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O rei dos zulus, Goodwill Zwelithini, uma figura venerada mas também controversa na África do Sul, morreu nesta sexta-feira (12) aos 72 anos, depois de passar várias semanas hospitalizado por complicações relacionadas com a diabetes.

"É com grande dor que tenho que informar à nação o falecimento de Sua Majestade, o rei Goodwill Zwelithini (...) rei da nação zulu", afirma um comunicado assinado por Mangosuthu Buthelezi, um influente político veterano e também um príncipe zulu.

"Tragicamente, quando estava hospitalizado, a saúde de Sua Majestade piorou e ele morreu na manhã desta sexta-feira", completa o texto.

Este rei sem poder na África do Sul atual exercia, no entanto, uma grande influência sobre milhões de pessoas desta etnia, a mais importante do país, e tinha um papel espiritual.

Durante suas décadas de reinado, Zwelithini provocou vários escândalos, como quando propôs um festival de jovens virgens ou depois de chamar os migrantes africanos de "formigas" e " piolhos", o que aumentou os ataques xenófobos no país.

Recentemente, ele se mostrou favorável aos castigos físicos na escola e também afirmou que a homossexualidade "não era aceitável".

Ele subiu ao trono com 23 anos, em 1971, durante o apartheid, após a morte de seu pai.

Na África do Sul, os reis tradicionais são reconhecidos pela Constituição e, em muitos casos, têm um papel simbólico influente.

As polícias da China e da África do Sul apreenderam milhares de doses de vacinas falsas contra a covid-19, segundo informou nesta quarta-feira (3) a organização internacional Interpol, que considera que são apenas "a ponta do iceberg".

A organização com sede na cidade francesa de Lyon afirmou que 400 frascos foram confiscados, o equivalente a 2.400 doses, em um armazém nos arredores de Joanesburgo (nordeste da África do Sul) onde também foram encontradas máscaras falsas e três cidadãos chineses e um de Zâmbia foram presos.

Na China, a polícia desarticulou uma rede de venda de vacinas falsas contra a covid-19 em uma investigação em conjunto com a Interpol.

A Interpol informou que 80 pessoas foram presas e que mais de 3.000 vacinas falsas foram apreendidas.

"Apesar desta apreensão, é apenas a ponta do iceberg do tráfico de vacinas falsas contra o coronavírus", afirmou o Secretário Geral da Interpol, Jürgen Stock.

A Interpol também alertou que, até o momento, nenhuma vacina autorizada está à venda na internet.

"Qualquer vacina anunciada na internet ou na chamada 'dark web', não é legal, não foi analisada e pode ser perigosa".

Stock alertou em dezembro, durante uma entrevista ao jornal alemão WirtschaftsWoche, sobre o aumento dos crimes relacionados à distribuição de vacinas, com roubos em locais de armazenamento e ataques a cargas de vacinas.

A Fórmula 1 está de olho em novo/velho continente para suas corridas do Mundial. Nesta quinta-feira, a diretora global de promoção de corridas da categoria, Chloe Targett-Adams, que lida com os organizadores de eventos, disse que foi colocada como prioridade a adição de uma corrida na África, agora no topo da lista de desejos para novos eventos.

O inglês Lewis Hamilton, heptacampeão mundial, enfatizou que a África é para onde ele gostaria que o esporte fosse em breve. O ex-chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, tentou por muitos anos encontrar uma maneira de retornar à África do Sul, que esteve pela última vez no Mundial na abertura do campeonato de 1993, no autódromo de Kyalami. E esse é o desejo sob a gestão da Liberty Media.

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Embora a África do Sul continue sendo o local mais provável, também tem havido interesse de outros países, principalmente do Marrocos, que sediou uma corrida em 1958. "Eu concordo totalmente com Lewis, a África é um continente em que não corremos e isso é simplesmente errado", disse Targett-Adams em um seminário online. "É um lugar que a gente quer muito, é a prioridade. Há alguns anos, conversamos com opções possíveis. E esperamos que, no final das contas, sejamos capazes de fazer uma corrida lá logo ou a médio prazo".

Outra possibilidade que vem ganhando força nos últimos dias é a de se realizar uma segunda corrida nos Estados Unidos. Dono do autódromo de Indianápolis, Roger Penske revelou a intenção de estar preparado para receber uma prova de Fórmula 1, e o CEO da categoria, o italiano Stefano Domenicali, confirmou essa intenção.

"Ao lado da África, os Estados Unidos continuam sendo uma prioridade estratégica clara. Temos uma grande corrida em Austin (Texas) agora, onde estamos ansiosos para trabalhar com nosso promotor por mais alguns anos. Mas estamos olhando para uma segunda oportunidade de corrida, um local de destino, e procurando construir essa proposta de corrida dos Estados Unidos. Igualmente na Ásia, não escondemos o fato de que essa também é uma prioridade-chave", ratificou Targett-Adams.

A diretora insistiu que a Fórmula 1 não desistiu do GP do Vietnã. A corrida inaugural de Hanói foi adiada no ano passado após a pandemia do novo coronavírus e foi deixada de fora do calendário de 2021 após um escândalo político local.

"O Vietnã é um local de corrida incrivelmente emocionante para a Fórmula 1. Divisão demográfica extremamente jovem no país, setor comercial vibrante, estamos muito, muito animados para correr lá. E 2020 era para ter a primeira corrida, com um circuito incrível construído nos arredores de Hanói. E então, de forma totalmente compreensível, ninguém quer lançar uma primeira corrida no meio de uma pandemia. Estamos trabalhando em alguns problemas localizados com algumas mudanças no governo em andamento também, então decidimos e concordamos com nosso promotor, Vingroup, que 2021 simplesmente não era o momento certo para isso", comentou Targett-Adams.

A Espanha, que já limita voos do Brasil e da África do Sul, irá impor quarentena obrigatória a todas as pessoas que chegam desses países, a fim de evitar a propagação de novas variantes do coronavírus, anunciou nesta quarta-feira (17) a ministra da Saúde, Carolina Darias.

A medida, que entrará em vigor na madrugada de domingo para segunda-feira e valerá por 14 dias, significa que quem chega do Brasil e da África do Sul "deve ficar em casa, limitando seus deslocamentos e o acesso a terceiros", explicou Darias em entrevista coletiva.

A quarentena será de dez ou sete dias se a pessoa for submetida a um teste de covid-19 e obtiver resultado negativo, disse a ministra. Como "supõe uma limitação de direitos fundamentais", a medida precisará ainda ser homologada pelos tribunais, afirmou.

Desde o início de fevereiro, o governo mantém uma limitação estrita às chegadas do Brasil e da África do Sul, de modo que apenas os passageiros com nacionalidade ou residência na Espanha ou Andorra podem entrar no país.

A regra não se aplica a passageiros em trânsito, mas eles não podem sair do aeroporto nem ficar por mais de 24 horas.

No final de dezembro, a Espanha suspendeu, assim como outros países, a chegada de viajantes do Reino Unido, exceto cidadãos espanhóis e residentes no país, devido à expansão da variante britânica, mais contagiosa.

Segundo a ministra da Saúde, até agora foram registrados no país 613 casos confirmados da variante britânica, seis da sul-africana e dois da brasileira. As autoridades alertaram que a variante britânica pode se tornar predominante na Espanha até março.

As variantes detectadas no Reino Unido, África do Sul e Brasil preocupam a comunidade internacional, que questiona sua contagiosidade e a eficácia das vacinas contra elas.

A Espanha, um dos países europeus mais afetados pela pandemia do coronavírus, contabiliza mais de 66 mil mortes e 3,1 milhões de casos.

A África do Sul anunciou neste domingo (7) que suspendeu temporariamente seu programa de imunização contra a covid-19, que deveria começar nos próximos dias com um milhão de vacinas de Oxford/AstraZeneca, após estudo que revela sua eficácia "limitada" contra a variante sul-africana.

De acordo com um ensaio sul-africano da Universidade de Witwatersrand divulgado neste domingo, mas que não leva em conta os casos graves, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca oferece "proteção limitada contra formas moderadas da doença causada pela variante sul-africana em jovens adultos”.

Além disso, na sexta-feira, um porta-voz da AstraZeneca, citado pelo Financial Times, apontou que um estudo com 2 mil pessoas mostrou que a vacina britânica tem "eficácia limitada contra as formas leves da doença causadas pela variante sul-africana".

No entanto, ela pode ser eficaz contra as formas graves da doença, embora ainda não haja dados suficientes desse estudo, que será publicado na segunda-feira.

"É um problema temporário, devemos suspender as vacinas da Astrazeneca até resolvermos esses problemas", afirmou o ministro da Saúde, Zweli Mkhize, em entrevista coletiva online no domingo.

"Pesquisadores sul-africanos e britânicos descobriram que (...) a vacina é muito mais eficaz contra a (cepa) original do coronavírus" do que contra a variante, disse um comunicado sobre o estudo da Universidade de Witwatersrand.

“Estas primeiras conclusões parecem confirmar que a variante do vírus que apareceu na África do Sul pode ser transmitida entre a população já vacinada”, acrescentou.

Pode "demorar um pouco" até que seja determinada sua eficácia contra a nova variante, que é cada vez mais comum entre os idosos no Reino Unido, disse à BBC, no domingo, Sarah Gilbert, que lidera o desenvolvimento da vacina em Oxford.

A África do Sul é o país do continente mais afetado pelo vírus, com mais de 1,5 milhão de casos e mais de 46 mil mortes.

A Espanha vai restringir voos do Brasil e da África do Sul, permitindo apenas a entrada de passageiros de países que tenham nacionalidade ou residência espanhola e andorrana, para reduzir a propagação de novas variantes do coronavírus, anunciou terça-feira (2) a porta-voz do governo. As restrições, semelhantes às adotadas por outros países europeus, entrarão em vigor nesta quarta-feira (3) e terão duração de duas semanas, disse em entrevista coletiva a porta-voz María Jesús Montero. A decisão está de acordo com a que foi adotada por outros países europeus como a Alemanha, que restringiram as entradas de países afetados por variantes da covid-19.

Com o anúncio, cresce o número de países que já estabeleceram algum tipo de restrição para viajantes provenientes do Brasil. Nas últimas semanas, os governos da Itália, Alemanha, Portugal e dos vizinhos Colômbia e Peru proibiram voos partindo do Brasil.

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Montero também afirmou que além dos cidadãos e pessoas com visto de residência na Espanha e em Andorra, o país também permitirá a entrada de passageiros em trânsito a partir do Brasil e da África do Sul que não permaneçam mais de 24 horas no país e que não saiam do aeroporto. As restrições integram a "ação decidida por este governo para proteger a saúde dos cidadãos, contendo o avanço da doença", disse María Jesús Montero.

Desde o fim de dezembro, a Espanha só permite a entrada a partir do Reino Unido de pessoas com nacionalidade ou residência na Espanha e no microestado de Andorra, após a detecção da nova variante neste país, que é mais contagiosa. De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde local, a Espanha registrou mais de 350 casos confirmados da variante britânica.

A Espanha, um dos países europeus mais afetados pela pandemia, se aproxima de 60.000 mortes e já superou 2,8 milhões de casos de covid-19.

Uma portaria publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (26) proíbe voos provenientes da África do Sul para o Brasil e restringe, por tempo indeterminado, a entrada de estrangeiros de qualquer nacionalidade por meio de transportes ferroviários e aquaviários. O texto cita a preocupação com as novas variantes do coronavírus detectadas no Reino Unido e na África do Sul, que já estão em circulação no Brasil. Os voos do Reino Unido e da Irlanda do Norte já estavam proibidos desde o Natal.

A medida, assinada pelos ministros Walter Braga Netto, da Casa Civil, André Luiz Mendonça, da Justiça e Segurança Pública, e Eduardo Pazuello, da Saúde, usa como justificativa para as restrições uma recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para "restrição excepcional e temporária de entrada no País".

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As restrições não se aplicam a brasileiros, imigrantes que residem no País, profissionais estrangeiros "em missão a serviço de organismo internacional" e portadores de autorizações especiais. Viajantes do Paraguai também têm permissão para entrar no Brasil por vias terrestres.

De acordo com a portaria, os viajantes que descumprirem as normas estão sujeitos a responsabilização civil, administrativa e penal, repatriação ou deportação imediata e inabilitação de pedido de refúgio.

Transporte aéreo

Apesar de proibida para viajantes do Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul, a entrada no Brasil por transporte aéreo segue liberada para outros países.

Mesmo em vigência desde o fim do ano passado, a portaria estabelece mais uma vez que o viajante - brasileiro ou estrangeiro - apresente à companhia aérea um documento que comprove a realização de teste laboratorial RT-PCR, com resultado negativo ou não reagente, feito nas 72 horas anteriores ao voo.

O exame precisa ser feito em laboratório reconhecido pela autoridade de saúde do país do embarque e deve ser apresentado em português, espanhol ou inglês.

A África do Sul, principal potência industrial do continente africano, ainda não recebeu nenhuma vacina. Mergulhado em uma segunda onda de Covid-19, o país enfrenta o desafio assustador de vacinar toda a população.

"Será a maior e mais complexa operação logística da história do nosso país", reconheceu o presidente Cyril Ramaphosa na segunda-feira.

"Maior que o nosso programa de tratamento do HIV", no país do mundo mais atingido pela aids, acrescentou.

Após semanas de incertezas e silêncio, o governo garantiu que as primeiras doses chegarão rapidamente. Um milhão em janeiro e 500.000 em fevereiro. Como são necessárias duas doses, as vacinas serão destinadas primeiro a 1,2 milhão de pessoas que trabalham na saúde.

"É praticamente impossível vacinar o pessoal da saúde em janeiro. Faltam duas semanas e o país ainda não tem vacinas", disse à AFP Angelique Coetzee, presidente da associação dos médicos.

Vinte milhões de doses foram prometidas para o primeiro semestre do ano, anunciou Ramaphosa, sem fornecer mais detalhes. As informações sobre o programa de vacinação são divulgadas em conta-gotas.

Obtenção de vacinas suficientes, dificuldade de armazenamento, rede de resfriamento, segurança contra roubo e rastreabilidade. Trata-se de um grande desafio para o país.

Depois, a "principal dificuldade será distribuir as vacinas em regiões isoladas. Existem áreas do país onde não há nem estradas", alerta Barry Schoub, membro do conselho científico do Ministério da Saúde, questionado pela AFP.

O governo reitera que o processo será transparente. Em um país onde os políticos, até no topo do Estado, são suspeitos de lucrar com contratos relacionados à pandemia na primeira onda, a promessa é válida. "Os abutres vão tirar proveito da miséria da Covid-19", foi a manchete do jornal de maior circulação do país.

O último anúncio do presidente ocorre em meio a uma nova onda de infecções no país, que já conta com 1,2 milhão de infectados.

A África do Sul participa do dispositivo Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS) para acesso justo às vacinas. Por meio dele, receberá vacinas para 10% da população, entre abril e junho.

Esse período levou o governo, muito criticado por não ter obtido as primeiras doses como em outros países do mundo, a negociar diretamente com as empresas farmacêuticas para obter as vacinas mais cedo.

"As negociações estão em andamento para vacinas adicionais para vacinar 40 milhões de pessoas até o final do ano", disse Barry Schoub.

- "Irrealista" -

O governo espera vacinar 40 milhões - 67% da população - até o final do ano, protegendo assim a África do Sul com imunidade coletiva. "Irrealista", diz Angelique Coetzee, "67% não é para este ano".

"Seria preciso vacinar 150 mil pessoas por dia nos próximos doze meses, o que não é viável", alerta, antes de lembrar que falta pessoal e o sistema de saúde está exausto por meses de pandemia.

"Quem vai vacinar todas essas pessoas?", questiona.

Vários grupos de oposição também consideram que as promessas do governo são "impraticáveis". Para alguns, fracassou ao longo do caminho, e eles nem mesmo "têm a menor ideia de como administrar a crise".

A OMS pediu na sexta-feira o "fim dos acordos bilaterais em detrimento da Covax", pois isso pode "fazer subir os preços" das vacinas, o que deixaria países como a África do Sul, que não têm meios para vacinar a população, num dilema impossível entre obter o máximo de doses o mais rápido possível e não encorajar um aumento do preço de mercado.

A União Africana (UA) obteve 270 milhões de vacinas contra a covid-19 para o continente, anunciou na quarta-feira a África do Sul, que detém a presidência rotativa da entidade.

Pelo menos 50 milhões dessas vacinas estarão disponíveis entre abril e junho, e serão fornecidas pelos laboratórios Pfizer-BioNTech, AstraZeneca (que tem sua produção na Índia) e Johnson & Johnson.

A África do Sul, o país africano mais afetado pela pandemia do novo coronavírus, com mais de 930 mil casos registrados, anunciou nesta terça-feira (22) que se juntou ao dispositivo Covax para ajudar os países mais pobres a terem acesso à vacina contra a Covid-19.

"Adiantamos 19,2 milhões de dólares (15,8 milhões de euros) à Aliança para as Vacinas (GAVI) para garantir a entrada da África do Sul no dispositivo", declarou o Ministério da Saúde sul-africano em um comunicado.

Este valor representa o custo das vacinas para apenas 10% da população da primeira potência econômica do continente, ou seja, quase seis milhões de pessoas, segundo o ministério.

Essa participação foi financiada com o fundo de solidariedade que o país lançou no início da crise sanitária, para apoiar os esforços econômicos do governo sul-africano no combate à pandemia.

"Não há dúvidas de que uma vacina contra a covid-19 terá um papel importante para ajudar a África do Sul a combater o vírus", declarou a presidente do fundo, Gloria Serobe, no comunicado.

O dispositivo Covax, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a GAVI, engloba cerca de 190 países, dos quais mais de 90 têm nível de renda baixo ou médio.

Até o momento, obteve pouco mais de 1,6 bilhão de euros (1,9 bilhão de dólares), mas em 2021 precisará de cerca de 3,8 bilhões de euros a mais (4,6 bilhões de dólares).

As autoridades de saúde sul-africanas pretendem aprovar as primeiras vacinas antes do segundo trimestre de 2021, apontou a GAVI nesta terça-feira em um comunicado.

Em dezembro, houve dias em que a África do Sul registrou mais de 10.000 novos casos e cerca de 25.000 mortes por covid-19.

Uma nova variante do coronavírus detectada na África do Sul poderia explicar a velocidade da segunda onda de transmissão no país, atingindo também pacientes mais jovens, anunciou o ministro da Saúde, Zwelini Mkhize, nesta sexta-feira (18).

Esta "variante 501.V2" do vírus foi identificada por pesquisadores sul-africanos e relatada à Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou o ministro Mkhize em um comunicado.

Esta equipe sequenciou centenas de amostras de todo o país desde o início da pandemia em março e "observou que uma determinada variante domina os resultados desses dois últimos meses", explicou.

Além disso, os médicos sul-africanos perceberam uma evolução no panorama epidemiológico, com maior número de pacientes mais jovens, sem comorbidades, desenvolvendo formas graves da doença.

Todos os elementos "indicam fortemente que a segunda onda que atravessamos é impulsionada por esta nova variante", acrescentou o ministro.

A equipa de pesquisadores sul-africanos, liderada pelo Professor Tulio de Oliveira (centro KRISP, Universidade de Kwazulu-Natal), compartilhou as suas observações com a comunidade científica, o que permitiu aos pesquisadores do Reino Unido "estudar suas próprias amostras e encontrar uma variante semelhante", potencialmente envolvida na transmissão galopante observada em algumas áreas do país, segundo o ministro.

Esta não é a primeira vez que mutações SARS-CoV-2 foram observadas e relatadas no mundo e o ministro Mkhize afirmou que uma segunda onda tão rápida não era esperada.

Para além da possível aceleração das infecções associadas a esta variante, a chegada do verão e o cansaço decorrente da primeira onda provocaram um certo abrandamento das medidas de precaução.

A África do Sul, oficialmente o país mais afetado do continente africano, registra 24.285 mortes e mais de 900.000 casos, mais de 8.700 deles detectados nas últimas 24 horas. No pior momento da primeira vaga, em julho, o número diário de casos era de 12 mil.

O intercâmbio é um bom caminho para as pessoas que querem se aperfeiçoar em um idioma de seu interesse. Há nações que, além de serem bons destinos para estudos, oferecem aos estudantes a oportunidade de conhecer diferentes culturas.

Veja, a seguir, países para fazer intercâmbio na Europa, África do Sul, América do Sul e América do Norte. O diretor da agência 'We Intercâmbio', José Neves, apresentou alguns destinos para estudar, além de valores de cursos e acomodações em cada país. Confira:

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1 - Malta

Foto: Pixabay

É um país pequeno, localizado embaixo da Itália, e tem um dos melhores valores para programas de intercâmbio, além de não exigir visto para quem quer estudar por até três meses na Ilha. E estando na Europa, você pode conhecer vários outros países por perto.

Em Malta, um curso de inglês, com carga de 15 horas por semana, custa em torno de R$ 5 mil. Já a média de custo de um mês de acomodação (casa de família) gira em torno de R$ 4.687,20 a R$ 13.410,60.

2 - África do Sul

Foto: Pixabay

É um destino muito procurado ultimamente por conta do seu valor de moeda. A moeda do País é o rand e ela é desvalorizada em relação ao real. O programa normalmente tem um valor mais caro, pois ele é cotado em dólar, mas o custo dentro do país considerado barato. Um mês estudando na África do Sul custa em torno de R$ 7 mil o curso de inglês com carga horária de 15 horas por semana. A média de custo de um mês de acomodação (casa de família) vai de R$ 3400,95 a R$ 6636,00.

3 - Irlanda

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É um excelente país para quem quer estudar e para quem almeja trabalhar também, pois conta com um programa de seis meses em que você ganha o direito de trabalhar no país. Se você quer estudar por até três meses, a Irlanda tem entrada liberada para brasileiros que queiram aprender inglês.

Um mês estudando na Irlanda custa em torno de R$ 5 mil e 30 dias de acomodação custam de R$ 5.240,55 a R$ 7584,15.

4 - Espanha

Foto: Pixabay

Para quem curte a língua espanhola, a Espanha tem cidades que possuem preços atrativos em qualificações. Salamanca é uma delas, com curso de espanhol de 15 horas por semana, ao preço de R$ 4.500. No que diz respeito à média de custo de um mês de acomodação (casa de família), o valor vai de R$ 5598,60 a R$ 8.202,60. 

5 - França

Foto: Pixabay

Assim como a Espanha, a França cidades atrativas para o aprendizado de um idioma. Um exemplo dessas cidades é Lyon, onde você pode estudar francês pagando R$ 4.500 para ter 15 horas de francês por semana. A média de custo de um mês de acomodação (casa de família) pode ir de R$ 5468,40 a R$ 9114.

6 - Argentina

Foto: Pixabay

Nossos hermanos também têm opções para quem deseja aprender espanhol. Um mês estudando na Argentina, em Buenos Aires, custa em torno de R$ 6. mil. A média de custo de um mês de acomodação (casa de família) varia de R$ 5419,40 a R$ 8626,80.

7 - México

Foto: Pixabay

Outrodestino que vem tendo uma procura acentuada nos últimos tempos é o México, pois os valores para esse destino estão se tornando muito atrativos devido a sua moeda que também é desvalorizada em relação ao real. Por R$ 4.300, você consegue estudar um mês de espanhol no México com a carga horária de 15 horas semanais. A média de investimento em um mês de acomodação custa R$ 5.308,80.

De acordo com a revista Variety, o seriado ‘’Betty, a Feia’’, ou em inglês ‘’Ugly Betty’’, ganhará uma nova versão para o ano que vem, dessa vez, produzida na África do Sul.

Segundo a publicação, o seriado chamará ‘’uBettina Wethu’’. A pré-produção da série está prevista para acontecer já no próximo mês, com expectativas de que as filmagens se iniciem em janeiro de 2021.

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O remake deve aproveitar o roteiro de sucesso das demais versões. A primeira temporada da atração será transmitida pela SABC, uma emissora pública sul-africana.

A primeira versão colombiana, lançada em 1999, foi um sucesso em diversas partes do mundo, o que já rendeu várias outras adaptações, inclusive uma brasileira, que foi produzida pela Record em 2010. No entanto, a versão sul-africana será a primeira a contar com uma protagonista negra.

Dois policiais sul-africanos foram presos na sexta-feira (28) e serão acusados de homicídio de um adolescente com síndrome de Down, baleado em um bairro nos arredores de Johanesburgo - anunciou neste sábado (29) a Ouvidoria da Polícia.

Nathaniel Julius, um jovem de 16 anos com síndrome de Down, foi morto na quarta-feira no Eldorado Park, um bairro devastado pelas drogas e pela violência.

Sua família relatou que os policiais atiraram no adolescente que havia saído para comprar biscoitos em uma loja perto de sua casa. Devido à sua condição, ele não conseguiu responder as perguntas dos agentes.

A Diretoria Independente de Investigadores de Polícia (Ipid, sigla em inglês) decidiu prender os agentes envolvidos e acusá-los, "após um exame cuidadoso das evidências disponíveis".

"Eles serão acusados de homicídio", declarou a Ipid em nota divulgada hoje.

O assassinato provocou violentas manifestações no bairro, o que levou o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, a pedir calma à população.

A morte de um adolescente com deficiência na África do Sul, depois de ter sido supostamente baleado pela polícia, gerou manifestações violentas na periferia de Joanesburgo, nesta quinta-feira (27).

A polícia interveio disparando gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar as centenas de manifestantes indignados no Eldorado Park, sul de Joanesburgo.

Os habitantes queimaram pneus e ergueram barricadas nas ruas. Também atiraram pedras na polícia e danificaram uma delegacia local.

Essas manifestações ocorreram após a morte, na quarta-feira à noite, de um adolescente de 16 anos identificado como Nathaniel Julius.

O jovem havia saído para comprar biscoitos antes de se encontrar com outros garotos, quando uma patrulha da polícia abordou o grupo.

O adolescente era incapaz de responder as perguntas da polícia devido à sua condição, explicou sua irmã Petunia Julius à televisão local Newzroom Afrika.

"Eles o mataram diretamente", sem tiro de advertência, às 20h30 no horário local, contou.

Julius morreu mais tarde no hospital, acrescentou.

O órgão de controle da polícia está investigando essa morte.

Filha de Nelson Mandela, a embaixadora da África do Sul na Dinamarca, Zindzi Mandela, faleceu nesse domingo (12). A notícia foi confirmada pela Fundação Nelson Mandela e a causa da morte não foi divulgada.

Aos 59 anos, Zindzi faleceu em um hospital de Joanesburgo. A embaixadora deixa quatro filhos Zoleka, Zondwa, Bambatha e Zwelabo, e o marido Molapo. 

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Zindzi Mandela  ficou conhecida internacionalmente por ter lido a rejeição de Nelson Mandela à oferta de liberdade do então presidente sul-africano, P.W. Botha, em 1985.

Nelson Mandela, também conhecido como Mandiba, faleceu há sete anos. Ele passou 27 anos preso e ganhou a liberdade em 1990. Em 1994, Nelson se tornou o primeiro presidente da África do Sul, na era pós-apartheid, até 1999.

Após o setor de hospitalidade da Inglaterra, incluindo bares e restaurantes, ter reaberto pela primeira vez em mais de três meses, o secretário de Saúde do país, Matt Hancock, afirmou neste domingo (5) que a grande maioria das pessoas se portou da forma "certa". A avaliação é que a reabertura dos bares no sábado (4) não sobrecarregou os serviços de emergência, como se temia durante os preparativos para a flexibilização do bloqueio.

De modo geral, os londrinos pareceram respeitar as regras, ainda que em alguns locais a quantidade de pessoas dentro e fora dos bares colocasse em dúvida a manutenção do distanciamento social. Apesar do afrouxamento das regras ter sido bem-vindo por boa parte da população, há temores de que o governo britânico esteja excessivamente apressado em implementar as mudanças. O Reino Unido é o terceiro país com o maior número de mortos por Covid-19, 44.283, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, atrás apenas do Brasil e dos Estados Unidos.

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A África do Sul superou pela primeira vez a marca de 10 mil novos casos em um único dia. Com isso, o número total de casos chegou a 187.977, de longe o maior em todo o continente africano, que soma aproximadamente 450 mil infectados. As infecções na África do Sul continuam subindo na província de Gauteng, onde está localizada a cidade de Johannesburgo e a capital, Pretoria. Autoridades de saúde locais já reportaram preocupação com a alta ocupação dos leitos nos hospitais públicos.

A Índia reportou novo recorde de contaminações nas últimas 24 horas, 24.850 confirmadas, elevando o número total de casos para 673.165. A Índia é o quarto país com maior número de contaminações por coronavírus, atrás dos Estados Unidos, Brasil e Rússia. O número de vítimas fatais chegou a 19.268. O Conselho Indiano de Pesquisa Médica informou na semana passada que estabeleceu prazo até 15 de agosto - dia da independência da Índia - para desenvolver uma vacina contra o coronavírus, pedindo a pesquisadores que inscrevam voluntários para ensaios até 7 de julho. A cientista chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, disse em entrevista neste sábado ao jornal indiano The Wire que alguns resultados da fase 1 da pesquisa estariam disponíveis apenas em agosto, "se tudo correr conforme o planejado".

Na Austrália, o Estado de Victoria, um dos mais afetados pela covid-19, registrou 74 novos casos no domingo, após anunciar no sábado o número recorde de 108 novas infecções. O salto levou o primeiro-ministro estadual Daniel Andrews fechar nove blocos de moradias públicas no centro da cidade, onde vivem 3 mil pessoas e 27 foram infectadas. Andrews disse que os residentes terão seu aluguel dispensado pelas próximas duas semanas e receberão pagamentos pontuais de 750 a 1.500 dólares australianos (US$ 520 a US$ 1.040). O governo também deve providenciar a entrega de alimentos e suprimentos médicos para os moradores.

A Coreia do Sul registrou mais de 60 novos casos de covid-19 em 24 horas pelo terceiro dia consecutivo. O número total de casos no país, assim, chegou a 13.091, com 283 mortes. O Centro de Controle e Prevenção de doenças do país informou que dos novos casos, 43 eram pacientes infectados localmente os restantes referem-se a pessoas que chegaram de viagens internacionais.

Na China, oito novos casos de covid-19 foram confirmados, dos quais dois na capital Pequim - foi o sétimo dia consecutivo de aumento de um dígito. As autoridades confirmaram 334 infecções durante um surto detectado há cerca de três semanas na cidade, o maior do país desde março. Nenhuma morte foi relatada.

Nos Estados Unidos, o Estado do Texas registrou seu maior aumento diário de casos de coronavírus, 8.258. Em grande parte do Estado, o uso de máscaras passou a ser obrigatório a partir de sexta-feira, com multa de US$ 250 para quem não cumprir a determinação. No sábado, o número total de infectados pelo coronavírus no Texas chegou a 191.790, segundo autoridades de saúde locais. Também foram reportadas 33 mortes. O país registrou menos de 50 mil novos casos no sábado - precisamente, 45.300 casos -, a primeira vez nos últimos quatro dias, quando o número diário de infectados ultrapassou 50 mil, segundo a Johns Hopkins. O número mais baixo pode estar relacionado à redução de relatórios no feriado nacional do Dia da Independência (4 de julho). Mais de 2,839 milhões de norte-americanos já contraíram covid-19 e 129.676 pessoas morreram no país em virtude da doença.

Neste domingo, o papa Francisco elogiou o pedido do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de cessar-fogo global e imediato em regiões de conflito armado, por ao menos 90 dias, para garantir paz e segurança ao fornecimento de assistência humanitária, incluindo retirada de doentes por covid-19. Na missa realizada na Praça São Pedro, Francisco disse ter esperança que a resolução do Conselho poderia ser um "corajoso primeiro passo para o futuro da paz. Fonte: Associated Press.

A África do Sul superou 100.000 casos do novo coronavírus, com um número de mortes próximo de 2.000, anunciaram as autoridades nesta segunda-feira (22).

"Até o momento, o número total de casos confirmados de COVID-19 na África do Sul ultrapassou 100.000 e está em 101.590", afirmou o Ministério da Saúde em comunicado.

Nas últimas 24 horas, foram registrados 61 óbitos pela doença no país, elevando o número de mortes para 1.991.

Apesar dos números altos, a taxa de mortalidade pelo vírus na África do Sul é de 2% e 52,6% dos infectados foram curados.

A região mais afetada é a do Cabo Ocidental, onde estão 1.458 das quase 2.000 mortes registradas no país e mais da metade dos contágios.

Segundo as estatísticas da Organização Mundial da Saúde, a África do Sul responde por mais da metade das infecções por coronavírus no continente africano, seguida pela Nigéria (20.000) e Gana(14.000).

Em meio ao estresse e fadiga, a falta de material e de formação, os profissionais da saúde da África do Sul enfrentam o aumento do número de pacientes do novo coronavírus, à espera do pico da pandemia, previsto para julho.

"Como é possível trabalhar com oito pares de luvas durante um turno de 12 horas?", questiona uma enfermeira do hospital de Livingstone na província de Cabo Oriental (sul), que pede para não revelar o nome.

Até o momento, a África do Sul, país do continente mais afetado pela doença, registrou quase 84.000 casos de infecção, com mais de 1.700 mortes, e antecipa o pico da pandemia dentro de algumas semanas.

A maioria dos casos está concentrada em três províncias: Cabo Ocidental (sul), Gauteng (norte) e Cabo Oriental (sul).

"É difícil prever se seremos capazes de administrar a situação", afirma um médico da cidade de East London, em Cabo Oriental, que denuncia a falta de respiradores e de formação dos profissionais da saúde.

"O sistema já funcionava mal antes, por isso é difícil preparar-se para uma pandemia", completa.

No hospital em que trabalha, o CTI foi fechado por uma semana após a descoberta de um caso de Covid-19. Os funcionários passaram por exames e o local foi higienizado, mas alguns pacientes faleceram.

"Não diria que morreram porque não pudemos recebê-los, mas talvez eles tivessem sobrevivido se tivessem sido admitidos no CTI", diz o médico.

Ao menos cinco hospitais de Cabo Oriental foram fechados momentaneamente para descontaminação após a detecção de mais de 200 casos entre profissionais de saúde da província, de acordo com o sindicato Hospersa.

A medida foi criticada pelo porta-voz do serviço de saúde de Cabo Oriental, Sizwe Kupelo.

"É uma epidemia mundial e não ouvi falar de nenhum outro país onde os profissionais da saúde pedem o fechamento de hospitais quando um caso é detectado", afirmou, indignado.

Outros hospitais fecharam por greves para denunciar as condições de trabalho, a falta de higiene e a carga de trabalho.

Beverley McGee, enfermeira que contraiu o vírus, expressou o mal-estar em uma carta enviada ao ministro da Saúde, Zweli Mkhize.

"Trabalhamos sem pausa em meu hospital", escreveu a funcionária de uma clínica particular de Cabo. "Nós, as enfermeiras, estamos extenuadas emocionalmente, cheias de fúria, ansiedade, medo, estresse e decepção."

"Cada vez que tento transferir um paciente para o CTI em nosso hospital de referência, eles me dizem que estão lotados", afirmou um funcionário da emergência de um hospital da região de Cabo (sul).

"Acho que vai ser muito, muito difícil. Temos recursos limitados de oxigênio e ter que decidir quem pode ter acesso me aterroriza", acrescenta, denunciando a situação de pacientes com dificuldades respiratórias obrigados a passar a noite sentados em cadeiras.

E a situação é cada vez mais complicada. Depois das grandes cidades, as zonas rurais começam a enfrentar o fluxo de pacientes da Covid-19.

"De um momento para outro, todos começam a dar positivo", disse um médico do hospital Nompumelelo, na pequena cidade de Peddie (sul). "Para os pequenos hospitais como o nosso o apoio não é suficiente".

"Será muito complicado se tentarmos continuar apresentando esta imagem de serenidade, preparação e calma que desejamos mostrar", adverte.

"Cabo Oriental é vulnerável, não podemos nos enganar. Nosso governo tem que acordar", completa.

Seu cabelo crespo curto e seu discurso feminista impressionam e inspiram jovens admiradoras na África do Sul. A nova miss Universo, Zozibini Tunzi, é aclamada em sua volta para casa.

De brincos azuis e com um vestido de estampa africana, Zozibini sorri e saúda as pessoas nas ruas, em desfile em carro aberto em Johanesburgo.

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"Aceite e até venere seu cabelo natural. Queremos que nossas filhas façam o mesmo", diz a cabeleireira Millicent Manyike, de 28 anos, que foi admirar a miss coroada em dezembro passado nos Estados Unidos.

"É importante para nós, garotas negras, que tenhamos uma representação da nossa identidade", afirmou a estudante Lebogang Petje, de 18 anos.

"Ela é uma verdadeira inspiração. Me orgulha ver uma Miss Universo tão natural", elogiou.

Depois de uma viagem pelos Estados Unidos e pela Indonésia, Zozibini Tunzi retornou para seu país.

"Não sabia que seria Miss Universo, porque não acreditava que fosse possível para uma pessoa como eu", comentou, referindo-se à sua cor de pele e ao cabelo crespo e curto.

Programa para as mulheres 

A sul-africana, de 26 anos, também se apresenta como defensora das causas das mulheres.

"Uma das coisas mais importantes é a emancipação das mulheres", frisou.

Sua condição de Miss Universo lhe permite "educar as pessoas sobre a violência contra as mulheres", apontou hoje uma de suas admiradoras, vestida com uma camiseta com a frase "Um mundo sem estupro e sem violência".

Com a coroação de Zozibini Tunzi, "agora as garotas negras podem sonhar. Nada pode nos deter", acrescentou Athabile Nkatali, uma sul-africana de 35 anos.

O concurso de Miss Universo "comercializa as mulheres", mas a vitória de Zozibini é "uma conquista para uma jovem negra que veio do interior", completou.

Originária da província de Cabo Oriental (sudeste), ela deve assistir hoje à noite ao discurso anual do presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, à nação.

"Quero ver se ele tem um programa para as mulheres", disse Zozibini nesta quinta-feira.

Os feminicídios são um flagelo na África do Sul, país marcado pela violência. Uma mulher é assassinada no país a cada três horas e, por dia, a polícia registra 110 denúncias de estupro, segundo estatísticas oficiais.

Recentemente, Cyril Ramaphosa comparou o nível de violência infligida às sul-africanas "com o de um país em guerra" e lançou uma campanha nacional de mobilização contra esta calamidade.

No concurso, a nova Miss Universo desfilou com um vestido costurado com mensagens de amor destinadas às mulheres, escritas por homens sul-africanos.

Um vídeo inusitado feito pelo diretor de um safári do Kruger National Park, na África do Sul, fez sucesso na internet. Nas imagens captadas por Kurt Schultz, um primata da espécie babuíno tem em seus braços um filhote de leão. A cena lembra muito uma passagem da animação "O Rei Leão" (1994), na qual o macaco Rafiki, em um tipo de ritual de batismo, ergue o pequeno Simba para reverência dos outros animais da floresta.

Em entrevista à plataforma de aplicativos Latest Sighting, que atende visitantes de safáris na África, o responsável pelo Kurt Safari declarou ter ficado surpreso com os cuidados do babuíno ao felino pois, em geral, os primatas se alimentam dos filhotes. "No começo, eu pensei que era um babuíno fêmea, mas na verdade era um macho jovem. O babuíno atravessou a estrada e subiu em uma árvore. Esperei cerca de 30 minutos antes que aparecesse à vista e se movesse de uma árvore para a outra, o resto do grupo se afastou e o babuíno estava cuidando do filhote de leão como se fosse um pequeno babuíno", contou.

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Mesmo com uma certa demonstração de carinho do primata para com o filhote de leão, é possível que o felino tenha sido levado para servir de comida aos macacos em uma prática comum dos bichos dessa espécie. "A natureza tem seus próprios caminhos. Não podemos nos envolver. Eu não vi chances daquele pequeno filhote sobreviver. A tropa de babuínos era grande e os leões não conseguiriam recuperar o mais jovem. A natureza é cruel e a sobrevivência de filhotes não é fácil", comentou Schultz na entrevista.

Ainda segundo o diretor do safári, era perceptível que o leãozinho respirava com dificuldade e tinha ferimentos em várias partes do corpo.

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