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Pesquisadores e instituições se comprometeram com a divulgação gratuita de futuras descobertas sobre o zika, uma prática incomum nos círculos científicos justificada pela urgência de saber mais sobre o vírus e erradicar a epidemia.

Em declaração conjunta, as revistas Nature, Science e The Lancet, a Academia Chinesa de Ciências, o Instituto Pasteur, a Fundação Bill e Melinda Gates e a agência de pesquisa médica japonesa, estimam que as informações sobre o vírus são "uma ferramenta crucial na luta contra esta emergência sanitária".

"Os signatários irão divulgar online com acesso gratuito todo o conteúdo sobre o zika vírus", segundo o comunicado. Na maioria dos casos, o zika é benigno e assintomática. Às vezes provoca sintomas leves do tipo gripal (febre, dor de cabeça, dores musculares). Suspeita-se que quando afeta uma mulher grávida seja responsável por causar malformações congênitas no feto, incluindo microcefalia (circunferência da cabeça anormalmente pequena, prejudicando o desenvolvimento intelectual e físico das crianças).

Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a explosão de casos de malformações congênitas constitui uma "emergência de saúde pública de alcance global". Os pesquisadores signatários da declaração comum notam que irão divulgar tanto dados preliminares de suas pesquisas quanto os resultados finais "o mais rápido e amplamente possível". Normalmente, a publicação de dados científicos ou resultados de um estudo ocorre no final de um longo processo. E os resultados não são compartilhados antes de ser publicados em uma revista científica.

"No contexto de emergência sanitária, é imperativo disponibilizar todas as informações que possam ajudar a combater esta crise", dizem os signatários, entre os quais também incluem a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), The New England Journal of Medicine, as revistas PLoS Science e o conselho de pesquisa médica sul-africano.

Os especialistas concordam que há mais incógnitas do que informações cientificamente comprovadas em torno do zika vírus que afeta a América Latina, especialmente Brasil, Colômbia e Caribe. Tenta-se, em particular, estabelecer a ligação entre o zika e a microcefalia, além de saber em que medida o vírus afeta o feto. Não há atualmente nenhuma vacina ou tratamento contra o zika.

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC, na sigla em inglês) vai contratar dois especialistas em doenças infecciosas para aconselhar seus potenciais atletas olímpicos que estão preocupados com o surto do zika vírus no Brasil. O diretor executivo do USOC, Scott Blackmun, enviou uma carta para todos os potenciais atletas olímpicos possíveis em que reconhece as preocupações crescentes com a doença.

"Eu sei que o surto do zika vírus no Brasil é motivo de preocupação para muitos de vocês", escreveu Blackmun. "Eu quero enfatizar que também é para nós e que o seu bem-estar no Rio neste verão é a nossa maior prioridade".

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A carta prossegue apresentando informações transmitidas pela Organização Mundial de Saúde e pelos Centros de Controle de Doença dos Estados Unidos sobre o zika, como de que o vírus é transmitido por mosquitos, aproximadamente 20% das pessoas infectadas apresentar sintomas leves, incluindo dores no corpo, e alertando que as mulheres que consideram engravidar têm maior motivo de preocupação porque o vírus pode causar microcefalia nos bebês.

Em entrevista à revista esportiva Sports Illustrated no início desta semana, a goleira da seleção dos Estados Unidos, Hope Solo, disse que não iria ao Rio se a Olimpíada ocorresse nesse momento. "Isso nos fez perceber que precisamos fornecer informações precisas para os nossos atletas", disse Blackmun, em entrevista à agência de notícias Associated Press. Além dessas duas contratações, o comitê vai publicar atualizações sobre o tema no website USOC.org/RioTravelUpdates.

Hope Solo reiterou a declaração após a estreia dos Estados Unidos nas Eliminatórias da Concacaf para a Olimpíada - a sua equipe goleou a Costa Rica por 5 a 0. "Tudo o que posso fazer é falar por mim. Se os Jogos Olímpicos fossem hoje, eu não iria", disse. "Felizmente, os Jogos Olímpicos são daqui a seis meses. Então, eu acredito que temos algum tempo para ter nossas dúvidas e perguntas respondidas".

A carta alerta ser impossível garantir a proteção total dos atletas. "Não importa o quanto nos preparamos, haverá sempre um risco associado com a competição internacional. Cada país, cada local de competição, cada esporte irá apresentar riscos diferentes e exigem diferentes estratégias atenuantes".

Blackmun disse que o USOC está acompanhando as atualizações frequentes sobre o zika. A carta destaca que "o teste rápido para determinar se um indivíduo está infectado é esperado para um futuro próximo".

"Em primeiro lugar, queremos garantir que os nossos atletas tenham informações precisas, porque eles estão preocupados", disse Blackmun. "Com base no que sabemos agora, a ameaça principal é com as crianças por nascer".

A Austrália informou nesta quarta-feira um caso de zika vírus em uma grávida que viajou ao exterior e recomendou que as mulheres evitem as áreas afetadas pelo mosquito transmissor do vírus, disse o Departamento de Saúde do Estado de Queensland.

O Departamento se recusou a fornecer detalhes adicionais, tais como qual país que a mulher tinha visitado, dizendo apenas que não era um caso adquirido internamente. Na semana passada, uma outra mulher em Queensland foi diagnosticada com zika após o retorno de uma viagem a El Salvador.

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Especialistas na Austrália disseram que o risco do zika vírus se espelhar é extremamente baixo e que o Aedes Aegypti vive apenas no nordeste do país, que é pouco povoado. Fonte: Associated Press.

A Austrália anunciou nesta quarta-feira (10) um caso de zika em uma grávida que viajou ao exterior e recomendou que as mulheres evitem as áreas afetadas pelo mosquito transmissor do vírus.

"Uma mulher foi diagnosticada com a doença no sudeste de Queensland ontem (terça-feira), depois de uma viagem recente ao exterior", anunciou o ministério regional da Saúde do estado de Queensland. "A mulher está grávida. Não é um caso de contágio local do vírus", completou o ministério.

Este é o terceiro caso registrado este ano em Queensland, mas as autoridades confirmaram que um deles - o de uma mulher que viajou a El Salvador — foi contraído em 2015.

Os cientistas acreditam que o zika pode ser responsável pelo aumento dos casos de microcefalia em recém-nascidos em vários países da América Latina, em particular no Brasil. Apesar dos casos registrados na Austrália, as autoridades consideram pequeno o risco de uma epidemia em grande escala no país.

As lindas bromélias do jardim não significam o mesmo para a dona de casa e para o agente caça-mosquitos que rastreia nas folhas desta planta a presença do inimigo. "Aqui tem uma larva!", exclama Márcio Hoglhammer, um dos agentes de saúde da cidade de São Paulo que se dedicam à caça ao Aedes aegypti.

Este mosquito é o mais famoso vetor de alguns vírus, como os da febre amarela, dengue, chikungunya e o zika, que provoca temores por seu vínculo com uma explosão de casos de bebês nascidos com microcefalia no Brasil e em outros países da América Latina.

São desconhecidos ainda muitos aspectos do vírus, e não está claro se ele pode ser transmitido de pessoa a pessoa. Os cientistas estudam se pode haver contágio por via sexual, através da saliva e da urina, e suspeitam de que o zika esteja por trás de um aumento de síndromes neurológicas como a Guillain-Barré.

O agente mostra a espécie de seringa com a qual retirou a água armazenada entre as folhas côncavas e, olhando contra a luz, explica: "Encontrei uma larva de Aedes aegypti. Esta planta é um grande criadouro". "Eu lhes recomendo que, se não vão cuidar desta planta como é necessário, melhor a trocarem por outras. O mosquito não precisa ter uma selva, mas sim plantas específicas para se reproduzir", explicou o agente à surpresa dona de casa, Juliana Matuoka, 43 anos, que ainda se recupera da dengue que teve no final de janeiro.

Casa por casa

O Brasil declarou situação de emergência de saúde pública em novembro passado, após constatar um aumento inédito de casos de bebês nascidos com microcefalia no nordeste, que, depois, foi vinculado à circulação do vírus zika na mesma região.

A partir desse momento, o governo anunciou um plano nacional de combate ao Aedes aegypti que, entre outras medidas, ampliou de 43.000 para quase 310.000 a quantidade de agentes de saúde que inspecionam domicílios em todo o país para identificar possíveis criadouros do mosquito, aplicar veneno contra larvas em cisternas, piscina e caixas d'água, e informar os habitantes sobre as medidas de prevenção.

No elegante bairro de Alto Pinheiros, no oeste da cidade, um grupo de agentes da prefeitura de São Paulo acompanhados de jovens militares percorrem as casas. Querem verificar se há criadouros de mosquitos, se as famílias estão em risco de contrair um vírus ligado ao Aedes aegypti e orientá-las sobre o combate a este inseto.

Até agora, a mais rica cidade brasileira é mais atingida pela dengue do que pelo vírus zika, que está presente, sobretudo, nos estados mais pobres e quentes do nordeste do país. Mas como o vetor é o mesmo, as autoridades esperam que esta campanha funcione também como prevenção, diante de um vírus que se expande rapidamente.

Mais de 30% das casas do país já foram visitadas por agentes de saúde e militares para combater o mosquito, em torno de 20,7 milhões de imóveis, anunciou nesta sexta-feira o Ministério da Saúde.

As operações realizadas em São Paulo nesta semana são similares às que ocorrerão em todo o Brasil no sábado 13 de fevereiro, dia de mobilização nacional contra o mosquito e quando 220.000 militares das três Forças Armadas irão casa por casa para informar aos cidadãos como lutar contra o mosquito inimigo.

Efetividade incerta

Hoglhammer disse que há alguns dias,com uma equipe de cinco ou seis pessoas, visitou quase 300 casas em um único dia, mas, ainda assim, trata-se de um trabalho de formiga, de eficácia incerta.

As equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti já operam há anos em São Paulo, mas, ultimamente, o serviço "está sobrecarregado", reconhece Hoglhammer. "Não sei se temos grande alcance", comenta, sobre a eficácia deste tipo de operação em um país de 200 milhões de habitantes.

Além das visitas casa por casa, as ruas de certos bairros com focos mais propícios para o mosquito estão sendo fumegadas.

Mas nem assim está garantida a eliminação dos insetos: o veneno mata as espécies adultas que estão circulando, mas é muito difícil que alcance os ovos ou larvas que estão se formando, por exemplo, entre as folhas de uma bromélia no quintal de uma casa.

O pequeno reino de Tonga, no Pacífico Sul, decretou nesta sexta-feira (5) uma epidemia de zika, após cinco pessoas registrarem testes positivos para a presença do vírus. Outras 265 pessoas podem estar infectadas pela doença.

Os casos são os primeiros registrados no arquipélago. Autoridades aguardam ainda mais resultados de testes sanguíneos enviados ao exterior, disse o ministro da Saúde do país, Saia Piukala. Até o momento, não há o registro da doença entre grávidas, acrescentou a autoridade.

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Dos cinco casos confirmados de zika em Tonga, três foram descobertos na Nova Zelândia, quando mulheres que viajaram a Tonga passaram por testes, disseram autoridades. A Nova Zelândia, porém, praticamente não tem risco de zika, porque nesse país não está presente o mosquito vetor do vírus, o Aedes aegypti. Fonte: Associated Press.

Um australiano adulto do oeste do país recentemente voltou da América Central e foi diagnosticado com zika vírus, afirmaram autoridades do setor de saúde. Em comunicado, o Departamento de Saúde da Austrália Ocidental disse que houve 23 casos do vírus registrados na Austrália desde 2012 e que todas as pessoas foram infectadas no exterior.

O mais recente diagnóstico é o segundo já registrado na Austrália Ocidental, após um único caso nesse Estado no ano passado. O Departamento de Saúde recusou-se a especificar o gênero do adulto recentemente infectado, apenas informando que não se trata de uma grávida.

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O vírus zika raramente é fatal e é em geral tratado com repouso e consumo de líquidos. Os australianos do oeste do país que não haviam recentemente viajado para um país afetado pelo vírus não corriam risco, disse o professor Tarun Weeramanthri, secretário de Saúde estadual.

"A infecção por zika é transmitida apenas pelos mosquitos Aedes e não pelo contato entre humanos, exceto possivelmente, muito raramente, no contato sexual", disse ele. Como os mosquitos Aedes não são encontrados no Estado, não há risco reconhecido de que o vírus se dissemine na região, completou ele. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Brasil não está compartilhando amostras suficientes e dados relativos à doença para pesquisadores determinarem se o zika vírus está ligado ao aumento do número de bebês nascidos com microcefalia nos países da América do Sul, disseram autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) e dos EUA.

A falta de dados está forçando os laboratórios nos Estados Unidos e na Europa a trabalharem com amostras de surtos anteriores, o que é frustrante para os esforços de desenvolver testes de diagnóstico, medicamentos e vacinas. Os cientistas disseram à Associated Press que possuem poucas informações para trabalhar e que isto está prejudicando a capacidade de rastrear a evolução do vírus.

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Um grande problema parece ser a legislação brasileira. Neste momento, é tecnicamente ilegal para os pesquisadores e institutos compartilharem material genético de brasileiros, incluindo amostras de sangue contendo zika e outros vírus.

"É uma questão muito delicada esta partilha de amostras. Advogados precisam ser envolvidos", disse Marcos Espinal, diretor de doenças transmissíveis do escritório regional da Organização Mundial da Saúde, em Washington.

Quando perguntado se a estimativa de outros cientistas de que o Brasil tinha fornecido menos de 20 amostras era verdade, ele concordou que provavelmente era.

Espinal disse que espera que o problema seja resolvido após conversas entre Barack Obama, presidente dos EUA, e Dilma Rousseff. Fonte: Associated Press.

As autoridades sanitárias da América Latina buscavam uma estratégia comum esta quarta-feira em Montevidéu para combater o zika vírus na região, a mais afetada do mundo, num clima de alerta reforçado por um caso de contaminação sexual nos Estados Unidos.

Em busca de conter o avanço do vírus, que é relacionado a má-formações em fetos, se reúnem em Montevidéu autoridades de Argentina, Brasil, Paraguai, Venezuela e Uruguai, como membros do Mercosul; e de Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Suriname, como estados associados. Também estarão presentes representantes de Costa Rica, República Dominicana, México e a diretora da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne.

"O que preocupa os ministros é a rapidez com que a infecção do zika vírus tem se espalhado, já que em menos de um ano o vírus se disseminou em 26 países", disse Etienne à imprensa. Com casos isolados confirmados na Indonésia, Tailândia, Cabo Verde e temores diante da vulnerabilidade de contágios na Ásia, por ora a América do Sul é a região com mais casos do vírus: mais de 1,5 milhões no Brasil e mais de 20.000 na Colômbia.

Desde que o vírus foi detectado no Brasil, foram confirmados 404 casos de microcefalia, que impede p desenvolvimento normal do cérebro do bebê em estado de gestação e há 3.670 casos suspeitos. Como referência, em 2014 foram registrados 147 casos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou na segunda-feira estado de emergência pública internacional pelo possível vínculo entre o contágio de zika em mulheres grávidas e um aumento de casos de bebês nascidos com microcefalia.

Guerra ao Aedes aegypti

A Organização Mundial da Saúde pediu nesta quarta-feira aos países europeus para que coordenem entre si uma ação para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que além do vírus zika transmite a dengue, a febre amarela e o chikungunya.

"Peço aos países europeus a tomarem medidas coordenadas para controlar os mosquitos através do envolvimento das pessoas para eliminar os focos e do planejamento para espalhar inseticida e matar as larvas", escreveu em um comunicado a diretora Europa da OMS, Zsuzsanna Jakab. O zika também é suspeito de causar síndrome neurológica de Guillain-Barré (SBG), que pode causar uma paralisia definitiva.

"A resposta para este problema está na luta contra o mosquito que transmite o vírus", afirmou Etienne. Se turistas europeus foram infectados com o vírus, o mosquito que o transmite (Aedes aegypti) ainda não foi descoberto na União Europeia.

A OMS estima que o risco de que o vírus chegue ao continente "continua a ser extremamente baixo durante o inverno". Mas esse risco aumenta à medida que as temperaturas sobem, uma vez que o inseto pode se adaptar a todos os climas quentes.

Às vésperas dos Jogos Olímpicos no Rio em agosto, o Brasil mobilizou mais de meio milhão de trabalhadores de saúde e militares, entre outros, para combater o mosquito Aedes aegypti.

"Estamos fazendo o maior esforço na história do Brasil", disse a repórteres em Montevidéu o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Castro.

"Temos 46.000 agentes de combate que estão indo de casa em casa, e reforçamos com outros 266.000 agentes comunitários de saúde que não faziam este trabalho, mais de 210 mil soldados das forças armadas do país", acrescentou o ministro.

Contágio por via sexual

O último sinal de alerta pelo zika chegou do estado norte-americano do Texas, onde foi registrado um caso do vírus transmitido por via sexual e não pela picada de mosquito. Segundo as autoridades sanitárias do condado de Dallas, o paciente teve relações sexuais com uma pessoa doente que esteve em viagem na Venezuela.

No entanto, o porta-voz dos CDC que confirmou à AFP a informação da infecção de zika não contou a maneira como o indivíduo teria contraído o vírus. "Se confirmado, isso representaria uma nova dimensão do problema", disse a diretora da OPAS, em Montevidéu.

A perspectiva de que o vírus seja transmitido sexualmente e não apenas pela picada do mosquito Aedes aegypti é preocupante para a Europa , Estados Unidos e outras regiões fora da América Latina, onde todos os casos foram importados até agora.

A OMS alertou na semana passada que o zika está se espalhando de maneira "explosiva" na América Latina, onde são esperados de 3 a 4 milhões de casos em 2016.

O vírus foi descoberto em uma floresta de Uganda chamada Zika, em 1947.

Um homem da província de Córdoba foi infectado com o zika vírus, tornando-se o segundo caso reportado da doença na Argentina.

O secretário da Saúde de Córdoba, Francisco Fortuna, disse nesta quarta-feira (3) que o paciente, de 68 anos, é "um caso importado" da doença. O homem vive na localidade de Durazno, 64 quilômetros ao norte da capital provincial, a cidade de Córdoba, e viajou anteriormente para a Isla Margarita, na Venezuela. Fortuna disse ainda que o homem tem "uma boa evolução" em seu quadro de saúde.

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O caso, confirmado na terça-feira, se soma aos 30 de dengue - quatro deles importados - e um de chikungunya diagnosticados em janeiro em Córdoba, também provocados pelo mosquito Aedes Aegypti.

Na semana passada, o Ministério da Saúde argentino confirmou a infecção por zika de uma jovem colombiana moradora de Buenos Aires que, no início de janeiro, chegou à Argentina com sintomas do vírus que havia contraído em seu país de origem. Fonte: Associated Press.

Autoridades de saúde do estado do Texas confirmaram nesta terça-feira que um paciente foi infectado com o zika vírus através de uma relação sexual.

O caso foi confirmado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. O paciente foi infectado após se relacionar sexualmente com uma pessoa doente que havia retornado de um país onde o vírus está presente.

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Em geral, o zika vírus se espalha através da picada de mosquitos. No entanto, cientistas têm explorado a possibilidade de que o vírus também possa ser transmitido através do sexo. Registros anteriores dão conta de um caso em que o vírus foi encontrado no sêmen de um homem no Taiti. Há também o relato de um pesquisador que foi infectado fora dos Estados Unidos e que depois o transmitiu à sua esposa, em 2008.

Autoridades de saúde lembram também que não há registros de que o vírus foi transmitido por mosquitos na região de Dallas. Fonte: Associated Press.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa, defendeu, nesta terça-feira (2), que é preciso um esforço conjunto das três esferas do poder para o combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da chikungunya. Nessa segunda (1º), a presidente Dilma Rousseff (PT) editou uma medida provisória com novas iniciativas de combate ao aedes. Entre as ações, está a que autoriza o ingresso de agentes públicos em imóveis em situação de abandono para que possam descobrir e eliminar focos do mosquito.

“É preciso uma força-tarefa que envolva o governo federal, os governos estaduais e municipais e a população em geral. O único combate que é eficaz ao mosquito é a prevenção. Ações como a que autoriza a entrada de agentes em locais abandonados são temporárias e de interesse público”, afirmou. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta semana que a zika e a sua associação aos casos de microcefalia devem ser encaradas como “emergência de saúde pública internacional”. 

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Pernambuco tem o índice mais alto de casos da microcefalia. De 1° de agosto de 2015 até o dia 23 de janeiro de 2016, 1.373 casos foram notificados. Desse total, 530 (38,6%) atendem aos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) para microcefalia. Em relação à semana anterior, mais 67 casos foram registrados.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apoiará a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) na elaboração de um plano contra o vírus do zika na América Latina - informou nesta terça-feira uma fonte da instituição financeira no Panamá.

"O Banco está em diálogo direto com a OPAS e com os outros atores da saúde para coordenar uma iniciativa imediata de apoio aos países da região" na luta contra o zika, disse, durante uma coletiva de imprensa, Gina Montiel, gerente geral do BID no México, América Central e República Dominicana. A contaminação do zika acontece a partir da picada do mosquito Aedes aegypti, que também é transmissor do vírus da dengue e da chikungunya.

Honduras decretou, na segunda-feira, estado de emergência nacional pela epidemia do vírus, com 3.700 pessoas infectadas; em El Salvador, foram registrados mais de dois mil casos, assim como 105 contaminações na Guatemala, 50 no Panamá, sete na Nicarágua e duas na Costa Rica. Segundo Montiel, o BID e a OPAS analisam, ao lado de vários países da região afetados pelo vírus, uma estratégia para tornar mais efetivo o combate à doença.

Contudo, o BID aguarda a concretização do plano da OPAS para definir o custo da pesquisa nos países latino-americanos, segundo Montiel. A gerente geral manifestou que "a parte preventiva é muito importante e tem que contar com a educação e participação da comunidade" para evitar a reprodução dos mosquitos. De acordo com Montiel, o plano também busca combater a dengue e o chikungunya, que "não estão completamente controlados".

"Estamos tentando obter um plano que ataque estas três doenças de maneira conjunta, já que o mecanismo de transmissão é similar", explicou.

A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (2) que o desafio do combate ao mosquito Aedes aegypti é uma tarefa coletiva dos países da América Latina. O mosquito transmite a dengue, a febre chikungunya e o vírus Zika, que pode causar microcefalia em bebês.

“Abordamos o desafio do vírus Zika e a necessidade de trabalharmos juntos para combatermos o mosquito evitando sua proliferação e desenvolvendo vacinas. É uma tarefa necessariamente coletiva de todos os países aqui da América do Sul e da América Latina”, afirmou Dilma, após reunião com o presidente da Bolívia, Evo Morales, no Palácio do Planalto.

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Morales também destacou que é essencial o trabalho em conjunto dos países para combater o Zika, apesar de a Bolívia não registrar número elevado de casos da doença. O presidente boliviano lembrou a importância da reunião dos ministros da Saúde do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) para discutir estratégias conjuntas de combate ao Aedes aegypti.

O encontro será nesta quarta (3) em Montevidéu, com a participação de ministro brasileiro Marcelo Castro. A reunião será aberta a integrantes da Comunidade dos Estados Latino-Americanos (Celac) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Energia - A presidente Dilma ressaltou a importância da integração energética entre os países. “A Bolívia contribui para a estabilidade energética no Brasil”, disse. O gás natural importado da Bolívia pelo Brasil responde por cerca de 30% da oferta do produto no mercado brasileiro.

Os EUA acrescentaram nesta terça-feira a Costa Rica, Samoa Americana, Curaçau e Nicarágua na lista de locais com surtos de zika vírus e emitiram um alerta de viagem para que a população tome precauções.

Devido à crescente evidência na relação do zika vírus com o nascimento de bebês com microcefalia, o governo dos EUA recomendou que mulheres grávidas considerem adiar suas viagens para lugares da lista.

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Na América Latina, os países que estão na lista são: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Suriname e Venezuela. No Caribe, estão: Barbados, República Dominicana, Guadalupe, Haiti, Martinica, St. Martin, Porto Rico e Ilhas Virgens dos EUA. Além disso, também estão na lista Cabo Verde, na costa da África Ocidental, e Samoa, no Pacífico Sul.

Autoridades da Espanha afirmaram nesta terça-feira (2) que testes laboratoriais confirmaram o quarto caso de zika vírus no país.

O governo regional da província de Múrcia disse hoje que os testes realizados pelo Centro Nacional de Microbiologia confirmaram o caso de um homem que foi tratado há duas semanas em um hospital regional depois de ter visitado um país não especificado afetado pelo vírus.

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O homem, que também não foi identificado, tem aproximadamente entre 40 e 55 anos e foi curado depois de ter feito o tratamento, informou o governo.

Os outros casos foram de pessoas que viajaram para países da América Latina afetados pelo zika vírus.

O Ministério da Saúde da Nigéria começou a alertar nesta sexta-feira seus cidadãos, especialmente as mulheres grávidas, a não viajarem para a América Latina por causa do surto de zika vírus.

O ministro da Saúde, Isaac Adewole Folorunso, pediu também para que autoridades da aérea da saúde examinem todas as pessoas que estão chegando ao país em busca de sinais do vírus.

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Além disso, Folorunso pediu para que todas as pessoas comuniquem as autoridades de saúde caso tenham febres inexplicáveis por mais de 48 horas, principalmente as que retornaram da América Latina nos últimos dias. Fonte: Associated Press.

A índia xucuru Daniele Marques de Santana, de 17 anos, que morreu no Hospital da Restauração (HR) no dia 7 de janeiro de causas na época desconhecidas após apresentar déficit motor e sintomas de arbovirose, teve o resultado de seus exames divulgado em coletiva realizada nesta sexta-feira (29). Os testes concluíram que Daniele teve um quadro de chikungunya e, em seguida, miosite.

O resultado surpreende: este é o primeiro caso conhecido na literatura médica brasileira de miosite causada por chikungunya. Em seus estudos, a doutora Lúcia Brito, chefe do setor de neurologia do Hospital da Restauração (HR) e representante no Nordeste da Academia Brasileira de Neurologia, encontrou apenas quatro casos anteriores da mesma ocorrência em todo o mundo. Foi no período de 2013 e 2014, na Índia, durante uma epidemia de arboviroses.

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A miosite é uma doença naturalmente rara, que causa inflamação dos músculos e pode levar à insuficiência respiratória. Quando aguda, como no caso de Daniele, é grave e precisa ser tratada com celeridade.

Inicialmente, corria o rumor de que a jovem havia morrido em decorrência de Guillain-Barré, doença neurológica que tem surgido em pacientes que apresentam um quadro anterior de zika vírus. “Guillain-Barré e miosite dão paralisia flácida, podem acometer o músculo da respiração. Mas Guillain-Barré acomete os nervos e miosite os músculos”, diferencia Brito.

Dos 150 casos de complicações neurológicas registrados pelo Hospital da Restauração (HR) em 2015, 99 foram revistos, 55 deram positivo para Guillain-Barré. Pernambuco registra dez mortes dentro do grupo de 150, nove por GB e a décima, agora, por miosite.

No segundo semestre de 2015, o número de casos de GB diminuíram. Parece ser uma boa notícia, mas não é bem assim. Segundo a doutora Lúcia Brito, apareceram mais casos de mielite. “Mielite é uma situação mais grave. Quando ela aparece, o individuo tem déficit motor, praticamente não move as pernas e pode acometer os braços e como é o tecido medular, não é nervo, a recuperação é mais difícil”, explica. Pernambuco já contabiliza cerca de 30 casos de mielite.

Durante a coletiva, a doutora aproveitou para reforçar que as pessoas procurem um médico caso sintam os sintomas. “Se após uma virose a pessoa apresentar paralisia na face, nos membros, sensação de dormência nos membros, déficit motor, sinais de agressividade ou estarem desconexas, falando coisas sem sentido, devem procurar cuidado porque esses são sinais de alerta”, afirma.

Resultados – Dos 55 casos confirmados de Guillain-Barré, quatro foram causados por zika vírus e quatro por dengue. Os demais apresentaram traços de dengue, mas não é possível afirmar pois os exames foram feitos tardiamente, quando não é mais possível fazer a distinção entre zika e dengue.

Chikungunya – Em 2015, o estado registrou 2.605 casos suspeitos da doença, sendo 450 confirmados e 589 descartados. Entre os dias 3 e 16 de janeiro deste ano, foram notificados 701 casos suspeitos de chikungunya em 69 municípios de Pernambuco.

A Venezuela registra 4.700 casos suspeitos de pacientes contaminados com o zika vírus, informou nesta quinta-feira a ministra da Saúde, Luisana Melo, no primeiro balanço oficial sobre a doença no país caribenho.

"Temos relatos de 4.700 casos suspeitos de zika na Venezuela, são pacientes que apresentavam os sintomas", disse o ministro a repórteres no lançamento em Caracas de um plano para a eliminação de criadouros de Aedes aegypti, transmissor do vírus. Mas Melo disse que como as manifestações iniciais da doença são "suaves", três em cada quatro pacientes não procuram atendimento médico, por isso "provavelmente há sub-notificação dos casos suspeitos".

O funcionário também disse que não existe ainda "nenhum caso associado de microcefalia que possamos relacionar ao zika". Os cientistas ainda não encontraram possíveis ligações entre esta malformação e do vírus em crianças em gestação. Melo também informou sobre 90 casos de síndrome de Guillain-Barre, mas disse que não está provado qualquer relação com o zika. Este síndrome é uma doença auto-imune que se manifesta como uma ligeira paralisia, progressiva, dos membros.

Dada a escassez de medicamentos e suprimentos médicos no país, a ministra garantiu os tratamentos para a gestão da doença. O governo venezuelano não costuma dar números sobre questões de saúde ou escassez de medicamentos, a tal ponto que o boletim semanal de epidemiologia deixou de ser publicado em outubro de 2014.

O presidente norte-americano Barack Obama pediu, nesta terça-feira (26), que se acelere a pesquisa sobre o zika vírus, que se expande graças aos mosquitos e ao que se foi vinculado a malformações de bebês.

Obama pediu melhorias nos métodos de diagnóstico e no desenvolvimento de vacinas e tratamentos contra o vírus, que segundo a Organização Mundial de Saúde deve se expandir ao longo das Américas. Até o momento, não há vacinas nem remédios para combater o vírus, nem forma de prevenção, salvo evitar as picadas dos mosquitos.

As autoridades sanitárias dos Estados Unidos pediram às mulheres grávidas que evitem viajar para 24 países na América Latina, Caribe e outras regiões devido ao zika vírus.

Barbados, Brasil, Bolívia, Cabo Verde, Colômbia, Equador, El Salvador, Guadalupe, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Haiti, Honduras, Ilha de San Martín, as Ilhas Virgens, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, República Dominicana, Samoa, Suriname e Venezuela foram incluídos num alerta de viagens emitido pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

Embora casos locais de transmissão de zika nos Estados Unidos não tenham sido registrados, três pessoas foram testadas positivamente pro zika em Nova York. O zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, proliferou em vários países da América Latina, acendendo o alarme de suspeita de contágio em mulheres na fase inicial da gravidez.

Os sintomas podem incluir febre, dores de cabeça e erupções cutâneas. O vírus tem o nome da floresta de Uganda onde foi descoberto, em 1947.

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