a expedição do diploma, deputados federais e senadores não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.

Nesses casos, os autos serão remetidos no prazo de 24 horas à Casa Legislativa respectiva - no caso de Delcídio, o Senado - para que, por voto da maioria dos membros, seja resolvida a prisão. Caberá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), outro alvo da Operação Lava Jato, conduzir a sessão que decidirá o futuro de Delcídio.

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Às 9 horas desta quarta-feira, 25, a Turma do Supremo Tribunal Federal que decide questões da Operação Lava Jato se reúne em sessão extraordinária e, provavelmente, deve discutir medidas referentes à prisão do senador petista.

O Senado deve criar nesta quarta-feira, 25, a CPI das Barragens, com o objetivo de investigar a tragédia de Mariana, que deixou pelo menos 8 mortos em Minas - há ainda 4 corpos sem identificação e 11 desaparecidos. A ideia é apurar possíveis irregularidades na fiscalização e na manutenção das barragens da Samarco, bem como investigar a responsabilidade pelo desastre ambiental. Outras barragens do País podem ser alvo dos senadores.

O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), leu na noite desta terça-feira o pedido de criação da comissão parlamentar, apresentado pela senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), que contava com o apoio de 47 senadores. Os senadores tinham até a meia-noite para retirar as assinaturas. Caso haja menos de 27 assinaturas, um terço da Casa, a CPI não será criada.

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Por se tratar de uma investigação que, ao menos em nível federal, não opõe governo e oposição, a tendência é de que o colegiado seja efetivamente criado hoje.

De acordo com o requerimento de criação, a CPI terá prazo de 120 dias para fazer as investigações, tendo 11 titulares e 7 suplentes. Essa comissão também deve analisar a situação de outros locais em que haja exploração de mineração, a fim de saber se há riscos ambientais semelhantes. Para Rose de Freitas, é preciso investigar a fragilidade do processo de fiscalização. "O fiscal de uma empresa não pode fiscalizar a própria empresa. A estrutura do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) é zero", afirmou a senadora. Com pouca estrutura, o DNPM chega a usar a "autofiscalização" como método.

Segundo Rose, os senadores querem discutir as falhas do processo. "Até para verificar se, em outros locais do Brasil em que há barragens de mineradoras, há risco de desastres semelhantes", diz. Mesmo em Mariana, há dúvidas sobre a segurança de outras duas barragens da Samarco: Germano e Santarém.

Judiciário

Também o Judiciário vem ampliando o cerco à mineradora. A Justiça do Espírito Santo deu ontem 72 horas para que a mineradora Samarco apresente apólices de seguro para a cobertura dos prejuízos causados pelo rompimento da barragem da empresa no distrito de Bento Rodrigues.

A decisão, em caráter liminar, é do juiz Menandro Taufner Gomes, da 1.ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Registros Públicos e Meio Ambiente de Colatina, norte do Estado, em ação do Ministério Público Estadual (MPE). Para o magistrado, "o risco à não recuperação da biosfera local é concreto e objetivo".

Caso não apresente as apólices, a empresa terá de pagar multa diária de R$ 1 milhão. Por força de multas e acordos, a Samarco já contabiliza mais de R$ 1 bilhão em prejuízos. Procurada, reitera que cumpre determinações e acordos com a Justiça e Ministério Público.

Ainda ontem, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e a Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH) declararam emergência na Bacia do Rio Doce.

Na segunda-feira, o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Marcio Lacerda (PSDB), prefeito de Belo Horizonte, se reuniu com representantes de 15 municípios atingidos pela lama. Além de compensações financeiras para as prefeituras, foi discutida a reconstrução de Bento Rodrigues. Colaborou Luciana Almeida, especial para a AE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com aval do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lideranças da base aliada e da oposição articulam concluir até o fim do ano uma reforma política com temas consensuais entre os principais partidos. A intenção é aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que contemple três assuntos: uma janela para detentores de mandato poderem mudar de legenda; fim da reeleição para cargos do Executivo; e adoção do voto impresso.

Esses temas já foram aprovados pelos deputados, daí a intenção dos senadores de dar prioridade a eles e, com isso, promulgar uma emenda constitucional e colocar as regras em vigor. O acerto deixaria para outra PEC assuntos mais polêmicos, que não têm consenso entre as duas Casas, como o modelo de financiamento de campanhas eleitorais; a cláusula de barreira e a idade mínima para os cargos eletivos. Essa estratégia, que tem amparo regimental, se assemelha ao que foi feito na reforma da Previdência, no primeiro mandato do governo Lula.

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O primeiro passo dessa estratégia está previsto para quarta-feira, quando a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pretende apreciar o parecer do senador Raimundo Lira (PMDB-PB), relator da reforma política. O parlamentar propôs, no texto, separar em PECs distintas os assuntos que têm ou não consenso. Nos bastidores, Lira atendeu a uma articulação feita principalmente pelo líder da bancada, Eunício Oliveira (CE), responsável por buscar a solução na base e na oposição para a reforma política.

No caso da janela partidária, os detentores de mandato terão 30 dias para mudar de partido logo após a promulgação da emenda. No caso de parlamentares, entretanto, eles não levariam à nova legenda o tempo de TV e a cota do fundo partidário - na direção oposta de recente decisão do Supremo Tribunal Federal.

Em relação ao fim da reeleição, a medida vai envolver apenas os cargos de presidente, governadores e prefeitos. Mas há uma regra de transição: prefeitos eleitos em 2012 ou governadores eleitos em 2014 ainda terão direito de se reeleger.

Por último, a partir de demanda capitaneada pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a Casa quer constitucionalizar o voto impresso a fim de evitar futuros questionamentos, mesmo após o Congresso ter derrubado nesta semana veto da presidente Dilma Rousseff a uma lei com idêntico teor.

Prazos

Os líderes partidários costuram com Renan aprovar a PEC "consensual" na CCJ - pode haver um pedido de vista para adiar a análise da matéria por uma semana - e logo em seguida no plenário. Para tanto, querem fechar um acordo para agilizar os prazos regimentais.

"Mesmo sendo pessoalmente contra a mudança de partido, atendi a um apelo dos líderes para articular a votação da janela partidária, do fim da reeleição e do voto impresso", afirmou Eunício, há 40 anos filiado ao PMDB. Lira admitiu que a solução vai permitir a aprovação rápida do que é consensual e deixar para depois polêmicas como o modelo de financiamento de campanhas.

O relator disse ter mantido na PEC a posição antecipada ao jornal O Estado de S. Paulo há um mês: Lira defende a proibição de qualquer tipo de financiamento de empresas para campanhas ou partidos. O texto do senador permite apenas a doação de pessoas físicas para as campanhas, ampliando o teto para os repasses nessa modalidade dos atuais 10% para 50% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição.

Nos bastidores, senadores ameaçavam derrubar toda a PEC diante do anúncio feito por Lira sobre o financiamento de campanhas. Renan é um dos que não apoiam o modelo de doações eleitorais sugerido pelo relator. Diante do impasse, buscou-se a solução de fatiar a PEC que veio da Câmara.

"Se passasse no Senado, teria que voltar para a Câmara, o que seria ineficaz", disse Lira, ao mencionar o fato de que os deputados haviam permitido a doação de empresas aos partidos.

Reservadamente, dois líderes da base confirmaram o acordo. Os líderes do DEM e do PSDB falam sobre o acerto publicamente. "É o melhor para o momento", disse Ronaldo Caiado (DEM-GO). "Os temas mais polêmicos devem ficar para o ano que vem", afirmou Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As operadoras de telefone celular poderão ser proibidas por lei de bloquear os aparelhos que vendem para uso de chips de concorrentes. A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado aprovou nesta terça-feira (17) um substitutivo do senador José Medeiros (PPS-MT) que inibe tal prática, com o objetivo de garantir o direito de escolha do consumidor.

De acordo com o relator, o bloqueio vem deixando de ser praticado pelas operadoras por conta dos avanços tecnológicos na telefonia celular, especialmente a partir do lançamento de aparelhos capazes de operar simultaneamente com mais de um chip e com mecanismos de desbloqueio.

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Mesmo assim, o senador José Medeiros considerou necessário incluir na legislação norma proibindo a prática, de modo a garantir o direito de escolha do usuário e evitar que ainda sejam vendidos terminais passíveis de bloqueio.

Além das regras sobre bloqueio, o texto também inclui na Lei Geral de Telecomunicações (LGT) (9.472/1997) normas adotadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), como os contratos de permanência em plano associado a benefícios oferecidos pela operadora.

Nesse tipo de contrato, o desconto no preço do aparelho ou outro tipo de benefício poderá ser condicionado a um período de fidelização de, no máximo, 12 meses. Caso o usuário queira rescindir o contrato antes do fim do prazo de permanência acordado, a empresa terá direito a ressarcimento, em valor proporcional ao período de tempo descumprido.

Com informações da Agência Senado

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (18), Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do senador Aécio Neves (PSDB) que amplia a licença-maternidade para mães de bebês prematuros. O texto aprovado pelos senadores acrescenta o tempo de internação do recém-nascido ao prazo de 120 dias da licença previstos na legislação.

"O que estamos fazendo talvez não alcance, dentre tantas preocupações que temos aqui neste Senado, os grandes temas que o Congresso, e o Senado em especial, têm que debater, mas podem ter certeza: hoje, em UTIs pré-natais espalhadas por todos este país, estaremos vendo sorrisos e tranquilidade maior das mães que não podem ter como a única opção, ou fica-se com o filho ou fica-se com o emprego. Algo singelo, alcance talvez limitado do ponto de vista quantitativo, mas de um alcance ilimitado da vida e da realidade que essas pessoas vivem", ressaltou o senador Aécio Neves ao defender a aprovação da proposta.

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>>Prematuridade não impede o desenvolvimento saudável

A PEC altera o inciso XVIII do art. 7º da Constituição Federal, que, aprovada pelos plenários do Senado e da Câmara dos Deputados, passará a vigorar com a seguinte redação: "Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias, estendendo-se a licença-maternidade, em caso de nascimento prematuro, à quantidade de dias que o recém-nascido passar internado."

Em seu parecer, a relatora da PEC, senadora Simone Tebet, afirmou que as mães de crianças prematuras, ao deixarem o hospital com os filhos, vivem a angústia de ter de voltar ao trabalho em uma fase crucial na vida dos bebês.

"O princípio que norteia a PEC é o entendimento de que o prematuro é uma criança, cujos cuidados demandam maior período de tempo, pois sua fragilidade torna por vezes necessário que ele permaneça internado por longos períodos, antes que tenha condições de deixar o hospital e ir para casa. A extensão da licença, nesses casos, revela-se essencial para garantir a saúde do bebê e o bem-estar da mãe", disse Simone Tebet ao justificar o voto favorável à proposta.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) abriu na manhã desta quarta-feira (18) audiência pública para discutir o projeto de resolução do Senado sobre o limite global para o montante da dívida consolidada da União.

De acordo com o presidente da comissão, senador Delcídio Amaral, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se convidou para a reunião. Inicialmente, o convidado era o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive. "O ministro se convidou porque quer debater esse assunto. Está mais fácil trazer o ministro da Fazenda do que o presidente da Petrobras", brincou Amaral.

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Já no Senado, Levy ressaltou a importância da decisão do Congresso, que manteve ontem o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste dos servidores do Judiciário. "Espero que hoje a sessão também transcorra com a mesma qualidade e que também possam ser votados os PLNs 3, 4 e 5", disse no início de sua fala durante audiência pública na CAE.

Segundo o ministro, o PLN 3 terá impacto importante na máquina pública porque permite o pagamento dos conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). "A reforma do Carf é atividade pró crescimento e reduz insegurança jurídica, temos a chance de discutir projeto que melhora bem estar da população", afirmou o ministro.

A audiência tem como objetivo discutir o limite global para o montante da dívida consolidada da União. Sobre isso, Levy afirmou que "seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) faz o país mais forte, é bom para a economia e para o cidadão".

A CPI do Futebol foi prorrogada até junho de 2016. Com isso, parlamentares terão mais seis meses para investigar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A mudança no prazo de encerramento do colegiado atendeu ao requerimento do presidente, senador Romário (PSB-RJ). Ele e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) explicaram que a documentação obtida de órgãos nacionais e internacionais já justifica a concessão de mais tempo de trabalho para aprofundar as investigações.

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Além da CBF, a CPI apura denúncias de irregularidades na atuação do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014. Ela seria encerrada em 22 de dezembro deste ano.

 

A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado nesta quarta-feira (11) projeto que extingue a cobrança de roaming em ligações de celular. O valor, pago pelo consumidor quando ele está fora da área para a qual o aparelho foi habilitado, também é chamado de tarifa de deslocamento.

O relator da proposta, senador Walter Pinheiro (PT-BA), defendeu a iniciativa como uma forma de baratear as tarifas telefônicas. “Aqui no Brasil, o minuto do celular é um dos mais caros do mundo, principalmente para a camada da população que mais utiliza o celular”, afirmou.  

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De acordo com o parlamentar, o País tem mais de 270 milhões de celulares. Desses, 80% são aparelhos pré-pagos, com o minuto mais caro. “E para baratear as ligações estamos vencendo, por etapas, com a aprovação de  medidas como a proposta aprovada hoje", complementou.

Durante o encaminhamento da votação, o senador lembrou também que a extinção da cobrança vai ao encontro de debate mundial sobre redução de custos e simplificação de processos das ligações das telefonias contratadas pelos consumidores. O Projeto de Lei do Senado 85/2013 foi aprovado em caráter terminativo e segue para análise da Câmara dos Deputados.

A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (11), uma proposta que pode baratear o preço do serviço de telefonia móvel no país. O projeto de lei do Senado 85/2013 derruba o adicional cobrado por operadoras de telefonia móvel para chamadas fora da área de registro da linha telefônica (serviço conhecido como roaming). A decisão é em caráter terminativo e a matéria segue agora para a Câmara dos Deputados.

Relator da proposta, o senador Walter Pinheiro (PT/BA), comemorou a aprovação. "O projeto é uma das contribuições do Legislativo para baratear as ligações para os consumidores. Aqui no Brasil, o minuto do celular é um dos mais caros do mundo, principalmente para a camada da população que mais utiliza o celular. O Brasil tem mais de 270 milhões de celulares. Desses, 80% são aparelhos pré-pagos, com o minuto mais caro. E para baratear as ligações estamos vencendo, por etapas, com a aprovação de medidas como a proposta aprovada hoje", frisou.

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O senador lembrou que essa é uma discussão mundial. "Essa é uma matéria que interfere neste cenário de comunicação e acompanha um debate exaustivo que se trava no mundo inteiro, com práticas de eliminação de roaming, por exemplo", lembrou. A Anatel e as operadoras de telefonia móvel têm discutido a extinção da cobrança, mas por enquanto, ela continua sendo cobrada.

Com informações da Agência Senado.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) adiou a votação do projeto de resolução do Senado que estabelece um limite para a dívida consolidada da União, como já é exigido para Estados e municípios. A proposta determina um teto tanto para a dívida líquida quanto para a dívida bruta e descreve um período de transição de 15 anos para o alcance da meta.

O governo tem colocado dificuldades para apreciação da matéria, que já foi aprovada pela Comissão da Agenda Brasil e, se aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos, segue para o plenário do Senado, sem necessidade de passar pela Câmara dos Deputados. Com dificuldades de cumprir metas fiscais, não seria do interesse do governo aprovar agora um teto para a dívida da União.

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O projeto consta na pauta há mais de um mês. Na última reunião deliberativa, o relator José Serra (PSDB-SP) chegou a ler seu parecer, mas não houve abertura para discussão. Em seguida, o presidente da comissão e líder do governo, Delcídio Amaral (PT-MS), marcou duas audiências públicas seguidas, atrasando a votação em mais duas semanas.

Na manhã desta terça-feira, 10, foi de comum acordo que a votação fosse novamente adiada. Desta vez, o relator Serra não se opôs. O tucano percebeu as ínfimas possibilidades de aprovação do texto e concordou que o projeto seja apreciado daqui a 15 dias.

A proposta de Serra limita a dívida líquida da União a 2,2 vezes da receita líquida corrente. O relator do projeto também determinou limite para a dívida bruta, estabelecendo que ela não exceda em 4,4 vezes a receita líquida corrente.

De acordo com Serra, a alteração no texto original evita a "contabilidade criativa", operações que não aparecem nas estatísticas de dívida líquida, realizadas entre instituições financeiras controladas pela União e o Tesouro para financiar despesas. Na dívida bruta, aparecem, por exemplo, operações com bancos públicos federais, principal origem das chamadas pedaladas fiscais nas contas do governo em 2014.

Entidades que representam veículos de comunicação questionam dois aspectos do novo projeto de lei - aprovado anteontem no Senado - que regulamenta o direito de resposta. Um deles é o fato de que tal direito, segundo o texto, seja concedido por um único juiz, enquanto a contestação por parte do veículo de imprensa deve ser aprovada por um colegiado. O outro é o dispositivo que prevê que o ofendido possa dar a resposta ou fazer retificação pessoalmente em veículo de rádio ou TV.

"Não há objeção ao direito de resposta, que é uma contrapartida à liberdade de expressão numa democracia. A nossa crítica ao artigo 10 é que ele determina a análise do recurso por um colegiado, que não tem a mesma celeridade para conceder uma liminar que um juiz em decisão monocrática", disse o diretor executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira. "Pode haver um lapso de tempo grande entre a decisão favorável ao direito de resposta e o exame do recurso, de tal forma que a empresa pode ganhar o recurso depois de já ter veiculado a resposta."

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Sobre o segundo dispositivo questionado pelas entidades, o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, considerou a possibilidade intimidadora. "Imagine alguém assumindo uma bancada de jornal. Você possibilitar a oportunidade de a pessoa ir ao vivo na emissora é realmente uma intimidação e pode prejudicar o trabalho dos veículos." A posição da entidade sobre esse aspecto é compartilhada pela ANJ.

Intimidação

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) reconhece que a proposta de direito de resposta aprovada pelo Senado é "legítima e democrática". Mas a entidade diz temer que a nova legislação, "diante das áreas de sombra que envolvem o novo texto, seja utilizada como álibi para intimidar o trabalho investigativo" da imprensa. "A redação do projeto de lei abriga um conjunto de interpretações elásticas que flanqueiam intervenções de natureza diversa contra a liberdade de imprensa e o livre exercício profissional assegurados pela Constituição", diz a ABI em nota assinada pelo presidente da entidade, Domingos Meirelles.

A entidade destaca que a legislação estabeleceu que, mesmo diante da retificação espontânea, o acusado ainda poderá mover ações criminais contra veículos de comunicação. "O texto fez aflorar objetivos ocultos de intimidação como permitir que o processo tramite no local de residência do queixoso, ao invés do endereço fiscal da empresa acusada. Essa brecha autoriza determinadas instituições que promovam, de má-fé, dezenas de ações contra jornalistas e veículos de comunicação em diferentes cidades do País."

Para a ABI, "a celeridade com que o texto foi aprovado deixa dúvidas quanto aos seus verdadeiros objetivos que podem ser percebidos nas entrelinhas da nova lei".

Veto

Slaviero afirmou ainda ao jornal O Estado de S. Paulo que vai pedir à presidente da República que vete especificamente esses dois trechos do texto. "Estamos preparando um farto material como subsídio em relação a esses dois pontos e vamos enviar para a presidente", afirmou.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) informou ontem não ter ainda uma posição conclusiva sobre o projeto de lei, que determina o exercício do direito de resposta aos que se sentirem ofendidos por matérias jornalísticas veiculadas nos meios de comunicação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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