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A situação de emergência decretada em Maceió e os alertas para risco de colapso na região do Mutange fizeram com que a prefeitura evacuasse um dos hospitais mais importantes da região na quinta-feira passada, 30 de novembro. Todos os pacientes que estavam internados no Hospital Geral Sanatório foram transferidos, mas, quatro dias depois, pessoas que dependem da unidade de saúde para tratamentos ou exames ainda deram de cara com as portas fechadas e não sabem para onde ir. A Secretaria Municipal de Saúde, no entanto, garante que o sistema do município consegue absorver o fluxo de pacientes.

O pedreiro Félix Silva de Assis foi um que, na manhã desta segunda-feira, 4, encontrou as portas fechadas. "Estou com câncer, um câncer raro. Não posso fazer hemodiálise, nem transplante, eu trato com remédio", revoltou-se o paciente. O hospital está instalado em uma área considerada de risco, entre os bairros do Pinheiro e Bebedouro.

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"Vou ter que comprar o meu remédio para poder tomar em casa. Se acontecesse alguma coisa (reação ao medicamento) dentro do hospital, eu estaria seguro. Mas e se acontecer alguma coisa dentro de casa, quem vai garantir a minha vida?, indagou Félix.

De acordo com a Defesa Civil do município, o colapso de uma mina da petroquímica Braskem pode ocorrer a qualquer momento - até 2019, a empresa fazia a extração de sal-gema em 35 poços abertos na região. Estudos mostraram na última semana o aumento significativo na movimentação do solo na mina, indicando a possibilidade de rompimento e surgimento de um sinkhole, ou seja, uma cratera pode ser aberta na região afetada. Em nota à imprensa na manhã desta segunda-feira, 4, a Braskem afirmou que mantém o monitoramento e o isolamento das áreas mais críticas. Destacou ainda que o ritmo do afundamento da mina diminuiu.

Outros pacientes além de Félix que usam os serviços do Hospital Sanatório também foram ao local em vão. Todos disseram que o atendimento no local costuma ser eficiente, mas nesta segunda-feira estavam indignados com as portas cerradas e a falta de informações.

"Preciso fazer um exame de sangue, e agora vou ter que ir a outro bairro. Vou ter que gastar com transporte para ir pra muito longe. Minha condição financeira é ruim, estou desempregado no momento", criticou Reginaldo Hilário da Silva, de 60 anos.

A aposentada Sônia Alves, de 62 anos, foi ao Sanatório buscar autorização para a cirurgia do neto, que fraturou o nariz há uma semana. Voltou para casa sem nada. "Eu venho sempre, me operei aqui. Fiquei sabendo agora que fechou", disse a aposentada. "Ninguém responde o que vai fazer, quando foi, quando não é, nada. Simplesmente vamos esperar o que eles querem fazer. E quem vem do interior? Nem os próprios funcionários estão sabendo o que vai acontecer."

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Maceió informou que removeu 81 pacientes na quinta-feira. Eles foram levados para a Santa Casa de Misericórdia de Maceió, o Hospital Universitário Dr. Alberto Antunes e ao Hospital Veredas. A pasta ainda garantiu que o sistema de saúde do município consegue absorver esse fluxo de pacientes.

"Pacientes que realizavam hemodiálise no local, cerca de 350 pessoas, também foram realocados em outros quatro serviços da capital", informou a secretaria. O Estadão questionou a pasta sobre para onde serão encaminhados os pacientes que chegam ao local, mas ainda não houve retorno.

Hospital Sanatório fica em área considerada de risco

A unidade de saúde fica na divisa dos bairros do Pinheiro e Bebedouro, próximos ao Mutange. É naquele local que está instalada a mina 18 da Braskem, que corre risco de colapsar.

Todos esses bairros estão desocupados e com seus imóveis esvaziados. Restaram apenas as paredes na maioria deles. Os acessos foram concretados.

Hoje, quem circula pelo Pinheiro e pelo Bebedouro tem a impressão de estar passando por uma cidade fantasma. A vegetação cresce em meio às casas, e o silêncio só é quebrado pelo barulho eventual de veículos que cortam algumas de suas vias.

No domingo, a Defesa Civil interditou a última igreja batista ainda em atividade no bairro Pinheiro. E, a poucos quilômetros dali, em meio ao desabitado Bebedouro, um cemitério municipal está fechado com cadeado. A equipe de análise da Defesa Civil disse se basear em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.

Os problemas na capital alagoana começaram em 3 de março de 2018, quando um tremor de terra causou rachaduras em ruas e casas e o afundamento do solo em cinco bairros: Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e em uma parte do Farol. Mais de 55 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas naquele ano.

Após um período de estabilização, o deslocamento da mina começou a se intensificar nos últimos dias. Na manhã desta segunda-feira, 4, o monitoramento apontava que o deslocamento vertical apresentava ritmo de 0,3 cm a 0,4 cm por hora, o mesmo registrado no dia anterior. Os dados representam uma desaceleração em comparação aos dados de sábado, 2, (0,7 cm/hora), e sexta-feira, 1º, (2,6 cm/hora). Anteriormente, a velocidade chegou a 5 centímetros por hora em fases mais críticas.

Em decorrência dos últimos tremores sentidos no bairro de Mutange, em Maceió, capital de Alagoas, a Defesa Civil da cidade decidiu intensificar o monitoramento na região, conforme comunicado divulgado no fim da noite de terça-feira (28). Segundo o órgão, os sismos sentidos nos últimos dias foram registrados em áreas já desocupadas. Mesmo assim, a vigilância permanece em todo o local.

A Defesa Civil de Maceió também está monitorando as minas existentes na Lagoa, nas proximidades do antigo campo do clube CSA. "Por precaução e cuidado com as pessoas, recomendamos que a população e embarcações evitem transitar na região até nova atualização do órgão", alertou o órgão.

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Recentemente, ocorrências de microssismos foram registradas na área das minas que estão sendo preenchidas pela empresa de mineração Braskem. Em magnitudes consideradas baixas, sem potencial para causar danos à superfície ou serem sentidas pela população, estes tipos de ocorrência somente são identificados por meio de equipamentos de monitoramento.

Em nota, a Braskem disse que, em decorrência do registro de microssismos e movimentações de solo atípicas pelo sistema de monitoramento, paralisou suas atividades na Área de Resguardo.

"Tais registros estão concentrados em um local específico, dentro das áreas de serviço da companhia, nas proximidades da Avenida Major Cícero de Goes Monteiro", afirmou a empresa.

A área, que já estava com algumas atividades paralisadas para evitar interferência na coleta de dados, foi isolada preventivamente e em cumprimento às ações definidas nos protocolos da companhia e da Defesa Civil de Maceió. "Essa é uma medida preventiva enquanto se aprofunda a compreensão da ocorrência", reforça a companhia.

A Braskem disse que segue acompanhando, de forma ininterrupta, os dados de monitoramento, que são compartilhados em tempo real com a Defesa Civil municipal.

Afundamento de solo em cinco bairros

Os problemas em Maceió começaram no dia 3 de março de 2018, quando um tremor de terra na cidade causou rachaduras e o afundamento do solo em cinco bairros: Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e em uma parte do Farol. Mais de 55 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas naquele ano.

O abalo foi causado pelo deslocamento do subsolo por causa da extração de sal-gema, um cloreto de sódio que é utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC), pela Braskem, que atuava na região desde 1976. A companhia encerrou a extração do minério na região em 2019. No total, mais de 200 mil pessoas foram afetadas pelo desastre.

No dia 21 de julho deste ano, a Braskem informou que fechou acordo com o município de Maceió para pagamento de R$ 1,7 bilhão. O termo estabelece a indenização, compensação e ressarcimento integral da cidade alagoana em relação a todo e qualquer dano patrimonial e extrapatrimonial por ele suportado.

Conforme a Prefeitura de Maceió, os recursos que serão pagos pela empresa serão destinados à realização de obras estruturantes na cidade e à criação do Fundo de Amparo aos Moradores (FAM). O acordo não invalida as ações ou negociações entre a Braskem e os moradores das regiões afetadas.

Campeã olímpica e mundial, Rebeca Andrade enfim revelou nesta sexta-feira sua nova apresentação no solo, que exibirá durante o Mundial de ginástica artística, em Antuérpia, a partir deste fim de semana. A atleta brasileira conta com músicas de Anitta e Beyoncé para continuar brilhando no solo, em busca da vaga na Olimpíada de Paris-2024.

A nova apresentação substitui o famoso e consagrado "Baile de Favela", que a ginasta exibiu na Olimpíada de Tóquio, em 2021, quando conquistou o título olímpico. Ela vinha apresentando este solo nos últimos quatro anos. Agora precisou fazer a mudança seguindo as regras da Federação Internacional de Ginástica.

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O novo solo de Rebeca começa com a música "End of Time", da cantora americana Beyoncé, e termina com "Movimento da Sanfoninha", de Anitta. O funk acaba dominando a maior parte da apresentação, em referência e homenagem ao "Baile de Favela". Na prática, é como se a brasileira tivesse misturado suas duas últimas apresentações, feitas nos Jogos do Rio-2016 e em Tóquio.

Rebeca fez a nova apresentação nesta sexta já no local do Mundial, no chamado "treino de pódio", algo equivalente a um ensaio geral da competição. O solo era um dos grandes segredos do esporte brasileiro nos últimos meses. Rebeca chegou a treinar sozinha diversas vezes para não vazar a informação. Muitas vezes treinou sem música.

A estreia da brasileira no Mundial vai acontecer na manhã de segunda-feira, às 8h, pelo horário de Brasília, na fase classificatória do solo. A competição é a grande chance para os ginastas buscarem a classificação olímpica. No total, 130 vagas estarão em disputa entre este sábado e o dia 8 de outubro.

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Esta semana, as cortinas do Plurarte se abrem para o talento de Jade Guilhon, instrumentista e professora paraense. A artista é graduada em Direito, pela UNAMA - Universidade da Amazônia, e também em música, pela Universidade Estadual do Pará (Uepa). Jade até tentou conciliar as duas profissões durante um tempo, mas a música sempre falou mais alto. Hoje, segue apenas a carreira musical, em constante evolução, e está finalizando uma pós-graduação em musicoterapia e é mestranda.

Jade também é professora titular de Viola de Arco no Conservatório Carlos Gomes. Pensa que acabou? O talento da artista é parte de um grupo de choro formado somente por mulheres: O Charme de Choro. Durante nove anos o gupo viajou pelo país e até gravou um CD.

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Jade está focada em desenvolver sua carreira solo, que perpassa por diversos gêneros musicais. Seu último projeto se chama "Travessia", um trabalho feito em parceria com Renato Torres. Além de tudo isso, curte a chegada do João, que já começa a correr pelos palcos da cidade, acompanhando a mãe.

Apresentado por Sandra Duailibe, o Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas, e publicação no portal LeiaJá. Acesse o canal do Plurarte no Youtube aqui.

 

 

“Maternidade solo só é ruim quando é compulsória”: relatos de mães solo, ouvidas pelo LeiaJá neste Dia das Mães, ajudam a construir o retrato de um tipo de lar já muito comum no Brasil, mas que enfrenta estigmas e falta de suporte, em muitos casos. Esse cenário fica ainda mais desafiador quando se fala na adoção solo, ou adoção monoparental, que garante às pessoas solteiras o direito de buscar habilitação para a adoção em todo o país.

Esse direito está previsto na Constituição Federal, em seu Artigo 226, no qual "entende-se, também, como entidade familiar, a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes". Além disso, está previsto no Artigo 42 do Estatuto da Criança e do Adolescente que "podem adotar os maiores de 18 anos, independente do estado civil". 

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“Não acreditavam que eu ia seguir sozinha depois de uma separação recente. Eu era perguntada ‘Por que está fazendo isso se é tão difícil? Como vai dar conta?’. A maternidade é um processo de muita solidão e me perguntavam por que eu optei por isso. No trabalho e entre as minhas amigas, algumas ficaram sem acreditar. ‘Tantas mulheres são abandonadas’ e eu estava optando por isso, mas isso não me abalou porque era a minha decisão. A gente não tem como ter noção do quão difícil será. Passei por situações que eu gostaria de ter tido uma pessoa para dividir, perguntar e combinar o que fazer”, desabafa a professora Ada Lira, de 54 anos. 

Ada mora no Recife com a filha, a irmã e a sobrinha. Bianca, de 14 anos, foi adotada pela professora em 2008, quando tinha apenas 10 anos de vida. A adolescente, apesar de não ter sido gerada pela mãe, foi aguardada por anos e compôs um sonho antigo que a educadora tinha a respeito da maternidade. Como acontece com tantas outras mulheres, Ada não conseguia engravidar. Ela também nunca chegou a realizar tratamentos para gestar, já que o acompanhamento médico sempre indicou normalidade e um problema nunca foi formalmente diagnosticado. 

A mãe conta que Bianca chegou a ser um plano seu junto ao seu ex-marido, mas que o conflito de interesses entre querer um filho biológico e optar pela adoção acabou pesando na decisão de romper o relacionamento. 

“Como [a gravidez] não acontecia e o tempo ia passando, resolvemos entrar no processo de adoção. Estávamos habilitados, mas meu ex-marido não se sentiu confortável e entramos num processo de separação. Ele não se sentia bem em relação à adoção, o que foi um dos motivos para a separação. Refiz o meu processo para a adoção solo, porque o meu sonho de ser mãe era forte e presente na minha vida. Na época o processo era mais rápido que hoje em dia e foi aceito logo no início do ano”, continuou Ada. 

De acordo com a adotante, o casamento ajudou o processo a ser desburocratizado. Como à época, a atualização dos dados era mais lenta, ela pôde alcançar a habilitação ainda com as informações de quando era casada e isso reduziu um potencial período na fila. 

“Como antes eu já estava habilitada com ele, na fila, quando eles [CNJ] me ligaram foi que souberam que me separei. Aceitei e consegui sozinha. Minha família é extensa e deu todo o apoio. Sempre tive a aprovação deles. Ela foi adotada pelos avós, tias e primos, todos ficaram muito felizes. Minha rede de apoio foi a família, porque para adotar sozinho há de se pensar que vá se precisar, uma hora e outra, de parentes e amigos”, acrescenta. 

O Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atesta que existem quase 34 mil crianças e adolescentes abrigadas em casas de acolhimento e instituições públicas por todo país. Destas, 5.040 estão totalmente prontas para a adoção, e 160 estão em Pernambuco. Apesar do perfil de quem adota ter se tornado mais diverso, o processo também ganhou maior cautela e rigorosidade.  

“O processo ficou mais cuidadoso, com mais detalhes e acho que até em detrimento da proteção das crianças, para que sejam realmente adotadas por quem quer formar família. Hoje o processo é minucioso, existem algumas exigências que, na minha época, não existiam. Por exemplo, a realização do curso pela Vara da Infância e da Adolescência, a obrigatoriedade de participar dos grupos de adoção e de participar de quatro reuniões durante um ano, mesmo após a habilitação”, informa Ada, que concluiu a principal parte do processo décadas atrás. 

Perguntada sobre os estigmas e também sobre as dificuldades da maternidade solo, Ada diz que, quando forçado, o processo é ruim e solitário. É ruim quando a maternidade é compulsória. A maioria das mulheres engravidam de um companheiro, pelo qual estão envolvidas, apaixonadas ou até casadas e, de repente, se veem sozinhas. São abandonadas. Muitas são mães solo mesmo casadas, porque o companheiro não participa das decisões e nem dos cuidados como deveria. Então, mesmo acompanhadas, elas se sentem só. Assim, deve ser muito dolorido, porque você queria dividir o cuidado, as decisões, as alegrias e as tristezas, e não tem o apoio”, finaliza. 

A adoção no Brasil 

A autorização para adotar crianças e adolescentes, no Brasil, deve ser solicitada no Juizado da Infância do domicílio da pessoa que deseja ser pai ou mãe por adoção, nos moldes do Art. 50 da Lei Federal nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA). 

Qualquer pessoa, maior de 18 anos, independente do estado civil, que deseja adotar criança ou adolescente deve requerer a inscrição no Sistema Nacional de Adoção (SNA), por meio de Processo de Habilitação à Adoção, regulado pelo ECA. 

Confira abaixo os requisitos necessários e procedimentos que são realizados em Pernambuco.  

1. Realizar o pré-cadastro no sistema nacional de adoção e acolhimento 

A pessoa interessada em adotar deve acessar o site do SNA para realizar o pré-cadastro de pretendente. Ao finalizar esse procedimento, deve anotar/salvar o código fornecido pelo sistema. Ressalta-se que apenas o pré-cadastro não garante a habilitação. O pretendente somente será considerado habilitado após a sentença de deferimento proferida no procedimento de habilitação. Clique aqui para realizar o pré-cadastro no SNA. 

2. Contatar a vara da infância e juventude ou vara única da comarca do município onde reside 

Os pretendentes deverão entrar em contato, por telefone e/ou e-mail, com a Vara responsável em sua Comarca, solicitando informações sobre o processo de habilitação e inscrição no curso preparatório de pretendentes à adoção. Para inscrição no curso, deve informar nome completo, CPF, endereço, telefone e e-mail de contato (se for casal, precisa enviar os dados de ambos(as) na mesma mensagem de e-mail).  

3. Realizar o curso preparatório de pretendentes 

Com as informações recebidas por e-mail a equipe da Vara fará a inscrição do(a) pretendente para participar do curso preparatório, que pode ser presencial ou na modalidade à distância. 

4.  Participar nos grupos de apoio à adoção 

Essa importante etapa é obrigatória para algumas comarcas e opcionais para outras. O pretendente deverá verificar com a sua Comarca as informações específicas e o encaminhamento para os encontros que poderão ser presenciais ou online. Embora não seja obrigatório em todas as Comarcas, o TJPE recomenda a participação nas reuniões dos Gaa´s (Recomendação 03/2022 CIJ-PE).  

5. Juntar a documentação necessária para habilitação 

A documentação para adoção está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas é possível que seu estado solicite outros documentos.  

6. Dar entrada no processo de habilitação 

Os documentos devem ser digitalizados e enviados por e-mail para o Distribuidor referente à Vara da Infância e Juventude de sua Comarca, que formalmente dará entrada em seu processo de habilitação. Registre-se que a natureza desse processo é administrativa, não necessitando de representação de advocacia privada ou Defensoria Pública. Clique aqui e confira os e-mails das comarcas. 

7. Participar de entrevista, visitas domiciliares e demais procedimentos determinados 

Concluídas essas fases, o juri decidirá sobre os requerimentos do Ministério Público e sobre a necessidade de audiência. O Juízo tem prazo de 120 dias para sentenciar o processo. Se necessário, o prazo pode ser prorrogado por mais 120 dias. 

8. Aguardar a sentença de habilitação transitada em julgado  

O juiz definirá a sentença julgando se a pessoa/casal será ou não habilitada/o para adotar. Se a sentença for favorável, após o trânsito em julgado, o(a) pretendente será incluído(a) no SNA. 

9. Aguardar a convocação 

Com a inclusão dos pretendentes no SNA, os mesmos estarão automaticamente aptos no estado e em todo o país, podendo ser contatados por qualquer comarca que possua crianças e adolescentes com seus perfis definidos. 

10. Renovar a habilitação após três anos 

Caso não adote em um período de três anos após a habilitação, o(a)(s) pretendente(s) deve(m) solicitar à sua Vara a renovação da habilitação. Essa renovação deve ocorrer a cada três anos, mediante avaliação por equipe interprofissional e nova decisão judicial pela manutenção da habilitação.

Ao comemorar seu aniversário de 60 anos hoje (12), o músico paulistano Nando Reis relança seu primeiro disco solo, cujo título é justamente a data de seu nascimento: 12 de Janeiro (1995). A nova edição do álbum, que já está disponível nas plataformas digitais, traz legados das faixas originais e a nova versão da canção “A Fila”, com participação de Jade Baraldo, lançada na semana passada. 

Seu próximo show em São Paulo será realizado no dia 25 de janeiro, às 19h, no Centro Cultural de São Paulo (CCSP). A apresentação faz parte da turnê "Nando Hits" e contará com a participação de seu filho, Sebastião Reis. A entrada será gratuita, com retirada de ingresso na bilheteria. 

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A marca de vida de seis décadas do cantor e compositor ocorre em um momento agitado de sua carreira, com uma turnê inédita de reencontro dos Titãs marcada para começar em abril e a continuação da turnê Pittynandoum projeto com a cantora baiana Pitty. Em setembro deste ano, também lançará seu novo disco de inéditas.  

Nos últimos anos, Nando se tornou ativo em seu canal do YouTube, com vídeos semanais em que conta histórias de bastidores e curiosidades sobre a sua carreira. Também entrou no mundo da criptoeconomia, lançando conteúdos digitais exclusivos em forma de NFTs (token criptográfico). 

O furacão Nicole tocou o solo nesta quinta-feira (10) no estado da Flórida, onde foram emitidas ordens de evacuação obrigatória em alguns condados, anunciou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.

"Nicole toca o solo na costa leste da Flórida, ao sul de Vero Beach", afirmou o NHC em um comunicado curto, divulgado às 3H00 locais (5H00 de Brasília).

Nicole, com ventos máximos sustentados de 120 quilômetros por hora, passou pelas Bahamas a caminho da costa da Flórida (sul dos Estados Unidos).

Quatro condados de Flórida anunciaram ordens de evacuação obrigatórias, de acordo com o Departamento de Gestão de Emergências do estado.

Uma advertência de furacão foi emitida para a área próxima ao Centro Espacial Kennedy, que fica a alguns quilômetros cidade de Orlando, de onde será lançado o megafoguete SLS, o mais potente da história da Nasa.

A agência espacial americana anunciou na terça-feira um novo adiamento do envio de sua missão não tripulada à Luna, devido ao furacão Nicole.

A tentativa de lançamento, inicialmente programado para 14 de novembro, agora está prevista para 16 de novembro, anunciou Jim Free, administrador associado da Nasa para desenvolvimento de sistemas de exploração.

Após o anúncio do afastamento de Simaria dos palcos por motivos de saúde, sua dupla e irmã, Simone, se pronunciou através do Instagram. A cantora falou sobre o novo momento e pediu o apoio dos fãs. Ela vai cumprir a agenda de shows sozinha. 

Na última quinta (17), Simaria anunciou que se afastaria da carreira para cuidar da saúde. O anúncio foi feito após algumas polêmicas envolvendo ela e sua irmã, com desavenças em público e declarações polêmicas. “Certa de que vamos nos reencontrar, em breve, sejam a segunda voz de minha irmã, Simone, na minha ausência. Em breve nos reencontramos!", disse Simaria.

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Em seguida, foi a vez de Simone se pronunciar. Pelos stories de seu perfil pessoal, ela pediu o apoio dos fãs. “Como vocês viram, a Simaria foi afastada por motivos médicos. Inclusive hoje é aniversário dela. Deus a abençoe a guarde. Estou aqui para cumprir nossa jornada de trabalho. Conto muito com o carinho de vocês”.

Na expectativa para acompanhar uma apresentação de Natal com amigos e familiares em Joinville, no Norte de Santa Catarina, cerca de 30 pessoas ficaram feridas quando a calçada cedeu, na noite dessa segunda-feira (22).

As vítimas caíram da altura de aproximadamente dois metros no rio que corre embaixo da cidade.

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Mesmo com os feridos e a cratera exposta ao lado de milhares de expectadores, o evento continuou com um coral de crianças. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para o resgate com apoio da Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.

A corporação aponta que, pelo menos, oito crianças foram socorridas com traumatismo cranioencefálico.

Já o Hospital Infantil de Joinville não confirmou o índice e informou que recebeu 11 crianças com escoriações leves. A Prefeitura garantiu que não houve vítimas graves e relatou que 19 adultos foram encaminhados ao Hospital Municipal São José, de acordo com o G1

Horas após o acidente, a gestão emitiu comunicado e reiterou que "todas as pessoas que precisaram de atendimento foram socorridas e estão sendo assistidas em unidades de saúde da cidade". A Defesa Civil também esteve no local.

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Já está disponível em todas as plataformas digitais o terceiro disco do cantor e compositor pernambucano Tiné, vocalista das bandas Orquestra Contemporânea de Olinda e Academia da Berlinda. Intitulado “Românticos do Rosarinho”, o trabalho dialoga com gêneros como o bolero e a música negra, contando com participações de artistas como Lirinha, Moreno Veloso e Jorge Du Peixe.

De acordo com Tiné, sua relação com as influências do novo trabalho vêm da infância, quando seu pai e seus avós costumavam ouvir discos em sua companhia. “Minha avó tinha vários discos repetidos de Nelson Gonçalves, porque as pessoas davam de presente porque sabiam que ela gostava daquele tipo de som”, lembra o artista.

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Os ritmos latinos já apareciam mesclados à música africana e à música regional nordestina nos projetos coletivos do artista. “No começo da Academia da Berlinda, a gente tocava muitas coisas influenciadas por umas coletâneas de guitarradas de Angola, isso é parte fundamental da nossa formação”, acrescenta Tiné.

“Românticos do Rosarinho” também é produto da banda formada um pouco antes da pandemia de Covid-19, com o baixista Yuri Rabid, o tecladista Guga Fonseca, o guitarrista Thiago Rad, o baterista Alexandre Baros, o percussionista Gilú Amaral e as vocalistas Maíra e Moema Macedo, bem como Nattany de Paula, parceira na composição de “Eterno Domingo”. Luccas Maia, que produziu o disco, também aparece nos vocais. 

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Luciano Camargo continua dedicado a seu projeto solo. Após apresentar um especial gospel transmitido pela TV Record, o irmão de Zezé di Camargo prepara o lançamento do louvor Deserto não será seu fim. A música estará disponível no canal do YouTube do artista, nesta terça (23).

A composição de Deserto não será seu fim é assinada por Anderson e André Freire. Segundo Luciano, o objetivo da canção é tocar o coração do público e levar uma mensagem de conforto. “Felizmente, sinto que além de agradar meu público, Deus está contente com o resultado deste projeto, e isso não poderia me deixar mais emocionado, já que é para Ele que estou cantando”, acrescenta o artista. 

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Após 29 anos ao lado do irmão Zezé, Luciano decidiu dedicar-se a um trabalho só dele. Seu primeiro disco solo,  A Ti Entrego , terá 15 faixas que serão lançadas aos poucos nas plataformas digitais. A dedicação ao projeto paralelo, no entanto, não significa a ruptura da parceria com o irmão, uma das mais bem sucedidas dos egmento sertanejo do país, mas sim, a realização de um sonho que vinha sendo planejado há muito tempo por Luciano.  

*Com informações da assessoria. 

A cantora paraense Elma Maués, que era vocalista da banda Pérola Negra, agora segue carreira solo. Aos 36 anos, a cantora festeja esse novo momento na carreira e está ansiosa pelo retorno aos palcos, pós-pandemia.

Segundo a cantora, ano passado, quando saiu da banda Pérola Negra, ela chegou a pensar em parar de cantar, mas o amor pela música e o incentivo de amigos e fãs a motivaram a retornar, dessa vez em carreira solo. “Creio que Deus vai abençoar meu trabalho e pretendo levar nosso ritmo para o Brasil”, disse a cantora, que está em produção do CD autoral.

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Natural de Abaetetuba e com referências musicais em bandas paraenses como Fruta Quente e Xeiro Verde, além da admiração no trabalho de grandes cantoras como Mariza Monte, Adriana Calcanhoto e Maria Betânia, Elma Maués canta desde os 13 anos, mas foi com 16 anos, quando fez parte da banda Sabor Açaí, que começou a cantar profissionalmente o ritmo paraense: o brega e o technobrega. Depois disso, a carreira só decolou e a cantora se apresentou até fora do país. “Tenho a música não só como uma paixão, mas principalmente como profissão”, concluiu a cantora.

Por Rosiane Rodrigues.

 

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) abriu, nessa segunda (13), inscrições para um curso sobre Hortas em Pequenos Espaços. Dividido em quatro módulos, a oficina online traz as informações básicas que vão auxiliar nas diferentes etapas de plantio, condução e manutenção, com explicações sobre como interagem os diferentes fatores associados à produção de hortaliças, como solo, planta, água e luz adequados.

Tendo em vista as mudanças provocadas pelo isolamento social, que estão a exigir novos olhares em direção ao cotidiano nosso de cada dia, a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) oferece essa alternativa para quem já pensou nessa possibilidade, mas não levou adiante “por falta de tempo”, e também como forma de chamar a atenção para uma atividade que envolve os cuidados com a alimentação e a saúde – física e mental.

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“O curso tem como principal diferencial - com relação a outros cursos com a mesma temática já promovidos pela Unidade - o fato de ser on-line, construído na modalidade EaD (Educação a Distância), viabilizada por meio do computador e dispositivos móveis com acesso à internet. E com a vantagem de deixar as pessoas escolherem o melhor dia e horário para acessar o conteúdo, já que ficará disponível por tempo indeterminado na plataforma”, destaca o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia Henrique Carvalho.

A ideia de disponibilizar o curso sobre Hortas em Pequenos Espaços, segundo ele, considerou o crescente interesse manifestado pelas consultas ao SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) da Embrapa Hortaliças, nas quais o cultivo de hortaliças em casa está entre os mais demandados, notadamente nesses últimos meses.

“O curso vai oportunizar a essas pessoas que têm solicitado informações sobre essa prática as informações sobre o aproveitamento de espaços vazios de corredores, varandas, sacadas, quintais e até janelas para produzir alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos e que também constituem uma ótima ocupação para a mente”.

Os interessados em seguir os passos para ter uma horta no ambiente doméstico devem acessar a plataforma e-Campo (acesse aqui), ferramenta que traz todas as informações sobre os cursos que vêm sendo disponibilizados pela Embrapa.

Dúvidas sobre o curso podem ser enviadas para o e-mail cnph.chtt@embrapa.br

Da assessoria

Violão. Este é o instrumento que centraliza o momento musical de Rogério Rogerman, que se prepara para lançar o segundo disco solo da carreira, iniciada nos anos de 1990 como integrante da banda Eddie e consolidada com a Bonsucesso Samba Clube - que fundou - na década seguinte. Agora, com menos ênfase em guitarras, bateria e efeitos eletrônicos, o músico foca no formato canção para desaguar sua criatividade em 'Manhã de amanhãs', que será lançado no próximo dia 26 de julho.

A primeira música do novo disco, 'Tarde', já foi liberada no dia 28 de junho. Nesta quarta (3), Rogerman libera o videoclipe da canção, dirigido por Tágory Nascimento. Morando em São Paulo, o músico conversou com o LeiaJá sobre a feitura do novo disco, que tem a produção de Thiago Morais, o seu momento artistico e a situação das políticas públicas de cultura, confira:

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Como foi o processo de composição de 'Manhã dos amanhãs'? As composições são todas suas? Há parcerias e músicas de outros compositores?

O processo de composição se iniciou há mais ou menos um ano e meio. Na verdade o primeiro single, 'Tarde' (lançada no dia 28 de junho), é uma música bem antiga. A letra é um poema do meu pai, Yttérbio Homem de Siqueira Cavalcanti, que eu, lendo o livro dele, achei muito melódica, vi que tinha melodia ali, tinha ritmo. Acabei colocando uma melodia bem simples e com o tempo fui aperfeiçoando ela.

Eu estava morando ainda no Recife durante esse processo e utilizava sempre a parte da noite, quando estava silêncio, as pessoas dormindo, eu pegava o violão e começava a compor. Foi um período muito criativo. Eu divido os arranjos da maior parte deste trabalho com os irmãos Rodrigo e Thiago Morais (irmãos gêmeos que também formam a dupla Eu e a Duplicata).

Existe algum fio condutor temático ou estético em 'Manhã de amanhãs' ou o disco é mais um apanhado das suas composições mais recentes?

O fio condutor é o violão. Não há necessariamente um tema, apesar de eu ter uma coisa muito forte com o amor, com os relacionamentos, as sensações humanas. Tristeza, felicidade, solidão, euforia, a dúvida, a certeza, tudo o que remeta a questões muito humanas. Eu tenho no amor, na paixão, uma coisa muito forte que me guia, mas não é um tema proposital, é uma coisa natural há algum tempo. O maior condutor neste trabalho novo sem dúvida é o violão. Com exceção de 'O caminho do lobo', de 2012, todos os meus trabalhos se iniciavam no violão, mas acabavam com arranjos muito diferentes porque a banda participava e então acabam surgindo novas ideias, melodias, arranjos que saem um pouco da seara de quem compôs o tema original da música. O que foi sempre uma experiência muito positiva, diga-se de passagem, você chegar com uma música e as pessoas transformarem ela em outra coisa, Eu trabalho muito bem assim, eu gosto disso. Mas dessa vez a linguagem do violão ficou mais presente. Mesmo que ele não esteja na cara, a performance, a melodia, é a que está originalmente no violão.

Assista ao clipe de 'Tarde':

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Nota-se no seu primeiro solo e mesmo no disco mais recente do Bonsucesso Samba Clube uma aproximação e evidência maior no formato canção. É uma intenção do compositor ou você não se preocupa com isso e tal aproximação é algo natural no seu processo natural de fazer música?

A canção vem crescendo ao longo dos tempos em mim. Eu tinha um pouco de receio no início porque a canção, pra minha geração, a geração dos anos 1990, foi esquecida de alguma forma. Eu sou fruto de uma geração rítmica, de bandas grandes, com muita percussão, guitarras pesadas, o vocal às vezes monotônico, mais falado, declamado ou 'rapeado' do que necessariamente cantado. Você vê agora o oposto acontecendo: Recife está bombando - e acho isso excelente - de cantores e musicistas que estão justamente apostando nas canções e cada vez mais se aprofundando nisso. Não tenho um perfil próximo dos meninos dessa geração porque minhas canções são mais simples, são canções que você pode tocar na beira da praia como um luau. É um híbrido né, eu trago um pouco daquela linguagem dos anos 90, mas como eu sempre cultivei em mim a canção, na hora que vou partir para um trabalho sol eu me permito.

O Bonsucesso Samba Clube por exemplo, mesmo que tenha evoluído melodicamente, você ainda uma estrutura grande de arranjos e tal. Neste trabalho não, a coisa é mais simples, mais direta. Um power trio ou um quarteto resolvem facilmente. É um trabalho que dá pra fazer em voz e violão e a pessoas entenderem qual é a linguagem. Com o violão você define a canção e a linguagem do trabalho novo. É um caminho que eu gosto, eu me sinto muito confortável e sem dúvida nenhuma é um dos caminhos que eu vou seguir. Quando se tratar do meu trabalho solo provavelmente a canção sempre vai estar em evidência.

Você contou com algum incentivo público ou edital para fazer 'manhã de amanhãs'?

Não. 'Manhã de amanhãs' foi feito 'na tora'. Na vontade e na crença de que era o momento de fazer. Os trabalhos foram feitos de forma muito simples, tudo completamente de forma independente, tudo. Foi feito realmente assim no amor e na coragem, com parcerias e as pessoas acreditando. É massa por que de uma forma ou de outra você passa isso no trabalho, as pessoas sentem que foi feito com o coração.

Estamos em um momento político delicado para a classe artística, com um governo que declaradamente é contra a rede de incentivos públicos à Cultura. Como você vê a atual situação?

Estamos num momento muito difícil, com um governo que não só não acredita na arte, mas que tem ainda na arte e na cultura um inimigo. Não sei por que, isso é um coisa completamente esquizofrênica. Mas nunca foi fácil. Nos países de primeiro mundo, dinheiro público financia a arte. Arte diminui o índice de violência, ajuda na alfabetização, dá uma estabilidade emocional pras pessoas, traz calma e paz, aprimora o intelecto das crianças - crianças que aprendem música cedo desenvolvem a inteligêngia e têm um aprendizado muito melhor, são crianças que têm um comportamento mais calmo e equilibrado. Arte cura né, música, artes plásticas, artes interativas curam e aguçam a criatividade e os sentidos. Um país, uma nação, uma civilização sem arte é uma civilização que vai em direção ao abismo. Não tem como, não há referência na história da humanidade de uma civilização que negou a arte e teve como destino algo positivo. Acho que isso é um período que eu espero que a gente supere e a arte terá seu devido valor na sociedade brasileira.

Eu compreendo um pouco as pessoas não darem tanta importância à cultura, as pessoas tão muito mais preocupadas em sobreviver em muitos momentos. É difícil olhar pra arte que faz pensar na hora em que você está com fome. E nossa sociedade está passando fome, em São Paulo ou no Recife você anda nas ruas e vê a pobreza explodindo. Não tá fácil. Mas a gente trabalha também com a fé, com a esperança, e na resistência saudável, de bons argumentos, argumentos relevantes, de uma forma que a gente consiga sair dessa com o menor dano possível. Sem arte, não há vida.

 

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Com produção musical de Xiclin, produtor de hits como "Amor Falso", de Aldair Playboy, e "Quem me dera", da cantora Márcia Fellipe, e também do precursor da lambada, Manoel Cordeiro, que assina e toca guitarra, o cantor Rhenan Sanches lançou recentemente seu mais novo projeto, que marca um novo momento de sua carreira. Com 10 anos de estrada e muita experiência na bagagem, o cantor passou pela banda ARK e estourou pelas rádios do Pará com a música “Samara”.

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O novo álbum tem dez faixas e mistura o ritmo que conquistou o Brasil, o batidão romântico, e a lambada. Em entrevista exclusiva para o portal LeiaJá, o cantor fala sobre a construção desse novo momento na sua carreira e os próximos passos para o sucesso.

LeiaJá - Como foi o processo de criação desse novo trabalho?

Foi bem especial, porque eu não conhecia o Xiclin (produtor musical) pessoalmente. Me indicaram para fazer um trabalho com ele, entrei em contato via Instagram. Tive a felicidade dele responder e me tratar superbem. O processo todo foi bem bacana, colocando as minhas ideias sobre o que eu queria no novo trabalho e ele a experiência dele.

LeiaJá - Como foi o processo de escolha das músicas?

Fui mandando para ele (Xiclin) as composições que eu recebia e ele avaliava. Existia todo um planejamento. Então o que ele aprovava entrou e o que não aprovava eu tinha que correr em busca de outras músicas. Como foi um trabalho com visão para o Nordeste, ele queria que a gente falasse a linguagem da região.

LeiaJá - Nesse trabalho tem batidão romântico e a lambada, ritmos predominantes nas regiões Norte e Nordeste. Por que trazer esses ritmos para esse novo momento da sua carreira?

Eu acredito que o Norte e o Nordeste estão superligados. A gente sempre diz aqui em Belém que Recife é a irmã de Belém, separadas na maternidade. Porque lá a galera gosta muito de brega também e aqui no Pará a gente faz muito brega. Eu sinto esse contato de música, sou de família cearense, escuto forró desde que eu nasci, tem a ver com a minha identidade e com o caminho que quero percorrer a partir de agora.

LeiaJá - Após 10 anos de carreira na Banda ARK, por que decidiu em 2019 seguir carreira solo?

Na verdade eu já tinha saído de carreira solo em 2017 e ano passado a gente voltou com o projeto ARK 10 anos de sucesso, e fizemos esse ano para comemoração. Eu continuo fazendo shows por conta do projeto, que ainda não finalizou. Mas eu lanço esse novo projeto para o Brasil todo em carreira solo.

LeiaJá - O que você pretende alcançar com esse novo trabalho?

Meu objetivo é ser um artista do Norte e do Nordeste, quero muito poder rodar os Estados. Fazer trabalhos lá e ter uma agenda constante entre as duas regiões.

LeiaJá - Para você, o que é fundamental para se manter no mercado?

Para mim é a criação. Você tem sempre que estar criando para se manter no mercado, o público vai te olhar com interesse. Acredito que isso é muito importante.

LeiaJá - Qual dica você daria para uma pessoa que quer começar uma carreira na música?

Eu digo que é não desistir. Estude bastante, pois nada na vida é fácil para quem quer conquistar seus sonhos.

Por Thiago Maia.

  Conhecida por acompanhar como percussionista a cirandeira Lia de Itamaracá há 15 anos, a artista Ganga Barreto se apresenta em show solo nesta sexta-feira (10). O evento será realizado no Espaço Naylê Comedoria, em Olinda, às 22h.

Intitulado o ‘Ano que nasci’ o show reúne interpretações de canções que fizeram sucesso no ano de 1977, mesmo ano em que Ganga nasceu, como ‘Vai Levando’, de Caetano Veloso, e 'Atrás da Porta’, de Elis Regina. Ela também apresentará músicas de Maria Bethânia, Simone, Belchior, entre outros nomes da MPB.

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Serviço

Show O ano que nasci

Sexta (10) | 22h

Naylê Comedoria (Rua do Amparo, 71- Olinda)

R$ 15

A cantora Ganga Barreto sobe ao palco do Naylê Comedoria, nesta sexta (10), para estrear seu novo show. O ano que nasci reúne canções de grandes nomes da música brasileira, que Ganga interpreta ao lado do pianista Serginho Lima. A apresentação começa às 22h.

Ganga Barreto nasceu em Olinda, no ano de 1977. Em seu novo show solo, a cantora resolveu relembrar o ano de seu nascimento cantando algumas canções daquela época. No repertório, estão nomes como Elis Regina, Belchior, Simone, Maria Bethânia e Caetano Veloso, entre outros. O pianista Serginho Lima acompanha a cantora para a noite de música brasileira.

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A olindense já atuou como cantora, compositora e percussionista ao lado de célebres nomes da cultura pernambucana e brasileira, como Chico César, Naná Vasconcelos, Erasto Vasconcelos, Lia de Itamaracá, Isaar e Rogerman, entre outros. Ela também já rodou o mundo, tocando em diversos festivais, e gravou com a banda belga Think of One.

Serviço

Ganga Barreto - O ano que nasci

Sexta (10) - 22h

Naylê Comedoria (Rua do Amparo, 22 - Olinda)

R$ 15

"Talk is Cheap", o primeiro álbum solo de Keith Richards, lançado em 1988, foi reeditado e será lançado na sexta-feira. Este disco, melhor recebido do que os esforços solo de Mick Jagger, finalmente permitiu o retorno dos Rolling Stones.

Os anos 1980 foram os mais dolorosos para os fãs dos Stones, apesar de um começo satisfatório com "Emotional Rescue" (1980) e "Tattoo You" (1981). Os álbuns seguintes, "Undercover" (1983) e especialmente "Dirty Work" (1986), foram amargos fracassos, num cenário de fortes tensões entre Jagger e Richards, comparadas por alguns à "3ª Guerra Mundial".

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"Desde o início eram como cão e gato. Como pode acontecer entre irmãos. Mas o problema remonta a 1979, quando Keith deixou a heroína. Ele queria colocar as mãos nos negócios do grupo, pensando aliviar Mick, que tinha tido muito trabalho para fazer os Stones durarem e que, portanto, recebeu mal esta nova situação", conta David Tillier, presidente do fã clube francês "Sympathy for the Devils".

"Acima de tudo, Mick tinha outras pretensões... Em 1983, quando os Stones renovavam seu contrato com a CBS, ele assinou ao mesmo tempo e em segredo um outro contrato para três álbuns solo. Keith entendeu isso como uma traição", acrescenta.

"Naquela época, os dois eram muito diferentes. Mick frequentava a alta sociedade, Keith era leal a seus velhos amigos. E eles não se aguentavam mais, ao ponto de Jagger não querer mais ouvir sobre os Stones. Ele queria se tornar a maior estrela de rock do mundo", afirma o jornalista Sacha Reins.

Mas seus dois álbuns solo, "She's the Boss" (1985) e "Primitive Cool" (1987), não permitiram que alcançasse tal status.

"Não foram bem recebidos, uma vez que lhe faltava uma coisa: o som dos Stones. Que sai da guitarra de Keith", analisa Reins.

E para completar: Jagger queria fazer as pessoas dançarem. "Ele acreditava no disco, sonhava com o sucesso a la David Bowie, Elton John, Rod Stewart... Mas os fãs dos Stones não se veem nesse universo", completa Tillier.

- "Disco-boy" -

Enquanto isso, Keith Richards estava impaciente.

"Os Stones não faziam shows desde 1982. Ele esperava uma nova turnê para 1987. mas o problema era que Mick preferia estar sozinho", lembra o jornalista de rock Christian Eudeline.

"Keith estava furioso. Ele atacava Mick sempre que podia, tratando-o de 'disco-boy' e dizendo que ele deveria cantar para o Aerosmith, um insulto supremo quando sabemos que este grupo foi considerado uma cópia dos Stones", acrescenta.

No auge do conflito, um pouco resignado, Richards decidiu fazer seu próprio álbum, mas ao contrário de Jagger, não tinha a ambição de construir uma carreira solo, só queria matar o tédio.

Ele, então, convidou vários amigos como Bootsy Collins, Maceo Parker, o ex-Stone Mick Taylor, mas não os integrantes oficiais da banda, Charlie Watts, Bill Wyman e Ron Wood.

"Talk is Cheap" foi lançado em 3 de outubro de 1988. Se não tem os ingredientes de um bom álbum dos Stones, carrega o DNA blues-rock com toques de soul, e algumas músicas se destacam como "Take it Hard" ou "Make no Mistake".

Outra, "You Don't Move Me", é dirigida a Mick: "Você fez a escolha errada/Você bebeu a poção errada/Você perdeu o norte/Você não é mais tão atraente/Por que Você acha que não tem mais amigos?/Você os deixou loucos/Você não me emociona mais".

"O álbum registrou vendas moderadas, apesar das críticas relativamente clementes que fizeram Mick compreender que Keith gozava de uma popularidade que ele já não tinha. Apesar das falhas, a brutalidade primitiva que caracteriza Richards agradava mais do que a sofisticação de Jagger", diz Sacha Reins.

"No final, foi Mick quem retomou o diálogo em 1989", continua David Tillier. "Keith nunca teria dado este passo, para ele os Stones tinham acabado".

Eles não demoraram para religar a máquina, com o álbum "Steel Wheels" gravado em três meses e uma turnê de 115 shows.

O suspense envolvendo o EP "Solo" de Anitta acabou. Nesta sexta-feira (9), a cantora lançou em todas as plataformas digitais o novo trabalho, contendo três canções em inglês, português e espanhol. Os hits "Veneno", "Não Perco Meu Tempo" e "Goals" foram tranformados em clipes sensuais.

No vídeo de "Não perco meu tempo", Anitta surge em dose tripla beijando homens e mulheres, totalizando aproximadamente 20 pessoas. Considerado pela própria Anitta como ousado, o clipe do 'beijaço' foi todo gravado com a ajuda de um robô. 

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Assista: 

Na próxima sexta-feira (9), Anitta mostrará o resultado do seu mais novo trabalho em todas as plataformas digitais. Intitulado de 'Solo', o EP terá três músicas, sendo elas em espanhol, português e inglês, essa última produzida pelo cantor Pharrell Williams. 

Enquanto Anitta divulga apenas a canção "Veneno", sucessora de "Medicina", os títulos dos outros dois hits seguem em sigilo absoluto. Em maio, a cantora esteve com Pharrell, dono do clássico "Happy", em um estúdio durante sua passagem por Las Vegas. 

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"Eu só quero chorar", disse Anitta, ao compartilhar no Instagram uma foto com Pharrell Williams e a rapper Bia há seis meses.

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