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Uma turista japonesa denunciou ter sido estuprada por um guia na cidade turística indiana de Jaipur, norte do país, informou uma fonte da polícia.

A jovem de 20 anos afirmou que o guia, um residente local, teria se oferecido para mostrar a cidade de moto no domingo e que depois a agrediu em um local isolado durante a noite.

"O acusado propôs deixá-la em seu hotel, mas a levou para um local isolado, onde a teria violentado", afirmou o inspetor geral Dharam Chand Jain.

"A turista declarou que o guia ofereceu comida que poderia ter alguma droga", completou.

Nos últimos anos, várias agressões sexuais contra estrangeiras evidenciaram o nível elevado da violência contra as mulheres no segundo país de maior população do planeta. A cobertura da imprensa, no entanto, continua sendo muito maior quando as vítimas são estrangeiras do que quando as agredidas são mulheres indianas.

Laudos periciais indicam que não há indícios de abuso sexual em três meninas que, de acordo com a polícia e o Ministério Público, teriam sido supostamente molestadas por um ex-monitor do colégio Mackenzie de Barueri, na Grande São Paulo. Os documentos foram elaborados no Instituto Médico-Legal (IML) e anexados ao processo na semana passada.

Antônio Bosco de Assis, de 44 anos, está preso desde maio deste ano com base no relato das três crianças. O depoimento das menores foi recolhido sem a presença de um profissional especializado, alega a defesa.

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A advogada Anabella Marcantonatos entrou na tarde desta segunda-feira, 24, com um pedido de habeas corpus para o ex-monitor. Segundo ela, há inconsistências nas afirmações do delegado sobre data e local do crime, falta de laudos no processo, provas que não foram apresentadas e perigo na demora (risco de decisão tardia, no caso de manter preso um inocente). "Não há nada que o ligue à cena. Peço que a investigação seja colocada em xeque e seja aberta uma nova instrução. Tudo o que queremos é uma investigação e um julgamento justo. Ele é inocente e quem não deve não teme."

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo da semana passada revela que o delegado Alexandre Palermo, do 2.º DP de Barueri, declarou à página "Reclamômetro de Alphaville", em uma rede social, que a polícia não sabe a data, o local exato nem como se deu o suposto crime. Segundo a reportagem, o advogado teria dito: "Estamos falando de meninas de 3 anos, que não têm capacidade de precisar os eventos no tempo e no espaço". As declarações contradizem o inquérito dele e a denúncia do MP à Justiça, que apontam o local e a data de 22 de abril para o suposto abuso.

O pedido de habeas corpus, segundo Anabella, foi distribuído eletronicamente às 17 horas de ontem. Amanhã, ela deve ir ao Tribunal de Justiça, na Sé, no centro da capital, para "tentar adiantar a distribuição e achar um relator". Assis está preso preventivamente desde 8 de maio. "O prazo para a prisão venceu, porque o máximo são seis meses. Mas ainda não há sentença", afirma Anabella.

Ela tem o prazo de cinco dias para se manifestar sobre os laudos anexados ao processo. "Não sei por quê o laudo está sob conclusão na mão da juíza. Eu não entendi por que ela já abriu vista. Nós ainda temos de nos manifestar sobre o laudo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um casal suspeito de abusar sete crianças em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, foi preso nesta quarta-feira (19) após mandado de prisão temporária expedido pela Justiça, a pedido da Polícia Civil. De acordo com o delegado Humberto Pimentel, responsável pelas investigações, a mãe de umas das vítimas foi até a delegacia do município para denunciar o fato.

As meninas que têm entre sete e 11 anos são chamadas para passar a tarde na casa dos suspeitos, onde acontece o caso de abuso infantil. "A mãe desconfiou de algumas coisas que a filha estava falando e veio denunciar. As investigações começaram assim que o caso foi relatado e descobrimos que outras seis meninas também estavam sendo abusadas", contou o delegado. 

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A polícia ainda informou que o casal mantinha relações sexuais na frente das crianças, além de colocar vídeos pornográficos para as meninas verem. "Eles tocavam na parte íntima das crianças e ainda ameaçavam todas para que não contassem nada aos pais", relatou Pimentel. Ana Paula Laurentino da Silva, de 23 anos e Severino Celestino da Silva, de 40, são casados há oito anos e a mulher teve um bebê há um mês.

Ana Paula será encaminhada para a Colônia Penal Feminina de Buíque e, Severino, para a Cadeia Pública de Bezerros. A conclusão do inquérito deve sair em até 30 dias para que seja decretada a prisão temporária do casal.

Um homem de 51 anos foi preso em Limoeiro, no Agreste de Pernambuco, acusado de estuprar duas meninas, uma com 10 anos, outra com 12 anos, uma delas, sobrinha de sua esposa. De acordo com informações da polícia Civil, José Gomes da Silva cometeu os crimes e fugiu da cidade.

Os crimes ocorreram em Limoeiro, em junho de 2013. Após a ação, o bandido fugiu da cidade e, quando regressou, foi localizado pelo serviço de inteligência da polícia. José Gomes nega a prática dos crimes, mas foi recolhido ao Presídio Dr. Ênio Pessoa Guerra, no município, onde permanecerá à disposição da Justiça. A pena prevista para cada um dos crimes é de oito a 15 anos de reclusão.

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Um homem suspeito de abusar sexualmente uma menor foi preso em Dormentes, no Sertão de Pernambuco. Heraldo Oliveira De Sousa cometia o crime há oito anos, de acordo com a polícia.

“A menor vinha sendo abusada desde os sete anos e o crime chamou atenção pela barbaridade e as constantes ameaças que a vítima sofreu”, contou o delegado responsável pelo caso, Erlon Cícero.  

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Heraldo Oliveira foi levado para a Cadeia Pública de Afrânio, onde ficará a disposição da Justiça.

Com informações da assessoria 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reformou decisão do Judiciário paulista que havia absolvido um homem acusado de praticar sexo com a enteada de 13 anos. Por unanimidade, os ministros da 6ª Turma do STJ decidiram condená-lo. O processo será encaminhado ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo para que a pena seja fixada.

Relator do caso, o ministro Rogerio Schietti Cruz fez críticas aos argumentos utilizados nas decisões das instâncias inferiores da Justiça, que tinham absolvido o padrasto. "Repudiáveis os fundamentos empregados pela magistrada de primeiro grau e pelo relator do acórdão impugnado (no TJ) para absolver o recorrido, reproduzindo um padrão de comportamento judicial tipicamente patriarcal, amiúde observado em processos por crimes dessa natureza, nos quais o julgamento recai inicialmente sobre a vítima para somente a partir daí julgar-se o réu", afirmou.

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Para os ministros do STJ, a presunção de violência nos crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra menores de 14 anos tem caráter absoluto. "A interpretação que vem se firmando sobre tal dispositivo é no sentido de que responde por estupro o agente que, mesmo sem violência real, e ainda que mediante anuência da vítima, mantém relações sexuais (ou qualquer ato libidinoso) com menor de 14 anos", disse o relator.

O caso chegou à Justiça após o padrasto ter sido denunciado pela própria companheira. A juíza de 1ª Instância concluiu que a menina não foi vítima de violência presumida porque "se mostrou determinada para consumar o coito anal com o padrasto". "O que fez foi de livre e espontânea vontade, sem coação, ameaça, violência ou temor. Mais: a moça quis repetir e assim o fez", disse.

"A vítima foi etiquetada como uma adolescente desvencilhada de preconceitos, muito segura e informada sobre os assuntos da sexualidade, pois 'sabia o que fazia'. Julgou-se a vítima, pois, afinal, 'não se trata de pessoa ingênua'. Desse modo, tangenciou-se a tarefa precípua do juiz de direito criminal, que é a de julgar o réu, ou, antes, o fato delituoso a ele atribuído", concluiu Schietti.

A coligação Muda Brasil, liderada pelo candidato Aécio Neves (PSDB), protocolou, nessa sexta-feira (25), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma representação contra a presidente Dilma Rousseff, o vice Michel Termer, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ministro da Saúde, Arthur Chioro, por supostas práticas proibidas aos agentes públicos, que podem afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais.

No mérito da ação, a coligação pede que seja aplicada multa, a cada um dos representados, de R$ 5 mil a R$ 100 mil, com base no art.73 da Lei das Eleições (Lei 9.504/97). Solicita ainda que a Corte Eleitoral determine, em definitivo, “a proibição da prática dos atos combatidos nestes autos”.

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Os tucanos alegam ainda que Dilma participou de bate-papo virtual e respondeu perguntas de internautas sobre o programa “Mais Médico”, por meio de perfil no Facebook que leva seu nome e é administrado pelo PT. Ainda de acordo com os partidos, a reunião teria ocorrido na residência oficial da presidente, no Palácio da Alvorada, em horário de expediente, com a participação do ministro da Saúde.

“Verifica-se do Facebook, da agenda do ministro e das fotos divulgadas, que a representada [Dilma Rousseff] e um ministro de Estado se reuniram, em horário de expediente, na condição de agentes público e não de simples candidatos, nas instalações de Palácio da Alvorada, exclusivamente para divulgar sua campanha eleitoral”, relatam os autores da representação. 

O caso será relatado e avaliado pelo ministro do TSE, Tarcísio Vieira.

*Com informações do TSE

O bispo Max Davis, representante sênior da Igreja Católica na Austrália, renunciou a seu cargo após ser acusado de abusar sexualmente de um aluno em 1969, informou o Ordinariado Militar Católico da Austrália. Na época, ele lecionava na escola católica St. Benedict, e atualmente chefia a diocese militar da igreja na Austrália.

A polícia local se limitou a informar que acusou um homem de 68 anos na sexta-feira por assediar sexualmente um garoto de 13 anos. Sem identificar o homem, a polícia disse que o acusado enfrenta três acusações por tratamento indecente a crianças com menos de 14 anos.

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Davis negou as acusações e renunciou ao cargo enquanto o tribunal lida com o caso. Ele comparecerá a um tribunal de Perth em 25 de julho. Fonte: Associated Press.

A Anistia Internacional lançou nesta quinta-feira (5) num ato em frente ao Congresso, documento de denúncia de abuso das polícias nas manifestações pacíficas de rua. O relatório "Eles usam uma estratégia de medo: proteção do direito ao protesto no Brasil", de 24 páginas, omite o papel de toda a rede de comando da repressão e dos blacks blocs nos casos de violência. A entidade não cita o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e os governadores de Brasília, Agnelo Queiroz, e de São Paulo, Geraldo Alckmin, que defenderam abertamente as táticas usadas pelas polícias. Também ignora os secretários estaduais de segurança, superiores dos comandantes das tropas.

Ao dar ênfase em casos de abusos, o documento superdimensiona o papel dos policiais que estão no front dos protestos, como se os agentes tivessem o poder de decidir sobre o uso de gás e balas de borracha em áreas de hospitais e escolas. As "autoridades locais", como os políticos das grandes cidades aparecem num trecho do documento, são cobrados apenas por uma suposta omissão de investigar os abusos cometidos pelas tropas. O texto faz parte da campanha da Anistia "Brasil, chega de bola fora!". A entidade vai protocolar, às 11 horas, no Palácio do Planalto, 87 mil assinaturas de apoio à campanha.

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Em entrevista ao Estado, Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional, no Brasil, afirma que a proposta do documento é focar no governo federal - que centraliza o comando da segurança de grandes eventos, como a Copa do Mundo - e no Congresso - instituição onde tramitam leis que põem risco o direito da manifestação pacífica.

Ele ressalta que, embora não apareçam no documento, os governadores e secretários de segurança foram procurados pela entidade para explicar a violência por parte das polícias. "Está claro para nós a cadeia de responsabilidades", afirmou. "De forma alguma pode ser atribuído (o problema da violência contra manifestantes) ao policial, pessoa que está na ponta."

Atila Roque citou um estudo da Fundação Getúlio Vargas, feito neste ano, em que mais de 60% de policiais ouvidos na pesquisa se declararam despreparados para atuar nos protestos. Ele ressaltou ainda que a Anistia se posiciona contra todos os grupos de manifestantes que praticam violência. O documento, segundo ele, analisa os agentes que detêm o uso legítimo da força. "A Anistia não está desatenta à violência como um todo. Somos contra a violência seja de onde for", disse. "É importante ressaltar que essa é uma ação que vai continuar. Vamos acompanhar de perto nos Estados."

O termo "Black Bloc" só é citado no documento numa roda de rodapé da página 22, de forma lateral. Nas manifestações de rua, o movimento Black Bloc é alvo principal da polícia e, ao mesmo tempo, justificativa apresentada pelos agentes de segurança para o aumento da repressão.

O documento da Anistia Internacional analisa o caso do fotógrafo Sérgio Andrade, 32 anos, de São Paulo, que perdeu a visão do olho esquerdo, atingido por uma bala de borracha disparada pela polícia militar. Andrade relata que no dia 13 de junho do ano passado, quando foi atacado, a polícia atirou ainda em pessoas que não participavam do protesto ao aumento da passagem de ônibus. O texto não cita um caso emblemático, o da morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, atingido no dia 6 de fevereiro deste ano por um rojão arremessado por um manifestante contra policiais.

Um homem de 56 anos foi preso, em Limoeiro, no Agreste de Pernambuco, acusado de estuprar a própria neta, uma garota menor de idade. A prisão aconteceu na madrugada desta quarta-feira (4).

De acordo com informações da polícia, Manoel Costa dos Santos cometeu o abuso contra a neta no município de Surubim, também no Agreste. Ele estava sendo procurado pela Justiça desde o dia 26 de abril.

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Ainda conforme informações de testemunhas, repassadas à polícia, a criança não queria ir para a casa do pai, afirmando que o motivo seria o seu avô paterno, que teria passado a mão em seus órgãos genitais. Manoel foi recolhido à Penitenciária Dr. Ênio Pessoa Guerra, na cidade de Limoeiro, onde ficará à disposição da Justiça.

Na noite dessa terça-feira (22), uma jovem de 18 anos foi vítima de estupro em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. O crime aconteceu por volta das 19h30, no bairro de Brasília. Não há pistas dos suspeitos.

De acordo com informações da polícia, a vítima informou que esperava por uma condução para a cidade de Paranatama (PE), onde reside, quando três homens desconhecidos pararam um carro, que seria um Palio, cor a placa não identificadas, e pediram uma informação para a jovem. Ao se aproximar do carro os homens a puxaram para dentro e realizaram o estupro, fugindo em seguida.

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A jovem foi socorrida ao Hospital Dom Moura, no município, e liberada em seguida.

O Vaticano divulgou pela primeira vez nesta terça-feira (6) estatísticas abrangentes sobre como disciplinou padres acusados de estuprar e molestar crianças, afirmando que 848 padres foram destituídos e outros 2.572 receberam sanções menores ao longo da última década.

O embaixador do Vaticano nas Nações Unidas em Genebra, arcebispo Silvano Tomasi, revelou os números durante o segundo dia de questionamentos por uma comissão da ONU que monitora a implementação de um tratado contra tortura.

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Tomasi insistiu que a convenção se aplica somente dentro da Cidade do Vaticano. No entanto, ele divulgou estatísticas sobre como a Santa Sé tem julgado casos de abuso sexual em nível mundial e, de forma significativa, não contestou a alegação da comissão de que a violência sexual contra crianças pode ser considerada tortura.

O arcebispo afirmou que, desde 2004, mais de 3.400 casos críveis de abusos tinham sido encaminhados para o Vaticano. Ele disse que, na última década, 848 sacerdotes tinham sido afastados do cargo ou devolvidos ao estado laical pelo papa. Outros 2.572 foram condenados a uma vida de penitência e oração ou alguma outra sanção menor, que é muitas vezes usada quando o sacerdote acusado é idoso ou enfermo. Segundo levantamento da Associated Press, só no ano passado foram registrados 401 casos, sendo que 43 padres foram impedidos de praticar o sacerdócio e 358 receberam medidas disciplinares.

Reconhecendo o elevado número de sacerdotes punidos com pena menor, Tomasi disse que as penas representam uma ação disciplinar e que o agressor é "colocado em um lugar onde não tem qualquer contato com as crianças". Fonte: Associated Press.

Um painel criado pelo papa Francisco para aconselhar o Vaticano sobre casos de abuso cometidos por padres disse que vai desenvolver protocolos específicos para responsabilizar bispos e outras autoridades da Igreja se eles falharem em reportar possíveis suspeitas de pedofilia.

O painel, formado por oito membros, se encontrou pela primeira vez esta semana para discutir o escopo do seu trabalho e a adesão de novos integrantes. Em uma entrevista coletiva neste sábado, o cardeal Sean O'Malley, arcebispo de Boston, disse que as leis atuais da Igreja poderiam responsabilizar os bispos por omissão em casos de abuso sexual, mas não foram suficientemente aplicadas e agora são necessários "protocolos claros e eficazes".

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Marie Collins, membro do comitê e vítima de abuso quando criança, disse que saiu "esperançosa" da reunião inaugural do grupo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Após uma pesquisa do IPEA, que alarmou muitas pessoas em relação ao estupro, uma campanha chamada "Chega de Fiu Fiu" resolveu lançar um mapa em que os usuários podem compartilhar histórias de violência sexual contra as mulheres. Segundo a think tank Olga, o mapa também é válido para informar crimes racistas e homofóbicos. 

O objetivo da página é monitorar os lugares em que as mulheres mais frequentemente sofrem o abuso. O anonimato é assegurado, bastando apenas colocar no local uma descrição do que aconteceu, e a data. No mapa existem várias categorias de assédio: Transfobia, Assédio Verbal, Stalking, Exploração Sexual entre outros. Não são apenas as mulheres que podem denunciar, qualquer pessoa que saiba de alguma história, ou que tenha presenciado algo, pode informar no mapa. 

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A violência sexual contra as mulheres continua a ser um flagelo no Egito, onde centenas foram abusadas ​​desde 2011, especialmente durante manifestações, sem que os responsáveis ​​por esses atos tenham sido processados​​, de acordo com um relatório de ONGs divulgado nesta quarta-feira.

"Os seguidos governos egípcios não combateram a violência contra as mulheres, e isso tem implicações importantes para a (sua) participação na transição política do país", ressalta este relatório das organizações de defesa dos direitos Humanos.

Numerosos ataques sexuais foram registrados durante os protestos que marcaram a revolta que derrubou Hosni Mubarak há três anos, sob o regime militar que assegurou a transição, e depois sob a presidência do islamita Mohamed Mursi, destituído pelo Exército no dia 3 de julho.

Entre novembro de 2012 e janeiro de 2014, 250 casos foram relatados, incluindo uma grande parte nos arredores da Praça Tahrir, no Cairo, local emblemático das revoltas anti-Mubarak e anti-Mursi, segundo o relatório.

"As sobreviventes e testemunhas relataram o mesmo tipo de abordagem: dezenas de homens cercam (as vítimas), rasgam suas roupas e apalpam seus corpos".

"Algumas foram estupradas por vários agressores, muitas vezes armados com paus, pás e outras armas".

"No entanto, até março de 2014, nenhum dos criminosos foi levado perante a justiça", denunciam as organizações, incluindo a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH).

O relatório inclui o testemunho de várias vítimas.

"Os homens agiram como leões sobre um pedaço de carne, suas mãos estavam por todo o meu corpo e sob minhas roupas rasgadas", disse uma delas, agredida durante uma manifestação em junho de 2012.

"Vários homens me estupraram ao mesmo tempo. De repente, eu estava no chão e os homens puxavam meu cabelo, pernas e braços que continuam a me estuprar", acrescenta ela.

As organizações de defesa dos direitos Humanos acusam as autoridades militares no poder de não realizar uma investigação para perseguir os agressores, sejam "atores estatais ou civis".

"Medidas (...) são requisitadas para proteger e promover o direito das mulheres a viver sem violência" e "a participar na construção do futuro do Egito", insistiu o diretor executivo da Nazra for Feminist Studies, Mozn Hassan.

O Vaticano respondeu a recentes questionamentos das Organizações das Nações Unidas (ONU) sugerindo que é responsável por implementar a Convenção das Nações Unidas contra a Tortura somente dentro do território da Cidade do Vaticano. A Santa Sé assinou o tratado em 2002.

O comunicado foi emitido antes de uma audiência marcada para os dias 5 e 6 de maio, que irá investigar as falhas no combate aos recorrentes casos de estupro cometidos por membros do clero. Em janeiro, oficiais do Vaticano foram acusados pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU de priorizar interesses próprios acima dos das vítimas de abuso sexual.

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No comunicado, a Santa Sé afirmou que assinou a convenção exclusivamente em nome do Estado da Cidade do Vaticano, habitado por menos de mil pessoas, e que só assumirá responsabilidade por problemas ocorridos dentro de seus limites territoriais. Fonte: Associated Press.

Mais dois acusados de molestar sexualmente passageiros do Metrô foram presos pela polícia. Um dos acusados é uma travesti que apalpou um homem dentro de um vagão na Estação Sé, no centro de São Paulo. A vítima chamou a segurança do Metrô, que deteve a acusada e a levou à Delegacia do Metropolitano. O outro caso envolveu um homem que apalpou uma mulher na mesma estação e também acabou detido.

Os dois casos ocorreram na terça-feira, dia 25, e foram registrados pela delegacia como importunação ofensiva ao pudor. A polícia fez um termo circunstanciado e liberou os detidos depois de ouvi-los. Caso admitam a culpa, os acusados podem ser obrigados a prestar serviço à comunidade ou pagar uma cesta básica para alguma instituição escolhida pela Justiça. De acordo com o delegado Cícero Simão da Costa, da Delegacia do Metropolitano, já são 27 os acusados presos neste ano molestando sexualmente homens e mulheres no Metrô.

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Um vigilante foi preso nesta quarta-feira (26) acusado de estuprar a enteada de apenas 12 anos. O caso aconteceu no bairro de Caetés Velho, em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Alberes Félix, titular de delegacia de Abreu e Lima, José Lins Cavalcante, de 54 anos, vinha abusando da menor há cerca de seis meses. “A vítima disse que desde outubro do ano passado o padrasto abusava sexualmente dela, nos horários que não tinha ninguém em casa”, contou o delegado. 

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O caso foi denunciado pela mãe da vítima, que percebeu mudanças no comportamento da filha. “Em depoimento, a responsável pela menor contou que a filha passou a ficar muito nervosa e violenta, depois que começou a ser abusada”, concluiu Félix.

Ainda segundo o delegado, o vigilante será autuado por estupro de vulnerável e pode pegar de quatro a 16 anos de prisão. Ainda hoje ele será encaminhado para o Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. 

A presidente Dilma Rousseff usou a conta pessoal no Twitter para condenar os casos de assédio sexual no transporte público. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta sexta-feira informou que a Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom) registrou 22 casos de abusos no Metrô de São Paulo e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), entre janeiro e anteontem.

"A ação de criminosos que assediam e abusam de mulheres em ônibus, trens e metrôs envergonha a nossa sociedade", escreveu Dilma na rede social. "É uma triste coincidência que, no mês em que se celebra o Dia da Mulher, nos deparemos com onda de crimes de assédio sexual no transporte público."

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Segundo Dilma, apesar dos avanços no combate à violência doméstica, por meio da lei Maria da Penha, o País ainda enfrenta "outros tipos" de violência contra a mulher. "Venho pedir às vítimas que não se intimidem em denunciar. E às polícias que não se omitam em combater a prática. O Brasil de hoje não comporta mais qualquer tipo de violência contra a mulher", disse a presidente.

Até homem e mulher mais velha são vítimas de abusos no Metrô de São Paulo e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). É o que revelam os boletins de ocorrência e termos circunstanciados lavrados em virtude de assédios sexuais no sistema desde o início do ano. Ao todo, a Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom) registrou 22 casos dessa natureza entre janeiro e anteontem. Homens, os agressores têm, em média, 32 anos e 11 meses de idade e preferem atacar de manhã. As Linhas 3-Vermelha, do Metrô, 7-Rubi e 11-Coral, da CPTM, são as mais visadas.

Os registros indicam que metade dos aliciamentos aconteceram dentro dos vagões de metrô ou dos trens suburbanos e os demais, nas estações. A Palmeiras-Barra Funda, que integra linhas da CPTM a outra do Metrô na zona oeste da capital paulista, contabilizou três casos, assim como a Sé, no centro. Em seguida, figuram a Anhangabaú, também na região central, com duas ocorrências, a Consolação, na Linha 2-Verde, a Luz, na Linha 7, e a Brás da CPTM.

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De acordo com o delegado Cícero Simão da Costa, titular da Delpom, os molestadores agem com mais afinco nos horários de pico, quando as estações e os trens da rede ficam superlotados. "Em muitos casos, o criminoso começa a 'encoxar' a vítima no começo da linha e só para quando ela desce do trem." Sete molestadores eram casados.

No geral, conforme o levantamento feito pelo Estado, as vítimas têm 28 anos e 7 meses. Das 22 que foram molestadas e denunciaram os seus agressores à polícia neste ano, seis são casadas. Três têm mais de 40 anos. Houve um caso em que um passageiro acariciou a barriga, a cintura e o seio de uma babá de 54 anos, casada. O episódio ocorreu no interior de um trem na Linha 7, sentido Francisco Morato, em 31 de janeiro. O criminoso viajou sentado ao lado da vítima, que o denunciou aos seguranças ao desembarcar.

No dia 13 daquele mês, um técnico em informática de 22 anos foi molestado por um arquiteto de 38 na Estação Sé do Metrô, quando desembarcava do trem, às 17h35. Segundo o termo circunstanciado elaborado pela polícia, o aliciador "passou a mão no órgão genital da vítima apertando o mesmo com vigor". O jovem "não aceitou a importunação", empurrou o arquiteto para fora do vagão e, depois, o segurou "pelo colarinho para que fosse apresentado ao corpo de segurança" do Metrô. Todas as demais vítimas, no entanto, são mulheres.

Para a Polícia Civil, ainda existe muita subnotificação. Nesta quarta-feira (19), o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur), ligada à Delpom, frisou que é preciso que as mulheres denunciem qualquer abuso que sofram e apontem o responsável pelo crime para que ele seja punido.

Casos

Outros dois casos passaram a ser investigados nesta quinta-feira (20). Em um deles, duas adolescentes foram acariciadas por um homem na Linha 3-Vermelha. No outro, o agressor apalpou as coxas de uma mulher na Estação Consolação. Os dois homens foram detidos, mas já liberados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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