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Pela primeira vez desde julho de 2020, as taxas de ocupação de leitos de UTI para covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) aparecem fora da zona de alerta, com registros inferiores a 60%. É o que mostra o boletim Observatório Covid-19 emitido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na tarde desta sexta-feira, 25. Ou seja, é a primeira vez que o mapa do Brasil aparece totalmente na cor verde, o que significa alerta baixo, desde que o monitoramento começou a ser feito pela entidade.

Os dados são referentes às semanas epidemiológicas 10 e 11 de 2022, que abrangem o período entre 6 e 19 de março. No entanto, embora atribuam os resultados ao avanço da vacinação com 82% da população brasileira com a primeira dose, 74% com a vacinação completa e 34% vacinada com a dose de reforço, os pesquisadores alertam que o momento ainda exige atenção nas ações de vigilância em saúde e cuidados.

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"É importante destacar que esta queda se encontra acompanhada de taxas ainda significativas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e incidência de mortalidade por covid-19", disseram, em nota.

As análises que envolvem dados sobre internações e óbitos destacam grupos extremos da pirâmide etária. Enquanto há idosos que têm a idade como um fator de risco, o que reforça a necessidade de busca ativa daqueles que ainda não tomaram a terceira e agora a quarta dose, existem muitas crianças de 5 a 11 anos que ainda não foram imunizadas.

"É importante a vacinação contra a covid-19 para crianças, assim como as demais vacinas do calendário infantil. A população em geral, também deve realizar o esquema completo de vacinação", afirmam os pesquisadores.

Diante disso, os cientistas reforçam que sob circunstâncias de intensa circulação de pessoas nas ruas, concomitante ao abandono do uso de máscaras, podem ser criadas situações que favoreçam uma maior circulação do vírus.

"Consideramos prudente a manutenção do uso de máscaras para determinados ambientes fechados, com grandes concentrações de pessoas (a exemplo dos transportes coletivos) ou abertos em que haja aglomerações", recomendam os pesquisadores.

É indicado, principalmente, que as pessoas mais vulneráveis, imunossuprimidas, idosos acima de 60 anos (principalmente com doenças crônicas) e gestantes continuem usando o equipamento de proteção facial.

Internações por covid-19

Conforme o boletim divulgado, o perfil demográfico dos pacientes internados atualmente em UTI em tratamento de covid-19 mostram que situações mais críticas envolvem homens (51%), pessoas idosas (62%), e pretos e pardos (49%).

Os sintomas que mais prevaleceram no período foram dispneia (71%), baixa saturação de oxigênio (abaixo de 95%) e desconforto respiratório (60%). Quanto às comorbidades, 70% dos pacientes possuem alguma condição crônica, sendo que as principais cardiopatia (43%), diabetes (39%) e obesidade (9%).

Casos e óbitos por covid-19

Os dados confirmam a manutenção da tendência de queda de indicadores de incidência e mortalidade por covid-19, porém em menor velocidade.

Segundo o boletim, essa redução pode apontar para um período de estabilidade da transmissão nas próximas semanas, com taxas ainda altas de incidência e mortalidade. Foi registrada uma média de 42 mil casos diários, representando um decréscimo de 32% em relação às duas semanas anteriores (20 de fevereiro a 5 de março).

"Também foi observada a redução do número de óbitos por covid-19 no período, com uma média diária de 570 óbitos, cerca de 35% abaixo dos valores das duas semanas anteriores. No entanto, é importante destacar que, na semana de 6 a 12 de março, houve um pequeno aumento no número de casos, o que pode ser resultado de festas e viagens no período de carnaval, da flexibilização do uso de máscaras e da realização de eventos de massa que têm ocorrido em algumas cidades", destacou a nota. Na semana seguinte, esses valores tornaram a cair.

A maior parte dos Estados brasileiros apresentou estabilidade dos indicadores de transmissão, com exceção de Rondônia e Acre, que tiveram redução significativa do número de casos e de óbitos, e do Amapá, Maranhão, Piauí, Paraíba, Bahia e Mato Grosso do Sul, que apresentaram uma diminuição no número de óbitos, mas manutenção do número de casos.

Além disso, as maiores taxas de incidência da covid-19 no período foram observadas em Rondônia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Goiás. Já as maiores taxas de mortalidade foram registradas no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Síndrome Respiratória Aguda Grave

Nas Semanas Epidemiológicas 10 e 11, as SRAG seguiram em declínio no País. Entretanto, observa-se que a redução foi menos intensa quando comparada às semanas anteriores. Atualmente, a taxa de incidência de SRAG é de 2,3 casos por 100 mil habitantes.

Mudança de pandemia para endemia

Os pesquisadores alertam que a mudança na classificação deve envolver um conjunto de indicadores, sendo um deles o de letalidade. Neste sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) é destacada como a principal referência para esta definição.

"Quando a ocorrência de formas graves que requerem internação for suficientemente pequena para gerar poucos óbitos, e não criar pressão sobre o sistema de saúde, será possível saber que se trata de uma doença para a qual se poderá assumir ações de médio e longo prazo sem precisar contar com estratégias de resposta imediata", avaliam os pesquisadores.

A taxa de ocupação de leitos de UTI Pediátrico para tratamento de Covid-19 cresceu 433% na primeira quinzena de fevereiro. Os dados foram levantados pela Secretaria Estadual da Saúde de Santa Catarina. No dia 1º de fevereiro, apenas três leitos de UTI pediátrico estavam com crianças em tratamento para Covid-19, o que representava uma taxa de ocupação de 16%. Já no dia 15 de fevereiro, esse número passou para 16 leitos, o que equivale a uma taxa de 73%.

A SES/SC identificou ainda um aumento de 1094% nas internações por Covid-19 de menores de 15 anos de idade, passando de 16 registros no período de 28 de novembro de 2021 até 1º de janeiro de 2022 para 191 registros no período de 02 de janeiro a 05 de fevereiro de 2022. O dado inclui casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 hospitalizados em leitos de enfermaria e de terapia intensiva.

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Nas crianças de 0 a 4 anos, o número de internações passou de 13 nas seis últimas semanas de 2021 para 139 nas seis primeiras semanas de 2022. Já para as crianças de 5 a 11 anos, o número de internações passou de 2 nas seis últimas semanas de 2021 para 42 nas seis primeiras semanas de 2022. E finalmente para jovens de 12 a 15 anos, apenas 1 internação foi observada nas seis últimas semanas de 2021, enquanto 10 internações já foram notificadas nas seis primeiras semanas de 2022.

Vacinação

O aumento nas internações de crianças para tratamento de Covid-19 reforça a necessidade de ampliar a vacinação na faixa etária de 5 a 11 anos, segundo o secretário da Saúde André Motta Ribeiro. “Proteger as crianças é uma das nossas prioridades nesse momento. Por isso estamos trabalhando para incentivar pais e responsáveis a levarem seus filhos para os postos de vacinação para receberem a primeira dose da vacina contra Covid-19. Essa ação é fundamental para que o maior número possível de crianças seja protegida, garantindo, assim, que não tenhamos mais esse aumento na ocupação de leitos pediátricos e nossas crianças possam frequentar as escolas com segurança”, destacou o secretário.

Atualmente, em Santa Catarina, 129.005 crianças de 5 a 11 anos já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, o que equivale a 20% da cobertura vacinal para essa faixa. Para o Superintendente de Vigilância em Saúde Eduardo Macário, esse aumento na taxa de internações pediátricas vem se tornando mais evidente nos últimos meses, considerando que estamos sob intensa transmissão comunitária da variante Ômicron, que vem alcançando índices alarmantes em todas as regiões do Estado. E as crianças acabam sendo mais afetadas por terem sido o último grupo contemplado com a vacinação, estando mais exposto por ainda apresentarem baixa cobertura vacinal.

Infectologista pediátrico do Hospital Infantil Joana de Gusmão, Rodrigo Marzola, também observa um aumento exponencial no número de crianças nas UTIs pediátricas. “No início de fevereiro, havia três crianças internadas em leitos de UTI Covid. Hoje, já são 15 pacientes”, apontou. O dado corrobora com os relatos de casos de complicações da doença em crianças, especialmente a SIM-P (síndrome inflamatória multissistêmica em pediatria) após 2 a 6 semanas do pico da doença. Isto seria evitado com a vacinação maciça da população pediátrica contra o SARSCov2.

Os dados acerca da vacinação em SC podem ser visualizados no site http://www.coronavirus.sc.gov.br

Fonte: SES/SC

Em Nota Técnica divulgada nesta quinta-feira (10), o Observatório Covid-19 Fiocruz analisou as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS relativas a 7 de fevereiro, em comparação aos dados divulgados na última semana. A análise aponta que 9 unidades federativas estão na zona de alerta crítico, com indicadores iguais ou superiores a 80%.

Outros 11 estados estão na zona de alerta intermediário e 7 fora da zona de alerta. Entre as capitais, 15 estão na zona de alerta crítico, 5 na zona de alerta intermediário, 5 fora da zona de alerta e 2 não têm disponibilizado suas taxas.

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Para os pesquisadores do Observatório Covid-19 a persistência de taxas de ocupação de leitos de UTI em níveis críticos nos estados e capitais do Nordeste e Centro-Oeste e no Espírito Santo chama a atenção.

Especula-se associação do quadro à movimentação induzida pelo turismo durante o verão, no Nordeste. Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo parecem seguir na tendência de queda do indicador.

O documento ratifica a preocupação com o espalhamento da variante Ômicron no país em áreas com baixa cobertura vacinal e recursos assistenciais precários, o que pode propiciar elevação do número de óbitos por Covid-19.

“Como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante Ômicron pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves”.

Os pesquisadores alertam para a necessidade de avançar com a vacinação, principalmente entre crianças de 5 a 11 anos, exigir o passaporte vacinal como política de estímulo à vacinação e endurecer a obrigatoriedade de máscaras em locais públicos, como forma de controle da Covid-19.

O mapa da Covid no Brasil

Nove unidades federativas estão na zona de alerta crítico: Tocantins (81%), Piauí (87%), Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (87%), Mato Grosso do Sul (92%), Mato Grosso (81%), Goiás (80%) e Distrito Federal (99%).

Onze estados estão na zona de alerta intermediário: Rondônia (69%), Acre (67%), Pará (79%), Amapá (63%), Ceará (73%), Alagoas (69%), Sergipe (75%), Bahia (73%), São Paulo (71%), Paraná (73%) e Santa Catarina (74%).

Sete estados estão fora da zona de alerta: Amazonas (58%), Roraima (56%), Maranhão (51%), Paraíba (52%), Minas Gerais (42%), Rio de Janeiro (59%) e Rio Grande do Sul (57%).

Capitais

Entre as capitais, 15 estão na zona de alerta crítico: Porto Velho (91%), Rio Branco (80%), Palmas (81%), Teresina (taxa não divulgada, mas estimada superior a 83%), Fortaleza (85%), Natal (percentual estimado de 81%), João Pessoa (81%), Maceió (82%), Belo Horizonte (82%), Vitória (89%), Rio de Janeiro (86%), Campo Grande (99%, Cuiabá (81%), Goiânia (91%) e Brasília (99%).

Cinco estão na zona de alerta intermediário: Macapá (74%), Recife (77%, considerando somente leitos públicos municipais), Salvador (72%), São Paulo (72%) e Curitiba (76%).

Outras cinco estão fora da zona de alerta: Manaus (58%), Boa Vista (56%), São Luís (55%), Florianópolis (68%) e Porto Alegre (56%). Belém e Aracaju não têm disponibilizado as suas taxas.

Com informações da Agência FioCruz de Notícias

Um estudo realizado com 99% da população da Escócia, país do Reino Unido, avaliou a efetividade das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca – produzida no Brasil pela Fiocruz – em relação às hospitalizações por Covid-19. A análise indicou que, para ambas as vacinas, a aplicação de uma única dose resultou na redução substancial do risco de hospitalização. Para o imunizante britânico-sueco, a redução foi de 94%, já para o americano, 85%. O levantamento é de fevereiro de 2021.

A pesquisa utilizou como metodologia o corte prospectivo, com diversas informações de vigilância e banco de dados. Estão envolvidos na avaliação cientistas de instituições britânicas, como a Universidade de Oxford, de Edimburgo, do sistema de saúde pública da Escócia, dentre outros colaboradores. O estudo foi divulgado em preprint no site da revista The Lancet.

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“Conduzimos um estudo de coorte prospectivo usando o banco de dados de Avaliação da Pandemia Precoce e Vigilância Aprimorada de COVID-19 (EAVE II) compreendendo vacinação vinculada, atenção primária, teste de Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (RT-PCR), registros de hospitalização e mortalidade por 5.4 milhões de pessoas na Escócia (cobrindo aprox. 99% da população). Um modelo de Cox dependente do tempo e modelos de regressão de Poisson foram ajustados para estimar a eficácia contra a hospitalização relacionada a COVID-19 após a primeira dose da vacina”, escreveram os autores.

O estudo associa a primeira dose da vacina da Pfizer com um efeito de redução de 85% do número de hospitalizações em um período de 28 a 34 dias após a vacinação. No mesmo intervalo de tempo, o efeito da vacina da AstraZeneca se relaciona à redução de 94% das hospitalizações. No período do estudo, cerca de 20% da população da Escócia tinha recebido a primeira dose das vacinas. Após esta primeira aplicação, dos 8 mil casos de pessoas hospitalizadas, apenas 58 pessoas eram do grupo vacinado.

Para Marco Aurélio Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, um dos motivos da relevância deste estudo é ser um dos primeiros a demonstrar a efetividade da vacina no mundo real. A vacina da AstraZeneca, por exemplo, já tinha demonstrado alta efetividade nos estudos clínicos de Fase 3, com 76% de proteção contra a infecção sintomática na primeira dose, taxa mantida ao menos durante 3 meses, aumentando a 82% de proteção após a aplicação da segunda dose.

Neste sentido, o estudo realizado na Escócia se soma aos estudos clínicos de Fase 3 ao ser o primeiro no mundo real a reforçar uma maior confiança na imunização com apenas uma dose, a qual permite que se vacinem mais pessoas no primeiro momento.  

O estudo também demonstra a efetividade da primeira dose em pacientes maiores de 80 anos de idade, grupo etário mais vulnerável à Covid-19. Para este grupo, o impacto na redução das hospitalizações é de 81%.

“O importante é que essas efetividades estão associadas com essa importante redução da hospitalização, mas também a uma queda significativa do número de casos de Covid-19 nos países que estão aplicando as vacinas", explicou Krieger. O pesquisador salienta que a vacinação não foi a única estratégia adotada por estes países; ela foi utilizada de forma conjunta com estratégias de controle da dinâmica social.

As taxas de ocupação de leitos de UTI para atendimento de pacientes com covid-19 estão acima de 90% em 14 Estados e no Distrito Federal. Outras sete unidades da federação possuem atualmente uma taxa acima de 80%, o que é considerado um patamar crítico. Só em cinco Estados, a ocupação está em um nível considerado como intermediário ou abaixo disso, o que indica que a intensidade da pandemia se mantém em muitas regiões do País, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 23, pelo Observatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os 14 Estados em nível crítico são: Rondônia (94%), Acre (94%), Tocantins (93%), Piauí (94%), Ceará (98%), Rio Grande do Norte (93%), Pernambuco (97%), Sergipe (97%), Espírito Santo (91%), Paraná (94%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (96%), Goiás (90%) e Distrito Federal (98%).

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Outros sete apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos entre 80% e 89%. São eles: Pará (80%), Alagoas (83%), Bahia (82%), Minas Gerais (89%), Rio de Janeiro (86%), São Paulo (83%) e Rio Grande do Sul (83%). Já quatro Estados apresentam taxas entre 63% e 78% - Amazonas (73%), Amapá (68%), Maranhão (78%) e Paraíba (63%). Em Roraima, a taxa é de 38%.

"De uma forma geral, podemos dizer que houve uma melhora", afirmou a pesquisadora Margareth Portela, que também integra o observatório. "Mas ainda estamos em um patamar muito alto, com o mapa do Brasil ainda predominantemente vermelho (o que indica uma taxa de ocupação acima dos 80%)."

Indicadores ficam estáveis em quase todos os Estados

Nas Semanas Epidemiológicas 14 e 15 (4 a 17 de abril), a quase totalidade dos Estados apresentou estabilidade dos indicadores. A exceção foi Roraima, onde foi verificada nova alta tanto no número de casos quanto de óbitos. No Amapá houve uma pequena redução no número de casos.

Rio de Janeiro (8,3%), Paraná (6,2%), Distrito Federal (5,3%), Goiás (5,2%) e São Paulo (5,1%) apresentaram as maiores taxas de letalidade. De acordo com os pesquisadores, os valores elevados de letalidade revelam graves falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde nesses Estados. Isso inclui falta de testes de diagnóstico, identificação de grupos vulneráveis e encaminhamento de doentes graves.

Pernambuco registrou, neste sábado (17), 1.966 novos casos da Covid-19, chegando a 380.818 infectados no Estado. Também foram confirmados 77 óbitos, ocorridos entre julho de 2020 e essa sexta (16). Com isso, já são 13.179 vidas perdidas para a doença causada pelo coronavírus.

Entre os confirmados nas últimas 24h, 255 (13%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.711 (87%) são leves.

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Ocupação de leitos

Pernambuco segue com hospitais lotados com pacientes de Covid-19. No boletim divulgado na sexta (16), os números apontam 96% das UTIs públicas ocupadas com pacientes acometidos da SRAG e ainda 83% dos leitos de enfermaria ocupados.

Nas unidades de saúde privadas, a ocupação está em 88% nas UTIs e 64% nas enfermarias.

O governo de Pernambuco registrou, neste domingo (11), 787 casos da Covid19. Entre os confirmados neste boletim, 86 (11%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 701 (89%) são leves. Também foram confirmados laboratorialmente 59 novos óbitos, ocorridos entre os dias 4 de junho de 2020 e esse sábado (10). Com isso, o Estado totaliza 12.803 mortes pela doença.

Ocupação das UTIs e Enfermarias

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O boletim divulgado neste domingo também traz o número de pacientes que estão sendo atendidos em hospitais públicos e privados.

Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) - onde estão as pessoas com casos graves de Covid-19 – estão 1.547 pacientes na rede pública, ocupando 97% dos leitos disponíveis.

Não muda muito o quadro quando se procuram UTIs em unidades privadas. São 446 pessoas lutando pela vida, em terapia intensiva, com apenas 13% dos leitos disponíveis.

Nas enfermarias, estão sendo atendidos 1.225 pacientes, sendo 1.018 nas vagas públicas e 207 nos leitos privados.

Quase 370 mil casos

Agora, Pernambuco totaliza 369.487 casos confirmados da doença, sendo 37.638 graves e 331.849 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.

Novas mortes confirmadas

As mortes confirmadas neste domingo, dia 11, são de pessoas residentes dos municípios de Recife (10), Jaboatão dos Guararapes (6), Abreu e Lima (2), Bonito (2), Camaragibe (2), Goiana (2), Igarassu (2), Ipojuca (2), Itapemirim (2), Nazaré da Mata (2), Paudalho (2), Paulista (2), Santa Cruz do Capibaribe (2), Serra Talhada (2), Barreiros (1), Bezerros (1), Buíque (1), Canhotinho (1), Custódia (1), Flores (1), Ipubi (1), Itambé (1), Itapissuma (1), Lagoa do Carro (1), Lajedo (1), Petrolândia (1), Ribeirão (1), Salgueiro (1), São Bento do Una (1), São Lourenço da Mata (1), Surubim (1), Timbaúba (1), Vitória de Santo Antão (1).

Os pacientes tinham idades entre 23 e 94 anos. As faixas etárias são: 20 a 29 (1), 30 a 39 (3), 40 a 49 (3), 50 a 59 (7), 60 a 69 (18), 70 a 79 (17), 80 ou mais (10).

Do total, 41 tinham doenças pré-existentes: diabetes (19), doença cardiovascular (17), hipertensão (17), tabagismo/histórico de tabagismo (6), doença renal (4), doença respiratória (4) câncer (3), obesidade (3), Alzheimer (1), doença hematológica (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade.

Salvador anunciou nesta sexta (26), em coletiva de imprensa, a adoção de medidas mais restritivas de isolamento social a partir das 5h da próxima segunda-feira (29), até 5h do dia 5 de abril. Após esse período, haverá retomada escalonada de atividades não essenciais que estão suspensas até então para conter o avanço da Covid-19.

Para o prefeito Bruno Reis, há melhoras no cenário de infecção de Covid-19 na cidade que permitem o afrouxamento das medidas de isolamento.

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“Estamos percebendo queda dos números da Covid-19 no dia a dia e, com reforço dessas medidas, vamos assegurar a abertura das atividades comerciais no dia 5 de abril. Validamos essa decisão ontem (25) após conversa com o governador e prefeitos da Região Metropolitana. Para tanto, são necessárias ainda ações de isolamento social um pouco mais restritivas, com o objetivo de garantir que os números continuem caindo”, afirmou em coletiva de imprensa virtual.

O prefeito descartou a possibilidade de neste primeiro momento haver antecipação de feriados - estratégia que vem sendo adotada em algumas cidades do Brasil para estimular menos movimento da população nas ruas. “Adiantar datas comemorativas, poderia comprometer ainda mais a economia e o trade turístico de forma precoce, uma vez que a imunização contra a Covid-19 segue em avanço”, disse.

A capital baiana passou tem passado momentos críticos no seu sistema de saúde, com 81 pessoas na fila de espera por um leito e medidas improvisadas para tentar oferecer assistência médica a pacientes com covid-19, como à utilização de ambulâncias como UTI. Contudo, Bruno Rios afirma que a atual taxa de ocupação de 86% das UTIs e os 21 pacientes na fila é um indicativo de melhora da situação. 

“Nenhuma cidade no Brasil sinalizou para abertura, diferente de Salvador. Esse é um grande feito diante do cenário que estamos enfrentando. Na primeira onda da pandemia foram quatro meses sem perspectiva de abertura, e olhe que naquele período a gravidade da doença era muito menor que agora. Agora, depois de um mês de restrições, vamos reabrir as atividades de forma segura, com todos os protocolos adotados no passado”, comemorou.

Reabertura de Comércios

Segundo Bruno Reis, será informado até a próxima semana como acontecerá a retomada das atividades e serviços que estavam suspensos. Ele informou que há desejo de que todos os segmentos possam voltar a abrir as portas, com horários e dias escalonados, mas que isso vai depender dos números epidemiológicos. Os shopping centers e comércio de rua estão entre os empreendimentos com reabertura já confirmada no dia 5 de abril. 

“Será implementada uma estratégia de ordenamento de horário de abertura e fechamento de cada atividade, visando não sobrecarregar o transporte público. Para isso, a Prefeitura desenvolveu um sistema que permite calcular essa demanda para que ela não ultrapasse a oferta, a fim de evitar superlotações nos ônibus, por exemplo”, afirmou a prefeitura.

O que pode funcionar

Segundo a prefeitura de salvador, até o dia 5 de abril, enquanto as medidas restritivas mais duras estiverem em vigor as medidas de funcionamento são:

Estão aptos a funcionar supermercados - os situados em shopping centers, podem desde que possuam entrada independente, panificadoras, delicatessens e açougues; farmácias e drogarias (que só poderão comercializar medicamentos e produtos voltados à saúde); agências bancárias e lotéricas; serviços públicos considerados essenciais; estabelecimentos que estejam funcionando em regime de delivery (até meia noite) ou retirada no local até o início do toque de recolher, às 18h, mas com as portas fechadas ao público.

Os supermercados, hipermercados e atacadões, não poderão comercializar eletrodomésticos, produtos eletrônicos, equipamentos de informática, ferramentas, artigos de vestuário e acessórios, calçados, artigos de cama, mesa e banho, itens de decoração e equivalentes. Os produtos devem ser retirados das prateleiras e mostruários.

Os serviços de saúde continuarão funcionando, com exceção de atendimentos eletivos em clínicas odontológicas e dermatológicas; serviços de imagem radiológica; atendimentos de tratamentos contínuos a exemplo de oncologia, hemoterapia e hemodiálise; laboratórios de análises clínicas, incluindo aqueles situados em shopping centers, desde que possuam entrada independente; estabelecimentos que forneçam insumos hospitalares; clínicas veterinárias e pets shops, à exceção do serviço de banho e tosa, que só poderão ser realizados por meio de serviço de delivery.

Além disso, as restrições não interferem nas operações de postos de combustíveis; borracharias; centrais de telecomunicações (call centers) que operem em regime de 24h; correios e empresas de entrega de encomendas e mercadorias; cemitérios e serviços funerários; cartórios de registro das pessoas naturais; atividades industriais, com exceção da indústria de construção civil.

Também está autorizado o funcionamento de escolas, exclusivamente para utilização das instalações com a finalidade de gravação e transmissão de aulas virtuais, observado o protocolo geral para funcionamento das atividades; serviços de consertos e reparos emergenciais em imóveis; hotéis, pousadas e demais estabelecimentos de alojamento, desde que os serviços ofertados, como alimentação, estejam disponíveis exclusivamente para os hóspedes.

Um levantamento do governo de São Paulo aponta que 53 dos 105 municípios com leitos de UTI para pacientes com covid-19 estão com 100% de ocupação nesta quinta-feira, 11. A lista inclui cidades da região metropolitana da capital paulista, como Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Mairiporã, Carapicuíba e Poá, e também do interior, como Bauru, Ibitinga, Paulínia e Batatais.

O Estado enfrenta um agravamento da pandemia, com aumento de casos e recorde de óbitos e internações. Para leitos públicos, a última atualização divulgada pelo governo apontava 1.065 pessoas na fila de espera por uma vaga de internação, das quais cerca de 35% precisam de UTI. A maior parte dos 645 municípios paulistas não têm leitos de terapia intensiva e dependem de hospitais de referência regionais.

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Um levantamento do governo de São Paulo aponta que 53 dos 105 municípios com leitos de UTI para pacientes com covid-19 estão com 100% de ocupação nesta quinta-feira, 11. A lista inclui cidades da região metropolitana da capital paulista, como Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Mairiporã, Carapicuíba e Poá, e também do interior, como Bauru, Ibitinga, Paulínia e Batatais.

O Estado enfrenta um agravamento da pandemia, com aumento de casos e recorde de óbitos e internações. Para leitos públicos, a última atualização divulgada pelo governo apontava 1.065 pessoas na fila de espera por uma vaga de internação, das quais cerca de 35% precisam de UTI. A maior parte dos 645 municípios paulistas não têm leitos de terapia intensiva e dependem de hospitais de referência regionais.

O aumento de hospitalizações de pacientes jovens tem preocupado o governo. "Hoje, em muitas UTIs, 50% da ocupação já é composta por pessoas com idade menor que 50 anos, ou seja, mais jovens estão sendo comprometidos. Quando digo isso, são jovens de 26, 29, 30 anos que ali estão em estado muitas vezes grave", destacou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, durante coletiva de imprensa.

O Estado tem 9.184 internados em UTI e outros 11.692 em leitos de enfermaria. Gorinchteyn reiterou que a pandemia tem um comportamento diferente do primeiro semestre de 2020, quando era predominante a internação de idosos e pessoas com doenças que "agravavam a condição clínica".

Ele voltou a dizer que a ampliação de vagas de internação não é suficiente neste momento. "Nós não podemos só ampliar leitos. Nós estamos fazendo, vamos fazer mais. Nós vamos dar assistência ao máximo que pudermos, mas todos fazem parte dessa história, todos são responsáveis para nós diminuirmos o número de mortes."

Na segunda-feira, 8, o governo havia anunciado 280 novos leitos, metade de UTI, enquanto, na semana anterior, foi divulgada a criação de 500 novas vagas, das quais 339 em terapia intensiva. Segundo o governo, o Estado tinha 3,5 mil leitos de UTI públicos antes da pandemia, número ampliado ao longo dos meses e que chegará a 9,2 mil até abril.

Nesta quinta-feira, o governo anunciou a instituição da "fase de emergência" no Estado, com novas restrições de atividades, com fechamento de praias, parques e escritórios, além de restrições para escolas e cultos religiosos."É de fundamental importância nós termos paciência neste momento. É muito difícil, depois de um ano, nós pedirmos paciência. Muitos deixaram de realizar os seus sonhos, tiveram o seu comércio absolutamente destruído, faliram, e nós estamos dizendo ainda 'paciência'. Mas nós temos de garantir o nosso maior patrimônio, que é a nossa vida", lamentou o secretário. "Nunca pedimos com tanto clamor: precisamos estar juntos."

Na coletiva, o governo exibiu um vídeo de UTIs lotadas em municípios paulistas, como Botucatu, Bauru, Itapecerica da Serra, Ferraz de Vasconcelos, Osasco, Piracicaba e Presidente Prudente, além da capital paulista (em distritos como Guaianazes, Vila Alpina e Ipiranga). "Faça sua parte", diz o encerramento da gravação.

Neste mês, ao menos 31 pessoas morreram à espera de um leito no Estado, das quais 11 ocorreram em Taboão da Serra e seis em Ribeirão Pires, ambos municípios da Grande São Paulo. A taxa de ocupação é de 87,6% em UTI no Estado, média que é de 86,7% na região metropolitana da capital. Em enfermaria, a ocupação é de 66,1% no Estado enquanto é de 74,2% na Grande São Paulo.

São Paulo bateu o recorde de internações de toda a pandemia na quarta-feira, com 2.690 novas hospitalizações relacionadas à doença em um único dia. O maior registro anterior era de sexta-feira, 5, com 2.484, que já superava o recorde de 2020, de 2.201 internações, em 15 de julho. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 2.378 novas internações por dia, um aumento de 19% em relação à média da semana anterior.

Na terça-feira, 9, e na quarta-feira, 10, o Estado teve os dois maiores registros de óbitos pela doença em 24 horas, com respectivamente 517 e 469 mortes confirmadas. Em 2020, o pico foi de 455 registros em um dia, no mês de agosto. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 319 registros diários. Isso significa um aumento de 32,3% em menos de duas semanas.

João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência, reforçou o cenário preocupante que São Paulo vive. "Se isso não for cumprido nos próximos 15 dias, nós não vamos conseguir acompanhar a velocidade da pandemia colocando mais leitos. Se não conseguirmos implementar essas medidas e não conseguirmos aumentar o isolamento social, muita gente vai morrer", comentou na coletiva.

"Muita gente com plano de saúde, com o melhor plano de saúde. Não vai ter leito nos hospitais privados. Empreendedores de sucesso morrerão. Com muito dinheiro na conta, mas morrerão. Assim como também morrerão trabalhadores informais, pessoas da classe média, todas. Não vai ter leito para todo mundo. E os médicos vão ter que optar por quem vai ocupar esses leitos", completou.

"Então, é fundamental que a gente receba todas as recomendações que temos agora. Essa é a única maneira que temos de nos proteger: isolamento social. Só sair de casa quem realmente tiver um motivo muito especial para sair. E, se sair, se proteja ao máximo e pelo mínimo de tempo possível. Não teremos milagres, não teremos soluções que possam ser implementadas nem por governo, nem ninguém. Nós não temos vacina para todo mundo, infelizmente."

Veja a lista de municípios que estão com 100% de ocupação em UTI para covid-19:

Arujá

Carapicuíba

Embu das Artes

Ferraz de Vasconcelos

Mairiporã

Poá

Rio Grande da Serra

Taboão da Serra

Andradina

Ilha Solteira

Penápolis

Américo Brasiliense

Ibitinga

Itápolis

Matão

Porto Ferreira

Avaré

Bauru

Cerqueira César

Jaú

Lençóis Paulista

São Manuel

Taquarituba

Amparo

Artur Nogueira

Itupeva

Louveira

Paulínia

Socorro

Sumaré

Valinhos

Morro Agudo

Adamantina

Garça

Osvaldo Cruz

Paraguaçu Paulista

Santa Cruz do Rio Pardo

Tupã

São Pedro

Batatais

Cajuru

Jaboticabal

Itapira

Mococa

São João da Boa Vista

Fernandópolis

Jales

Tabapuã

Capão Bonito

Itapetininga

Itapeva

Porto Feliz

Votorantim

Não há mais leito de UTI disponível em Brasília para tratamento de pacientes com covid-19. As informações são do próprio governo do Distrito Federal.

Os dados atualizados até as 16h10 desta quarta-feira, 10, mostram que, dos 296 leitos para tratamento de adultos contra covid-19 disponíveis pela rede pública do DF, 99,6% estavam ocupados.

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Mensagens enviadas por trabalhadores dos principais hospitais da capital federal dão conta de que há filas de mais de 20 horas para conseguir atendimento.

Na semana passada, o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou a abertura de mais 38 leitos de enfermaria para covid-19 no Hospital Regional da Asa Norte e mais dez no Hospital de Ceilândia.

Apesar disso e da situação na capital do País, Ibaneis afrouxou na sexta-feira, 5, mais uma vez, as medidas de combate à doença que ele havia determinado no fim de fevereiro. Em novo decreto, o governador liberou a reabertura de academias de esporte de todas as modalidades a partir da segunda-feira, 8.

O governo também vai permitir aulas presenciais em todas as creches, escolas, universidades e faculdades da rede privada.

Vinte e cinco das 27 capitais do País apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI para covid-19 iguais ou superiores a 80%. A situação é especialmente grave em 16 capitais, entre elas Brasília e Rio de Janeiro, onde os porcentuais ultrapassam os 90%. As informações fazem parte de mais um boletim extraordinário do Observatório Fiocruz Covid-19, divulgado no fim da tarde desta terça-feira, 9. Os especialistas da instituição alertaram para a gravidade da situação e para a necessidade de adoção de medidas de restrição de circulação mais rigorosas.

"Considerando o quadro atual e a situação extremamente crítica no que se refere às taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19, que apontam para a sobrecarga e mesmo colapso de sistemas de saúde, os pesquisadores reforçam a necessidade de se ampliar e fortalecer as medidas não-farmacológicas, envolvendo distanciamento físico e social, uso de máscaras e higienização das mãos", aponta o texto do boletim. "Nos municípios e estados que já se encontram próximos ou em situação de colapso, a análise destaca a necessidade de adoção de medidas de supressão mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais."

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A situação é de colapso total no sistema de saúde em Campo Grande (106%), Porto Alegre (102%) e Porto Velho (100%). Outras capitais à beira do colapso são: Rio Branco (99%), Macapá (90%), Palmas (95%), São Luis (94%), Teresina (98%), Fortaleza (96%), Natal (96%), Rio de Janeiro (93%), Curitiba (96%), Florianópolis (97%), Cuiabá (96%), Goiânia (98%) e Brasília (97%). Em São Paulo a ocupação é de 82%. Apenas duas capitais têm índices de ocupação das UTIs abaixo de 80%: Belém (75%) e Maceió (73%).

As taxas de ocupação são classificadas em zona de alerta crítico (em vermelho nos mapas), quando são iguais ou superiores a 80%; em zona de alerta intermediário (em amarelo), quando iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%; e fora de zona de alerta (em verde), quando inferiores a 60%.

Os últimos dados foram aferidos no dia de ontem, 8 de março.

Apesar do baixo movimento de banhistas, mais cenas de desrespeito ao decreto que limita o acesso ao litoral de Pernambuco foram registradas nas praias do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. Este sábado (6) foi o primeiro dia de restrição ao acesso das praias e proibição de atividades comerciais não essenciais. A medida vale até 17 de março, pelo menos.

Com as novas normas para controlar a pandemia da Covid-19 no estado, a população está impedida de circular nas praias, exceto esportistas em atividade física individual, como corrida ou natação. Desse modo, permanecer na faixa de areia, calçadão ou até mesmo o banho de mar estão suspensos.

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O uso de máscaras ainda é obrigatório, no entanto, parte dos banhistas das praias Suape, Paraíso e Gaibu não seguiram a determinação. Com a baixa fiscalização da Secretaria de Defesa Social, alguns entraram no mar e até jogaram futebol na areia sem se importar com a gravidade do vírus.

Pernambuco totaliza 306.320 casos e 11.119 mortes em virtude do novo coranavírus. Desde o início de 2021, os índices da pandemia disparam no estado, que atingiu 94% da capacidade de ocupação de leitos de UTI na rede pública.

Por meio de nota, a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho esclareceu “que equipes da Secretaria Municipal de Defesa Social (SMDS), Ronda Ostensiva Municipal (Romu), Guardas Municipais, de Trânsito, Controle Urbano, Guarda Ambiental, Patrulha Maria da Penha, Polícia Militar, Reboque e Serviço de Inteligência da Guarda (Sig) trabalham de forma integrada desde as 20h da sexta-feira para fechar os estabelecimentos não essenciais e coibir o uso de paredões nas ruas do Cabo. Além disso, o novo Centro Integrado de Comando e Controle Móvel (CICCM) funciona 24 horas realizando o videomonitoramento da cidade”.

A gestão municipal também disse que a SMDS “realizou bloqueios na PE-28, após o pedágio da Rota do Atlântico, e na PE-09, antes do pedágio da Rota dos Coqueiros. A ação tem o intuito de proibir a entrada e circulação de veículos de excursão e turismo no litoral, em concordância com o decreto municipal Nº 2000, que aborda sobre medidas temporárias para a prevenção do contágio da Covid-19 no município do Cabo de Santo Agostinho”.

Apesar do agravamento da pandemia de covid-19 no Distrito Federal, com alta nas internações e falta de leitos, o governador Ibaneis Rocha afrouxou mais uma vez as medidas de combate à doença que ele havia determinado no fim de fevereiro. Nesta sexta-feira, 5, Ibaneis editou decreto que libera aulas presenciais em todas as creches, escolas, universidades e faculdades da rede privada e também reabre academias de esporte de todas as modalidades, ambas a partir da segunda-feira, 8. No caso das academias, no entanto, fica proibida a realização de qualquer tipo de aula coletiva.

Os dois setores estavam proibidos de funcionar desde domingo, 28. Os outros serviços não essenciais listados no decreto anterior seguem com as atividades suspensas. Desde o último dia 26 de fevereiro, quando Ibaneis reconheceu a aceleração da doença na capital federal, ele já editou vários decretos diferentes. A cada ato, Ibaneis vai aliviando as restrições, que chegaram a ser impostas por tempo indeterminado e para quase todos os serviços não essenciais. O 'meio lockdown', no entanto, agora tem vigência apenas até dia 15 de março e deixa várias áreas de fora, como igrejas e agora escolas particulares e academias.

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A liberação para funcionamento de novas atividades ocorre no momento que o Distrito Federal acumula 4.918 mortes por covid-19. Segundo dados atualizados pelo próprio Governo do Distrito Federal nesta quinta-feira, 4, às 20h36, nas últimas 24 horas, foram registrados 18 óbitos em decorrência da doença. Brasília acumula 302.185 casos confirmados da doença. As medidas restritivas mais duras foram adotadas no fim da semana passada, após a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) atingir 98%. Hoje, a taxa atual de ocupação de UTI está em 94%, considerando as redes pública e privada.

O decreto de hoje também autoriza a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) a interditar imediatamente atividades econômicas e estabelecimentos que descumprirem as restrições impostas pelo governo pelo prazo de 60 dias. A punição deverá ser aplicada nos casos de constatada a aglomeração de pessoas nas dependências do estabelecimento fiscalizado ou descumprimento grave das medidas de proteção contra a disseminação do novo coronavírus. A violação também acarreta multa de até R$ 20 mil.

Pelo decreto, também poderá ser aplicada multa individualizada de até R$ 1 mil para cada uma das pessoas participantes do evento ou da reunião que provocaram aglomeração irregular.

O Brasil chegou nesta semana a 40 dias consecutivos com uma média diária de mais de 1 mil vítimas de Covid-19, e a ocupação crítica de unidades de terapia intensiva (UTIs) em 19 estados pode elevar ainda mais o número de mortes causadas pela doença nos próximos dias. O alerta é do epidemiologista Diego Xavier, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que afirma não ter dúvidas de que o país vive o momento mais grave da pandemia até agora.

"Antes, havia tempos epidêmicos diferentes [em cada estado], e, agora, a gente tem uma grande onda no país inteiro ao mesmo tempo. E quando a gente tem isso, não tem como remanejar [recursos e pacientes] de uma região para outra, ou de um estado para o outro".

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A média móvel de mortes é calculada por meio da soma dos óbitos confirmados nos últimos sete dias, dividida por sete. O indicador é considerado importante para reduzir as oscilações diárias de notificações e se aproximar de uma tendência da pandemia. Além disso, mortes são consideradas pelos especialistas menos sujeitas à subnotificação do que as infecções, já que são mais investigadas. As contaminações, por sua vez, muitas vezes não são testadas ou se dão de forma assintomática.

Em 23 de janeiro deste ano, a média móvel de mortes por covid-19 no país voltou a superar 1 mil vítimas diárias, segundo o painel Monitora Covid-19, da Fiocruz, e já está nesse patamar há 41 dias de forma ininterrupta. No ano passado, o período mais longo com uma média de mais de 1 mil mortes por dia durou 36 dias, entre 3 de julho e 7 de agosto.

O indicador cresceu até que, em 14 de fevereiro de 2021, a média de vítimas bateu o recorde do pico da pandemia em 2020, com 1.101 pessoas mortas por dia. Desde o dia 24 de fevereiro, sucessivos recordes de óbitos elevaram a média até 1.330 pessoas por dia, em 3 de março, se considerados os dados do dia corrente e dos seis dias anteriores. 

Ocupação de UTIs

Diego Xavier explica que os números atuais são um “retrato atrasado”, de quando a ocupação dos leitos de UTI ainda não havia atingido a situação atual. "Esse dado [a média móvel de mortes] tem um atraso que pode chegar a três semanas, dependendo do local em que é feito o registro, porque depende da estrutura de registro", afirma.

"Se a pessoa que não conseguir se internar depois for a óbito, primeiro vai ser feito um registro desse óbito, o diagnóstico como covid, nesse caso, vai entrar na fila para digitação [no sistema], e só então a gente tem esse dado. O que a gente está olhando agora [na média de mortes] é um reflexo do passado. A tendência é que volume de óbitos aumente."

A ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 no SUS atingiu a zona de alerta crítica em 18 estados e no Distrito Federal, segundo boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz divulgado em 1° de março. São classificados dessa forma os locais em que a proporção de vagas ocupadas supera os 80%. Santa Catarina tinha a situação mais grave do país, com 99% de ocupação. 

Xavier avalia que o cenário é resultado de uma combinação de fatores que vão desde as aglomerações de fim de ano e carnaval até a sensação prematura de segurança com o início da vacinação, além do surgimento da variante P.1 do coronavírus, considerada mais contagiosa.

Como as férias, o verão e as datas comemorativas são comuns a todo o país, e a doença já havia se espalhado no interior, as aglomerações provocaram uma alta generalizada de casos, o que se agravou com a falta de medidas para conter a dispersão da variante de Manaus no território nacional.

"Esses movimentos, capilarizados, com todo mundo se movimentando ao mesmo tempo, fizeram com que a doença crescesse tanto no interior quanto nas capitais", afirma Xavier. 

Medidas restritivas

O epidemiologista recomenda que medidas restritivas sejam tomadas de forma articulada entre todas as esferas de governo. Ele alerta que os gestores não podem esperar a ocupação das UTIs chegar a uma situação crítica para agir. 

"Temos muitos municípios tomando medidas isoladas, mas a rede de atenção em saúde não é isolada. Na rede de UTIs, tem um município polo maior e municípios satélites que dependem dessa rede. Se um município dentro dessa rede toma medidas restritivas e os outros não, os leitos vão ser ocupados da mesma maneira", afirma, defendendo que medidas restritivas sejam endurecidas mesmo nos estados em que a ocupação das UTIs ainda não é crítica. "A gente precisa evitar que a pessoa pegue a doença, e não, depois que ela pegou a doença, fazer lockdown e tentar criar novos leitos, porque o estrago já vai estar feito." 

A própria capacidade de criar leitos, lembra ele, é limitada, e não apenas pela disponibilidade de recursos financeiros. "A gente tem um limite de equipes de saúde, porque elas também ficam doentes e são limitadas. Você consegue criar um leito de um dia para o outro, mas não consegue formar um profissional capacitado para uma UTI de um dia para o outro."

A pesquisadora em saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro Chrystina Barros destaca que a dificuldade de avançar na vacinação e a falta de controle de circulação e vigilância das novas variantes aumentam a preocupação com o cenário atual. A professora avalia que as novas medidas de restrição são bem vindas, mas precisam ser mantidas por ao menos 14 dias para surtir algum efeito na circulação do vírus.

"Existe um tempo entre a contaminação pelo vírus e a manifestação dos sintomas em até duas semanas. Por isso, qualquer liberação antes desse período é prematura", afirma.

"Estamos em um contexto em que a circulação de pessoas entre municípios ou entre estados não tem nenhum controle de vigilância epidemiológica, e esse é o maior problema. Não temos a informação exata do impacto que essas variantes estão trazendo no aumento do número de casos". 

Santa Catarina vai transferir pacientes com covid-19 para hospitais da região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo. Com o sistema de saúde totalmente colapsado - até essa segunda-feira (1º) pelo menos 228 pessoas aguardavam vaga de tratamento intensivo, o Estado também começa a registrar mortes por falta de leitos. Desde o dia 21 de fevereiro, quando Santa Catarina atingiu capacidade máxima de internação, foram registradas 16 mortes na fila por uma vaga de UTI.

As transferências vão priorizar pacientes que estão aguardando internações na região oeste, onde a situação é a mais crítica. "Nossa prioridade neste momento é salvar vidas. Em outros momentos, acolhemos pacientes de diferentes regiões do País e, agora, contamos com a solidariedade dos capixabas", afirmou Motta Ribeiro. O transporte dos pacientes será feito de Chapecó nesta terça-feira, 2. No Espírito Santo, a taxa de ocupação de leitos é de 75%.

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Com maior número de internados desde o início da pandemia, esta é a primeira vez que Santa Catarina vai transferir pacientes para outros Estados. Em dezembro, a região chegou a receber doentes de Manaus.

Resistência ao lockdown

Agora, no pior momento da pandemia e com uma taxa de transmissão muito mais acelerada, órgãos de controle e especialistas pedem adoção de medidas mais rígidas de isolamento social. Contudo, o governador Carlos Moisés (PSL) tem relutado em acatar lockdown por 14 dias como pedem os chefes e integrantes do Ministério Público, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Tribunal de Contas, e das defensorias Pública do Estado e da União.

Em reunião com os representantes dos órgãos na segunda-feira, o governador disse que vai aguardar resultados do modelo de isolamento que considera eficiente, com lockdown nos fins de semana e restrição de horários das atividades nos dias de semana.

O número de pessoas com vírus ativo disparou nas últimas duas semanas. Em 15 de fevereiro, eram 10 mil. Nesta terça, 2, foram registrados 41 mil infectados com potencial de transmissão. Já são 7.438 mortos pelo novo coronavírus no Estado.

Risco de desabastecimento de insumos

O risco de desabastecimento de insumos para intubação e oxigênio também é considerado iminente, principalmente dos medicamentos do chamado kit intubação. "Os hospitais estão tendo dificuldades para adquirir insumos de maneira geral, principalmente do kit intubação, que já começa a faltar em algumas unidades", afirmou Adriano Ribeiro, diretor-executivo da Associação dos Hospitais de Santa Catarina (Ahesc).

Segundo apurou a reportagem, gestores das regiões oeste e norte do Estado estão solicitando apoio para não ficarem sem insumos para intubar pacientes.

Ribeiro também comentou as mortes daqueles que sequer chegaram ao leito de UTI como pedia a avaliação médica. "Essa é uma realidade que só vai piorar; em Xanxerê, nós temos 30 pacientes internados na emergência, não tem mais lugar, as pessoas vão morrer na ambulância esperando vaga", emendou Ribeiro.

O diretor alerta para a gravidade no sistema de saúde catarinense, que, segundo ele, aguarda a habilitação de 978 leitos por parte do governo federal nos hospitais filantrópicos. Esses leitos já estão ocupados, mas não estão recebendo os recursos necessários para sua manutenção.

"Isso por si só demonstra a situação em que nos encontramos: não há condições físicas nem de recursos humanos de abrirmos mais leitos. É preciso uma ação urgente de testagem em massa e isolamento sanitário das regiões críticas", avalia. "Não tem como abrir UTI sem acesso a oxigênio, sem equipe capacitada, não é abrindo leitos dessa forma que vamos salvar vidas".

Variante de Manaus circula em SC

Na última semana, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina confirmou o que especialistas já tinham constatado na prática: a nova onda de infecção que atinge Santa Catarina é mais rápida e violenta e está sendo impulsionada pela variante detectada em Manaus (AM), chamada de P1. De dez casos testados pela Fiocruz, oito confirmaram a circulação da variante no estado.

Gestor de uma unidade hospitalar na capital ouvido pelo Estadão diz que foi um erro Santa Catarina ter recebido pacientes de Manaus sem protocolos adequados e sem isolamento rígido desses pacientes. "Nós trouxemos pacientes leves, que em poucos dias receberam alta, mas eles entraram nas unidades de saúde e, muito provavelmente, contribuíram para essa maior disseminação", avalia o médico que pediu para não ser identificado.

Dezoito dos 26 Estados estão com mais de 80% dos leitos de UTI destinados ao tratamento da Covid-19 ocupados, o que indica a iminência de um colapso generalizado do sistema de saúde do País. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) defende a adoção imediata de lockdown (fechamento do maior número possível de atividades, liberando apenas o essencial) em locais acima de 85% e um toque de recolher nacional, das 20 às 6 horas.

O alerta de ocupação e risco de falta de leitos é da pesquisadora Margareth Portela, do Observatório Fiocruz Covid-19, que faz o levantamento para o boletim quinzenal da instituição. O novo boletim completo só sairá na semana que vem. Mas a pesquisadora adiantou a informação ao Estadão, diante da gravidade da situação. No relatório da semana passada, eram 12 os Estados em alerta. Segundo a Fiocruz, trata-se da pior situação registrada desde o início da pandemia.

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Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins, Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima têm situação mais crítica. "Sem dúvida, este é o pior momento", afirmou Margareth Portela. "Houve momentos em que tivemos até 7 Estados na zona crítica. Com exceção dos Estados do Sudeste, do Amapá, Sergipe, Alagoas e Paraíba, todos os demais estão em vermelho."

No primeiro momento da epidemia, como lembra a pesquisadora, a situação mais grave estava restrita a Rio, São Paulo e, logo depois, ao Amazonas. "Em um segundo momento, a epidemia deu um alívio no Norte, no Nordeste e até no Sudeste, mas complicou nas Regiões Centro-Oeste e Sul", avaliou a pesquisadora. "No momento atual, a coisa está bem mais generalizada."

Alternativa

Ontem, o Conass defendeu a adoção imediata de lockdown nos Estados em que a ocupação dos leitos de Covid-19 tenha alcançado mais de 85% e um toque de recolher nacional, das 20 às 6 horas, em todo o País, incluindo fins de semana, além da suspensão do funcionamento das escolas para aulas presenciais. Na carta, os gestores também dizem que o Brasil enfrenta o pior momento da epidemia e criticam a falta "de uma condução nacional unificada e coerente" para a crise.

Os secretários de saúde pedem o recrudescimento das medidas de distanciamento social em todo o País, levando em consideração "a situação epidemiológica e a capacidade de atendimento de cada região, avaliadas semanalmente a partir de critérios técnicos". No caso dos Estados onde a ocupação dos leitos de Covid-19 ultrapasse 85%, os secretários pedem a adoção do nível máximo de restrição.

"O recrudescimento da epidemia em diversos Estados leva ao colapso de suas redes assistenciais públicas e privadas e ao risco iminente de se propagar a todas as regiões do Brasil", escreveram os secretários. "Infelizmente, a baixa cobertura vacinal e a lentidão na oferta de vacinas ainda não permitem que esse quadro possa ser revertido a curto prazo. O atual cenário de crise sanitária vivida pelo País agrava o estado de emergência nacional e exige medidas adequadas para a superação."

No comunicado, os gestores citam a proibição de eventos presenciais, como shows, cerimônias religiosas e eventos esportivos, a suspensão das atividades presenciais de educação no País, a adoção de trabalho remoto sempre que possível, a instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais (considerando até o fechamento de aeroportos e a suspensão do transporte interestadual), a adoção de medidas para a redução da superlotação dos transportes, além do toque de recolher nacional.

"Entendemos que o conjunto de medidas propostas somente poderá ser executado pelos governadores e prefeitos se for estabelecido um 'pacto nacional pela vida', que reúna todos os poderes, a sociedade civil, representantes da indústria e do comércio, das grandes instituições religiosas e acadêmicas do País, mediante explícita autorização e determinação legislativa do Congresso Nacional."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco registrou, neste domingo (28), 616 casos da Covid-19. Também foram confirmados laboratorialmente 22 novos óbitos (14 homens e 8 mulheres), ocorridos entre os dias 05/01/2021 esse sábado (27).

Entre os confirmados neste boletim, 43 (7%) dos casos são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 573 (93%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 299.475 casos confirmados da doença, sendo 32.473 graves e 267.002 leves.

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Ocupação dos leitos

No boletim deste domingo (28), o Governo do Estado registrou 92% de ocupação dos leitos de UTI na rede pública e 88% de ocupação na rede privada. Ao todo, pelo menos 1.170 pacientes estão em unidades de terapia intensiva em Pernambuco.

Ainda internados, mas em enfermarias, há pelo menos 765 pacientes nas unidades públicas e privadas de saúde, de acordo com os números divulgados pelo governo.

Novos leitos

O Governo de Pernambuco ativou, neste final de semana, mais 20 leitos de UTI para reforçar a rede estadual de combate à Covid-19. As novas vagas foram abertas no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, localizado no bairro da Estância, no Recife. Com isso, a unidade soma 30 vagas para receber pacientes com sintomas ou diagnóstico do novo coronavírus. Além disso, outras 10 vagas de terapia intensiva devem ser disponibilizadas à população nos próximos dias.

Depois de quase cinco meses abertas, as praias de Salvador voltarão a ser proibidas, na próxima quarta-feira, 24. O prefeito Bruno Reis (DEM) também anunciou, nesta segunda, 22, o fechamento de clubes sociais, campos e quadras da capital baiana, para tentar conter o colapso do sistema de saúde. Hoje, 82% das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da cidade estão lotadas de pacientes com covid-19. Em dois hospitais públicos, a ocupação chega a 100%.

O novo decreto, anunciado em entrevista coletiva e ainda não publicado no Diário Oficial, valerá inicialmente por sete dias, mas é prorrogável. Nos locais fechados, a iluminação será desligada. Nem atividades esportivas no mar, como o surfe, serão permitidas. Os principais acessos às praias serão fechados por tapumes e a Guarda Municipal fará a fiscalização. Em Lauro de Freitas e Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, as praias já estão bloqueadas.

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As praias de Salvador foram interditadas, pela primeira vez, no dia 21 de março de 2020. A reabertura aconteceu exatos seis meses depois. No último final de semana, as cenas de aglomeração na orla, combinadas ao crescimento das notificações de coronavírus no estado, com 80% das UTI's lotadas, assustaram as autoridades, segundo Bruno Reis. A prefeitura descarta medidas mais restritivas.

"Esperamos que essas medidas que adotamos surtam efeitos. Vamos abrir mais leitos nesta semana, para descolar do colapso. Mas se os números estiverem crescendo na proporção que estão, não restará outro caminho que não a gente avançar para desativar as demais fases", afirmou. Com o anúncio dos novos fechamentos, Salvador desativa a fase três do plano de retomada das atividades. No dia 8 de fevereiro, o prefeito tinha anunciado a reabertura de cinemas e teatros. O funcionamento só durou 11 dias.

O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), afirmou que solicitou ajuda ao governo federal para evitar um colapso na saúde do Estado. Segundo ele, os recursos para manutenção durante a pandemia da Covid-19 só são suficientes para os próximos três meses.

“Só tenho recursos para, no máximo, três meses para manter a estrutura, e olhe lá. Eu tenho um saldo na conta hoje de R$ 42.597.948,63 no caixa do Covid-19. Por mês, são de R$ 12 a R$15 milhões com os gastos”, disse ao UOL.

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O Acre enfrenta diversas crises desde o começo deste ano, na última terça-feira (16) o governador decretou estado de emergência. A decisão foi tomada devido aos problemas com a lotação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19, cheia dos rios que desabriga mais de 150 famílias, surto de dengue e a crise migratória na fronteira do com o Peru.

Assim como outros Estados do Brasil, o Acre também lida com a falta de vacinas para atender a demanda populacional. O governador pede que seja dada prioridade a eles na distribuição de novas remessas do imunizante, e cita o caso do Amazonas.

“Se você contar, são 400 mil munícipes [do Amazonas] que dependem da nossa saúde pública, e não vamos negar atendimento. O que é pouco para outras regiões, para cá é muito: temos uma população de 900 mil habitantes. E, se você olhar, temos aqui a fronteira com Amazonas, com Rondônia, com Peru e com Bolívia, além a situação dos haitianos. Tudo isso nos traz ainda mais preocupação pela Covid-19", afirma Cameli.

A melhora no atendimento hospitalar em geral reduziu o índice de mortalidade nas UTIs em mais de um terço desde os primeiros meses da pandemia, mas esse progresso pode ficar estagnado, aponta um estudo publicado nesta terça-feira (2) pela revista "Anesthesia".

A mortalidade por Covid-19 em UTIs diminuiu 36% em outubro, indica o estudo, realizado com mais de 43 mil pacientes em vários países. Segundo análise anterior feita pelos autores, divulgada em julho, a mortalidade global dos pacientes com a doença em UTIs passou de quase 60% no fim de março para 42% no fim de maio.

Os dois estudos, realizados pelo especialista em anestesia Tim Cook juntamente com colegas britânicos, são metanálises que compilam diversos trabalhos. "Depois que nossa primeira metanálise, no ano passado, mostrou uma forte queda da mortalidade de março a maio, a atualização da análise mostra que a redução da taxa de mortalidade entre junho e outubro de 2020 parece ter estagnado ou atingido seu pico", assinalam os autores.

O estudo usou dados de 52 pesquisas sobre 43.128 pacientes procedentes de Europa, América do Norte e China, regiões incluídas na análise anterior, bem como relatórios do Oriente Médio, sul da Ásia e Austrália. O conhecimento sobre o que funciona progrediu, destacam os especialistas.

Os esteroides, como a dexametasona, podem ser usados em pacientes conectados ao oxigênio ou a um ventilador, para aumentar as suas chances de sobrevivência. Também é provável que os tratamentos tenham evoluído ao longo do ano, com mudanças na oxigenoterapia ou na gestão da coagulação sanguínea.

Os autores também questionam o possível impacto das novas variantes de coronavírus em pacientes internados em UTIs. Peter Horby, diretor do ensaio clínico Recovery, o qual concluiu que a dexametasona é eficaz, estima que os medicamentos devem continuar surtindo efeito com as novas variantes, uma vez que atuam na resposta imunológica, e não no vírus.

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