Tópicos | aglomeração

Neste domingo (19), em frente ao Comando Militar do Nordeste, no KM da BR-232, bairro do Curado, Recife, uma manifestação pediu intervenção militar no Brasil. O evento desrespeita o decreto estadual que proíbe aglomerações e vai contra as orientações da Organização Mundial de Saúde, em meio a pandemia do novo coronavírus.

A Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar estiveram no local, mas não houve confronto.

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

O presidente da República voltou a descumprir o que pede a OMS e incentivou aglomerações, participando de atos neste domingo (19). Os manifestantes pró AI-5 gritavam a cada frase proferida por Bolsonaro no QG do Exercito em Brasilia.

"Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil. Nós não queremos negociar nada, nós queremos é ação para o Brasil. O que tinha de velho ficou para trás", começou afirmando o líder do executivo. 

##RECOMENDA##

Em outra fala o presidente disse que fará tudo que puder para manter a democracia: "Contem com seu presidente para fazer tudo aquilo que for necessário para que nós possamos manter nossa democracia e aquilo de mais sagrado que temos, a nossa liberdade". 

O que chamou atenção além do descumprimento do que pede a OMS e de participar em novo ato contra o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, e a favor do AI-5 que cerceou opositores durante a ditadura, foi a dificuldade de Bolsonaro em concluir algumas frases e tossindo repetida vezes. 

[@#video#@]

O senador Humberto Costa (PT-PE) acusou o presidente da República, Jair Bolsonaro, de sabotar as ações de combate ao novo coronavírus, implementadas pelas autoridades de saúde pública.

Segundo ele, em vez de liderar o país neste momento, Bolsonaro estimula a aglomeração de pessoas. O senador citou que, no último sábado (11), durante visita às obras de um hospital de campanha na cidade goiana de Águas Lindas, o presidente reuniu em torno de si vários moradores da localidade.

##RECOMENDA##

Humberto ainda lamentou que alguns prefeitos e governadores já pensem em relaxar as medidas de isolamento social implementadas recentemente, seja pela ampliação do número de empresas que podem continuar operando normalmente ou até mesmo pelo retorno das aulas em escolas públicas. Ele alertou que agora não é hora de pensar no fim do isolamento social, porque, segundo previsões do Ministério da Saúde, maio e junho serão os piores meses da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

"É importante lembrar que os países que obtiveram os melhores resultados no enfrentamento à pandemia do coronavírus foram aqueles que adotaram medidas radicais de isolamento social. É o caso de Portugal, é o caso da Argentina, que, apesar dos bons resultados até agora, não abrem mão de manter por mais um tempo as medidas de isolamento social para impedir que a pandemia volte a crescer", disse.

Humberto também lembrou de governantes de alguns países que, depois de menosprezarem a covid-19 num primeiro momento, passaram a defender as medidas de isolamento social para conter a pandemia.

Um deles, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, chegou a ser infectado pelo vírus e, depois de curado, elogiou o serviço público de saúde do Reino Unido, disse o senador, que também defendeu o fortalecimento do SUS e a adoção de ações para reduzir as desigualdades sociais e melhorar as condições de vida de milhões de brasileiros que sofrem com a falta de saneamento.

*Da Agência Senado

Seguindo a mais nova tendência de grandes apresentações via redes sociais, tendo em vista a impossibilidade da realização de shows e eventos presenciais por conta da pandemia do coronavírus, Bruno e Marrone fizeram sua primeira live na última quinta (9). Os sertanejos têm se esforçado para entregar transmissões memoráveis a seus fãs, e com os dois não foi diferente. A dupla fez um show intimista, porém, com a ajuda de dois músicos de apoio, outras oito pessoas na equipe e até imagens de drone. 

Em quase quatro horas de uma live bem produzida, Bruno e Marrone relembraram antigos sucessos da carreira, convidaram os familiares para participar do show, beberam álcool e também, discursaram. Animado pela cerveja que patrocinou o evento online, Bruno declarou seu amor por amigos, como o sertanejo Leonardo, esqueceu letras de algumas canções, pediu para parar músicas pela metade para tomar alguns goles e falou sobre política. O cantor teceu alguns comentários sobre comunismo, capitalismo e arrematou dizendo o lema da campanha do presidente Jair Bolsonaro. “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Parte do público não gostou muito e reclamou nas redes sociais.

##RECOMENDA##

Em relação à equipe deslocada para a realização do show, a assessoria da dupla garantiu que tudo foi feito respeitando as recomendações dos órgãos de saúde. Ao G1, eles disseram: “A casa é bem grande. Todos terão o distanciamento ideal. Serão quatro câmeras fixas para evitar a manipulação”. A filmagem foi feita na residência de Bruno, em Uberlândia, Minas Gerais. 

A apresentação contou também com um lado solidário. A dupla pediu doações de alimentos para o público, que seriam destinados ao projeto Mesa Brasil. Logo no início da transmissão, já havia sido arrecadado mais de 100 toneladas de alimentos.

Através de comunicado publicado em seu site, a Tramontina anunciou que as atividades serão retomadas em suas fábricas na próxima segunda-feira (13). A empresa, que tem cerca de 8,5 mil funcionários, promete “não medir esforços na prevenção e cuidado das pessoas”.

“Neste momento, tomamos mais uma decisão: vamos retomar nossas operações, sem medir esforços nas ações de prevenção e cuidado com as pessoas”. É assim que começa o comunicado da Tramontina, que paralisou suas atividades no dia 23 de março, passando a pagar metade do salário de seus funcionários, segundo informação de sindicatos.

##RECOMENDA##

No Recife, a Tramontina tem uma fábrica no bairro da Várzea, onde são produzidos itens de plástico, como mesas, cadeiras e lixeiras. A reportagem tentou contato com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Materiais Plásticos de Pernambuco (Sintraplast-PE), mas o mesmo afirmou que não foi comunicado ainda da decisão da Tramontina.

No Rio Grande do Sul, a companhia tem fábricas e unidades nas cidades de Carlos Barbosa, Garibaldi, Farroupilha, Canoas e Encruzilhada do Sul. A empresa também tem uma unidade em Belém.

Ainda no comunicado, a Tramontina informou que reabrirá as lojas de fábrica no dia 15 de abril. “O cuidado com as pessoas - nossos colaboradores, consumidores, parceiros lojistas e fornecedores - estará sempre em primeiro lugar”, encerra o documento.

O Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana denuncia que os ônibus continuam circulando lotados. O Governo de Pernambuco determinou que o transporte público funcionasse sem aglomeração, com passageiros sentados e as empresas deveriam adotar todas as providências para evitar acúmulo de passageiros em filas.

Segundo o sindicato, os empresários diminuíram a frota nas ruas, fazendo com que os ônibus circulem lotados. "Paulo Câmara precisa chamar uma reunião entre os patrões e os trabalhadores rodoviários para intermediar uma saída que signifique proteção da saúde e do emprego", sugere o sindicato em nota.

##RECOMENDA##

A Polícia Militar (PM) tem feito operações de ordenamento nos terminais integrados. Nesta terça-feira (31), a corporação esteve em Camaragibe. "O objetivo maior da iniciativa é limitar o número de usuários no transporte público a 35 pessoas nos ônibus de porte normal e 45 nos BRTs", informa a corporação, que também tem combatido nos terminais o comércio irregular e aglomerações nas filas.

O sindicato fez um protesto nesta manhã contra a demissão de mais de 100 profissionais. Os rodoviários estão sendo demitidos após a queda de demanda de passageiros por conta da pandemia do novo coronavírus. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação se reunirá com a categoria nesta terça-feira para discutir a situação.

O Governo de Pernambuco contabiliza mais de 15 mil denúncias de desobediência a decretos sobre coronavírus. As denúncias são recebidas pelo Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) da Secretaria de Defesa Social (SDS), ativado no último 18 de março para coordenar ações de segurança contra a Covid-19. 

Ao todo, foram 15.761 chamados ao telefone 190 com denúncias sobre descumprimento das medidas de contenção. A maior parte das reclamações diz respeito à aglomeração de pessoas. São casos de funcionamento de lojas, bares, restaurantes, templos religiosos e outros estabelecimentos proibidos de abrir ou com restrições para funcionar. Também são denunciadas reuniões acima de 10 pessoas, máximo permitido pelo Decreto Estadual nº 48.837, de 23 de março.

##RECOMENDA##

Desde o dia 22 de março, as denúncias estão sendo classificadas por tipo. Aglomeração de pessoas motivou 6.278 ligações. Em segundo lugar estão queixas sobre funcionamento irregular do comércio, com 3.518 casos. Em Pernambuco, desde o último dia 21, só está permitido abrir os serviços essenciais, como supermercados, farmácias, casas de ração e emergências de unidades de saúde.

A terceira reclamação mais recebida é sobre bares, restaurantes e similares. Pela normativa estadual, esses estabelecimentos apenas podem servir de ponto de coleta e fazer entrega em domicílio.

Não houve prisões no último final de semana em decorrência de desobediência às recomendações sanitárias. Nos casos denunciados, as orientações feitas pela segurança pública foram atendidas sem necessidade de condução a uma delegacia. 

Quem descumprir os decretos estaduais está sujeito a detenção de um mês a um ano, por descumprir determinação do poder público destinada a impedir propagação de doença contagiosa.

Após o Twitter excluir duas publicações da conta oficial do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), o apresentador Chico Pinheiro sugeriu que os "robôs bolsonaristas" também sejam bloqueados. Na noite desse domingo (29), Bolsonaro postou vídeos aglomerando pessoas no centro de Brasília, o que vai de encontro a recomendação de isolamento domiciliar proposto pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS).

Diante da atitude de Bolsonaro, que não se preocupou com a segurança dos populares e, em mais uma oportunidade, passou por cima das recomendações das autoridades mundiais de saúde, Chico foi categórico. O apresentador aprovou a sanção proposta pelos administradores do Twitter e reforçou que “fanáticos da seita” e “adeptos do grande escritório do crime” também mereçam restrições, reacendendo o debate sobre o uso automatizado da direita para propagar conteúdos nas redes sociais e aplicativos de mensagem.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

[@#galeria#@]

A Feira de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, parece um ponto fora da curva. Lá, todos os dias, continua havendo uma grande aglomeração de pessoas, mesmo com a restrição do funcionamento do comércio e as orientações para que as pessoas permaneçam em casa por causa do novo coronavírus.

##RECOMENDA##

Na manhã desta quinta-feira (26) não foi diferente. Mesmo com o entorno vazio e lojas fechadas, a feira, que funciona na rua, continua reunindo pessoas, muitas sem qualquer tipo de proteção.

Segundo a Prefeitura de Jaboatão, foi colocado um carro de som circulando na cidade e alertando sobre a necessidade de ficar em casa. A gestão destaca que o comércio alimentício, considerado essencial, não está proibido e que cabe à população ter consciência e a Polícia Militar organizar de alguma forma.

Por nota, a Polícia Militar informou que tem atuado, quando acionada no 190, para evitar aglomerações em locais públicos e assegurar o cumprimento das determinações das autoridades sanitárias. A corporação destaca a existência do artigo 268 do Código Penal, que trata de “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”. “Através disso, a PM, assim que necessário for, irá cumprir a determinação legal de garantir o bem estar da população”, diz a polícia em nota.

Nesta segunda (23), o governador Paulo Câmara divulgou as novas medidas a serem tomadas pelo estado para coibir a disseminação do coronavírus. Entre elas, está a proibição da circulação de mototáxis bem como de reuniões e aglomeração com mais de 10 pessoas. Câmara reforçou, através de um vídeo, a importância de se fazer o isolamento social nesse momento. 

De acordo com o governador de Pernambuco, as novas medidas serão publicadas nesta segunda (23) em novo decreto. A partir desta data estão proibidas as atividades de mototaxistas. Também fica terminantemente proibidas reuniões com mais de 10 pessoas, para evitar aglomeração. 

##RECOMENDA##

Em seu pronunciamento, o gestor reforçou a importância de se fazer o isolamento como forma de combater a disseminação do novo vírus. “Quero ressaltar que a melhor estratégia no combate da disseminação do vírus, nesse momento, é isolamento social”. Ainda de acordo com Paulo Câmara, esta é “uma nova etapa a favor da vida”.  

Veja o pronunciamento:

[@#video#@]

Um evento realizado em um condomínio localizado no bairro de Maranguape I, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, foi interrompido pela Polícia Militar de Pernambuco na tarde deste domingo (22). Apesar da determinação estadual que proíbe eventos com público a partir de 50 participantes com o objetivo de combater o coronavírus, pessoas se aglomeraram no espaço.

De acordo com a PM-PE, um dos organizadores do evento não gostou da intervenção policial e proferiu palavras de baixo calão contra os policiais. O síndico do prédio, porém, conversou com as autoridades e sugeriu que a festa terminasse. A PM se retirou do local.

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

Momentos depois, o evento recomeçou e os policiais precisaram voltar ao condomínio com o apoio de viaturas. Dessa vez, a aglomeração, enfim, foi encerrada.

Segundo a PM-PE, um dos organizadores do evento foi detido, mas outros participantes se evadiram do local. Os policiais ainda apreenderam uma choperia e barris de chope. A ocorrência está em andamento, informou a assessoria de imprensa da Polícia Militar.

Também neste domingo, a PM interrompeu um casamento na cidade de Carpina, Zona da Mata do Estado. Confira os detalhes.

As agências bancárias amanheceram com grandes filas em suas portas na manhã desta sexta-feira (20). Após o anúncio do Ministério da Economia de um programa de ajuda a autônomos e a liberação do PIS, filas gigantes se formaram em diversas agências da Região Metropolitana do Recife e Mata Norte.

A aglomeração nas agência da Ilha do Leite, Espinheiro, Encruzilhada, Boa Vista, Vitória de Santo Antão e Carpina gerou um aumento na demanda bancária e o aumento do risco de contaminação do novo coronavírus.

##RECOMENDA##

O Sindicato dos bancários emitiu o seguinte posicionamento:

“Reforçamos que o contingenciamento é para que seja garantido o atendimento às pessoas que não têm o cartão para saque em unidades de autoatendimento, os aposentados que não tenham outra alternativa para sacar os benefícios da Previdência, que não possuem conta corrente, trabalhadores que tenham que sacar o FGTS, ou desempregados que tenham que sacar o seguro-desemprego, entre outros. Os canais alternativos de atendimento estão à disposição dos clientes, tais como: Internet Banking e APPS Bancários, Central de Atendimento por telefone e terminais de autoatendimento”.

[@#galeria#@]

Após o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, ter editado um decreto para restringir deslocamentos por todo o país e evitar aglomerações, cidadãos de norte a sul da península fizeram filas em supermercados para garantir estoques de alimentos.

O texto assinado por Conte não proíbe as pessoas de saírem de casa para comprar comidas e bebidas, mas isso não impediu que filas se formassem na entrada de varejistas das principais cidades italianas.

##RECOMENDA##

Em uma loja 24h da rede Todis em Roma, clientes aguardavam do lado de fora com seus carrinhos a autorização para entrar. O controle de fluxo foi adotado em mercados de todo o país, de forma a garantir a distancia mínima de um metro exigida pelo decreto de Conte.

"As pessoas estão fazendo estoques de sabonetes e desinfetantes; o álcool praticamente acabou", disse um funcionário de uma unidade do Carrefour na capital italiana. Em Florença, os mercados da rede Unicoop exibiram cartazes avisando que "os gêneros de primeira necessidade estão garantidos" e que não há "dificuldades no abastecimento de produtos".

O decreto impõe restrições apenas à circulação de pessoas, mas deixa trânsito livre para mercadorias, de forma a não prejudicar a já combalida economia italiana, que cresceu apenas 0,3% em 2019 e corre o risco de ficar estagnada - ou até de cair em recessão - em 2020 por causa da epidemia.

"Teria sido inteligente deslocar pequenas equipes das forças de ordem ou da Defesa Civil para os mercados abertos 24h, para informar sobre detalhes do decreto e evitar pânico e aglomerações", disse a deputada Augusta Montaruli, do partido de extrema direita Irmãos da Itália, comentando as filas de clientes nos mercados de Turim.

Na Ligúria, o governador Giovanni Toti, do partido conservador Mudemos!, afirmou que "não há necessidade de assaltar - ainda menos no coração da madrugada - os supermercados abertos". "Será possível sair para fazer compras. Vamos ficar tranquilos e seguir as regras", declarou.

Restrições - Na última segunda-feira (9), Giuseppe Conte estendeu para todo o país as medidas restritivas que haviam sido impostas à região da Lombardia e a 14 províncias do Vêneto, do Piemonte e de Marcas. A partir desta terça, os cidadãos só estão autorizados a se locomover por "comprovadas exigências de trabalho, situações de necessidade, motivos de saúde ou retorno ao próprio domicílio".

Também é permitido sair para comprar alimentos e itens de primeira necessidade. O governo disponibilizou até um formulário para cidadãos que precisam se locomover nas ruas justificarem as razões. A polícia já está fazendo controles em estações de trem, estradas e aeroportos.

Partidas de futebol também estão proibidas, com exceção de jogos da Liga dos Campeões, que serão realizados com portões fechados; e museus, discotecas, sítios arqueológicos, escolas e universidades foram fechados.

Restaurantes podem abrir das 6h às 18h, desde que garantam distância mínima de um metro entre os frequentadores. As medidas ficam em vigor ao menos até 3 de abril. A Itália contabiliza 9.172 casos do novo coronavírus e 463 mortes.

Há dois dias, basta a pequena Júlia Victória, de 2 anos, ver uma câmera para se esconder. "O que ela mais gostava de fazer era tirar foto", diz a mãe, a auxiliar de limpeza Leiliane Pereira, de 27 anos. A rejeição tem motivo. Júlia morava na invasão do Hotel Aquarius, na Avenida São João, e presenciou o confronto na reintegração de posse. Ela foi retirada às pressas, em meio a bombas de gás, de um lado, e objetos atirados pelas janelas, de outro. Ao sair, só o que via eram filmadoras e máquinas fotográficas.

Com os pais e o irmão, Júlia recebeu abrigo em outra ocupação da Frente de Luta por Moradia (FLM), na Rua Líbero Badaró, também no centro. No local, pedaços de pano foram estendidos como se fossem paredes: uma tentativa de garantir a privacidade. Para dormir, o casal e as crianças se espremem em dois colchões. Roupas, camas, fogão, geladeira, estantes e documentos ficaram para trás. Sobraram cinco ursos de pelúcia. "Se era para perder alguma coisa, que não fosse nada dos meninos", disse Leiliane.

##RECOMENDA##

No novo endereço, as crianças são muitas. Há idosos e gestantes também. Porém, reclamações são poucas. "Tenho um teto para dormir. O dia de chorar foi ontem (a terça-feira, 16), agora é sorrir", disse Raquel Germano, grávida de 5 meses.

Revolta

A dor da vendedora de tapioca Eli Sarai, de 44 anos, é ver a filha o dia inteiro sentada no colchão e não poder fazer nada. Deficiente por causa de uma paralisia cerebral durante o parto, Jaquelaine Dias, de 17 anos, teve a cadeira de rodas quebrada na reintegração.

"Foi um cenário de guerra, pensei que a gente ia morrer", diz a mãe. Eli contou que a filha passou mal por causa das bombas de gás e foi retirada por moradores. Jaquelaine precisou ser levada nos braços. Após procurar atendimento na Santa Casa, no centro, a mãe teria voltado para recuperar a cadeira. "Os policiais me disseram que tinha sido jogada em um caminhão, toda quebrada."

Sem a cadeira de rodas, Eli tem dificuldade até para levar a filha, que não anda nem fala, ao banheiro. "Não sei como vai ser para dar banho. Com a nota fiscal, mostrou que o equipamento custou R$ 1,3 mil em 2012. "Um pastor doou parte do dinheiro e meus amigos fizeram um rifa para conseguir o resto." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando